Voz da Beira nº17 02-05-1914

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ANO 1º

CERTÃ,

2 DE MAIO DE 1914

AVENÇA

 

nm 47

 

 

— DIABOTOR: ”
é Dr. Datos! Victorino
agf ADMINISTRADOR: f
à r A. Pedro Ramalhosa
PROPRIETARIO:

j Fructnoso 1 Pires

* Redação e Edministração:
o Bug Dr. Santos Balente
=Bipião CERTÃ

 

 

SEMANARIO INDEPENDENTE

 

 

d í ASSIGNATURAS

* Amno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
* + Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs.
F +

Não se restituem os originaes

DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA mixgnvA ceLiNDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ

ANNUNCIOS

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que:se
receba um exemplar

 

 

OLEIROS

” sempri
n

 

re à missão dos Jornaes
ando, libertos das peias
tas vezes, aviltam os
as consciencias, Lo-
] hombros o honroso en-
cargo de defender os interesses regionaes,
Está n’estas condições a Voz da Bei-
ra. E uma voz que para ela nos pedem
um artigo sobre a nossa querida terra,
ele ahi vae, sem forma literaria, porque
para lanto nos falta o talento, mas es-
erito com a melhor boa vontade de tor-
nar conhecido este torrão, quasi por
completo abandonado dos poderes pu-
blicos, e sem iniciativas particulares,
que supram as dificiencias, que o Esta-
do podia e devia remediar.
*

 

 

5 * *

O isolamento é uma cousa muito se-
melhante à morte. Num e na outra rei-
na o silencio que é a desolação. E Olei-
ros cercada de altas serranias, e abso-
lutamente isolada do convivio social por
falta de comunicação, seria uma perfei-
ta necropole, se a vida laboriosa de

Er – seus habilantes não viesse dizer-nos que
existe aqui um povo, que luta pela exis-
encia com o desespero do naufrago.

“ Mas assim como o indigena africano,

: “desconhecendo as necessidades, que a
sá civilisação acarreta, se julga feliz quan-
j do tem um farrapo para envolver a cin-
a * tura e um punhado de farinha que lhe

mate a fome, assim o oleirense canta e
“ Tolga nas lides agrarias, embora saiba

que a feria de uma semana não bastará

para adquirir o pão que os filhos lhe
– pedem no seu regresso ao lar.

A carestia dos generos de primeira
necessidade, provocada pela crise agri-
cola, que por toda a parle se faz sentir,
Binlghioa QUÃO Las pre afim tara cal
mento durante metade do ano, vae tor-
mando impossivel a vida, tanto para o

– operario, que da terra arranca o pão da
à familia, como para O propmetário, que
da lavonra vive.
A sedução do ouro, que pa feito
– emigrar, numa progressão assustadora,
“os filhos de Portugal, para em terras
– distantes lhes apagar com a morte as
f = fantasias da riquesa, que a sua ambição
‘ em hora aziaga, sonhou, é uma mira-.
“gem, que não tem, até agora, entusias-
mado os pobres filhos da serra. Esta-
mos, porem, convencidos de que não
vem longe o tempo em que parte da
população lerá de procurar em solo
) – mais remunerador o fruto das suas can-
R ceiras.
à Mas deixemos o quadro triste que for-
* gosamente teriamos de pintar se quises-
‘s semos occupar-nos: mais detidamente do
» lavrador e operario regionaes, vitimas
KR – da crise Lerrivel, que vimos atravessan-

 

 

“do, e, como é triste dize-lo, da má ad-
“ministração, que leva muitos a consu-
mirem no vicio hediondo do alcolismo
os miseraveis cobres da sua pobre bol-
Sa, € passemos a descrever as belezas

 

da região, porque as tem, e encantado-
ras como não será facil encontrar.
*
* *

Nacionaes e estrangeiros estasiam-se,
e com rasão, ante as belesas de Cintra
e os encantos do Bussaco, porque a par
da naturesa, que lá rasgou generosa-
mente o seu seio para mostrar-nos Os
seus tesouros, os trabalhos do homem
ha seculos que lhe veem alindando as
formas e corrigindo as imperfeições,
com uma paciencia verdadeiramente Dbe-
nedictina.

Tirem, porem, a estas formosissimas
estancias os arrebiques da arte, e se
querem contemplar a naturesa na sua
rusticidade selvagem, transportem-se ás
Amieiras da Roda, junto desta vila, e lá
verão uma enorme mata, tres vezes
maior que a do Bussaco, com arvores
mais colossaes ainda, e a agua jorrando
a fiux, e formando lindissimas cascatas.

Quem visitou uma vez Oleiros, e não
ficou encantado com as margens formo-
sissimas da nossa ribeira?

Caudalosa no inverno, espraiando-se
pelos terrenos marginaes, mansa e hu-
milde no verão, corre tranquila por en-
tre os salgueiros que orlam as suas
margens, formando aqui e acolá verda-
deiros tuneis de verdura.

, *

– *

Mas, ai de nós!

As nossas alcantiladas serranias não
despertaram ainda ao silvo agudo da
locomoliva, que simbolisa o progresso
e a vida; Os nossos campos esperam ha
desenas de anos que os guisos de uma
carruagem, rodando em pobre estrada
os acordem do sono letargico em que
se encontram mergulhados; e as ruas
da villa, envolvidas no negro manto da
escuridão,pedem a esmola misericordiosa
de!Cuhs upistes! candieiros,“cqueviseriam

‘-E nãoobstante o abandono ;verdadei-
ramente criminoso a que tem sido vo-
tada esta terra bem digna de melhor
sorte, nós preferimos a sua tranquili-
dade ao ruido dos grandes centros, a
paz do seu viver à existencia febril das
cidades, e queremos uma sepultura no
nosso-modesto cemiterio, para descan-
carmos das lulas da vida entre as cin-
zas dos nessos avós e as dos entes que-
ridos que na terra amamos.

Oleiros, abril de 1914.

*

Cd. R.

 

Excursão

Alguns empregados do comercio
e artistas d’esta vila teem projecta-
do uma excursão de recreio em
auto-omnibus á Covilhã, com pa-
ragem em Castello Branco, Alpedri-
nhae Fundão. Louvamos os pro-
motores d’esta iniciativa e) faze-
mos votos para que a ideia chegue
a ter realisação pratica,

 

d&dministrador do concelho

Em virtude da exoneração con-
cedida ao snr. dr. Abilio Corrêa
da Silva Marçal, foi nomeado Ad-
ministrador d’este concelho, o snr.
dr. Bernardo Ferreira de Mattos,
official do registo civil n’este mes-
mo concelho.

Cumprimentamol-o.

— 1″ “———

Quélhão do Sólheiro

A Camara Municipal na sua ses-
são de 23 de abril ultimo, aprovou
a proposta apresentada pelo sr. dr.
Ernesto Marinha, sobre a abertura
do Quélhão do Sólheiro, que se
acha vedado ao publico ha mais
de 10 anos, modificando-o no sen-
tido de ser aberto em rua suficien-
temente larga e regular.

Apraz nos registar este melho-
ramento que bastante beneficia os
habitantes d’esta vila e nomeada-
mente os do bairro de Santo Anto-
não, e louvar o sr. dr. Marinha pe-
Ja sua: iniciativa que trouxe aos
municipes um direito que lhes ha-
via sido uzurpado em beneficio de
dois ou tres previlegiados a quem
a camara d’outros tempos quiz ser
agradavel, com derespeito pelos di-
reitos alheios.

A abertura, pois, de uma rua
em condições modernas no Quélhão
do Sólbeiro, constituirá. um titulo
aslava,para a Camara que a de-

“O sr. presidente da comissão
executiva, cremos, emvidará todos
os seus esforços para que seja da-
da inmediata execução á delibera-
ção da Camara, tanto mais que tra-
tando-se | de um caso que magna-
mente se discute no nosso meio,
segundo as conveniencias e ao pa-
ladar de cada um, s. ex.” hade que-
rer mostrar a sua verdadeira im-
parcialidade e que o não demo-
vem razões de ordem diversa das
que levaram a camara a aprovar a
proposta do sr. dr. Marinha.

Entretanto, e emquanto se não
pode dar execução á deliberação
da camara, que demanda de estu-
do, bom seria que a comissão exe-
cutiva mandasse abrir o referido
Quélhão para que o publico se co-
meçasse-a aproveitar de um direi-
to que lhe pertence por justos ti-
tulos.

 

 

Mercado de peixe

Parece estar resolvida a trans-

ferencia do mercado do peixe pa-
ra o Largo das Ácacias.
Não comprehendemos a vantagem
que d’ahi virá para o publico que
tudo teria a lucrar com a realisa-
ção dos mercados no mesmo local,
—lucrava o comprador poupando
tempo e beneficiava-se o vendedor
dando-lhe vez para atender con-
junctamente a outros negocios por
que repartia a Sua attenção.

O Largo das Acacias quer o
transito de carroças se faça pela
Rua Sertorio quer pela Rua
do Valle de S. Pedro será sempre
um ponto de má serventia onde
os carros carregados só com difi-
culdade poderão chegar. Pense-se
bem no caso e tenha-se presente o
que ainda ha pouco se deu com
a mudança do dia de mercado;
Muitos vendedores poderão deixar
de vir e entretanto haverá quem
se sorria da imprudencia,

O publico, a freguesia como se
lhe costuma chamar comercial-
mente, tambem tem as suas exi-
gencias a que é preciso atender,
e nem sempre cede ao capricho
dos que julgam ser cousa facil
fazel-o mudar de costumes. O po-
vo como eterna creança que é, é
muito melindroso, nos seus habi-
tos e por consequencia, propenso
a amuar-se, convindo por isso Tião
Quelle vpode tecdberinmtom actos

De acordo que a actual praça
do peixe é acanhada e asfixiante
só com uma entrada para as ope-
rações de todo o movimento de
descarga e de compradores; mas,
deixando alu apenas o negocio da
sardinha e passando o peixe fresco
para junto ao muro do Sólheiro
na testa da Praça, onde agora
indevidamente collocam as carro-
ças ficaria aquella Praça mais
desafogada sem que todavia se pre-
judicasse com a nova disposição O
movimento de carros.

Isto dito, não exclue a neces-
sidade que ha de tratar d’uma
praça em condições modernas,
por forma a satisfazer, cabalmente
as exigencias da hygiene e do con-
sumo, sem comprometter os inte-
resses do publico com demoras

 

forçadas na realisação dos seus
negocios.ocios.

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VOá Dá

 

CARTA DE LISBOA:

LISBOA 23

Fez hontem um anno que em
Lisboa se deu o movimento conhe-
gido pelo 27 &’abril, cujos fins ain-
da hoje ignoramos e cremos. mes-

“mo que a grande maioria do paiz

das À
— Já lá vae um anno e uma gaan-
de parte dos que tomaram parte
n’essa façanha algo quixotesca
ainda não foram julgados. Dentre
os julgados alguns pagaram já ca-
ro a sua ousadia. O capitão Lima
Dias que, segundo parece tomou
parte mais activa n’esse movimen-
to, foi condemnado pelo tribunal
de guerra, perdendo por conse-
quencia os galões.

“A situação d’este official é bas-
tante precaria, como o prova a re-
cita que ha dias se realisou em seu
beneficio.

A propesito contar-lhes-hei um
episodio a que por accaso assisti,

Dias antes de se realisar a reci-
ta, estava eu no Ministerio da
Guerra quando um rapaz se apro-
ximou d’um continuo. Está o sr.
Lobo Pimentel?—perguntou o ra-
paz.—Não senhor. Se quer deixar
alguma coisa, eu lh’a entrego.

O rapaz estendendo a mão en-
tregou ao continuo uma volumosa
carta.-Faz favor de lhe entregar
logo que elle chegue.

Passada uma boa meia hora
chegou o sargento Lobo Pimentel
(que eu julgo ser parente do tenen-
te do mesnio nome que, tomou par-
te no 28 d’abril).

 

«Pegou do envelope. tirou delle

uma grande quantidade de bilhetes
de theatro e uma. carta que leu,
comentando em voz alta:-I’ assim!
Os srs. oficiaes não fazem caso dos
collegas quando os véem com pve-
cisão, e estes vêem-se obrigados a
recovrer aos sargentos.

E, dirigindo-se a um dos conti-
nuos:—São bilhetes para uma re-
cita em favor do Lima Dias. Eu
vou já passar alguns aqui mesmo
aos srs. ofliciaes do ministerio.

Pois então! Quindo elles não
auxiliem um collega, o que havye-
mok nósade fazertlinuo de

agaloada e aves conselheiraes, que
tinha, como eu, ouvido a conversa,
disse;—Chega aqui, ó Lobo! Então
tu vaes meter-te n’uma dança d’es-
sas?! Ouve oque eu te digo:—
Pega nos bilhetes, mette-os ‘n’um
envelope e devolve-os a quem t’os
mandou. Fica com um para ti, se
quizeres; mas não ponhas o pé na
recita. O sargento abriu muito os
olhos e acabou por dizer:—Tem
você vazão. E’ o que eu vou fazer.

Abstemo-nos de comentar. Os
nossos leitores farão os commen-
taxios que entenderem.

jarda

SERTORIO

CAMARA MUNICIPAL

“Por falta absoluta de espaço não po-
“demos dar neste nunmero o resumo
“dassdeliberações tomadas por este cor-
poração na sua sessão de 5.º feira ultr-
ma, O que faremos no proximo numero

 

 

 

 

Bonte da Carvalha

Vae num anno, ou já passa,
que esta ponte sofreu um rombo
importante n’um dos seus pégões.

Julgavamos que já se tivesse
procedido ao conveniente reparo;
porém foi com magoa que vimos,
ha poucos dias, que ainda, conti-
nua no mesmo estado. Passou
um verão sem seaproveitar a bai-
xa das aguas para as obras, 0 que
foi imprevidencia grave, e agora
que estamos de novo a entrar na
estação calmosa, bom seria que se
mandasse proceder ao concerto
que com à demóra só terá a au-
gmentar em custo e dificuldade.
Mau é que por falta de observan-
cia se deixe arruinar uma obra tão
importante, de tamanho custo e de
tanta necessidade, pois é por alli
que servem todos os povos mar-
gionaes da Ribeira afóra outros de
Sant’Anna e Palhaes

Pense-se a serio n’esta obra
porque como diz o dictado: mais
vale prevenir do que remediar.

tn

 

eira de 8. Marcos

Rualisou-se no dia 25. do passado,
como costumava, a feira de S. Marcos,
composta de gados bovino, muar, azi-
nino e suino. Foi no gado bovino que
se efecluaram as melhores transações,
devido talvez à grande concorrencia
de compradores e pouca presença de
gados. Os preços foram sabidos, pois
nos consta que se chegaram a vender
juntas por perto de 43 libras.

A festa religiosa, que tambem é de
costume fazer-se meste dia e no mes-
mo local, constou de Ladainha, Missa
cantada por musica e à tarde sermão, e
Procissão. ;

Assistiu grande numero de romeiros
e fieis, havendo corrido tudo com ordem

gravidade.

GAZETILHA .

Até que enfim, Deus louvado,
Chegou maio mui gentil

Com um tempo primavril
Pra gaudio e relrigerio

Das nossas pobres pessoas,
De vez varrendo a invernia,
Frio, chuva e ventania,

Cá d’este nosso hemisferio.

 

 

 

 

Mês de maio, mês de maio!!
Eu te sahdo co’elusão,

De todo o meu coração,
Enlevado emiteus primores.
De figura graciosa, ]
Em roupagens côr de rosa,
A exalar gratos olores,

Exuberante e Iouçã,

Cheia de brilho e beleza,

Se vô toda a natureza,

Com os seus prados em flor,
Doces e fagueiras brisas,
Regatos a murmurar

E avesinhas a gorgear

Tevnos madrigaes d’amor.. ..

Todo o ser se reanima,

Por entre tanta magia,
Esplendor e louçania.

Tudo em festa se sorri,

Tudo em gala se apresenta,
Tudo seus encantos tem…
Salve, ó mês da Virgem Mãe!
Salve, ó mês em que eu nasci!!.

RUTRA

 

J. CARDOSO

ENTES arlificiaes em todos os os
sistemas. Operações sem dor.
R, da Palma, 115, 2º—Lishboa

|

 

SEA

REPORTAGEM

Foram a Lisboa, assistir aó congresso
do partido unionista tendo regressado
já a esta vila, os nossos assinantes srs.
dr, José Carlos Ehrhardt, e Luiz Domin-
gues da Silva.

==De visila a sua familia, tem estado
no Brejo o nosso assinante sr. Floriano
Bernardo de Brito.

==Bm serviço forensê esteve em Ma-
ção o nosso camarada sr. Frudtuoso Pi-
res. Acompanharam-no os nossos assi-
nantes srs. Joaquim Tomaz, Celestino
Mendes e Francisco Portela.

=Sahiu para Lisboa, acompanhado
de sua esposa é interessante filhinha, o
nosso assinante sr. Francisco Fernandes.

==Para o Vale de Santarem, saiu à
sr.* D. Clementina Nunes e Silva.

==Bm Lisboa tem estado
de saude o nosso assinante sr. Luiz da
Silva Dias.

==Tem passado incomodada de saude
a sr.* D. Amelia d’Abreu Albuquerque,
esposa do nosso assinante sr. João Pin-
to d’Albuguerque.

=Saiu para Portalegre o nossó assi-
nante sr. padre Francisco dos Santos e
Silva. :
==nrante a semana vimos na Cerlã,
os nossos assinantes srs. Daniel Bernar-
do de Brito, Olimpio do Amaral, Anto-
nio Ferreira Biscaia, Floriano Bernardo
de Brito, Francisco Farinha Portela, José
A. d’Oliveira Pires, Adelino Marinha, An-
gelo Vidigal, José David e Silva, Anto-
nio L. dos Santos Lima, Antonio Martins
dos Santos Domingos P. Vidigal, Joaquim
Fernandes Calado, Marcelino Prancisco
da Silva, Abilio da Paz Medeiros, Joa-
quim da Silva Ladeiras e José A. Lopes
Parente,

ANIVERSÁRIOS

Fazem annos ámanhã a sr.* D. Maria
Silva e Mela e a menina Izabel de Campos
Dias.

==No dia 5 a sr.º D. Carlota Almeida
Maio Figueiredo.

Parabens.

= em.

S. João do Couto

Estão já reparados os estragos
causados na capella de S. João do
Couto pela queda do cedro, quan-
do do ultimo temporal. Remoçada
na alvura das suas paredes, parece
ali bem a velha ermida que bom
é conservar-se como reliquia do
passado. O Beneficiado Jacintho
Leitão Manso de Lima, certagi-
nense illustre que ha perto de dois
seculos escreveu a Certã Ennobre-
cida, o mais precioso monumento
historico que dpossuimos sobresia
capela diz =) administrada por
Jacintho Leitão Manso de Lima
e tão antiga quo se ignora o seu
principio».

HA QUEM DIGA…

que se projetam para fins de junho ou
julho, grandiosas festas, que ‘se
denominarão Festas da Villa;

 

—que o pagode durdrá 3 dias pelo me-
nos;

—que haverá certamen musical, e talvez
cantigas ao desafio:

—que um dos numeros, já assente, se-
rá constituido por um torneio de
tiro aos pardaes;

—que o J. d’Albuquerque, para se trei-
nar compra todos os pardaes mor-
tos que lhe apareçam;

—que a ser tudo isto assim, talvez se
inscreva nas cantigas o

Bom-Ouvido,

incomodado

 

Crónica ligeira

 

Não chegou a nossa cronica a
ferver e referver sete dias, tal qual
o chá de Tolentino, porque teve lo-
gar hoje a ultima sessão do parla-
mento concelhio, e os nossos Fer-
reiro de Vaquinhas e mais proto-
gonistas dão-se por satisfeitos, pro-
metendo entretanto voltar de novo
na proxima legislatura a ocupa-
remo seu logar de espectadores,
se antes disso não houver votos,
porque n’este caso estão com mui-
ta boa disposição d’apresentarem
asua candidatura para tomarem
assento nas cadeiras do senado,
como edis independentes, só com o
fim de fazerem maioria para a
aprovação da proposta do snr. dr.
Ernesto, sobre o sino e competen-
te badalo,

Não deixaremos de concorrer,
com o nosso voto para a eleição de
tão conspicuas pessoas, e aqui lhes
offerecemos já todo o nosso apoio
eleitoral, sob a condieção, porem.
de que ficagio sendo nossos com-

| padres segundo os usos e leis da

sociedade, áparte a questão bada-
lar do snr. dr. Ernesto, com a
qual plenamente concordamos pa-
ra que tudo isto vá por ahi fora
n’um sino.

*

Em virtude da afluencia de mu-
nicipes á sessão de hoje, por via
d’uma representação dos povos do
Figueiredo e Mosteiros, mais vul-
garmente conhecidos pelos poros
engeitados d’alem ribeira, e pela
reunião conjunta da camara com
os Presidentes de Paroquia do con-
celho, os nossos homens não po-
deram penetrar na sala das ses-
sões que estava perfeitamente á
cunha. D’aqui o não poderem pres-
tar a devida atenção aos assum-
ptos que se trataram, como fran-
camente nollo confessaram, ao

abordarmol-os á saida dos Paços

do concelho.

Entretanto não desistimos de os
ouvir, ainda que em coisas mini-
mas, e por isso os fomos leyando,
como que distraidamente, até á
nossa redacção.

Uma veziaqui, oferecemos lhes
dasasessbes, passamos-lhes do mão
a nossa tabaqueira e demais ape-
trechos fumistas, e interrogamos:

— Então, que me dizem á sessão
de hoje, valeu a pena a caminhada
de Vaquinhas até aqui?

— Eu lhe digo, observou o Fer-
reiro, isto para quotidianamente
todos os dias (sic) não valeu a pe-
na, mas para uma vez…. É tão
bom como ir ás comedias.

—Mas que inferiram de tudo o
que se passou?

— Muito pouco, porque estava-
mos cá longe. Apareceu lá um, o
tal… o que não quer ser da vide,
que falou como um homem:== Não
quer que a Camara se impinhe; sim
senhor, assim é que é, que os juros
estão pelas oras da morte. Quer
que se faça o que está feito…
assim mesmo.

-—Mas oh compadre, atalhou o
Ventura, olhe que aquella dos pro-

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%

<A

Vaz DA

BRIGA

 

 

litos, tambem era boa… quem os
quiser beber pague-os. |

:—E’ claro bobidas aformentadas,
mesmo que póssamos, não devemos
bebel-as. porque em regra produ-
zem uma erupção grastica no bai-
xo ventre da barriza de que pode
resultar um volvo com complica-
cõesy observou fisicamente o Bar-
beiro. ;

* — De resto, diz o Ferreiro, o sr.
dr. Ernesto é que estava levadinho
da breca, não queria ser compa-
dre de ninguem; parece que o ho-
mem não gosta de cordelinhos. Ele
é que pucha o d’ele, pelo que se vê.
* — Olha, agora percebo, interveio
o Ventura, por isso ele grita tanto,
pelo sino; quer a corda só para
ele… está bem, está bem. Mas
diga-nos cá o senhor que percebe
deste fiado: alguns no meio do
palavreado, deixaram o logar, sa-
iram com cara de caso, é depois
voltaram!

— — Chama-se asso evacuar, sin-
tiram-se mal na sala e exacuaram-
na,

—Ah! percebo, conveio o mestre
Barbeiro, andaram bem os bo-
mens; se sé deixam ficar podia so-
brevir-lhes uma colica, que mui-
tas vezes se complica fisicamente,
e de que pode advir uma euflogia.

— Não é bem isso, mestre, eluci-
damos nós: este evacuar, quer di-
zer sahir de um logar… etc…

—Ah percebo é silonimo; esta
bem… está bem.

Como os homens não dessem
nada de aproveitavel, oferecemos-
lhe denovo um cigarro para o ca-

“minho e fizemos-lhesas nossas des-

pedidas, pedindo-lhes entretanto
uma entrevista para o dia 3 d’a
gosto, ao que gostosamente acede-
xam. Até lá porém, releve-nos o ca-
ro leitor a massada que lhe démos
com a leitura d’estas mal alinha-
vadas cronicas e se por estar lon-
ge, de alguma cousa precisar cá
da região, mande que talvez lh’es-
creva o
Bom Opido
O meo CO

Conjugação de verbos

Do sr. Abilio David, professor de en-
sino livre, recebemos nm’volima sobre
putamos de quuita ubilidade para os-alu-
uos do liceu e colegios. RARA

A boa disposição é o bom metodo em-
pregado na organisação do livro, são ga-
xantia do bom aproveitamento que os
estudantes hão de tivar delle, para ven-
cerem as diliculdades daquela parte do

«estudo da Jingua franceza

Do mesmo sr. temos presente um vo-
lume infitulado «Educação Civica», para
uso das escolas. À clareza | com que se
acha escrito recomenda-o a todos os
professores.

Contem varios conhecimentos uteis
sobre a constituição da Republica, sua
organisação administrativa, judicial e
parlamentar e varios serviços publicos,
pelo que muito o julgamos recomenda-
vel para uso das escolas, constituindo

– um bom livro de texto.

 

 

 

SERRALHEIROS |

– Precisam-se de dois que saibam
“ bem do officio, na officina. de An-
tonio Lopes, em Senache do Bom-

* jaxdtoap PRESS qeou

-celho, o enlace matrimonial da sr.* D.

no, Benjamim dos Santos. Pires, D. Car-

 

PELAS PRAGUBGIAS

VARZEA DOS CAVALEIROS —Chamamos
a atenção da Junta de Paroquia desta
freguesia, para o estado verdadeiramen-
te lamentavel em que se encontra o
adro da egreja matriz. Ali apascentam-
se bois, gado de lá e de cabelo e faz-se
deposito de estrume e de mato sem
respeito nenhum pelo local e sem aten-
ção pelos direitos dos paroquianos que
fazem do adro o seu unico retiro de dis-
tração que a Varzea tem e onde em re-
gra ao. domingo. passam o did em ale-
gre convivio no descanço do seu labor
semanal. N.

SERNACIIE DO BOMIARDIM-—Teem pas-
sado incomodados de saude a sr.º D.
Henriqueta Peregrina de Miranda e o sr.
dr. Virgilio Nunes da Silva.

==Na. Quinta continua de visita a sua
irmã, sr.“ D. Maria Henriqueta, que tam-
bem se encontra aguardando o leito, a
sr*. D. Izabel Frazão. €

 

 

PILOS CONCELEOS

Pedem-nos a publicação da seguinte
carta que gostosamente publicamos. –
«Sobreira Formosa, 30 d’abril de 1914
Sr. Redator:;— No seu conceituado jor-
nal aqui recebido no domingo proximo
passado, vem publicada uma local d’es-
ta vila que me visa, falseando a verda-
de com a deturpação dos factos. Poi na
sexta feira santa pelas 13 horas, pouco |
mais ou menos, que eu, em companhia
do meu oficial Antonio Parias, nos diri-
giamos a uma propriedade minha que
fica alem da casa de residencia do cida-
dão Francisco Ribeiro Verganista, junto
à qual existe uma pequena nascente de
agia potavel que para se beber é ne-
cessario levar com quê. Quando passa-
mos pelo portão dorsr. Verganista que
dá para a estrada, já um pouco adean-
te, voltei a traz e pedi a sua creada
um pucaro prestado, dirigindo-se ela a
casa para O Lrazer, permanecendo eu ao
portão emquanto o meu oficial se foi
adeantando, parando depois a uns pas:
soside distancia. Foi nesta altura, quan-
do a creada se dirigia à casa, que eu lhe
Joguei um unico gracejo despretencioso
ao que ella retorquiu menos convenien-
temente. forçundo-me a responder-lhe
como se responde a gente de “tal cate-
goria, e isto em tempo de segundos.
Nada mais se passon, o que juro pela
minha honra, e aqui tem V. sr. redae-
tor a veracidade da informação!… E
inteiramente falso «que entrasse dentro
de casa, me agarrasse à creada e lhe
tapasse à Doca, que ella gritasse, e eu
e o meu oficial Farias fugissemos».
Para! completa detirpação dos factos;
me;preso;-chamo a atenção de NV. espe-
rando se dignará fazer a devida velifica-
ção no seu jornal, fazendo o uso desta
carta que lhe aprouver e se for possivel
a sua publicação o que muito mais lhe
agradeco o j
De V. etc.
José Delgado Ferreiro Junior»

t

 

OLBROS—-Casamento=-Reali-
sou-se no logar da Abitureira deste con-

Maria do Carmo Antunes Fernandes com
o sr. Abilio Antunes Fernandes.
Os nossos parabens.

Dignaram-se pagar à sum assinatura
os nosso assinantes srs. Agencia Rra-
“il, Luiz Francisco Lopes, José Antonio
Lopes Parente, João Nunes de Matos, Ar-
tur Nunes, Antonio Ienriques Neyes, Er-
nesto Porfirio de Araujo, Alberto Serra-

 

lota Figueiredo, Floriano Bernardo de

 

Brito, e Francisco” Antonio Pirão

SECGÃO DE ANUNCIOS
CONGURSO

Perante a Camara Municipal
do Concelho da Ceriã: Está aberto
concurso, por espaço de 30. dias,
a contar da publicação no Diario
“do Governo, para o provimento dos
partidos de parteiras municipaes,
com séde na Certã e Sernache do
Bomjardim, com dotação anual de
100500 sujeitos ás condições e obri-
gações que se achan patentes na
secretaria da Camara.

O Vice-Presidente da comissão Executiva,
Luiz Domingues da Silva

“ANUNCIO

Mercado do peixe
cá COMISSÃO EXECUTIVA
DA CAMARA MUNICIPAL
DO CONCELHO DA CERTÁ
FAZ publico, que sendo da com-
petencia da Camara a mudança de
locaes destinados para as feiras e
mercados, e desejando prover que
os interesses da salubidade publi-
ca, do comodo das pessoas que a
elas concorrem e sobre tudo do
aceio e limpeza dos locaes onde se
realisam, sejam convenientemente
assegurados, resolveu mudar para
o Largo das Acacias o mercado
do peixe, que se vinha realisando
na Praca denominada do Peixe,
cujo local não oferece ao publico
as vantagens de que carece.
Assim, fica determinado que a-
quela deliberação começe a ter vi-
gor no dia r6 do corrente, deven-
do realisar-se no Largo das Aca-
cias, o primeiro mercado naquele
dia.
O quese faz publico para geral
conhecimento. ,
Ceitã, 1.º de maio de rgr4.
O Presidente da Comissão Executiva,
Herminio Quintão

 

 

Indice repertorio da

dagislação constitucional
de 1820 a 1910.
|O Ppaginasgaonmalo grand esaipreço de
80 reis.
Pedidos à Empresa Edilora—R. de S.
Maméde N.º 50-—2,º | LISBOA.

Manual de Ginanças
Fara uso de secretarios, tezoureiros e
mais funcionarios dependentes do Minis-
terio de Finanças.
Cada volume …..825
Pedidos à Imprensa Africana—Rua de S.
Julião 60LISBOA.

 

HARRET E ARRE!OS
Vende-se, tudo novo
TRATA-SE COM

“João d’lbuquerque— CERTÃ

Recebemos o Codigo das Exe-
cuções fiscaes, editado pela Im-
prensa Africana, da Rua de 8. Ju-
lião nº 60, da Cidade de Lisboa.
Agradecemos à offerta e no logar
competente vamos publicar o res-
petivo anuncio.

 

 

Bedro Esteves
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Patos para homens e rapazes ,
em todos Os generos
Preços Modicos . s
“Praça da Republica— CER TÁ

 

Agua da Foz da Certã

A Agua minero-medicinal da Foz
da Certã apresenta uma composição
chimica que a distingue de todas as ou-
tas até hoje usadas na therapeutica.

E’ empregada com segura vantagem
na — Diabetes—Dyspepstas—Catarros
gastricos, putridos ou parasitarios;—
nas preversões digestivas derivadas
das doencas infecciosas;—na convales-
ceusa das febres graves;—nas atonias
gastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc:;,-—no gastricismo dos
exgotados pelos excessos on privações,
etc., etc.

Mostra à analyse batereologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente
pura não contendo colibaci-
tlo, nem nenhuma das especies patho-
geneas que podem existir em aguas.
Alem d’isso, gosa de uma certa accão
microbicida. O BB. Thyphico,
Diphterico, e Vibrão
cholerico, em pouco tempo n’ella
perdem todos a sua vitalidade, outros
microbios apresentam porem resistencia
maior.

A Agua da Foz da Certã não tem ga-

zes livres, é limpida, de sabor Jevemen-

te acido, muito agradavel quer bebida

pura, quer misturada com vinho.
DEPOSITO GERAL

RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.º
TELEPHONE 2168

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lina e reparações.

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—=CERTÃ=—
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AA acessorios. Vendas a pronto
ea prestações. Pedidos ao corres-
pondente CANTONTO DA STL-
dio URENÇCO, com atelier de
R. CANDIDO dos REIS — (ERTÃ

Conjugação de verbos
Francezes

Educação cívica.
Pelo professor Abilio David
A! venda em todas as livrarias

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4 yENDE-SE: um bilhar com /
K taqueira, marcador, bolas de
marfim e tacos, tudo quasi novo.
Egualmente se vende um gazo-
metro, em bom estado, sistema
Revier. N’esta redação se diz.

Fructuoso Pires

Solicitador encartado
Rua Dr. Santos “Oalente

==CERTA-=-———

@@@ 1 @@@

 

TR ARS

aaa

VOZ DA BEIRA

 

 

ANUNCIO
“aa: publicação

Pelo Juizo de Direito da comar-
ca da Certã: cartorio do 1.º officio,
se anuncia, para os efeitos legaes,
que, por sentença de 19 de março
ultimo, que transitou em julgado,
foi decretado o divorcio. difinito

“dos conjuges Maria da Conceição

Nunes, tambem conheçida por Ma-
ria da Conceição David, e-Manuel
Jacintho Nunes, ambos residentes
em Pedrogam Pequeno d’esta co-
marca.

Certã, 16 d’abril de 1914.

O Escrivão.
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei

O juiz de direito, — Mattoso

ANUNCIO

 

orrea e Silva e nos
autos de execução que Manoel Ri-
beiro casado proprietario doCastelo
Velho, freguesia | da Certã, move
contra ia Martins e mulher Ma-
*bilde de Jesus, proprietario do
Vale Bom, desta freguesia e co-
marca da Certã no dia dezessete
de maio proximo futuro por dose
horas 4 porta do Tribunal Judici-
al d’esta comarca e em hasta pu-
blica hão de ser arrematadas pelo
maior preço oferecido acima do
valor da avaliação os bens seguin-
tes:

Uma courela com oliveiras e
guto no sitio donominado da Ca-
sinha, limite do Vale Bom, vae á
praça no valor de ….. 120800

Uma terra com oliveiras no sitio
das Amoradeirase Covão do Milho,
vae 4 praça no valor de quatro
centos e quarenta ecudos, 440300

Uma courela de oliveiras e ma-
to, no sitio das Avesseiras do
Vale Bom, vae á praça no valor
ERRA … 220800

Uma o de milho oliveiras e
castanheiros, no sitio do Vale Bom
vae á praça no valor de noventa
escudos … 90800

Uma terra com oliveiras e testa-
Emsimies ovo dspraçdond vdtorlde
duzentos e trinta escudos 230500

O Dominio util de um prazo
que se compõe de casas d’habita-
ção e suas dependencias, terras de
cultura e oliveiras, pinheiros e ma-

ese sas asa

to no sitio do Vale dos Ensandes,

foreiro a Manoel Antonio do Vale
do Porco em 54,1 166” de pão
meado trigo e centeio e um frango,
vae à praça como livre e alodial
na quantia de cento e. trinta es-
OCULTA NENE Saci, SA ado sado e 130800

Estas propriedades foram pe-
nhoradas aos executados: para pa-
gamento de 50395,4, custas e mais
despezas de execução.

Pelo prezente são citados quaes-
quer credores incertos, que se jul-
guem com direito aos mesmos bens

Certã, 20 de abril de 1914
Verifiquei
O Juiz de Direito—Matozo A
O Eecrivão
* Eduardo Barata Correia e Silya

 

 

ANUNCIO
2.º publicação

Pelo Juizo de direito da comar-
ca da Certã, cartorio do quarto
officio, a cargo do escrivão David,
correm seus termos uns autos de
inventario orphanologico por obito
de João Matheus, morador que foi
no logar do Sendinho da Senhora,
freguesia d’ Amieira, desta comar-
ca da Certã e em que é inventari-
ante cabeça de casal a sua viuva
Maria dos Santos, residente n’aque-
le mesmo logar; e nos niesmos au-
tos correm editos de trinta dias a
contar da segnnda e ultima publi-
cação d’este anuncio no Diario do
Governo, citando interessados José
Matheus dos Santos, Antonio Ma-
theus dos Santos, Maria dos San-
tos e Piedade dos Santos. todos
quatro solteiros, de maior edade,
auzentes em parte incerta fóra da
Nação, e Alfrédo Matheus dos San-
tos, solteiro, menos pubere, resi-
dente em Lisboa em parte incerta,
para assistirem a todos os termos

até final do alludido inventario.

Certã, 22 de abril pe 1614
O escrivão do 4.º oficio,
Adrião Moraes Drvid
Venfiquei a exactidão:
O Juiz de Direito—Mattozo

 

ANUNCIO

2.º publicação

No dia £0 do proximosmez de maio,
às 12 horas, á porta do tribunal d’este
Juizo, em virtude dos autos de fallencia
do comerciante de Cardigos, Francisco
da Silva Dias, são postos em praça, para
serem arrematados a quem maiores lan-
ços olferecer acima dos valores que lhes
são designados, os seguintes bens:

1.º Terra de pousio, oliveiras e testada
de mato, no sitio do Valle do Môcho no
vb Esso pado coco ne ds 105500

2.º Terra de mato e onze oliveiras,
sita ao Valle do Juiz, no valor de 23300

3.º Terra com oliveiras, no sitio do
Esteval dos Roçados, no valor de 13500

4.º Terra de matto com. oliveiras, si-
ta ao Estacal João Farinha, no valor

pes Dos Gde Soda po ade co gal 23550
º Terra de pousio, no sitio das Ro-
RE no valor de +… .-..4. 18500

6.º Olival com vinte e uma oliveira,
no sitio das Misturas de Joaquim Mendes
no Barroco da Lande no valor de 55500

7.º Dois bocados de terreno com uma
thimelra q undeira) ago elos phes qubiroa

Pelo presente, são citados os credores
incertos para deduzirem os seus direitos
querendo, no praso legal.

Gertã E d’abril de (914.
O Escrivão.
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei.
O Juiz Presidente do Tribunal do
commercio,=Matozo,

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lã, linho e sêda; mercearia, ferra-
gens, quinquilherias, papel, linho,
sola, relogios de mêsa, de parede
e de prata para algibeira; Jonças
vinhossfinosd’ie’nlicóres;o folhi de
Flandres, tintas, tabacos e fosforos,
etc. etc.

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Agente da companhia de segu-

ros TAGUS e REPRESENTANTE
DE DIVERSAS CASAS NACI-
ONAES E ESTRANGEIRAS.

antonio dVunes da Bonte
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CATELIER D’ALFAIATE

XECUTAM-SE com per-
feição todos os trabalhos
da arte,

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Dirigir a — Antonio A. Craveiro

ASA

 

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RR =2E todos os

trabalhos desta arte, para que
ha grande variedade de material.

 

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LISBOA.

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portes, casamentos, baptisados,
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TRANSPORTES = BMBARQUES de passa-
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das as Companhias terrestres e mariti-
mas, nas melhores condições, para ps
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte, etc. etc.

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Frutuoso A. Gegu Pires. Gegu Pires