Voz do Povo nº114 02-02-1913
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3.º Ano
DIRECTOR
Augusto kiiodrignes
A : Administrador
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz Domingues da Silva Dias
Certã, 2 de fevereiro de 1913
Nº TIA
Assignaturas
rbzoo. Semestre…
Para o Brazil. …….
Pago adiantadamente
DATIO ces rs aço
Não se restituem os originaes
59000 réis (fracos)
Goo rs.
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA.
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigdaio da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. 30 rs.
N’outro logar, preco conyencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
TERTRO-ChUB
—20s—
Dentro de poucos dias vão
começar activamente os traba-
lhos da construção do edificio
para o Club e Teatro, na Praça
do Municipio d’esta vila.
E’ uma obra que será levada
a efeito pela suliscrição de todos
os filhos e amigos da Certá, fi-
cando a atestar o patriotismo
d’aqueles e a boa vontade dºes-
tes.
Pelas listas de subscrição que
em todos os numeros temos vin-
do publicando, demonstrado fi-
ca que essa obra merece a sim-
patia de todos os que se interes-
sam por esta térra. E essa subs-
crição não se aproxitna ainda,
sequer, do seu encerramento.
“Todas as semanas afluem os ofe-
recimentos e até as classes mais
humildes do nosso concelho por-
fiam em oferecer alguma coisa
do que lhes é licito dispensar,
ligando assim o seu nome a uma
obra tão grandiosa.
Ha muito que se fazia aqui
sentir a falta dum teatro, não,
simplesmente, por nos acharmos
privados de assistir a trabalhos
cenicos, mas tambem. e talvez
principalmente, por não possuir-
mos um salão amplo e conforta-
vel, em que pudessemos receber
os nossos hospedes, realisar con-
ferencias sociais ou de eduvação
civica e outros actos solenes.
Conhecido, como é, a activi-
dade e metodo de trabalho dos
membros da comissão constru-
tora, tendo nós a certeza de que
os nossos patrícios e amigos lhe
não hão de faltar com os recur-
sos materiais, não resta duvida
de que, dentro em pouco, a Cer-
tã se poderá orgulhar do seu no-
vo edifício.
E’ preciso, porem, que nós
todos nos não compeneiremos
de que a comissão construtora
tem obrigação de a tudo prover;
não, todos temos o dever de a
auxiliar, facilitando-lhe o seu pe-
sado encargo e cooperando, com
a nossa boa vontade, no seu
grande trabalho,
—- “DOoC— ———
No dia 25 de janeiro ultimo, as
duas filarmonicas da Certã, foram
cumprimentar, tocando, o Gremio
Certaginense, pelo seu aniversario,
sendo recebidas pela direcção. que
* lhes ofereceu um copo d’agua.
Cronica de Lisboa
O Parlamento, na sua importan-
te obra reformadora, acaba de con-
verter em lei um projecto nomean-
do uma comissão para estudar are-
forma a efectuar no regime peniten-
ciário, e autorisando o ministro da
Justiça a modificar, desde já, parte
do regulamento, extinguindo o capuz
infamante e iniciando, a titulo de
experiencia, o trabalho dos prêsos
em comum.
Só temos a aplaudir talresolução,
visto.ser esse um dos pontos princi-
pais do velho programa do partido
republicano. :
O desaparecimento dessa fabrica
de loucos e tuberculosos não deve
tardar, em obediencia aos principios
liberais e humanitarios em que as-
sentam as instituições republicanas.
A indole pacifica e sofredora do
nosso povo, dispensa bem esse tu-
mulo horroroso, para onde se atiram
esses desgraçados a quem o vicio
ou a ignorancia lançou na senda do
crime )
A percentagem dos crimes é re-
lativamente pequena em relação aos
outros paises, e muito menor será
no dia em que iniciarmos uma forte
campanha contra o alcoolismo, afas-
tando as classes tiabalhadoras dês-
ses antros onde, na maioria dos ca-
sos, se desenrolam os ma’s tristes
acontecimentos cujo epílogo termina
geralmente na Penitenciaria.
Com estas medidas, mais uma
vez daremos à Europa a lição de
que este pedaço de terra, longe de
constituir uma região de selvagens
em que o fantasm: da intervenção
estrangeira nos ameaça a cada mo-
mento, é bem um pais onde a civi-
lisação não é enxovalhada com leis
excepcionais como a pena de morte
e outras,
Aqui não se punem os crimes po-
líticos com o barbaro Knout,* co-
mo no imperio russo, onde os con-
denados percorrem a pé os sete mil
quilômetros que vão de Moscou ás
minas do lago Baikal, para onde são
desterrados.
Tão pouco usamos do chicote pa-
ra zurzir os criminosos de direito
comum ou mesmo es politicos, a
exemplo do que faz a liberal Ingla-
terra, :
Os nossos movimentos: grevistas,
ainda os mais exaltados, vez alguma
atingiram o caracter grave que em
França, o país do progresso, tomou
a sabotage dos ferroviarios, onde a
pena de morte esteve para ser apli-
cada a um dos implicados no celebre
movimento.
O atentado de Montjuich produ-
ziu a indignação geral do mundo in-
do fuzilamento de Ferrer.
Ora o nosso País, tão injustamen-
te comparado com o extinto imperio
de Marrocos, pode considerar-se um
campo donde partem as mais nobres
* Chicote de tiras de couro, ás extremi-
dades das quais estão prêsas pequenas bo-
las de chumbo,
teiro contra a Espanha, pelo absur-
/
e humanitarias iniciativas, despre-
sando o regime sanguinario e lan-
cando no mais absoluto desprêso
aqueles que lá fóra nos acusam de
traficantes da escravatura negra.
A Lei agora aprovada será, pois,
mais um pesadêlo a atormentar as
falsas afirmações humanitavias da
opinião conservadora da Europa.
28113 0!
“Raul Vreira.
Dr. Correia Mendes
Foi nomeado governador civil dês-
te distrito, tendo já tomado posse
do seu elevado cargo, o sr. dr, Gas-
tão Correia Mendes, antigo reitor
do liceu de Castelo Branco e distin-
to advogado néssa comarca.
novo. magistrado é um. ho-
mem inteligente e cheio de boa
vontade. Estamos certos que a sua
politica firme mas tolerante ha de
grangear, para a Republica, muitas
simpatias, tornando assim, a sua |
acção util para o paiz e para o dis-
trito.
Na medida das nossas forcas,
contribuiremos, tanto quanto possi-
vel, para lhe facilitar a sua alta mis-
são, e daqui lhe enviamos, muito
sinceramente, as nossas saudações.
«A Patria Nova»
Por falecimento do general Fran-
cisco Nunes da Silva, um verdadei-
ro homem de bem, que tantos ser-
viços podia prestar ainda ao nosso
distrito, assumiu a direcção do nos-
so colega A Patria Nova, o ilus-
tre advogado de Castelo Branco,
sz. dr. Manuel Pires Bento, que já,
no seu ultimo numero, assina o pri-
moroso artigo em que se presta ren-
dida homenagem ao seu antecessor.
O sr. dr. Pires Bento é um he-
mem de primorosas qualidades pes
soaes, um espirito culto e inteligen-
te, que todos respeitam e conside-
ram, De fórma que a sua acção na
imprensa do distrito será evidente-
mente de molde a consagrar áquele
nosso presado colega, a quem cum-
primentamos, um especial logar de
destaque,
FACTOS E BOATOS
Tomou posse da sua: cadeira de
professora de Pedrogam: Pequeno,
a sr.* D. Herminia da Conceição.
—— —DOGOE>— — ——
Carnaval
Pela administração d’este conce-
lho foram mandados afixar editais,
proibindo terminantemente que, a
pretexto de folguedos carnavalescos,
seja assoalhada a vida intima das
famílias e os defeitos de qualquer
cidadão, não sendo egualmente per-
mitidos quaesquer divertimentos que
molestem os cidadãos ou lhes cau-
sem prejuisos, sob pena dos infra-
ctores serem autuados e entregues
ao poder judicial.
|
|
Vacina
Lembramos a todos a grande con-
veniencia de se vacinar e fazer va-
cinar as creanças, porque é este o
unico meio que garante a indenida-
de contra a variola, que tantos mi-
lhares de vitimas ainda hoje faz e
tantos formosos rostos tem desfeia-
do e tornado disformes.
A indenidade é só por 7 anos, e
portanto uma necessidade é fazer-se
revacinar quem o não tenha sido
n’este espaço de tempo.
Felizmente, hoje a vacinação é
por lei obrigativa, pagando quem
faltar ao seu cumprimento a multa
de 1000 a 5ibovo réis.
— oo oc-———
Todos devem lêr
Todos os chefes de familia que
tendo à sua responsabilidade a edu-
cação e instrução de creanças em
edade escolar (dos 7 aos 14 anos),
seja qual fôr o grau de parentesco
ou afinidade, são por lei, obrigados,
sob pena de multas graves, a man-
dar essas creanças á matricula e
frequencia das escolas primarias
dentro da area de 2 Kilômetros,
quando se não prove que recebem
o ensino domestico.
A nova moeda
A emissão total da nova moeda
de prata é no valor de 35:000 con-
tos de réis, dos quais 25:000 em
moedas de 5o centavos, 5:000
em moedas de 20 e 10 centavos,
5:000 em moedas de 100 centavos.
Dentro em trez mezes devem ser
postos em circulação uns. trinta e
quatro contos de réis em moedas
de 20 centavos e o dobro das de
10 centavos, sem que para isso se
suspenda a cunhagem das moedas
de 5o centavos, que será feita si-
multaneamente. Só depois de feita
a emissão das moedas de prata se
procederá á das moedas de nikel
de dois, um e meio centavos.
Ainda nada está resolvido acerca
da cunhagem da moeda de ouro.
———SO0E-—————
Medidas de vidro
Foi recomendado novamente aos
aferidores de pesos e medidas que
tomassem as providencias necessa-
rias para ser dado cumprimento ás
determinações relativas ao uso de
copos de vidro com a capacidade
legal, para assim se acabar de vez
com as irregularidades que prejudi-
cam o publico.
—— So Cy0o&——…
O culto catolico paroquial
O Diario do Gorerno, publicou
a seguinte portaria: 7
«Atendendo a que em alguns con-.
celhos ou freguezias do. paiz teem
sido postas em duvida as faculda-
des legaes das associações encarre-
gadas do culto catolico paroquial,
quanto ao exercicio dos actos d’esse
culto nos templos que são proprie-
dade do Estado, assim como teem
sido por vezes desconhecidos os di-nhecidos os di-
@@@ 2 @@@
e.
reitos das juntas de paroquia, quan-
to aos mesmos edificios, manda o
governo da Republica Portugueza
que se faça saber a todas as autori-
dades, corpos administrativos e ou-
tros interessados, o seguinte:
1.º A’s juntas de paroquia com-
petem exclusivamente a guarda e
conservação das catedraes, egrejas
e capelas que teem servido ao exer-
cicio publico do culto catolico, e a
dos mobiliarios, que as guarnecem,
tanto quanto fôr estritamente neces-
sario para o exercicio do mesmo
culto (artigo 106.º da lei da sepa-
ração) ;
2.º Nas circunscrições em que al-
guma associação nova ou corpora-
ção já anteriormente existente assu-
miu o encargo do culto catolico, só
a ela pertence o uso gratuito, e a ti-
tulo precario, d’aqueles edifícios e
mobiliarios (artigo 89.º da lei cita-
da);
3.º D’estes direitos e atribuições
das juntas e corporações referidas
resulta naturalmente que o exerci-
cio de funções, nos edificios de que
se trata, por quaesquer ministros
do culto, importando sem duvida o
uso dos edificios e mobiliarios | que
os guarnecem, depende do prévio
assentimento ou permissão das co-
lectividades que a esse uso teem di-
reito, ou, na falta d’elas, do corpo
administrativo a que a lei incumbe
a guarda e conservação acima men-
cionadas ;
4.º S6 na falta de corporação cul-
tual qualquer ministro da religião
catolica que fôr assistido do agru-
pamento cultual transitorio, previs-
to no artigo 19.º da lei, poderá
exercer aquele mesmo uso, sujeitan-
do-se á prestação imposta pelo ar-
tigo 107.” da mesma lei;
5.º A nenhuma outra entidade
eclesiastica, qualquer que seja a sua
gerarchia, pertence tal uso ou é li-
cito confia-lo’a ministros nomeados
por seu mero arbitrio, visto o dis-
posto nos artigos 2.º e 175.º da lei,
acrescendo que nenhumas determi-
nações a esse respeito poderiam ter
geral observancia, sem a devida pu-
blicação, e esta dependeria de pré-
vio beneplacito, conforme o artigo
181,º
———aopoe ——
Pela Camara
Sessão de 29-1 1913
Presidente o sr. Zeferino Lucas,
vogais os srs. Henrique Moura e
Antonio Nunes de Figueiredo.
Lida e aprovada a acta da sessão
anterior.
EXPEDIENTE
—Mandou-se satisfazer o pedido
do oficio do Mercado Central dos
Prolutos Agricolas.
— Autorisou o pagamento aos em-
pregados da cam’ra e administra-
ção no dia 3.
—Mandou-se enviar copia da res
posta dada, á gerencia do Mercado
Central dos Produtos Agricolas.
—O vereador sr, Moura declarou
que se tivesse estado presente á ul-
tima sessão teria aprovado todas as
resoluções n’ela tomadas
—— Doe
Registo Civil
O movimento de registos no con-
celho de 22 a 29 de janeiro foi :
INE Scimentos sf po ca TO
O bitos es mr O
(ASA en tosge ss nam seres A TO.
ECLIPSES EM 1913
Durante o ano de 1913 haverá
cinco eclipses, sendo três do sol e
dois da lua.
O 1.º, total da lua, a 22 de mar-
co (invisivel em Portugal). Entra a
lua na penumbra ás g h. e 10 m. e
sdi às 14, e dg m,
“VOZ DO POVO
O 2.º, parcial do sol, a 6 de
abril (invisivel em Portugal). Come-
ça o eclipse em geral ás 15 h. e 55
m. e acaba ás 19 h. e 12 m.
O 3.º, parcial do sol, a 31 de
agosto (invisivel em Portugal). Co-
meça ás 20 h. e 2 m. e acaba ás 21
he 42 m.
O 4.º, total do sol, a 15 de se-
tembro (invisivel em Portugal). En-
tra o sol na penumbra és y h. e 40
m. e sái ás 15 h. e 57 m.
O 5.º, parcial do sol, a 30 às se-
tembro (invisivel em Portugal), Co-
meça ás 2 h, e 57 m. e acaba ás 6
h. e 36 m
Carteira semanal
Fazem anos:
No dia 5-o sr. dr. Acácio de
Sande Marinha,
No dia 7—o sr. Joaquim Nunes
e Silva e Vicente do Vale.
Estão nésta vila, as sr.“ D. Halia
d’Abreu; no Tojal, o sr. Germano
Alegria; em Lisboa, os srs, Artur
Caldeira Ribeiro e Manuel Francis-
co Cerdeira; e na Povoa da Ribeira
Sardeira, a sr.* D. Amelia Marinha
de Lemos e seu filhinho.
Regressou a esta vila, com seus
filhos, a sr.º D. Fernanda Dias.
Estiveram nésta vila, o sr. Augus-
to Alves Diniz; e em Coimbra, o sr.
dr, Ernesto de Sande Marinha.
No dia 27 de janeiro ultimo, rea-
lisou-se o batisado do filhinho do
nosso assinante sr. Germano Ale-
gria e de sua esposa, D. Maria de
Jesus Batista Alegria.
Voi-lhe dado o nome de Mario,
sendo padrinhos a sr.º D. Severina
Alegria e o sr. dr. Eduardo Batista.
No dia 25 do passado mês, e so-
lenisando o aniversario da fundação
do Gremio Certaginense, realisou-se
nas suas salas um magnifico baile
que decorreu bastante animado, ter-
minando ás 4 horas da manhã,
O sr. dr. Bernardo Matos cantou
uns fados e uma romanza, sendo
bastante vitoriado.
Houve três serviços e a interes-
sante festa impressionou magnifica-
mente todos que a ela assistiram.
A direcção do Gremio Cenrtagi-
nense, grata a todas as pessoas que
se d’gnaram auxilial-a para a festa
do dia 25, pede-nos para a todos
manifestar o seu agradecimento. por
intermedio dêste jornal.
—Hoje realisa-se no mesmo Gye-
mio a costumada reunião quinzenal
e na proxima terça-feira realisar-se-
ha, tambem ali um baile de masca-
ras,
——— ape
A MISSÃO DA FORÇA
H. Hauser, professor da Univer-
sidade de Clermont, do qual já em
outro ensejo criticámos algumas afir-
mações por não concordarmos com
elas, diz a respeito do mil tarismo :
«. . importa definir a palavra mi-
litarismo. Se se entende por isso tão
sómente a necessidade que as na-
ções teem de resistir às agressões e
de se preparar para a defêsa do di-
reito, parece-nos quimérico conde-
nar em absoluto uma tal instituição,
pois se ela é um mal, esse mal é
necessario.
«Pelo contrario, é ele considerado
como uma tendencia geral dos che-
fes militares para se considerarem
como uma classe especial, privile-
giada, á qual se devem subordinar
os interesses geraes ?
«N’este caso os maus efeitos do
militarismo são evidentes. No ponto
de vista intelectual e mural é o prin-
cipio da autoridade ou antes, o di-
reito do mais forte substituindo-se
ao livre exame e á autonomia da
consciencia; é a noção material da
obediencia sobrepondo se á noção
moral do dever.
«No ponto de vista fisico e eco-
nomico, ele é a inutilisação d’uma
parte das forças vivas da nação…»
Depois acontece que o militaris-
mo só deve ser considerado como
um meio de ocorrer á conservação
da nação e jamais como um fim.
Principalmente em politica, acha
ele que seria nocivo dar esta ultima
“significação ao termo, pois que só
deve existir na medida em que é ne-
cessario, como sucede a outras ins-
tituições ou organismos da vida na-
cional: ensino publico, telegrafos,
caminhos de ferro, etc, terminando
por acentuar que ele, o militarismo,
não tem nenhum direito a dirigir a
vida nacional, o que-seria tanto mais
perigoso quanto é certo ser o exer-
cito o depositario da força.
O que torna as ideias odiosas, ou
pelo menos antipaticas (acrescenta-
mos nós), é o abuso que d’elas se faz,
é a violencia que se opéra no senti-
do de exagerar o seu valor. Assim
desde que a classe militar pretendeu
sair fóra dos limites naturais da sua
missão, nasceu o anti-militarismo
que, diga-se em honra de todos, nos
estados onde a força publica tem
por dever conservar a integridade
nacional, e não conquistar novos ter-
ritorios, não tem conseguido pene-
trar e por consequencia prejudicar a
ninguem e menos as instituições mi-
litares que assim tão bem mostram
compreender a verdadeira missão
dos exercitos modernos.
– Luiz Leitão.
Cronicas tripeiras
A rua dos CGaldeireiros
(Recordações)
(Ao dr. Erhardt)
(Conclusão)
Um dos farricôcos erao Parteira.
Certa ocasião, ou por defeito na
sua construção, ou por qualquer cau-
sa acidental, do facho, que o Par-
teira empunhava, começou a escor-
rer ao longo da haste o breu e rezi-
na, derretidos, alimentadores da pi-
ra, que ardia, lá no alto.
Especie de lava candente, pingan-
do-lhe inesperadamente nas mãos,
Parteira, ao contacto do breu in-
flamado, estremeceu, contorceu-se,
mas aguentou-se Não queria per-
turbar o silencio e bôa ordem do
prestito. :
Mas novas estalatites em fusão
caíam sobre os dêdos do Panteira
que, não podendo mais, disse bai-
xinho:
«Quem segura, que eu largo?!»
Mas nenhum Cireneu vinha livrar
o pobre Parteira do súplicio do be-
tume derretido. Até que, impacien-
tado, bradov, mais uma vez, mas
cheio de resolução e gritando alto:
«Quem segura, que eu largo?!»
E cumpriu com o que prometia.
– Ninguem lhe acudindo e não po-
dendo, por mais tempo, suportar a
dôr vivissima das queimaduras,
abandonou o facho que, caindo de-
samparadamente sobre a turba, oca-
sionava um leve panico, bem de-
pressa serenado.
*
No ano seguinte, Parteira lá ía
de novo no grupo dos farricôcos.
Mas um garotito qualquer que,
através dos buracos do capuz, lhe
reconhecêra a fisionomia, disse-lhe
trocistamnte:
«Quem segura, que eu largo?!»
Parteira bem percebeu a alusão
ironica do raraz. Mas conteve-se;
não respondeu,
Ora o garoto, que não vinha re-
solvido a ceder na investida, brada,
repetidas vezes, sucessivamente mais
alto:
«Quem segura, que eu largo?!»
Bem depressa, em socorro do pri- .
| meiro rapaz junta se o reforço d um
segundo. E, com novas adesões,
dentro em pouco, uma turba de
gaiatos segue o Varteira, gritando:
«Quem segura, que eu largo ? |»
Com a rapidez dum rastilho, es-
ta especie de grito de guerra pro-
paga-se portoda a multidão. A sur-
riada já não era apenas para o Par-
teira. Ao lado de cadá farnicôco,
gritava-se desalmadamente:
«Quem segura, que eu largo?!»
E foi no meio désta carencia de
respeito que a procissão recolheu,
apressada e atabalhoadamente, à
egreja.
*
No ano seguinte, debalde se pro-
curaram figurantes para o logar de
farricõeos.
Não havia promessas, nem pedi-
dos, que obrigassem os mais cora:
josos a envergar o habito respectivo.
E’ que, lá fóra, irreligioso e tro-
cista, um b ndo enorme de rapazes
esperava a saída da procissão. É,
emquanto esperava, já ía gritando
de antemão.
«Quem segura, que eu largo?!»
Todos se arrecearam d’estes pre-
nuncios de nova troça valente. Por
isso, à procissão não pôde sair nês-
se ano.
E, até, nunca mais saíu,
Rui Pires,
>A AA —
SUBSCRIÇÃO
para a construção d’um edifício pa-
ra Club e Teatro; na Certá.
Transporte… 3:453$585
Domingos Tasso de Fi-
gueiredo… .veses. 508000
3:5038585
Material para construção
José Alves, Aldeia Fundeira—a-
pinheiros, José Nunes Calvario; Ser-
ra de S. Domingos—5 pinheiros.
Francisco Jorge, Pombas—12 pi-
nheiros. Manuel Simão, Machial—
2 pinheiros. Antonio Nunes, Calvos
—1 carrada de pinheiros para an-
daimes.
A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos. á
O Presidente,
A. Sanches Rolão.
A Comissão, vende desde ja
todas as vidraças e portas da
antiga casa da Praça. Para
tratar —A. Torres Carneiro.
— DESPEDIDA
Aurora do Sacramento Cordeiro,
tendo que sair desta vila e não po-
dendo, por falta de tempo, despe-
dir-se pessoalmente das pessoas das
suas relações, vem fazel-o por este
meio, agradecendo todas as suas
amaveis deferencias e oferecendo-
lhes o seu presumo em Lisboa na
Avenida da Republica, 5.
E E
Revista Dibliografica
A cura da tuberculose-—Re-
cebemos o 1.º n.º désta publicação
de intuitos bumanitarios, redigida
pelo ilustre clinico dr. Evaristo Cu-
tileiro, que áquele tão grande pro-
blema medico tem dedicado, com
apreciavel vantagem, a sua prova-
da competencia,
@@@ 3 @@@
Voz DO POVO
“Suplemento da Legislação
da Republica Portuguêsa—Recebe-
mos este fascículo, que contém os
seguintes diplomas Lei sobre a va-
diagem; Juntas da Conciliação; Res-
ponsabilidade dos Juizes, e Regula-
mento provisorio do Conselho Su-
perior da Magistratura Judicial.
– ANNUNCIOS
COMARCA DA CERTÃ
1.º oficio
No dia 9 do proximo mez de fe-
vereiro, pelas 12 hores, á porta do
tribunal d’este juizo, em virtude dos
autos civeis de execução por divida
de custas e selos, em que é exe
quente o Ministerio publico e exe-
cutado José da Silva, viuvo, pro-
prietario, residente no Casal de San-
to Estevam, freguezia do Cabeçudo,
desta comarca, voltam pela segun-
da vez á praça, v sto que na pri-
meira não obtiveram lançador, para
serem agora arrematados a quem
maiores janços oferecer acima dos
valores que lhes vão designados :
1º—Um quintal com oliveiras, si-
tuado ao fundo do Casal de Santo
Estevam, alodtal, no val .r de 268000
réis.
2º—0 dominio util d’um praso fo
reiro a José Nunes Mata, em 27,188
d: pão mcado (trigo e centeio) e
uma galinha, constituido em um cer:
rado com oliveiras e castanh-iros,
situado junto ao Cusal de Santo Es-
tevam, no valor de 5ogooo ré:s.
3.º—Uma terra com onze olivci-
ras, situada no limite do Ribeiro,
da mesma freguez:a, alodial, no va:
lor de 243000 réis.
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem os
seus direitos, querendo, no prazo
legal. ; ú
Certã, 20 de janeiro de 1913.
O Escrivão. .
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
= O Juiz de Direito, substituto
2 £eferino Lucas de Moura 2
1
Comarca da Certã
1.º oficio |
No dia 9 do proximo mez de Fe-
vereiro, as 12 horas, á porta do tri-
bunal judic’al d’este juizo, em virtu-
de dos autos d’inventario orfanolo-
gico por obito de Maria Marques Pi-
res, que residio n’esta vila, em que
é inventariante o seu viuvu José Rô-
xo, ali residente, voltam pela segun:
de vez á praça, para serem agora
arrematados a quem maiores lanços
oferecer acima dos valores que lhes
são designados os segaintes bens, a
saber. 4
1.º—Um predio rustico que se
compõe d’uma terra de cultura, no
sitio da Azenha, limite da Certã,
aludial, no valor de réis 1795500.
2.º—O dominio util dum praso
foreiro a José d’Azevedo da Silva
Bartolo, d’esta vila, em dois mil e
oito centos réis, constituido nas se-
guintes glebas: uma terra de cultura
sita ao Vale das Covas: uma terra
de cultura com oliveiras e pinhei-
ros, arvores de fruto e mato, no si-
tio da Ribeira da Ferreria; uma ter-
ra de cultura, no sitio da PFerreria;
e uma pequena courela de mato
com trez pinheiros, no sitio da Co:
va da Maipica, no valor de 73$500
réis.
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para: deduzirem os
seus’ direitos, querendo, no prazo
legal, À
Cera, 23 de janeiro de 1913.
O escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
2 O Juiz de Direito, substituto, 2
Leferino Lucas de Moura,
| ANUNCIO
1.º publicação .
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã-e cartorio do quarto ofi-
cio, correm editos de trinta dias, a
contar da segunda e ultima publica
ção dêste anuncio no Diario do Go-
verno, citando os interessados incer-
tos, nos autos civeis de justificação
avulsa para habilitação de herdeiros,
requerida neste Juizo, em que são
justificantes Francisco Henriques e
sua mulher Maria Henriques, Ma-
noel Diogo e sua mulher Tereza
Henriques, Francisco Diogo e Am
tonio Diogo, solteiros, todos pro:
prietarios e moradores no logar dos
Carregais, freguesia de Sobreira
Formosa, desta Comarca, em que
pretendem habilitar-se como unicos
e universais herdeiros de sua irmã,
cunhada e tia, Antonia Henriques,
tambem conhecida por Antonia da
Conceição, moradora que foi no lo-
gar dos Carregais, freguesia de So-
breira Formosa, onde faleceu em
vinte e um de março de mil nove-
centos e onze, com testamento pu:
blico lavrado nas notas do notario
de Proença-a-Nova, João Manoel
Pres Magro, para todos os efeitos
legais: especialmente para haverem
e registarem na Conservatoria desta
Comarca os respectivos bens, para
na segunda audiencia depois de: fin-
do o referido praso dos editos, que
começa a correr depois da publica-
ção dêste anuncio pela segunda e
ultima vez, verem acusar a citação
e, aí, marcar-se-lhes o praso de três
audiencias para oferecerem qual-
quer impugnação ou deduzirem tam
bem artigos de habilitação, se a is
so se julgarem com direito, sob pe-
na de se proseguir nos termos da
referida justificação, à sua revelia.
As audiencias neste Juizo fazem:
se ás segundas e quintas-feiras de
cada semana, não sendo feriado,
sempre pelas dez horas, no Tribu-
nal, sito no Largo do Municipio,
Certa, 17 de Janeiro de 1913.
O Escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito Substituto
; Z. Lucas
CO
No dia 9 do proximo mez de fe
vereiro, pelas 12 horas, no estabele-
cimento comercial de José Antonio
da Silva e Serra, de Sernache do
Bomjardim, d’esta comarca, em vir-
tude da deliberação do respectivo
conselho de família no inventario.or
fanologico por obito deste, se ha de
proceder á venda e arrematação em
hasta publica pelo maior preço-que
fôr oferecido sobre a respectiva ava-
liação, dos seguintes artigos de co-
mercio:
Onze kilogramas de péles inteiras
e varios retalhos de péles, de Gui
marães, no valor de dezesete mil
E seiscentos réis. (17:h600)
Quatro mil e quinhentas gramas
de varios retalhos de atanados no
valor de quatro mil e quinhentos
réis: (4:5500)
Varios retalhos de vitela preta
com o pezo de um kilograma, no
valor de dois mile cem réis. (2jbroo).
Sete kilogramas de estarkalf, em
preto e em côr, no valor de vinte e
um mil réis. (213000).
Mil e quinhentas gramas de es:
tarkalf «imisação», no valor de trez
mil e trezentos réis. (35300).
Duas mil e setecentas gramas de
carneira ordinaria, no valor de mil
seiscentos e vinte réis. (192620).
Onze sacas com arroz e mais uma
porção do mesmo em caixas, tudo
com o pezo de mil cento c oitenta
kilogramas e avaliado em cento e
um mil e setecentos réis. 101700).
Uma” porção de miiho, guardado
em sacos, e ainda uma porção do
mesmo, guardado n’uma caixa de
madeira com o pezo de quinhentos
cincoenta e um kilogram-s, no va-
lor de vinte e cinco mil e duzentos
réis (253200),
Uma porção de fava, guardada
n’um saco, com o pezo de vinte e
cinco kilogramas, no valor de mil
réis. (Tibooo). E
Quatro caixas completas e cinco
caixas incompletas de massa de ma-
carrão emacarronete, algum já defei-
tuoso, com o pezode oitenta e dois
kilogramas, no valor de quatro mil
novecentos e vinte réis. (4920).
Duas barricas de madeira com fa-
rinha de trigo, com o pezo de sete
kilogramas e um pacote com pimen-
ta em grão, com o pezo de quatro
mil e seiscentas gramas, tudo no va-
lor de mil oitocentos e trinta réis.
(14830).
Varios pacotes com cinco mil e
quinhentas gramas de alpista, va-
rios pacotes com vinte e um Kilo
gramas de colorau, duas mil e qui-
nhentas gramas de canela em pó,
quinhentas gramas de erva doce,
dois kilogramas de cravinho, dois ki-
logramas de pimenta e dois kilogra-
mas de farinha de pau, todas estas
especiarias no valor de cinco mil e
duzentos réis. (5:h200).
Varias latas com seis mil e tre-
zentas gramas de chá no valor de
seis mil e trezentos réis. (0300).
Varias latas com dezeseis mil e
trezentas gramas de massas miudas,
alguma da mesma em mau estado,
no valor de mil e cincoenta réis.
(12po50).
Quatro latas com chicoria moida
e não moída, com o pezo de nove
mil e quinhentas gramas, no valor
de mil e trezentos réis. (135300).
Trezentos e dez Iúlogramas de
assucar branco e mascavado, algum
com tendencia : alterar se, no valor
de cincoenta e oito mil e oitocentos
réis. (58800).
Uma porção de bacalhau miudo
de baixa qualidade com o pezo de
quarenta e nove kilogramas no va-
lor de quatro mil e novecentos réis.
(airgoo).
uinze kilogramas de manteiga
de segunda qualidade no valor de
nove mil réis, (gibooo).
Cincoenta latas e um frasco de
conservas diferentes, no valor de
trez mil e sessenta réis. (335060)
Sete pequenas latas de bolacha,
sessenta pães de chocolate ordinario
e quatro caixas de pequenos choco
lates, no valor de dois mil e quatro-
centos réis. (27400).
Trinta e seis pacotes de massa
de luxo, no valor de mil e vinte réis,
(1%ozo), é
“Vinte e cinco latas com bolacha,
com o pezo de vinte mile quinhentas
gramas, no valor de quato mil e
cem réis. (48100).
Cento e setenta e trez folhas de
flandres, algumas das quaesgá em
mau estado, no valor de seis mil
novecentos e vinte réis. (08920).
Vinte e sete massos de tripa or-
dinaria, no valor de dois mil trezen-
tos e sessenta réis (289300).
Gertã, 28 de janeiro de 1913, .
O escrivão do 2.º oficio
E) anisco Pires de Moura
S Verifiquei,
O substituto do Juiz de Direito
I Zeferino Lucas I
Anuncio
Pelo Juizo de direito da comarca
da Certã, cartorio do segundo ofício,
no inventario orfanologico de Ana
da Silva Pires Prior, moradora que
foi no logar da Quinta do Pranto,
freguezia de Vila de Rei, d’esta co
marca, em que é cabeça de casal
Casimiro Antonio Prior, correm édi-
– tos de trinta dias, a contar da se-
gunda e ultima publicação deste
anuncio no «Diario do Governo»,
citando o interessado José do Silva
“Prior, ausente em parte incerta, para
assistir aos termos do inventario,
sem prejuizo do seu andamento.
– Certã, 19 de dezembro de 1912.
O-escrivão
Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O substituto do Juiz de Direito
2 Zeferino Lucas I
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