Voz do Povo nº6 08-01-1911

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Luiz Domingues da Silva Dias
ks “ae
1.º Anno Certã, 8 de Janeiro de 1911 N.º 6
DIRECTOR 8
Augnsto Rodrignes É
Administrador 6
ZEPHERINO LUCAS Ea :
Assignaturas .
Anno…… rijzoo. Semestre… Goors.
Para.o Brazil. …… – ooo réis (fracos)
Pago adiantadamente
Não se restituem os originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…
N’outro logar, preço convencional
Annuncios
Edo ITS
mem mariana
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
EDUQUEMOS O POVO
A Republica acha-se n’um pe-
riodo de preparação para o qual
– devem cooperar todos aquelles
que se interessam pelo futuro da
nação.
Sobretudo nas provincias é
preciso trabalhar com vontade e .
com acerto, principalmente na
educação pratica do nosso povo,
libertando-o de velhos precon-
ceitos que ha seculos vem atro-
phiando o desenvolvimento mo-
ral do nosso paiz. A esse traba-
lho, porém, deve presidir uma
intenção honesta e uma execu-
ção intelligente. Empregar nas
Beiras o mesmo methodo que
no Alemtejo, tem dado e dá ma-
gnifico resultado, seria um erro
de tatica, de graves consequen-
cias para a causa que se julgava
defender.
Tentar destruir as crenças pro-
fundamente arreigadas no nosso
povo, seria um trabalho impro-
fiquo e prejudicial: o que nos
cumpre é procurar, modificar-
lh’as para um sentimento mais
puro-e mais levantado, tentando
persistentemente desvial’o do-as-
pecto material e grosseiro por
que elle encara os proprios fa-
ctos que mais lhe fallam ao co-
ração.
A propaganda para modificar
este lamentavel estado de cou-
sas pode e deve ser orientada
pelas commissões municipaes,
convindo porém que seja dirigi-
da por uma commissão especial
composta de pessoas cheias de
boa vontade e iniciativa propria
e com alguns conhecimentos do
estado social e religioso nos pai-
zes mais adiantados, de qual a
causa d’esse adiantamento, a fim
de estudarem até ondese podem
adaptar ao nosso: paiz os meios
que n’aquellas nações se empre-
garam para obter esse resulta-
do.
Vejamos a Suissa, a Dinamar-
ca, a Holanda, a Suecia, a No-
ruega, a Belgica, paizes, alguns
“de menos recursos que o nosso,
de clima e de sólo mais ingratos,
admire-se o seu notavel desen-
volvimento nas artes, nas scien-
– cias, nas industrias, a sua mode-
lar administração, a sua eleva-
“ção moral, a educação civica do
seu povo, a sua: insignificante
criminalidade, e pergunte-se
qual é a grande causa, o meio
formidavel que tem actuado nºes-
ses povos para se acharem as-
sim engrandecidos moral e ma-
terialmente.
Não ha effeito sem causa: lo-
89 procuremos com amor e com
uma dedicada persistencia culti-
var neste infeliz Portugal os
meios que serviram para tornar
felizes outros povos. ã
Sabemos que algumas difficul-
dades ha a vencer para tentar
este generoso emprehendimen-
to; as más vontades, os despei-
tos, as vaidades e os interesses
feridos serão outros tantos obs-
taculos a difficultar o caminho
dos homens de boa fé; mas, nun-
ca houve uma intenção generosa
que não encontrasse pela frente
uma vaidade irritada, nunca hou–
ve apostolado d’uma ideia nobre
e justa que não fosse embaraça-
do pelo caminhar rasteiro e tor-
tuoso da calumnia é da intriga.
E contudo, que avanço ex-
“traordinario dos ideaes de paz e
de liberdade !
Uma tenaz boa vontade, ao
serviço uma aspiração justa,
acaba sempre por triumphar.
Vamos: até junto do povo,
cuídemos da sua educação, tan-
to como da instrucção: dos seus
filhos, ensinemos-lhe a criar e a
sustentar a assistencia aos indi-
gentes na sua freguesia, o esta-
belecer e o servir-se das caixas
ruraes, dos. celleiros communs,
dos syndicatos agricolas e assim
teremos formado cidadãos que
não saibam apenas ler mas tam-
bem assimilar o que lêem, cons-
cios dos seus direitos mas ainda
mais dos seus deveres, despidos
de preconceitos e despresando
praticas e crendices ridículas,
mas tendo no coração o senti-
mento da justiça e da confrater-
nisação social, capazes de reagir
mas sempre promptos a obede-
cer aos dictames da honra pes-
soal e do dever civico.
Acreditamos que este traba-
lho, operado simultaneamente
em todo o paiz devia em breve
começar a produzir fructos apre-
ciaveis. Desde que as condições
materiaes do nosso povo melho-
rassem com a nova orientação
que esta salutar propaganda im-
primisse aos seus actos, o seu
coração, o seu moral estava ven-
cido e elle agradeceria, reconhe-
cido, o exforço que se tivesse
feito para o libertar da escravi-
dão intellectual em que tem vi-
vido.:
Temos fallado na generalida-
de: seria util que em tóda a par-
te se travasse este rude com-
bate contra o erro, contra a men-
tira, contra os interesses illegiti-
mos, contra a ignorancia e con-
traa má fé; mas n’esta região
cumpre-nos a nós, os que aqui
nasceram e os que aqui vivemos,
lançar mãos á obra n’um gene-
roso exforço em favor do levan-
tamento social do nosso conce-
lho.
Aproveitemos a centelha de
luz que tem feito derruir velhos
preconceitos e façamos com que
ella, para esta região, brilhe tam-
bem. numa aurora libertadora
dos espiritos que anceiam ver a
humanidade elevar-se nas con-
cepções sublimes d’um ideal de
paz e de liberdade, sem o espe-
ctro de praticas grosseiras que
materialisam na alma dos povos
toda a crença e todo o senti-
mento.
Assistencia aos indigentes
Algumas vezes afluem á santa ca-
sa da misericordia d’esta villa, pedi-
dos de indigentes atacados de doen-
ças chronicas para serem alberga-
dos no hospital.
Os recursos escassos de que a me-
sa dispõe não lhe permittem admit-
tilos em taes condições, pois só é
permittida a sua entrada nos perio-
dos agudos da doença por o hospi-
tal não poder servir de asylo.
Foi sem duvida attendendo a es-
ta lacuna que o benemerito capita-
lista Antonio Ferreira Alberto dei-
xou em seu testamento um impor-
tante legado.
Um amigo nosso, fallando-nos ha
dias ácerca de alguns pobres que
vivem na mais cruciante miséria,
minorada apenas pela esmola das
almas condoidas, porque atacados
de doença “chronica não po-
dem ser albergados no hospital
nem subsidiados em suas casas,
lembrou a organisação d’uma assis-
-tencia aos indigentes obtendo-se o
necessario fundo por meio “de uma
contribuição voluntaria de 20 réis
mensaes, quota minima, á semelhan-
ça do que se faz para outros fins
que beneficio algum prestam á hu-
manidade antes, n’alguns casos são
origem de sizanias no lar domestico.
Todos os donativos mensaes com
que os benemeritos queiram contri-
buir para este acto philantropico,
serão por nós entregues á Miseri-
cordia para lhes dar o destino que
apontamos.
Em subsequentes áftigos desen-
volveremos este ussumpto, e apre-
sentaremos as bases d’um plano que
se nos afigura viavel,
DS 0-0 A q
A Sociedade Musical Recreio Apr-
tista teve a gentileza de nos cum-
Primentar no dia 1.º do corrente, o
que muito agradecemos.
PELA CAMARA
Sessão de 4
Sob a presidencia do cidadão Ze-
ferino Lucas, com a assistencia-dos
cidadãos vereadores: Henrique Mou-
ra, Cyriaco Santos, Floriano de Bri-
to e Antonio Nunes de Figueiredo,
que tomou posse, teve logar a re-
união da commissão municipal.
Em virtude da legislação em vi-
gor; procedeu-se á eleição do cargo
de vice-presidente, sendo eleito o ci-
dão Zeferino Lucas.
Procedeu-se á distribuição dos pe-
louros, ficando assim’ distribuidos:
cidadão Henrique: Moura, illumina-
ção e aguas; Antonio Nunes de Fi-
gueiredo, obras publicas e carnes;
Zeferino Lucas, limpeza, jardins e
cemiterio; Floriano de Brito, os pe-
louros de Sernache do Bomjardim,
Nesperal e Palhaes; Cyriaco dos
Santos, Castello Cabeçudo, Ampa-
ro e Pedrogam Pequeno.
Foi presente um officio do supe:
rior do collegio das Missões, envian
do a nota do pessoal. superior do
mesmo collegio e respectivos orde-
nados. :
—Um requerimento de Augusto
da Silva, pedindo augmento da gra-
tificação pelo trabalho de dar corda
ao relogio, gratificação que é de
98600 réis, resolvendo se elevá-la a
12$000 réis; e que quando venha a
esta villa um technico se mande
proceder ao arranjo de que o refe-
rido relogio carece, devendo no pri»
meiro orçamento supplementar a
elaborar, incluir-se as duas verbas.
—Sobre o officio do cidadão ad-
ministrador, apresentado na anterior
sessão, em que chamava a attenção
da camara para o facto de se ter
desmoronado na rua do Cabeço,
uma casa de Margarida Damasia,
cujos destroços impedem o transito,
e ainda para o estado de ruina em
que se encontram as residencias de
Maria Bonita e Francisco do Cabe-
ço, resolveu-se fazer intimar a pro-
prietaria du primeira a fazer a re-
moção do entulho e officiar á com-
missão de saude solicitando lhe uma
vistoria nas referidas casas,
—Resolveu que se officiasse á ins-
pecção de saude solicitando-lhe uma
planta d’um posto de desinfecção
para a séde d’este concelho e a con-
cessão d’alguns apparelhos para o
respectivo posto.
Pelo vereador cidadão Floriano
de Brito, foi pedido a construcção
de um pequeno viaducto no logar
do Moinho da Aldeia Velha, sobre
a Ribeira Sardeira, resolvendo a ca-
mara satifazer o pedido quando se-
ja approvado o orçamento. e
Este vereador declarou approvar
a proposta que ácerca das Escolas
Moveis foi apresentada pelo seu col-
lega Cyriaco Santos, na anterior
sessão,
PP —
Já foram colocados na. antiga
Praça do Commercio: e Rua do
Valle, as placas com as novas de-
nominações Praça da Republica e
Rua Candido dos Reis. Es Reis. E@@@ 1 @@@
VOZ DO. POVO
FACTOS E BOATOS
Escolas moveis pelo methodo
; — João de Deus
Pelo cidadão Cyriaco Santos foi
pedido, em sessão da camara, para
que fosse incluido no orçamento
d’este anno, uma verba para dotação
das missões das mesmas escolas, no
– concelho. –
Não obstante esta proposta ser
acolhida com a maior sympathia pe-
los restantes membros da commis-
são não póde infelizmente ter exe-
| cução-no- presente. anno. porque o
orçamento já se acha de tal fórma
sobrecarregado, que não comporta
tanto esta como outras despezas tão
justas como necessarias. Comtudo
como se torna indispensavel em bre-
ve a organisação. de um orçamento
supplementar, ficou assente que es-
sa-verba de: despeza! seja: incluida
n’um dos seus capitulos, dando-se
assim “satisfação. á justa e-generosa
iniciativa d’aquelle. nosso presado
amigo; á- qual; damos todo o nosso
apoio. oro
DR DR PA ME aa
No dia 3 do corrente reuniu o
tribunal de; commercio d’esta co-
marca sob a presidencia do sr. dr.
José. Carlos Ehrhardt, para julga-
mento da acção que Francisco de
Oliveira move contra Joaquim Fa-
rinha- “Tavares, negociante, do Pe-
so.
Foi advogado do auctor o sr. Fa-
rinha Tavares, e do reo osr. dr.
Bernardo de Mattos.
Os srs. jurados deram a sua de-
cisão” e a sentença. deverá ser pro:
ferida até á 2.” audiencia.
|
|
|
DRE —
Já foram distribuidas aos pobres
da freguesia da Certã as esmolas
na importancia total de 3008000
réis, legadas pelo benemerito capi-
talista Antonio Ferreira Alberto, um
filho da Certã, que muito a honrou.
– D’essa distribuição foram encar-
regados n’esta villa o cidadão rege-
dor Eusebio, do Rosario é nas ca-
pellanias os reverendos Antonio Ra-
malhosa, José Francisco Barata e
Guilheroiê Nunes Marinha.
– Este acto de boa e gencrosa be-
nemerencia foi mais um testemunho
dos bellos sentimentos de que era
dotado aquelle nosso querido ami-
go, infelizmente tão cedo roubado
ao carinho da familia que o estre-
mecia, é ao convivio dos amigos que
eram todos os que tinham O prazer
de o conhecer.
e
Ainda neste numéro a falta de
espaço nos obriga a retirar um arti-
go já composto e algumas locaes.
CHRONICAS TRIPEIRAS
A INUNDAÇÃO
(A. ARMINDA EHRHARDE)
mem
Como a estação de Gaia, para on-
de o comboio se dirigia apressada-
mente, demorasse, apenas a uma
centena de metros, todos os passa
geiros, que, pelos jornaes, já sabiam
. dos acontecimentos, espicaçados pe-
la curiosidade, debruçavam-se das
janellas da carruagem para, pela pri-
meira chanfradura, já esperada, que
-se cavassc na trincheira, verem o
Douro, turgido e plethorico, trasbor-
dando pela cidade.
De facto, a »rampa argilosa que
pela frente, limitava o horisonte,
ecortasse subitamente n’uma entre-
“aberta; ‘atravez da-qual, em rapida
e triste miragem, se patenteia a ag-
glomeração, pardacenta e confusa,
da casaria da cidade. E ao fundo,
lá muito em baixo, precipitava-se o
rio, marulhante e impetuoso, gal-
gando epilepticamente os caes, in-
vadindo as casas ribeirinhas e im-
pellindo, furioso, as suas aguas bar-
rentas para a immensidade azul do
mar.
De novo, porem, se interrompe,
repentinamente. o quadro impres-
sionante. E” que nova trincheira, de
terreno, como uma cortina, se. le-
vanta ao lado da linha ferrea, oc-
cultando a visão dolorosa da cidade
do trabalho, inundada pela enchen-
te tenebrosa do.seu rio.
D’um ceu plumbeo grossas nuvens
tocadas pelo sul, despejavam inter-
mittentemente diluvios d’agua para
a tetra.
Uma impressão melancolica de
tristeza, como um veu roxo, invade
todos os espiritos. Todos se calam
de magoados, que ficaram. à con=
templação, curta e ligeira, d’aquel-
la calamidade.
E, sob-esta profunda impreasão
– desalentadora, quasi que ninguem
percebera que o comboio attingia, a
estação ferro-viaria.
Fôra-se, successivamente, amor-
tecendo o ruido da marcha do trem;
tornára-se menos rapido e mais sur-
do;o tlac:tlac, produzido pelo roda-
do das carruagens, deslisando sobre
os trilhos d’aço. Poucos metros
adeante o comboio parava. E
Então, por sobre o silencio que se
fizera, uma voz estridente, soando
macabramente, se levanta. E” o guar-
da-freio, que annuncia a chegada:
— Gaia !—
*
Cada agglomerado urbano tem a
sua psychologia propria, cada um se
nos mostra com diversidade de in-
clinações, d’habitos, de defeitos e,
até, de ufanias.
O Porto, cidade sempre irrequie-
ta, sempre activa, nunca conheceu o
que eram lazeres. ruliis 6?
Por isso, a dentro dos seus mu-
ros, estira o: desespero. A sua impo-
tencia perante o imprevisto cataclys-
mo faz estorcer mãos, agora inacti-
vas, mas antes habituadas á rude
faina do trabalho quotidiano.
Educado na escola saudavel: ‘da
actividade, todo-o habitante do Por-
to sente, dentro de-si, um impulso
atavico, que o arrasta para o traba-
lho. ;
De portuguezes; é, talvez o” por-
tuense um dos que mais material-
mente abordam: a sua lida, um dos
que mais “tarde; a interrompem,
quem mais afadigosamente se atira
ao trabalho, quem maiores cancei-
ras curté, quem mais energia espi-
ritual e muscular dispende.
E, como o trabalho assíduo: não
dá largas ensanchas para outros go:
sos; é tambem lá relativamente pe-
queno o numero dos que se deixam
empolgar pelo vicio, pela crapula e
pela devassidão. E” que, para quem
trabalha com fervor, não ha ociosi-
dades que venham favorecer a eclo:
são de taes cancros sociaes..,
Perante este contratempo da na-
tureza, o Porto, a cidade -do traba-
lho, sente-impetos de desespero,
*
Imagina-se, agora, a confusão es-
piritual da cidade trabalhadora, ao
ver-se manietada pela medonha cheia
do seu rio!
Todo o trafego Auvial e maritimo
vae suspenso; parado o movimento
das linhas ferreas, que ligam a ci:
dade ás próvincias do norte, das
quaes é a capital commercial; inter
rompido o seu negocio quotidiano
com as povoações suburbanas, que,
| -n’esta epoca, tanto oiro despejam
sobre o Porto!…
Por isso a cidade soffre afflictiva-
mente perante esta arreliadora con-
trariedade, que lhe interrompe a sua
tarefa de trabalho.
*
A’- tarde, como toda a’gente, fui
para o taboleiro superior da ponte
contemplar a magestade terrivel da
cheia, olhei para baixo.
De sob o arco, subia um jorro
colossal d’agua turva e amarellenta,
que se precipitava doidamente: na
direcção da barra
Da lucta entré a corrente das
aguas e refluxo, vindo da foz, for-
mavam=se ondas de resaca, em cu-
jas cristas: boiavam flocos sujos de
espuma. Aqui e além, rodopiavam
vortices aquosos, espiralando:se em
direcção ao fundo medonho: do pe-
go, À corrente vertiginosa das aguas
cantava sussurrante,
Trasbordava o Douro por sobre o
caes da Ribeira. Em sitio, onde, an:
| tes, deveria ter sido rua, ancoravam
agora, fortemente espiadas, barca-
ças de carga, que buscavam a sal-
vação na ralativa tranquilidade das
aguas da revessa.
Foi, então, que do meio d’aquelle
povoleu, que enchia a ponte, se le-
vantou a sabida voz de Calino, com-
mentando : 1
—Se a agua cresce mais um me-
tro, mette todos’aquelles barcos no
fundo! :
22—Dez—Igio.
Rhuy Pires.
PADRE —— ——
Club do Bom Jardim
– Na ultima noite do anno findo,
realisou-se n’aquella sympathica ag-
gremiação, com séde em Sernache
do Bom Jardim, uma festa verda-
deiramente encantadora.
Por uma gentilesa da sua direcção
foram convidadas a assistir diversas
pessoas d’esta villa que, em grande
numero, ali estiveram, tendo-lhes os
corpos gerentes d’aquella collectivi-‘
dade dispensado tão captivantes pro-
vas dé “consideração e amabilidade
que todos se acharam sinceramente
penhorados. ;
O baile decorreuisempre por en-
tre um febril enthusiasmo, dançan-
do se animadamente, +
O coltilon, tão intelligente como
espirituosamente marcado pela ex.”?
sr,º D. Carmelina Marçal e pelo.sr.
dr. Abilio Marçal, foi dançado por
quasi todas as senhoras e cavalhei-
ros que se encontravam na sala,
despertanio sempre constante inte-
resse pelo imprevisto das marcas e
bom gosto da sua escolha.
Os serviços foram magnificos, e
n’um d’elles fizeram vários brindes:
o sr. almirante Tasso de Figueiredo,
o sr. dr. Abilio Marçal, o sr. dr. Jo-
sé Carlos Ebrhardt, o sr. Fillippe
Leonor, o sr. José Martins, o sr.
Augusto Rodrigues, etc. saudaúdo-
se a Republica, o Governo Proviso
rio, O Directorio, o sr. administrador
do concelho, a confraternisação en-
tre Sernache e Certa, etc;
As senhoras de Sernache foram
d’umaextrema amabilidade para com
todas as senhoras da Certã, cercan-
do as de attenções e considerações
de toda a ordem. ;
Festas assim, além do goso moral
que proporcionam, têm ainda o sym-
patico resultado de estreitar mais e
mais as relações entre as duas terras
e não ha nada que para nós seja mais
agradavel do que ser esse O espirito
de franquesa e de lealdade entre as
diferentes povoações do’nosso conce:
lho.
Esta encantadora: festa terminou
ás:7 horas da manhã.
Pela nossa. parte—e comnosco de
certo estão todos os que tiveram a
ventura de a ella assistir,—o nosso
agradecimento e os nossos enthu-
siasticos parabens ao Club Bom Jar-
dim, sem duvida um dos mais im-
portantes da provincia,
Carteira semanal
Fizeram annos:
No dia: 30: ‘sr.: José» da Gloria
Lopes Barata. ;
No dia 5—o sr. Antonio Nunes
«de Figueiredo,
Regressou a esta villa a sr.” D.
“Conceição Baptista.
Esteve em. Lisboa, aonde foi
acompanhar sua filha, sr.” D. Maria
Magdalena, o nosso assignante sr.
“Eduardo Barata.
Ra
Está-na sua casa do Brejo, Ser-
nache, o sr. Floriano dé Brito, vo-
gal: da commissão Municipal dºesta
villa.
Passou n’esta villa: dirigindo-se
para Castello Branco, a sr.º D. Vir-
ginia Baptista, alumna da Escola
Districtal.
Esteve em Santarem, o- digno
vigario d’esta freguesia, padre Fran-
cisco dos Santos Silva.
No dia 2 do corrente, retirou com
sua esposa, d’esta villa para Vianna
do Castello, para onde acaba de ser
transferido, o sr. dr. Antonio Joa-
quim da Silva, que n’esta comarca
exerceu as funcções de Juiz de Di-
reito.
Grande numero de cavalheiros
desta villa e algumas senhoras, as-
sistiram á partida de s.“ ex.’s,
Sabiram para Santarem aonde
cursam o lyceu, os srs. João José
Magalhães e Joaquim Barata.
Teve a sua delivrance a esposa
do nosso. assignante: sr. Fructuoso
Pires. :
Chegou a esta villa a esposa do
nosso assignante sr. João Antonio
Nunes, acompanhada de sua’ mãe
e irmão. i
CANTOS D’ALMA
(A” guitarra)
V
Poeta sem sentimento…
Mata-o depressa a nortada ;
E” como a folha seccada
Que sem força leva o vento!…
AL-SIFER
EQ EA PERES IL mma
Conselho aos lavradores
Alguns lavradores teem o pessi-
mo costume de | escolherem a bata-
ta mais miuda para lançar à terra e
ainda o de cortarem a batata ao
meio ou em bocados.
O escolher as mais pequenas não
tem’razão de ser porque de uma
mãe fraca só por excepção poderão
nascer filhos fortes, cortando a ba-
tata corre-se o risco de perder a
cultura e alem d’isso a natureze
creando o tuberculo ou batata ar-
mazenou n’ella: os elementos ne-
cessarios á vida dos novos seres e
partindo-a ninguem pode ter a cer-
tesa de dividir irmânente os ele-:
mentos nutritivos n’ella contidos.
Para se obterem por tanto bons
tuberculos torna se necessario; –
1.º adubar convenientemente co-
mo acima dissemos.
2.º decorridos uns quinze ou vin-
te dias depois de nascida dá-se lhe
uma – sacha e uns outros quinze a
vinte dias dá se-lhe segunda sacha.
As batatas adubadas com potassa
(qualquer sal potassico, chloreto ouloreto ou@@@ 1 @@@
sulfato de potassa) resistem melhor
á doença da batateira, que se com
bate com a calda bordalesa a que
vulgarmente chamam na região «sul-
fato. O seu emprego deve faser-se
antes de aparecer a doença Tepe-
tindo-o umas duas ou tres vezes.
Cardoso Guedes
Pequena correspondencia
Dignaram-se satisfazer as suas assignatu-
ras os nossos assignantes, s .* João Alves
Lopes Manso, José Joaquim da Silva, José’
Nunes da Ponte, Joaquim Cyriaco dos San-
tos; José Domingues Antunes, padre Anto-
nio Serra, José Rodrigues Correia e Joa-
quim Nunes. E o
Agradecemos.
—dJosé Farinha dos Santos. com
o nosso reconhecimento, digne-se aceitar
as nossas saudações,
Francisco da Silva Goucalves
Retribuimos gostosamente com os nossos
agradecimentos. :
EB Cardoso Guedes, agricultor diplo-
mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doenies, com:
pras de adubos adequados às cultu
ras, os melhores em, qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di:
nheiro e as sementes pela acquisi-
ção de formulas feitas sem criterio.
cesar»
-ANNUNCIOS
Comarca da Certã
I 8.º officio I
“ANNUNCIO ;
Pelo Juizo Commercial da comar-
ca de Certã, e cartorio do escrivão
do terceiro officio nos autos de fal.
Jencia requerida contra Dona Rosa
Amelia d’Araujo Teixeira Santos,
viuva, proprietaria, de Villa de Rei,
se ba-de arrematar em hasta publi-
ca, no dia quinse do corrente mez
de Janeiro, pelas onse horas da ma
nhã à porta do Tribunal Judicial
pelo maior preço offerecido acima
de metade do valor da liquidação —
o dominio directo ou fôro-de. quatro
centos trinta “e tresílitros quatro:
centos esoito millilitros de pão mea-
do, trigo e centeio e duas gallinhas,
de que é emphyteuta Manoel Pedro,
do Valle da Cortiçada, freguesia de
Sant Anna, iliquidado | pelo, contador
do Juizo na quantia de tresentos
quarenta e tres mil oito centos qua:
renta.e quatro réis. Esta arremata-
ção é effectuada pela segunda vez,
sendo o valor da respectiva metade
da liquidação da quantia de cento
sententa e um mil nove centos vih-
te e dois réis (1718922).
Pelo presente ficam citados quaes-
quer credores incertos que se jul –
guem com direito ao mesmo fôro,
Certã, 3 de Janeiro de 1911.
O Escrivão ajudante
Augusto Justino Rossi
Verifiquei:
O Juiz de Direito-substituto
Ehrhardt
“Comarca da Certã
2 3.º officio I
AMNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da comarca
de Certã, e cartorio do escrivão do
terceiro officio, nos autos d’inventa-
rio orphanologico por obito de Ja-
cintha Gonçalves, moradora que foi
no logar e freguesia do Estreito,
d’esta comarca, em que é inventa-
riante José Henriques, viuvo, do
mesmo logar, correm éditos de trin-
ta dias a contar da segunda e ulti-
ma publicação do respectivo annun-
cio no «Diario do Governo» a cita-
VOZ DO: POVO
o co herdeirolvo Henriques da Corn
ceição, solteiro, detmaior edade, au-
sente em parte incerta em Africa
Oceidental, -filho-da- inventariada,
para asssistir a todos os termos até
final do mesmo inventario.
Certã, 30 de Dezembro de 1gio.
O Escrivão
Eduardo Duarte Correia e Silva
Verifiquei:
O Juiz de Direito sudsututo
Ehrhardt
“ Comarca da Certã
2 t.º officio I
No dia 22 do proximo mez de
| Janeiro, pelasã1 horas da manhã,
á porta do. tribunal judicial deste
juiso, em virtude do deliberado pelo
conselho de familia nos autos d’in-
ventario orphanologico por obito de
Manoel Jorge, que residia no logar
do Fôjo, freguesia do Troviscal des-
ta comarca, voltam novamente à
praça, agora com o abatimento de
59, visto que na. primeira não ob-
tiveram lançador, para serem arre-
matados a quem maiores lanços of-
ferecer acima dos valores que lhes
vão designados, os. seguintes bens:
A quarta parte d’uma casa de so-
brado, ao Fundo do Ribeiro do Ai-
rado, limite do Mosteiro de São
Thyago, no valor de Sib71o réis;
o dominio directo do foro de 106,1659
de centeio e tres quartos d’uma
gallinha, de que é emphyteuta An-
tonio Dias, residente no Fojo do
Troviscal, no valor de 27153 réis;
o dominio directo do foro de 121,!890
de pão meado (trigo e centeio) tres:
quartos d’uma gallinha e 7 e meio
litros de azeite, de que é emphyteu-
ta Antonio da Eira, do Mosteiro de
São Thyago, no valor de rogibog
réis; ;
o dominio directo do foro de 16,!930
de centeio e 1 frango, de que é
actual “emphyteuta João Castanhei-
ra, do Carvalhal -Fundeiro, no va-
lor de 125607 réis; é
o dominio directo do foro de 20,316
de pão meado (trigo e centeio) de
que é actual emplyteuta João Ma-
nuel, do Fojo da Serra, no valor de
140078 réis. a
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para dedusirem os
seus direitos, no praso legal, que-
rendo.
Certã, 31 de Dezembro de ig1o.
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
: Verifiquei:
O Juiz de Direito substituto
* Erhardt
– ÂAnnuncio
2: 3.º officio 2
Pelo Juizo de Direito da comar-
ca de Certã e cartorio do. escrivão
do terceiro officio, nos autos civeis de
execução hypothecaria que João
Henriques Neves, casado, proprie-
tario de Villa de Rei, move contra
Dona Rosa Amelia d’Araujo Tei-
xeira Santos, viuva, proprietaria, da
mesma Villa, se hão-de arrematar
em hasta publica no dia quinse do
proximo mez de Janeiro, pelas onse
horas da manhã, á porta do Tribu
nal Judicial desta comarca, sito. no
Largo do Municipio, d’esta Villa,
os bens abaixo relacionados, penho-
rados na mesma execução,. pelo
maior preço offerecido acima do va-
lor da avaliação:
N.º 1—Um quintal com tres oli-
veiras, po sitio do Outeiro, limites
de Villa d: Rei, avaliado em desoito
mil réis (18000),
N.º 2—Casa d’ habitação, casa pa
ra despejos, quintal, pateo e mais
logradouros, sita em Villa de Rei,
avaliada em um conto e seis centos
mil réis (1:600:%000).
N.º 3—Casa de adega, palheiros
e pateo, sita em Villa de Rei, ava-
liada na quantia de cento e oitenta
mil reis, 180:000 !
4:º— Uma cabana que serve pa-
ra arrecadação de abegoaria, em
Villa de Rei, avaliada em dose mil
reis, 12.000,
N.º 5—Uma casa e tudo o mais
que lhe pertence, denominada a
Coutada, limites de Villa de Rei,
avaliada na quantia de tres contos
e sete centos mil reis, 3:700$000.
N.º 6—Uma propriedade de ter-
ra de cultura, com sobreiros, oli
veiras, testada de matto e pinheiros,
esta ao Valle, avaliada em um con-
to e vinte mil reis, 1.0208000.
N.º 7—Uma propriedade que se
compõe de courella de matto e pi-
nheiros, denominada o Areal, limi-
tes de Villa de Rei, avaliada em du
sentos e sessenta mil reis, 2608000.
N.º 8&—Uma propriedade que se
compõe de lagar para fabricar azei-
te, terra de cultura, courella de ma-
to e oliveiras, denominada as Fun-
deiras, limites de Villa de Rei, ava-
liada em tresentos e o tenta mil rs,
3804000.
N.º g—Uma propriedade que se
compõe de horta com oliveiras e
testada de matto, e metade de um
poço, denominada o Porto, limites
de Villa de Rei, avaliada em seten-
ta e cinco mil reis, 758000.
N.º 1o—Uma propriedade que se
compõe de terra com oliveiras, de-
nominada a Conheira do Jarro, li-
mites do Brejo Fundeiro, avaliada
em quarenta mil réis (408000).
N.º 11—Metade d’uma terra com
oliveiras, no sitio da Conheira do
Carro, limites do Brejo Fundeiro,
avaliada na quantia de trinta mil
réis (308000).
N.º 12—Uma terra com oliveiras
e courella de matto, no sitio da Cor-
a da Fontinha e Eira de João Pom-
Eos limites dos Ribeiros, avaliada
em tresentos oitenta e quatro mil
réis (384000). Ê
N.º 13—Uma terra com oliveiras
e matto no sitio do Moinho, limites
dos Ribeiros, avaliada na quantia
de oito mil réis (88000).
N.º 14—Uma terra com oliveiras,
sete sobreiros e matto, no sítio do
Pisão, limites dos Ribeiros, avalia-
da em nove mil réis (gib000).
N.º 15-—Uma terra com oliveiras
e matto, sita no Cascalho, limites
do Ribeiro, avaliada na quantia de
vinte mil réis (208000),
N.º 16—Uma terra com oliveiras
e matto no sitio do Pisão, limites do
Ribeiro, avaliada na quantia de seis
mil réis. (68000).
Pelo presente são citados quaes-
quer credores incertos que se jul-
guem com direito aos mesmos bens.
Certã, 22 de Dezembro de igro.
O Escrivão,
Eduardo Barata Correia e Silva
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
A. Silva –
Comarca da Certá
2 1.º officio 2
Pelo Juiso de Direito desta co-
marca e cartorio do escrivão abaixo
assignado, nos autos d’inventario
orphanologico por-obito de Jannua-
ria dos Santos Silva, que residia no
logar e freguesia de Pedrogam Pe-
queno, desta comarca, em que é
inventariante José Dias, ali residen-
te, correm editos de 30 dias, a con-
tar da 2.º e ultima publicação do
annuncio, citando o coherdeiro José
Baptista da Silva e sua mulher, se
fôr casado, ausentes em parte in-
certa nos Estados Unidos do Bra-
sil, para assistirem a todos os ter-
mos, até final, do mesmo inyenta-.
rio, dedusindo n’elles todos os seus
direitos querendo. |. f
Certã, 16 de Desembro de igro.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues,
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
4. Silva.
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