Voz da Beira nº37 19-09-1914

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A. Pedro Iamalhosa

“Jhoada pela unciedade do grande.

 

CERTA, 19 DE SETEMBRO DE 1914

AVENÇA

 

REDATOR PRINCIPAL:
F’ructuoso Pires

“ADMINISTRADOR:

EDITOR: piotrid

J. Santos e Siva

Redação e cBdministração:
“Qua M. Santos Balente
to Q CERTAÃ,

SEMANÁRIO INDEPENDENTE

 

Assinatura s

“Anno, fá200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs.

* Propriedade da Eimpreza da Voz da Beira

 

DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA MINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA

 

FPOPEIA.
“ PORTUGUEZA

Mares em fóra, lá vae, animada
pelo espirito do vidente de Sagres,
a expediçê ão militar enviada á Afri-
ca.

O Mocambigue e o Angola le-
vam nas suas proas em carateres
luzentes O letreiro do destino da
nova frota. :

O Angola representa a velha colo-
nia que o heroismo de Salvador Cor-
reia reconquistou para o patrimo-
nio nacional nas horas tetricas que
marcaram entre nós o dominio de
Castela.

Desde o Zuire ao E ea
avançar para o interior num lon-
go perewso de jornadas. estadeia-
se imponente na sua grandeza pri-
mitiva essa vasta colonia, já rega-
da com o generoso sangue portu-
guez.

– Por lá se ar Gunilidtes que
coroaram heroes, e se grande tem
sido a herança de luto que por ve-
zes alanceiou à alma nacional atra-
vez da hostilidade do: chma e im-
petos duma raça adversa, maior e
muito maior tém sido a caudal de
glorias em que por lá se tem re-
quintado o amor patrio.

Por Malange, Lunia e Cuama-
to até ás fronteiras do Barotze quan-
tos traços luminosos d’esse esforço
patriotico que começou em Ceuta

e não se sabe ainda onde irá ter-
Minaro

Quantos valentes dessa arroja-
da raça, que foi por Arzila e Ma-
zagão, pão tiveram sepultura rasa
nos plainos adustos do sertão, sem
outros monumentos que não fossem
os ecos da historia na consagração
comum ab hervismo do exercito
povtiguentioa esmero) obasert

E apezar disso, apezar d’essa
confuzão do anonimato nem o exer-
cito deixon de contribuir para a
segurança e mantença dessa ico-
lonia, com à mesma galhardia dos
decantados dias da, conquista, nem
os nossos. soldados fiveram esmo-
ecimentes ou inbiezas de valor que
os deslustrassem no. “conceito da
gratidão nacional,

« Soou ahora da defeza das nos-
sas fronteiras, postas ali aossul em
co pela cupiia extrangeira agui-

 

conflito europeu, e eis que a alma
yatrjótica do soldado – portugues,
vibrante de entusiasmo pel propi-
“Ciução do triunfo, corre impavida a
nceitar o pesto que lhe fôra con-

fada Ara Bgar das

 

Entretanto lá segue tambem o
Moçambique, guardando no ventre
de aço a aguerrida expedição, a
quem na África Oriental, vae ser
confiada a estabilidade da frontei-
ra norte.

E’ mais longa a viagem e mais
penosa a travessia. Dobram os dias
do itinerario, e a recordação do
Cabo Tormentuso traz ao espirito,
por entre a evocação epica das iras
do Adamastor, o receio natural das
tempestades e nuufragios.

À nossa historia tragico-mariti-
ma é fertil desses casos. sinistros
em que avulta com dolorosa des-
cripção o episodio de Sepulveda,
cantado por Jeronymo Corte-Real.

Porém, ante a necessidades da
partida, ninguem pensou em que
um caso d’esses podesse tornar a
repetir-se.

O Moçambique corta serena-
mente us ondas sem preconceitos
de lendas ou de mysterios. Guia-o
o espirito de Vasco da Gama, —a
audacia feita homem—que hade
por força conduzil-o 4 terra dos
Bom Signaes e dos Pipa vi-
rentes,

O echo de façanhas aguer Ea
traz. já aos ouvidos dos noveis

expedicionarios a recordação glo-

riosa de Chaimite, Bonga, MIGRA,

Mataca e Barué…

Grandes exemplos povoam a
imaginação militar de feitos herot-
cos, em que avulta n grandeza
eptea d’um Mousinho d’Albuquer-
que.

E quando o dever militar tem-a

impuistqual-p tão fortes nrtivos
o honra e de gloria, por. força
que a sua noção não haverá de fi-
“ur incognita perante o perigo, À
tradição, por um processo de ata-
vismo de energias patrioticas, ope-
rará como revulsivo de primeira
srandeza na consriencia dos novos
expedicionanios guigado-os À vio-
torin.

A, ES que gs, Herço ide
guia voltará a Portugal coberta de
gloria. Cada fio d aquela tela pre-
ciosa, que lá: longe simbolisa a
patria portugueza, terá a defen le].
a com amor e energia 0 valor in
domiio de todos que: agora vão á
sua sombra.

Do primeivo ao ultimo. do mais
graduado ao nais humilde – por
nascinsento, todos são povtngue-
zes, filhos d’esta terra bemdira em
que o heroismo e o valor teve a

 

“sua maior Consagração pessoal.

De todos ha a esperar O cum-
primento” do dever, e até lá reces
bain às defonsórés dá patria a nos-
sas melhores , saudações de boa

Vinge

 

“exotico de defrandar os patrões,

 

Anuncios
Na 3.2 e 4,* paginas cada linha, 30 réis
N outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se resliluem os originaes

 

Coisas % loisas…

 

Falta d’agua

A fonte do Adro já ha dias que não
deita agua, faltando esta, por conse-
quencia no lago adjunto. D’aqui resulta
ficar estagnado o resto da agua que
ali ha, transformando-se em breve n’um
fóco d’infecção e ocasionando a morte
dos peixes.

Lembramos ao sr. vereador encar-
regado do respectivo pelouro a conve-
niencia de remediar estes males, o que,
de resto, nos parece relativamente facil.

O peior é se, por se Lralar de peixes,
nós ficamos a pregar aos peixes.

 

Ao sr. administrador

Já n’um dos nossos ultimos numeros
chamámos a atenção da guarda repu-
Inicana para as tropelias que certos ga-
rotos praticam à noile no chafariz da
Praça.

Ultimamente varias pessoas se nos
tecm queixado de que.anda por ahi à

 

soHa,a-horas mortas da noite um grupo 4

de trreguietos meninos entrometendo-se
com quem passa, soltando plirases obs-
cenas e batendo por essas portas. Ai
daquele que protesta porque então so-
Ire-lhe as consequencias.

Ha dias um pobre homem subia tran-
quilamente aguetie deserto da qua do
Vale, e, como. alguns da lronpe se en-
tromettessem com elle, protestou e con-
tinuon o ser caminho. Mal linha dado
alguns passos quando foi atingido por
uma.pedra.

Se isto a:
consider:
recolher às no:
dus Avé-Marias.

Chamumos para isto a atenção do sr.
Administrador do concelho e esperamos

ser ouvidos; 4 Certã não pode estar à
metes desse grupo de ANFudER os.

 

im continnar teremos de
Cêrtã em estado de sitio €
as habitações ao toque

 

Pós…

Já tinhamos o pé de Alferess e o. pé
de guerra, alem de varias pés de hor-
taliça com que se disfarçam os pés de
boi nas lides amorosas.

Agora como novidade apareceu o pé
de camaro d’aqueles que sacrilicam as
sopeivas a alurar-lhes todos os reque-
bros, emquanto a fonte corro e o canta-
ro não enche.

As fontes da vila, n’este particular
estão
em verdadeiro estado de sitio.

Ha eriadas que só dão acordo da lon

ga vefrega depois do tinir dos Cacos na
calçada,

Cantaro partido é obuz que rebenta

e pôs ponto final na arruaça.

Se a guarda não intervier a tempo,
grande Inero-farão os lonceiros e gran-
de prejuizo sofrerá a moral publica ali
constantemente Cnxovalhada

 

Jardim publico

A” attenção dos nossos leitores reco-
mendamos o novo jardim publico a S.
João. é )

Devido aos. disvelos combinados da
Camara Municipal e junta de da Je hia
encontra-se ali hoje a ima.

Soleção | do paiz em Flores de cuco.

Kcos de guerra

Uma senhora casou em primeiras
nupcias com um alemão e, morto este,
casou com um francez, tendo de cada
um dos casamentos dois filhos.

Surge a maldita conflagração euros
peia e os filhos são chamados às res-
| pectivas fileiras. Dois lá vão debaixo
das ordens do Kaiser bater-se com as
tropas francezas; os outros dois mar-
charam às ordens de Jofre ou de Pan
opór-se ao impeto dos soldados alemães.
E a mãe? Essa ficou soluçando sem po-
der pedir a Deus o triumpho de nehum.

 

Novo tipo de notas

O Banco de Portugal vae lançar bre-
vemente um novo lIypo de notas de
5500 escudos, as primeiras fabricadas
dentro da Republica, tendo por princi-
pal motivo, a ornamentul-as, o retrato
de Alexandre Herculano.

Licenceados

Foram mandadas apresentar nos res-
pectivos corpos as praças licenceadas
de infantaria e cavalaria da classe de
1923, residentes n’este concelho.

Mais vale prevenir…

De Sernache ao Rio Zezere a estrada
nacional esta em misero estado, As vo:
“vas e sob rodas sucedem-se com grande
risco da resistencia dos vehiculos, mes-
mo apezar do bom material de Drita
que por ali ha.

Quando isto sucede agora com a es-
tação seca, que fará no inverno, se an-
tes disso nãv houver quaesquer rvepa-
ros.

Por nossa pare entendemos que:
mais vale prevenir do que remediar.

 

DR. VIRGILIO NUNES

Pivemos o prazer de ver já com-
ptelumente restabelecido da perti-
naz doença que o deteve por ca-
sa alguns mezes, o nosso prezado
assinante sr dr. Virgilio Nunes da
Silva, diguo presidente da Camara
d’este coubélho.

ea one are eee
Ministerio do fomento

A junta de paroquia civil de Pedrogam
Pequeno, d’este concelho, representou ao
governo, pedindo que da distribuição de
dotações para estradas sejam desviadas
algumas quautias para conclusão de va-
rias estradas d’aquela freguezia e con-
celho, afim de que nos respelivos tra-
bulbos sejam empregadas as classes tra-
balhadoras que se encontram Jluctando
com a mjseria.

 

Ci ante tiams
Arrematoção

No dia 21 do corrente deve ter
logar na séde da 3.º secção de
obras publicas, a arrematação da
abertura de caixa, empedramento
e regularisação de valetas, nos lan-
“ços Pestrado comprehendido entre

Ao o Cavalo e Sendinho da
É Senhora, NH concelho de Oleiros.ntre

Ao o Cavalo e Sendinho da
É Senhora, NH concelho de Oleiros.

 

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VOZ Dá BEIRA

 

Dito dias no Cabepudo

‘Camponezes tismados e rebus-
tros, meus companheiros de viagem,
mão eram, todavia dos -sobresál-
“tos; e, “estendendo-se sem cerimo-
mia onresonando, pareciam thabi-
tuados a taes contrariedades. ‘Dis-
puz então umas barriveldas «com
mala e cestos para evitar os in-

«conscientes, mas nada comodos es-;

preguiçanrentos das pernas dos
rudes visinhos ealgum novo abra-
«ço, forçado pêlos horriveis salavan-
ess e dado a-una-velha “esqueleti-
cy, cujo corporresdltava vempacro-
batismo -desniroso, Amanhecera.
“As váltas-ereviravoltas da estrada,
«que serpenteia nos flancos de
-successivas montanhas até Serna-
«che do Bomjardim, impediram-me
“da admirar, em toda a-sua esplen-
-dida formosnra, esse despertar da
daz, do som, da côr, quesprecede a
=apoarição maravilhosa: do sol. Po-
“davia, muito antes-da saudação do
:astro-rei, que em alegria-de iz e
“de vida tudo anima, ‘tornou-se-me
mão só supportavel mas encantado-
xe a visgenipasimportunasdemoras
-e contrariedades “desvaneceram-se
com as-sombras:da noite.

O habitante de 15 amos “de
Lisboa-não póde-deixar -de -sentir
uma alegria nova ao viajar, -ao
romper &o dia, atravez ‘de monta-
nhas e svalles de risonhas perspec-
ctivas, dbservando o lindo desper-
tar da natureza e ocomeço da la-
futa nos campos, com todos us
-seus aspectos regionaes.

“Assim, á passagem na ponte do
Zexere incumbi este rio encanta-
dor de transmittir no “Tejo os meus
cumprimentos, para que este os
transmittisse a Lisboa e n’esta so-
cegassem a meu respeito e pas-
sassem muito bem, visto que eu ia
satisfeito, livre de atoardus politi-

cas, de formigueiros e de mentiras

sociars.
4Continua)
‘ P..João Vacondeus
—— eai DG Ga
Colegio de Sernache

No novo anno letivo entrará a funcio-
nar n’este colégio o curso completo dos
Iyceus segundo as determinações que
regulam e curso de instrução secunda-

ria; , : Eta

A matricula gratuita abrangerá não só
os alumnos internos do “colegio, mas
será acessivel a todos os estadantes de

ambos Os sexos que “queiram frequen-,

tar como extemos. |

Apezar de não termos conhecimento
de que os actos ali realizados “sejam
validos e aceites pura o acesso aos com
sos superiores, esta facilidade de estu-
dos representa já um grande beneficio
para a nossa região. :

Em terapo oportuno e com anteceden-
cia “da matricula Iyceial facilmente os
estudantes se poderão apresentar ao
exame nos Iyceus que lhes garantirá o
aproveitamento dos estudos no colegio.

Para os gre desejam dar a seas filhos
uma educação apurada e dedlcalos às
escolas superiores com economia de
despesas em viagens, alem d’entros
prejuizos duma estada, longe da familia,
em cidades de fraca vigilancia moral,
muito deve aproveitar o colegio de
Sernache. –

. A vida é barata, o meio regularmon-
te disciplinado e o estado social pouco
exigente em exibições de aparato ex-
terno por parte’ dos seus estudantes. |

+ tudo recomenda este curso às aten-
ções dus familias da nossa região, cujá
madestia de orçamento não comporle
elovadas despezas a fazer em provei
to de seus filhos… É
“Por nossa parto folgamos em ver do-
tado o nosso concelho com este melho-
ramento, E

Secção literaria

NOTAS À LAIS
nal évo: marido (deal?

“O meu idcal-é muito simples, sr.
Dicter. HWealiso run marido que
não-reparta ‘por outra o coração
que a’mim’só pertence. Que seja
meu amigo «quando «os cabelos
brancos apagarem no coração o
fogo do amor juvenil.e muito ve-
lhinhos caminharmos juntos pela
estrada davida, deixando atraz de
nós as pétalas da nossa mocitlade.

-“Uma-sua adrmiradora ,

“Angela

 

Sr. Victor
. Um cavalheiro que não seja
ciumento nem – teimoso, “que «aime
muito sua mulher, que seja cari-
nhoso quando algum sofrimento a
torture, que seja energico,audaç+e
trabalhador, será, a meu ver o
marido ideal.

“Castelo Branco

atira

Angela é contraria ao ‘socialis-
mo -do coração. “Creia ;porem,
minha senhora, “gue nestes ‘tem-
pos qne ‘vamos “atravessando é’o
que mais se encontra.

Fla quem faça do coração uma
especie de hospedaria, onde os
hospedes se sabstituem -com “fre-
quentia. De resto, acho muito in-
teressante o seu pocticoideal.

Dizem que o ciume é uma ipro-
va de verdadeiro amor. Se o ma-
rito for-ciumento, é porqhe a ama

muito, D. Larg YV. ex.” ideslisa

[um marido que não seja ‘teimoso é
eu desejo-lhe im marido ‘que tei-
me em fazel-a feliz.

Desagrada-lhe esta teimosia ?

Pictor
mai Dam —

INCENDIO

Na quarta feira, pelas 6 horas
da tarde, manifestor-se incendio
na casa de Hipolito Ribeiro no
bairro da Portela, d’esta vila.

Ao toque do sino acudiu quasi
toda a população e começou-se a

combater o incendio que imedia-
tamente se locuiison, tendo-se por

isso extinguido com rapidez.

Não houve desgraças a lamen-
tar € os prejuizos são de pequena
monta, não sendo conhecida n eau-
sa do incendio.

À casa não estava segura em
nenhuma companhia,

GAZETILHA

Á rua do Valle está catita,
Toda nova, mesmo em folha;
Parabens aquem a habita,
Só lhe falta a bela trolha
Para ficar mais bonita.

 

cáté as pedras da calçada
Que cobriam o passeio,

– Lá foram na enxurrada
Que à outra semana veio,
Como uma guarda avançada,

Adas, porque taes aventaras
Não foram de certo agrado,
Transgredindo-se as posturas,
Parece que foi multado

O Grande Deus das Cdlturas.

Bom-Ouvido

 

 

4 Epreja do Colegio
idas Missões
Por absoluta falta’de espaço somos
forçados a retirar “pára o inumero se-
guinte Gma’tarta’que ‘nos foi enviada
sobre este assumplo e’na qual “se ex-
põe factos que, ‘para bem “da verdade,
precisam -ser “conhecidos ‘do “público.
| Ao sem ator e nosso’prezado amigo
pedimos tn desenlpas “esta demora
na publicação do seu “béllo-artigo,

 

ae
Lei da’caça

‘Do’ministerio da justiça Toi “expedida
uma circular ás procuradurias da*Repu-
blica para que estas recomendem aos
seus respetivos delegados ‘a mnaxima
atenção para os processos por trânsgres-
são da lei da’caça. à

Em harmonia com o resolvido na
convenção internacional para ‘protétção
das-aves !uteis e como disposto nalei
da caça é:prohibido mátar-os-seguintes
animaes: R

Mochos, “córujas, “morcegos, ‘pápa-
figos, Trepadores, “eiros, poupas, atre-
pos, carrapitos, gaviões, noitibós, “tico-
dramas, rouxinoes, piscos, robiharvos,
cartachos, negrighas, toútinegras, car-
riças, taralhões, andorinhas, lávandis-
vas álveotas, petithas, trinca-nozes,
chamarizes, pintasilgos, ‘estorninhos,
perzaltas, cégonhas e papaimoscas.

Naei dacaça ‘ha penalidade para
todos os transgressores,

CX. TA dB?

Sobre-o aparecimento “do “cada-
ver de Maria Antunes da Silva, no
poço de Durnelos, no ‘rio Zezere,
a que nos referimos no vltimo nú-
mero, podemos informar os nossos
leitores de que, pelo depoimento
das testentunhas inquiridas e pelas
constantes contradições em que o
matido José Pinto Barata cahin
nos respetivos interrogatorios, pa-
receuveriguado que o facto consti-
tue um crime de que é autor o pro-
pião marido.

Por este motivo foi dada pro-
nuncia sem admissão de fiança,
continuando o criminoso prezo €
preseguindo à justiça nas suas in-
vestiguções até completo conheci-
mento do caso.

Os respetivos autos estão a car-
vo do escrivão do 3.º ofício sr.
Eduardo Barata.

ES
PTLEBSTS

Arguida do crime de roubo nÃ
casa do er. João Manso d’Oliveira
Moraes, d’Arega, deu entrada nas
cadeias d’esta vila, Maria Belmira,
do Brejo, freguesia de Sernache
do Bomjardim.

‘ *

Acompanhado da policia de Lis-
hor, chegou na quinta feira ultima
u esta vila dando entrada na ta-
deia, José Caetano Afonso, que
vem a est comarca responder pe-
lo crime de furto de uns objetos
de vestuario, praticado ha mais de
um ano no carro do correio que
vem de Castelo Branco.

 

DINHEIRO EM PRATA

O governo vai mandar recolher
todas as moedas de prata que te-
“nham sido cunhadas antes da pro-
clamação da Republica,

São elas as que tiverem as efi-
gies de D. Pedro, D. Carlos e
D. Manoel.

“Quem’tiver não demore em as

 

trocar porque o praso é curto.

A o 4 ; A
o a o Ra fan O 3 a a io Dio a À Di ca

 

AGENDA

Regressou ja à capital com sua
esposa e filhos o er. José Simões
Aldeias.

—Para Lisboa, com sua esposa
e filhos sahiu de Pedrogam Peque-
no, o. mosso assinante Br. José
Henriques Ferreira Vidigal.

— Vindo da capital está na sua
casa, em Vale da Galegayo sr. Ma-
nuel Martins da Costa.

—Está nesta vila com suas
tilhas o nosso amigo er. Antonio
Nines e Silva, comerciante na
capital.

Regressou ja a Castelo Bran-
vo’o nosso amigo ar. Carlos Au-
gusto PAstenção, acompanhado

 

“de seus filhos.

— Tivemos o gosto de ver na
Certã ‘o nosso querido “assignante
ar. Antonio Costa, rico capitalista
da’capital do norte. Este nosso
amigo encontra-se em Sernache do
Bomjardim, ‘de visita-a sua femi-

lia.

—Para’a Figueira da Foz a
fazer ‘a sua estação balnear, sahiu
o nosso amigo Antonio Farinha
Lourenço, da Valada.

—’Pivemos o prazer de vêr na
nossa redação ‘o sr. dr. Joaquim
Alves Martins, dignissimo mnetario
em Proença a Nova.

—Tem sstado gravemente doen-
te o nosso apreciado assinante sr.
Antonio Pedro da Silva

— Passa ligeiramente intomoda-
da a sr.* D. Adela da Silva,virtuo-
sa esposa do nosso querido emigo
ar. dr. Albano Lourenço da Silva.

—Vimos durante a semana nesta vi-
la’os nossos prezados assinantes ers.
Antonio Simões dos Santos e Silva,
Afonso Correia Lima, João Crisostomo,
José Antonio da Silva, José Gonçalves
Rei, José Ventara dos Santos, Angelo
Henriques Vidigal, Joaquin Nunes da
Silva, padre Candido Teixeira o Joaquim
Ferreira Guimarães Lima.

Aniversariost
Fizeram anos:

No dia 70 gr. Antonio José Matias, do
Muro.
No dia 12, o sr. dr. Ernesto Marinha.

Fazem anos:

No dia 23, a sr* D. Albertina Carvas
lho,
Jo Hj 4% 0 ak: PANDA niBal
No dia 25, j sr dr Jô sd Barísio.

 

Fructuoso Pires

Acompanhado de sua esposa
safu hontem para Lisboa este nos-
so presado colega de redação, ten-
cionando demorar-se apenas alguns
dias,

 

HA QUEM DIGA…

Que não se realisará a sessão extra-
ordinaria da Camara Munici-
pal, pedida por alguns verea-
dores;

 

que em consequencia de não ser

atendido o seu perido vão re-.

correr para as estações supe-
riores; ;

que o facto da recusa dá que pen-
ar aos municipes, sobretudo
aos que contribuem para os co-
fres municipace,

“Bom-Ouvidoido

 

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NAS MARGENS
DO ZEZERE

“Sorriu-nos o convite. Tratava-
se d’uma pescaria lá em baixo, no
rio e nós procuramos lugo meio de
transporte.

Marcada a partida para as 12 e
meia, não qnizemos faltar á hora.
Partiu o primeiro automovel, saíu
o segundo, depois d este um outro;
mas o nosso não-aparecia. A de-
mora começavaa impacientar-nos.

O Fructuoso passeava nervoso
d’um lado para o outro, o dr. Cor-
réatrauteava .distraido, varias ope-
ras, o padre Ramalhosa apoiava a
mão detraz do ouvido, á maneira
de corneta acustica, pretendendo
onvir a cada momento a chegada
do nosso auto, o Fernandinho apro-
veitou a demora para ir a casa pôr
oalfinete na’gravata e o dr. Bar-
tolo estava visivelmente preocupa-
do;porque eramos os ultimos a che-

F. :

– Eram 13 e meia horas quando
chegou o nosso Delaunay. Toma-
myojo de assalto e em poucos minutos
estavamos no rio. O sol caía quasi
a prumo; mas a distancia percor-
rer a pé era felizmente pequena.

Chegômos, Cumprimentos, aper-
tos de mão, as apresentações do
estylo,

Ali n’um enorme lagar do sr.
José de Brito estavam reunidas de-
zenas de familias de Sernache,

Ferreira do Zezere, Certã, Nespe-

ral e Cabeçudo.

N’uma enorme roda de gentis
meninas, onde se jogavam jogos de
prendas, sobresaia a figura gigan-
tesca do nosso amigo dr, Antonio,
como um castanheiro secular a
cuja sombra se acolhem os vian-
dantes. Jogava-se o padre-cura,
papel que o nosso amigo desem-
penhava a contento das beldades
“que o rodeavam. ‘

— Está aqui muito calor—dis-
seram algumas.

Vamos lá para fóra,

Arranjaram-se assentos 4 som-
bra d’umas arvores e os jogos con-

– tinuaram por algum tempo,

* — Vamos dançar, disseram os
mais irriquetos; e aquele enorme
formigueiro marchou á procura

d’um lugar onde pudesse dançar- -Se.
Mouga pegou na vigia, o Al-

: bexto RerheITo dedilhou no bando-

Jim uma valsa. Não era possivel
dançar-se. Q terreno era aspero é
as senhoras não conseguiram dar
duas voltas. y

— Vamos para o sobrado do la-
gar.

* Não pensem n’isso.

Não pensem n “isso— disse não
sei quem. —O Silva não os deixa
dançar porque cae o pó nas pa-
melus.

; Mas a mocidade radio queria
dançar-e não desistiria nem & for-
qa das armas.

– Invadiranio sobrado eah, n’aque-
lw-estufa, dançaram animadamen-
te até que uma voz veio anunciar-
nos que iz vomeçar q jantar.

; Armados de talher, pr: ato é guar-
danapo veio tudo para aquela enor-
we salk que tem por abobada o
ceu azul, procurando cada qual o
lugar que mais lhe convinha. O
dr. Corrêa depois de escolher uma
centena de logares acabou por fi-
car de pé; o padre Farinha asson-
tou e é meza des meninos,
o dr osé uia conseguiu ar-

ranjar logar junto de quatro gen-
tis meninas. E/o fraco Pele. To-
dos nós temos o nosso calcanhar
de Achiles. As senhoras ficaram
quasi todas sentadas em duas ga-
lerias. A D. Henriqueta tinha por
vis-á-vis o dr. Bernardo com quem
discutia nos intervalos o bumoris-
mo de Crispim e o valor do lapis
de (iolaço.

A grande caia estava ali, ú
sombra da casa, excepto os mais
manhosos que foram por-se de sen-
tinela n’nma especie de estreito de
Dardanélos, onde fiscalisavam a
passagem das comedorias.

O Martins andava n’uma roda
viva, pretendendo fazer tudo ao
mesmo tempo. O dr. Antonio ar-
mou em chefe de protocólo, decla-
rando que as senhoras eram as
primeiras a ser servidas, doutrina
muito bonita, mas ponco agrada-
vel para alguns.

Os pratos sucederam-se uns aos
outros e par fim chegou até nós a
fruota que escapou à vigilancia
dos que estavam pelo caminho.
Terminado o jantar, alguns foram
até á beira-rio, onde. o Fructuoso
fretou um barco para ir até á ou-
tra banda. As senhoras não quize-
ram ir no bóte e elle ficou… a
ver navios. Na volta ja havia so-
bre a meza o classico café, Era
tempo de nos pormos em marcha
porque o sól já ha muito se escon-
dera detyaz das serranias. Lá em
cima, na estrada a buzina do nos-
so auto chamava desesperadamen-
te por nós.

Pouço depois vs carros e auto-
móveis punham-se em marcha,
parando, como se combinará, á
porta do sr. Antonio Simões dos
Santos.

“Aquella onda humana invade-
lhe os salões, caprichosamente or-
namentados, o piano toca e os
mais enthusiastas dançam. A’s on-
ze horas foi servido um delicioso
chá. Valta a dançar-se animada-
mente e n’um dos interyallos o dr.
Antonio acompanhou ao piano a
menina Gabrioly que recebeu mui-
tos palausos pela maneira como can-
tou a dança dos apáches.

Dançaram-se mais duas valsas
e depois começaram as despedidas,
suhindo todos extremamente pe-
nhorados pela maneira captivante
ER VE, Soma tura peceuidos pe-
la familia Santos.

E’ nos impossiyel dar uma nota
completa da assistencia, Recorda-
nos, porem, ter visto os srs. Filipe
Leonor e familia, Libanio Girão e
familia, Alfrado Victorino e fami-
lia, Antonio Simões dos Santos e
familia, D. Bentyiz Crirão e filhas.
D. Henriqueta de Miranda e suas
pupilas, José dos Santos e familia,
Antonio Martins dos Santos e fa-
milia, dr. Gualdim de Queirós e
familia, dr. Mattos e Silva e espo-
sa, João Qurlos Silva e familia,
David Mendes e familia, Izidoro
Antunes e familia, Carlos Santos
e Silva e familia, dr. Antonio Vic-
torino, Antonio Mouga, Jaymo e

“Joaquim Pedro da Silva, Candido

Teixeira, padre Antonio Bernardo,
padre José Adriano, padre João
Martins, A. P. Gumes, Alberto
Ribeiro, de Sernache..

Antonio Dias Cotrim e familin,
D. Maria José Felix, Fernando da
Costa Felix e Augusto Gonveia
Godinho, de Ferreira do Zezere.

Joaquim Nunes e familia, do
Nespetali * Datos

+

 

Correspondencias

Sernache do Bomjar-
dim, 125—Foi encantadora a festa
que o nosso amigo sr. João Carlos Silva
olfereceu aos seus numerosos amigos, no
ultimo domingo, na sua bella quinta em
Santo Antonio. Constou de um lauto jan-
tar a cento e tantos convivas seguindo-
se O baile que correu animadissimo.

Oa donos da casa foram deveras in-
cançaveis para com os seus convidados
que nunca mais esquecerão à maneira
atenciosa como foram tratados.

Entre a numerosa assistencia lembra-
nos ter visto as snr.*” D, Francisca Car-
valho, D. Olympia Guimarães, D. Anna
Lima, D. Amelia Lima, D. Francisca
Campos, D. Alice Victorino, D. Carolina
Girão, D. Alzira Girão. D, Bealriz Girão,
D. Amelia e D. Laura Girão, D. Ludovina
Silva, D. Laura da Silva, D. Adelia Silva,
D. Theresa David, D. Anna Brito, D. Clo-
tilde Serra, D. Adelaide Nunes, D. Aliçe
Santos D. Ermelinda Pimentel Silva, D.
Maria Joana Guimarães, D. Maria do Ceu
Queiróz, D. Hedwiges Lima, D, Henri-
queta de Miranda, D. Joaquina Palmira
Matos, D. Josephina Nunes Silva D. Ade-
laide Mendes, D. Palmira Martins, D.
Clementina Nunes, D. Maria d’Assumpção
Quimarães, D. Maria do Geu Bravo Serra,
D. Maria Alcobia e os snrs. dr. Antonio
Victarino, dr. Albano Lourenço Silva,
dr. Gualdim de Queiroz, dr. Antonio
Matos Silva, Daniel Bernardo Brito, dr.

 

Antonio Guimarães, David da Silva Men-

des, José Santos Junior, Alfredo Victori-
no, Antonio Martins dos Santos, A. P.
Gomes, Arthur Duarte, Joaquim Ferreira
Guimarães Lima, José de Brito, padre
José Adriano, Antonio Serra, Jayme da
Silva, Antonio Pedro Junior, Alberto
Guimarães Silva, Henrique Silva Campos,
Antonio Quimarães, Carlos Santos, Julio
Serra, Hygino Queiroz, lzidoro Paula
Antunes, Filipe Leonor, Antonio Correia
Silva Nunes, Tulio Victorino e Joaquim
Antonio Silva. C.

Vila de Rei, 15-—As princi-
paes ruas d’esta vila estão juncadas, ha
quasi oito dias, de múrta que servia pa-
para revestir Os arcos armados pela fes-
tividade de Nossa Senhora da Guia. Ar-

reados os arcos e despida a madeira

foi esta levada para o sitio de onde
costuma sair, mas ficaram as calçadas
cobertas de mato como costuma fuzer-
se ali no Penado, onde a calçada estã
substituida por estrumeiras em todas as
ruas.

Talvez valesse a pena alhar por estas
pequeninas coisas que são a vergonha
dos habitantes d’uma vila, séde de con-
celho, a não qnererem voltar ao antigo
estado de estrumeiras em todas as ruas.
Será mais dificil do que exhibir piruetas
com esse borrego branco como a neve
que, de coleira e guiso, costuma passeiar

nim

 

Joaquim Guimarães Lima e fi-
lha, Affonso Lima e familia, do
Cabeçudo.

Dr, Fernando Mattoso e familia,
dr. Nunes Correia e familia, dr.
Bernarda de Muttos, dr. José Bar-
tholo, dr. Ehrahrdt, João Albu-
querque e familta, padre Farinha,
Fernanda Bartholo, Eduardo Ba-
rata e filho Joaquim, Carlos ‘ Ri-
beiro, Zeferino Lucas, padye To-
más, Fructuoso Pires e filha D.
Clotilde, padre Ramalhosa e J.
Santos e Silva, da Certã.

Todos levaram desta simpatica
festa, onde ir mais de
duzentas pessdas, as melhores im-
pressões, não regateando elogios
á comissão que tão amavel foi pa-
ra com todos. Pela nossa parte,
aqui deixamos registados os nossos
agradecimentos aos cavalheiros
que compunham a dita comissão,
08 quaes Be esmeraram em propor-
cionar a todos os convidados

‘um dia de.gratas e duradouras re

cord ações.
Avlis

 

acompanhado pelas ruas d’esta vila?

—Continua doente o sr. dr. Eduardo de
Casiro, habil facultativo municipal d’es-
te concelho, a quem desejamos as me-
lhoras.

—Retiraram para sua casa de Serna-
che do Bomjardim:o sr. dr, Antonio Ro-
drigues de Matos e Silva, sua ex.”? es-
posa, nora e netos Iligino e Antonio.

—Para Salamanca onde foram fazer
exercicios espirilnaes sairam os srs. pa-
dres: João Pires Neves, Pedro. Ldurenço.
Viana, João José Alves de Moura e Aca-
cio Mendes.

—Estão na sua importante casa da
Conheira o sr. Bernardo Heitor do Deus
e sua ex.. esposa, desta vila.

—bDepois de uns dias passados n’esta

 

-vila saiu para à sua importante casa da

Matagosa o sr, José Nunes Tavares, pro-
fessor oficial d’esta freguezia, acompa-
nhado de seus filhos os srs. José Nunes
Ferreira Tavares, parucho da freguezia
Atouguia da Baleia e Antonio, inteligen-
te estudante do liceu de Coimhra.

—Bstiveram n’asta vila os srs, padre
Manoel d’Oliveira Pires, João Lucas de
Moura e José Antonio Prior.

—Chegou hoje a esta vila o sr. dr.
Macario da Silva, inteligentissimo pro-
fessor do licou e da escala normal da
cidade de Coimbra, onde tambem exer-
ce a advocacia. D’aquiçumprimentamos
muito respeitasamento sua ex.*—2(X.) –

—. “

Oleiros 19-9 — Vimos hoje dar
aos nossos leitores una agradavel noti-
cia: estã em arrematação lodo o empe-
drado da estrada districlual n.º 419, no
lanço que vae do Alto do Cavalo à sen-
dinho. Mais nos informam que da verba
de 4:000 contos pela Estado destinada
a atenuar a crise de trabalho que asso-
berba o paiz, serão destinados cinco &
conclusão da abertura da ultima tarefa
compreendida entre Sendinho e Oleiros,

Será desta vez que se realisam as
nossas esperanças?

Oxalà assi seja. porque bastas ve-
zes tem elas sido iludidas.

—Consta-nos que deseja colocar-se no-
vamente aqui, como medico municipal,
o ex.mº Ferreira da Silva, que bons ser-
viços prestqu ao concelho durante des
anos.

Se a noticia se confirmar é caso para

U-moS, já porque s. ex.º é amigo
do de todos os oleirenses a cujas
qualidades fez sempre justiça, já porque
conhecendo o modo da vida desta gen-
te melhor pode dispensar-lhe qs. socor-
ros da ciencia.
— Tem estado gravementa enferma
asr.* D. Herminia Augusta Romão, pro-
fessora aposentada do Mosteiro e espo-
sa do nosso amigo João Martins desta
vila. Desejamos-lhe do intima da alma
as mais rapidas melhoras.

Foram mandados Apac na Te-
gimento de Cavalaria 2, aquartelado em
Lisboa, as pra ds Nconciadas desse regi-
menta QuE Holt Piombil d qua fat
densidencia neste concelho.

— Avolumam-se as suspeitas de cri-
me no caso de aparecimento «do cada-
ver de Maria Antunes, das Pecegueiras,
Diz-se que a desgraçada fora vi ifina das
iras do marido, que depois de a espan-
car até à morte pretendera encobrir
com a mascara do suicidio à lertionder
do seu crime.

—Dizem-nos que vão ser montadas
escolas moveis nas [reguegias d’Oleiros
Cambas e Vilar Barroco, se lar possivel
conseguir casa apropriada para o seu
RN e )

venda e nog ar-

(uALEr É

drogam Pequedor vende-se.

 

COM boa vi-

Trata-se com o potario desta
comarca, Carlos David,

TRESPASSA E qu

cimento-

 

“mais antigo, com fazenda ferragens,

mercearias 8 miudezas, pelo proprietar
rio ter qulros negocios e não poder estar
à testa. Tem boa clientella e trespassa-sa
pelo valor actual das fazendas.

Presta esclarecimentos José Maria
d’Alcobia—SERNÁCHE DO BOMJ ARDIMrragens,

mercearias 8 miudezas, pelo proprietar
rio ter qulros negocios e não poder estar
à testa. Tem boa clientella e trespassa-sa
pelo valor actual das fazendas.

Presta esclarecimentos José Maria
d’Alcobia—SERNÁCHE DO BOMJ ARDIM

 

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ento dricio-r a João Rodrigues da Sil-
va= Vroviscal.— MARIA E NA).

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de Bastos d’esta villa.
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di Certã apresenta uma composição
chimica que a distingue de todas as ou-
tas até hoje usadas tia fherapeutica.

E empregada com segura vantagem
na Diabetes— Dyspepsias—Calarros
gastricos, putridos “ou parasitar. tos;—
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das doenç:s infeccivsas;—na é
censa das febres graves;—nas atonias
gastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc:,-—no gastricismo dos
exgolados pelos excessos on privações,

“etc, etc.
Mostra à, analyse batereologica que a
Foz da Certa. tal como se

Ra das garrafas, déve Ser CONS,

derada como microbicamente
pura não contendo colibaci-
tlo, nem renhuma das especies patho-
geneas que podem existir em aguas.
Alem Oissop gosa de uma certa acção
microhicida. O 133. Thyphico,
Diphterico, e Vibrão
cholerico, em pouco tempo n’ella
perdem todos a sua vitalidade, outros
micrabios apresentam porém resistencia
maior.

A Agua da Foz da Certã não tem pa-
zes livres, é limpida, de sabor levemen-
te acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho.

Rd “DEPOSITO GERAL
– RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.?
ni aim da TELEPHONE 2168

 

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mente garantidos.
Rresta redação se diz.

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ovos os dias, com exceção

dos domingos, esta Empresa
tem carreira d’auto-omnibus entre
a estação de Payalvo e a villa da
Certa.
A partida da Certã é ás 12 horas
perfixas e da estação de Payalvo ás ||
“2 horas

AS CHAL Er.
mspende-se um acabado de cons-
MM ruir no Bairro de Santo An-
tonio, com todas as condicções hy-
gienicas, quintal que se presta pa-
ra jardim, terra de cultura e um
poço em exploração de agua.
Faculta-se o pagamento poden-
do ser de pronto ou a prestações.
Vratar com Carlos dos Santos,

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