Voz da Beira nº15 18-04-1914
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E DIRECTOR:
é Dr. Antonio Victorino
— ADAIMISTRADOR: ,
E A. Pedro Ramalhosa
EDITOR E PROPRIETARIO:
Fructuoso Pires .
—=—
CERTA,
18 DE ABRIL DE 1914
AVENÇA
Nº 15
k Redação e if dmindadração:
E Ba Br. Santos Balente
Ê e CERTÃ é SEMANARIO INDEPENDENTE
“ “ASSIGNATURAS E
Anno, 18200 réis; Semestre, BOD réis
Brazil, (lracos) 59000 rs. Avulso, 30 Ts,
“Não se renimenths originaes –
a
——————
“3 SANGRIA DOS
PINHEIROS
O sabio professor de botanica
ta da Faculdade de Sciencias da Uni-
versidade de Coimbra, sr, dr. Ju-
ho Augusto Henriques, consulta-
do pela não menos sabia redacção
da Revista de Legislação e de Ju-
risprudencia, o mais importante
jornal juridico do paiz, sobre se a
— extração da resina comprometterá
avida do Pinheiro e o seu desen-
“A volvimento, ou, embora a não com-
“prometa, se determinará uma di-
n ao do seu valor, tornando a
maioria menos util para as diver-
É sas applicações a que se o
| deu o seguinte parecer, -que se lê
no vol. 46.º pag. 430 da mesma
Repista. : Ê
«O producto, da resinagem é
muito importante, e esta operação
é praticada desde muito nos paizes
proprios para a cultura dos Pinhei-
ros.» |
Muillefort, no Traité, des arbres
et arbrisseaux, escreve o seguinte
— a respeito do Pinheiro bravo ou
” maritimo:
Er «O grande producto d’esta ar-
vore reside na gemagem ou resina-
gem.
pao muitos que a resinagem.
póde prejudicar as arvores. Não
succede isso, uma vez que a resi-
nagem seja feita segundo as re-
cr professor Planchon, da Uni-
versidade de Montepellier, afirma
que: |.
+ Uma arvore grossa, “explorada |
e tratada segundo as regras da ar-
te, poderá dar um producto am-
nual durante 50 annos.» | |
x Muillefort, já citado, diz:
+ Uma resinagem bem dirigida
pode durar 150 annos e até mais».
Na Encyclopédie pratique de |º
agriculture, tomo VII, referindo-
– se á primeira resinagem, diz-se:
– «Durante este primeiro, periodo,
“av anvore continúa a vegetar sem
que a sangria: ei enfruque-
cel-a.’
Comprehende-se isto sabendo-se
E) que a gêma, que sahe do Pinheiro
E — pela operação, da» resinagem, não
constitue. materia alimentar da ar-
q à vore; é uma substancia excretada».
Ê Perderá a madeira, as qualida-
É des quo Jhe são proprias?
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DK CERTA
PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA MINERVA CELINDA DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTÃ
A este respeito lê-se o seguinte
na Encyclopédie agricole:
«A extração da resina pela ge-
magem dá à madeira uma qualida-
de que-ella não tem quando é cor-
tada antes de ser sangrada. Qual-
quer que seja a fórma porque se
empregue o Pinheiro maritimo, ou
o uso a que alguem o destine, elle
vale mais depois da gemagem. A
experiencia de muitas gemações
não deixa duvida alguma a este
respeito, Às achas ardem melhor,
o carvão de choça dá mais calor e
é de melhor qualidade, as madei-
ras de construcção adquirem con-
dições de duração do carvalho, as
taboas são menos expostasja em-
penar ou a fender-se sob a avção
do calor do sol,»
Um exemplo da melhoria da
madeira resinada póde vêr-se no
Museu Botanico da Universidade
de Coimbra.
Dois cubos de madeira de pinho,
um tirado de uma arvore vesinada
e outro de uma arvore a que se
não tirou a resina. Este pesa
5k,900; aquelle pesa 7k,500.
E’ fora de duvida que a resina-
gem dá um bom producto do Pi-
nheiro. Deve, porem, ser feita se-
gundo as regras que a prática tem
estabelecido. Não devem ser san-
grados Pinheiros que tenham me-
ros de um metro ou metro e meio
de circumferencia a um metro aci-
maidalcterra; mão seridevegiabrir
vas aúgmentado; todos “os amnos,
até atingir tres ou quatro | metros
em altura e só depois se póde abrir
outra no lado opposto á primeira,
nem fazer essas feridas profundas,
não devendo entrar na. parte le-
nhosa, mas só sim na casca.
“A citada Revista de Legislação
e de Jurisprudencia sustenta que’o
direito de resinagem, quando não
seja excjuido no titulo constitutivo
do usofructo, pertence ao usofruc-
tuario, que o deverá exercer se-
gundo as regras da resinagem. .
J. Correia “Pacheco.
‘ e
eira de «. dMarcos
Tem logar no proximo sabado, 25 do
corrente ; a feira anual que se costuma
realisar no Bairro de Santo Antonio
desta villa.
Gremio Certaginense
Com bastante animação teve lo-
gar no domingo de Pascoa, n’esta
casa de recreio, o baile quinzenal,
a que correu toda a elite da Certã.
De Palhaes, estava a sr? D.
Maria Justina Pinto Serrano; de
Sernache, o menino Higino de
Queiroz e de Alvaiazere, os srs.
Antonio e Nuno de Vasconcelos.
Ao piano tocaram as sr.“ D, Er-
nestina David, D. Conceição. Ba-
tista, D. Fausta Soares e D. Ma-
dalena Barata que como sempre
se houveram magistralmente.
Um sexteto sob a habil regen-
cia do sr.
intervalos,
Por iniciativa de algumas se-
nhoras, tem logar no proximo do-
mingo um baile extraordinario,
que promete ser bastante concor-
rido e animado,
Ribeiro da Foz
Este- ribeiro que em ocasiões de chu-
va se torna verdadeiramente caudaloso,
impedindo o transito a uma parte popu-
losa do concelho que por ali faz cami-
nho, conserva-se ha cinco anos despro-
vido de ponte.
A ultima, talvez feita a expensas par-
ticulares, abalou por acasião das gran-
des cheias de 1909, não se tendo de
então para cá ligado mais importancia
ao caso. Prometeu-se que se havia de
construa çumastqrpromessa passomizom
Camara, para o rol das cousas esqueci-
das.
O povo que por ali transita para os
mercados, é que não se esquece e
continuamente protesta exigindo, à fi
das suas necessidades, à realisação d’es-
se melhoramento que vae Deneliciar
uma zona importante do concelho. Ser-
ras, Amioso, Cimo da Ribeira, Marinha
do Vale Carvalho, Covões, Qurraes, Bras
vo e até a freguesia da Madeira, tudo
por aqui se serve como sendo a unica
estrada de carro que liga com a Certa.
R’ pois está estrada uma via de co-
municação importante pelo dilatado das
povoações que por ali transitam nas
suas relações. comerciaes e judiciaes
coma vila, mal parecendo que à min-
hua de obra de tão pouca monta, este-
ja ali o caminho cortado, sem meio de
transposição possivel nos iivernos pro-
longados.
Mas,. quando não fossem tão atendi-
veis estas cirennstancias pelo Jado d’um
remo de população numerosa, bastava
só o Caso de que uma boa porte da fre-
guezia está sujeita q sofrer demora e
grave incomodo em alguns dog seus
José Queiroz, tocou a |
ANNUNCIOS
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réi
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
serviços mais urgentes como o chama-
mento de medico, a procura de reme-
dios,-os enterros e outros. serviços re-
ligiosos, para que se tivesse já pensado
a serio na reconstrução da ponte.
As crianças da escola, muitas vezes
obrigadas pela dificuldade de transpo-
rem a corrente, terão de voltar para
traz -e quantas vezes não aproveitarão
este pretexto para iludirem a vigilancia
dos paes, preparando de combinação al-
guns feriados. Anda assim a instrucção
nestas paragens ao inverso do nivel das
aguas, por uma forma caprichosa que
bem se faz sentir na vida pratica d’esta
região. E” sem duvida à parte da fre-
guezia onde se conta maior numero de
analfabetos, e, se muito tem concorrido
para isso a longa distancia que a sepa-
ra da escola, é tambem certo que a fal-
ta de boas comunicações muito tem in-
Iluido no caso.
E” pois, de justiça, que se atenda às
necessidades d’aqueles povos, mandan-
do construir desde já a ponte sobre O
Ribeiro da Poz, –
Não é obra que exceda, os recursos
do municipio, tão reduzida é de propor-
cães. A comodidade d’estes povos não
reclama obras de arte incomparavets às
suas fracas aspirações; Dasta-lhes tm
pontão por onde passem a pé enxiito e
que lhes dê a certeza de que man-
dando os seus filhos à escola em todo o
tempos estes não correm risco de perigo.
Um pontão d’alvenaria com tres me-
trus de bota por dois de largo e doís
de alto, satisfaria por. completo as exi
gencias do movimento tanto para peões
como carros: A uns 50 metros a mon
tante do ribeiro, explora-se boa pedra
e com serventia facil. N’estas condições
parece-nos que não séria preciso gran-
de orçamento para realisar este melho-
ramento, cuja ‘ falta acarreta bastantes
dificuldades!
propositadamente, porque tudo, quanto
seja obra provisoria com vigas de pinho
ou estrado de madeira, nã satisfaz, sob
pena de em breve voltarmos à antiga
| phase.
O que não poderá subsistir é este es-
tado de cousas, que às portas da vila o
povo tenha que sofrer interrupção na
sua marcha para se descalçar e arrega-
caro fato por forma a poder transpor o
vau doribeiro, ou que se resigne a
voltar para traz quando este vae tão
caudalo so que não permito passagem.
em
Caçada aos pombos
Consta que, no proximo domingo, vão
assistir à caçada aos pombos, que se
realisa em Castelo Branto, os nossos
amigos dr. Bernardo Ferreira de Matos
e João Pinto dAlbuquerque, que se ins-
creveram no torneio.
Alguns cavalheiros desta vila proje-
tam acompanhar aqueles nossos amigos,
em viagem de recreio,
Boa viagem e uma boa. prova de ati-
radores,es,
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dota
É
WS
ABA DE LISA
LISBOA, 14-—Estou profunda-
mente arrependido da saudação
que fiz à primaverano penultimo
numero da Voz da Beira . E” ver
como ella correspondeu ao elogio,
abrindo as porta ao Eólo furioso
que nestes ultimos dias tem sacu-
dido as arvores dos jardins, e apli-
cando duches intermitentes á epi-
derme do nosso modesto guarda-
chuva que já se julgava livre dos
rigores do inverno. Enfim, tudo is-
so eu desculpava com certa bene-
volentia; mas, que ella, a simpati-
ca primavera, levasse o seu mau
rumor até ao ponto de me castigar
a ousadia com um impertinente
ataque de grippe, mal pode des-
culpar quem a recebeu com o
mais caplivante dos sorrisos. ,
Aos dias lindos de quinta e sex-
ta-feira santa, sucederam uns dias
de verdadeiro inverno que tiraram
ao domingo de Paschoa muito do
brilhantismo com que esta festa é
comemorada em Lisboa pelos ca-
tholicos em romaria ás egrejas e
pelos devotos do doce em romaria
ás pastelarias.
Parece que estas fizeram, ape-
zary d’isso, bom negocio. Não admi-
ra porque nós os potuguezes em
occasiões de festa esquecemos to-
das as crises; e ha mesmo quem
afirme que no. sport da: goloseima
batemos o record. E já que lhes
falei da semana santa dir-lhes-hei
que foi extraordinariamente gran-
de a concorrencia aos templos du-
rante aquelles dias. Em algumas
egrejas foi mecessario estabelecer
entrada e sahidas, porque d’outra
maneira dificilmente se consegui-
ria assistir aos actos do culto:
eles ruas, especialmento na quin-
t
a-feira, o movimente foi enorme
e as toiletes negras davam ás ar
terias mais concorridas da cidade
aquelle tom de tristeza proprio da
solemnidade d’aquelles dias.
*
Está prorogada a sessão parla-
mentar até trinta e um de maio
para discutir e aprovar o orçamen-
to geral, o codigo administrativo,
Jei da responsabilidade ministerial
eguleidas acumulações: que jaté
excesso de trabalho. Ora/08mossos
leitores não terão a estulta preten-
são de quererem obrigar os illus-
tres deputados a um passeio áser-
va da Estrella para tratamento de
tuberculoses adquiridas nas fofas
cadeiras parlamentares. À Cezar
o que é de Cezar. Não vamos exi-
gir de suas excelencias a troco de
de 3:333 réis por dia um trabalho
superior ás suas forças.
Nós só lamentamos que não fos-
se aprovada a moção do snr. Ma-
chado dos Santos prorogando a
sessão até novembro com férias
em junho, julho e agosto, que são
os mezes das festas é do. .. capilé.
“SERTORIO
H Sa
” Faleceu em Lisboa o sr.Raul Alves
dos Santos, marido da sr.” D. Heluiza
Uuedes Santos, a quem como a toda a
restante familia, enviamos os nossos
muito sentidos pesames.
702 DA BELA
HO
ENDO
DO Co cg Ds “Ugo
Diz-me mulher, porque abafas no peito
Tristes queixumes, lagrimas de dor
Que tornam teu rosto d’amor-penfeito
Em triste, murcha e resequida flor!
“Por que suspiras em voz dolorida,
Triste, sentida e cheia d’agonia,
E gémes, talvez, cançada da vida :
Que te não dá, de felicidade, um dia?!
Ólha: chorando talvez que a tua alma
Mitigue a dor que o pranto em mim acalma,
Quando o martirio enluta o meu viver,
E encontrarás assim um peito amigo,
Que sonhe e saiba adormecer contigo
No santo amor da Paz e do prazer.
Certã, 12-4-914
Abilio Marques
Quelhão do Sólheiro
Na ultima sessão da Comissão
deliberativa da Camara Municipal,
foi apresentada pelo snr. dr, Er-
nesto Marinha, uma proposta para
que fosse aberto ao publico o Que-
lhão do Sólheiro, Rua do Quelhão
ou como queiram chamar-lhe. que
se acha vedada à mais de 10 ou
15 annos.
E’ uma proposta que muito de-
ve satisfazer todos os habitantes
d’esta villa e nomeadamente os
que teem a sua residencia no Bairo
de Santo’ Antonio.
A abertura do Quelhão impõe-
se por varias circunstancias.
As considerações do snr, dr. Er-
nesto Marinha são mais que sufi-
cientes para determinar a camara
a aprovar a sua proposta é proce-
der imediatamente á abertura do
Quelhão, nas quando essas não
bastem outras ha ainda que facil-
mente sugerirão á comissão a quem
o assumpto ficou affecto e que se
compõe dos snrs. Vereadores Emi-
dio Magalhães, José Dias Bernar-.
do Junior, Albano Ricardo, e Her-
minio Quintão.
À razão apresentada por alguns
dos snrs. Vereadores no sentido da
não aprovação da proposta, com o
fundamento de continuar o Que-
lhão a servir de sentina publica,
epoua prisenteçrpo;s não coalações
de vida da Certã mudaram muito
desde ha 15 annos a esta parto:
Não havia limpeza por meio de
varredores; não havia guarda que
fizesse cumprir o Codigo de Pos-
turas Munieipaes e não havia em
Santo Antonio a população que
hoje ha e que desde a sua, abertu-
va passará a servir-se constante-
mente danova rua, pela distancia
ser muito mais curta para o centro
da vila.
Se bem nos recorda, Santo An-
tonio tinha ha 15 annos tres fogos
com sete pessoas e hoje tem uns
vinte fogos com cem pessoas apro-
ximadamente. |, Do
Quando outra razão não deter-
minasse a camara ‘a aprovar a
proposta do snr. dr. Ernesto Ma-
rinha, o augmento de populaçã em
“Santo Antonio seria mais que sufi-
ciente,
a”
DEFORTAGEM
Durante a semana vimos na Gertã, os
nossos prezados assinantes srs. dr. Luiz
de Vasconcelos (Alvaiazere), Antonio da
Costa Mouga, Angelo Henrique Vidigal,
José Mendes Nunes da Silva, Domingos
H. F. Vidigal, Joaquim Ciriaco Santos,
José David da Silva, Zuzimas Nunes Cor-
reia, Antonio José Matias, Manoel Jacin-
to Nunes, Joaquim Nunes e Silva, Veris
simo da Silva, Joaquim Nunes Correia,
dr. Abilio Marçal, Nuno Conceição e Sil-
va, Augusto David e Silva, Manoel M.
d’Almeida, Manoel da Cruz Prata, Augus-
to José Coelho,
—Sahiu para a capital acompanhado
de sua filha, a sr.º D. Maria do Carmo, o
nosso assinante sr. José Antonio de
Moura.
— Afim de assistir ao Congresso Pe-
dagogico, sahia para Lisboa o sr. Joa-
quim Tomaz, digno. inspector escolar
d’este circulo.
—Para o mesmo fim, passou na Cer-
tão sr. Albano Barreto, professor oficial
em Proença à Nova.
— Tivemos o praser de ver na nossa
redação os grs. dr. Manoel de Matos Ro-
sa e seu tio o nosso amigo e assinante
sr. Bernardino Ferreira de MatoS de
Sobreira Formosa.
—Relivaram já d’esta vila, os nossos
presados assinantes:
Para Alvaro o sr. dr. Mendonça David;
Para o Valo de Santarem, o sr. Antonio
Nunes e Silva;
Para Lisboa o sr, Antonio da Costa e
sua esposa;
Para Castelo Branco, os srs. Joaquim
Barata, Joaquim Branco, Antonio e Ina-
cio Vidigal,
lhas, deovistha fa ua Manifiaa estores esfia
vila tendo já regressado à Lisboa 0 nos-
so assinante e amigo sr. Carlos Pinto
Tasso de Figueiredo,
-—A camara municipal, de Castelo
Branco. nomeou para prestar serviço na
escola central, a professora nossa patri-
cia sr.* D. Laura Pires Marques.
— Para Lisboa acompanhada de seu
filho Albino Craveiro sahiu a sor,º D.
Barbara (raveiro,
—bDe passagem para Proença a Nova,
estiveram hontem m’esta villa, os nossos
assignantes snrs. João Baptista Dimiz e
Alfredo Tavares.
e
Semana Santa
Realisaram-se com bastante explen-
dor as solemnidades da Semana Santa
na Egreja d’esta Villa. A comissão não
descurou o compromisso. que tomara
com o povo, antes se exforçou para
que tudo revistisse à maior pompa com-
pativel ao acto.
Na quinta feira começou a festividade
ao meio dia com missa solemne por
musica,
í
4’s 4 da tarde começaram os oficios:
por musica, estando o sepuleliro orna-
do com grande profusão de luzes e flo-
res, desde o trono até aos infimos de-
graus do altar. Terminados os ofícios
teve logar à procissão da Paixão com
grande concurso de ambas as irmanda:
des: da mizericordia e do Santissimo.
Na sexta feira começou a solemnida-
de, ás 10 horas, pela Paixão, após o
que se seguiu a missa chamada dos pre-
santificados e cerimonia da Adoração
da Cruz a que concorreu a todairmanda-
de e numeroso povo, n’uma manifesta-
ção solemne de respeito e de eulto.
Pregou o sermão da Paixão o Rev. padre
José Francisco que por mais d’uma ho-
ra discorreu proficientemente sobre o
assumpto.
A’s 4 horas da tarde começaram de
novo os ofícios solemnes, findos os quaes
se organisou a procissão de Enterro.
E” Indiscriptivel a impressão de res-
peito que esta procissão causou a todos
que n’ella tomaram parte ou que de fó-
ra examinavam esse cortejo grandioso
que se extendia por mais de 300 me-
tros de extensão. A profusão dos lumes
que todas as janelas apresentavam, o pas-
so cadenciado da irmandade com suas to-
chas acesas, as dezenas de devotos de
ambos os sexos que em alas acompanha-
vam o esquife, a melodia sentimental
das marchas funebres e sobretudo a
hora triste e melancolica do sol posto
davam a este cortejo o quer que fosse de
feerico.e imponente. Seriam 8 horas
quando a procissão recolheu à Egreja
depuis do que se seguiu o sermão da
Soledade pregado pelo rev. padre Anto-
nio Nunes e Silva, parocho no Valle de
Santarem. A grande egreja thatriz com
suas tres naves foi d’esta vez pequena
para conter a grande massa de povo
que de pé alli se acotovelava num
apertão rigoroso. Só depois de termina- .
do o sermão quando nos dirigiamos a
casa podemos fazer uma ideia aproxi-
mada do-grande numero de pessoas que
assistira à procissão, talvez em cifra
superior a 3000. O adro às ruas, os es-
tabelecimentos revestiram por instantes
o espetaculo d’uma grande feira.
No sabbado realisou-se à cerimonia
da benção do fogo e benção da pia bap-
lismal, seguirdo-se. a missa solemne
com o aparecimento da aleluia.
No domingo procissão triumphal da
Resurreição, sermão respectivo pelo rev-
padre José Francisco e missa cartada.
Devem estar todos safisfeifos pela forma |
explendorosa como tudo correu. Muito si- –
lencio, gravidade e respeito em tudo;
bastante irmandade e sobrefudo muita
compostura da parte do publico que bem
soube provar e mostrar quanto lhe são
queridas e dignas de devoção estas ce-
rimonias que ha já 3 annos não se fa-
ziam.
Os cafholicos souberam bem desmen-
tir com seu procedimento de ordem “as
probibinda-lhes as, Suas, pmanilostações
de culto,
Desta, como doutras vezes, não foi
precisa a comparencia da policia, nem
o brilho metalico das baionetas para
manter a ordem. Cada um guardou=se
a gi mesmo e todos cumpriram o sed
dever pondo. a manifestação: religiosa.
acima das veleidades humanas.
A” comissão composta dos sis. José
Dias Rernardo Junior, José Nunes e Silva
Joaquim Nunes e Silva é rev. arógypres-
te, padre Francisco dos Santos, cabe-
lhe aqui a expressão do nosso sentir,
manifestando-lhe a nossa admiração por
saberem elevar-se ao nivel das suas
crenças. Bom seria que outros lhes (o-
massem o exemplo e sonbesseim cum
prir;o seu dever de catholicos, sem res
peitos humanos nem receios de apódos,
O
HARRET E ARREIOS
Vende-se, tudo novo
PRATA-SE COM
João d’albuquerque=-CERTÁ
aCERTÁ
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+
b
”
k
A
e
estada ide ipi Lg e o x
Crónica ligeira –
– Estaschoras. que passamos fóra da
nossa vida profissional são tão cheias
de mornidão que estupidilicam e narco-
tisam. N’um meio como 0;nosso em que,
a recreação do espirito tem necessaria-
mente de fazer-se ou pelo cavaco bre-
jeiro ou pelã êspánsão, muito em voga,
do jogo, esse passatempo estupido, bru-
tal e inconveniente, sente-se necessida-
de de alguma cousa. ‘
* O estada morbido em-que sempre es-
tamos; tálvez por via do nosso constan-
te nervosismo ou pelo temperamento
irriquieto’com que a Natureza nos do-
tou, “exige alguma cousa. mais para
tempero do nosso bem estar, do que
abancar a uma mesa quolidianamente,
ou seja para ouvir duas banalidades -so-
bre politica indigena ou para fazer um
salto nas cartas de cima, na esperança
de que são ultimas que veera.
Sentimos necessidade de girar para
não entorpecer fisicamente, porque mos
ralmente a isso estamos sujeitos, |
Não conslitue, pois, para nós gráva-
me % passeio que: nos propozemos tar
até Vaquinhas, na nossa primeira cróni-
ca. Temos por habíto’ passar; as tardes
em giro por essas estradas fóra, com
algum amigo que faz as honras do cava-
co, ora examinando o que a) Natureza!
deu-de melhor ao campo, ora aprecian-
do, n’um apreciar singelo e; bom, ás ra-
parigas que passam do labor das hor-
tasy de carnações Simpaticas que na sua
andadura desembaraçada deslisam pelos
caminhos fóra, de mão-no’ quadril, ces-.
to à cabeça e chaile pendente em bico
“a deixar Ver é contorno das. stas for-
mas muitas vezes d’um atlicismo provo-
cador. ,
Nesta ordem de ideias e com o fim
já dera ado, de ouvir o nosso bom
Ferreiroe o seu compadre Ventura, lá
– fomos “abalada na segunda feira por
“ess Vila abaixo sem nm destino certo,
pois não era facil concluir. onde os po-
deriamos encontrar, dada’a circunstan-
cia, muito natural, dos nossos. homens
terem marchado para a Senhora dos Re-
médios em vez de seguirem para Va-
quinhas, visto festejar-se ali a 1.º oita-
va da Pascoa. k
* Seguiamos, pois, sobre a. Ponte da
Caxyalha sem um proposito feito do ca-
minho a escolher no fim da reta: Vaqui-
nhas ou Senhora “dos Remedios. Ali ti-
nhamos que optar para ramificarmos,
masa Providencia veio em nosso auxi-
losivrando-nos US embaraços: |
Os nossos homens estâvam ali ao fim
da seta, na bifurcação . das estradas,
quem sabe talvez indetisos sobre o ca-
minho à seguir. )
Aproximamo-nos caufelosamerite; tas
sempre ruminando: sobre a maneira de | |
os trazer à razão e colhermos deles o. E
que mais nos convinha sem que nos
perdeh BroxiçlenCim tdaida mais uma
vez nos auxiliou. D amigo José do
“Piúhal, fázia ao Ferieiro explicações va-
“rits sobre um portão que: pretendia é
que este se propunha fazer-lhe, estando
à duyida no estilo; a nossa chegada,
porém, deu logar à que o bom José Ta-
vares entregasse a obra á alta conce-
do artistá sem detalhes de maior.
– pção
Exriliios OS OSSOS Cumprimentos com
um efusivo. aperto; de mão e metemos
o bedelho na conversa, como iniciação
de factos que pretendiainos apurar, De-
sertamos sobre portas é portões é tom
tanta proficiencia o fizemos que o mes» |
“tre Ferreiro thegou: a sipor-nos um
Norte Junior em ponto pequeno.
-“Quando davamos por esgotada a tos-
sa ciencia sobre a materia. que se dis
cutia o bom
deixa e desligando-se do ássunto abruta-
mente diz: . : ; ii
“=-0? padrinho, (dirigindo-se ao José
Tavares) a proposito de portas; sempre
lhe quero dizer uma coisa: sabe que eu
é o meu compadre Ventira, fomos as-
sistir lá àquela” coisa. . sim á casa da
Camara ando estão aqueles miagnates,
Pa
Ferreiro. aproveitando. a
— VOLDA
à sessão, e que hoas portas, que lá
ha; quem seria o mestre, quem séria?!
D que mais admirei foram as portas,
“mas sabe, parete-me que” não fecham
bem, só 0 meslve que asali pôz’e lhe fez
os couceiros, se emetidera bêm com
elas. :
—Mas afilhado, isso não vêm a falho
de foice… Diga-me cão que sê passou,
houve por lá rascada? Í
—Bu lhe digo: enrascado estava tu-
do aquilo; eles não se entendiam uns
aos outros. Pediam quatro e cinco a pa-
lavra é o do centro tambem a tomava.
Tudo Talavã e o caso é que-eu tambem
poucó fiquei percebendo. mf
—Sabe, menino Zézinho, alalhou o
Vontura, de tudo aquilo que para lá
alanzoaram, pouto ou nada se apurou;
trataram do preço dos homens e outras
Cavalidades, parece que para o serviço
braçal óu tousa parecida. Queriam 7
centavos da moeda nova, por cada ho-
hem, mas estava lá um de oculos e bi-
gode, à guisa d’alferes, que me pareceu
talassa, porque queria por cada homem
dois stões. Bu também disse logo para
mim e Deus; este é cà dos meus, estou
com a minha gente.
—De resto, observou o Ferreiro, mui-
ta parra e poucã Uva. Barafustaram cá-
da um a seu geito; o senhor sobrinho
de seu fio, O Ademetrio, ainda se ati-
rou, mas… bau, bau. E O tal, ó com-
padre Ventura, o da comoção ou que
| diabo seja, ele estava agraviado, graças
a Deus. Ouvi lá dizer ao filho da Súr.*
Barbola, que ele vinha de cima de dei-
xar a ponta do cordel, mas parece que
se torceu malgum prego quê y hómem
não deu nada. Ble là apáreceú com um
papeluxo, assim à maneira das Costas de
uma carta, que alguem lhe escreveu.
— Estava lá uni, parece que é o Zé
da Vide, que cada vez que olhava aqui
para este sr. lá do jornal, e o via es-
crever na. carfeira, sentia uns formi-
gueiros dáfiados. O visinho do lado, ô
General Concéiro, apanhava cada aper
tadela nos calos que q fazia ver às estre-
las ag meio dia; Ds hs
—Mas digam-me iljma cóusa: não es-
Wi tava lá o nosso visinho d’Abegoaria?
—Ah! 0 sr. Sargento? Estava, estava,
e olhe que não é dos mais pecos. Por
ser do Ltermo, vá que vá… ele esteve
lã a falar fia religião de N. S. Jesus
Christo, mas eram palavras muito finas
que eu não o entendi.
—Bm suma, conveio-o amigo José Ta-
vares; vale a pena dssistit patá redrear
O espirito, não é verdade?
— Sem dúvida; meu padrinho. Não
se aprende lá por’isso muito, porque os
homeris; Coitados, não sabem, mas.:.
Na quirita feira não. podemos nós vir
por Causa da sementeira, mas: pr’a se-
mana, cã estamos; 4
—Bom, bom, vad-So. aproximando de
uínhas, que O têmpo não está para
idas: Adeus… Passem bem, Obra
solida“e hem eita Rhtendido? v qu
poder. Riguem-se com Deus.
Pi)
Os nossos homens lá foram a caminho
de Vaguinhas e nós com mais dois de-
dos de cavaco sobre a conveniência. do
sol ta eira é chuva no nábal, fizemo-
nos ad largo até à cidade alta, oride con-
tindavemos com muito
* j is Bom-Oubido;
MENDES A ULRIQUERQUE-
o Compra é venda dazoites.
– Praça do Commercio
PE. CERTA
VENDE-SE em conta um gu-
arda prata em madeirá de acacia
e uma meza de casu de jantar em
castartlio; Tudo em bom estado de
DELRA E
CAMARA MUNICIPAL
k (omissão deliberativa |
Sessão de 13 de abril
— Aprovou a acta da sessão an-
terior :
— vogal sr. Antonio Mouga apre-
sentou à segúinte moção: À Cama-
ra satisfeita com o procedimento
da Commissão exetufiva, regista o
seu relatorio e passa á ordem do
dia. as ação
— Apresentado um officio do
professor do Carvalhal pedindo à
reação do 2.º logar de professor,
deliberou satisfazer de harmonia
com às necessidades do ensino.
—O Vogal snr. b, Domingues,
considerando que O serviço de
limpeza publica d’esta vila deixa
muito a desejar, propõe que à co-
missão executiva fique autorisada
a modificar é melhorar esse servi-
ço augmentando a verba a dispen-
der. Aprovada. …
O Vogal snr. E. Marinha propõe
a construceção n’esta vila. dé qua-
tro fossas e quatro orinoes, na
Praça da Republica, no Largo do
Municipio, no Passeio do Ádro e
na Carvalha. Ficou para ser resol-
vido na sessão seguinte. |
O Vogal snr. A: Ricardo insur-
ge-se contra à forma como é cum-
prido o ‘descanço Semanal. Delibe-
róu afixar editaes pedindo à todos
os interessados ó cumprimento do
respectivo regulamento.
O Vogal snr, dr. E. Marinha,
| discorda da resolução da camara;
por entender que aos imteressados
| compete fiscalisar a sua observán-
cia. )
Organisou à tarifa da converção
da prestação dé trabalho a dinhei-
ro. wa
Sessão de 16 de abril
O Vogal snr. dr. E, Marinha,
propõe que se proceda 4 limpeza
das nascentes que abastécém es-
ta villa:
O Vogal sr. À. Ritardo, pro-
põe que fosse calcetáda a tua da
Varzea Pequena.
Aprovou à propostá sobre fos-
sas e orinoes. ;
Concedeu 20 dias de licençã ao
chefe da Secretaria
O Vogal sir. dr E. Marinha,
piQuiel river js dheintr ao publico
Resolveu nomear uma comissão
de vistoria.
mai algm ma e
EDITAL
Joaquim Cyriado Santos; Vice-
Presidente da Camara Municipal
da Certã. :
Faço saber que na Casa da Ca-
ço d’oito dias as contas da receita
e despesa, d’este Municipio, relati-
vas ao aíino de 1913; pelo que
convido a todos os cidadãos inte-
ressados à item alli vêr e exami-
nar às mesmas contas, e apresen-
tar-mé dentro do referido priso
quaesquer reclamações, que tive-
rem por conveniente fazer: uy
Pátos do Concelho da Certã, 13
de abril de 1914.
conservação. N’esta redação se diz.
Joaquim Cyriaco Santos
mará; se acham patefites por espa- 7
inato do Montepio Certaginense da
Rainha Santa Izabel, durante o 4.º tri-
mestre do corrente ano,
RECEITA
Quotas de socios efectivos T9354
Juros de capitaes mutuá-
dos. vn amido creo oo BIRO
Soma……. L43M7TA
À DESPESA :
Subsídios pecuniarios… 13316
Contribuição de decima |
de juros… cuseio 32
Legalisação de documen-.
tos sabiga tas ário AHAM
« Soma….. 53915
] Do Saldo em caixa ém conta do
fundo de reserva foi mutuada a
“à quantia de 200800. |
Socios existentes em 1 dê ja-
neiró de 1914 …. 116
» – entrados no 1.º tri-
mestre e Ao 7
ibope ge dee 123
Certã, 4 de abril de 1914.
, O Presidente,
Luiz Domingues da Silva
— O Thesonreiro, a
Joaquim Nunes e Silva
O secretario,
José Ventura
OLEIROS, 15-—Seniana Sans
ta-lbtelebráram-se, com à costumada
pompa; as soleminidades da Semana San-
ta, Tresta vilã. À concorrencia foi gran-
de e às procissões de quinta e sexta-
feira,em que sé encorporaran centenas
de irmãos da Misericordia e do Santissi=
mo e milhares de fieis, produzia um be-
lissimo efeito. . :
Os sermões dá Paixão, do Descendiz
mento da Cruz é Soledade; foram pre-
gados respectivamente, pelos tév.”* pa-
dres Joaquim dos Santos; João Esteyes
Ribeiro & conegó Augusto, Antonio Roz
mão; que se houveram à altura dos cre-
ditos de que, Com justiça, teem gosado:
Data funebre- Passoii no dia
13 do corrente o primeiro ahiversario
do falecimento, do. ilustre filho desta
concelho; tr. Alfredo de Mendonça Daz
vid. Por tal motivo, Celebroi-se n’aquel:
le dia em Alvaro, uniá missa cantada é
Libéra me. em sultagio do extinto.
Pique nique-A rapasiada cá
do burgo prepara para 0 proximo do:
mingo um pique nique; nas formosissi-
hos: que serao, apaosimadamenteç FATE]
comensuês e que 0 nosso amigoMota, en-
tusiásta poreste genero de sport; tencio-
na ganhar o premio de primeiro talher;
À ver vamos. E
Camara Múulitipal- No
dia 13 do corrente. princtipiou a segun?
da sessão ordinarid dt Camará Municipal
dºeste ‘concelho, A
Na proxima Corrêspondericia;. dare:
mos noticias deserivolvidas las stas
+ principães deliberações.
Digiarame-se pagar & sia assinatura;
bs nossos presados assinantes 0só
Sanbel de S. Tomé, Joquim Matias, Lii)
Antunes, D. Matid Nazaré, Nomes; Luiá
Delgado, Iridro Mendes. da Silva, em
dá Crê, Manoel Bonifacio Fetreirá; Heh-
riquê Moura, A; Lopes, Parefite, Antonio
Baratá e Silva e D,, oree
ata Martihs, Joab
Carlos d’Almeida e Silva, José Alves
Correia, João Geirinhas é Frantisco Sons&
Emilia das
Barata; Januario da Mataata
@@@ 1 @@@
nn
e E
Errar a Rage
SE.
a Re
E A
VOZ DÁ
DEIA
“ANUNCIO
:2.º publicação –
Haz-se saber que no dia trez do
pproximo mes de maio por doze ho-
sras 4 porta do “Tribunal Judicial
«Vestaicomarca, em vmtude d’uma
carta precatoria vinda-do-Juizo de
Direito da comarca de Coimbra e
«cartorio do escrivão Rocha’Calixto,
“onde correm. seus’termos-uns-antos’
«de execução de sentença commer-
cial a requerimento de Antonio
Vieira de-Carvalho, casado, com-
«merciante, residente-na ditacidade
«de Coimbra, contra Manuel Jacin-
“tho Nunes, casado, residente em
Pedrogam Pequeno, desta comar-
case ha «de proceder “á venda e
“arrematação-em haste pnblica pelo
maior preço que for oferecido agi-
ma da respetiva avaliação “dum
predio de-olival, vinha, eira e-casa
anexa, sito-a São Sebastião, lemi-
te «da villa-e freguesia de Pedro-
gam Pequeno, avaliado em mil es-
Cados) Pigs ei srdalo a 1:000300
Pelo presente são citados quaes-
quer credores incertos.
‘Certã, 7 de Abril de 1914.
‘O Escrivão
Francisco Pires de Moura
Verifiquer:
O Juiz de Direito—Mattozo
ANUNCIO
2: publicação
“Por este Juizo das Execuções
Fiscaes do concelho da Certã, cor-
rem editos de 30 dias, citando
Francisco Gomes, residente que foi
no logar da Calvaria, fréguesia de
Sernache, d’este Concelho e hoje
* ausente em parte incerta, para no
prazo de dez dias imediatos aos
trinta, contados a partir de 30 de
abril proximo, satisfazer na The-
souraria d’este Concelho, a quantia
de sessenta e cinco escudos e se-
tenta e quatro centavos, alem dos
juros da móra, selos, do processo é
custa, proveniente de contribuição
industrial dos annos de 1909,
1910, 1911, e 1612, sob pena de
seguir a execução seus termos.
Juizo das Execuções Fiscavs do
Concelho da Certa, 30 de março
de 1913.
O Escuvão idas Exernnões Risaes,
Vinfiquei a exactidão:
Serviço de Juiz das Execuções,
Antonio Barata e Silva.
ANUNCIO
(2.º publicação)
Faz-se saber que no dia vinte e
seis do corrente mez de abril por |
doze horas á porta do Tribunal
Judicial d’esta comarca em virtu-
de d’uma carta precatoria vinda
da Primeira Vara Civel da comar-
ca de Lisboa, cartorio do escrivão
Cardozo, e extrahida dos autos de
inventario orphanologico por obito
de Alfredo das Neves Conceição, em
que é inventariante José Simões
Aldeias, se ha de proceder ávenda
e arrematação em haste publica
pelo maior preço que for oferecido
acima do valores que lhes vão de-
” signados, dos predios seguintes:
1.º Uma horta sita ao Tinte, lemi-
‘gUdOS. era! ao ca O RR
te de Pedrogam Pequeno, no valor
de quarenta e cinco escudos. 45300
2.º Uma courella de terra com oli-
veiras e sobreiros sita ás Pedreiras
lemite de Pedrogam Pequeno, no
valor de sessenta e dois esch-
dos sat pass Molejo ta bom BAPOA
3.º Um sobral no sitio da Raposa,
lemite de Pedrogam Pequeno, no
valor. de vinte e cinco escu-
ROSES ont b d7o leaisto poeto 25300
4.º Uma tapada com oliveiras, so-
bremros e vinha, no sitio das Tapa-
dinhas, lemite de Pedrogam Pe-
queno, no valor de dois mil é qui-
nhentos escudos ….« 2:500500
5.º Um olival no sitio do Arial, le-
mite de Pedrogam Pequeno; no
valor de duzentos e quarenta es-
240300
6.º Um olival e vinha com casa de
“sobrado mo-sitio do Arial lemitede
Pedrogam Pequeno, mo valor
de quinhentos e sessenta esen-
dos encara E PAi 560800
7.º Um olival no mesmo sitio do
Arial, lemite de Pedrogam Peque-
no, no valor de cento e trinta es-
chdós Cafe E SON A 130800
8.º Uma terra de mato com sobri-
ros, oliveiras e castanheiros no
siti do Valle do Forno, lemite da
Varzea Fundeira, no valor de du-
zentos cincoenta e cinco. escu-
COSPERE E Sara Mach fabio e 255800
9.º Uma propriedade que se com-
põe de pinhal, mato, castanheiros
e oliveiras sitio nos lemites do Ca-
sal Novo, no valor do duzentos e
trinta escudos ………. 230800
10.º Um souto comítestada de ma-
to e oliveiras no sitio das Ameixo-
eiras, lemite do Casal dos Buffos.
no valor de sessenta e dois escu
dog a a al E Spa pt 62800
(1.º Um olival com sobreiros no,
sitio das Cruzinhas lemite do Ca-
sal dos Buffos, no valor de trezen-
tos e dez escudos …… 310800
12º Uma terra de semeadura com
oliveiras sobreiros e mato no sitio
da Valada Coelheiras, lemite do
Casal dos Buffos’ no valor de tre-
zentos e onze escudos… 311300
13.º Um olival, vinha e sobreiros
sitio 4 Corte do Valle, lemite dos
Partolleiros, no valor de cento e
cincoenta escudos …… 150800
Declara-se que o predio! descrito em
depois de yverdidoio prediasiviaás
Tadinhas’ deserito em quarto logar
e que a contribuição de registo
será paga por inteiro pelos arre-
matantes. São citados quaesquer
credores incertos.
Certã, 4 de abril de 1914.
— O Escrivão,
Francisco Pires de Moura
Verifiquei
O Juiz de Direito, —Mattozo
ANUNCIO
“1.º publicação
COMARCA DA CERTÃ
Poreste Juizo e cartorio do 1.º
oficio correm seus termos uns au-
tos. “expropriação. por utilidade
publica, dos seguintes bens:
e 1 4 castanheiros e 2: OTT,P e no-
venta e quatro decimetros de ter-
reno de mato, de que se dizem
proprietarios José Maria Martins e |
esposa, dos Quartos, e 752 metros
quadrados e 16 decimetros de ter-
reno, de que se dizem proprieta-
rios Antonio Martins Bernardo e
esposa, dos Quartos necessarios
para a construção da estrada dis-
trital n.º 119 lanço do Alto do Ca-
valo a Sendinho de Santo Amaro;
e nos mesmos autos correm editos
de 10 dias a contar da segunda e
ultima publicação do anuncio, ci-
tando todas e quaesquer pessoas
incertas que se julguem com direi-
to Aqueles bens expropriados para
que, dentro do aludido praso, ve-
nham dedusir em forma legal o seu
direito.
Certã, 27 de março de 1914.
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues
Verifiquei
O Juiz de Direito—Matozo
ANIBAL L MARQUES DE SOUSA
Rua do Largo do Corpo Santo, 6, 1.º
LISBOA.
OLICITA documentos para passa-
portes, casamentos, haptisados,
enterros, etc., etc. INFORMAÇÕES =
TRANSPORTES = EMBARQUES de passa-
geiros, mercadorias e bagagens em to-
das as Companhias terrestres e marili-
mas, nas melhores condições, para Os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
ca, America do Norte. etc. ete.
Rapidez, Seriedade, Economia
Presta escalarecimentos na Certã,
Sinugtuoso À. degay Bives
LOSA NOVA
DE
João da Silva Carvalho
Praça da Republica CERTÁ
Fazendas brancas de algodão,
lã, linho e sêda; mercearia, ferra-
gens, quinquilherias, papel, linho,
sola, relogios de mêsa, de parede
e de prata para algibeira; louças
e vidros, candieiros, camas de ferro,
Hinharefmóstas, latinas efidhorals
etc. etc.
Gazolina 6 adubos químicos
Agente da companhia de segu-
ros TAGUS e REPRESENTANTE
DE DIVERSAS CASAS NACI-
ONAES E ESTRANGEIRAS.
EMPRESA VIAÇÃO
PERREIRENSE
k 008 os dias, com exceção
no “domingos, esta Empresa
tem carreira d’auto-omnibus. entre
a estação de Payalvo e a villa da
Certa.
A partida da Certã é ás 12 horas
perfixas e da estação de Payalvo ás
ds
2 horas
Centro União Apricula
Fabrica a vapor
de adubos chimicos
ope:
FRANCISCO MORAES
ALFERRAREDE
Do Sindicato Agricola de Pernes, em
4 de novembro de 1913:
ERES temos o prazer de o informar que
a PURGUEIRA A. B. O. SUPERIOR
COMPOSTA, que V. nos vem fornecendo
de ha annos, tem satisfeito por comple-
to os nossos consocios que com ela
teem conseguido ótimos resultados, tan-
toem batata, como em milho
e hortas.
Mais O informamos que no ultimo for-
necimento do ano passado, conseguimos
os seguintes numeros, na analise feita
pela Estação Agronomica de Lisboa:
—azote 3º — Acido fosforico 2,78%
—Potassa 3,18 9/ de que temos boletim.
E, pois, uma PURGUEIRA recomenda-
vel a todo o desejoso de seméar com
exito.
O Secretario da Diréção,
(a) Bernardino Rosa
ps
E” unico nosso depositario d’esta e
outras marcas na CERTA, JOÃO JOA-
QUIM BRANCO
Semea de 1.º qualidades”Tour=
teaux para engordo de animaes
sulfato de cobre, sal, etc.
JOÃO du BRANCO
=CERTA-—
“Sernache do Bomjardim”
sEmSTÃO 4 venda os ultimos
Eenexemplaros desta monogra-
fia ao preço de 50 centavos. Pedi-
dos a Antonio Martins dos Santos,
Sernache; ou Francisco Simões,
rua dos Fanqueiros, n.º 234, Lis-
boa.
Num apendice se descrevem di-
versas e curiosas antiguidades da
Certã e seu concelho.
dYa cultura da batata
as maiores e melhores COLHEI-
TAS só se conseguem com a aplica-
ção da
POTASSA
em dôze elevada, iNotamente mam fsforico
A Potassa é a principal exigen-
cia da cultura da Batata, mas para
que a Potassa possa influir com à |
sua favoravel áção, quer no dezen-
volvimento da vegetação, quer na
produção das batatas, é indispen-
savel que a terra tenha suficiente
quantidade dos outros elementos
por consequencia aplicar as adu-
bações completas ricas em Potassa
| e especialmente apropriadas à Ba-
tata segundo a natureza de cada
terra.
A SECÇÃO AGRONOMICA da caza O.
Herold & O. de Lisboa e com
sncursais em Porto, Regoa, Pampilhoza,
Faro, Santarem Evora e Beja, dá gratui-
tamente todos os esclarecimentos que
lhe sejam pedidos sobre as adubações
apropriadas a qualquer cultura.
Presta todos os esclarecimentos
e mformações no concelho da Cer-
tã- CARDOSO GUEDES,
í