Voz do Povo nº131 01-06-1913
– cara aspiração dos dois conce-
E Rho
DIRECTOR
Augusto Rodrigues
Administrador ;
ZEFERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 1 dé junho de 19 13
RA
é
5
INS TO
POVO
Assinaturas
PAO q aloe 6, 1200. Semestre… Goors.
Para’o Brazil… uso Sibooo réis (fracos)
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Não se restituem os oriéinaes
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CERTA.
Tipografia Leiriense — LEIRIA
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Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
* N’outro logar, preço convencional
Anunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Interesses locais
ses
Os nossos leitores que conhe-
cem esta região, sabem que ha
muitos anos, existem em cons-
trução as estradas que hão de li-
gar os visinhos concelhos de Fi-
gueiró e Certã.
Estas estradas, tanto d’um la-
do como do outro, acham-se
quasi chegadas ao seu termo, e
assim permanecem ha muito,
sem que tenha sido possivel obter
a sua conclusão.
Não pequenos esforços se
teem desenvolvido para a obter.
Tanto do lado de Figueiró como
do nosso concelho, varias repre-
sentações teem subido aos po-
deres superiores, fazendo-lhes
ver quanta vantagem, para, O
desenvolvimento da riqueza dos
dois concelhos, adviria da sua
ligação pela projectada via, que,
ao mesmo tempo, representa a
ligação facil da Beira Baixa com
o distrito de Leiria e o acesso
rapido e economico para o nor-
te do paiz, Durante muitos anos,
essa estrada representou a mais
lhos, até que, mercê de constan-
tes desilusões, os seus homens
desanimaram de chegar a ver
que lhes fosse dada satisfação a
essa tão justa reclamação.
Pois, agora, parece que vai
ter, em fim, realisação essa obra
d’uma tão palpavel necessidade,
devido á boa vontade, energia e
dedicado interesse dos nossos
representantes parlamentares.
Ha poucos dias ainda, o ilus-
tre deputado e nosso. presado
amigo, sr. Americo Olavo, con-
ferenciou com o sr. ministro do
fomento, instando pela urgente
conclusão d’essa estrada, incluin-
do a construção da ponte sobre
o Zezere, cuja despeza está or-
çada em 20 contos de réis.
O sr. ministro, depois de se
compenetrar da justiça do pedi-
do e da necessidade real do me-
lhoramento de ha, muito recla-
mado, atendeu o pedido do ilus-
tre deputado, constando que,
muito em breve, se darão come-
ço ás obras já projectadas.
E? certamente esta uma das
notÃcias que, com mais prazer,
transmitimos aos nossos leitores,
todos, amigos dos legitimos inte-
resses do nosso – concelho, que
vê, com tristeza, ser a deficien-
cia dos meios de comunicação,
o principal impedimento para
atingir o grau de prosperidade,
a que tem direito pela sua ri-
queza natural e espirito de tra-
balho dos seus habitantes.
Não ha duvida de que, com
essa estrada, os seus meios de
comunicação, melhoram: muito,
e que ela ‘virá contribuir: forte-
mente para o seu desenvolvi-
mento material.
Te eme
posição de gado caprino
Esta exposição, criada por porta-
ria de 11 de Maio de 1912 e que se
deve ‘realisar’ nésta vila, no dia 29
de Junho, e a que podem: concorrer
os creadores de toda a comarca está
sujeita ás condições seguintes:
1.º classe—Bode “isolado de 18
mezes a 4 anos c’idade
2.º classe- Grupo de 4 bodes de
18 mezes a 4 anos d’idade
3:* “classe=Cabras leiteiras isola-
das’de’ 2a 6 anos d’ idade o
4“ classe-—Grupo “de “12 cabras
leiteiras de’2/a 6/anos: d’idade
5.º classe-—Grupo de 12 chibatos
com mais’ pezo até 2 anos.
Premios concedidos aos ex-
-positores
1º premio. 1o$000
2.º»premio. – 58000
tºpremio.. 158000
2.º premio. 78500
1.º prémio. 88000
2.º premio. || 48000
*º premio. 128000
“premio. – 68000
1.º premio. 108000
2.º premio. 58000
hos de 1.º classe
Aos de 2.º class)
hos de 3.º class
Aos de; 4º classoj1
hos de 5.º classe
Além dêstes premios o juri pode-
rá conceder menções honrosas quan-
do’ além dos animais premiados se
tenham apresentado no “concurso
outros que mereçam ser distinguidos,
só podendo concorrer creadores dés-
ta comarca.
A inscrição para a exposição deve
ser feita na secretaria da Camara
Municipal dêste concelho até ao
dia 25 de Junho todos os dias
uteis, desde as ro ás 15 horas.
Na inscrição deve ser declarada a
idade do gado que concorre, deven
do ser nascido e criado em Portugal.
paia —
«REVISTA DO BEM»
Sem: nenhuns intuitos de ganhar
dinheiro, e tanto que se distribue
de graça a todos que a peçam, tem
continuado. a sair esta pequena re-
vista de propaganda moral e educa-
tiva, – que é feita á custa do colabo-
rador da Voz do Povo sr. Luiz
Leitão.
Publicou-se o p.º 122, que alem
de outras gravuras: traz O retrato
do “ilustre. bibhofilo: dr. Rodrigo
Velozo
A séde é em Lisboa.
O ESA SA QU E SR Bro
Está a concurso a escola mixta!
da freguesia do Figueiredo, do nos-
so concelho.
CGCivismo
sea
E? nobre e alevantado o significa-
do moral da sublimidade de pensa-
mento, da nobreza de convicções
que se encerra n’essa tão simples
como modesta palayra.
Resume ela crenças definidas que
não se devem alterar ao menor so-
pro de: brisa, porque representam
alguma coisa mais do que um sim
bolismo; são como que a genesis
d’um efluvio natural do nosso ser
que nos leva ao empreendimento de
áções ousadas na mira afortunada
“de nos tornarmos conscienciosamen-
te uteis.
Encerra ela, na sua maga signifi-
cação, alevantada virtude onde a
dedicação corre parcelas com um
sentimentalismo utilitario, propugná-
culo do bem estar da comunidade é
tendencioso á harmonia social.
Vê-se, pois, que ao falar-se de ci-
vismo deve ter-se em atenção, não
estultas e quixotescas pretensões,
sempre incongruentes, mas um afer-
vorado culto onde predomine o bom
senso, impére um criterio definido e
alveje o anceio dedicado de promo-
ver continuamente o melhoramento
da sociedade, por uma dedicação
constante à causa publica.
Apregoa-se muito civismo, mas as
mais das vezes n’umas teorias balo-
fas, nefastas e improdutivas, pois
baseiam-se em refalsadas noções de
sociabilidade que conduzem a des-
vairamentos que se reflétem, pela
sua inconsciencia, no seguimento po-
lÃtico da nacionalidade que deseja
caminhar, progredir e viver, sem
odios nem paixões, antes procuran-
do congregar os esforços comuns,
sem retaliações nem excessos—ex-
pressão da improdutividade no seio
da familia nacional —para que da
união de | todos nasça a força mo-
triz, propulsora do bem estar social,
que é necessario, custe o que custar,
se promova e desenvolva.
Mas para que isto se produsa im-
porta da parte de todos os cidadãos
uma nitida. compreensão dos seus
deveres, conjugada com uma soma
de predicados e virtudes que visem
a pratica do bem estar e sejam: de
utilidade para os seus concidadãos,
sem o que a fraternidade passa a
ser substituida pelo egoismo soez, a
liberdade degenera n’um carateris-
tico utopico e a igualdade n’uma
sonhada visão, quimérica, pueril,
Não são empreendimentos fantas-
magoricos, loucos e desvairados que
conduzem á pratica e desenvolvi-
mento do bem social, antes pelo
contrario, esses inovimentos vagos,
desordenados e imprecisos originam
uma retroáção, sempre de efeitos
contraproducentes, por isso mes-
mo que essa ação negativa, apresen-
tando os carateristicos dum direito
de defesa legitimo e justo, se define
por uma tendencia retrograda, limi-
tadora e cerceadora de liberdades,
acarretando em logar de concordia
a desarmonia, isto é; em vez de se
promover a solidariedade revela-se
a desunião, prova concludente de
que o civismo deixou de ser essa
virtude ou sentimento que faz um
bom cidadão, para se tornar, por
mal cultivado e compreendido, numa
arma terrivel e quiçá intempestiva,
onde a democracia caduca para dei-
xar campear a demagogia.
São factos de momento que per-
feitamente definem e caraterisam
esta doutrina.
*
*, %*
A atonia de consciências, a crise
de caratéres e a inercia de vontades
são fautores logicos da senilidade
dos principios. sociais puros, pela
condição atávica, que ainda impende
sob as gerações da atualidade, mi-
nando-as sob falsas proposições, por
isso que não são a expressão. sinte-
tica e pura do que deve ser a su-
prema realidade, definida porsum
nobre cunho de dedicação afervora-
da a tudo quanto seja realisar o Bem
nas suas multiplas e variadas for-
mas, e tendo por carateristica-co-
mo formando a cupula de magesta-
tico edifÃcio—a norma impoluta,
acentuada e firme do utilitarismo,
no interesse generico comunal,
Hoje em dia ainda, quasi se pode
dizer, vigora o mesquinho interesse
individual, ante o qual se curvam,
e sob o qual se amoldam, as mais
puras intenções, e a razão unica
dum tal facto é o abastardamento
dos princÃpios civicos, é a indiferen-
ça pelo estrito cumprimento dos de-
veres sociais, é o menospreso pelos
mais rudimentares conhecimentos
da sociabilidade, é, emfim, o desco-
nhecimento do civismo em tudo
quanto ele tem de nobre, em tudo
quanto ele tem de sublime.
Dizia o celebre filosofo Rousseau
que as Nações careciam de civismo,
ea verdade então assim lançada ao
turbilhão do mundo, ha quasi dois
seculos, ainda hoje, como éco ferino
e caustico, mas verdadeiro apesar
do avanço intelectual da socidade,
ressõa inexoravel, porque a dedica-
ção á causa publica mostra-se in-
coerente e desconexa sem aquele
caráter de sinceridade, apanagio de
crentes, que seria para desejar.
Não ha muito, nas ruas de Lisboa,
tristes factos marcaram a verdade
desta asserção. Se naquele bando
audacioso houvesse a concéção da
justiça, da equidade e do direito,
virtudes civicas que conduzem ao
senso comum, não se teria agitado
o desencadear de paixões, num mo-
vimento insciente, causador de per-
turbações que se reflétem no viver in-
timo da nacionalidade portuguesa,
e que bem denotama falta de algu-
ma coisa de grandioso, que todos
deva ubir n’um pensamento unico,
sensato e productivo, pensamento
que se resume e cifra no progresso
moral e material do Paiz.
Ha-de ser o esforço eficiente de
todos, concorrendo para o fim co-
mum, a dedicação constante e per-
tinaz para melhoramento continuo
da causa de todos, que ha-de pro-
duzir efeitos vantajosos é valorosos;
não, a desconexão, o atrabialismo,
a violencia, elementos dissolventes e
sAMarrrr a <Tr<Tr
@@@ 2 @@@
ESSO RS
incongruentes porque são contra-
rios à Razão e á. Justiça.
* kr *
Não sé abastarde, pois, o signifi-
cado moral da sublimidade de pen-
samento que se encerra nessa mo-
desta palavra—civismo—e todos,
unidos, republicanos de sentimentos
puros e crenças definidas, envere-
demos pela unica vereda direita e
limpa que conduz ao ambicionado
fim, repelindo aqueles, que sob hi-
pocrita mascara pretendem, em fal-
sas razões, renegar os princÃpios da
ordem e tolerancia, que são a base
natural das harmonias sociais, uni-
cas, produtivas e necessarias ao
engrandecimento da Nacionalidade,
proficientes e atinentes ao bem co-
mum,
E: B.
FACTOS E BOATO
Por motivo de doença, foram con-
cedidos 30 dias de licença ao oficial
de diligencias do 3.º oficio d’este
juizo, sr. Joaquim Affonso Junior.
Para o substituir, durante o seu
impedimento, foi nomeado o sr. Jo-
sé Maria Miranda.
e DICE
Foram removidos para a cadeia
Central de Lisboa, os presos Joa-
pp Carvalho e Joaquim Maria
arbedo, condenados a penas maio
res.
Acompanhou-os o oficial Miranda,
auxiliado por uma escolta militar,
— rea poem
Retirou para Castelo Branco, o
destacamento policial que se acha-
va de guarda ás cadeias da comar-
ca.
Aro a cai E LS
Pediu a sua exoneração de admi-
nistrador do concelho de Vila de
Rei, o sr. José Joaquim da Silva
Neves. a
emerge
Para solenisar o aniversario da
sua fundação, realisou a Sociedade
Musical Itecreio Artista, um inte-
ressante festival, no dia 25 que o
mão tempo prejudicou.
De tarde tocou no adro e à noite
em frente da sua séde, cuja fachada
estava vistosamente iluminada, sen-
do muito apreciados os trechos que
executou,
O seu novo fardamento, sobrio
de côres, é de bom gosto e o seu
conjunto produz um belo efeito,
Repetimos os nossos cumprimen-
tos á simpatica sociedade.
——— opacos — —
A comissão municipal administra-
tiva alterou o seu dia de sessões,
que passam a ser, agora, ás segun-
das feiras. E –
RS Ea
No dia 4 do corrente é o 1.º mer-
cado nesta vila, das quartas feiras.
No proximo sabado, 7, é tambem
dia de mercado semanal e mensal,
de gados.
quit
Esteve em Sernache do Bomjar-
dim, em sindicancia á estação pos-
tal, um funcionario da repartição
central do Porto.
———— panIçe-—————
Retirou do Figueiredo, e fixou a
sua residencia em Salvaterra do Es-
tremo, o nosso assinante, sr. padre
Joaquim Magro Pinheiro.
= cppesatpa qm
Vacina
Tem sido muito concorrida a va-
cinação semanal, realisada na admi-
nistração do concelho, casa do sub-
delegado de saude e sédes de fre.
uesias, pelos srs. drs. José Carlos
hrhardt e Gualdim de Queiroz,
VOZ DO POVO
Escolas Moveis
À comissão auxiliar dêste conce-
lho momeou os srs. Antonio Nunes
de Figueiredo e Luiz Domingues da
Silva para examinar as contas do
ano anterior, as quais foram apro-
vadas, e escolheu os srs. dr. José
Carlos Ehrhardt, Antonio Nunes de
Figueiredo, Luiz Domingues da Sil-
va e Joaquim Tomaz para assisti-
rem ás provas dos alunos da missão
de Amioso, que se devem realisar
no dia 1 de junho, sendo a distri-
buição de premios e diplomas aos
alunos da referida missão no dia 8.
Nomeou novo cobrador e fez entre-
ga de todos os documentos ao te-
soureiro sr, José Ventura.
ma
Faleceu em Sobreira Formosa, no
dia 24,0sr. José Pires Lopes, bem-
quisto proprietario. A†familia enlu-
tada e em especial aos nossos ami-
gos srs. Joaquim Ribeiro Martins e
Alberto Lopes Pires Ribeiro, as nos-
sas condolencias.
— Ss 6y0€-—— —
Instrução primaria
Este importante ramo de serviço
publico que, pelas antigas leis havia
passado para as camaras munici-
pais, volta pela nova lei para essas
corporações, ficando a seu cargo to-
do o serviço de instrução primaria,
concorrendo o Estado com mil con-
tos por ano para os encargos a que
elas ficam obrigadas.
A contar do dia 1 do proximo
mez de julho, todo o serviço de ins-
trução primaria fica a cargo dessas
corporações.
Muitos professores do paiz recla-
maram para que tal se não fizesse:
porque muitos desses funcionarios
ainda não se esqueceram de que es-
tiveram anos sem receber os seus
“ordenados, quando o serviço de ins:
trução primaria esteve a cargo das
Camaras Municipais.
Como estamos certos de que a
camara municipal deste concelho
procederá agora como procederam
as suas antecessoras, quando, esse
ramo de serviço publico esteve a
seu cargo, não terá razão de queixa
o professorado primario d’este con-
celho, pois é bom não esquecer e
recordar aqui que essas camaras
nunca deixaram de pagar com a maior
pontualidade os ordenados desses
obreiros da instrução popular.
= ELSA O mm
Passaportes
Foi expedida uma circular aos go-
vernadores civis sobre o praso e va-
lidade dos passaportes e o seu vis-
to, na qual se determina; designar
o praso da validade dos passapurtes
sómente para os emigrantes meno-
res de 14 anos ou reservistas; visar
só os passaportes passados nos go-
vernos civis; não transformar em
colectivos os individuais ; ‘e designar
nos primeiros as pessoas a quem
aproveitar o visto.
— aco
Moedas de 5 réis
A comissão parlamentar de finan-
ças que apreciou a proposta gover-
namental extinguindo a moeda-frac-
ção de meio centavo, ou seja a an-
tiga moeda de 5 réis, é de parecer
que desapareça essa fracção nas
contas do Estado, mas que subsista
nas operações comerciais. A des-
aparição dos 5 réis levanteria justi-
ficados protestos, sobretudo da pro-
vincia e nos meios operarios.
O parecer da comissão atende aos
interesses do. Estado, mas não ex-
tingue essa moda para transacções
que na maior parte são as das ne-
cessidades quotidianas da vida, e
particularmente se referem á exis-
tencia das classes pobres,
SUBSCRIÇÃO
para a construção dum edificio para
Club e Teatro, na Certã
Transporte… 3:5658385
Casa O. Herold & C.*
—Lisboa……….. 58000
Soma… 3:5708385
Material para construção
Manuel Nunes da Silva, Junceira
—Pinheiros para andaimes.
A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos.
O Presidente,
A. Sanches Rolão.
L
Carteira semanal
Fazem anos:
No dia’3, o sr. dr. Abilio Marçal.
No: dia4, aisr.º D. Delfina Car-
valho.
No dia 6,0 sr. Anibal Carvalho,
Retirou para a sua casa, de Lis-
boa, ‘acompanhada de suas interes-
santes filhinhas, a st.* D. Nativida-
de Carvalho Tasso de Figueiredo.
Estão em Lisboa, os srs. João da
Silva Carvalho, e Celestino Mendes.
Estiveram. nésta vila, os srs, Se-
bastião Farinha Tavares, sua espo-
sa e filhinha; dr José Pinto da Sil-
va Faia, e Adolfo Lopes Tavares;
em Coimbra, o sr. João Pinto d’Al-
buguerque e sua esposa, e o sr.
João Carlos d’Almeida e Silva e
sua esposa; e em Elvas, o sr. dr.
Albano Lourenço da Silva.
Regressaram a esta vila, os srs.
dr. Joaquim Farinha Tavares, Luiz
da Silva Dias e José do Vale; e a
Lisboa, o sr. José Antunes Farinha
Leitão, sua esposa e; filhinha.
—— captado — —
Pela camara
Sessão de 28
Presidencia, Zeferino Lucas —ve-
readores assistentes, Luiz Domin-
gues, Ciriaço Santos, Nunes de Fi-
gueiredo e Filipe Leonor.
Lida e aprovada a acta da sessão
anterior.
– EXPEDIENTE
— Oficio n.º 56, da Camara Mu-
nicipal de Vila Velha de Rodam,
agradecendo a aderencia desta ca:
mara á representação que acompa-
nhou o seu oficio n.º 42, de 30 do
mez findo, e foi enviada ao Ex,Ӽ
Ministro do Fomento.
—Dito n.º 27, de 25 de maio, do
sub-delegado de saude deste concelho
enviando nota da vacina fornecida
pelo Instituto Vacinico Pasteur, de
12 de abril a 22 do corrente, no to-
tal de 81 tubos na importancia de
448950 réis.
A Camara mandou satisfazer e
dar conhecimento ao sr. sub-delega-
do de saude para que o Instituto
mande o competente recibo á co-
brança.
— Ditos n.º 2g1 e 293, da Admi-
nistração deste concelho, ácerca do
regresso a Castelo Branco dos-guar-
das aqui destacados.
Inteirada,
—Dito n.º 295, da mesma proce-
dencia, enviando copia dum oficio
da Administração do Concelho de
“Pedrogam Grande. Resolveu oficiar
á Administração deste concelho pa-
ra que fosse intimada Maria do Car-
mo Fernandes, residente em Pedro-
gam Grande a comparecer no dia
31, pelas 12 horas, na Secretaria da
Camara, devendo comparecer tam-
ess ssZiziiço
bem Joaquina. de Jesus, casada com
José Nunes Ramos, do logar dos
Verdelhos.
—Dito n.º 289, da mesma proce-
dencia, acompanhando copia dum
oficio do regedor de Pedrogam Pe-
queno sobre varias reclamações fei-.
tas’contra o alinhamento da constru-
ção que Nuno da Conceição vai co-
meçar na P. Angelo Vidigal, em Pe-
drogam Pequeno. A camara resol-
veu’ mandar o oficial de diligencias
Manuel dos Santos ao local onde-se
diz ter-se dado a transgressão a fim
de colher os elementos que sirvam
de base ao ulterior procedimento
desta Camara,
— Requerimento de Nuno da Con-
ceição e Silva, pedindo licença para
depositar materiais de construção,
no espaço de 30,â€2, durante 3 me-
zes, na P. Angelo Vidigal, de Pe-
drogam Pequeno. Concedida em
harmonia com o art.º 27º do Codi-
go de Posturas.
—Dito de Francisco Nunes Tei-
xeira, de Sernache do Bomjardim,
pedindo para depositar materiais de
construção na T. da Boa Vista, da-
quela vila, Deferido nos termos do
artº 27 do Codigo de Posturas.
—Compareceu Joaquim Nunes €
Silva, da Certã, pedindo para depo-
sitar materiais de construção duran-
te 15 dias na T. do Fernando, desta
vila. Concedida em hormonia com o
art.º 27.º do Codigo de Posturas.
—Mandou satisfazer no dia 3 de
junho as folhas dos ordenados dos
empregados da Camara e Adminis-
tração e bem, assim: as folhas dos
jornais gastos com, a limpeza das
ruas da vila durante o mez actual,
—lIdem a Joaquim dos Santos
Ilheu e Manuel Nunes a importan-
cia do enterramento de 23 cães, aba-
tidos pelos guardas da policia civi:
ca destacados nesta vila,
a meme
Salão de leitura para ereanças
(Tradução)
Foi durante o estio do ultimo ano
que se abriu em Wiesbaden, o salão
de leitura para creanças,
A instalação, apesar de simples,
é completissima sobo ponto de vista
da higiene. Sob a acção duma so-
ciedade particular, que tinha prévia-
mente reunido os fundos hecessa-
rios, a municipalidade pôz á dispo-
sição dos organisadores, para certos
dias da semana, a grande sala da
aula duma escola emitia assaz
espaçosa para poder receber uns go
pequenos leitores e leitoras,
Seguidamente os livros e as re-
vistas (pois que abundam as revis-
tas infantis), foram colocadas nos
seus logares.
Ajuntaram-lhe depois um stereos-
copio e um aparelho de projéções
que funciona apoz cada sessão de
leitura.
As creanças encontram ali egual-
mente tudo que é preciso para de-
senhar.
Os livros proveem, quasi todos,
da bibliotéca popular e são, em
primeiro logar, albuns de estampas;
contos, lendas, narrativas varias,
biografias, obras de historia e de
geografia, se bem que todas as ida-
des e todos os gostos ali achem em
que se entreter.
Para impedir que as creanças
leiam de afogadilho ou para que não
folheiem distraÃdamente uma serie
de albuns, é defeso, salvo rarissi-
mas exceções | submetidas a rigoro-
sa. fiscalisação, mudar de livro; du-
rante o mesmo dia de leitura.
Enfim, cada creança é portador
dum livrete onde o vigilante nota
as horas da chegada e da partida, o
livro lido etc. Os paes são obriga-
dos a assinar o livrete dé cada vez,
afim de obstar aos obusos, sempre
possÃveis, :
@@@ 3 @@@
Até aqui os resultados são os
mais ‘ satisfatorios. A sala nunca se
esvasia, os instituidores mostram
um zelo incançavel, as creanças dão
provas d’inteligencia e docilidade, e
aplicam-se a não despresar em cou-
sa alguma os conselhos impressos
sobre fitas colocadas nos livros.
Eis aqui esses conselhos :
1.º—Não me pegues com as mãos
pouco limpas: isso me sujará.
2.º—Não desenhes nem escrevas
nas minhas folhas: isso me desfeia-
rá.
B.º—Não me. coloques: aberto,
com as folhas sobre a mêsa, e o co-
tovelo apoiado sobre mim: isso me
escangalhará. :
4.º=Não ponhas lapis nem cane-
ta nem objecto algum duro entre
as minhas folhas: isso me rasgará
a encadernação. :
5.º—Não me faças sinaias: isso me
dará mau aspecto.
6.º—Para voltar a pagina, toma a
folha ao alto, mas não molhes os dê
dos: isso me manchará.
Em uma palayra, trata-me de tal
fórma, que tenhas sempre gosto em
me tornar a vêr,
Tudo isto se nos afigura excelen-
te. E†para desejar que estes salões
de leitura se multipliquem.
Em Erança já existem alguns.
Ninguem: perde com isso, antes
ganham os. pais, os mestres e em
especial as crianças.
Maria Pacheco Leitão.
ee ———
Registo Civil
O movimento de registos de 21 a
28 do corrente foi:
ING SCI DOCTOR nr RR Direi TES
Obitos; strass duapr ae a ns A AO,
Casamentos…
Secção agricola
Produção de hortaliças
São frequentes as queixas de que
às hortaliças falta aroma e bom sa-
bor, facto este devido a terras fra-
cas, que, ainda por cima, são mui-
tas vezes obrigadas pelos layrado-
res a produzirem á força por meio
da aniERço exclusiva do nitrato de
sodio, que, em pouco tempo, faz pu-
xar muita vegetação, sem que a es-
se desenvolvimento correspondam
aroma, sabor e consistencia, ficando
com este tratamento as terras ainda
peores para as culturas subsequen-
tes,
Os horticultores devem fazer a
diligencia para apresentar, nos mer-
cados, hortaliças de aroma: fino e
bom paladar, de estrutura delicada,
mas ao mesmo tempo consistente, o
que só conseguem adubando bem
as terras com adubos completos,
que tenham não só azote (como o
nitrato de sodio), mas sim azote,
acido fosforico e potassa, como os
adubos completos da marca regista-
da «Trevo de 4 Folhas», que con-
teem todos os elementos, e que os
agronomos da O. Herold & €.º in-
dicam a quem se interessar por es-
te assunto, escolhendo uma forma
apropriada a cada terra e a cada
cultura, á vista de uma amostra de
terra e suas respectivas informações.
Todos os horticultores e tambem
os floricultures que ainda não tenham
aplicado adubos quimicos ou quimi-
co-organicos devem fazer uma ex-
periencia com alguns sacos; é verão
que nunca supuzeram que com adu-
bos se pode-conseguir tão: bom, re-
sultado em quantidade e qualidade
da produção obtida.
Vêr e crêr, como S. Tomé; mas.
para poder vêr, é preciso experi-
mentar, podendo uma pequena ex-
periencia custar: 5, 10 ou 20000
réis, que o resultado compensa lar-
gamente.’
VOZ DO POVO .
Os adubos acima referidos, bem
como todos os demais artigos do
seu negocio podem ser requisitados,
conforme as conveniencias’ locais,
para casa do lavrador, ou à séde
da casa O. Herold & C.2, em Lis-
boa, ou ás suas sucursais, que as –
tem no Porto, Regoa, Pampilhosa,
Faro, Santarem (S. Pedro), Evora
e Beja.
ANUNCIOS
Anuncio
Pelo Juiso de direito da comarca
da Certã e cartorio do escrivão do
terceiro oficio nos autos de execu-
ção por dividas ao Estado, em que
é exequente, por sobrogação dos
respectivos direitos, Frutuoso Au-
gusto Cesar Pires, d’esta vila é exe-
cutado José Dias, da Portela da La-
meira, freguezia do Troviscal, d’es-
ta comarca, vão á praça, na porta
do tribunal judicial d’esta vila, no
dia primeiro do proximo mez de
junho. pelas onze horas, para serem
vendidos pelo maior preço ofereci-
do, os predios abaixo mencionados,
penhorados ao mesmo executado:
Uma terra de cultura com terre-
no de mato, castanheiros e um:
poço, no sitio da Portela da Lamei-
Ta. Ar
Uma propriedade que se compõe
de terra de semeadura e casa de
habitação sita na Portela da Lamei-
ra.
Pelo presente ficam citados quais
quer credores. incertos que se jul-
guem com aireito aos mesmos bens.
Certã, 9 de maio de 1913.
O escrivão
Eduardo Barata Correia e Silva
— Verifiquei
O Juiz de Direito,
2 Sanches Rolão, 2
Anuncio
Pelo Juizo de Direito da comarca
da Gertã e cartorio do segundo ofi-
cio, correm seus termos uns autos
de expropriação amigavel por con-
tracto celebrado pela Direcção d’O-
bras Publicas do Districto de Cas-
tello Branco, e Luiz Fernandes, da
Venda da Pedra, Eduardo Barata
Corrêa e Silva, da Certã, Manoel
Vaz, do Chão da Forca, José Fa-
rinha Tavares, do Pinhal de Baixo,
Manoel Pires e mulher Maria de Je-
sus, de Vaguinhas Fundeiras, João
Nunes Batalha, da Certã, todos d’es-
ta comarca para a construção no lan-
co da Certã a Vaquinhas Fundeiras,
da estrada Distrital numero cento e
vinte, entre os perfis 604 e 66 a 74
270» a : ;
Correm por isso editos de dez di-
as, a contar da segunda e ultima
publicação d’este anuncio no Diario
da Governo, chamando todos aque-
les que se julguem com, direito á
importancia de trinta e cinco mil
reis, depositada na Caixa Geral,
preço dos terrenos dos referidos
Luiz Fernandes e Eduardo Barata
Corrêa e Silva, pois que os dos
restantes, foram cedidos gratuita-
mente, para deduzirem os seus di-
reitos, sob pena de se adjudicarem
ao Estado os mesmos terrenos, é o
produto levantado por quem com-
petir.
Certa, dezesete de Maio de
nove centos e treze.
mil
O Escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O Juiz de Direito:
2 Sanches Rolão i
ANUNCIO
No dia 15 do proximo mez de
Junho, pelas 11 horas, á porta do
Tribunal Judicial d’esta Comarca,
ha-de procederse á venda e arre-
matação em hasta publica, pelo
maior preço que for oferecido so-
bre a respectiva avaliação, do se-
guinte predio: Ã
Uma terra de cultura com arvo-
res de fruto e uma pequena casa
em mau estado, em Sernache do
Bomjardim; a partir do nascente
com Antonio Agripino da Silva,
norte com Emilia Nunes, sul e po-
ente com as ruas publicas. Avalia-
da em quatro centos e cincoenta
mil réis ou quatro centos e cincoen-
ta escudos (4508000 réis).
Este predio vai á praça em virtu-
de da execução hipotecana que nes-
“te Juizo move Manuel Antunes, ca-
sado, comerciante contra Joaquim
José-Francisco da Silva, ambos de
Sernache do Bomjardim, desta Co-
marca. São pelo presente citados
quaisquer credores incertos.
Certã, 23 de maio de 1913.
O escrivão
Francisco Pires de Moura
* Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito:
Sanches Rolão I
LOdJ A NOVA
JOÃO DA SILVA CARVALHO
Praça da Republica — Certa
Fazendas brancas de algodão, lã,
linho e sêda, mercearia, ferragens,
quinquilheria, papel, linho, sola, relo-
gios de mêsa, de parede e de prata
para algibeira, louças é vidros, can-
dieiros, camas de ferro, vinhos fi-
nos e licôres, folha de Flandres, ‘tin-
tas, tabacos e fosforos, etc. etc.
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Uma magnifica estampa propria
para emoldurar representando O
Marquês de Pombal expondo os
seus planos para a reedificação da
cidade de Lisboa, depois do terra-
moto de 1755.
Brindes aos srs. angariadores dassinaturas
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a quem requisitar,
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recebem-se assinaturas tanto para
este romance, como ‘ para os que
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bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
versos typos e dimensões ; grande sortimento detulipas, bacias
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cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
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LEITÃO & ALBUQUERQUE
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Rua do Ouro, HO, 2.’=ESCRIPTORIO PORENSE=Teleg,*=LEQUE=LISBOA
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Commissões e consignações, despachos nas. alfandegas»
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias: Acceita representações de
quacsquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio – gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplo-
mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com-
pras de adubos adequados ás cultu
| Tas, os melhores em qualquer caso
NASY ANEMIAS,†FEBRES
PALUSTRES OU SEZOES,
TUBERCULOSE e outras do-
enças provenientes ou acompa-
nhadas de | FRAQUEZA GE-
pelos bons resultados, não correndo RAL, recomenda-se a
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquisi-
ção de formulas feitas sem criterio.
A NACIONAL
CONPANHIA DE SEGUROS
Com o capital de 500:000:»000 rs.
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N’esta redacção prestam-se todos
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nos hospitaes do paiz e colônias, confirmam ser
o tonico é febrifugo que mais sérias garantias
offerece no sen tratamento. Augmenta a nutri-
ção, excita fortemente o apetite, facilita a di-
gostãe e é muito agradavel ao paladar.
E TESES
Premiado nas exposições de Lon-
dres, Paris, Roma, Anvers e Genova
com 5 grandes prémios e 5 medalhas
de ouro, Na de Barcelona – membro
do juri— As mais altas recompensas,
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Inatrucções em portuguez, francer e inglez
A! venda nas boas pharmacias.
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(7 rs: por hora o|consumo de cada | MA de creosota lato fosfatado—:
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Unica Zecommendada pelos medicos no tºatamento de Ul-
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ções das mucosas.
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