Voz da Beira nº31 08-08-1914

@@@ 1 @@@

 

ANO 1.º +

DIRECTOR:

Dr. RE onto Vietorino

é ADMINISTRADOR : E E
« Pedro. Ea
e E PROPRIETARIO: —

Fructuo s Pires.

 

abli

Bgão Rica
Sua Br. Santos Valente

CERTÃ, 8 DE AGOSTO DE 1914

AVENÇA
E Ne 81

 

 

 

ab 3 CERTÃ ; al “SEMANARIO INDEPENDENTE
ASSIGNATURAS | ANNUNCIOS

““Anho, 15200 réis; Semestre, 600 réis
-*Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, su rs.

+» Não se restituem os originaos

DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS

 

A conflagração
eme europeia

A eba Sora ção européia não foi
uma surpreza para ninguem.

Era uma questão detempo. Mais
“dia menos dia ela tinha de reben-
“tar por maiores que fossem os pro-
“testos dos pacifistas.

Ha muito que o tigre alemão se
* preparava. para o assalto e agora
“que a ocusião se proporciona não
deixará escapar à preza.
: ambição é tão natural nas na-
““ ções como no individuo e não nos
devemos admirar de que assim se-
“ja porque as nações são compostas
“de homens, esses mesmos homens
que se degladiam a cada momento
“para satisfação das suas vaidades.
“Ninguem ignora o extraordina-
ro augmento que n’estes ultimos
annos têm tido as esquadras das
grandes potencias, disputando ca-
“da qual a superioridade nos mares.
Por toda a parte se augmentavam
os impostos para aquisição de no-
vas machinas de guerra.
A Alemanha ainda ha pouco
* tempo lançou para este fim sobre
as grandes fortunas um imposto
que levou aos cofres publicos mi-
TJhares de contos Mas esta moles-
tia não tém atacado só as grandes
nações, aquellas que, têm ou pelo
“menos julgam ter nas mãos os des-
tinos d’esta agitada Europa: Entre
nós ultimamente muito se tem pré-
gado, muito se tem eseripto sob

material de grerri não faltando
as famosas esquadras em fasci-

* nantes manobras pelas colunas dos
* periodicos, :

Ora, quando: tudo falava” de
guerra, quando os estadistas’ se
esfalfavam à justificar os impostos
para aquisição dos. terriveis: en-
– genhos de morte, não nos devemos

ot

“agmirar que se aproveitasse | o]

attentado ‘de Seravejo para os gal-

los europeus jogarem as ps

Em França o anti- germanismo

adquiria todos-os dias novos adep-

. tose a chamada de Delcassé n’es-

te momento para a pasta dos ex-

“, trangeiros é bastante significativa.

A Russia foi a primeira ; a mobi-

is r-se e à Ingluterra esquece o
hôme-r ule para unir fileiras.

 

nu

 

conflagração? Ninguem sa e. “Do
“que, porem, já hoje se não pode
duvidar é de que todos, ricos e
— pobres; nobres, e plebeus, sofvero-
“DOS AS consequências desta” Incra

 

“ersde ambições oo
oo E tarde já para sustar o troar |
dos canhões; para pre, a mar

Se

 

“Qual vae ser 0 resultad “desta, | Paradoxal a

 

COMPOSTO E IMPRESSO NA miNERVA CELINDA DE RARALHOSA & VALENTE — CERTÃ

EU ] f
cha vertiginosa da cavalaria, pa-
ra calar o rugido aterrador: dos
grandes couraçados.

Já se encontram frente a frente
os inimigos de hoje e quem sabe se
amigos der amanhã.

Se é para tem=r esta hora ter-
rivel doajuste de’ contas, não: é
menos para receiar o momento da
divisão do bolo. Então mal» dos
fracos, mal dos pequenos«que não
terão lugar á mesa: do banquete
final. E, «quando já gastos pelas
luctas, os gigantes adormecerem-á
sombra dos loiros da victoria, ver-
se-ha então quantas vidas e quan-
tos milhões o canhão fez desapa-
recer. :

Terá de ser grande a obra de
reconstrucção é então, mais do qus
nunca se exigirá nos chefes de es
tado e aos homens de governo
um pulso de ferro a par duna
grande energia e inteligencia,

Terão dei reparar-se muitos es
tragos e de acudir a muita miseria.
Uma coisa não conseguirão os che-
fes de estado nem os homens de
governo: — apagar o vesgio das
lagrimas nos rostos desfalecidos das
mães que perderam 03 filhos, das
esposas qne perderam os maridos
e dos filhos que ficaram | sem pae
em nome da ambição universal.

j ‘ SENTORIO

 

 

N. S. DOS REMEDIOS

Como de costume terá EAR nos
dias 14 e 15 do corrente a festa

em louvor de N. S. dos Remedios,
que se vengra na sua eapeir nos

suburbios d’esta vila.

Este ano, porém, devido aos es-
forços do seu cnpelão sr, padre
Guilherme Nunes Marinha, a fes-
ta prolongar- seha nos dias 14, 15

á noite e 16, havendo na noite de”

15 fogo do ar em vistosos fogue-
tões, musica e descantes e no dia
16, festa de egreja e arraial, espe-
rando-se que n’estes ultimos dias
afesta seja abrilhantada pelas duas
filarmonicas d’esta vila. Em todos
os dias haverá carreiras de auto-
moveis e carros entre esta vila e o
aprazivel sitio da Senhora dos Re-
medios, ii

 

 


+ À
Consta-nos que m’um estabelecimento
q instrucção do concelho, ha um profes-
sor lecionando cadeiras de ‘ que, popa
não alcançou a carla de exame, E:
Será possivel? A ser assim devem os

“alumnos aquela casa | ter uma intuição

muito modesta da sua) p
um fal paiasoo pára: À q
Rr É

ão perante
adimitirem na

 

 

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço con vencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar

 

Coisas &% loisas…

 

Pedras, pedras, pedras,

Muita gente, mas muita, nos escreve,
a pedir- nos para fazermos sentir ao sr.
Cheie de Conservação de Obras . Publi-
cas, qne é tempo de mandar retirar dos
passeios da Rua do Valle a pedra que
m’elles está armazenada, porque está
prejudicando consideravelmente o tran-
sito, Alguem ha até que nos diz que a
calçada agora feita deveria ser coberta
com areia e não com terra, porque as-
sim se faz na maioria das terras do
paiz.

Nós, [francamente o dizemos, pouco
percebemos «este fiado, mas entretan-
to, achamos judiciosas estas considera-
ções, e como por agora já não ha re-
médio, que fique o aviso para outra vez.

Relativamente às pedras da calçada,
lembra-nos agora aquelle verso do mi-
moso poeta é nosso amigo Tavares Ju-
mio:

 

 

Alé as pedras da calçada
Quando tu passas Lão só,
Reverberam como a lua,
Olham que metem do.

P’ o que elhas já fazem, a pedir mi-
zericordia, quando veem passar rua
acima o sr. Ghele da Conservação.

Esperamos que s. ex.* se comova.

Arreda

Assim devem dizer certos guiadores
de cartos, quando passam” por essas
ruas em corridas que mais parecem na
disputa de algum premio, do que no
serviço de comlução. Ao menos com o
arreda, sempre um mortal, se não for
mouco, se pode previnir.

NWontes

Ia falta da Rua ávit nas fontes pu-
blipás, da vill
sim nol- à “diz um nosso visinho, a

am a creada gasta:2 horas por cada
vez que vai buscar o cantaro d’agua
ao marco da praça.

Torne responsavel a Camara pelo
desperdicio de Ea raro amigo. Ande-
me com elles,

Continua talassa

Continua talasssa o sr, Presidente da
Comissão Execitiva. Quer por força 200
mil réis para’0 peixe. E 200 escudos
porque não?

Málas

Não conseguimos endireitar o mundo
por mais que a gente se esforce. Bem
queriamos nós que o carro do correio
chegasse á tabella, (14 horas) mas qual,
só temos conseguido que chegue às 16

e pouco menos. E vá que estamos com
sorte; se der na gana à Companhia ar-

| rematante da condução das malas, nun-
ca cá aparece; se assim fosse alguma

coisa se lucrava, pelo menos por agora,
não tinhamos os Jornaes e não sabia-
mos 0 que por lá vai, pelas Alemanhas
e pelas Russias. Não teriamos a lamen-
tar esses choros das ‘sopeiras que pen-
sam ver partir em breve os seus
namorados para O teatro das operações.
Ova vá o caso como vista ao st, Dire-
tor dos Ci

 

Ora oxulá que assim seja!

Uma pergunta:

Então os carroceiros tomaram de ar-
rendamento a rua Serpa Pinto?

Oh senhores! Isto se assim continua,
dá vontade de fugir para o Chão da
Forca.

No domingo passado, duas carroças
repoisavam tranquilamente das fadigas
da viagem na Rua Serpa Pinto. impe-
dindo por completo o Lransito. Um carro
que vinha dos lados da praça teve de
esperar que suas ex.” os carroceiros,
dessem licença para passar. O mais in-
teressante é que jma das carroças es-
tava por completo desengatada e per-
feitamente encostada à porta do sr.
Azevedo Bartholo evitando d’este modo
a sSahida dos habitantes d’aquelle pre-
dio.

Aquillo sucede todas os dias e nós
vamo-nos já convencendo de que daqui
a pouco só se pode audar de aeroplano.

 

Prevenções

Está completa a caiação dos muros
do cemiterio e mais reparações da ca-
péla mortuaria. Tudo leva a crer que
su pensa a serio na morte, garantindo
à tempo uma morada limpa onde o
corpo apodreça hygienicamente. Dos
vivos não reza a historia.

Kxpropriação

Bstã a pedil-a por ulilidade publica a
Quellha do Oiteirinho, ali defronte do
Adro.

Isso é uma cantiga

ssim o diz a sr. Presidente da Co-
missão executiva da Camara Municipal
quando se trata do mercado do peixe.

Relatorio

Do Relatorio que a Comissão Executi-
va apre:
ullima sessão, conclue-se pie durante

b intori lo partameta sp fez
que estava feio, é se não fez o que

se e para fazer. Ora assim mesmo é
que é. Tambem não quer que a Camara
se bnpinhe. B’ da opinião do tal… da
Galleguia.

 

 

 

Outra vida

Vai matricular-se no Namorado, o
secretario da Camara Municipal. Antes
assim, ao menos lá aprende-se a ler
letra redonda.

Leandro

Rezam as gazetas de grande informa-
ção que lá para o dia 8 se fará ao largo
para as bandas de Hespanha, Leandro
Gonsalez, o heroe da Rua da Madalena.

Será para galardoar tão alevantados
feitos que se lhe abrem as porlas da
Penitenciaria?

Carecas

O snr. Vereador Demetrio Carvalho,
sentiu na ultima sessão ganas de por
a careca à mostra, mas que careca, à
delle ou a dos visinhos?

Para fechar

A Comissão Executiva deu conta à
Camara Municipal das! negociações em
que tem estado com ade Figueiró dos
Vinhos, sobre a luz electrica, para ilu-
minação d’este concelho.

ntou ‘á Camara Municipal na”al na”

@@@ 1 @@@

 

NO2 DA BEIAA

 

 

«As missões portuguezas

Mio am’ga fez-nos chegar às mãos a
‘sentação que Os missionarios por-
mes da provintia de Moçambique
«entregaram ao Governador Geral. d’aque-
Ja provincia sebre os inconvenfentes da
apiicação dalei da separação m’aqueles
torritorios,

Antecede a representação um bem
“elaborado reletovio (lo movimento mis-
sionario da provincia, em que enaltece
pela evidencia dos factos consumados o
papel civilisador e palriotico que às mis-
Sões team descrmpenhado até agora, Fe-
re brilhantemente a nota patriolica esse
rap do esboço do trabalho dos nossos
missionarios em que avuita sempre co-
mo pera monumental do edificio mis-
sionario a difusão da instrucção em lin-
gua portugueza.

Mercê d’essa hoa vontade e dedica-
ção,as missões portuguezas podem apre-
sentar um mapa de movimento escolar
que longe.dar aso a criticas inoportunas,
maiio e muito juslifica a atitude extre-
ma que aqueles benemeritos ousam to-
mar em tal documento.

Nada menos do que 4:320 alunos, em
medir, frequentaram as escolas missio-
narias nos ultimos 5 anos. Pelo que diz
“o relatorio: «As missões cafolicas por-
tuguezas teem razão de existir e a ser
auxiliadas, não só por existirem outras
«que não convem deixar sosinhas em
campo, mas tambem porque prestam a
Portugal e aes indigenas das colonias
serviços de alto valor.

«E para O reconhecermos basta sim-
plesmente olhar em redor de nós. Quan-
tos mil indigenas sabendo ler e escre-
ver O portuguez! Nas oficinas, nas casas
comerciaes, mas repartições do Estado
e até no jornalismo se encontram edu-
candos dos missionarios portuguezes
Quem tiver viajado pelo mato, muitas
vezes terá experimentado a agradavel
surpreza de lá, a centenares de kilome-
tros dos meios civilisados, encontrar in-
digenas falando o portuguez: são alunos
das missões portuguezas,»

Qutra razão de ser das missões por-
tuguezas são as escolas profissionaes
em que o indigena vae com grande pro
veito da civilisação, fazendo a sua apren-
dizagem em 33 oficinas, assim reparti-
das pelas seguintes artes e oficios: al-
faiaterias, 9: sapatarias, 6; tipografias,
2; encadernações,2; carpinterias, 7; ser-
salharias, 4 e funilárias, 3.

Além d’estes serviços as missões teem
ainda os serviços agricolas e criações
de gados, e um não menos importante
factor de atração pela assistencia medi-
ca nas suas enfermidades, principalmen-
te no tratamento de vulceras e chagas,
chegando nos ultimos 5 anos a atingir
uma media de 4:158 curativos.

Baseados nestas e n’outras razões de
grande valor patríotico e humanilario
os bons missionarios apresentam a re-
presentação que abaixo transcrevemos,

por julgarmos digna da Sã
jus Nossos Jearas:

 

 

 

 

«1.º—Liberdade de propaganda reli-
giosa, do mesino modo que é concedido
a outras confissões;

—Poderem os missionários portu-
gueses fazer êssa propaganda e cele-
brar os demais aclos do culto nos edi-
fícios do Estado, até agora destinados a
ôsse fim;
3.º—Gonservação das dotações ás mis-
sões, sem as quais os missionários não
podem lomar a responsabilidade da
EonNEnSação e reparação dos Tespelivos
edificios, é e fcaa a construção dos edi-
ficios que de futuro forem necessários a
cargo das Obras Públicas;

4.º—Conservação do subsidio para o
nosso superior hierarquico;

5.º-—Suspensão das associações de
que fala o artigo 13.º do decreto em
questão;

6.º—Aulorisação sed as missões po-
derem resolver pequenas questões de

 

indigenas, com recurso para o adminis- |

trador da circunscrição;

7.º —Equiparação dos vencimentos de
maneira a todos os padres seculares da
Província ficarem percebendo 500300
de categoria (congrua) e 250500 de sub-
sídio;

8.º—As missões calólicas portugue-

“sas comprometem-se ao seguinte:

a) Minislrar o ensino primario, que o
Covorno deve lornar obrigatório;
b) Ministrar o chsino agricola ou EO

 

 

Secção literaria

NOTAS A LAPIS

Por absoluta falta de espaço
somos obrigados à retirar as notas
a lapis. Aº’s gentis leitoras que con-
tinuam dando-nos a honra das
suas respostas ao nosso plebiscito
pedimos desculpa deste adiamento
para o proximo numero.

PH Victor

Bs GU BELLA

Esse terrivel monstro que tudo come
e consome, como disse Vieira, vae es-
tendendo seus tentaculos sobre a Buro-
pa.

No seu dorso de gigante raivoso. ca-
valga a mais desmedida ambição, diri-
gindo seus olhares famintos de gloria e
grandeza atravez dos campos queridos,
ninhos bem quentes, de patrias glorio-
sas que os filhos amavam.

Nada resistê à sua passagem. Os mais
grandiosos monumentos, que atestavam
impavidos e serenos aos presentes e aos
vindouros a fé e o amor patrio d’uma
geração; as Dibliothecas, que os sabios
erigiram, após,;tanto trabalho e Gancei-
ras e d’onde, irradiava a luz que ilumi-
nava o mundo intlectual; tudo vae ser
pasto das chamas vorases d’um incendio
que tudo reduzirá a cinzas e que o si-
mon do deserté levará para o mar do
esquecimento.

A Europa está de luto.

Os cantares alegres das raparigas,
deu logar a lagrimas de saudade.

Os sinos das Egrejas que antes cha-
mavam os fieis à contemplação de De-
us e a quem os impios moveram uma
guerra infame, calaram-se para dar lo-
gar à vóz possante do canhão. A Europa
estremece de horror, ao ver que foi Ju-
dibriada; hoje, seus olhares, dirigem-se
para o alto, n’uma prece fervorosa, pe-
dindo a Deus perdão de haver trocado,
por conselho do impio, a couraça da fé
que lhe dava a paz, pela conraça da
descrença que gerou a ambição c lhe
deu a guerra,

 

ai Francisco: |

DESORDEIROS

Consta-nos que na visinha po-
voação de Sernache foi declarado
o estado de sitio, em atenção a al-
guns caceteiros que por ali teem
espalhado o terror da sua fama.

De brios guerreiros poderá sair
um bom soldado, mas de manifes-
tações viciosas com tendencia á
desotdem, apenas poderá sair um
criminoso, de que a patria nada
terá a esperar.

Quando desta é; folgá Aquatica
em chamar os discolos á orem, e
só nos admiva que, sendo tanta a
violencia dos atritos e derespeitos,
não tenha havido quem a salvo da
moral publica remeta taes perso-

magens ao poder judicial.

sro aerea ana mat es rat er ie en

 

 

fissional das populações indigenas, des-
de que lhe seja dada verba. suficiente;

c) Prestar assistencia, contanto que
os medicamentos sejam. fornecidos pelo
Estado, como até agora;

d) Prestar educação religiosa, moral
e civica;

e) Admilir quaisquer alterações que
o Govérno entender por conveniente
introduzir, desde que não impliquem
com a hierarquia eclesiastica e doutrina
da Igreja. »

Seguem as assinaturas de 48 missio-
harios.

Parece-nos simplesmente rasoavelo pe-
dido que a representação involve. Vac
n’ela um grito angustiado de dôrpela
sorte das colonias portuguezas arrisca
das aq verem inutilisados em poutos
anos tantos exforço e energia. Sem mis-
sionarios que no interior façam conhe-
cer e amar ao indigena a lingua portu-
gueza. quem terá por lá o vagar de ex-
plicar-lhes a significação da bandeira
nacional?

Honra aos missionarios porluguez’s*

 

Crónica ligeira

 

—Cá estamos de volta— dizia-
nos o nosso bom Ferreiro de Va-
quinhas ao pôr o pé na goleira da
porta da nossa redação.

— E seja bem vindo; é-nos sem-
pre agradavel a visita dos amigos
— respondemos nós oferecendo-lhe
uma cadeira. Queira sentar-se e
estar a seu geito. Então que nos
dá de novo?

—Pouco, muito pouco; mas O
prometido é devido, e por isso…

—Não quiz faltar á sua pala-
vra, muito bem. Então veio só?

—E” verdade: lá o compadre
Ventura tambem veio na segunda-
feira, mas zangou-se e com razão.
Démos uma caminhada de Vaqui-
nhas aqui, para afinal os homens,
assim que nos viram na sala, se
levantarem é irem-se embora. Eu
estou pelo que diz o Ventura; co-
mo nós costumamos rir d’aquela
banbochata, eles arreliaram e…
Zaz, pirraça. Ah! mas d’esta vez os
comi eu e bem comidos; fiquei cá
atraz; escondi-me atraz de uma
bota do gr. Guedes e pesquei tudo
sem ser visto.

—Mas então a sua apreciação?

— Deixe-me cá. A Ribeira Nova
enfrascou-me e venho com uma
barrigada de peixe…

— Não percebo; Ribeira Nova?!

— Estou maluco. Eu não estive
na Ribeira Nova, é verdade, foi
nos Paços do Concelho; mas olhe
que… verdade verdadinha, pare-
cia bem uma Ribeira Nova: ralha-
va-see só se falava em peixe, já
vê o meu amigo que…

— Não está má a comparação,
sim senhor; marque lá duas. E de
resto o que se passou?

—De resto, não percebi nada.
Eles faziam um barulho; que não
se entendiam, como não se enten-
diam uns aos outros, e depois o que
estava a ler um arraçoado muito
comprido, o secretario, o tabelião

de Pedrogam, está a pedir Namo-/

tado; o pobre homem em saindo
dy letra redonda, vai raia que te
parto, de maneira que a gente que
está cá longe, fica a apanhar pi-
lulas.

—Mas então não valeu a cami-
nhaaao

—Lá valer, valeu, nem que se
viesse de mais longe. Demais é de
graça por emquanto. Que, deixe-me
dizer-lhe, seria um bom rendimen-
to, pelo menos um abono para a
ponte da Galeguia, se pozessem a
entrada a cinco tostões por cabeça,
(vai sem piada ao presidente da
comissão). Estou em dizer que se
esgotaria a edição dos bilhetes,
acredite,

—Já vêjo, meu caro, que aqui-
lo é uma salsada, ‘

—Uma salsada, diz o amigo,
aquilo é uma “pepinada, ou antes
um pepineira, mas que tem sua
graça, porque tudo se ri até mais
não, Os ofitines devem ter encon-
trado: por lá muito botão das cal-
ças. Eu estou a ver quando umas
figuras que por lá ha pintadas dei-
tam á gargalhada. O D. Nuno já
eu pesquei a sorrir-se para o pre-
sidente quando ele hoje disse que
a minoria tinha retirado, estando
todos afinal comodamente sentados
nas suas poltronas, isto em retro
pronuncia.

—Suiu

 

lá cada uma que era

 

da gente se apertar, e ainda eu
não ouvi tudo, mas via rir a bom
rir toda a gente; logo a cousa era
grossa. Achei muita graça ao Ce-
lórico que a puchar do peito que-
ria pôr a careca á mostra go nos-
so visinho d’Abigoaria, ó das feitas.
Estás a ver; já a minha mulher me
diz ás vezes: em casa de ferreiro
espeto de pau…

Nºesta altura o nosso cronome-
tro marcava 5 horas, (ainda é dos
| velhos)e o bom Ferreiro, dando
por essa circunstancia. disse-nos
adeus, (de mão aberta e franca) e
prometeu voltar na 2.º-feira se não
fossem as suas horas de agua pa-
ra a rega dos milhos.

Agradecemos a visitinha e fo-
mos tambem em busca d’alguma
cousa para ir sustentar o cadaver
do.

Bom-Ouvido

AGENDA.

Partidas e chegadas

 

 

 

 

 

A passar a estação calmosa, saiu
da capital para a Figueira da Foz,
acompanhada de seu marido, sr.
João Pinto de Carvalho (Tinop) a
nossa presada assinante sr.º D. Pie-
dade da Silveira Ribeiro de Car-
valho,

—De regreso do Brazil onde foi
liquidar os seus negocios comer-
ciaes, está n’esta vila de visita a
sua familia o sr, Antonio Joaquim
de Moura.

— Esteve em Arganil tendo já
regressado a esta villa o nosso as-
signante sr. Joaquim Pedro Fer-
nandes.

—A passar algum tempo com a
sua familia sahiu para Tortozendo
(Pezo) o nosso prezado colabora-
dor sr. padre Arthur Mendes de
Moura.

Vindo de Castello Branco está
n’esta villa o snr. Carlos d’Ascen-
ção alumno do liceu d’aquella ci-
dade.

—Ficou aprovado nos seus exa-
mes finaes-e encontra-se já no Ri-
beiro de Cima o sr. Julio Ribeiro
Antunes, filho do nosso amigo sr.
João Antunes.

—Em exercicios de equitação
tem estado nesta vila, o sr. Anto-
nig Poglha fruimarães, de derna-
che do Bomjardim,

—Estão na Figueira da Foz a
uso de banhos os srs, José Henri-
ques da Silveira, a er.º D. Marga-
rida e Silya e o nosso assinante é
amigo Augusto David Silva,

Aniversariosz

Fez anos no dia 5 do corrente
asrº D. Luiza de Seabra Mon+
teiro.

Parabens.

Gremio Certaginense

Realisou-se com muita concor-
rencia no passado domingo o bai-
le quinzenal n’este Gremio. A fal-
ta de espaço fez-nos retirar algu-
mas considerações que haviamos
feito a proposito do baile, que pu-
blicaremos na proxima somana,

. Durante a semana vimos n’esta villa
os srs. Jayme Raul da Silva, José Hen-
rique de Oliveira, José Maria d’Azevedo,
D. Virginia e D. Laura Batista, Mariano
Namorado, Albano Barreto, José Ignacio
Pessoa, Joaquim Martins Pereira, João
Lucas de Moura, João Nunes de Matos
& Francisco Ribeiro.ano Barreto, José Ignacio
Pessoa, Joaquim Martins Pereira, João
Lucas de Moura, João Nunes de Matos
& Francisco Ribeiro.

@@@ 1 @@@

 

dixames do 2º. gráu

* Bob a presidencia do sr. Anto-
nio Duarte Belo, tendo por vogaes
asr!D. Sára Cavalheiro e o sr.
Jonquim Pires de Moura, começa-
ram n’este circulo escolar os exa-
mes do 2.º grau. Até hoje fizeram
exame os seguintes alunos das di-
ferentes escolas:

Ermelinde da Conceição Men-
des, Maria R. Barata Salgueiro,
Joaquina Lopes Pires, Maria do
Rosario Dias, Maria do Ceu Cava-
Ibeiro, Angela M. David. Maximi-
na da Piedade Ribeiro. Ermelinda
R. da Silva, Antonio Ribeiro An-
tunes, Cezar Domingues Antunes,
Americo Ribeiro da Cruz, Luiz
Delgado e Martinho Cardoso Dias,
aprovados.

Ilda Marçal Correia Nunes, Ar-
minda da Conceição Graça, Ana
de Carvalho Ribeiro, Manuel Fer-
nandes do Amaral e Edurdo Bara-
ta Correia; distintos.

 

ESTANTE DA VOZ DA BEISA

Acabamos de receber 1.º fasciculo
das «Noções práticas de puericulura»
trabalho d’um distincto medico francez,
que se propós ensinar às mães como
devem “criar e educar seus filhos, E’
seu editor J. Cunha, rua da Alegria, 36,
1.º E.— Lisboa. –

“Todos deveriam ler esta obra pois
“visa ao aperfeiçoamento da raça, vul-
garisando: conhecimentos de geral inte-
resse. Cada fasciculo custa apenas 20
réis.

«A Voz da Mocidade»

Recebemos a visita d’esta nosso co-
lega que se publica no Porto, com quem
gostosamente vamos permhtar.

«A Aurora»

Tambem recebemos a visita d’este
nosso colega, que egualmente se publi
ca no Porto, *

Vamos permutar.

 

 

 

EA ORAS

 

PEDROGAM PEQUENO — Sai:
iam em viagem, para Lisbva, o sr.
Angélo Heuriques Vidigal e para
as Caldas o sr. Adelino Nunes Ma-
rimha, esposa e filhos, D, Maria
Angela da Conceição Vidigal e sua
filha D. Inacia Vidigal.

—’Pambem sairam na outra se-
mana para fazer 4 sua estação de
aguas, as sr. D. Inacia: da Con-
Cd e D. Anpeli Fer

PELOS CONCELROS

Vila de Rei, 4-—Pedem-mos
para insistir, n’este logar, no caso da
exploração da agua potavel e sua cana-
lisação para esta vila. Que era um me-
lhoramento de mafureza realisavel mais
facil do que parece, dizem-nos: e que
seria um grande rendimento para a ca-
mara se a captação fosse abundante, por
se poder vender e arrendar à p:rucula-
res para consumo domestico e irrigações,

“informam-nos. TE

Fica satisfeifo 0 pedido. por esfarmos
absolutamente de acordo; é ao peficio-
nario repetimos o que lhe dissemos:
contamos com a boa vontade das pes-
soas mais sensálas desta tita e cremos

 

 

que da camara municipal sempre pronta

a olhar pelos melhoramentos e hem es-
“tar dos seas municipes. Até otvitrios já
falar em grandes ofertas por subscrição

– publica à que não é estranho o-sr. José

Henriques Alves Froes. Será assim? O

“nosso desejo é que se aceitem tolas as:

Doas vontades para ver realisado o nos-

– SO son “dourado. j

“Esteve ligeiramente doente a sr

 

oz DA DERA

D. Catarina Gomes de Moura, estremeci-
da esposá do sr. Joaquim Martiis Rolo,
d’esta vila. ”

—Tem sentido algumas melhoras nos
padecimentos o sr. Julio Pereira de Ma-
tos, habil secretario de finanças d’este
concelho. ,

— Regressou à sua cása do Cabecito
o sr. José Henriques Alves Froes; que
durante alguns tempos este na capital.

—Tambem regressou à esta vila o

“sr, José Joaquim de Moura Neves, acre-

ditado comerciante na nossa praçã.

—Chegou à esta vila o sr. Alvaro
Santos que em Lishoa concluiu com dis-
tinção os estudos de terceiro ano da fa-
culdade de direito, pelo que o felicitamos
e aos seus.

— Tem estado ligeiramente doente o
sr. José Nunes Tavares, inteligente
professor oficial n’esta vila.

— Realisou-se no domingo passado à
festividade de Nossa Senhora de Lourdes,
no logar do Abrunheiro Grande, fregue-
zia da Fundada. Foi abrilhantada pela
filarmonica desta vila—(.)

Oleiros 5-8 -—Realisou-se na ul-
tima segunda feira a reunião da Camd:
ra Municipal, que, entre outros assuntos
de somenos importancia, estudou a [ôr-
ma de atrahir concorrentes ao | partido
medico desta villa, vago desde janeiro
ultimo. Não sabemos as resoluções to-
madas pela illustre vereação,’ térta-
mente animada da melhor vontade em
satisfazer as justas aspirações de todos
os municipes, que reclamam um facul:
tativo. Na nossa qualidade de oleirense
julgamo-nos no direito de tratar da
questão, e por isso vamos apreciar as
medidas que a Camara poderia adoptar
para chamar concorrentes, e evitar o
desaire de quatro concursos todos elles
desertos,

O augmento da tabela, já bastante
elevada, que garantisse do facultativo
uma retribuição condigna dos serviços
prestados, alem de ser uma medida
cruel, que iria tornar «mais criticas as
circunstancias do infeliz à quem a doen-
ça com todo o seu cortejo de infortu-
nios, visilasse, não atrahia ninguem.

| Porque assi como t empregado pabli- |

co atende mais ao quant do seu vf-
denado do que à verba dos emolumen-
tos, assim taribem o medico, que leia
a nolicia do concurso e pense em colo-
car-se, terá como certa a importancia
da sua folha mensal, considerando o
resto como receila muito eventual, cuja
cifra dependerá da sua habilidade é
trabalho, quantas vezes violento.

Posta de parte a hipotese do ugrava-
mento da tabela, que redundariá em
prejuizo dos pov sem. à nosso ver,
remediar a ques(ão, resta uma anica
providencia a adotar: é o aumento do
ordenado do facultativo.

Sabemos qne são precarias às condi-
ções economicas do municipio; que o
ordenado dos empregados respelivos
absorve, quasi pot completo, as sas
magrds receitas; que as calçadas se en-
contram em miau estado por falta de
verba: que muitas pontes carecem de
trgente reparação sem esperança de
realisal-a à mingua de recursos! que
ainda ha pouco, a Camara vo. louyavel
empenho de abastecer a vila de aguas
potaveis solicitou da governo o subsidio
de 1:0005; mas tambem recontiecemos
que só com à economia. proveniente
da vacancia do partido medico desde
janeiro até hoje, a Camara obleve re-
ceila, que lhe permite dumentar o or:
denado em 1005 annudes, sem agrava-
mento das suas firtánças, pelo rhenos
nos dois proximos atírios. :

Longe de nós a ideia fazer ifisura-
ções aos illustres membros da Câmara,
onde contamos devoladissimos amigos
a cujo conselho bastas vezes temos re-
conhecido; mas se s. ex,” reconhecem
que’o mudicipio não pode dotar conve-
hienteinente 0 seu medico, deixem-se
de abrir novos concursos, que acatte-
tam despesas verdadeiramente innteis,
e vos fazem cair tro ridiculo, digam dos
seus municipes que a Camata não pode

sustentar facultativo e loda a gente de,

bem lhes louvará à franquesa,

Proença a Nova

(09)

E” com bastante magiua que n’es-.

ta nossa correspondencia tenha-
mos que referir a um triste facto;
que veio enlutar o nosso “coração

VA

de amigo. Referimo-nos ao nosso
amigo Simão Luiz do Silva. O fa-
lecido dotado, dum porte nobre é
duma hontadez de caracter pouco
vulgar, deixou enj cada pessoa que
de perto o connecia, um amigo a
sentir a súa grande falta,

O ftineral rehlisou-se no dia 31.
No píestito funebre encorporarain-
se centenas de omigos; que, no
cumprimento dtim dos mais sagra-
dos deveéres, ali iam a patentear 4
sua grande amisáde e admiração
que tinham pelo falecido. Alem
destes, muita povo que do finado
àstava sempre a receber favores;
(e ele era incanisavel em faze-los)
o acompanhou 4 sua ultima mora:

a,

A’s borlas pegaráai os srs. João
Ribeiro José Miiaos, Silva Roda;
José da Silva Cavalheiro; José Al-
ves Catarino e Albano H. Barreto.

Pelos filhos do finado, familia é
outras pessoas, foram oferecidas
algumas coroas: A’ familiá é so-
bretudo aos seus dois filhos, que
do finado herdaram um passado
honroso, agresentamos às nossas
mais profundas condolencias.—C.

 

 

* No escriptorio do solicitador en-
cartado Fructuoso Pires, n’esta vi-
las hão de vender-se no dia 16 do
cotrente, pelo maior preço, ofere-
cido acima do atribuido à cada
predio, às seguintes propriedades!

1.º Courela de matto coni dois
sobreiros e um pinheiro ás azi-
nheiras; confronta do nascente
com José Francisco, do poente

 

 

| com José Lucas do norte com Joa-
| quim Jorge e do sul com Antonio
| do Olival; | , ;

2º Olival e testada de matto, sita
| 4 Azenha (Nesperal); confronta do

| mascerite com Antonio Núnes, do |
noite com herdeiros de Crisostimo |

Leitão e do sul com os de Simão
Leitão:

3.º Olival e conrela da matto ao
Ribeiro da Mota (Nesperal)

Ae Conrela de matto tojeira,
tres sobreivos e uma azinheira e
pinheiros, nos Combaros; à partir
do tiascente com João da Abe
boagia. poente e sul com Joaquim
Martinho, norte cor José Men-
des; .
5.º Olival ao Ribeiro de São
Miguel, à partir do nascente com
Maria Rita, do norte com esta, do

poente com Manoel Ribeiro Maça-
Fo e do sul com D. Clamentiua

Relvas;

6.º Olival, miirado com seis so-
breiros e testada com pinheiros até
ao vizo, sita 4 Cerrada Nova nos
Calvos, parte do nascente com D.
Clamentina Relvas, poente com
Antonio Nunes, norte com Joa-
quim André e sul com à rua;

7.º Testada de matto e pinheiros
pegada com a antecente para o la-
do do Nesperal, sita às Azinheiras,
parte do nascente com o anterior
predio, do poente com José Fran-
cisco, do norte com Joaquim Al-
faiate, é do sul com Antonia do
Olival; Ra

8º Olival ao Valle Ovelheiro,
parte do nascente com Joaquim
Matta, do poente e norte com este
e do sul com Amelia dos Reis;

“9.º Proptiedade con ,sobreiros
oliveitas e mafto, sitt ao Valle do
Mestre” dentro dos vizos, parte do
nascente com Francisco Ribeiro,
‘poente com Simplício da Matta,
norte com José Martins e do sul
com José Bartolo.

 

Marge g nais

10.º Metade de um lagar ton
quatro varas no Ribeiro da Mouta,
(Nesperal).

 

Faz-se saber que no dia nové do
proximo mez de Agosto, por dozé
poras á porta da Piburial Judicial
id’esta comárca, em virtude da
execução pará prgamento de cus-
tas e sellos em qué é exequente o
Ministerio Publico é excutada Cles
mentina Theodorá de Jesus, dá vi-
lla de Oleiros, se já de proceder á
venda e arrematação eim haste pt-
blica pelo maior preço qué for
offerecido; do, predio seguinte: O
domínio utilZd’um prado foreiro
os herdeiros de Izidoro Martins,
d’Oleiros, em Cincoerita.e cinco li-
trose setenta e dois centilitros
(quatro alqueires) de centeio e
uma galinha; imposto nás glebas
seguintes:

1.º Uma casa de habitação com
loja e sobrado. sita na Rua do Ci-
mo da da villá, em Oleiros:

2.º Uma pequena terra de cul-
tura sita ao Dom Vicente. emite
Oleiros, O seu valor liquido é de
sessenta é sete escudos cincoenta
e quatro centavos, e vie pela ter-
ceira vez á praça, sem valor.

São citados quasquer credorer ib=
certos.
Certã, 24 de julho de 1914
: O escrivão
Francisco Pires de;Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito—Mattozo

 

 

ANUNCIO

ELO Juiso de Direito da

comarca da Certã e cartorio

do escrivão do terceiro ofi-

cio, nos autos civeis, para
divorcio, tegueridos por £Florindi
da Conceicão, propiietaria do Jo=
gar do Valle! da Ussa; fregtiesia
da Sobreira Formósa, d’esta co-
marca contra seu marido Francis-
co Ramos tambem conhecido por
Francisco Ribeiro Ramos, ausen-
te em parte incerta foi proferida
sentença ditorisando definitiva-
mente o divorcio entre os conjuges
com fundamento nos numeros 2.º,
4.º,5.,e 8.º, do artigo 4.º da Lei
de 3 de novembro de 1910, o que
se fáz publico nos termos o para

os oficios do artigo 19) da mesma
Let

Certã 1 d’agosto de 1914
O escrivão
Eduardo Correa e Silva
Verifiquei: ;
O Juiz de Direito—Mattozo

Sernache do Bomjardim
O estabele:

TRESPASSA-S cimetito:

mais aftigo; com fázenda ferragens,
mercearias e miudegas, pelo. proprieta-
rio ter outros riegoçãos e não podet estar
à testa. Tem boa clientella é trespassa-se
pelo valor actual das fazendas: |

Presta esclarecimentos — José Maria
d’Alcobia—SERNACHE DO BOMJARDIM

) :- Madeira de no-
Vende-se gueirá e de cis=
tanho-— ‘Prata-sé’com José J. de
Brito—Quinta’da Povoa — SER:
NACHE DO BOMJARDIM.

 

 

Fructuoso Pires
Solicitador encartido
| Rua Dr. Santos Valente

— CERTA =A =

@@@ 1 @@@

 

+

nas prever. sões
das doencos infetciosas;—na conval
— censa das febr es praves;—nas atonias

VOZ DA BEIRA

 

SECITAI LNI-=E8 todos os

: crabalhos desta arte, para que |
é RS grande variedade de material.

Rar -se emcommendas para
“o Brazil e Africa.

em fam

“R. CANDIDO DOS REIS —CERTÃ

J. CARDOSO

[ 4

ENTES arlificiacss em todos os
sistemas. Operações sem dor.

F[R. da Palma, 115, 2.º—Eisbea

[ADEIR

de cereijeira em diver-

sas larguras e complimeutos

par vende-se, podendo o ‘preten-
ente dirigir-e a João Rodri
va= Troviscal.—(MARIA DONA).

 

 

ENDE-SE coms2 andares e
lojas sita na y enida Baima
de Bastos d’esta villa,

Tractar com Possidonio Joa-
quim Branco, da Mongueira. ,

E XYPE ”»
AUTO EALO
d TE O

Gazolina, oleas, vazelina, aces-
sorios para bicicletesy tubagem pa-
ra canalisação para a e aceti-
lene.

Montagens completas de aceti-
lene.

Vendas por preços baratos na
officina de serralharia de

ANTONIO LOPES ROSA
— ==SBRNACHE DO BOMJARDIM— —

+

e seda. ML
Papelar

Sell bb A LA LL

e

CASA COMMERCIAL

— DE—

UAXIMO PIRES FRANCO

Completo soja do de fazendas de algodão, lã linho
aria, ferragens, quinquiiharias
+ chapeus, guarda-chuvas,
Sonmbrinhas; cordas. tintas, cimento, cera
em velas e em grumo, tabacos, ete., etc.
AGENCIA DE DIVERSAS CASAS BANCARIAS
E DA COMPANHIA DE SEGUROS «PROBIDADE»

 

 

Buu Candido dos Reis— Rua Dr. Santos Balente,

“SB R TA
E co

PRPRPRPPRIPIPICTÇTES PRETRTERAR

PERRR

 

 

“MEMORIA”

EUA pr costura, e
ATA acessorios, Vendas a pronto
ea prestações. Pedidos ao corres-
pondente CANTÔNIO DA SIL-
VA LOURENÇO, com atelier de
alfaiate.

“R. CANDIDO dos REIS — CERTÃ

 

 

E
EA
AS B

AEENDES % ALBUQUERQUE

Automb véis d’ Aluguer, oleos e gazolina.
PRAÇA DA REPUBLICA

mio ESpERTÃ-

 

Agua da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da Foz
di Certa apresenta uma composição
chimica-que a distingue de todas as ou-
tas até hoje usadas na therapeutica.

E” empregada com segura vantagem

“na Diabetes— Dyspepsi as—Catar ros

gastricos, pulridus, ou parasitarios;—

estivas der inade as

 

TELHA MARSELHEZA

Fabrica de telha tipo «Mar se, lhezav,
telhões, tijoloie kular “os para resna.
Preços modicos
“Pedidos ao fabricante

JOAQUIM.LOPES
CRUZ do FUNDÃO -GERTÃ

 

gastricas dos drabeticos, tuberculosos,
Eh ighticos, etei,—1 siricismo dos
exgotados pelos excessus on privações,
elc., ele.

Mostra a analyse batereologica que a

 

“Agua da Foz da Certã, fal como se

encontra nas garrafas, deve ser corsi-
Gerada Col DO MIC óbica men] e

pura não contendo colibaci-
tto, nem nenhuma das especies patho-
gencas que podem existir em aguas.

Alem d’isso, gosa de uma certa accão
microbicida. O B. Thy phico,
Diphterico, e Vibrão.
cholerico, em pouco tempo nella
perdemtodos a sua vilalidade,. ontros
mícrobios apresentam porém resistencia
maior. j

‘A Agua da Foz da Certã não tem ga-
es livres, é limpida, de sabor levemen-
“te acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada, com vinho.

DEPOSITO GERAL a
RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.?
TELEPHONE 2168

 

Ro medro Esteves

ALE ATE
Fatos pm un np s

Cu A em todos 05: “generos
É saseços Modicos

a aça da Efe: CER TÁ

 

 

CAPITAL

mem-o a Migexiebrdia de Pe-
3 drogam Prqueho, a juro
modico.

Tractar com o Notahio Carlos
Band

EMPRESA VIAÇÃO
FERREIRENSE.

ovos os Wiasifçom exceção
dos domingos, esta Empresa
tem carreira d” «uth-omnibus entre
a estação de Payalvo e a villa da
Certa. – :

A partida da Certã é ás 12 horas
perfixas e da estação de Payalvo ás
2 horas |

CHALET

Mi um aa de cons- |
“a truir no Bairro de) anto An- |

tonio, com todas as: condições hy-
gienicas, quintal que se presta pa-
ra da terra de ‘cultnva e um

“poço em exploração desagua, –

Paculta-se o pagamento poden-

do ser de pronto owa-prestaçõese

Peatar com Carlos dos Santos,
nlesta vila, ou em Coimbra; na

| Rua Sá da Baudeita n.º? 7 à 13,

 

Minerva Gelinda |

pe

Ramalhosa do Valente

Tipografia, papelaria o. encadernação
——CERTÃ=—

Centro União Agricula

Fabrica a vapor |
de adubos chimicos

 

— DE—

FRANCISCO. MORAES .
ALFBRRAREDE

Do Sindicato Agricola de Pernes, em

4 de novembro de 1913:
ido temos o prazer de o informar que
a PERGUEIRA A. IB. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que Y. nos vem fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to Os nossos consocios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
to em batata, como em milho
c hortas.

Mais o informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feita
pela Estação. Agronomica de isola:
— ole 3º) — Acido foslorico 2,78 Jo
Cj 3,189 de que temos boletim.

, pois, uma PORGUBIRA recomenda-
e a todo o desejoso de seméar com
exito,
O Secretario da Diréção,
“(a) Bernardino Rosa
—4=—

E” unico nosso depositario d’esta e
outras marcas na CERTA, JOÃO JOA-
QUIM BRANCO

Semea. de 1.º qualidade-Tour-
tenmux para engordo de animaes
sulfato de cobre, sal, etc.

JOÃO d. BRANCO
—=CERTA-—
ond

 

teriaes de construcção.

Pa ee

Doces

 

 

UOCOODO0 000000 0000€
DEE TERESA

— o mota
COMERCIAL E INDUSTRIAL

FICINA de marceneiro e estabelecimento de fer-
ragens, louças, vidros, tintas, oleos, vernizes e ma-

ERCEARIA de primeira duilidáde, vinhos fi-

nos, licores, outras bebidas e conservas. É

Camas de ferro, lavatorios, louças, malas de viagem, espelhos e baguetes
Crixões, unas, corôas em diversos tamanhos
e outros artigos funerarios

“LARGO FERREIRA RIBEIRO = CERTA
50000000900 00000

 

64-64 0—

PR fire

| srna No

O (OM a maxima prompti-
? dão e ligeireza se execu-
| tam todos os trabalhos da arte

Rua Candido dos Reis — CERTÃ

dintonio diunes da Bonte

——&=—
CATELIER D’ALFAIATE

E XECUTAM-SE com per-
feição todos-os trabalhos

da arte.
RUA CANDIDO-DOS REIS
—=0RRTÁ-=—

Agencia
Brazil

ANIBAL MARQUES DE SOUSA

Rua do Larga Corpo Santo, 6, 1.º
LISBOA

OLICITA documentos para passa-

portes, casamentos, baptisados,
enterros, ele., etc. INFORMAÇÕES =
TRANSPORTES = EMBARQUES de passa-
geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terrestres e mariti-
mas, nas melhores condições, para os
HA Eh e HO Reais E. pes dio ER
ca, America do Norte. ctc. etc.

Rapidez, Seriedade, Economia,

Presta escalarecimentos na Certã,

Srugtuoso A.Geguy Pires

 

|
O
E
(E)
É
O

 

000

0006006