Voz da Beira nº38 26-09-1914
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ANO 1º
REDATOR PRINCIPAL:
Eyuctuoso Pires .
o ADMINISTRADOR :
“A. Pedro Ramalhosa
— EDITOR:
J Santos e Silva
“Redação e ddmiaisiraçãos
Ba Br. Santos Balente
SCERTÃ
É Assinaturas
: – Ano, 15200 réis; Semestre, 600 réis
Brávi, trap) 59000 rs. Avulso, 30 rs,
oa ade da Empreza af Voz da Beira
Nrrrian o ps
CERTA, 26 DE SETE
Dog
DE 1914
ELAS
DANE <r
“MENÇÃO
SEMANARIO
INDEPENDE
Ee DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA
: PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA mixenva ceLINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ
ANO AGRIGOLA
– “Sorri grata, aos nossos lavrado-
res, a esperança d’um bom anno
economicos
Depois de alguns annos de co-
Jeita duvidosa, entre os quaes o
ultimo sobrelevou a todos em ca-
restia de fructos de primeira neces-
sidade, deparou- se-nos finalmente
um anno compensador.
Os pães de pragana, no dizer
Jaconico do povo, fundiram bem.
“Tanto importa o trigo, como o
“centeio e a cevada gradaram bem
e as eiras não desmentiram as es-
peranças. dos lavradores.
-O.trigo, que se vendia já a 900
réis baixou: até 600 réis e menos
-pelo alqueire, depois da nova co-
lheita.
Muitos, Javradores que” ainda |
“tinham as arcas atuchadas, na nai-
-ra da ganancia, tiveram, bem con-
tra sua vontade, de se resignarem
-m esta baixa-de preço. .
‘O gorgulho, talvez ainda mais
do que a fartura ou generosidade
“para com o publico, Forçou- -08 dy
“deitar fóra por. todo o dinheiro, es-
– sas reservas criminosas que só Ser
viram para avolumar a crise ali-*
– menticia por que passamos.
Muito superior tambem á ex-
“pectativa, está sendo à culheita do
E rt ‘Panto os de sequeiro como”
“ de regadio, mercê do anno
sa e-do inverno bastante “hn-
vOBO, desenvolveram- se exuberan-
| temente, por toda à parte:
Õ aspecto, geral dos campos
E apresentava-se o mais lisongeiro
“possivel, convidando agradavel-
– mente, desde o principio o fim,
7 “todos os amanhos.
“As Delas veigas das nossas ri-
beiras, até onde. as levadas de ir-
rigação são a s; 0 mimoso
— Vale de Percorvo e outros onde as
— xegas se fazem por meio de pico-
tas e engenhos; os quintaes e as
.«encostas secas dos montes, tudo
“smpresentava o aspecto encantador
vergeis le frescura e encanto:
À deusa Ceres sorria generosa
“por toda a parte’e o povo, o bom
povo simples das nossas aldvias,
“festejava em desen antes apropri h-
“dos a grande promessa de fans
fura com que a + aaa i
“vinha acenando, — dios
raças : a Deus que mem a pro-
dA falida nem. as «esperan:
ças am goradas, Os. eirados
abatrotam de grão ao so); muitas |
“areas já estão ab pare eo eat É
E o ces de cortespon-
E Bugio
vezes sucede. de ter mais medidas.
Alguns ha que contam moios a
mais, entretanto que a maior par-
E este estado de abundancia ainda
não terminou,pois ainda ha campos
intactos, os serodios, as revoltas
etc… que muito irão augmentar
o sobrecelente do unno alem. do
já colhido.
Promette tambem ser generosa
a colheita da azeitona.
Os olivaes das terras baixas,
principalmente «das que tem sido
amanhadas,vergam já ao pezo dos
fructosy diu a dia nais desenvolvi-
dos.
Se algum contratempo não vier
destruir esta seductora esperança,
em que o povo tem depositado o
| melhor penhor d’um anno farto, é
crivel que todos:se deem por sa-
tisfeitos e bem pagos dos seus tra-
balhos agricolas, mesmo a et
sto da falta de vinho.
| Poi esta a uaica colheita que
por cá falhou dando a nota triste
meste quadro formoso..
Na generalidade a produção vi-
nigola será inferior a um quinto
da do ultimo anno.
Valer-nos ha w lei das compen-
sações pura alívio Veste mal que
wuito maior » afectas-
se um genero de primeira neces-
sidade,
Sendo a agr rate a base so-
[bre que giva toda a nossa vida |
comercial, e porque outra” riqueza
poderia ser
| não temos al da que nos vem |
dessa arte Pagto du Fudeje do
so povo, justo é PRM regosige-
mos com a satisfação: que vae em
todos os lares, por verem os seus
trabalhos premiados pela abun-
dancia.
Visira Guimarães
Acompanhado de’s exm. espo-
se do sr Antonib Angaásto das
“Neves, secretario da Administração
sr; dr. Manoel Vieira Grima
de Phomar, antigo deparado da
“nação e professar liceal em Lisboa.
S. ex que traz em mãos uma obra
sobre a vida de D. Nimo Alvares
“Pereira, nosso “historico conter-
à raneo, visitou algums Togamtes que
prendem á biogruphia daquele
stre varão, procurando coligir
para 0º seu! trabalho. *
“Camara Municipal
* bi falta de numero não reuniu
esta semana a comissão executiva
4 A ARENA Mgpisgha,
“em Thomar; esteve nesta villa 0]
te conta o augmento por algneires.
a t ! “Limpeza
He de tropas, jufantaria,
| da Camara agricola…
Coisas & loisas…|
Afinal-não foi de todo perdido o tem-
po que gastámos a iembrar a conve-
niencia de olhar pelo estado em que se
encontrava o lago do Adro,
La está limpinho que é uma beleza.
Assim alé dá gosto a gente gritar
pelo homem da limpeza. Porque, ver-
dade… verdade, não nos é nada agra-
davel repelir estas coisas todos os dias.
As.ecarroças
Voltam a fazer paragem ali na rua
Serpa Pinto as taes carroças. Não ha
maneira de fazer compreender a esta
gente que as ruas são para o transito.
Já não apelamos para a Guarda Re-
publicana porque é o mesmo que es-|
tarmos calados. f
– Com [ranqueza! A Certã d’aqui a pon-
co está peior que o Chão da Forca.
Eleiçõee
Já se não fazem no dia primeiro de
novembro as decantadas eleições.
E mais um compasso de espera.
E o Zé Povo mortinho por aquele dia
de patuscada!
Pelas escolas
Foi à assinatura o decreto converten-
do em mixta-a escola do sexo feminino
da freguesia de Palhaes.
Eropas para o ultramar
No dia 1 de outubro seguirá: para a
| provincia de Angola um nuvo contigen-
cavalaria e ar-
Llharia.
aceita de nona ;
Durante a semana finda houve em al-
gumas fontes da vila grande falta de
agua.
A fonte de S. Sebastião esteve diuran-
te aleuns dias sem deitar, e outro tanto
sucedew à do Terreiro e Adro. +
A da Boneca, essa só de” inverno,
quando o enxurro corre na valeta. é
que deita.
Bairro do Cabeço
1
Nem ruas, nem candieiros, nem lim-
peza. À viela, que do largo da fonte para
ali conduz, é uma Nasa, escorregadia
em plano inclinado. Quando chove não
«ha por onde passar à pé enchuto, tem-
se de arremetter com a valeta, tão es-
treita que os beiraes a cobrem.
luminação, tema dos astros; limpe-
za, a das tempestades.
Quando chegará a hora de fazer ini-
gressar este bairro no goso. das como-
didades da vila?!
Alviçaras
-Dão-se aquem nos disser o paradeiro
Tão novinha se perdeu que receia-
mos | que tenha sucumbido de inanição,
à falta de disvelos protectores.
E” o caso de que coisa A não se
ao “a mesta terra,
Anuncios
Na 3.2 e 4.º paginas cada linha, 30 réis
N outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restituem os originaes
| Ponte da Carvalha
Estamos a. dois passos da epocha
das chuvas e que nos conste ainda não
foram tomadas nenhumas providencias
sobre 0 concerto da ponte da Carvalha.
A não se atender a este serviço, an-
tes da ribeira tomar maior volume de
aguas, só para o anno tornará a haver
ocasiao d’isso.
Até lá quem sabe como se portará o
inverno que nem sempre está pelos
calculos dos homens.
Quelha das Regorices
Dizem-nos que a Quelha. das Regori-
ces está num estado verdadeiramente
iomundo.
Iremos ver, para falarmos de cadeira,
mas até lá vamos lembrrndo o caso ao
sr. Vereador encarregado da limpeza da
| Villa.
‘Huminação
Continuam os candieiros da ilumina-
ção publica da vila, com rasoavel apa-
rencia de dia, mas à noite é que se
vê que ba muita falta de cuidado, Uus
não se acendem, outros embora acesos
não dão o resultado d lo e outros
esperam limpeza para deixarem passar
a luz atravez os vidros que la seculos
não veem agua.
Com vista a quem competir.
| “ Ja
| xe
| Foram celebradas no dia 19,
| na egreja matriz desta vila, sole-
nes exequias sufragando a alma
| do venerando pontifice Pio X.
Presidio o rev.” areipreste que
oficiou á missa, com a assistencia
| de bastante clero do concelho.
Às absolvições foram. feitas pe-
[dp rev arcipreste, padre: Antonio
Barata Dão, da Ermida; padre Jo-
sé Dias, do “Pr rovistal é padre Ra-
malhosa.
Ramalhosa, À estante for ocupada
pelo rev.” Mattos, de Pedrogam
Pequeno e padre José Dias.
Providencias do ministerio da
justiça
Dizem os jornaes que vão ser. publi-
cadas pelo ministerio da justiça diver-
sas providencias sobre a obrigação dos
magistrados e funcionarios. judiciaes re-
sidentes nas sédes das comarcas;soh 6 o
trajo a usar no exercicio das funções,
em harmonia com a Novissima Reforma
Judiciaria; sobre a organisação ar ru-
mação de cartorios, sobre; a criação do
cadastro de todos os. magistrados. fun-
cionarios dependente do ministério da
justiça, do qual constarão todas as no-
las biografi-cas, queixas, castigos, Iou-
vores. serviços, etc., de forma avaliar-
se, por uma simples inspeção dos. me-
– recimentos de cada um.
Achamos cunventente estas providen-
cias, desde que sejam pone da pau
“igualdade.
a o Eotenot (27%?
A 88 gia
A” missa ao nr ram Os rev.”
Domingos, do eçudo e padredre
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slegio
“o
«das Missões
“Sernacko Bo Bomjardim, T7-0-914
Sur. Redactor da Voz da Bewa:
endo-se publicado mo meltimo |
gen do «Eco da Beira» am
go intitulado A EGREJA DO ‘COLE-
10 das MISSÕES “que nasua cexposi-
ção de factos não traduz a expres-
-são da verdade (o que não .admi-
ra pe’os variados e multíplices mis-
teres do articulista),
a fineça de publicar mo seu aore-
«ditado semanarioa «exposição que
Junto envio, não para’manter ‘po-
lemica sobre o caso, porque reco-
anheco o supposto direito do forte,
«mas para restabelecer a verdade
«que preso acima de tudo e que é
preciso tornar patente ao publico,
Sobretudo de Sernache.
Por tudo dhe fica summamente
grato o . à
| “De Voetes: q
“ap ‘ RP! Qutonio Bscnardo
Revendo os mens apontamentos, onr
de chronologicamente registo Jactos des-
de 1893, cncontrei um relativo à -egre-
Ja em questão, facto que foi consumado
sto de 4913, apozar de já
do o seu encerramento ao
cção “do “Colegio. já pela
e do Reilor no exercício
dens sacras, já porque o
-signatario d’esta fez uma pequena de-
“voção à Missa do primeiro de maio do
mesmo anno.
Em virtude do occorrido, dirigi-me a
«casa do sr. dr. Abilio Marçal, pedindo a
sua interferencia no caso, no sentido de
consegnir em beneficio da freguezia de
Sernache as imagens e demais objectos
de culto, desde que não fosse possivel
a entrega ou amegdamento do templo.
Bepois de varias considerações de ca-
racter patriolico, assenton-se em fazer
subir à respectiva secretaria dEstado
uma representação da Junta de Paro-
cuia, cujo destino desconheci por muito
feinpo.
Após as ultimas eleições camararias,
pediu-me o mesmo sr. dr. Marçal para
fazer parte da actual Junta, ao que an-
nui, medimte a recomendação já feita
sabre o destino da Bgreja.
Tudo foi correndo sem uma solução
suisfatoria, projectando o Direclor do
Colegi e Valente da Costa, ora aplicar o
“templo a escola d’artes e ollicios, ora a
biblioteca useu, sendo esta a genial
ideia que O aclual Director aproveitou,
segundo indicações superiores. (Sic).
Perdidas estavam as minhas esperan-
ças de vi Er ageregado à Bgreja Matriz O
ArAHO HH COB idos Rá uia Boa
fé, dcredites sempie quê o acutal Diree-
tor, pela sua situação especial e de pa-
triota dedicado, envidaria todos os és
» forços para ser util à sua terra, desfa-
zendo assim más impressões, que me
=pareciam contrarias ao seu caracter.
Puro enganol…
De longe vinha a preparação para a
transformação do colegio. quando em
Maio e Junho ultimos chega ao meu co-
nhecimeniq a acção demolidora do ideal
religioso no refevido templo.
“A maioria dos semachenses vit com
grande pezar este facto, mas ninguem
“ousava reclamar.
Pela minha parte, ainda pensei n’uma
segunda representação da junta, mas
desisti imnmediatamente ao saber que a
“inagem de N. S. da Cone havia si-
do dada ao honrado capitalista desta
“Tocalinade, snr. Izidoro de Paula Antu-
ves, preferindo-se desta forma as con-
veniencias particulares ao desejo quasi
“ geral da população representada numa
“eultectividade,
Soaram logo as disposições de s. ex,*
“e alguem de freguesia lemitrote vem ao
meu encontro.para coadjuvar uma pre-
tensão louvavel, aconselhada pelo Dire-
elor dosBolegio.
* Recusei-me, ‘como é natural, porque
não podia interessar-me por freguesias
““extranhas a Sernache, estando penden-
“te uma representação com informação,
avoravel,
rogo a DO. |
SAIA
VOZ Dá Sulda
As «evasivas e expedientes usados nº
esta questão convenceram:me da ine-
cacia das minhas tentativas e da Junta.
Desisti pois de tocar em tal assump-
to e, mostrando-me deseritendido, limi-
tei-me apenas a pedir ium confissionario
para a capela de Santo Antonio, quando
soube que um se havia imatilisado e ou-
tro estava cedido ao sr padre Ilerminio
para… galinheiro “ou pombal, «como
– constou e eu vi confirmado.
Suprema irrisão!. «x
‘N
e «que muito preso pretendem algumas
-alfaias para a sua freguesia, sordo então
“que «o sr. “dr, Joaquim Correia Salgueiro
se me dirige no sentido de conciliação.
Bra tarde. Trocames algumas impres-
-sões, bem tristes, de careoter intimo, .
sobre ocaso, mas terminei por dizer-
lhe que jnlgava-o assumpto Tignidado.
“Gonhecida a aninha intrapsigencia e
para cotorir-se a maneira de salisfazer
quasquer pretensões que podem ser re-
tribuidas, lançou-se mão do expediente
indicado no referido erligo, a fim «de
proteger as fregue zias ciroamvizinhas.
Na verdade, é uma nota sympatica
para quem não conhece à fórma-como-o
assumpto se tractou, e principalmente
quando é visto atravez o prisma por
que-se descreve no «Echo da Beira,
Bra preciso insinuar no avimo dos
sermohenses que era eu o unico culpa-
do no malogro da modesta e simpatica
pretensão; eta, sendo este O facto prin-
cipal por que me insurjo, venho repel-
lir por este meio a imfúnia torpe que |
se pretende lançar-me em rosto.
Felizmente, nunca uzei de protessos
tão baixos para declinar as minhas res
ponsabilidades. O meio a que nos diri-
gimos conhece muitissimo bem as qua-
lidades de cada nm, e portanto elle que
nos julgue.
O meu proceder m’este caso, com a
circunstancia de apoiar in Jimine e pu-
blicamente a carta do missionário, que
me parece incompleta, provocou este
desabafo infeliz, que melhor seria con-
ter-se,
Se aqui estão mea pecado, direi com
a maior salisfação: Ê
«O Felix culpal…
– Não confundamos, pois, criticas com
injarias é fagamos por evital-as.
2: Antonio Bernardo
— ee o a eme
Martins Cardozo –
Tivemos o gosto de ver na
Certa, o ilustre senador sr. Mar
tins Cardozo, nosso prezado con-
terranco.
— aaa
Bodo aos pobres
Uma comissão composta de al-
gumas praças da Guarda Nacional
Republica Brotigve, por ibio d
subserição publica, um bodo aos
pobres nesta vila, no dia 5 de ou-
tubro proximo,
NELXSXTVA.
Consta que no proximo dia + de
outubro visitará esta vila a Filar-
moniva Gualdim Paes, de Tomar.
Dará concerto de manhã na Pra-
ça da Republica e de tarde em Ser-
nache do Bomjardim, onde haverá
recita por amadores d’aquela so-
ciedado musical,
gn
Tiro aos pardaes
Os caçadores da Certã lembra-
ram-se agora de transformar o
Adro em escola de tiro, tendo; por
alvo os pardaes. 1
Ora este divertimento, á parte
do improprio do local que se tem
na conta de jardim publico, pôde:
trazer-nos alguns desgostos devido
á imprudencia ou falta de cuidado
dos caçadores, Re
sta-altura, “um cavalheiro «fistincto |
Secção literaria
pUudDBAS
Eu vejo-te rir e penso
Se sempre rirás assim
Eu tambem já ri outr’ora
— Agera sofro sem fim
Serum dia tambem sofreres
Será tarde, mas embora
Eu hei-de então recordar-te
Esse meu riso doutrora. ..
J. Silva
BASES
CARTA À MADEMOISELLE..,
Minha querida amiguinha:
Começam a cahir as folhas das
arvores amarelecidas pelos ardores
do estio. Bate-nosá porta o melin-
colico outono, precursor P’um tris
tednverno. Pagiram as andorinhas,
Os regatos calaram os seus mur-
murios para ouvirem, silenciosos,
as canções das camponezas em noi-
tes de desfolhadas.
A epocha estival, minha ami-
guinha, foi este ano mais triste do
que n’estes ultimos quatro anos.
“Pisam-se os mesmos passos, cor-
rem-se os mesmos logures, mas a
frequencia é é menor este ano, À’
noite, ali na praça, meia duzia de
senhoras repetem à luz da lua o
que disseram na vespera, Os bai-
les no club raras vezes são bastan-
te concorridos e a fonte da Pinta…
faz tristeza, minha amiguinha! A’s
vezes quedo-me a ouvir os seus la-
mentos. À pobresita passa horas e
horas a queixar-se às pedras do
abandono em que a deixaram
aqueles de quem ela guarda tantos
segredos d’amor, e os que ali iam
mui cêdo, de manhisinha, pedir-
lhe inspiração para tantas poesias
que o tempo ingrato apagou… As
violas perderam a fala e não ha
quevi as faça gemer em noites de
serenatas!
Como a Certã está triste, minha
amiguinha!
Tantos que não vieram este ano!
Uns porque não puderam, ontros
porque quizeram procurar n’uma
praia encantos que se não encon-
tram aqui: E dos poúeos que vie-
ram já alguns começam à levan-
tar o vôo como as nossas lindas
andorinhas.
Eu não ficarei tambem.
Não quero assistir á furia de-
vastadora do vento, de braço dado
com as chuvas impertinentes.
Não quero ouvir os gemidos das
avesinhas sem pousada. Não que-
ro ver o triste espetaculo dos nos-
sos campos invadidos pelas aguas
das caudalosas ribeiras, Mas, antes
de partir, quiz transmitir-lhe, minha
gentil amiga, us impressões que le-
vo d’este verão passado na Certã.
Porque só agora me lembrei de
si? Sei lá! Talvez porque começa-
ram a cahir as folhas seccas das
arvores, como caem, a pouco e
pouco, as ilusões da nossa vida. |
E” assim o presente, o passado
Jamais volta e o futuro é um pon-
to de interrogação no horisonte da
nossa existencia.
Aqui tem as impressões do seu
velho RaniçO, | oi AR
Certã
Y. Silva,
AGENDA
Regressou já a esta vila acom-
panhado de sua esposa o nosso
querido amigo e colega da reda-
ção sr. Fructnoso Pires.
—Para Colares, onde tenciona –
demorar-se algum tempo ” saiu,
acompanhado de sua familia, o
ar. Antonio Ricardo Mathens Fer-
reira.
— Acompanhado de sua esposa
estã nesta vila o ar. Raul Mar.
tinho.
—Com demora de alguns dias,
encontra-se na Certã o sr. Manuel
Nogueira e esposa, de Lisboa.
— Esteve na Certã o nosso
assinante gr. À, P. Gomes.
— Tivemos o prazer de ver n’es-
ta vila o sr. José Domingos An-
tunes. d’Abitureira.
—Com sua familia está na sua
casa no Nesperal, o nosso assinan-
te sr. Alfredo d’Oliveira Pires, so-
cio da importante firma da capital
Empresa Valle do Rio,
—A passar alguns dias sain
para Alvaro, sr. Eduardo Barata
Correia e Silva.
“ —Com sua esposa e filhos, saiu
para Elvas o ar, de. Abilio Mar-
çal, de Sernache.
—À fazer a sua epoca balnear
sahiu para a Figueira da Foz, com
sua esposa e filho o sr. José Joa-
quim de Brito, de Sernache.
—De passagem para Oleiros
vimos na Certã o nosso amigo
sr. José Antunes Pinto, lente do
Instituto de Agronomica e Veter-
naria,
— Para a capital e de lá para as
Caldas da Rainha, sahiu ha dias
o nosso antigo, ar. Celestino Men-
des.
—Está já na sua casa na Var-
zea dos Cavaleiros, o sr. padre
antonio Sequeira,
—Durante a semana vimos na
Certã os nossos prezados assinan-
tes sra: padre Manuel Vaz, Anto-
nio Manso, Joaquim Nunes Cor-
reia, João Afonso, José Antonio
Lopes Parente, Joaquim Vicente
Farinha e José Manuel. E
—Com aua esposa e filha, foi
passar alguns dias em Oleiros o
nosso assinante sr Eugenio Lei-
tão.
RM vingem de Fecho foram
de automovel à Castelo Branoo na
passada segunda-feira, os nossos
assinantes grs, João Joaquim Bran-
co, João Cristovam Gaspar, José
Nues e Silva e Eusebio do Rosario.
Aniversariost
Fizeram annos:
No dia
Franco.
No dia 25 o &r.
220 ar. Maximo Pires
José Queiróz,
Faz anhos:
No dia 30 o sr. João Pinto
d”Albugquerque
[[[“”JJ[ÕÃ…oooo
coRSBIO. 4
Pagaram a suá assinalura os nossos
assinantes srs: João dos Santos, de Kin-
chassa, padre José Francisco, José d’Oli-
veiva Tavares, Carlos P. Tasso de Figuei-
redo, Vivaldo Xavier dos Santos, Adeli-
no N. Marinha, D, Ignacia Vidigal, D.
Eugenia Leite Vidigal, Angelo Vidigal,
Antonio Nunes e Silva, (de Lisboa), pa-
dre José Vicente Lerias. João Antunes
Vila, padro Alfredo Fernandes Alves.s Alves.
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VOZ DA BELDA
Pensem n’isto os povos dos dois con
celhos e unam-se as boas vontades se
as ha para tamanho interesse comurn.
— Regressaram de Salamanca, de on-
Correspondencias
Zangaria 24-D-O14 srs. padres João Pinto Neves, João José
em breve desapareceram da eireu-
lição. +
Depois começaram a aparecer
8 que vinham só ao jantar. Pri
meiro o dr. Bartolo que teve para
“ a E
Uma pestaria no Soeiro
A partida estava marcada para as
* 7 horas. Muito depois das 8 apa-
receram os ultimos, e só ás 9 hora
«estava em marcha o batalhão vo-
lu ntario.
A? frente as meninns envergam
do quasi todas, toilet:s brancas –
chapeus guarnecidos d- fitas de va-
rias côres; depois iam as senhoras
casadas e os cavalheiros. À certa
altura o caminho começou a ser
“estreito e tortuoso e o batalhão
formou em bicha, descendo os va-
les e trepando as encostas, Ox’
mais timidos agarravam-sesás gies
tas. Alguns faziam equilibrios di-
ficeis que provovavam as garga-
Jhadas. A mocidade ria e cantava
emquanto os mais maduros limpa-
vam o suor.. E” que o sol começa-
va a aquecer e nós, por mais que
alongassemos a vista, não conse-
guiamos vêr o Boeiro.
O terreno começava agora a ser
mais acidentado.
—E’ ali—disseram alguns.
Com efeito lá em baixo, á som-
bra das oliveiras, repoisavam os
primeiros da fadiga da-viagem,
– Era cédo para o almoço, mas a
mão do destino colocou aluna ces-
ta de figuinhos da capa rota que,
rodos um amavel sorriso; uma ho-
ra depois o Emidio e o seu chapeu
de sol, em. seguida o dr. Corrêa
em fato de viagem e o Henrique
Moura! com o nosso conhecido pa-
namá.
A D. Izaura aproveitou a oca-
siio em que todos estavam descui-
dados pura fazer exercicios de
equitação, operando prodigios de
equilibrio sobre a albarda d’um
desgraçado burro.
Quando o sol começou a filtrar-
se por entre os pinheiros do monte
que nos ficava sobranceiro, foi
panunciado o jantar. ;
Procuraram-se umas pedras, co-
locaram se sobre elas umas taboas
e as senhoras sentaram-se, não sem
receio d’alguma cantbalhota. Aqui
e acolá havia grupos interessantes.
Ali um grupo de pacatos presidido
pelo padre Ramalhosa. Além á
sombra de uma oliveira o Bernar-
do, o José Nunes, o Neves e o pa-
dre Farinha que, de joelhos, sabo-
reavz um bom prato de sopa de
Foi abundante a colheita do milho | Alvares de Moura, Pedro Lourenço Via-
nestes sitios, 7 na e Acacio Mendes.
E” estassa a vindima. —Bntrou em frança convalescença,
Tem continuado causando enormes | com o que muito nos congratulamos, o
prejuizos no gado suinó a doença do | sr. dr. Eduardo de Castro. hahil facul-
mal rubro. Ha povoações onde não fica | tativo municipal deste concelho.
um. —Bsteve em Abrantes, a tratar
— Regressou da Calvaria o sr, José
Antunes,
—hetirou para Venloso o sr José !
Camarão
— Está já na sua Quinta o nosso pa-
dos
seus negocios, o sr. José Joaquim de
| Moura Neves, importante e conceituado
t comerciante mesty vila.
| —legressou à sua casa desta vila,
‘ acompanhado de sua ex.P* esposa, O gr.
tricio Camarão, tendo chegado ha dias | Bernardo Heitor de Deus, importante
no seu belo «automovel.» Ê | proprietario e capitalista.
—Desceram de preço as fritas, le- | sSabiu ha dias para à capital o sr.
gumes, hortaliças várias, frangos ete., | José Henriques Alves Fróes, importanto
com a competencia que à «Casa Porte» | proprietario n’este concelho e Capitalis-
está fazendo, levando a «alguns» domi- | ta,
cilios varios generos de alimentação, | Esteve n’esta villas sr. José Nunes
por preços que nos dizem baixinhos. | Tavares, inteligentissimo professor ofl-
— Está reedificado o «Pombal» que | cial Festa freguczia e rico proprietario
se fez d’um confissionario, a que por | na Matigosa, G.
escarneo, troça e banditismo dos demo-
lidores d’um templo sagrado, ouvimos
classificar de «arca de mentiras» aos
mesmos que p ahi, numa folha da
capital, arvotavam esperguipadelas de
respeito por objectos de culto. .
Vila de Reí, 29-0 artigo
de fundo da Voz da Beira de 12 do |
corrente, que trata da necessidade de |
Rs
SEcãO
Venda de propriedades
Por motivo de retirada vendem-se as
seguintes propricdades:
peixe. O Emidio ficou de pé para
| poder dizer coisas u todos os gru-
momentos depois, tinham dado a | pos,
alma ao Creador.
Como aquele sitio fosse distante
“do logar onde andavam os pescado-
res, a caravana levantou arralaes.
Atrayessaram-seumas hortas, salta-
rani-se Uns muros, passou-se uma
ponte, arranjada. n’um momento
“pela secção de engenharia de que
nos fizemos acompanhar, e. depois
d’um pequeno trajecto, estabelece-
mo-nos difinitivamente n’um olival
junto da ribeira.
Cada qual procurou o logar que
mais lhe convinha; alguns cava-
lheiros arranjaram logares para as
senhoras e, como o gol já fosse al-
“40 deu-se principio no almoço.
* Começou-se pelas empadas de
«frango. O acaso levou ao prato da
D. Luiza uma empada com tres
corações. Que abundanceia!
A D. Conceição andava arrelia-
da por ter de começar o almoço
pele fim, porque não tinham ainda
aparecido as creadas com os ou-
tros pratos. :
Receiando que tivesse sucedido
qualquer fatalidade às raparigas,
a D. Elvira serviu-se de tres em-
“padas.
O aparecimento das guapas mo-
coitas foi saudado com palnias, Vo-
‘dos comeram com apetite.
Terminado o almoço, começa-
ram os jogos de prendas e canta-
ram-se algumas canções. A D,
Fausta fez trinar o bandolim que
o Silva pretendeu acompanhar em
viola. A juventude alegre e descui-
dada dançou e cantou animada-
mente durante algumas horas,
– Começava à pesca ali, perto de
nós e quasi todos partiram para a
ribeira. Algumas senhoras, sultan-
do de pedra em pedra, foram sen-
ter-se n’nma rocha onde permane-
ceram até que alguem digse;—Va-
mos embora, minhas senhoras,
porque os pescadores não andam á
vontade, cid ) R
“Voltaram. aos acampamentos,
sentando-se aqui e acolá a ouvi-
rem um terceto que cantava pela |
decima vez o fado Maria Vitoria,
– AD, Conceição mundou-nos re-
trescar com algumas melancias que
pd
Um pouco detraz das senhoras
tomou logar o dr. Bartolo. O dr.
Corrêa queria despejar ali os ós-
sos porque. dizia ele, eram ali as
trazeiras do predio,
O Fernandinho e o Milheiro
apareceram na altura do. coelho
guisado. O Wernandinho explicou
a demora pela dificuldade que te-
ve em abotomr o colarinho engo-
mado. O Milheiro não se quiz dar
ao trabalho de explicar nada, in-
vadindo imediatamente a cosinha.
O dr.
eclipsado com uma oliveira, onde
afagava carinhosamente os pratos
que pela segunda vez ali passa-
vam.
Todos comiam com apetite
egual, senão maior, ao do almoço.
A D. Luiza, a D. Fausta e o
Silva tocaram os cópos n’uma sau-
de pelos presentes e ausentes. N’es-
ta altura, os labios duma d’estas
senhoras soltaram um suspiro aba-
fado pelo murmurio da ribeira,
Era já tarde quimdo acabou O
delicioso jantar; por tsso aprovei-
tou-se o tempo para se dançar aim-
da algumas vulsas.
O Emidio lembrou que antes da
partida se fizesse uma saude ao
João Branco. Todos aplandiram e
ele ergnendo o copo disse que sim,
que o João Branco era boa pessoa,
que os pitéus estavam bons e que
agradecia em nome de cavalheiros
e damas, go
O padre Farinha em voz pausa-
da e gesto largo disse á Herculano;
— — Trinta anos são já passados
depois que eu te conheço João,
eto., etc. Terminon por beber á
“saude de João Branco, da esposa
e dos meninos.
O A. P, Gomes não quiz ficar
caládo e, erguendo o cópo, disse:
—Que saudava as senhoras por
nos terem dado a alma — perdão |
—por terem dado alma a esta festa.
Aplausos de todos os lados e a
partida começou.
“Aquela nuvem de gente esten-
dia-se pelas encostas dos montes,
formando um carreiro de formigas
de varias côres
Vieira Guimarães ficou |
Uma casa nova, grande, confortaval,
com dois andares baslante espaçosos duas
magnificas lojas que rendem anualmen-
efetivar o antigo plano de estrada |
[te duzentos e quarenta escudos, com
para ligar este com esse concelho, cau-
| sou n’esta vila a mais agradavel impres-
são, Convinha aos povos W’este q d’esse
concelho, uma estrada que fizesse de-
saparecer para sempre as dificuldades
que temos quando 03 ribeiros enchem,
não nos permitindo a passagem sem
risco da vida.
A estrada que hoje nos liga à estação
| ferro-viaria de Alfervarede fez conver-
| gir para ali todo o movimento comer-
cial, e para Abrantes facilitarã o desejo
de que nós ali pertençamos judicialmen-
te, se são verdadeiras as considerações
que sobre o caso lez ha dias um jornal
abrantino.
Se a estrada para aquise fizesse, p
diam os povos d’esse concelho servir | de mitos. MA
| se pela estação de Alferraredo como a |, Uma propriedade nas margens do rio
mais proxima da Cerlã, e assim justi- | Lezere, it Boug avessada pela estra-
ficamos a usserção acima feita de con da que liga o toncelho da Certã com o
| arrendamento a praso longo. Alem disso
bem situada no centro de Sernache; fren-
te à pra
Uma horta de bom rendimento com
uma boa é grande cha e bastante agua
corrente, boa vinha, olival, boas sobrei-
“ras. souto e abundancia de mattos.
Uma cerrada tambem de bastante
rendimento pelo seu belo arvoredo de
pomar, vinha ce hbôa terra de semenda-
ra. Tanto a horkt como a cerrada ficam
juntas a Sernache.
Oito olivaes mi freguesia do Nesperal
“com hôas oliveiras e grandes testadas
vir mais à esse que a este concelho | de Figueiró dos Vinhos, FAS “e
uma boa via de comunicação. | moradia, pinhaes, abnndancia de matos,
Volivaes, sobreiros, uma grande vinha
— RE | com vinte mil pés e uma grande mata
Marchava-se ao som de varias | de encalyplos (cincoenta milheiros), al-
canções. Os moradores. do Chão | FRA aproveitavels, servida pela es-
e od ras eds
da Forca, alarmados com tal gri- | trada macadam.
SIR VioE RE uloando Vende-se tudo englobado ou cada pre-
ata, Metum à juncia JuSando | qio de per si, por preços modicos, visto
que se tratava dalguma invasão | 9 motivo expóslo.
de cossacos, A tractar com Pilipe Leonor Sernache
Entrámos na Certã já de noite,
do Bomjardim.
cantando os rapazes versos á Ina
que se não disnou apireter. Na
vetaguda daquela, avalanche vi-
nham as creadas cantando alegre-
tuente.
A” porta do amigo João Branco
fez-se a paragem,
Os muis apressados fizeram as
despedidas, os outros aproveitaram
o convite da D. Conceição pata se
dançar. As mezasda casa de jantar
desapareceram como por encanto,
o bandolim toca, à viola geme e a
mocidade dança. E assim, numa
alegria incessante, o baile dura até
“depois das dez horas.
Saíram todos penhoradissimos
pela maneira franca, despretencio-
sa e amavel como à familia; Bran-
co, e em especial sua esposa, se
houve para com todos os que us-
sistiram a esta pescaria, ou antes
a este pie-nic, onde se reuniram
mais de cento e vinte pessoas, en-
tre as quaes algumas familias de
Lisboa, levando todos desta festa
as mais gratas recordações.
Agradecemos o convite que ama-
velmente nos foi feito e nos pro-.
porcionou um dia d’esses que se
recordam sempre com saudado.
Mer +taa BALANÇA P
GAZOMICLO MOINHO Db
CAFE, Vende se em conta, Para
tratar, dirigir-se a José Lopes da
Bilva.=CERTA
COM bon vi-
venda e nos ar-
() rogam Pequeno, vende-se,
vabnldes de Pe-
Trata-se com o notário desta
comarca, Carlos David.
TRESPASSASE Soul
mais antigo, com fazenda ferragens,
mercearias e mindezas, pelo proprieta-
rio ter outros negocios e não poder estar
à testa. Tem boa clientela e trespassa-se
pelo valor actual das fazendas. h
Presta esclarecimentos José Maria
d’Alcobia—SBRNACGHE DO BOMJARDIM
almanaque Barato
para 1915 —— Preço 20 15.
A’ venda na Minerva Celinda
—=— CERTÁ-——
@@@ 1 @@@
VOZ DA BEIRA
ra Sapataria E
à va de de digost
Davi do UNES gua,
E sta arte, para qu
E 2
– ha grand variedade de material.
Eri “o Brazil e África.
e E mm
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E & 3 carDOSO
* »
* Di artificiaes em todos os
E sistemas. Operações sem dor.
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E , AD EIR
le ceroijcira em diver-
Ma x “as lar comprmeutos d
– ” vende- nto preten-
“«egote dirig Lzuacs da Sil-
ya =— “EP er MARIA TONA).
ESSES e ANUTO GALO
«
Aceitam-se emcommendas para,
[E NMEMORTA”
1 SRB Ea
RD E com 2 andares e
de Bastos d’esta villa.
Tractar com Possidonio Joa-
quim Branao, da Mongueira.
“Gazolina, oleos, vazelina, aces-
sorios para bicicletes, tubagem pa-
lene.
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Jens.
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ANTONIO LOPES ROSA
—=SERNACHE DO BOMJARDIM——
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A acessorios. Vendas a pronto
ea prestações. “Pedidos ao corres-
pondente CANTONIO DA SIL-
VA LOURENÇO, com atelier de
alfaiate.
R. CANDIDO dos REIS — CERTÃ
(AUTOS
MENDES &
Gala
KLBUQUERQUE
“Automoveis d’ Aluguer, oleos & gazolina.
Ea DA REPUBLICA
| SERTÃ
e Agua da Foz da Cortã
VA Agua, minero; -medicmal da Foz
da Certã apresenta uma composição
ehimica que à distingue de todas as ou-
tas até hoje usadas ma fherapeutica.
– E’ empregada com segura vantagem
na Diabete. s— Drspepsias—C atarros
nus preversões digestivas deripadas
das eba infecciosas;—na convales-
, ceusa sas febres graves;—nas atonias
gastricas dos diabeticos, tubenculosos,
brighticos, etc:,-—no gastricismo dos
“exgotados pelos excessos on privações,
ele, etc.
Mostra a analyse palencologioa que a
da For da Certa vi co
Etta nas “gattalas, ve ser OE
derada como microbicamente
pura não contendo colibaci=,
“tlo, nem nenhuma das especies pafho-
* “gencas que podem existir em aguas.
— Alem disso, gosa de uma certa accão
“. microhicida. “EB. Thyphico,
Diphterico, e Vibrão
cholerico, em pouco tempo n’ella
perdem todos a sua vitalidade, outros
microbios apresentam porém resistencia
maior.
–
à “ zes livres, é limpida, de sabor levemen-
te acido, muito agradavel quer bebida
phra, quer ei com vinho.
Do DEPOSTO GERAL
– RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.*
Pr AA — TELEPHONE 21068.
MP? Pedro À
1 0H
Esteves
ATFALATE
Patos qu domeis ampiros
dt QE qa “em todos os gomoros
Ecos odio aa
cha etne
Praça da Rep fa fara
4 Ed
– gastricos, putridos ou par “asitartos;—,)
“A Agua da Foz da CGerlã não tem ga-;
Fa ructuoso Pires
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dos domingos, esta Empresa
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Certã.
A partida da Certã é às 12 horas
| pertixas e da estação de Payalvo do |
2 horas
// CHALET
srende-se um acabado de cons-
truir mo Bairro de Santo An-
tonio, com todas as condieções hy-
gienicas, quintal que se presta pa-
| ra jardim, terra de cultura e um
poço em exploração de agua.
Faculta-se o pagamento poden-
do ser de pronto ou a prestações.
Tratar com Carlos dos Santos,
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& «R. Sá-da Bandeira,
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5 Sd
2
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*.e electricidade. – . * E
—E GRE &
Esta casá é a unica deposilaria, Be
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ge
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Firuçtuoso Adega Lofepam Pires
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bebidas e conservas.
malas de viagem, espelhos é daguotos
em diversos tamanhos É