Voz do Povo nº104 24-11-1912
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material, aquele que mais se im-
“truição do arvorêdo está-se dan-
dosr. B. fique-mais -desafronta-
2.º Ano
Certã, 24 de novembro de 1912
N.º 104
DIRECTOR
; Augusto FRodrignes
Administrador
ZEPHERINO†LUCAS
Editor
“Luiz Domingues da Silva Dias
” Assignaturas
Anno…… 1200, Semestre…
Para o Brazil.
Pago adiantadamente
Não se restituem os orióinaes
Goo rs.
5ipooo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTÃ
Typographia Leiriense — LEIRIA
Proprigiade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL,
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…..
N’outro logar, preço convencional
Annuncios
3o rs.
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar
Propaganda patriotica
O ilustre senador, dr. José de
Castro, caracter que se impõe ao
respeito de todos, acaba de lan-
çar a ideia d’uma’ defeza eficaz
da Arvore, n’um patriotico ma-
nifesto, que nos honramos em
passara transcrever :
«A regeneração dum povo
tem de ser material e moral: uma
e outra realisam-se com a edu-
cação e a instrução, postas ao
serviço. dum elevado e nobre
sentimento—o amor da Patria.
Este amor é o fogo vivo das
almas: ao seu contacto não ha
dificuldade que se lhe oponha;
obstaculo que ele não vença.
Amar no sentido social da pala-
vra é sacrificar-se pelo bem es-
tar da comunidade; é trábalhar,
tendo por fito apenas a “satista-
ção, da consciencia de bem cum
prir o nosso dever; é procurar
tornar melhores as condições da
existencia do nosso semilhante;
é poder com verdade dizer—so-
mos uteis. .
“Dentre os assuntos: que se
prendem á nossa regeneração
põe: para: já, é ocdo arvorêdo
dentro das povoações; nas mon-
tanhas, nos campos, nos poma-
res, nas devezas, ao longo dos
rios e das correntes.
As. gerações passadas, cuja
memoria devemos honrar, lega-
ram-nos um importante patrimo-
nio: é precizo defendê-lo, acres-
centá-lo, :
Infelizmente, porém, a ides-
do por toda’a parte. A dentro
do povoado cortam-se as arvo-
res-para que a casa do sr. A. ou
da! Nos jardins e praças publi-
cas para que não ensombrem os
predios fronteiros! Até chegam
a vendêlas a titulo de econo-
mias! Nos pomares ‘os | proprie-
tarios cortam-nas ou deixam de
plantá- “las para evitar que os fru-
tos Sejam roubados e às semen-
teiras estragadas! Ao longo das
estradas e dos rios a ignorancia
ea maldade destroem-nas! As
matas, quer publicas, quer par-
ticulares, são incendiadas por
mãos criminosas, guiadas por
almas selvagens!
E a mesma natureza, abando-
nada’a’si propria, nos: seus. va-
riados meios de destruição, está
assolando uma parte do. nosso
arvorêdo!
E? uma desolação!
Às nossas montanhas enconâ€
tram-se na sua maior parte es-
calvadas, os rios açoriados com
areas e pedregulhos, as planicies
inulilisadas para a agricultura pe-
las continuas inundações; e tu-
do isto pela falta d’arvorêdo.
Assim, se por um lado as mon-
tanhas se -empobrecem, perden-
do o humus ou a terra vegetal
que alimentava as raÃzes das ar-
vores e dos arbustos, por outro
lado o clima: peora e: a: natural
regularisação das correntes des-
aparece.
E? sabido que o arvorêdo me-
lhora o clima, normalisa as chu-
vas, evita a formação das. tem-
pestades de graniso; e alem de
ser vantajoso-para a agricultura,
é-o tambem para fauna das cor-
rentes, isto é, para†o ‘desenvol-
vimento do peixe—uma verda-
deira riqueza para a alimenta-
ção do pobre e do rico.
Urge, em beneficio da. rique-
za publica, da igiene da agricul-
tura é ainda mesmo da propria
estetica, empenharmo-nos todos
em favor da arvore para que as
replantações, as sementeiras e a
defeza do arvorêdo se estabele-
çam por toda a parte.
E? por assim dizer uma obra
de solidariedade e fraternidade
humanas; porque a arvore é a
vida, a beleza, a abundancia, a
riqueza e a mesma demonstra-
ção pratica duma sociedade ci-
vilisada.
Se as arvores são galas da na-
tureza, são tambem a riqueza
duma nação.
Trabalhemos, pois, pelo culto
da arvore, fazendo a sua propa-
ganda ;no lar domestico, no, po-
voado, adentro: da-escola, ensi-
nando a amá-la e a defendê-la.
Prestemos-lhe culto ainda com
o exemplo: plantando-a, semean-
do-a e defendendo-a.
Procuremos quanto em nós
caiba para fazê-la crescer e me-
drar em todos os pontos da nos-
sa querida terra: junto das nos:
sas casas, nos nossos largos e
praças, na montanha alcantila-
da, na colina suave, no vale
amêno, em toda a parte onde
ela possa expandir as suas ra-
madas, abrigar com a sua som-
bra, purificar com os seus per-
fumes e enriquecer com a sua
lenha, com a sua madeira e com
os seus frutos,
E’ uma obra bôa, generosa,
util e patriotica.
Plantêmos, semeêmos; as ge-
rações futuras principalmente
colherão os frutos desta obra
bemdita.
Examinando as nossas leis e
regulamentos, justo é dizê-lo,
muito se tem procurado fazer
desde longa data em beneficio
do arvorêdo; mas é certo que
jámais se apelou para a alma do
povo:
E comtudo sem o seu concur-
so não poderá levar-se a cabo
tamanha empreza.
Apelemos, pois, para o povo
de Portugal.
Se conseguirmos que ele. to-
me a arvore sob a sua guarda,
a nossa victoria é certa.
Inspirado nestas ideias, impe-
lido pelo elevado intuito que elas
produziram no méu espirito, es-
timulado ao observar directa-
menté a maravilhosa obra do
Touring-club de França comres-
peito á arborisação e animado
finalmente pelo aplauso de mui-
tos E prestantes cidadãos e ain-
da da 4.º Repartiçãoda Dire-
cção Geral-da Agricultura, pen-
sei em’organisar, com o auxilio
dos meus. concidadãos, uma vas-
ta sociedade com séde em Lis-
boa, tendo ramificações nas pro-
vincias.
Esta sociedade terá por. “fins:
a) Fazer uma’ propaganda intensa
por meio do’livro, da imprensa,
de conferencias e até do bilhete
postal em favor da plantação, da
sementeira e da defeza da arvore
de qualquer natureza que seja;
b) Conseguir que cada associado se
comprometa a participar á autori-
dade competente os atos que al:
guem pratique, ofendendo as leis
e regulamentos em vigor com re-
lação ao arvorêdo ;,
c) Promover junto dos governos, das
camaras municipais e das juntas
de paroquia ou de quaisquer agre-
»miações que estas se interessem
»pela†arborisação; e votem anual-
mente:as importancias necessarias
para sementeiras, plantações, po»
licia do .arvoredo quer feRpigu
quer publico;
d) Angariar donativos para a socie-
dade realizar por sua parte, das
suas agencias e delegações, se-
menteiras e plantações nos pon:
tos em que seja possivel realizar
esse beneficio;
e)sGonseguir que os governos façam
cumprir as leis existentes com res-
peito ao arvoredo e aos terrenos
incultos; e, sendo precisas novas
leis; reclamar ao parlamento que
sejam votadas outras;
‘f) Combater os inimigos naturais da
arvore, propagando os meios pro-
filaticos e curativos que a ciencia
indica deverem em qualquer; dos
casos empregar-se, Isto é,| ensi-
nando a higiene e a medicina ida
arvore;
8) Promover festas da arvore em
todas as localidades de Portugal
no dia que.se. fixar, podendo .ser
num. domingo do mez de, outu-
bro, fazendo-se conferencias e dis,
tribuindo-se por essa ocasião pre-
mios aos agricultores, proprieta-
rios e ainda ás creanças que tive-
rem manifestado de um modo in-
contestavel a-sua dedicação em
defeza da arvore.
As pessoas e colectividades
que se dignarem aderir a .esta
simpatica obra de regeneração
nacional, poderão fazê-lo por
um dos tres modos: ou assinar
a presente circular que vae ter
uma larga distribuição; ou “en-
viar a sua adesão; aos jornaes
onde esta mesmaccircular fôr pu-
blicada; cw finalmente dirigir
carta ou postal ao sinatário pa-
ra este fim. é
Se até ao primeiro. de Janeiro
proximo futuro houver pelo me-
nos mil “adesões, organisát-se-
hão e serão submetidos á apro-
vação da autoridade, competen-
te os estatutos da patriotiça; so-
ciedade. » SUP BvOI Lions
“As pessoas e eotettipi dades
que : aderirem até áquela data con-
sideram-se socios fundadores.
“Republica Brasileira:
Passou no dia 15 do corrênte, o
aniversario da proclamação da re-
publica no Brasil.
Em Portugal foi essa data entu-
siasticamente festejada. A. florescen-
te terra brasileira tem para nós,
portuguêses, um suave encanto, te-
cido de vivas recordações. Quasi
todos temos, nesse hospitaleiro paÃs,
alguem que nos seja querido, ou,
pelo menos, afeicoado. Por isso, to-
das as festas do Brasil são para nós
motivo de jubilo. .
Daqui enviamos à Republica Bra-
sileira a nossa modesta mas sincera
saudação, com os protestos da nos-
sa solidariedade para com os nossos
patrÃcios que nesse encantador paÃs
honram o nome português,
O
ATENTADO DE MADRID
Pelos jornais diarios, teem» de os
nossos: leitores conhecimento «do es-
tupido atentado que vitimou o pre-
sidente do conselho «espanhol: D: Jo-
sé Ganalejas, homem de raro talen-
to e de tendencias Rat
liberais.
Nada;ha que justifique um crime
da natureza dêste, que indignou to-
das as consciencias, mas este crime,
alem de vil, torna-se estupido por ir
vitimar um homem que-era,para a
Espanha, um dos melhores sustenta-
culos dos principios liberais,
VÔONHAYiberais,
VÔONHAY
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| aiii
Para as minhas leitoras
A hereditariedade
Toda a criancinha traz consigo
ao nascer uma grande herança.
E†portadora de muitos defeitos e
virtudes dos seus antepassados. A
hereditariedade é um facto determi-
nado pela ciencia e verificado pela
experiencia de todos os dias. E isto
sob o triplice ponto de vista —fÃsico,
intelectual e moral. Transmite-se o
timbre da voz, como se transmite a
tuberculose, o cancro, a sifilis, etc.
Vem diluÃdas no sangue à preguiça
ea inveja, a embriaguez e o medo,
À propria ignorancia, a propria es-
tupidez passam de pais a filhos e
de filhos a netos.
Eu não sei se é Mantegazza, se
Nordan, que diz que os filhos her-
dam dos pais o carater e das mãis
a inteligencia. Sei que é um assunto
que devia merecer as maiores aten
ções, pois exerce uma influencia de-
cisiva na vida e civilisação de um
povo. Speuser extranhava que hou-
vesse tantos cuidados com o apura-
mento de varias raças de animais,
de cavalos, de cãis, de carneiros,
etc., e se despreocupassem todos
com a raça humana. E tinha razão.
Aquela mulher sem peitos, ane-
mica, escolorotica virá ámanhã ofe-
recer ao mundo uma criatura enfé-
sada, que continuará a transmitir a
fraqueza e a doença.
Aquele desgraçado que todas as
noites nos importuna com a sua lin-
guagem virá a ser o pai de outros
bebedos como ele. 8 preguiçoso
gerará o preguiçoso e o homem sem
carater será o pai de outros defor-
mados. E contudo nem os legisla-
dores, nem os filosofos, nem os pe-
dagogistas, nem sequer os filantro-
picos parecem preocupar-se muito
com o assunto, como se o futuro da
raça e da nacionalidade nada depen-
dessem dele, Toda a criatura de-
formada de corpo e de espirito que
aparece no mundo é um ser nocivo
eas sociedades tem obrigação de
se prevenirem contra’ tais intrusos:
A ciencia prova que os casamentos
entre consanguinios, entre velhos
e raparigas, entre as criaturas mui-
“to jovens, são fontes de muito mal,
por dar origem a uma raça doentia
degenerada em valor intelectual e
moral? Pois profbam-se esses casa-
“mentos. O casamento de um tuber-
culoso, de um sifilÃtico…
A criança, devia preocupar-nos
tanto que até cuidar do seu futuro
ainda mesmo antes de nascer, pro-
tegendo as mulheres gravidas, con-
tra trabalhos duros e contra estados
fisicos ou morais nocivos á vida da
criatura que traz mas entranhas e
elucidando-as acerca das conclusões
scientificas a este respeito. A socie-
dade depende das vindouras. Os
que por cá estão já pouco se podem
modificar. É
E assim como os pais cuidam de
deixar a seus filhos umas geiras de
terra ou uns papeis de credito, que
mereçam as suas bençãos, tambem
os homens de hoje deviam preparar
para os homens de amanhã uma vi-
da mais prospera e mais feliz.
Mas, tendo um ser vindo ao mun-
do, é mister criá-lo e educá-lo e es-
ses cuidados pertencem principal.
mente á mãe. Poraz muitas taras, e
muitas deformidades, o germen de
muitos defeitos ?
Pois esteja a mãi sempre alerta
para se defender destes inimigos
sempre que lhe apareçam e trate de
ir leirando o campo onde ela hade
fazer a sua sementeira, das ervas
daninhas. Quer conhecer a alma do
seu filho? Pois olhe para a sua e
tome conta nos defeitos, inclinações
e tendencias dos seus antepassados
e de seu marido. «De pequenino se
torce o pepino». Não, depois, quan-
do a planta fôr uma arvore, que o
VOZ DO POVO
lavrador cuidará de-lhe dar a diré-
cão conveniente. E a vida de todos
os dias dizem que as criaturas dei-
xadas crescer ao sabor das suas in-
clinações e tendencias, tem sido
umas ociosas e uns imbecis.
Eurico
FACTOS E BOATOS
Aos contribuintes
A folha oficial insere um aviso,
pela secretaria geral do ministerio
das finanças, de que, exceptuadas as
petições a que se refere o artigo 2.º
do decreto com força de lei de 5 de
dezembro de rg1o, nenhumas outras
ou memoriaes, qualquer que seja a
sua provenÃencia, terão registo e se-
guimento quando não forem escritas
em papel selado.
—— Me —
Notas falsas
Tem aparecido no mercado notas falsas
de 208000 réis.
Os caracterÃsticos principais da falsifica-
ção são os seguintes ;
FRENTE-—A letra indicativa da série e
os algarismos da numeração são ligeiramen-
te mais pequenos; o tom geral da estam-
pagem é menos intenso, principalmente o
da ornamentação que ocupa o centro da
nota não se vendo no fundo do escudo, nas
armas, e na figura do lado esquerdo os tra-
ços ondulados verticaes que cobrem o fun-
do da frente da nota; o escudo das armas
aposto sobre o escudo grande, da figura da
direita, é mais estreito; a côr azul que
aparece nas letras da legenda VINTE MIL
REIS é pouco percetivel: as letras da le-
genda dos estampadores de Londres são
muito diferentes e mais afastadas da orla
da nota,
VERSO—As duas figuras numismaticas
que ocupam os medalhões lateraes, teem
os contornos muito mais acentuados; o
braço da figura que se vê no medalhão cen-
tral tem muito menos relevo e as escamas
da cota de malha que guarnece 9 braço
teem os traços da gravura mais distancia-
– dos, sendo as do hombro todas claras sem
sombreado.
PAPEL—O papel em que estão estam-
padas é completamente bronço ; as letras
e a grega da marca de agua são obtidas por
meio de uma estampagem ligeira com tinta
alyadia, não tendo as letras a linha lumino-
sa que as orlas nos lados direito e inferior,
como nas notas verdadeiras.
— estenose eme
Pela Misericordia
“Tem logar no dia 1 de dezembro
proximo: á porta da igreja da Mise-
ricordia desta vila da Certã, pelas
12 horas a arrematação em hasta
publica dos cereaes pagos à mesmo
Misericordia.
A. base de licitação é: trigo, 650
réis o alqueire; centeio 560 réis a
mesma medida.
— Está aberto concurso para o pro-
vimento de 2 vagas de mercieiras,
terminando o prazo no dia 4 de de-
zembro,
—Para vogal da Comissão Con.
celhia da Assistencia nomeou o sr.
José Dias Bernardo Junior.
bt Tea
Pela Camara
Sessão de 20
Sobsa presidencia do sr. Zeferino
Lucas e: assistencia dos vereadores
srs. Luiz Domingues, Henrique Mou-
ra e Antonio Nunes de Figueiredo,
teve logar a reunião da Comissão
Municipal Administrativa.
Foi lida e aprovada a acta da ses-
são anterior.
Foi presente:
— Telegrama do Governador Ci-
vil ácerca de se ter recebido da Di-
recção Geral de Contribuições e Im-
postos qualquer resolução sobre as
instalações da Repartição de Finan-
ças; o sr. Presidente declarou ter
respondido negativamente:
—O ficio n.º 246 de 14, do corren-
te do Governo Civil suscitando o
cumprimento da circular n.º 194 de
10 de Novembro do ano findo. In-
teirada.
—Circular n.º 405 da Camara de
Arronches acompanhando alguns
exemplares d’uma representação ás
Côrtes. A camara resolveu enviar
ás juntas de paroquia e mesericor-
dias e comunicar áquela Camara a
sua adesão.
—lUm relatorio da sindicancia á
Comissão Municipal de Silves. In-
teirada, mandando-se arquivar.
—Um requerimento de Maximina
de Jesus, da Galegueia podindo um
subsÃdio de latação. Deferido com
o subsÃdio de 1:200 mensaes a con-
tar de hoje até 24 de outubro de 1913.
—Uma representação assinada por
numerosos individuos pedindo a su-
pressão do mercado semanal ao
sabado e a creação de 2′ mercados
semanaes 1 á quinta-feira e outro
ao domingo e ainda a correlativa
mudança dos mercados mensaes.
Ficou sobre a meza por proposta
do sr. Presidente para ser devida-
mente estudado e resolvido.
—0 sr. Presidente comunicou ter
recebido uma carta do sr. deputa-
do Americo Olavo explicando us
motivos porque a seu pesar não
poude representar esta Camara nos
festejos do 2.º aniversario da Repu-
blica. Inteirada.
— soco —
Registo Civil
O movimento de registos nêste
concelho de 13 a 20 do corrente foi:
Casamentos… 0… RSI
Nascimentos. : RAIZ
(OD bitosi ea ar Saad PR dead a
Tomaram posse dos cargos: de
encarregados da estação telegrafo-
postal d’esta vila, e de ajudante, o
sr. Antonio Pina e sua esposa, sr.*
D. Carlota Candida Lobato e Melo.
= —<9000€C>———
À seu pedido, foi transferido pa-
ra o distrito de recrutamento de re-
serva em Tomar, o nosso presado
assinante, Padre José Farinha Mar-
tins.
Previsão do tempo
Segunda quinzena de novembro
Diz Sfeijoon na sua revista mete-
reologica de Valencia :
No domingo, 24, haverá tambem
chuvas nas regiões hespanholas des-
de N. O, e N. até ás centraes, com
ventos do 3.º quadrante,
Na segunda-feira, 25, melhorará
um pouco o estado atmosférico pro-
duzindo-se, porem, algumas chuvas
ou neves em N. e N. E. de Hespa-
nha.
Na. terça-feira, 26, as depressões
do Atlantico aproximar s -ão da Ga-
liza produzindo algumas chuvas.
De 27 a 28 avançará até ao Can-
tabrico e N. O. de França uma de-
pressão que produzirá algumas chu-
vas ou neves desde o N. O. e N. da
Peninsula até à região central, com
ventos de entre S. O, e N. O.
Na sexta-feira, 29, haverá chuvas
desde o Cantabrico e Central ao Me-
diterraneo.
Nó sabado, 30, será mais tranqui-
la a situação na Peninsula.
SseeDD NAC a Gio
Pela imprensa
Entrou; no 3.º ano de publicação
o nosso estimado colega «União Fi-
gueiroense» a quem apresentamos os
nossos cumprimentos.
Carteira semanal
Fazem anos:
No dia 28, a menina Irene Gui-
marães;
No dia 29, a sr” D. Maria José
Casimiro dos Reis,
SaÃo para Castelo Branco, o nos-
so presado amigo sr. Alberto San-
tos Valente, que distintamente, co-
mo sempre, esteve desempenhando
|. em comissão, o cargo de encarreâ€
gado da estação telegrafo-posta
desta vila,
Esteve n’esta vila, tendo já regres-
sado á sua casa d’Alvaro, o nosso
ilustre amigo, sr. dr. Antonio Au-
gusto de Mendonça David.
Teve a sua délivrance a sr.” D.
Julieta Gonçalves Leitão, esposa do
nosso assinante e patricio, sr. José
Antunes Farinha Leitão.
Acham-se restabelecidos os nos-
sos assinantes, srs. Joaquim Pedro-
so Barata dos Reis e Jacinto Va-
lente.
Está nesta vila, a sr.? D. Elvira
Torres Carneiro.
Saiu para Lisboa, o nosso assi-
nante, sr. José Jorge dos Santos.
Tem estado na sua casa do To-
jal, o nosso. patricio, sr, Antonio
Rafael Batista, importante, capita-
lista em Lisboa.
Tem estado em Lisboa, com sua
esposa, o nosso assinante, sr. João
Pinto d’Albuquerque.
————— IPCC
SUBSCRIÇÃO
para a construção d’um edificio pa-
ra Club e Teatro, na Certã
Transporte… 3::258850
João Farinha Leitão—
ondas riso ele to$000
Angelo Lopes dos San-
tos — Caconda…… 1ogooo
* Soma… 3:245$850
A Comissão, receiando qual-
quer falta, agradece, por es-
te meio, todos os donativos
subscritos.
à E O Presidente,
A. Sanches Rolão.
A sdsiadnss dotes
OS PRÊSOS POLITICOS
O ilustre deputado sr. Machado
Santos, director d’O Intransigente,
apresentou ao†parlamento quatro
projectos de lei referentes aos se-
guntes assuntos: — Emigração — Fo-
mento—Divida Publica—Reconcilia-
ção.
Este ultimo projecto de lei, que
apenas consta de três artigos, deter-
mina o-seguinte: Que em, todos .os
fóros e instancias sejam: trancados
os processos que respeitem a cri-
mes e delitos politicos ou religiosos,
cometidos até dôze do c.rrente, fa-
zendo-se sobre eles perpétuo silen-
cio. Deverão cessar desde já todas
as investigações de caracter judicial
militar, ou policial.
Que os agentes e acusados dos
crimes politicos ou religiosos, cum-
prindo pena ou sujeitos a prisão
privativa, sejam imediatamente res-
tituidos á liberdade.
Que seja revogada a legislação
em contrario.
LUZ IDEAL.
O MELHOR SISTEMA
DE INCANDESCENCIA PELA.
GAZOLINA
SEM FUMO, SEM CHEIRO, SEM
RISCO DE EXPLOSÃO
E O MAIS ECONÔMICO
(7 rs. por hora o consumo de cada
7 bico)
AGENTE
ZEFERINO LUCAS
— CERT×
@@@ 3 @@@
ee
| VOZ DO POVO
biga Feminina Romaica
A? semelhança do que fizemos no
ano passado vamos dar aos nossos
leitores algumasZnoicias da Ligue
feminine romande relativas ao ano
anterior, de que recebemos ha dias
o costumado relatorio.
O acontecimento mais ruidoso a –
que este alude é o congresso meri-
dional, cinegetico e agricola efectua-
do em Marselha em 29 e 30 de
junho e + de de julho de rgrr.
A reunião d’esse congresso de
caçadores tinha por fim, de parce-
ria com os agricultores, protestar
contra a apanha em massa de aves
e assentar na melhor maneira de evi-
tal-a reservando se o direito de clas-
sificar a caça por meio de espingar-
da como a unica boa, legal, admissi-
vel e verdadeiramente digna de tal
nome.
A Ligue feminine romande foi
instituida para protestar contra a
destruição de aves sem distinção
de procedencia para ocorrer ás exi-
gencias da moda idiota e barbara
que despovoa a terra (palavras tes-
tuaes do relatorio); aderiu não obs-
tante, ao pensamento dos congres-
sistas por entender que não devia
nunca ficar indiferente a nenhuma
das fórmas brutaes de massacre que
lesam a agricultura. :
E o caso é que a participação da
Ligue femin ne romande no congres
so de Merselha foi um acontecimen-
to de que mal se pode fazer ideia
elo que possamos traduzir do re-
atorio. 4
Mademoiselle Paulina Lagier, não
podendo comparecer em pessoa,
por motivo de doença, fez-se repre-
sentar, como presidente que é da
Ligue ePuãe por duas damas de
Marselha que leram a exposição
d’aquela sobre o papel que as aves
representam na agricultura, e que
terminava pelo seguinte voto:
«A Liga romaica insta junto dos
senhores congressistas no sentido
de se obter que as aves sejam pro:
tegidas não sómente no ponto de
vista internacional europeu como
tambem no ponto de vista mundial,
a fim de que, por uma convenção
“entre todas as potencias, se salvem
as diferentes especies que se mas-
sacram, dignando-se dar conta d’es-
te voto e dos seus á comissão in-
ternacional constituida no ano pas-
sado em Berlim para a proteção
das aves.»
Uma das consequencias do entu-
siasmo que a leitura do relatorio de
mademoiselle Paulina Lagier disper-
tou foi a de provocar a algumas da-
mas a declaração perentorio de que
nunca mais usariam enfeites nem .
abafos assassinos.
Nós condenamos toda a caça,
conforme é sabido, e não apenas a
que se realisa por outros processos
que não a tiro; não obstante aplau-
dimos a participação da Ligue femini-
ne romande num congresso onde se
fez a apologia daquela maneira de
caçar, pelas vantagens que d’aà po-
dem advir para a causa que ela de-
fende. Alem disso bem sabemos
que em tudo se parte do menor
para o maior, e que só depois de
se assentar na razão de ser da caça
com espingarda e déssa idéa preva-
lecer a seu tempo se poderá conse-
guir que tambem ela sej: conside-
rada uma intrusa em matéria de
Verdade e Justiça.
Luiz Leitão.
Ce ee eira
Pequena correspondencia
Sr, Manuel Antunes Junior— Benguela
—kRecebemos o vale de correio para paga-
mento de 3 assinaturas Os nossos agrade
cimentos.
AS MÃES
(Conselhos)
Propaganda a favôr das crian-
ças e do melhoramento da
raça portuguêsa pela Mise-
ricordia de Lisboa
—pes—
O que são micróbios
O que é infecção
Os micróbios pululam em volta
de nós. O ar está cheio d’eles, de
maneira que algumas doenças pe-
gam-se quando respiramos. A tu-
berculose:é uma delas devendo ha-
ver todo o cuidado em não deixar
crianças no quarto de tisicos, prin-
cipalmente quando eles não escar-
rem num escarrador com agua €
desinfectante.
Nunca se deve escarrar no chão,
pois os escarros contem micró-
bios. Quando os escarros secam,
ese levanta poeira por motivo
de vento, varredura, ctc., essa
poeira traz os micróbios que es-
tavam no escarro, e entrando nos
pulmões produzem doenças gra-
vissimas. :
E ASSIM QUE PRINCIPAL-
MENTE SE PROPAGA A TU-
BERCULOSE.
Mas os micróbios depositam-se
tambem nos objectos que estão pro=
ximos dos doentes, podendo por seu
turno infectar as pessoas que neles
mexam, Muitas das doenças das
crianças são produzidas por elas le-
varem á boca as mãos sujas.
Os micróbios tambem se deposi-
tam na roupa a enxugar, motivo es-
te porque convem passal-a demora-
damente com um ferro de engomar
bem quente.
“O CORRER A ROUPA A FER-
RO NÃO É APENAS UMA QUES-
TÃO DE BELEZA, É PRINCL.
PALMENTE UMA QUESTÃO
DE HIGIENE.
Devemos defender-nos das mos-
cas, mosquitos, percevejos, pulgas,
piolhos, etc. cuja mordedura pode
inocular-nos agentes de doenças gra-
vissimas.
E†sabido que a peste bubonica
se transmite por pulgas, que o tifo
negro se propaga pelo piolho, que
os mosquitos espalham as sessões
e a febre amarela, as moscas o co-
lera, a febre tifoide, as oftalmias,
etci etc:
OS PARASITAS NÃO RE-
PRESENTAM SÓ DESLEIXO
E FALTA DE ACEIO, BAS-
TANTES VEZES -SÃO UM
PERIGO PARA QUEM É MOR-
DIDO POR ELES.
As lavagens, caiações, etc., são
uma necessidade e não um luxo.
Nas fermentações produzidas pelas
imundicies formam-se milhões de
micróbios perigosissimos.
No proximo numero: O NASCI-
MENTO.
5 meo fee] am
ASSISTENCIA NACIONAL AOS
TUBERCULOSOS
Esta benemerita e humanitaria
Associação, reformada pelo decreto
de 17 de julho de 1911, foi contem-
plada com mais um legado, na im-
portancia de dois contos de réis for-
tes, segundo informação transmitida
ao seu. presidente, o sr. dr. José
Joaquim de Almeida, por uma im-.
portante casa portuguêsa no Brazil.
A legataria f.i a senhora D. Ma-
ria Guilhermina Bernardes Baythe,
falecida no Rio de Janeiro em outu-
bro findo.
A Comissão Executiva da Assis-
tencia tomou conhecimento da dei-
xa, e encarregou o seu presidente,
sr. dr, José de Almeida, de provi-
denciar de maneira a receber se o
legado nas condições menos one-
rosas.
Louvando as piedosas intenções
da caritativa testadora, que faleceu
longe da patria, cumpre-nos salien-
tar quanto a Assistencia é merece-
dora da protecção de todos os bem-
feitores, pelos importantissimos ser-
viços que presta á luta contra a tu-
berculose,
———— OE — —
Preços dos generos, no mer-
cado de 16 do corrente:
Feijão branco, alqueire. 960 réis
» encarnado » . 88 »
DESP PER | Ep ED RE UTIL O
Grão, DAE RT 0 20
Milho, DES ass) 20 4
Trigo, NR DO er
Centeio, D 7005»
Batata, E PRO OO»
Fava s ES 4700
Ovos duzias, sspo o piada E ZOO:
Galinhas, cada…… DRT RRE A OR
RLrAn gos pa ne Reto PT O O
Coelho manso, cada…. 180 »
bravos mm ias 2 TOOL E
Perdiz, DDR NE IDO»
Cabrito, cada, 300 a… 5oo »
Queijos de ovelha, cada 220 »
» —daserra quilo.. 440 »
Castanha, alqueire….. 720»
Sardinha, cento 480 a… 700 »
Vinho, almude……… 1$100 »
Azeite, litroci. suo DO O RD
Carne | Toucinho…… 320 »
de Lombor.–d – igoorits
porco (Chouriço…… 660 »
Maçãs, quarteirão. ….. 60»
Pescada, kilo…. 200 »
Sal, alqueire…. 300 »
Couve, cada… 20 »
» para despôrcento 240 »
Nabos, molho……… 20 »
Leite; litro. s2=. oa tat 80 »
W—
DESPEDIDA
Alfredo Cordeiro e famÃlia, des-
pedem se de todas as pessoas das
suas relações da Certã, e pedem
desculpa de o não fazerem pessoal-
mente, falta esta motivada por ca-
sos de força maior.
A todas oferecem a sua casa em
Lisboa—R. da Bombarda 40-1.º
– ANTIGUIDADE
DOCUMENTO CURIOSO
(D’uma acta da sessão de camara de outu-
bro de 1761)
Relação das festas do Princepe
da Beyra
Festejou esta v.º da Certaã com
excessivo gosto o felecissimo Nasc.tº
do Princepe da Beyra Dom José fi-
lho Primogenito dos Serenissimos
Senhores D. Pedro Infante, e Grão
Prior do Crato e D. Maria Prince-
za do Brazil; p.*o quê concorreu to-
do o Povo, e Clero com generoso
animo, e liberal vontd.s, sendo con–
vocado p.º esta acção pello Dr. Juiz
de fora Bernardo da Silva, Pereira,
e Moura.
Tiverão principio os seus festejos
em quatro de Outubro, dia em que
a Camera, Nobreza, e mais Povo
deo ao Altissimo as Graças por con-
ceder a todo o Reyno hum Prince-
pé tão desejado, e suspirado: ado-
rando então ao S.â€Âº Sacram.tº ex-
posto no Trono da Igreja Matriz da
mesma v.º, e assistido de Musica
bem concertada; houve de manhaã
Missa solemne na qual pregou ao
Evangelho o R’Ҽ Dr. Fran. João
da Cunha da v.º do Pedrogão gr.
e de tarde pregou o R.º Fr Fran.â€
de s.t* Elena Franciscano menor do
Convento desta v;?, e ambos fizerão
por dezempenhar a sua occupação,
e nome.
Concluiose este dia com huã pro-
cição manÃfica, e sumptuosa, leyan-
do o SantÃssimo por todas as ruas
da mesma v.º hindo no principio
della huã esquadra de sold,“* de pé .
formados com Sargentos, Alferez,
Capitão caminhando a toque de cay-
xa; Alferez arrastando pellas ruas a
bandr.?, os sold.“* com clavinas na
mão huns vestidos a Mourisca com
turbantez, outros de branço com mi-
tras em que se divizava a crux de
Malta.
Seguião-ce logo varias fuguras de
cavallo ricamen.’º adornadas acom-
panhandoas m.’º volantes: Apr,” le-
vava na mão direita hum clarim cu-
berto com hum estandarte; no qual
se deyxava ver a crux de Maita, e
por bayxo este dÃstico.
FAMA canit totum que por orbem
Principis ortum husorum spargit:
prospera digna tuba
A 2.º levava na mão direita huã
esfera mathamatica, e na esquerda
hum escudo com este distico
AMERICA innumeras dat pro dia-
demate. gemmas: splendidior Prin-
ceps nomine facta trahit.
A 3: levava na mão direyta hum
arco com flecha, e na esquerda hum
escudo com este distico
AFFRICA subjicitur lusis, vult
foedera justa: cum juvant Puerum
Numina culta novum,
A 4.º levava na mão dir, hum
turibulo, ou perfume, e na esquerda
hum escudo com este distico.
ASIA nunc tribuit palmas novo
inclita Regi lotitia prostans hoc dare
dona cupit.
A 5.º levava na mão dir,†huã
grinalda de flores, e na esquerda
hum escudo com éste distico.
EUROPA exultans Puerum ve-
neratur amore: Austriaei soboles
gloria tota sua est.
A 6.º, e ultima levava na mão
dir. huã Certage com dés ovos den-
tro, e na esquerda hum escudo com
este distico
CERTAGO orbe triumphas fert
pro munere plausus ; est natus Prin-
ceps gúfdia nova patent.
Seguiace huã dança de varias figu-
ras com canas verdes na não, que
nas paragenz, que a procição fazia,
compunhão hum vistoso bayle.
Seguiadce de poes as Bandeyras,
Irmandades, e todo o Clero, e atraz
do Palio a Camera e toda a Nobre-
za, e em fim todos os soldados -Au-
xiliares formados em ordem, cami-
nhando a toque de cayxa: o Alferez
Capitaens e Sargentos, e cabos de
esquadra com as suas insÃnias cus-
tumadas, e os outros todos com as
suas armas de fogo; com as quaes
derão suas discargas ao sahir, € re-
colher da procição fazendo as genu-
fleçoens, e adoraçoens devidas,
Houve trez noutes de Luminarias,
nas quaes se admirão todas as ruas
vistosam.*º illuminadas.
Houve duas noutes de fogo, e es-
te foi em m.!! quantid.s, alegrando
a todo o povo pella varied.s do ar-
tificio com que era fabricado.
Houve duas noutes de encamiza-
das a que concorreo innumeravel
Povo, todos a cavallo com tochas
acezas na mão, vestidos de branco
admiravelm.’* ataviados, e formados
em “duas alas no fim das quaes hia
o Dr. Juiz de fora desta-v.º, e logo
seguia hum carro» triunfante, que
em cada huã das noutes foi diverso,
nos quaes se houvião armoniosas
cançoens que a Musica proferia ao
toque de. ajustados instrum.’†des-
ta sorte caminharão pelas ruas des-
ta villa, e nas paragens, que fazião
se repetião m,â€* obras de versos
Portuguezes e Latinos.
Houve trez tardes de Touros, que
se correrão de pé, no citio da var-
gea da mesma villa a que asistio
sempre o Ill.º Senado da Camera
em hum bem composto palanque,
@@@ 4 @@@
vorx’Do Povo
que tinha na frente do frontespÃcio
as Armas Reaes, e Crux de Malta,
-€ o maes povo se accomodou nos
inumeráveis palanques’ que compri-
endião toda a circum-frencia do di-
latado Terreyro, e estavão visto-
sam.’º adornados: no meyo do mes-
mo terreyro se tinha posto hum
mastro pintado todo; o qual tinha
no simo huã bandeyra com às Ar-
mas Reaes de huã p.’º, e da outra
a Crux de Malta cobrindoa por si-
ma a Coroa Real; e em todas as
tardes antes de se correrem os Tou-
ros houve diversas entradas de car-
ros triunfantes com varias e vistosas
figuras, Alcaneias e outros agrada-
veis divertimentos.
Emfim. acabouçe todo. o: festejo
com huã noute-em que se represen-
tou huã comedia com: aparencias de
bastidores, e tudo se coneluhio com
m.t quietação, e alegria de todo o
Povo, o que bem se manifestaya
nos repetidos vivas, com que ac-
clamavão o seo Filicissimo e suspi-
rado Princepe da Beyra, rogando
insesantemen.’s a Deos prospere a
sua vida, co deyxe. chegar a idade
adulta, p.* segurança, e gloria de
Portugal.
E por não haver mais que deter-
minar mandarão-se cumprisse é asi-
gnão. Eu Bazilio de Andrade de
Mendoça escrevi.
(aa) Syiva Faria: Silvas Alz.
eee
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do quarto ofÃcio, se ‘acha correndo
seus termos um: processo de expro-
priação por (utilidade publicas dos
seguintes terrenos: Dois mil seiscen’
tos> E quatro metros quadrados de
terreno “de mato: com “pinheiros e
uma oliveira sem mais encargo para
aFazenda Nacional; Mil etrinta e
oito metros quadrados de terreno
de mato ‘com pinheiros sei mais en
cargo:para a Fazenda Nacional: to-
dos’ para’construção do lanço das
proximidades: do: Sendinho de San-
to Amaro a Oleiros, na’Estrada Dis-
trital m:º 119 do Fundão por S: Vi-
centé da Beira à Certãe a Sarze
das, em que são respectivamente ex
propriados’ Antonio Gonçalves; ‘pro-
prietario; de Oleiros e Antonio João,
proprietario, da: Gaspalha; e nós
mesmos autos correm editos de dez
dias “que começam a contar:se des-
de a segunda e ultima†publicação
d’este anuncio no «Diario! do Go-
verno»; “citando todas e quaesquer
pessoas incertas que-se julguem com
direito a qualquer dos predios ex
propria 4 dos para dentro do alud’do
prazo vir deduzir em fórma legal o
seu direito.
Certã,7 de novembro de.rgit2.
O Escrivão
«Adrião Moraes David
* Verifiquei a exatidão
O Juiz de Direito
% Sanches Rolão I
João a Silva Carvalho
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ADUBOS QUIMICOS para a cul-
tura do TRIGO: e outros cereais;
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diante do comprador, tendo as sa-
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os assumptos. judiciaes niestad ou
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mado, encarrega-se do; tratamento
de arvores e plantas doentes, com:
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pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de) pender o di
nheiro e as sementes, pela acquisi:
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rio do Governo e: Rspass nácio-
naes estrangeiros.
Registo de propriédade Irtteraria,
artistica e industrial; registo de no-
mes, marcas, titulos e “patentes de
invenção.
Habilitação de pensionistas no
Monte Pio Geral é outros.
Diligencia sobre serviços depen
dentes . de todas as repartições pa-
blicas, secretarias | d’estado, mi
nisterios, consulados, e de todos os
bancos e companhias.
E†esta a primeira publicação no
genero, mais. Util, completa e eco-
nomica, até hoje apresentadano nos-
o meio, representando sem: duvidas
o maior auxiliador de-todos os cida-
dãos,
Correspondencia e poinpro lot
em; Francez, Inglez.e: Alle-
mão.
á
EMIA, FEBRES PA-:
LUSTRES OU SEZOES, TU-.
BERCULOSE E. OUTRAS,
DOENÇAS PROVENIENTES
OU ACOMPANHADAS DE
FRAQUEZA GERAL, recom-
menda-se a :
7 pa
EXPE FENCI S toitas por! “nus
R À meros clinicos,
nos hospitaes do paiz e colonias, confiram ser
otonico e febrifugo que mais sérias garantias;
offerece no seu tratamento. Augmenta a nutri-
ção, excita fortomente-o apelite, facilita’a Es )
gostão e é muito agradavel ao paladar,
& Grandes’ premios e medalhas de ou-.
ro nas exposiçõe de: LONDRES, PARIS, |
ROMA, ANVERS E GENOVA–BAR-
CELONA.
“MEMBRO DO JURY — & mais alta)
recompensa.
Justrucções em portuguoz, francoz B Anglez.
* Aâ€venda nas boas pharmacias,
Deposito na RR Sea da oLU-
CAS — CASTELLO BRANCO, Pharmacia RO-
DRIGÃO. Deposito ‘geral:; Pharmacia Gama,
O. da Estrella, 118 — Lisbon.
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em qualquer freguesia-do concelho.
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CERTA
PEDRO O ESITETE peâ€
ALFAFA TE as cera
Fatos, para homens e rapazes, em todos os generos. E
Preços modicos
“PRAÇA DA REPUBLICA‡A DA REPUBLICA