Voz do Povo nº12 19-02-1911

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Augusto Rodrigues
DIRECTOR
Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certa, I9 de ievereiro de 1911
PE Saara ana
VOs DO
NGS ro,
Vo
Assignaturas
Anno…… 1200.
Para o Brazil. …….
Pago adiantadamente
Semestre…
Não se restituem os originaes
600 Is.
Soo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA
Propriclale da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha,…. 30 Is.
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Propaganda. repullca
Elias
Um magnifico artigo do sr.
Alfredo Pimenta, que ha dias vi-
mos publicado na Republica “Por-
tugueza, accentuava o facto do
afrouxamento da propaganda re-
publicana que até ao dia 5 d’ou-
tubro era intensissima e que des-
de então tem. diminuido sensi-
velmente. ..
Concordamos. ‘absolutamente
com a these de que nunca co-
mo agora tal propaganda foi tão
absolutamente . necessaria, por
que, sem duvida, presentemente
todos estão convencidos de que
o paiz carece bastante d’uma so-
lida educação civica, que é a me-
lhor, senão a unica base, d’ap-
poio para as instituições libe-
rães.
Em qualquer regimen demo-
cratico as boas leis não serão
d’um feffeito efficaz se o povo
não as assimilar com o. conhe-
cimento previo dos: seus direitos
e dos seus deveres.
O que não sabemos, porem,
é se o distincto jornalista estará
perfeitamente informado acerca
do desenvolvimento. da: propa-
ganda republicana no paiz.
Se assim fôr, mais evidente se
torna a necessidade do directo-
rio recolher todas as informações
que sobre o assumpto lhe pos-
sam fornecer os corpos políticos
do partido, para uniformisar e
dar unidade d’acção a esse sa-
lutar movimento.
Se em todo o; paiz: se tiver
trabalhado como neste conce-
iho, então, certamente, o distin-
cto jornalista estaria mal ou in-
completamente informado, por-
que o trabalho, d’evangelisação
liberal aqui: realisado e de ha
muito emprehendido, tem sido
tão intenso, como inteligente
A propaganda dos principios
liberaes n’este concelho já vem
do tempo da monarchia.
Ha pouco tempo estava en-
tre nós o illustre membro do di-
rectorio, sr. Cupertino. Ribeiro,
e s. ex;* pode constatar que en-
controu aqui um não pequeno
numero de pessoas com o espi-
fito de ha muito conquistado pa-
ra as ideias democraticas.
Desde a proclamação da Re-
publica, o trabalho de propagan-
da não cessou ainda, e por meio
de numerosas conferencias, na
séde do concelho e nas fregue-
sias ruraes, o povo tem sido cha-
mado á comprehensão. dos seus
deveres civicos e o seu espirito
exclarecido ácerca das leis que
as novas instituições tem pro-
mulgado, preparando-o para re-
ceber as, grandes reformas so-
ciaes que se-annunciam.
Esse benemerito trabalho não
só tem sido feito sob a direcção
da Commissão: Municipal, mas
n’elle tem tomado activa parte o
seu digno presidente, o ilustre
vice-almirante Tasso de Figuei-
redo, O primeiro director geral
de Marinha, da Republica, re-
publicano de sempre, em activi-
dade revolucionaria muitas ve-
zes. A Bslom
A auxiliá-lo nºessa sua missão
de propagandista, tem is. ex.? ti-
do outro distincto membro. da
commissão, o sr. dr. José Car-
los Ehrhardt, republicano desde
os bancos da Universidade, de
ha muito em correspondencia
com o directorio. Outros. ele-
mentos teem auxiliado e coope-
rado nºesse trabalho, que.tem six
do coroado do melhor exito.
Desconhecia, por certo, o. il-
lustre jornalista da Republica Por-
lugueza, estes factos consolado-
res para-a sua alma de revolu-
cionario e de patriota: d’ahi a
esperança que nos anima que
repetindo-se elles nos outros con-
celhos do paiz, os seus justos re-
ceios sejam infundados, e que,
assim, a Republica se faça não
só nos altos poderes do Estado,
mas tambem no coração do po-
vo e nos costumes da nação.
TI E
PELA CAMARA
Sessão de 15
Sob a presidencia do sr. Zeferino
– Lucas é assistencia dos. srs, verea-
dores Floriano de Brito, Henrique:
Moura e Nunes de Figuciredo, teve
logar a reunião da comissão admi-
nistrativa.
Resolveu-se :
Passar procuração para se pro»
ceder á cobrança, da divida de Ma-
ria Farinha, das Relvas. É
Mandar executar a sentença da
fonte do Marmelleiro. i
Officiar novamente ao inspector
geral de saude,
Continuar com a abertura da es-
trada que liga esta. vila com a fre-
guesia da Varzea dos Cavalleiros.
Contractar-se o conductor, de
Obras Publicas, n’esta villa, median-
te uma gratificação,
Foi presente:
Um telegramma do Governador
Civil agradecendo o que lhe havia
sido enviado. á
Uma representação dos emprega:
dos do commercio d’esta villa, que
ficou sobre a mesa para ser apre.
ciada quando fôr’ regulamentado o
descanço gesal.
Um requerimento dosr. Antonio
Ramalhosa e planta para uma edifi-
cação, foi enviada 4 commissão de
saude a informar.
Uma participação de que uma ex-
posta confiada aos cuidados de Mar-
garida de Jesus, do Casalinho, fre-
guesia de palhaes, era maltratada’;
mandou-se averiguar:
Foram approvadas as contas da
gerencia de 1910;
Auctorisou-se o pagamento de
6:h480 réis, importancia da folha de
pagamentos em reparos na estrada
da Certa á Varzea dos Cavalleiros,
no lanço comprehendido entre-a vil:
la e a Portella dos Bezerrins,
FACTOS E BOATOS
Conferencias
No dia’ra’ realisaram-se na fre-
guesia da Varzea dos Cavaleiros
duas conferencias de propaganda
democrática, sendo conferentes os
srs. almirante Domingos Tasso ‘de
Figueiredo! e dr. José Carlos Ebr-
hardt,’e uma conferencia sobre as-
sumptos agricolas pelo nosso colle-
ga Cardoso Guedes.
Os conferentes eram aguardados
por grande numero de pessoas tun-
do á frente a junta de parochia,
A” sua chegada foram queimados
muitos foguetes achando-se o- adro
eo edificio da escola embandeira-
dos e adornados com festões de ver-
dura.
A” conferencia assistiu um grande
numero de pessoas, ouvindo os con-
ferentes prolongadas. salvas de pal:
mas.
Ee ES NA DR Eae a
Na freguesia da “Varzea dos Ca-
valleiros realisou-se no dia 12, após
as conferencias a que atraz nos refe-
rimos, a eleição da primeira com-
missão parochial republicana, a que
se procedeu em virtude do disposto
na lei organica do partido.
Ao acto presidiu o nosso amigo
sr. almirante Tasso de Figueiredo,
sendo eleitos os srs. Alberto Carlos
Martins, Manuel Francisco Cerdei.
ra, José Dias Farinha, Manuel Lo-
pes Parente Junior e Manuel Lopes,
effectivos; e Ambrosio Dias Fari-
nha, Joaquim Jorge, Antonio Fari-
nha’ Martins Junior, Casimiro Fa-
rinha e) Manuel Martins, supplen:
tes.
O acto decorreu sempre na me:
lhor ordem, e ao findar foi, pela jun-
ta de parochia, offerecidoum delica-
do copo de agua aos srs, Domin-
gos Tasso de Figueiredo, dr. José Car-
los Ehrhardt e! Cardoso: Guedes,
trocando-se enthusiasticos’ brindes.
Quando estes nossos amigos re-
tiraram foram soltados prolongados
vivas á Repubiics, directorios, com-
missão municipal, á liberdade, pa-
tria, povo da freguesia, etc., etc,,
afirmando assim aquella freguesia
Os seus sentimentos democraticos.
— Coe —
A gatunagem tem continuado a
apalpar as portas de varios mora-
dores, motivo porque a auctorida-
de administrativa está procedendo a
rigorosas investigações,
(20 oosspoes =dbs
Francisco da Conceição Silva
Com grande pezar’ recebemos a
noticia do passamento; d’este-bene-
merito cidadão, um dos mais illus-
tres filhos; d’este concelho, ao qual
prestou sempre o valioso e desinte-
ressado concurso da sua boa:vonta-
de, generosa e inteligente,
Com o seu falecimento: perden;
principalmente a sua freguesia; Pe:
drogam Pequeno, um amigo-lealis-
simo e um:protector desinteressado,
Todos os jornaes teem; dado no-
ticias desenvolvidas da imponencia
do seu-funcral e das manifestações
de sincero e vivo Sentimento» pres:
tadas por todas as classes sociaes;!
não; as reproduzimos,; pois, aquis
limitando-nos; a: apresentar as pro-
testos do; nosso: profundo: pezar a
toda:a familia. do ilustre extincto, e
em especial aos nossos amigos, srs;
José Januario e Silva, João da Cruz
e Silva, José, Joaquim da Silva e
Augusto David e Silva.
—— ICO
Dr. Augusto Barreto
Tem, continuado a receber as mais
inequivocas provas de consideração
e respeito, o illustre governador ci-
vil d’este districto.
=— —o000€-————
Escolas moveis
Hoje, no logar da Passaria, é no
dia 26 no logar do Outeiro, reali-
sam-se as provas finaes das duas
missões que se acham funccionando
neste concelho, ,
—Consta-nos que a Commuissão
auxiliar d’este concelho pediu á res-
pectiva direcção, para que aquellas
missões se conservem funccionando
mais alguns mezes. Estamos certos
que o seu justo pedido será attendi-
do.
CHRONICAS TRIPEIRAS
Bem casados e mal casados
[Ás damas certaginenses)
Nós, os homens, só podemos tor-
nar a nossa missão socialmente com-
pleta, constituindo. familia, “isto é,
indo-ás fontes “da: belleza buscar a
mulher que, thesouro de dedicação,
thesouro d’amor, venha occupar, ao
nosso lado, o logar que o cumpri-
mento d’um destino lhe marcou
dentro do lar: o de esposa e mãe.
Sentindo uma ancia, uma aspira-
ção por uma vida moral, toda cora-
ção, vae o homem, atravez da so-
ciedade, em demanda d’essa com-
panheira amantissima, com a qual
hade ir construir esse santuario;fa-
miliar, onde, em repouso intimo, vá
tranquillisar o seu espirito, quando
desfaliecido ou cançado das luctas
da vida.
Feita a escolha, realisada a união,
as existencias isoladas dos dois som-
mam-se numa existencia nova, con-
vergente para um unico fim: a feli-
cidade do lar.
E”, então, que se vê o prodigioso@@@ 1 @@@
poder d’esse ente, apparentemente
tão fraco, a esposa, que, dominan-
do unicamente pelo affecto, hade,
mais tarde, guindar-se até ás culmi-
nancias sublimes de mãe.
E, quando os’dois obreiros do no-
vo lar se ligam por uma affeição
sincera e crescente, parece, então,
ue sobre elles, especie de luar bem-
ito, se vêem cahir as bençãos do
bom Deus.
São estes os felizes, os bem casa-
dos, os que cumpriram, aquelles
para quem a lei do divorcio hade
ser sempre lettra morta.
*
Mas, ao lado d’estes, quantos e
quantos conjuges há que falharam
ao seu destino? Quantos e quantos
mal casados por ahi se deparam?
O casamento, essa coisa tão san-
ta, mesmo sem egreja, porque é,
afinal, a obediencia a um preceito
natural-—o da conservação da espe-
cie-—preceito ao qual é um crime
fugir, abastardou-se com o tempo
e com o;progresso até ao nivel, em
que agora o vemos,
A escolha de companheira, traba-
lho sempre difficilimo, não necessi-
ta, hoje, do namoro á antiga, d’esse
estudo psychologico prévio, que era
sempre a’primcira tarefa: d’aquelle
que se propunha construir um lar.
Qualidades moraes? Essas dispen-
sam-se, quando financeiramente bem
compensadas, A mulher casa-se,
muitas vezes, porque se não reputa
menos do que as outras, porque
quer gosar mais, porque seria des-
airoso ficar solteirona, porque a
aterra essa visão de isolamento, re-
pudio e solidão, em que: ficaria ao
delir-se-lhe a mocidade n’um mar
nevado de cãs e em rugas. E casa-
se, emgeral, porisso. De resto, pres-
cinde, criminosamente, d’essa ale-
gria do lari os filhos.
Por isso, há, hoje, agencias que
dispensam todo o trabalho aos pre-
tendentes ao matrimonio. Nºessas
agencias há flores de larangeira aos
carros, noivas, já promptas, com O
seu veu nupcial: cahido até aos pés
e que são vendidas, provavelmente,
ao kilo, ou a uns tantos por cento
de comissão.
Transforma-se, assim, esse fundo
de santidade, que caracterisava o
casamento, n’uma secca operação
commercial.
Um impulso mais e o consorcio
revestirá o cunho mecanico d’essas
grandes fabricas americanas de sal-
chicharia, a vapor, tão bem descri-
ptas por Bourget, nas quaes os por-
cos—com sua licença!—entram vi-
vos por uma porta do estabelecimen-
to para, ao tim de pouco tempo,
sabirem por outra, já transformados
em presuntos e salpicões,
Que lar irão construir taes espo-
sos? Que familia, afinal, resultará
d’aqui? Que filhos, e com que qua-
lidades, surgirão de mistura tão he-
terogenca?
Para estes, os mal casados, é que
Affonso Gosta legislou. Para elles é
que a lei do divorcio —lei moral, lei
bemdiia!—está em: pleno funcciona-
mento.
*
E, a respeito d’isto, queridas da
mas certaginenses, vou brindar vos
com um ensinamento, colhido n’uma
das minhas digressões. E não se lhe
póde suspeitar da proveniencia: foi
bebida nas tontes puras do povo in-
genuo e bom.
V. ex.ºº conhecem o Candido,
carpinteiro, não é verdade?
Pois, uma vez, ia eu perto daca-
sa d’elle, quando vi, aqui e ali, ma-
“gotes de mulheres, que commenta-
vam qualquer caso anormal. E, mais
abaixo, mesmo em frente da casa
do Candido, um grupo mais assa-
nhado, invectivava o artista amea-
cadoramente. Mas este, que sabia
de certo com quem lidava-—moita |
VOZ DO POVO
-—nem uma nem duas. Ouvia cala-
do.
Quando eu passava em frente à
porta, uma das megeras do bando
gritava-lhe :
«Seu maroto! Andar sempre a
espancar a pobre da mulher! Isso não
se faz! Homem, verdadeiramente
amigo da sua mulher, não anda a
bater-lhe sempre: bate-lhe só pelas
quatro festas do anno. ..!»
E prosegui no meu caminho, con-
tente por, sem vo esperar, haver en-
contrado a definição de homem ver-
dadeiramente amigo da esposa.
*
Senhoras certaginenses!
Aqui, pelo norte, correm as mais
honrosas apreciações sobre O vosso
valor, sobre as vossas qualidades
physicas e moraes. Que sois bellas,
que sois sympathicas e que, sobre-
tudo, como filhas, esposas e mães,
sois modelares,
Permitti que cu, apreciador de
virtudes á antiga, deixe aqui exara-
do o tributo da minha admiração
por vós, desejando que todas rece:
baes testemunhos, comprovativos
da afeição de vossos esposos… pe:
las quatro festas do anno,
Saberei, assim, que sois contun-
dentemente felizes.
Rhuy. Pires,
JOIAS LITTERARIAS
ER Gi
O melhor album
Sacrario de amisades
Do amôr cofre adoravel;
Num album reverdecem as saudades
“Do tempo que passou irrevogavel!
Tudo nelle é precioso, até um nome,
Se esse nome é d’alguem. . «
éMaso album melhor, mais amoravel,
O que afrecios sómente em si contem,
E” aquelle que o tempo não consome,
—() coração de mãe!
J. Srmões Dias.
Carteira semanal
Fazem annos:
No dia 21, a sr. D, Maria Lopes
Rodrigues.
No dia 22, a sv. D. Arminda da
Conceição Gonçalves, e as meninas
Maria Magdalena das Neves e Sil
va, e Branca da Conceição Branco,
No dia 23, o sr. Antonio Joaquim
Simões David.
Já regressou de Lisboa o sr, Fer-
nando Bartholo.
Sahiram, para Pernambuco, o sr.
José Nunes da Matta, e para Lou-
renço Marques o sr. P.º Mario da
Silva Baptista, e para Lisboa, o sr.
Amadeu Valente.
Está na sua casa do. Brejo, O sr.
Floreano Bernardo de Brito.
; Estão n’esta villa, onde vieram
passar alguns dias com seus paes
e sogros, o str. Alberto Leitão e sua
esposa. ê
Regressaram a esta villa, o sr;
José Antonio de Moura, sua filha
st.* D. Julia de Moura, e o sr. An:
tonio Joaquim de: Moura, com sua
filhinha Dica.
Auto das quatro Estações. —
De dia para dia os sympathicos edi-
tores Cernadas & (.* se vão acre-
ditando mais e mais no conceito dos
amadores de bons livros, que infe-
lizmente não são muitos no nosso
paiz.
O volume que acabamos de re-
ceber, com que a gentilesa dos edi.
tores, brindou o nosso director, é
mais um testemunho das brilhantes
faculdades de talento do seu auctor,
o inspirado poeta Antonio Correia
d’Oliveira, No Auto das quatro Es-
tações não sabemos que mais admi-
rar, se a inspirada imaginação do
poeta, se a suavidade e delicadesa
das rimas, se.a riquesa e exuberan-
cia das imagens.
A obra não é toda rimada, mas
toda ella constitue um verdadeiro
poema que extazia o leitor, fazendo-
lhe devorar as paginas e deixando-
lhe na alma uma grata impressão
de suave conforto espiritual.
Sentimos que n’este n.º a falta de
espaço nos não permitta oferecer
aos nossos leitores um trecho das
inspiradas paginas que temos dian-
te. Fal’o-hemos, porem, brevemen-
te,
Não resistimos porem, ao desejo
de terminar esta simples notícia com
a transcripção d’alguns dos formo-
sos tercetos do quadro IV, da esta-
ção do inverno:
Não vivas para ti; mas sê, disperso
Na unidade de quanto te rodeia,
“O universo a viver para o universo,
Ama a vida, da estrella ao grão de areia,
Faz da Bondade a tua religião.
Recebe, como propria, adôr alheia.
Trabalha ! A” terra que te der o pão
Cerca-a de rosas, enche-a de bellesa…”|
—Sê bom, e livre, e bello, e forte, e são,
Foge á Cidade: volta à Natureza: |
Respira o sol,—e o sol respire em ti »
Outra imortal e espiritual clarêsa…
Ruy
“Pequena correspondencia
Dignaram-se pagar a importancia das
suas assignaturas, os srs. Francisco Si-
mões, P.º Antonio Nunes é Silva, Antonio
Fernandes Coelho Junior, José Antonio
Gaspar, Francisco Martins Fernandes, João
Antunes Junior, Marcellino Fernandes, Ma-
nuel Luiz da Silva, José Serra Junior, Flo-
reano Bernardo de Brito, Daniel de Brito,
José Maria d’Alcobia, José Nunes Mendes
Josédos Santos, Alvaro Silveira, Manue
Bernardo da Silva, e David da Silva, Men:
des.
Agradecemos.
CORRESPONDÊNCIAS
Pedrogam | Pequeno. O. te.
Jegrapho trouxe-nos. a infausta no-
ticia do fallecimento do grande in-
dustrial e abastado capitalista, sr.
Francisco da Conceição e Silva.
Apenas tão fatal noticia come:
çou a circular nºesta villa; só se ou-
viam lamentações por tal perda.
Esta freguesia donde elle era na-
tural, considera-se de luto, porque
elle era um desvellado protector da
sua terra natal.
A elle se deve aconstiucção do
bello edifício escolar que possuimos,
a riquissima capelia da Senhora de
Confiança e a calçada que desta
villa conduz à mesma capélla, a bo-
nita capella de Santa Maria Ma-
gdalena e foi um dos subscriptores
do cemiterio, 7 E
Era um leal e bom amigo da fa-
milia, por todos considerado,
“Ainda ‘muito novo retirou para
Lisboa, onde, á custa do seu assi-
duo trabalho, juntamente com a sua
honradez e probidade inconcussa
que sempre o distinguiu, adquiriu
uma fortuna colossal,
Era proprietario da fabrica de
moagens e bolachas de Santo Ama-
ro, em Lisboa, tendo súccursães
no Porto, Braga e Vianna, tinha
portanto grandes relações commer;
ciaes.
Era conhecido em todas as ter-
ras do paiz e por todos considerado
como modelo de honradez. Foi uma
perda irreparavel para esta fregue-
siã.
A Junta Parochial, d’esta fregue-
sia, reuniu extraordinariamente, lan»
cando um voto de sentimento pela
morte do nosso patrício, conservan-
do a sua bandeira em funeral,
O Centro Tasso de Figueiredo
tambem teve a sua bandeira a meia
haste, em signal, de sentimento.
A’ sua ex.m familia e em espe-
cial’aos srs, José: Januario da’ Con-
ceição e Silva e seus sobrinhos João
da Cruz Davide Silva, José Joa-
quim da Silva e Augusto David e
Silva os nossos sentimentos.
Segundo nos constou á ultima ho-
ra vae reunir a mesa gerente da
Confraria do Santissimo para tam-
bem lançar nasua acta um voto de
sentimento pela morte d’aquelle be-
nemerito,
Partiram para Lisboa, onde, fo-
ram assistir ao funeral, os srs. Joa-
quim Henriques Vidigal, Adelino
Nunes Marinha e-Abilio da Paz Me-
deiros; E :
– A Commissão Parochial, . fez-se
representar no funeral pelo sr. Ma-
nuel Vicente Nunes e o Centro Tas-
so de Figueiredo, pelo: sr. Manuel
Martins Cardoso.
“ (Correspondente).
à ,
Oleiros 14-2-911.—Já se en-
contra n’esta villa o sr. Dr. Fran-
eisco Rebello” d’ Albuquerque; ilus-
tre presidente da Commissão Mu;
nicipal. Administrativa e, administra:
dor do concelho. Entre outras pes-
soas foram cumprimenta-lo os srs.
João Martins da Silva, Alfredo Mon-
teiro da Cruz, dr: “Alberto Sucenas
Alvaro da Costa; Serra e: Henrique
Silva, ir Rute
“—Tenciona ir a Lisboa o sr, dr,
Manuel Ferreira da Silva, distincto
facultativo municipal. 7 0104
—Tem passado incommodadavde
saude a sr.º D. Alice da, Conceição
Soares, distincta encarregada da es-
tação telegrapho-postal.
—Tenciona’sair na proxima se-
mana o sr. dr: Alberto ‘Sucena, in-
telligente- notario: d’este’, concelho;
devendo passaro carnaval com sua
familia.
Boa viagem. |
—Com à queda da monarchia f-
cou interrompida a installação da
estação telegrapho postal: na fregue-
sia de Alvaro; d’este concelho. Go-
mo já se encontram aqui os appa-
relhos telegraphicos, e os postes es-
tão collocados, bom seria que o sr.
ministro do Fomento mandasse ul-
timar os trabalhos respectivos que
representaria um grande beneficio
para a importante freguesia, dºAl-
varo.
Sm
ANNUNCIOS
BIBLIOTHECA DE EDUCAÇÃO MODERNA
listoria das Religices!
Compilação da’ Ribeiro de Carvalho ‘
‘Preço do livro; brochado; 200
réis; magnificamente. encadernado
em percalina, 300 réis. Vende-se
em todas as principaes, livrarias de
Portugal, Brazil e colonias.
Remeite:se ‘tambem pelo correio
para todas as terras a quem remet-
ter a respectiva importancia em es-
tampilhas ou qualguer outro valor
de fácil cobrança. Pedidos á Livra-
ria Internacional, Calçada do Sa-
cramento, ao Chiado, 44—Lisboa,
de gallinhas de raças estran-
geiras, afiançados: por preços
modicos, vendem-se. Informa-se
n’esta redacção,n’esta redacção,@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
Tribunal Commercial da
Comarca da CGertã
2 3.º officio
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do
escrivão
do terceiro officio nos autos de fal-
lencia requerida contra Dona Rosa
Aurelia d’Araujo Teixeira
Santos,
viuva, proprietaria de Villa de Rei,
d’esta comarca, se hão de
arrema-
tar em hasta publica, no dia cinco
do proximo mez de março, pelas
onze horas da manhã, á porta do
Tribunal Judicial, sito no Largo do
Municipio, dºesta villa, todas as di-
vidas activas da massa fallida, abai-
xo relacionadas;ias quaes, por deli-
beração do Tribunal do Commercio,
ouvidos os curadores fiscaes, vão á
praça com sessenta por cento de
abatimento, a saber:
Deve João Carneiro, de
Villa de Rei, degartigos do
estabelecimento commer-
Deve Manoel da Silva
Alegre, idem, artigos do
estabelecimento ,, ,, «ev…
cialda fallida, réis. ETs
Deve João MartinsiSécca, vet
idem; idem.es. cos ado retd
Deve Joaquina Affonsa,
idem, idem… ..,.corenis 15:804
1 Deve Luiz Antonio, idem,
idem. esnsato dee sn vo NTOIÓBO
Deve Lucianna de Jesus, iG
idem, sidemiu imisaisea se-tor 1:470
«Deve Emilia: Lousada, otibs
idem, idem. Bj cstinsbine .lerisp:oõo
Deve Francisco Cartaxo,
idem, idemi,. .. ab os pop 15:165
Deve Thereza | Nunes,
idem, idem… «cce 1:900
Deve Manoel -Jacintho j
da Silva, idem, idem. …. 5:885
Deve Vicente Esperança,
idem idengs de ste 16:350
Deve Thereza de Jesus, ú
idem, idem… ……cr..r o 81415
Deve João Vianna, idem
idem. .secstmes cos 1:500
“Deve Francisco Filippe –
– Belem; idem, “idem”. 1)” 4:480
Deve Manoel Saramago,
idem, idem ss me o ist a «ia ava 4:75
Deve Maximinia, idem,
LO EA freio rr PD RR 2:905
Deve Manoel ‘ Antonio
Angelo, idem idem.. ….. 3:92
Deve João do Souto,
dem; Atena 1:025
Deve José Pedro, idem,
idem Go DANO OR 1:220
Deve Claudino Comes
idem, idem Sia tas feria ves TOTO
Deve Justina, viuva de
João Rodrigues Baptista
dos Santos Junior, isa;
Tee EAEas Ro To:000
Deve: Vicente R’ B. dos )
Santos, idem, idem… .4. rIr:õoo
Deve. João Rodrigues
Baptista dos Santos, idem, a
de artigos e generos.::… 486:
De To Emilia Thereza, 8:97
idem, de artigos! do esta-
belecimento…….,u.. 430
Deve Luiz Ferreira, do
Chão do Lopes, idem… 740
Deve Genoveva Lucas,
da Agua das Casas, idem. 380
Deve Cypriano Lucas,
Td en Ident 3:000
Deve” Filippe Antunes,
da Pombeira, idem……. 650
Deve João Farinha Por- :
tella, do Peso, contribuição
paga. UP aros Canidada 10:640
a João Martins Baiú-
ca, do Milreu, artigos do
estabelecimento. ……… 2:985
Deve João da Silva Ar-
rancoeira, idem, idem…!. 560
Deve Manoel Joaquim
Carpinteiro, idem, idem… 3:730
Deve João da Silva Bar-
bo, idem, alpercatas,.., 290
27:820
Deve Joaquim Antonio
Garcia, idem, idem…….
Deve Augusto Martins,
il eh Cen ão eg oReo io ralo.
Deve Joaquim Luiz Ga-
lucho, idem, idem… …..
Deve Manoel Moura,
Italo teleha o Da dedo dou
Deve José da Silva Ar-
rancoeira, idem, idem…
Deve Joaquim Henriques
Martinho, idem, idem… .,
Deve Manoel Affonso,
Tera CRI AS ro o eia
Deve João Jeronymo,
idem, idem….. Dep Rd
Deve José Jeronymo,
jele ma id na ra
Deve José Antonio, idem,
Tae e aos
Deve Manoel da Silva
Madeireiro, idem, dinheiro
emprestado 4. us.
Deve Antonio da Silva
Barreira, idem, artigos e
diana e cida lo cm rd
Deve Augusto da Silva,
idem, artigos do estabele-
FiLento ts
Deve João Rico Vertu-
ma, da Fonte, idem……
Deve Augusto d’Olivei-
ta, idem, idem…lciuno.
‘ Deve José-Apparício,
idem, idem..
Deve Luiza Maria, da
Ribeira, idem…
Deve Maria Nunes, idem,
idem est O
semi ate so sa
Deve Manoel Antonio
Mercador, dos Ribeiros,
dera Ra et ta Sr
Deve Antonio, Mendes,
idem, dinheiro emprestado
Deve João Antonio Re-
formado, do Abrunheiro,
de artigos do estabeleci-
mento. o):
Deve Joaquim Simões,
dos Abrunheiros, idem .
Deve Manoel Leitão,
idem, idem……
Deve Padre José” d ‘Oli
veira, da Silveira, idem..
Deve Joaquim Gabriel,
idem den sr e
Deve. Joaquim Domin-
gues, idem, idem .
Deve Manoel Toro, idem,
idem.
Deve. Manoel d”Annun-
ciação, do Pisão, idem .
Deve Maria Morgada,
idem den ear area
Deve Luiza Maria, viu-
va, dos Pisões, idem….
Deve Anna de Jesus,
Id era UI e No otima nie
Deve Justina de Jesus,
Idem Ride nn er o
Deve Joaquina Maria,
idem, Ident
Deve Manoel dos Ratos
e Silva, idem, idem. …..
Deve Joaquim Gaspar,
idernsiAde na: . criar Rice
Deve Joaquim Martins
Banca, idem, idem… ….
Deve Luiz Costa, do La-
vadouro, idem..
DO prelo
855
170
750
3:585
400
9:430
2:890
250
300
965
5:000
35:900
135
5:865
900
2:00
o7o
840,
4:500
10:000
345
570
L:140
71:465
ao
2:000
380
6iogo
21070
315
785
240
405
800
9:000
14:515
Iigio
Deve Francisco” Nunes, | >
idem; idemi= soa és eus
Deve José Mathias, idem,
idem. eta
Deve “Francisco Domin-
gos Fidalgo, idem, idem ..,
Deve Joaquim Martins
Ventura, de Paredes, idem
Deve Joaquim Alves, de
Sellavisa; idem .w. eras.
Deve Antonio Vicente,
dos Estevaes, idem… .v. :
Deve João Mendes, do
Valle da Urra, idem… a
Deve Maria Segunda
Mouca, da Palhota, idem .
Deve Vicente Francisco,
daQuinta, idem,.,. ..u.a
Deve Vicente da Silva,
lda Portella do Curral, idem
cera
560
5:000
5:605
820
1:500
1:120
7 gôo
140
10:885
1iõoo
Deve Manoel/ Marques,
do Valle das Casas, idem
Deve Humbelina Lucas,
da Agua Formosa, idem..
Deve José Dias Branco,
do Villar Chão, idem..
Deve Manoel Henriques,
idetnAia enero
Deve Manoel Macieira,
desBouza, idem. ends
Deve Manoel Brasão,
Teen rd cn er rante qn k
Deve Manoel Farinha
Gomes, idem, idem……
Deve Manoel Vicente
idem, idem….. ste la
| Deve Vicente Cardoso,
idem, idem.,… RES OM R
Deve Vicente: Francisco
Mendes, (V.*) idem, resto.
Te CON tasas tanto UIP Ra
Deve Maria Florencia,
idem, artigos do estabele-
CImÊnEG. ha… ado
Deve João Mendes Nu-
nes, do Casal Cordeiro,
idem. «css cqraitta RO.
Deve José Francisco, do.
Brejo; den. .sisisi do gana
Deve João Lopes; idem,
Idempo Lori Vaso pets iUs é
Deve José da: Silva, do
Brejo, Funaeiro, idem.,,…
Deve José da Costa, idem,
| idendh – canis à RO NpÕS
Deve José Antonio Mou-
cos idem; idem 4. csemsmps
Deve: Manoel Dicas
| idem, idem.v. vs. cbsupoe. é
Deve: Vicente Mendes,
idem, idem.. «sw esa
Deve Manoel Mendes,
Leon picena orar qto
Deve: Antonio Mendes,
idem, dinheiro…. .ac. 02)
Deve Daniel da Silva, da
Cabecinha, artigos do es-
tabelecimento., ss, a. «su
Deve Manoel Alves Dias,
Teen Ric enc rr pes get
Deve Antonio ; Garcia,
idem, idem… oro
Deve José Alves) idem,
den ro caem ASA
Deve Joaquim Fernan-
des; idem, idem
Deve Manoel Dias Bran-
Gorce na Pic emp ns
Deve João Alves, das’
Gercadasidemt
Deve Alfredo da Silva,
idem, idgno.; «a quis o.
Deve Joaquim Alves
Pas idem dice essere
Deve Joaquim Francisco,
idem, idem….. Era
Deve José dos Ramos,
TO em e rde na nar Poe ‘
Deve José Fernandes Ma-
thias, da Macieira, idem…
Deve Manoel Branco,
(een (densa pr
Deve José Antonio, idem,
TELE DOM parar to parar ape read
Deve Manoel Thomaz,
do Cidreiro, idem……..
Deve José Alves Men-
des, da Avelleira, idem…
Deve Manoel Lopes,
idem; idem. asa ea
Deve Francisco Domin-
gos, idem, idem se sea
Deve Maria Balbina,
idem, idengit es o bras
“Deve Antonio Rosa;
idem; idem. casas ese
ementa
Deve João “Domingos; 1
idem; ic ema do ni tao
Deve Francisco Vicente,
idem, artigos e dinheiro…
Deve Joaquim da Silva,
idem, artigos do estabele-
TO CNtO Epi Dio RIR RS
Deve Manoel Dias Or-
gueira, idem, idem…,…
Deve José RN) en
idem..
Deve Manoel “Alves “de
Moura, idem, idem… ….
1:400
690
725
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815
3:000
425
2:330,
300
1,549
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1:465
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1:200)
2:500
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71
« 248:375
226;000
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1:345
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2:400
1:255
22:900
“240
820
73o
3:925
585
79:685
170
26:350
150
20:000
100
540
1:720
4915
Deve João Francisco, das
Hortas, idem… 15:000
Deve José São Miguel,
da Malhada, idem…….. 2:510
Deve José da Silva, das
Valladinhas, idem… …… 300
Deve Manoel Francisco
Alves, das Valladas, idem 8:868
Deve Luiz da Silva Anas-
tacio, idem, idem… 4… 3:915
Deve José Segundo,
idenideme ti pejertociea E 990
Deve Antonio Alves,
idempiid enuc nona Go:000
Deve Manoel da Silva
Pescador, da Zaboeira,
MOLDADA SOR 12:500,
Deve José Maria, da Or- ni
Final els robo sas EO 139
Deve Manoel Vicente
Dias, do Villar, idem. . 585
Deve Antonio Marques,
idem, idem.. “790
Deve Manoel “Marques,
AU Eno Nice Amap Rar Re 410
Deve Manoel Mathias u
Gaspar; idem, idem. +… “a:370
Deve João Leitão, | das
Flinu ta sado ra sr 4 OO
Deve José Pires Junior,
idem, idem.wesiveiids bio 15210
Deve Francisco Antonio,
ideia can 560
Deve Carolina de Jesus,
idem, idem… …. Ra tas RIR IO
Deve o Filho do Vinagre, Rr
das Azenhas, idem,:.,…. “330
Deve Manoel Alves An** :
dre idem, ideias to 895
Deve Rosaria: de Jesus,
idem; idems. sita a nt 440
Deve Anna Rosa, da
Foz da Isua, idem……. 500
Deve José Jacintho, idem, 2 == )0
idape-sESiouiO 25 SM 4:500.
Deve. Maria Heprigues sim
da Conceição, idem, idena – x7:970
Deve Januario da Deve-
za; do Aivado, idem… «w – 31100
Deve: Francisco Silva’s))
Pastor, idem, idem. «was, figo
Deve Vicencia Maria, Í
ideimsidem isso rh ds cliorBao:
Deve José | Maria Goes 11”
lho, idem, idem……. nas c3iBro
Deve Antonio Ferreira,
da Mibriça, idem. …4..00] 240
Deve Manoel Diogo, da
Relva, CID a ei ni 415
» Deve José Alves, do Ca…
sal Formoso, idem…… + BAD
Deve Patrôa (caçador)
do Fundo da Lameira, idem! 860
Deve Antonio Vicente, :
do Casal Cimeiro, idem .. 490
Deve João Mendes, dos
Burreiros, idem… .cw.a a 885
Deve Manoel Serras, a
Viuva, idem, idem ….,.. 5:280
Deve Francisco Pereira,
da Eira Velha, idem.. 1:860
Déye Joaquim Pedro- ;
gam, a viuva, dos Aços, ;
PCLe ma eae ada «2:160
Deve Casimiro Martins
(CENA RICE no area RR e 700
Deve José da Silva, “do
(Conço idem 1:500
Deve Maria Agostinha, ?
id enatidena so er SRP 3:;060
Deve a viuva de Josquilá das
Pedrogam, d’Aldeia dos
Couços, idemis . sc.» 935
Deve Luiza d’ Oliveiras
da-Boa farinha, idem… ..« 480
Deve José Henriques Ca- »
rapinha, idem idem …… 280
Deve José da Silva Val-
ladas, da Portella, idem … | 640
Deve Luiza Freira, idem; |
idem. oo nofais ota AMaRa aço 4:195
era ER, Nunes Rico!
do Penedo, idem …….. — a:980
Deve José Rio idem, |
IdenatiRi CPAD ISO atoa z:500
Deve Manoel Botas, do :
Valle ‘do Grou; idem. 4:290
Deve Emilia Precana e
José Emygdio, do Valle do
Grou, idem cestas 2845 cestas 2845@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
Deve Maria Pracana Ser-
ras;tdem, Idem… e somas gão
Deve Vicente Rôllo, idem,
GEE Seres NINE 3:015
Deve João Lourenço,
idem, dinheiro e fazendas : 2:500
Deve Helena,iidem, arti-
gos do estabelecimento… 190
Deve José: Dias de Sou-
sa,aidem, Idem .i esijaba oo 12:400
Deve Luiz Emygdio,
idem Idem seis tre ane tr 8:260
Deve João Lourenço,
idenajeiden o e rtelatote gota 1:430
Todas estas dividas somam na
quantia de 2.455:724 réis, e são pos-
tas em arrematação pela quantia de
982:289, sendo entregue à pessoa
que mais offerecer acima d’esta im-
portancia.
Ficam citados quaesquer credo-
res incertos que se julguem com di-
reito áquellas dividas.
Certã, 15 de Fevereiro de 1911.
E eu Eduardo Barata Correia, e
Silva, escrivão que o escrevi
Verifiquei
O Juiz de Direito, substituto
– (a) Erhardt
Srs. Lavradores
Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escreve nos
em 26 de outubro de Igio o se- |
guinte:
«Devo dizer a V. S.” que kodadi as
vinhas que-receberam-directamen-
te ou indirectamente adubações chi-
micas, especialmente adubações
potassicas, resistiram mara-
vilhosamente às diversas epi-
demias cryptogamicas que este
anno flagelaram os vinhedos. A pro-
ducção que obtive foi optima: e
bastante súperior á do anno findo e
de qualidade incomparavel-
mente superior.»
Este freguez costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulfato de po-
tassio, etc.
O. HEROLD & “C.’ — Adubos
chimicos de toda a especie em Lis-
boa e Porto.
ANNUNCIO
Quem pretender comprar, ou to-
mar de arrendamento em condições
vantajosas, varias propriedades que
se compõem de terras de semeadu-
ra, arvores de fructo, pinheiros, mat-
tos, oliveiras, alguma vinha e casas
de habitação e de abegoaria, sitas
nas proximidades de Villa de Pedro:
gam Pequeno, á margem da estra-
da Nacional, póde dirigir-se em Pe;
drogam, a Carlos David e na Certã,
ao solicitador encartado Fructuoso
Cesar: Pires, que prestarão todos os
esclarecimentos. 4 3
Annuncio
2 2.º officio 2
Pelo Juize de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do segundo offi
cio; no inventario orphanologico a
que se procede por obito’de Pran-
cisco! Miguel. e muiherTheodora
Joaquina, moradores que foramína
villa e freguesia. Oleiros, d’esta
comarca, em’ que é cabeça ‘de casal
afilha Clementina Theodora de Je:
sus, correm ‘editos“de trinta dias a
| contar da segunda e ultima publi-
cação do annuncio no Diario: do
Governo, citando os interessados
Antonio Miguel e Francisco Miguel,
ambos solteiros, maiores, ausentes
em parte/incerta, para deduzirém
os seus direitos, sem prejuizo dos
termos do referido inventario, |,
Certã, 30 de janeiro de 19gL1,
O Escrivão:
Francisco Pires de Moura
Venfiquei:
O Juiz de Direito subsututo:
Ehrhardt
E, TS À A
— Doce
JULIO GOMES FERREIRA & C.! L” q
Rua da Victoria, 82 a 88 e Rua do Ouro, 166 a 170
| versos typos é dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
| para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
Eae Etica
LISBOA
Instalações completas de gaz e agua; gazometros para ace-
tylene desde 5 à 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres e lampadas para gaz; “candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha; |
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di. 5
AZENDAS pills
& IV2 rs DAS
“Representação de ca-
sas estranjeiras para ven-
da por atacado de artigos de
modas, fitas, rendas, galões,
sedas, etc. etc. Machinas de
costura, acordeons e bijou-
terias.
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