Voz da Beira nº16 25-04-1914

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No E feom, bo tia E CERTA, 2 DÊ ABRIL DE 1914

 

priAmtonio Victorino?

“A. Pedro Ramalhosa
EDITOR E PROPRIETARIO:

Pr Pires

“Redação e vidmiaistração:

Co Buu Br. Santos Balente
DER CERTA

AssK PURAS

nn 15200 réis; Semestre, 600 réis
* Brazil, (fracos) 59000 rs. Avulso, 30 rs.

Não se restituem os originaes

“SEMANARIO

re mee É

 

 

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS ]
COMPOSTO E IMPRESSO NA mINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA

INDEPENDENTE
| ando ERES ITEMESSES DCM DA-CERTA o.

ANNUNCIOS

Na 3.º e 4º paginas cada linha, 30 réi
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar

 

 

Industria pecuaria

E” notoria em todo o paiz a fal-
ta de gado que, com seu produto
“ de criação e laticinios, tanto ren-
dimento dava ao lavrador. sendo
– por assim dizer uma segunda lJa-
– voura; donde colhia lucros não
menos importantes, a troco duma
despeza bem insignificante.

Alem do que já existia’ estabe-
lecido, debaixo d’este ponto “de
vista, como introdução de raças
novas e estabelecimento de postos
de reprodução, muito bem fez o

– Governo da Republica organisan-
do exposições concelhias e desti-

: nando premios como que a tentar

“um nóvo impulso para esta indus-
tria hoje tão decahida no paiz.

Parece, porem, que a despeito
desta boa vontade e proteção ofi-
cial, digna de todo o louvor, os
nossos lavradores continuam ob-
cecados por qualquer sugestão il-
lúsoria que os não deixa ver a
realidade do que tanto lhes inte-

» Tessa.
Sobre tudo na nossa região pa-
‘ tece que lavra uma ‘campanha de
exterminio a essa fonte de riqueza
que tão apreciada foi pelas gera-
ções passadas que ahi encontra-
ram o seu melhorelemento de subw
sistencia e de economia.

Sabemos de povoações inteiras
gtte; mal guiadas nasinterpretação
plantações) tem! feito entre si-cons
“tratos mais ou menos serios, no
sentido dé se desfazerem de todos
os seus gados.

“ Grandes povoados: como Ami-

oso e outros de Santana, onde
dantes abundava o gado caprino,
fuma abundancia que fazia a far-
“tura da casa e o erescimo do nea-
lheiro, estão hoje despovoadas des-
tes habitantes do campo, roubando
do valle e ao monte uma das suas
melhores notas de alegria e valor,
Os nossos terrenos todos elles
acidentados e emescarpa, para ne-
nhuma cultura prestam, a não ser
– mas encostas e valles onde medra
-moliveira e viceja 0 milho: pode-
– se dizer que a maior parte delle é
“constituida por matos que nenhum
– rendimento dão alem da Foge
“periodos de 4 ou 5 annos.
v» Parece pois que n’estas: condi-

ções a nossa região se presta mui.

 

favoravelmerite para este ramo de
agricultura, fornecendo em todo o
tempo um pasto abundante e va-
viado em rosmaninho, urze, giesta,
esteva e silvas, alem de muitas
gramincas que cobrem os nossos
pousios e valados.

Causa desolação ver o abando-
no a que chegou entre nós este
ramo de exploração outrora tão
florescente e de tão apreciaveis
conveniencias para a vida rustica
das nossas povoações aldeãs, Ca-
sas que dantes contavam por moijos
as cabeças do seu rebanho, não
tem hoje uma unica rez donde fa-
cam lucro ou abastança de alimen-
to.

Os montes e encostas onde
dantes echoava uma nota de ale-
gra e de vida, no tilintar das
campainhas e toque das flautas
pastoris, emudeceram pouco a pou-
co, dando a aparencia d’um deser-
to. Raro se ouvem as historias de
postores e de lobos que fizeram
as delicias dos nossos serões de
creança.

O pastor, esse vigia dos montes
que de serrão ás costas, afrontan-
do o frio ea tempestade, trazia
todos os dias ao cazal a benção
da Providencia em fartura e mimo,
é hoje um typo prestes a desapa-
recer dos nossos costumes,

D’ahi como consequencia directa.
a falta de rezes para o mercado,
onde dantes o Javradon fazia optiz
de conta no sen orçamento vanual;
depois a falta de Inticinios para a
industria do queijo, que constituia
um frugal couducto das classes
pobres, e depois ainda a dificulda-
de no vestuario pela escasses da
lã de que muitos dos nossos lavra-
dores faziam tecidos especiaes
para uso campestre, não falando
já da grande industria de Tanifi-
cios, cada vez mais embaraçada
pela carestia da materia prima.

Indirectamente tambem a agri-
cultura se está ressentindo de efei-
tos graves. Os gados que atraves-
savam os olivaes em busca dos
rebentos mimosos, de que faziam
a. principal limpeza, deixavam
sempre em trocana sua passagem,
um rasto de estrume que se re-
flectia na abnndancia das colbei-
tas da azeitona, Era um amanho
facil e barato; faltou, porem, esse
elemento de limpeza e ahi temos

 

LUZ ELETRICA

Pelos jornaes da visinha vila de Fi-
gueiró dos Vinhos, soubemos que foi
apresentado à camara d’aquele concelho,
pelo vereador sr. Antonio Lopes Serra,
o projecto para à iluminação, a luz ele-
trica daquela vila.

Que a sua montagem será feita de
parceria com a camara municipal dºes-
te concelho, para a iluminação de Ser-
nache do. Bomjardim e Certã e talvez
povoações intermediarias.

Que das despezas a fazer com a fa-
brica, pagará um terço o concelho de
Figueiró dos Vinhos e dois terços o nos-
so concelho,

Que o projecto apresentado por aquele
sr. vereador constitue um trabalho mui-
to consciencioso, do qual. muito apro-
veilará o nosso concelho,

Não temos conhecimento de que este
assunto tenha sido já oficialmente. tra-
tado pelas duas camaras, nem sabemos
em que estado estejam as negociações,
ainda que de caracter provisorio, entre
os seus respelivos delegados.

Balretanto, amos certos que um
assunto desta natureza e de tanto al-
cance para o nosso concelho, ha de ser
tratado com o c O que o caso Te-
quer, pela respetiva camara ou seus
delegados, que não. descurarão os inte-
resses de seus municipes, harmonisan-
do-os, quanto possivel, com os do mu-
nicipio, sem o sobrecarregar com novas
contribuições, com que não podem ar-
caro

A Voz da Beira tratou já mais de
uma vez deste | assunto convindo que
dela deve a camara ocupar-se com ur-
gencia, por se Lornar nece a mil-
dança do sistema de ilumi no nos-
so concelho, visto que o actual é tado
o que ha de mais deficiente e ordinario,
evapro va incondicionalmente, tudo quan-
realisam tãomimportante melhoramento,
que póde trazer à Certa e Sernache,
uma nova fase de vida muito util para
os povos de todo o concelho.

 

 

 

 

 

hoje os nossos olivedos, cheios de
mato e sem «vigor, de vegetação
esmorecida, como que a denunciar
um erro atroz de tão facil repara-
GÃos

Urge pois que, á vista, d’estas
considerações, se tente o repovoa-
mento dos curraes e que o pastor
adquira entre nós o antigo tôro de
homem prestavel.

O povo precisa de procurar no-
vas fontes de receita para equili-
brar o seu orçamento, depaupera-
do por tantas inclemencias da na-
tureza, e u industria de gados, co-
mo sendo barata no seu custeio,
fncil na sua montagem e pratica
na utilidade, é das poucascapro-
priadas á nossa região, capaz de
lhg dar garantia de lucro,

 

 

dMez de Maria

Promette este anno ser muito festeja-
da esta devoção, à semelhança do que
se tem feito nos anos anteriores.

Além das novenas que se celebram
na egreja matriz, consta-nos tambem
que o rev.º padre Guilherme Marinha,
capelão de N. S. dos Remedios, festeja-
rã ali condignamente o Mez de Maria,
fazendo as novenas com: solemnidade e
brilho. Para isso tem andado em ensaios
com um grupo de crianças que acom-
panhadas ao orgão cantarão varias mu-
zicas apropriadas.

Bem haja o padre Guilherme por mais
esta demonstrção da sua boa vontade
de salisfazer as aspirações religiosas
dos seus visinhos, que lá lorige mal po-
deriam vir à vila cumprir esta devoção
tão simpalica.

A hora marcada é às 5 horas da tar-
de, pelo que muitas pessoas, terão o
imo prazer de ir até ali em mimoso
o, desabafar as suas tribulações e
avigorar a sua crença.

 

 

 

 

 

 

Po
Torneio e tiro aos pombos

No torneio de tiro aos pombos
que se realisou no ultimo domin-
go em Castelo Branco, é a que
concorrerant os nossos amigos dr;
Bernardo de Matos e João d’Albu-
querque, obteve este o 4.º preniio;
que era constituido por um estojo
com escova e perite em prata. Os
nossos parabens ao agraciado:

 

GCAZETILHA

Contra o regimem monarquico
Vejo um serio argumento,
Que consiste do orçamento
Ibminar-se de vez

A grossa lista civil,

Que desfalcava o tesoiro;
Que rapava pêlo e couro

Ao Zé-povo portuguez,

E tanto assim que bastou

Dar um boleu a realeza

B pór-se O rei na pireza

Pra miseria franciscana

Ser mesmo um ar que lhe deu
E haver bem fornidas panças,
Tomar conta das finanças |

Um ministro d’uma cana!!

Que o deficit pôz com geito

E artimanha à dependura,

Deu sup’ravit com fartura;
(Segundo ouço à alguns penetras)
Abarrotando de contos

E ex-exaurido tesouro;

Fóra a prata, fóra o onro,

— Só em papeis, só en letrast!f..

RUTRÁ..

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Te

 

 

 

Canta DE LISDCA

 

Lisboa 21—A politica foi sempre, em
“todos os tempos -e entre todos os povos
um lhealro imenso onde se representam
as mais variadas comedias que o pulli-
<0 aplaude ou pateia comforme a habi-
lidade dos actores.

Nos tempos modernos, como grau de
civilisação adquirida, as peças são inais
variadas, o seu enredo é mais artístico,
mas, nem por isso, deixam de ser mais
burlecas.

O Povo que habita este lindo Jardim
«a Europa à beira mar plantado tem
na cultura da arte politico-lhealral ex-
cedido tudo o que a musa antiga canta.

Não raras vezes somos surprehendi-
«dos no decorrer do espectaculo com
uma alteração no programa. Um “acto,
um quadro ensaiado à ultima hora para
ullrabir as atenções do publico e aug-
mentar a fama dos actores.

Quem nos diria ao surgir no palco da
politica o actual ministerio que seria um
Jesuita 0 escólho diabolico que elle en-
contraria na estrada triumphal por onde
o seu ilustre presidente tem espalhado,

 

às mãos «cheias, petalas de flóres corde-

es que as creancinhas recolhem, cor-
rendo para elle como corriam oufora
para 0 loiro Nuzareno!? Se alguem en-
tão nol-o houvesse dito, teriamos rido à
gargalhada, é o proprio snr. Bernardino
Machado havia de achar curioso este
«capricho do destino.

iMarremos o caso que tem dado as-
“sumpto aos jornalistas, aos oradores
parlamentares e aos habitantes dos cen-
tros do cavaco.

Bateu às portas da patria um jesuita
enfermo que desejava morrer nos bra-
sos da familia e repousar eternamente
à sombra dos cyprestes da sua terra.

Sob à batina do jesuita . pulsava um
coração de portuguez a quem a nostal-
gia da patria roubava lentamente à vida.

O governo, pela boca do seu presi-
dente, declarou que permitiria a sua
entrada em Portugal, caso o seu estado
fosse grave. Esta eclaração ia fazendo
cair O “Garmo e a Trindade.

A questão é debatida no parlamento.

A maioria parlamentar ergue se. impe-
tuosa e altiva, protestando contra’a vol-
ta à patria d’esse renegado (sic). Quem
sabe? Não ocultaria elle sob a capa ne-
gra um batalhão de conspiradores? Não
traria elle oculto nas malas, no calca-
nhar das meias, no cano das botas con-
trabando de guerra para uma nova Te-
volução.? Entrar em Portugal?! Não!
Nunca! Jamais! Cruzam-se os apartes,
admittem-se as moções e o governo
põe a questão de confia nça.
– Requiescat in pace, diziam a meia
voz Os espectadores das galerias. Na
verdade tudo parecia indicar a queda
dobemepente. Doseamirio nata! aOs;pnrio-
sidente do ministerio, que ha pouco
havia posto a questão de confiança, de-
clara que ia mandar a Mespanha um
medico para avaliar da gravidade da
doença, e a camara depois resolveria
como melhor entendesse!!

A maioria retira as suas moções, a
tempestade acalma, o governo fica. D.
José continua impavido e sereno a olhar,
Já do alto da;sua estatua, o Tejo que
vae lançar-se na guela do Oceano e eu
fico a contemplar o ceu azul desta pa-
tria em que abundam os poetas, os
trovadores, os muzicos o os actores.

 

 

SERTORIO

—— apta — —
Destacamento

No ultimo sabado ficou aquar-
telado n’esta vila um destacamen-
to de artilharia n.º 8, sob o co-
mando do tenente sr, Pereira, que
se dirigia é visinha vila de Pedro-
gam Grande, tendo já aqui passa-
do de regresso ao respetivo corpo.

 

 

 

 

co abnt gusta a oct ak. 953 sersveo 6% tim
pras Ba q magoa

VOZ DA BEIRA

Gremio Certaginense

“Como haviamos noticiado, ae
logar no domingo ultimo n’es este
Gremio, um baile extraordinari
promovido por um grupo de caya-
lheiros.

Dançon-se animadamente até ds
3 horas da manhã. Y

Além de toda a lite da calo
lembra-nos ter visto de Sernache
a sr.* D. Maria do Ceu Queiroz e
seu marido, o nosso amigo sr. dr.
Gualdim de Queiroz; de Vila de
Rei, as sr” D. Natividade e D.
Elisa Mattos Silva; do Tojal, as
sr D Laura e D. Virginia Batis-
ta; de Palhaes, a sr.” D. Maria
Justina Serrano e da Arnoia, o
nosso amigo Joaquim Nunes Cor-
reia.

Um sexteto, sob a habil regen-

 

cia do nosso amigo José Queiroz, |

tocou a intervalos.

 

Conflito com a
Guarda Republicana

Na terça feira ultima, chegaram a esta
villa, para serem autopsiados, vindos
de Proença a Nova Os cadaveves de
Luiz Cardozo Palhota e Antonio-Ribeiro,
ambos casados O primeiro do logar da
Mouta do Cabrito e o segundo do Casal
d’Ordem. Estes individuos haviam sido
mortos a tiro pela Guarda Nacional Re-
publicana destacada maquella villa, nºn-
ma festa que teve logar nas Moutas,
daquela freguezia, achando ainda
internado no hospital um individuo, de
quem se espera a cada momento um
desenlace fatal tendo ficado muitas pes-
soas feridas e uma pobre mulher aquem
uma balla esvasiou um olho.

Conta-nos pessoa de todo o credito
que os factos que originaram semelhan-
te desgraça se passaram da seguinte
maneira:

Dois rapazes, d’edade entçe 14 e 15
annos, tiveram uma discussão, por qual-
quer futilidade, o que deu logar a que
passassem a vias de facto; um guarda que
fazia a ronda no arraial, como medida
mais presuasoria para evitar contendas
de maior, sovou-os; mas o pure de
um d’elles que passava, inveclivbu o
guarda que assim procedia, fazendo lhe
ver que não era por aquele processo
que se acalmavam espiritos irrequietos.
Começou se a juntar muito povo, co-
mentando desfavarovelmente para o
guarda o caso que se. passava e d’aqui
este começar a espadeirar a torto é a
doreitos simpeceonsmerrtões nem aten-

Serenou o incidente depois do povo
ter respondido ao procedimento da guar-
da, com algumas pedradas que altingi-
ram o alvo; mas quando tudo estava
ja perfeitamente socegado e se formavam
grupos para os coslumados bailes, ‘es-
tando tudo: na maior animação, alguns
tiros vieram pôr em debandada os ran-
chos e fazer notar que alguma cousa de
anormal se passava.

A guarda havia-se intrinxeirado no
pequeno morte que circunda a ermida
e d’alli fazia fogo para o arraial, sem
olhar a resultados. Daqui o ficarem
mortos iusfantancamente aquelles dois
desgraçados que socegadamente se man-
tinham no arraial e feridas immensas
pessoas, algumas em estado gravissimo.

Em Proença encontra-se já uma força
de alieres da Guarda a proceder à ves-
pectiva sindicancia, mas. extranhamos
sobremaneira, que os heroes desta ba-
falha continuem a passear muito soce-
gadamente, como se nada fosse com
elles, pelas ruas da villa, como se ti-
vessem praticado um aclo de verdadei-
ro heroismo pelo qual lhes deva ser con-
cedida a medalha de Valor, Lealtade
e Merito.

 

 

 

 

 

 

 

 

ni
À

PITASSOURA

Não damos por esgotado o as-
sunto desta secção.

Pensámos por mais de uma vez
| mandar ibuir aos tipografos
o titulo que encima esta noticia,
mas com grande pezar Ra reco-
nhecemos que ele tem consti-
tuir uma secção Dera mente, e
só baseados no velho aforismo:
agua mole em pedra dura tanto
lhe dá até que fura, poderemos
vir a conseguir que nos ouçam, a
não ser que o nosso prégar seja
no deserto, porque n’esse caso pré-
garemos eternamente sem sermos

 

| ouvidos. Mas seja como for; temos

 

| reito, sr. dr.

o dever de gritar e pedir o cum-
primento da Lei, vá contra quem
quer que vá e dôa a quem doer.
E” esta a nossa missão e vamos
por ela de olhos cerrados,

Trata-se do deposito de carros
e carroças que se faz à entrada
da rua do Soalheiro, sobre tudo
ás sextas feiras e sabados chegan-
do o desrespeito ao ponto de tapa-
rem por completo a embocadura
da rua. Isto não tem sido uma ou
duas semanas, é constantemente.
Quem á noite tenha que passar
n’aquela rua tem de se munir dum
lampião, pois de contrario está su-
jeito a partir o nariz ou as coste-
lasdaaa

Ha dias um amigo nosso ia mui-
to despreocupadamente rua acima;
de repente, sente que alguma coi-
sa lhe tolhia os movimentos. Acen-
de o seu isqueiro e examina: esta-
va entalado entre os varaes d’um
carro; só lhe faltava que o dono
lhe deitasse os arreios para cima,
e não era mal feito, para que cuin-
prisse o seu dever de bom cida-
dão:— chamar um guarda e exigir
o cumprimento da Lei. Ora isto
lhe dissemos nós no primeiro rom-
pante, mas a sangue frio,. .. Onde
é que estava a guarda? Pois aqui
é que está o buzilis…

Hoje mesmo, senhores guardas,
um passeio à rua do Soalheiro, vá
e teremos uma boa folha de servi-
ços a consignar ao primeiro que
chegar.

PELO TRIBUNAL

Teve logar no 15 do corrente sobre à
presidencia do integerrimo Juiz de di-
Fertiando Matoso, o julga-
mento em audiencia de processo, corre-
cional dos reos João Ferreira, do lugar
d’Alcamim, Adelino Antonio, José Se-
gundo e João Segundo, estes da Foz da
Isna, é todos da freguesia de Vila de
Rei, acusados pelo Ministerio Publico,
do crime de ferimentos na, pessoa de Vi-
cente Viana, de Vila de Rei, Francisco
Domingues e José Domingues, do Lava-
douro.

O Ministerio Publico era representado
pelo digo agente sr. dr. Nunes a
sendo escrivão do processo o sr. À. Ro-
drigues e (endo os reos por patrono, 0
sr. E Albano Silva, distinto advogado
nesta comarca.

Foram condenados: o reu José Ferrei-
ra, em 40 dias de prisão, o Adelino e
José Segundo em 20 dias e o João Cus-
todio em 10 dias, todos remiveis a 10
centavos por dia e solidariamente nas

+

 

 

custas do processo.

Rs ás o iii
E 6%

 

Crónica ligeira

 

N’um gesto prenhe de nervosis-
mo, lembramo-nos na 5,” feira já
tarde, do encargo que tomamos de
bem informar os leitores d’esta cro-
nica, das apreciações que sobre
o parlamento concelhio, fazem sex
manalmente os habitués Ferreiro
de Vaquinhas e seu compadre Ven-
tura. Depois da nossa refeição da
tarde, quedamo-nos descuidada-
mente por casa, sem que á mente
nos viesse o dever que se nos im-
punha n’esse dia. Acordamos da
modorra profunda em que o jantar
nos hávia deixado e n’um atranco
de malbaratado tempo, acendemos
o classico Reinita sobraçamos o
impremiavel como medida preven=
tiva e lá fomos rua abaixo, mas
sem esperança de esta semana fa-
zerimos dar sorte aos penetras nos-
sos addíctos.

Decididamente osnossos homens
ás 6 horas da tarde deviam estar
já em Vaquinhas, e pelo adeanta-
do da hora era-nos impossivel su-
bir até lá.

Ficavamos pois sem cronica se
o acaso nos não depara, ao passar-
mos no Trinchete, uma figura
muito conhecida no meio, o nosso
preclarissimo Barbeiro do Outeiro
das Colheres.. Dispensa-nos o caro
leitor a devida apresentação, por-
que os suponho amigos velhos.

“Tinhamos notado que o nosso
amphytrião estivera nos Paços do
concelho e por isso, ao vel-o, su-
geriu-nos a idea de ouvillo sobre
o assunto, substituindo-os assim
pelo bom Ferreiro.

Adeantamos o passo e colocamo-
nos a seu laudo. Demos-lhe as boas
tardes e fizemos-lhe os nossos cum-
primentos com a venia devida a
pessoas de um curso especial, en-
trando logo no assunto:

— Então amigo Alves, por aqui
ainda? Afazeres profissionaes, não
é verdade?

—Dispúz-me bojea vir até á
villa. Estive com o Ferreiro de Va-
quinhas hontem, e elle entusias-
mou-me tanto, que…

=Veio assistir ao parlamento?

| «=Eualho digo, sou um pouco

mais exigente que o Ferreiro; nem
admira, elle coitado é um pobre
diabo,

-— Mas que lhe pareceu tudo
aquillo?

—Ora, senhor menino, muito
compadres, muito. compadres. Lá
barafustaram mas. . – Uns queriam
um pontão, outros uma ponte…
cada qual pucha a braza á sua
sardinha.

—Mas dê-nos a sua, apreciação
insuspeita.

—De tudo aquilo conclui uma
cousa: são uns pobres dinbos, na
sua maior parte, que foram atira-
dos para alli para os expôr á cri=
tica, sem experiencia, falhos de
tacto e de coragem. Muito com-
padres, muito compadr: es.

—Mas de tudo aquillo, sahirá,
alguma cousa com geito no seu
sabio entender?

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— Pouco, muito ponco. Alguma
cousa de geito que um apresente
“é logo contrariada pelos ontros.
Elles discutiram lá a abertara do
quélho do sólheiro. Tudo falou,
todos queriam a mesma cousa e
não! queriam no mesmo tempo.
je uma opinião, ámanhã outra;
questão de assobio. Viram a casaca,
con uma facilidade pasmosa.

—Sabe gosto de o ouvir por-
que põe 08…» OS Es.

—E assim é que é Quem não
“quizer ouvir não vá lá!

Apresentatam ainda múitas pros
postas vegetalmente agrestes, mas
tudo muito oco.

De resto, ápairteo badalo, quero
dizer o badalo e “o sino, de que o
snr. dr. Ernesto faz questão, não

“valeu apena vir do Outeiro das
Colheres aqui. À não ‘ser assunto
em que eu não tenha fisicamente
reparado.

Fisicamente olhamos o nosso
Longihes nesta altura e notamos
que alem de serem 8 horas, ia-
mos já á Fonte das Negras Fi-
‘zemos as nossas despedidas, agra-
decemos a amavel companhia e
rodando sobre a direita voltamos
“á procedencia, e por cá nos queda-
mos até.á proxima semana.

Bom-Ouvido.

Camana JUITCIPAL

Comissão deliberativa .
Sessão de 23 dabril

 

 

– Deliberou: ”

Mandar à comissão executiva o orça-
mento apresentado pela Junta de Pa-
roquia do Troviscal, sobre os traba-
lhos a fazer na fonte pudlica;

=—calcetar a rua da Varzea Pequena, se
a verba otçada der margem para tal
serviço; . f

— mandar descia o Caminho que li-
£a com a Varzea Pequena;

=proceder à caplagem das aguas que
abastecem à vila;

-2mandar abrir uma rúa na Quelha do

Sólheiro e proceder já o estudo é or-;

camento;
= [ransferir a práça do peixe para o
Largo das Acacias;
=yepresentar do comandante da Guar-
E da Nacional Republicana, sobre 0 pré-
Emnenistenta nm posta diestasvidadan-
— mandar colocar alguns marcos de-ve-
dação na estrade da Fonte da Pinta;
= que fosse considerado feriado tonce-
lhio o dia 15 dagosto.
— Apresentada pelo oe st Dome-
trio Carvalho, a proposta, sobre a Cons-
“Irucção d’uma ponte no ribeiro d’Azé-
nha. Ficou sobre a meza para à ses-
são seguinte.
= Apresentada pelo vereador sr. Albano
Ricardo, uma proposta para arvenda-
mento de uma hortá do municipio,
junto à nascente das aguas,
– — Comissão executiva
“Sessão de 23 dº’abril
Resolveu
Mandar alvejar os edificios escolares
d’esta vila e dota-los com o material
escolar indispensavel;
= conceder licença a Abilo À. Correia,
para depositar materidos na via pu-
blica; gr
“ =conceder 2 suhsidios-de A
—contribuir para subscricão aberta
– peloj inspector escolar d’este circulo
Para dequisição de bandeiras

F

 

 

=

 

MOL DA

REPORTAGEM

De regreso do Brazil, está na sta ca-
sa na Varzea dos Cavaleiros, 6 sr. An-
tonio Lopes Parente.

—pPela firma Mendes & Albnquerque,
foi adquirido um magnifico automovel
Peujot que se propõe alugar e fica fa-
zebdo parte da sua aAuto-garage».

—Esteve na Certã o sr. Abel d’Almei-
da, representante na capital da fabrica
de automoveis, marca «Minerva».

—Hem sentido sensíveis melhoras os
nosso assinante Monsenhor José Maria
Ferreira, do Carpinteiro, que ha tempo
fôra acometido um ataque.

—Em goso de licença saiu para o Vi-
lar Pundéiro, o nosso amigo e assinante
sr. Gustavo Bartolo.

—Tem estado n’esta vila, O nosso
presado amigo sr. Carlos Augusto d’As-
cenção, digno chefe de distrito da Com-
punkia dos Talacos e nosso colega da
Pátria Npva. Cumprimentamo-lo.

—Para Coimbra sahiu na passada. se-
gunda feira, o nosso assinante sr. José
Antonio do Vale. Bea viagem.

—lRegressaram de Lisboa, onde ha-
viam ido asssistir ao Congresso pedago-
gico, os srs. Joaquim Tomaz, J. Pires
de Moura e Albano Barreto.

— Tivemos a honra de ver m’esta vi-
la, Os nossos assignantes sr. Joaquim F.
Guimarães Lima, Manoel Alves, Antonio
Alves, Jose Alves Correa, dr. Gualdim
de Queiroz, joaquim Ladeiras, Francisco
Alves dos Santos, D. Clotilde da Matta
Pestana, Zuzimas Nunes Correa, Antonio
Pedro da Silva Junior, D. Izabel Frazão
e Joaquim Nunes e Silva.

Esteve n’esta vila acompanhado de
sua familia, o nosso amigo e assinante
si. Alberto Gartez, de Ferreira do Ze-
ZOLBL A.

—Foi nomeada encarregada da esta-
ção telegralo-postal de 4.º classe e co-
locada em. Sobreira. Formosa, a sr,* D.
Beatriz Ema Silva Barreto.

= 121″ e— nm.

 

 

 

Saiu- para Lisboa, o nosso as-
sinante e amigo sr. Antonio Buge-
nio de Carvalho Leitão, digno che-
fe da secretaria da Camara Muni-
cipal.

> —

Milho

O sr. vereador da Camara Municipal,
encarregado da acquisição de milho pa-
ra abastecimento dos mercados d’este
concelho ainda o não conseguiu, adqui-
rir em condições vantajosas pará os con-
sumidores, não obstante ter sido incan-
savel na sua procura.

 

 

aa vales

mc brio

Tomou posse no dia 2 do corrente, da
escola masculina da Varzea, para a qual
foi nomeada em sessão de 19 de mar-
to, a professora D, Piedade Alves:

—Bstão a pagamento as folhas de ex-
pediente do 1.ºe 2.º trimestre do ano
economico de 1913-1914 e do 1.º tri-
mestre do ano civil de 1914.

—À camara de Oleiros, em súá ses-
são de 13 do corrente nomeou para a
escola de Sernadas de Baixo a profes-
sora D. Maria Leonor Rocha.

CURSO NOCTURNO

Em virtude da grande maioria de alu-
hos que frequentani este cuiisó serem
operarios ou jornaleiros e das noites se
irem tornando cada vez mais pequenas,
passaram às aulas a ler lugar apenas
aos domingos e dias santificados a con-
tar de 19 do corrente, Bstas aulas prin-
cipiam às 12 horas:

A Bandeira Nacional

SUBSCRIÇÃO
Transporte …. 32565
José Maria Alves …….. o Pol

(Continua)

+ alguem vinha em

 

 

DELRA

Falecimento

Na sua cisa na rua de S. Sebastão da |
Pedreira, 61, 2.º, em Lisboa, faleceu a
sr.” D. Maria Augusta de Jesus Rálista
Diniz, esposa extremosa esposa do hos-
so amigo sr. Antonio Diniz de Castro
Coelho.

A este nosso amigo, a sua filha e gen-
To enviamos os nossos
pezames. |

PELOS CONCELROS.

VILA DE REI, 22-—Teem
Lisba stindo ao Congresso Pedagogi-
co, os nossos amigos Izidro d’Oliveira

 

 

 

Braz e José Henriques d’Oliveira, pro- |

fessores do Peso e Vale da Urra, d’este
concelho, respectivamente.

—Partiram para Castelo Branco e
Coimbra, respectivamente, os alumnos
daquelas cidades, José de Castro e An-
topio Gaspar Tavares.
eve hontem n’esta vila o sr. An-
tonio’ Francisco Pires Tavares, muito di-
gno presidente da Camara
d’este concelho, e que hontem à tarde
devia regressar a Castelo
o chamavam os seus negocios.

— 4 tamara mandou vir para consu-
mo las classes pobres d’este concelho,
90 mois de milho. estrangeiro, que se
está vendendo a 556 a medida de 14
litros. O benemerito filho desta terr
o shr. José Henriques Alves Froe
pôz à disposição da Camara o capital
preciso para à compra do mesmo milho,
sem interesse algum.

—”Teem estado gravemente doentes os
snrs, Manuel Joaquim Farinha e” José
Ignacio Gil, do Peso, Manúel da Silva,
do Braçal e José Joaqnim Junior, da Sa-
lavisa, à quem desejamos rapidás me-
lhoras e completo restabelecimento.

— Teem estado para Sermache do
Bomjardim, de visita à sua familia,
as ex snr.** D. Blisa e Natividade de
Mattos e Silva.

SOBREIRA FORMOSA, 23
Consta-nos que na ocasião em que se
fazia a procissão do Senhor Morto, José
Ferreira Delgado Júnior, aproveitando a
ausencia do snr. Francisco Ribeiro Ver-
ganista, lentara alusar de uma sua
creada, chegando a enlrar em casa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

deste senhor. Como a creada resisl
e grilasse, conseguiu agarral-à e lapar-

lhe a boca, mas porque presenlisse que
socorro, O Delgado
poz-se-em fuga. A foda esta Causa ds-
sistiu um seu official, o Antonio Farias,
que fazia de vigia na estrada e que
tambem se poz em fuga. Lamelilamos
am conseguir têste-
e r estes eróes,

— Tem sido o assumpto de
bsndorpeido tara no visao! pes
Cabrito.

a re toa nara e e re te rem

CORREIO

 

 

 

 

‘Dignaramsse pagar a sua assinatura |

os nossos assinantes sis;: Manoel Ânio-
mo da Silva, dr. Moraes Pessanha; Car-
los Santos, José Ventura dos Santos, Joa-
quim Godinho da Silva; João Cardoso,
Antonio M. Vidigal Salgado, Jordão Spi-
nota, José Agostinho Dias, Empreza Via-
ção Ferreirense, Joaquim Antunes, D.
Henriqueta P. Miranda, Padre Antonio
Fernandes, José Pestana dos Santos,
Francisco Barata, Bernardino F. de Ma-
tos, João J. Branco, Tomaz Namorado,
Francisco Alves dos Sarttos, D. Mary IH.
Magalhões, dr. Albano Frazão, D: Izabel
Frazão José Pires de Matos, Manoel Ma-
rtins Cardoso e Marcelino Namorado:

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| Revier. N’esta redação se diz.
Codigo das Execuções Pis-

caes seguido da tabela de emoli-
mentos e “salarios, Reportori. Alfa >
betico e Indice. 2

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Agua da Foz da Certã .

A Agua minero-medicinal da Foz
da Certã apresenta uma composição
chimica que a distiigue de todas as ouz
tas até hoje usadas na fherapeutica.

E” empregada com segura vantagem
nas Diabetes — Dyspepsias— Catarro
nas rpreversões do digestivas sitenadas
das ota nfecciosas;—na convales:
ceitsa das Jebres graves;—nas atonias
gastricas dos diabeticos, tnberculosos,
brighticos, etciy-—no gastricismo dos
exgotados pelos excessos on privações;
elc.; etc.

Mostra a analyse balereologica que à
Agua da Foz da Certã; tal como só
encontra nas garváfas, deve ser consiz
derada como microbicamente
pura não contendo colibacis
tJo, nem nenhuma das espécies palho:
gencas que podem existir Em aguas:
Alem disso, gosa de uma cêrta actão
microbidda. O IB. Thyphicos
Diphterico, e Vibrão
cholerico, em pouco tempo nel
perdem todos à sua vitalidade, outros
microbios apreseritam porem resistência
maior,

A Agita da Foz da Certã não tem gás
zes livres, É limpida, de sabor levemet
te acido; muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho.
DEPOSITO GERAL
RU4 DOS FANQUEIROS, 84, Li
é TELEPHONE 2168168

@@@ 1 @@@

 

SS

«eudos .

ANUNCIO

1.º publicação f
Pelo Juizo de Direito da comar-

ca da Certa: cartorio do 1.º officio,
se amuncia, para os efeitos legaes,
que, por sentença de 19 de março
ultimo, que transitou em julgado,
foi deeretado o divorcio difimito
dos conjuges Maria da Conceição
Nunes, tambem conhecida por Ma-
ria da Conceição David, e Manuel
-Jacintho Nunes, ambos residentes
em Pedrogam Pequeno d’esta co-
marca.

Certã, 16 d’abril de 1914.

O Escrivão.
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei

O juiz de direito, — Mattoso

ANUNCIO
(1º publicação)

Na Comarca da Certã e cartorio
do escrivão Correa e Silva e nos
autos de execução que Manoel Ri-
beiro casado proprietario doCastelo
Velho, freguesia da Certã, move
contra José Martins e mulher Ma-
thilde de Jesus, proprietario do
Vale Bom, d’esta freguesia e co-
marca da Certã no dia dezessete
de maio proximo futuro por dose
horas á porta do Tribunal Judici-
al desta comarca e em hasta pu-
blica hão de ser arrematadas pelo
maior preço oferecido acima do
valor da avaliação os bens seguin-
tes:

Uma courela com oliveiras e
mato no sitio donominado da Ca-
sinha, limite do Vale Bom, vae á
praça no valor de ….. 120500

Uma terra com oliveiras no sifio
das Amoradeirase Covão do Milho,
vae á praça no valor de quatro
centos e quarenta ecudos. 440500

Uma courela de oliveiras e ma-
to, no sitio das Avesseiras do
Vale Bom, vae á praça no valor
dels, mago 220300

Uma terra de milho oliveiras e
castanheiros, no sitio do Vale Bom
vae á praça no valor de noventa
ESCUA OUR feio CER 90300

Uma terra com oliveiras e testa-
da de mato no:sifio qdo Valedos
duzentos e trinta escudos 230500

O Dominio util de um prazo
que se compõe de casas Phabita-
ção e suas dependencias, terras de
cultura e oliveiras, pinheiros e ma-
to no sitio do Vale dos Ensandes,
foreiro a Manoel Antonio do Vale
do Porco em 54, 166” de pão
meado trigo e centeio e um frango,
vae á praça como livre e alodial
na quantia de cento e trinta es-
130300

Estas propriedades foram pe-
nhoradas aos executados para pa-
gamento de 50395,4, custas e mais
despezas de execução.

Pelo prezente são citados quaes-
quer credores incertos, que se jul-

crer rc wa

guem vom dixeito aos mesmos bens,

Certã, 20 de abril de 1914
Verifiquei
O Juiz de Direito-—Matozo
O Ecerivão: $

TR Barata Correia e Silva

%

 

VOZ DÁ BEIRA

LA
7 /
ANUNCIO /f
1: publicação

Pelo Juizo de direito da comar-
ca da Certã, cartorio do quarto
officio, a cargo do escrivão David,
correm seus termos uns autos de
inventario orphanologico por obito
de João Matheus, morador que foi
no logar do Sendinho da Senhora,
freguesia Amieira, d’esta comar-
ca da Certã e em que é inventari-
ante cabeça de casal a sua viuva
Maria dos Santos, residente n’aque-
le mesmo logar; e nos mesmos au-
tos correm editos de trinta dias a
contar da segnnda e ultima publi-
cação deste anuncio no Diario do
Governo, citando interessados José
Matheus dos Santos, Antonio Ma-
theus dos Santos, Maria dos San-
tos e Piedade dos Santos, todos

quatro solteiros, de maior edade,’

auzentes em parte incerta fóra da
Nação, e Alfredo Matheus dos San-
tos, solteiro, menos pubere, resi-
dente em Lisboa em parte incerta,
para assistirem a todos os termos
até final do alludido inventario.

Certã, 22 de abril pe 1614

O escrivão do 4.º officio,
Adrião Moraes Drvid

Verifiquei a exactidão:

O Juiz de Direito—Mattozo

 

E ANUNCIO / Í
1.º publicação /

No dia 10 do proximo mez de maio,
às 12 horas, à porta do tribunal d’este
Juizo, em virlude dos autos de fallencia
do comerciante de Cardigos, Francisco
da Silva Dias, são postos em praça, para
serem arrematados a quem maiores lan-
ços offerecer acima dos valores que lhes
são designados, os seguintes bens:

1.º Terra de pousio, oliveiras e testada
de mato, no sítio do Valle do Môcho no

VEIO RÃS oco oc oE dba das +. 105500

2,º Terra de mato € onze oliveiras.
sita ao Valle do Juiz, no-valor de 23500

3.º Terra cóm oliveiras, no sitio do
Esteval dos Roçados, no valor de 13500

4.º Terra de malto com oliveiras, si-
ta ao Estacal João Farinha, no. valor

es ASR E bee Mora (os 2 PES é 1 RARO O

º Terra de pousio, no sitio das Ro-
cad nor vajoride Gar. 18300

º Olival com vinte e uma oliveira)

no o das Misturas de Joaquim Mendes
no Barroco da Lande no valor de 55500

º Dois bocados de terreno com uma
Da testada, no sitio dos Pesqueiros
(Cimeira ePundeira)y no valor de: 26550
incertos para deduzireinads-seus: direitos
querendo, no praso legal.

Gertã 17 d’abril de 1914.

f O Escrivão.

Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei.

O Juiz Presidente do Tribunal do

commercio,=Matozo.
ANUNCIO | qu
2: publicação JA. –
* COMARCA DA CERTÃ
Por este Juizo e cartorio do 1.º
oficio correm seus termos uns au-
tos d’expropriação por utilidade
publica, dos seguintes bens:

4 castanhéitos e BOTT,P e no-
“venta e quatro decimetros de ter-

reno de mato, de que se dizem
proprietarios José Maria Martins e
esposa, dos Quartos, e 752 metros
quadrados e 16 decimetros de ter-
veno, de que se dizem proprieta-
rios Antonio Martins Bernardo e

 

esposa, dos Quartos necessarios
para a gonatução da estrada dis-
trital n.º 119 lanço do Álto do Ca-
valo a Sendinho de Santo Amaro;
e nos mesmos autos correm editos
de 10 dias a contar da segunda e
ultima publicação do anuncio, ci-
tando todas e quaesquer pessoas
incertas que se julguem com direi-
to áqueles bens expropriados para |
que, dentro do aludido praso, ve-|
nham dedusir em forma legal o seu
direito.

Certã, 27 de março de 1914,

O Escrivão,

Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei

O Juiz de Direito—Matozo

TELHA MARSELHEZA

Fabrica de telha tipo «Marselheza»,
telhões, tijolo e pucaros para resta.

 

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portes, casamentos, baptisados.
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geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terrestres e marili-
mas, nas melhores condições, para os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte, etc. etc.

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Davio fones Siva
EEDUTAM-EE todos os

trabalhos desta arte, para que
ha grande variedade de material.
Aceitam-se emcommendas para

o Brazil e Africa.

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aântonio dVunes da Bonte
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CATELIER D’ALFAIATE / Ê

& XECUTAM-SE com per-
feição todos os trabalhos
da arte.

 

 

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Centro União Apricula

Fabrica a vapor
de adubos chimicos

— DE’— / Q
FRANCISCO MORAES /4
ALFERRAREDE

Do Sindicato Agricola de Pernes, em

4 de novembro de 1913:

800 = temos o prazer de o informar que
a PURGUEIRA As TB. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que V. nos vem fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to os nossos consbcios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
toem batata, como em milho
e hortas.

Mais o informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, ta analise feita
pela Estação Agronomica de Lisboa:
—zote 30 — Acido fosforico 2,78%
—Potassa 3,18 9 de que temos boletim.

E, pois, uma “PURGEEIRA recomenda-
vel à todo o desejoso de seméar com
exito.

O Secretario da Diréção,
(a) Bernardino Rosa
—”W=——=——

E” unico nosso depositario d’esta e
oulras marcas na CERTA, JOAO JOA-
QUIM BRANCO

Semea de 1.º qualidade-=’Tour=
teaux para engordo de animaes
sulfato de cobre, sal, etc.

JOÃO d. BRANCO
—=CERTÃ-—

EMPRESA VIAÇÃO
FERREIRENSE

0008 os dias, com exceção
dos domingos, esta Empresa
tem carreira d’auto-omnibus entre
a estação de Payalvo e a villa da
Certa.
A partida da Certã é 4s 12 horas
perfixas e da estação de Payalvo ás
2 horas

dia cultura da batata

as maiores e melhores COLHEI-

TAS só se conseguem com a aplica-

ção da USA
POTASSA w 5

hivtemr it ça IVSIOrICO

À Potassa é a principal exigen-
cia da cultura da Batata, mas para
que a Potassa possa influir com x
sua favoravel áção, quer no dezen-
volvimento da vegetação, quer na
produção das batatas, é indispen-
savel que a terra tenha súficiente
quantidade dos outros elementos
por consequencia aplicar as adu-
bações completas ricas em Potassa
e especialmente apropriadas 4 Ba-
tata segundo a natureza de cada
terra.

A SECÇÃO AGRONOMICA- da caza O.
Herold & €C’.:, de Lisboa e com
sneursais em Porto, Regoa, Pampilhoza,
Faro, Santarem Evora e Beja, dá gralui-
tamente todos os esclarecimentos que
lhe sejam: peidos sobre as adubações
apropriadas à qualquer cultura.

Presta todos os esclarecimentos
e mformações no concelho da Cer-

ti CARDOSO GUEDES.

em doze elevadaada