Voz do Povo nº105 01-12-1912

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3.º Ano

 

Certã, 1 de dezembro de 1912

 

DIRECTOR

Augusto Rodrigues

Administrador
3 -ZEPHERINO “LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

 

 

ee e e

VOs DO

 

 

 

“Assignaturas

Anno……- Ibzoo. Semestre…

Pago adiantadamente

 

Não se restituen os criginaes

Goo rs.
Para o Brazil. ……. 5ooo réis (fracos)

 

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA
“ Typographia Leiriense — LEIRIA.

Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

 

 

 

Annuncios

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha,…. 30 rs.
N’outro logar, preço convencional

 

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

Club e Teatro

Vem de longa data a ideia da
construção de um teatro e varias
teem sido as tentativas para trans-
formar esse ideal n’uma realidade.

Constituiram-se comissões, anga-
riaram-se donativos, mas a ideia
permanecia sem solução, mercê de
obices diversos que não vale a pena
relembrar. E

Ha anos organisou-se uma co-
missão para levar a cabo o pensa-
mento de construir um edificio que
servisse para club e para teatro. E,
apesar da boa vontade de que os
seus membros estavam animados,
a ideia não pôde efectivar-se porque
se não encontrou local que reunisse
as precisas condições.

ssa comissão esperou oportuni-
dade e entretanto foi pondo a juros
o seu pequeno capital.

Tendo vários dos seus membros
saido da Certã e tendo falecido
outros, precisava a comissão recons-
tituir-se, mas, para evitar dificulda-
des, julgou preferivel dissolver-se e
entregar a administração do capital,
á direcção do club, com consigna-
ção especial.

Apareceu finalmente a oportuni-
dade com a noticia de estar em ven-
da o velho; pardieiro conhecido com
a pomposa designação de Casa da
Praça e logo o Gremio Certagi-
nense em assembleia geral resolveu
fazer a compra, embora com sacri-
fício, e elegeu a comissão que, com
PRC levasse a cabo em-
preza de tanto valor.

E’ que um club e teatro não é só,
como a muitos se afigura, uma ca-
sa de recreio para os habitantes da
vila ou mesmo do concelho. E’ mais
do que isso. E

Para instrucção e educação dos
povos, a praça publica não se pro-
porciona não só porque n’ºela se não
podem exibir trabalhos animatogra-
ficos ou cinematograficos que tra-
duzam ideias a desenvolver, como
ainda n’ela se não pódem realizar
conferencias instrutivas.

Ora para umas e outras é indis-
pensavel um recinto fechado e con-
fortavel, mas. suficientemente am-
plo para largamente poder ser con-
corrido e as conferencias a realizar
aproveitem ao maior numero.

E na Certã não havia nem ha ca-
sa alguma que oferecesse as preci-
sas condições. À

D’aí a necessidade imprescindi-
vel e inadiavel de construir um sa-
lão para conferências.

Vai longe o tempo em que o pu-
blico só era conhecido para eleições
ou para pagar contribuições, con-
vindo conserval-o oo para
melhor manutenção do statu-quo.,

Porem, a Republica, não poderá
viver desafogadamente; senão: quan-
do a sociedade fôr bem instruída; e
educada, e, por isso e para | isso, é
preciso que as classes: mais ilustra-
das procurem difundir o seu saber
pelas classes mais pobres e menos

Para conseguir os fins é preciso
empregar os meios e assim, para
que se façam conferencias é preci-
so proporcionar um recinto proprio.

hama-se-lhe teatro e poderia
chamar-se-lhé salão de conferencias.

O palco é o estrado em que os
conferentes tem de: fazer a sua ex-
posição, as galerias e a platêa o re-

“cinto destinado aos ouvintes.

E, depois, executar n’esse recin-
to umas recitas, com peças escolhi-
das, ainda é fazer dele uma escola
em que os amadores cultivam uma
arte e os espectadores aprendem,
vendo, em scenas da vida real, os
perigos de uma má conduta.

O Club é uma escola em que os
seus frequentadores aprendem ou
não esquecem o viver em socieda-
de, cultivando o respeito proprio e
a consideração por outrem, compe-
netrando se, sem o sentir, dos seus
direitos e deveres na sociedade.

N’um meio grande como Lisboa
ou Porto, um club poderá ser dis-
pensavel, tantos são os mejos de
que pódem aproveitar-se os habi-
tantes, mas em terras de provincia,
como a Certã, a falta de um cen-
tro d’esta ordem é obrigar os seus
habitantes ao isolamento (e só se
veja quem só se deseja) ou impe-
lilos para a taberna.

Depois, é preciso não esquecer
que o Gremio Certaginense tem de
ha anos uma biblioteca e um mu-
seu, coisas é certo em miniatura,
mas, em todo o caso, a base de
maiores empreendimentos.

Auxiliar pois a empreza em que,
com o maior entusiasmo está empe-

“nhada a comissão construtora do
club e teatro é, sem. duvida, auxi-
liar o desenvolvimento intelectual
de um meio, pela criação de um
centro capaz em que a instrução
se possa ministrar em condições de
conforto que provoque a concorren-
cia e de aproveitamento ao maior
numero,

Se fosse permitido fazer uma
comparação, nós diriamos que as-
sim como para afervorar a crença
religiosa se edificam os templos on-
de à vontade possam concorrer os
fieis, e se dotam os mesmos com
os elementos indispensaveis a: ferir
os sentidos e despertar o amor e
dedicação pelo culto, assim tambem
para educar -e instruir uma socieda-
de é preciso elevar edificios em con-
dições de atraír os que aspiram a
saber e proporcionar os meios de
lhes ferir os sentidos, por fórma a
interessal-os nos problemas sociais
e no valor e interpretação das leis,
coisa árida e ingrata mas indispen-
savel ao desenvolvimento social e á

| manutenção da ordem.

E é sob este ponto de vista que
se faz um apêlo a todos que se in-
teressam pelo desenvolvimento e
progresso da Certã, certo que nin-
guem recusa o seu concurso e de
que’o sacrificio que fizer se tradu-
zirá n’um beneficio que é licito su-
pôr de valor incalculavel.

 

cultas,

l

 

MAIS UM ANO

Entra hoje a Voz do Povo no 2.º
ano da sua publicação. Ao olharmos
para o passado, sentimo-nos tran-
quilos, porque nada temos de que
nos acusar.

Não nos tem servido este logar
para campo de retaliações, nem pa-
ra a vil discussão de questões pes-
soais, de qualquer ordem.

“Temos a consciencia de ter sempre
feito aqui uma política honesta, su-
pômos nós, ter feito a unica politi-
ca que convem ao país, sem uma
paixão, abstraindo pessoas e olhan-
do apenas os interesses gerais.

Foi ó que prometemos no primei-
ro numero e têmo-lo cumprido.

Agradecemos a todos os nossos
amigos o favor com que nos teem
acolhido, e estamos convencidos de
que lhes não daremos razões para o
desmerecer. :

Propostas de fazenda

O ilustre ministro das Finanças
apresentou já no parlamento uma
série de propostas que constituem
o inicio do seu plano financeiro:

Pelo 1.º projecto, habilita-se o go-
verno a usar da faculdade de não
dar execução a qualquer lei votada
nas côrtes, desde que ella traga au-
mento de despeza e não tenha sido
creada a receita compensadora.

Pelo 2.º projecto é modificado o
actual sistema de lançamento da con-
tribuição predial, por uma fórma
equivalente á antiga repartição.

Pelo 3.º projecto autorisa-se o go-
verno a negociar com o Banco de
Portugal um novo contracto, em ba-
ses mais favoraveis para o Estado.

Pelo 4.º projecto póde o governo
proceder á conversão da divida in-
terna para um novo tipo de 5º.

Pelo 5.º e ultimo projecto estabe-
lece-se um novo imposto sobre o ca-
cau exportado.

Acompanharemos estas propostas
com algumas considerações, limitan-
do-nos, por agora, a felicitar o ilus-
tro estadista pela fórma clara e des-
assombrada como expôz a situação
ao pais, desprezando as tradicionais
ficções com que embalavamos as
nossas ilusões.

Falou a verdade, e que lhe digam
a verdade é que a nação reclama
dos seus administradores.

Quasi sempre, em todas as refor-
mas tributarias, a condição do po-
bre é agravada.

Teem estes projectos, além d’ou-
tros, -o merito de não sacrificar as
classes humildes, pois que, até mes-
mo o unico imposto que por elles
é creado, recáe de preferencia sobre
as classes privilegadas.

— mag

RIBEIRO DE CARVALHO

O Dolores, d’aquele apreciado es-
critor e poeta vai ser traduzido em
hespanhol e editado por uma das
mais importantes livrarias de Ma-
drid,

 

BRITO CAMACHO

Na sala, das sessões da Junta
Agricola, do Funchal, e em sessão
solene, foi inaugurado o retrato do
sr. Brito Camacho, enaltecendo. di-
versos oradores os serviços presta-
dos à Madeira, por aquele estadista,

1.º DE DEZEMBRO

Passa hoje uma das datas mais
notaveis da nossa historia, tão cheia
d’episodios do mais nobre patriotis-
mo. : Er

Relembrar hoje esses feitos que
nos tornaram grandes, é um dever
que se impõe. | ) :

Não, para que nos detenhamos
n’uma acção contemplativa, mas pa-
ra que essa: recordação – avigore a
nossa fé no resurgimento-da nossa
patria, e nos desperte as energias
que são necessarias para reagir con-
tra, os. maus processos da politica
que tudo corrompe. ;

Solidariedade Itiso-Brazileira

Da comissão executiva da home-
nagem ao Brazil recebemos uma
circular em que se nos pede a nos-
sa cooperação para essa manifesta-
ção nacional que hoje; mais do que
nunca, se impõe, no sentido de es-
treitar os laços morais que nos de-
vem unir. ao nosso povo irmão de
alem Atlantico.

Consiste essa manifestação na
oferta da floreira Duas Patrias, obra
que é a sintese admiravel de um
pensamento profundo que nos fala
de uma das paginas mais fulgidas
da nossa epopeia maritima.

Para dar uma ideia: da grandiosi-
dade déssa homenagem, bastará di-
zer que a sua comissão executiva é
formada dos ilustres portuguêses :
Sebastião de Magalhães Lima, An-
tonio Xavier Correia Barreto, Can-
dido Soto-Maior, Monteiro Madei-
ra, Antonio, Arroio, Santos Lima,
Miguel Braga, Manuel Pereira Dias,

 

A. J. Simões d’Almeida, Adriano –

Teles e Tomaz Vieira dos Santos.

—Os nossos leitores que desejem
contribuir para esta patríotica ma-
nifestação, poderão fazel-o, envian-
do os seus donativos por intermedio
do nosso jornal.

 

 

FACIOS E BOATOS

Imprensa

 

Recebemos e agradecemos a visi-
ta do nosso colega Comercio de Vi-
xeu, a quem desejamos longa vida
e prosperidades.

*

Completou o seu 2.º ano de pu-
blicação o nosso ilustre. colega de
Leiria, O Radical, vigoroso sema-
nario republicano, dirigido pelo ilus-
tre deputado e nosso amigo, Ribei
ro de Carvalho,

O Radical é, sem duvida, um
dos jornais de provincia mais bem
escritos, e ainda e principalmente on-
de a discussão é sempre travada

 

VONHAYVONHAY

 

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dentro d’uma linha de compostura
“e dignidade que desejariamos ver
seguida na imprensa.

Ao brilhante colega as nossas
saudações, e ao seu simpatico dire-
ctor os nossos afectuosos cumpri-
mentos.

——— 0
Assistencia Nacional aos Tu-
berculosos

Acham-se muito adiantados os
trabalhos para a conclu ão do Sana-
torio Maritimo do Norte, destinado
por aquela benemerita associação
para o tratamento de crenças lin-
faticas e escrofulosas.

As obras, que foram já inspeccio-
nadas, devem ficar em breve con-
cluidas.

Assim, vai aquela humanitaria
instituição, que bem digna é de ser
auxiliada, desenvolvendo a sua es-
fera d’acção.

– DOC

Tem continnado a passar incomo:
dado de saude o nosso estimado co-
laborador, Sebastião Baçam.

Fazemos votos. pelo seu restabe-
lecimento.

—— << DO0C— -——

A comissão municipal de Abran-
tes pediu ao governo que lhe per-
mitisse fazer venda do azeite com
a tolerancia de 7 gráos de acidez.

Por aqui se vê quanta propagan-
da se carece fazer do azeite d’esta
região para lhe dar no mercado o
logar a que tem direito.

— —sojoe———

 

Para administrador do concelho
de Vila de Rei, foi nomeado o sr,
dr. Eduardo de Castro, distinto fa-
cultativo n’aquele concelho.

Ao st, Alves Froes, que exercia
aquelas funções desde a proclama-
ção da Republica havia sido conce-
dida a exoneração que solicitára,

—— —o6y0c— ——
Patriota Certaginense

Passa hoje o 74.º aniversario da
fundação d’esta sociedade musical,
que festeja esta data com alvorada
e uma salva de 21 morteiros, con-
certo na Praça da Republica, das
13 ás 15, em que será executado o
seguinte programa :

1.º parte

O Revolucionario-—ordinario.
Casta Suzana— valsa

Conde Luxembourgo-—valsas.
Polka de saxofone.

Viuva Alegre—valsas.

2.º parte
Rapsodia.
Voluta-N azurka.
Polka de flautim.
Como és bela-—valsa.
O Legionario-—ordinario.

— Aos membros da ,sociedade
apresentamos as nossas felicitações.
— acto —— |

Faleceu’o sr. José Delfim Fernan-
des, filho do sr. J. M. Fernandes de
Jesus; professor de Figueiredo. Era
um rapaz inteligente que na Ameri-
ca do Sul honrára-a sua patria.

A” familia enlutada, os nossos
sentimentos.

—— —«SIOGOC>— — ——

Concurso d’instrução pri-
maria

Foi decretado que a disposição 1.º
do decreto de 30 de Setembro de
1907 deixa de compreender os pro-
fessores pr marios de escolas para
o sexo masculino convertidas em
mixtas, po.lendo apresentar-se a con-
curso de outras escolas para o sexo
masculino seja qual fôr o tempo de
sefviço prestado has escolas conver-
tidas; e que a mesma disposição não
seja aplicada em casos de permuta,
aos professores de esco’as converti-
das em mixtas, os quais poderão
permutar com professoras que rejam

 

 

Voz DO POVO .

escolas do sexo masculino, embora
algum dos permutantes não tenha um
ano de serviço, como preceitua o $
2º do artigo 144.º do regulamento
de 19 de Setembro de 1902.
Cu

Por conveniência de serviço foi

colocado em Castelo Branco o fiscal

de 1.º classe dos impostos sr. Vitor

Dias Ferreira.
[| === ==
Instrução militar preparatória

O ministério da guerra oficiou ao
do interior pedindo a sua coopera-
ção efectiva no desenvolvimento das
sociedades de instrução militar pre-
paratória e lembrando para esse efei-
to, que a todas as camaras e-medi-
cos municipais, professores e esta-
belecimentos seus dependentes sejam
enviadas instruções determinando
que todas as facilidades e auxílios
possiveis sejam concedidos ás refe-
vidas sociedades, a fim de remover
quaisquer dificuldades na sua orga-
nização.

MPE —

O nosso estimado patricio st. Her-
mano Marinha fez acto de direito Co-
lonial, ficando aprovado, pelo que o
felicitamos sinceramente.

IR RGE SE
Azeitona

Principiaram já n’este concelho os
trabalhos da colheita, sendo a pro-
dução um pouco superior à do ano
passado.

O azeite está custando nos laga-
res a 2:560 réis o decalitro, dada a
fina qualidade dos azeites d’esta re-
gião.

+ = DOC —— –

Arrematações

No proximo dia 7 do corrente, por
11 horas. tem logar á porta do edi-
ficio dos Paços do Concelho, d’esta
vila, as arrematações para o forne-
cimento de petroleo, sendo a base
de licitação o kilograma.

—Jdem do fornecimento de cha-
minés, torcidas, e demais pertencas
necessarias á iluminação publica

—Idem do aluguer dos terrenos
para feiras e mercados, ;

— Idem do imposto sobre o peixe.

—ldem do fornecimento de car-
nes verdes pelo espaço de um ano,
a principiar em 1 de Janeiro de
1913.

— Idem do rendimento do impos
to do real d’agua —sendo a base de
1:900:h000 réis.

—— a — —

Tomou posse do cargo de secre.
tario do distrito de recrutamento e
reserva no 15, o nosso amigo e pa-
trício, padre José Farinha, Martins.

and a

Pela Camara
Sessão de 27

Sob a’presidencia do sr. Zeferi-
no Lucas de Moura e assistencia
dos srs; Henrique Pires de Moura,
Antonio Nunes de Figueiredo e Luiz
Domingues, teve logar a reunião da
comissão municipal administrativa.

Lida e aprovada a acta da sessão
anterior, foi presente:

— Circular n.º 363 da Camara de
Cascais; mandado satisfazer.

— Um requerimento de Manuel
Fernandes, casado, proprietario da
freguezia da Graça, do concelho de
Pedrogam Grande, para lhe’ ser en-
tregue a exposta Lucrecia, creada
por Maria Farinha, do Mosteiro da
Senhora dos Remedios, A camara
mandou lavrar o competente termo
onde serão impostas as condições
com que se lhe entrega a creança
até aos 14 anos.

—A (Camara tomando em consi-
deração a representação que lhe foi
presente na sessão anterior, assina-
da por grande numero de habitan-
tes d’este concelho e a maioria das

 

juntas de-paroquia que o compõem,
e tendo ponderado os argumentos:
nela expostos e estudado detida-

“mente as razões e os fundamentos

em que ela se baseia, que julga pro-
cedentes, resolveu por unanimida-
de deferir o pedido para que sejam
estabelecidos dois mercados sema; ;
nais n’esta vila, um á quinta-feira e
outro ao domingo, suprimindo o”
mercado de sabado é transferindo
para o 1.º domingo de cada mez’o
mercado-de-gados que se realizava
no 1.º sabado, com exceção dos
mercados de Maio e Agosto que
continuarão ‘a realizar-se nos dias

| anteriormente estabelecidos, -e -que

são respectivamente a 25 d’Abril e a
27 de Julho e anda como. conse-
quencia: da supressão: do mercado
de sabado passará o fornecimento
da carne de vaca a ser feito ao do-
mingo e o de chibato ou carneiro
ás 3.º, 5.º c sabados; devendo estas
alterações entrar em vigôr no; 4.º de
Janeiro. de 1913, . passando-se para
isso. os precisos editais e anuncios
para que se torne bem publico, mo!
dificando-se n’esse sentido as condi-
ções da arrematação e sendo envia
da copia à Comissão Distrital. .

— Mandou pagar 273,”68 de cal:
cada, feita em Sernache do Bom
Jardim.

-“Mandou pagar no dia 2 de De;
zembro, as folhas dos empregados
e encarregados da limpeza e o for
necimento de petroleo para a ilu-
minação publica.

00 DS YDtdpide= — +

Ao: professorado – pri=
mario

Instrução Militar Prepatatoria

Secretaria da Guerra Direcção
Geral—1.” Repartição—a.* Secção

O principio do serviço, mi tar
obrigatorio, sendo uma aspiração le-
gitima de todo o regime democrati-
co, é ao mesmo tempo o unico meio
que nos permitirá dispôr, em. caso
de guerra com o estrangeiro, de
efectivos suficientes para prover ás
exigencias e necessidades da defêsa,
tática e estratégica. Todas as auto-
ridades técnicas, porém, estão de
acordo em que não basta dispôr de
grandes efectivos para se possuir
um exercito forte, digno de confian-
ça; é indispensavel por igual que os
soldados estejam perfeitamente ins-
truidos e disciplinados, pois a histo-
ria de todos os tempos tem sempre
demonstrado que não passam de
bandos, sem valor nem coesão, os
exercitos que durante a paz não re-
ceberam uma preparação metódica
e completa.

As condições do orçamento do
Estado e da economia publica não
permitem nem aconselham que ‘os
recrutas permaneçam nas fileiras to-
do o tempo necessario para bem se
desenvolver o sentimento da unifica-
ção, o espirito militar e o habito da
disciplina, condições, que em tempo
algum, se poderão dispensar nos
exercitos solidamente preparados pa-
ra fazer a guerra, ou’prontos a des-
empenharem honrosamente a missão
que a Patria lhes confia. Por isso se
torna imp: escindivel lançar mão de
meios especiais que permitam st-
prir os inconvenientes que natural
mente derivam da redução do tem-
po das escolas de recrutas e do ser-
viço activo. Ê

Chega-se assim á concepção da
Justrução Militar Preparatoria, cu-
jo patriotico objectivo é, preparar,
desde a infancia, as gerações milita-
res, dotando-as com alma e o saber
precisos para bem, desempenharem
a missão que lhes incumbe, Para
que os mancebos cheguem à idade
viril perfeitamente | educados e ins-
truidos nos seus deveres patrioticos,
é necessario que comece cedo a sua
aprendizagem, ministrando-se-lhes

um conjunto de noções e exercicios
sadequados: 4 formação idos sentimen-
tos civicos, ao robustecimento do
organismo e á cultura das virtudes
individuais, tão nobres ejúteis na vi-
da militar como na vida civil.

A instrução militar preparatoria
«deve compreender: educação civica,
“ginastica, exercicios elementares de
“tática, noções militares, tiro ao al-

vo, equitação (para os destinados ao
recrutamento das tropas montadas).
O ensino. da educação fisica je da gi-
nastica começa na idade em que os
mancebos são admitidos nas escolas
de instrução: primaria, e prolonga-se
|-até-aos-dezaseis-anos,-por-meio–de
programas -convenientemente gra-
duados: e adaptados à idade e-ao
desenvolvimento fisico e intelectual
dos alunos “Em todas aquelas esco-
las, de harmonia com as leis que re-
| gem o ensino civil, a instrução milt-
tar preparatoria impõe-se, a titulo
obrigatorio; e, por analogia, tam-
bem se deve cons’gnar a obrigato-
: riedade para cs mancebos que não
frequentem as escolas. Apela-se
igualmente para o sentido patriotico
de todos os cidadãos, a fim de que
se não furtem a auxiliar e estimular
a comparencia dos mancebos ás ses-
sões do ensino, bem como tudo que
| com isto se relacione e tenda a-des
envolvê-lo. 3 es
O. ensino, propriamente militar,
que constitui o 2.º grau da instrução
preparatoria, começará aos dezase-
| te anos, quando os mancebos estão
já fisicamente aptos para os. exerci-,
| cios que mais se aproximam das fu-
turas exigencias e durezas do servi-
co militar. ; E E
Tais são, muito sumariamente ex-
postos, os principios a que obede-
ceu a ejaboração. do, diploma que
segue, moldado em disposições co-
mo as não ha mais avançadas em
nenhuma outra nação da Europa.

(Continua 1)

Carteira semanal

 

Fazem anos:

Hoje, o sr. David Nunes e Silva,

“No dia 4, as sr.“ D. Amelia Es-
teves d’Abreu d’Albuguerque, D.
Zulmira de Morais Carneiro, e D.
Maria Clementina Vaz, e a menina
Clotilde Cesar Pires,

No dia 5, os srs. João da Silva
Carvalho e Joaquim de Paula An-
tunes.

No dia 7, a sr.* D, Maria Caro-
lina Mendonça David,

Retirou para Beja, para onde foi
transferido, o sr. Luciano d’Almeida
Monteiro, condutor d’Qbras Publi-
cas.

Regressaram a esta vila, a sr.” D.
Natividade Carvalho Tasso de Fi-

. t po
gueiredo, o sr. João d’Albuquerque
e sua esposa, e o sr, Celestino Pi-
res Mendes,

Está nesta vila a sr,º D, Maria
de Jesus Batista Alegria,

Estiveram, em Proenca-a-Nova,
o sr. Joaquim Tomaz, e em Tomar
o sr. Anibal da Silva Carvalho.

Ciriaco Santos

Este nosso” presadissimo amigo
tem “continuado a’ passar incomo-
dado de saude, ‘o que o tem impe-
dido’de “assistir com a sua assidui-
dade: ás ‘sessões “ordinarias da Ca-
mara Municipal.

 

Felizmente, agora, acha-se em via
de restabelecimento, como que
muito sinceramente folgamos.gamos.

 

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Voz DO POVO

 

es per

CONSULTAS AGRICOLAS

“Com o-presente numeyo inaugara-
mos um serviço de consultas sobre
todos os ramos agr colas, gratuito
para todos os nossos assinantes, bas-
tando, tão sómente, enviar a esta re-
dacção, bem claramente formulada
a pergunta, a que será dada respos-
ta nésta local.

P.—Tenho um vinho com pique
e tendo-o sulfurado não perdeu es-
te defeito.

| R.— Aconseihamos o seguinte: por
tentativas, num litro de vinho vá adi-
cionando carbonato de potassa, até
ao maximo de 3 gramas; conhecida
esta percentagem multiplica-se pelo
numero de litros de vinho a tratar.
Exemplo: a quantidade que se em-
pregou num litro foram 2 gramas
nos 50 almudes serão :

1:000 (litros) >< 2 gramas = 2:000
gramas de carbonato de potassa.
Em seguida bate-se a mistura de
carbonato de potassa e vinho e dei-
ta-se no tonel, deixa-se repousar por
alguns dias, convindo dar-lhe uma
Ela e trasfegar depois. A vasi
lha deve estar bem méchada.
eae 6 ELE AEDES TI em

Ministerio das Finanças

O sr. ministro das Finanças cha-

* mou á efectividade de serviço o an-

tigo inspector geral do tesouro, Sil-

vino da Camara, arredado das suas

funções desde a proclamação da
Republica.

Foi um acto acertado do ilustre
estadista, pois aquele funcionario
possue excepcionais qualidades de
competencia, que serão sobremanei-
ra uteis à administração superior do
estado.

SUBSCRIÇÃO

para a construção d’um sara pa-

ra Club e Teatro, na Certã
Transporte… 3:2458850
Albano: Portugal Durão
e familtss E. cc… 508000
Manuel Jacinto Nunes —
Pedrogam Pequeno… 18000
Soma… 3:2968850

A Comissão, receian o qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos

O Presidente,
A, Sanches Rolão.
nego no

Por conyêniencia de serviço, fo-
ram feiras as seguintes alterações
do pessoal administrativo, sob pro-
posta do sr. administrador do con-
celho.

Cabeçudo-—Regedor efectivo, João
Antunes. Presidente da Junta, José
Alves Correia.

Carvalhal —Regedor efectivo, Joa-
quim Fernandes da Silva. Presiden-
te da Junta, Antonio Alves.

Castelo—Regedor efectivo, Joa-
quim Ribeiro d’Andrade. Presidente
da Junta, Inaci>» Fernandes.

Cumeada —- Regedor efectivo, Ma-
nuel Marçal. Presidente da Junta,
José Marçal.

Certã-—Regedor efectivo, Eusebio
do Rosario. Presidente da Junta,
Joaquim Nunes e Silva.

Ermida—Regedor etectivo, Anto-
nio Farinha. Presidente da Junta,
Manuel Fernandes Junior.

Figueiredo—Regedor efectivo Jo-
sé Dias. Presidente da Junta, João
Dias Rosa.

éMarmeleiro— Regedor efectivo,
Antonio Nunes da Silva. Presidente
da Junta, Manuel Farinha.

Nesperal – Regedor efectivo, João
Lopes da Silva. Presidente da Jun-
ta, Alfredo da Silva Mendes.

Palhaes—Regedor efectivo, Higi-

 

 

no Marcal da Silva. Presidente da
Junta, Manuel Antunes.

Pedrogam Pequeno—Regedor efe-
ctivo, Manuel Jacinto Nunes. Presi-
dente da Junta, José Joaquim da
Silva.

Troviscal— Regedor efectivo,
Adriano Rodrigues. Presidente da
Junta, José Antunes da Silva.

Varzea – Regedor efectivo, Ma-
nuel Lopes. Presidente da Junta,
Manuel Farinha Martins.

 

 

Pelo Mundo Literario
CANÇÃO DA SAUDADE

Cantada no Conservatorio
de Lisboa: por Mademoiselle
Helena Peres Fernandes.

 

No meu beiral,

Fugida não sei d’onde,

Quando a noite se avisinha,
Quando o sol no mar se esconde,
Vem poisar uma andorinha…

Ninguem descobre o que faz,
Ali, poisada, sósinha,
N’aquelle instante de paz,
Quando a noite se avisinha,

Ora em gorgeios se aninha,
Ora tem pios de esper’ança,
Como quem, pela mansinha,
Adormece uma creança…

Só a minha alma adivinha
Que, fugindo ao seu coval,
Sempre alguem, pela noitinha,
Vem puisar no meu beiral…

Amor… Amor… Sei eu d’onde
Tu sempre vens, andorinha.
Quando o sol no mar se esconde,
Quando a noite se avisinha…

Ribeiro de Carvalho.
Musica de Frederico Guimarães.

 

mio CI AA eaaçãss
ÁS MÃES

(Conselhos)

Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-

ricordia de Lisboa

—oe—

O Nascimento

A Mãe nada deve fazer para ante-
ceder a hora do nascimento da
criança, pois só poderá conseguir
esse resultado á custa da saude e
vigor de seu filho. Nas ultimas se-
manas de gravidês devem ser bani-
das as longas caminhadas, ainda
tanto do uso de certas mães, e se-
rem substituidas por um completo
periodo de descanso o mais comple-
to possivel, evitando os trabalhos
penosos, E

A mãe terá assim o praser do
nascimento dum filho rubusto.

Tudo se deve preparar para esse
momento solene, fazendo-se todas
as limpesas e lavagens possiveis,
nos compartimentos e nas roupas,
isto em beneficio da mãe e do filho.

No interesse do recemnascido, é
preciso cuidado com as correntes de
ar, eter o quarto agasalhado.

O FRIO É MUITO PREJUDICIAL ÁS
CRIANÇAS

 

 

No proximo numero O BANHO.

 

E Declaração

Tendo que retirar da Certã, im-
pelido por circunstancias imprevis-
tas, cuja responsabilidade me não
pode nem deve ser atribuida, felici-
to-me por ter residido nesta formo-
sa terra 14 mêses e 14 dias e sinto-

‘me insignificante para poder retri-

buir quantas provas de deferencia
eu fui alvo, À todos que me honra-

| ram com seus obseguios os meus

agradecimentos, e a todos os certa-
ginenses, indistintamente, as minhas
desculpas por quaisquer faltas invo-
luntarias, porque todas o foram,
Com as minhas despedidas vai o
oferecimento dos meus limitados
prestimos em Beja, minha nova re-
sidencia, e que Deus me proporcio-
ne ensejo de a todos poder mostrar
que os não esquecerei nunca.

Luciano de Almeida EMonteiro.
-—-— o
Registo Civil
O movimento de registos nêste
concelho de 20 a 27 do corrente foi:

Nascimentos e ces Eos
Casamentos. …..

Perfilhações..
Obitasgs-e aero

Teatro Avenida de hisboa
A -CELEBRE OPERETA

A Familia Polaca

Todos quantos visitem Lisboa, e quei-
ram passar uma noite alegre e divertida,
não devem deixar de visitar o teatro Ave-
nida, onde, utualmente, se representa a
opereta cá Familia Polaca, que é a prin-
c’pal atracção que as casas de espectacu=
los ali oferecem ao pnblico.

Depois de ter alcançado um exito enor-
me, e verdadeiramente excecional, na Ale-
manha, onde está prestes a atingir 2:000
representações, 4 Familia Polaca ma-
nifesta disposições de obter, no Avenida, de
Lisboa um sucesso igual, senão superior, ao
que no mesmo teatro conquistou a celebre
opereta Casta Suzana, dos mesmos autores,
que, como foi notorio, não teve rival, nos
ultimos tempos, em teatros portuguezes.
Para que tal se dê tudo concorre n’Á Fa-
milia Polaca: a graça da peça, em que os
ditos de espirito saltitam a todos os mo-
mentos, o imprevisto das suas situações,
d’um comico irresistivel. a sua lindissima
musica, facil e original, — que, rapidamente,
se tem tornado popular—a movimentada
enscenação de Armando de Vasconcelos, o
deslumbramento do scenario, o riquissimo
guarda-roupa, tudo realçado por um esplen-
dido desempenho, no qual muito se destin-
guem, alem do artista acima mencionado,
Leopoldo Froes, Carlos Leal, Caetano
Reis, Carlos Viana, Martins dos Santos,
Duarte Silva, Adriana de Noronha, Flora
Dyson, Laura Silva, Salomé Guerrins, Ma-
ria Emilia Margarida Veloso, Beatriz Fer-
reira, Angelia Gonzalez e restantes, pois
A Familia Polaca apresenta um conjunto
de interpretação inexcedivelmente corre-
cto.

Os espectaculos do Avenida estão sendo
concorridissimos, sendo esse o teatro
predilecto do publico e o melhor frequen-
tado. Não surpreende ninguem o facto:
indo-se ali, gosa-se um espectaculo que
não tem rival, assistindo ao desenrolar das
interessantes scenas d’e4 Familia Polaca,
peça para todos os paladares, pois tanto
agrada, aos aduitos pelas suas pitorescas
situações, como ás crianças, que, ouvin-
do-a, e admirando-a, não encontram nela
a mais leve escabrosidade.

Daí a predilecção do publico pela Hami-
lia Polaca, a causa das enchentes que o
teatro Avenida, de Lisboa, tem todas as
noites.

ANNUNCIOS
COMARCA DA CERTA

1.º ofício

 

 

No dia 15 do proximo Dezembro,
ás 11 horas, em virtude dos autos
civeis d’execução, por divida de cus-
tas e selos, que o Ministerio Publi-
co move contra Maria Alves e seu

no logar do Mogadouro, freguezia
d’Oleiros, d’esta comarca, por apen-
so ao inventario orfanologico por
obito de Luiz Alves, que residia no
dito logar, são postos em praça, pa-
ra ssrem arrematados a quem maio-
res lanços oferecer acima dos valo
res que lhes vão designados, os se-
guintes bens, u saber:

1.º—Uma terra d’hortar e testa-
da de mato, sita ao Vale Castanhei-

 

ro; limite do Mogadouro, no valor
| de 4ojooo réis.
2º-—lJma outra terra d’hortar e

marido Antonio Mendes, residentes,

 

mato, no sitio da Figueirinha, limite
do mesmo logar, no valor de 35000
réis. e
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem os
seus direitos, querendo, no prazo
legal.
Certã, 21 de novembro de rgi2.
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito
2 Sanches Rolão I

COMARCA DA CERTÃ

1.º oficio
Pelo Juizo de; Direito-da Comar-
ca da Certã, cartorio do escrivão
abaixo assinado, nos gutos civeis de
acção de separação de pessoas e
bens de José Joaquim da Silva Ne-
ves, residente no logar da Boafari-
nha freguezia de Vila de Rei, e Do-
na Luiza d’Oliveira Xavier, agora
residente em Castelo de Vide, foi
proferida em 16 do corrente, sen-
terça decretando o divorcio defini,
tivo, a qual transitou em julgado.
E para os devidos cfeitos se. pu-
blica o presente.
Certa, 29 de novembro de 1912;
O Escrivão
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito

2 Sanches Rolão I

 

ANUNCIO»

Pelo Juizo de D’reito da Comar-
ca da Certã, e cartorio do escrivão
do quarto ofício, se acha correndo
seus termos um processo de expro-
priação por utilidade publica, dos
seguintes terrenos : Dois mil seiscen-
tos e quatro metros quadrados de
terrcho de mato com pinheiros e
uma oliveira sem mais encargo para
a Fazenda Nacional; Mil e trinta e
oito metros quedrados de terreno
de mato com pinheiros sem mais en:
cargo para a Fazenda Nacional: to-
dos para construção do lanço nas
proximidades do Sendinho de San-
to Amaro a Oleiros, na Estrada Dis-
trital n,º 119 do Fundão por S. Vi-
cente da Beira á Certã e a Sarze
das, em que são respectivamente ex
propriados Antonio Gonçalves, pro-
prietario, de Olejros e Antonio João,
proprictario, da Gaspalha, e nos
mesmos autos correm editos de dez
dias- que começam a contar se des:
de a segunda c ultima publicação
d’este anuncio no «Diario do Go-
verno», citando todas e quaesquer
pessoas incertas que se julguem com
direito a qualquer dos predios ex
propriados para dentro do aludido
prazo vit deduzir em fórma legal o
seu direito.

Certã, 7 de novembro de 1gr2.

O Escrivão
Adrião Moraes David
Verifiquei a exatidão
O Juiz de Direito
Sanches Rolão 2

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