Voz da Beira nº143 17-12-1916
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REDATOR PRINCIPAL:
ERA CÊNOS O res
ADMINISTRADOR E EDITOR:
A. Pedro Ramalhosa
Redação o Jidministração:
+ Qua Br Santos Oulente
CERTA
Assinaturas
Anno, 18200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 58000 rs. Avulso, 30 rs.
Propriedade da Empreza da Voz da Beira
; Certã, 17 de Dezembro de 1916
Tua
SEMANARIO INDEPENDENTE
AVENÇA
DEFEZA DOS INTERESSES DA COMIRCA DA CENT
CONSIDERAÇÕES
Vamos entrados num periado
agudo de economias em que tudo
é lícito poupar e onde nada é per-
mitido desbaratar.
Perante a nossa saida para a
guerra a economia nacional vai
sentir-se duramente afectada não
só pelo exodo dos homens validos,
aqueles de quem mais havia a es-
perar em energia de trabalho, mas
mais ainda pelo correspondente
aprovisionamento de munições de
boca numa região distante servida
por via maritima. .
Como bons portugueses que to-
dos somos, queremos que aos nos-:
sos soldados nada falte que os po-
nha em condições de energia para
poderem suportar o rigor da guer-
ra com todas as suas fadigas e im-
previstos, pelo que todos devere-
mos redobrar de esforços por au-
mentar ao maximo grau a nossa
capacidade produtiva para abas-
tança dos que vão e dos que ficam.
Não nos fiemos do que hade vir
de fora, porque infelizmente talvez
essa esperança saia errada; procu-
re antes cada um aproveitar e ex-
plorar as circunstancias locais que
a natureza lhe proporcionar nas ar-
tes e industrias e mui principalmen-
te na agricultura para ter de seu e
pelo seu trabalho o que baste á
Fonas vai Seo RUI EOA
rasoavel excesso onde o Estado
possa encontrar disponibilidades
para enviar ao campo de batalha.
Este criterio, que hoje vem sen-
“do posto em pratica por todas as
nações beligerantes e quiçá pelas
neutrais tão seriamente ameaçadas
nas suas subsistencias como aque-
“as, principalmente as que vivem |:
da importação, depois de aplicado:
na generalidade ao nosso país bem
se poderá adaptar á nossa’ região
– para que ela produza e crie no mais |
“elevado grau recursos de vida pro-
– pria para si e para os seus solda-
AGUERCA dos a Ro os
dos devemos ter esta lembran-
ça sag de qua» lá longe um
nosso patrício ou amigo, filho ou
irmão estará suportando privações
lembrado da casa onde nasceu,
emquanto nós, distraídos dum alto
» fim patriótico que a todos toca, não
— procuramos aproveitar com econo-
jia todas as fontes de produção
– Bo nosso alcance para que ele não.
Ê sinta falta, | j
Produzir muito, em todos os ra-
mos de actividade, deve ser hoje o
grande desejo de todos os portu-
gueses, ainda que para isso se fa-
çam sacrifícios, porque de sacrifi-
cios é a hora presente. |
Lembremo-nos de que o maior
e melhor sacrifício que cada um
pode oferecer á patria é a econo-
mia nas superfluidades do luxo e
comodidades dispensaveis.
A nossa independencia ameaça-
da, o bom nome português, às tra-
dições oito vezes seculares du nos-
sa patria assim o exigem da/ com-
preensão dos nossos deveres pa-
trioticos. – !
Os grandes valores paralizados
em joias e adereços, alêm do mui-
to que se desbarata em foilettes
exquisitas e manjares requintados,
melhor fôra na hora preseste que
revertessem para O giro sotial em
favor da produtividade do país tris-
temente avassalada pela importa-
ção do estrangeiro. |
Mostrar-se hia força de vontade
para debelar a crise que) vamos
atravessando e que não sg sabe a
que consequencias poderá arrastar
se um grande sacrifício, um grande
esforço de compreensão ngs não fi-
zer verclaro onde reina tanta treva:
‘Ameaçados de viver apenas dos
í +» AM, MIC-
recursos do bais! sem dnb a
Sos se aque am Me-
nos nos p SR ser Barahtidos os
produtos coloniais, devefemos de
bom grado procurar multiplicar as
nossas condições de resistencio pe-
la aplicação razoavel da capital e
do trabalho. E
Capital inactivo é capital morto,
tudo é pouco para a trinquilidade
domestica. / :
Nada se pode hoje perder que
tenha valor e nada se pode deixar
inactivo que represente força.
– Ponderem os nossos leitores a
situação que vamos alravessando
e que ainda está muito longe do
‘que possa ser a realidade, e depois
nos dirão se pecamos (por excesso
de pessimismo nestas nossas con-
siderações, mesmo aptzar de todo
o rigor que elas possam envolver.
«Mais vale prevenir que re-
mediar» e aos portúgueses cum-
pre,o dever de se prevenirem pela
melhor forma ao seu jalcance.
PUBLICA-SE AOS DOMINGOS
gués enterrado.
Do Povo do Norte, de Vila Real:
«Contam-nos que a 4.* companhia
do 13, durante um dos exercicios no
campo de concentração (Tancos) e ao
abrir uma trincheira de combate no
alto da Agua Ferrea, encontrou enter-
rado um canhão de ferro, antigo, de 2
metros e meio de comprimento, tendo
gravadas na parte superior as armas
portuguesas, e num monhão a era de
1788. Supõe-se que este canhão foi ali
colocado para defender a passagem do
rio Zezere, quando da invasão do nos-
so território pelos franceses sob o co-
mando do general Junot e enterrado
para lhe não cair nas mãos, quando
as nossas forças foram então obriga-
das a retirar».
Fósforos
A maior das poucas vergonhas quê
se teem feito, é a que está praticando
| a companhia dos fosforos.
Explora-nos, se este é o termo que
se deve empregar. Em vez de fosforos
mete nas caixinhas uns pedacitos de
psu, e destes uns com cabeça e o
maior numero sem ela; os de cera,
quere sejam de luxo ou não, pouquis-
simos acendem,
Mas em compensação, a companhia
gratifica bem quem lhes indique os
HkS SEsspavem AS corsa EN QUE
ela fornéce, e oferece relogiós aos maio-
res consumidores da sua mercadoria.
Codigo administrativo
O sr. deputado Abilio Marçal já en-
tregou ao sr. Barbosa de Magalhães a
arte, cuja elaborução lhe foi incum-
Bida, do novo codigo administrativo,
e que respeita á administração de con-
celhos e freguesias, bem como dos
partidos medicos. :
A comissão vai reunir se para conti-
nuar os seus trabalhos, devendo ser
impressa e distribuida a parte a que
nos referimos, para entrar em discus-
são,
Goreto
A comissão. encarregada da cons-
trução dum; coreto em Pedrogam Pe-
queno, entregou-o já á administração
e guarda da Junta de Paroquia daque-
la freguesia.
Propostas de fazenda
Afirma se que nas propostas de fa
zenda, que o ministro das finanças vai
apresentar ao parlamento, serão resta-
belecidas as contribuições de renda de
casa, pagando o inquilino uma percen-
tagem sobre as rendas actuais,
portu-| Calçadas
N.º 143
Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 50 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restituem os originaes
Estão a pedir reparos uma grande
parte das calçadas desta vila.
Dizem-nos que o mesmo sucede em
S:rnache do Bom Jard m.
Lembramos o caso a quem competir.
Portugal na guerra
Causou profunda impressão no país
a leitura feita no parlamento pelo sr.
Ministro das Colonias, dum comuni-
cado do sr. General Ferreira Gil no-
ticiando os ultimos combates travados
na Africa Oriental entre as forças ale-
mãs e a ofensiva portuguesa.
Pelos jornais teve o publico conhe-
cimento do que se tratava ficando por
isso desmentidas algumas notícias que
circulavam sobre um desastre das nos-
sas tropas em Moçambique,
No Diário do Governo
O preço excessivo do papel de im-
pressão e que tânto tem agravado a
imprensa. periodica, atinge tambem o
Estado: cuja principal publicação é o
Diário do Gorerno. ,
Por esta razão desde o princípio
deste mês aumentou o preço dos anun-
cios, que era de bo réis por linha e
passou a 100 réis.
O aumento é na verdade excessivo,
mas há que aceital-o, porque manda
quem pode.
As, emprezas particulares, tem que
ADS niaPeSaO PONaCEM ANDO En tr RARE
Se Wuizerem exibrr, porqueao Gover-
no tanto se lhe dá como se lhe deu,
Ena
Gontinua em bloqueio o adro da
egreja matriz, Por qualquer dos lados
por onde se pretenda ingressar naque-
le recinto quesconduz directamente ao
templo, é ver as dificuldades que se
encontram,
Se assim continuarmos neste des-
prezo, o menos que os católicos teem
a fazer ou outras pessoas, que ainda
tenham gosto de para ali ir, é colocar
alpendres em todas as entradas; por-
que, doutra forma, só de barco ali se
poderá penetrar nos dias de chuva.
Era um grande serviço prestado às
comodidades da vila se os srs. verea-
| dores do municipio ou vogais da junta
de paróquia olhassem por este assunto,
Inverno
Corre rispido o periodo de inverno
em que vamos entrados, Quer de nou-
te quer de dia e apezar duns belos
dias de sol, da passada semana, a tem-
peratura é frigidissima, ouvindo-se a
espaços o ribombo do trovão à mistu-
ra com o fustigar da chuva arremessa-
da fortemente pela ventania.
Se assim continuar haverá prejuizo,
pela demora na apanha da azeitona,na apanha da azeitona,
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Com as noites de inverno voltou o
jogo a assentar arraiais entre nós. Mes-
mo de dia é um gosto ver o descaro com
que se joga por essas tabernas alem,
sem respeito pela guarda nem temor
pelos regulamentos administrativos.
Rapazes de meia idade, que não se
sabe onde vão ganhar ou por que artes
consigam arranjar dinheiro, sem-oficio
nem beneficio e vivendo apenas dos
braços dos pais, abancam com uma
po cerimonia digna de registo ás me-
zas de jogo, sem que tenha havido, até
hoje, reprimenda para um tal abuso.
Para esta imoralidade e para preve-
nir as consequenci:s que daí resultam
na escala do vicio, chamamos a atenção
de quem competir. ,
Não vão, infelizmente, as cousas tão
bem dispostas, no que respeita ao bem
estar social, que se possa permitir a
cada um desbaratar, por qualquer for-
ma, aquilo que lhe é necessário.
Queira a guarda intervir neste as-
sunto e fique certa de que, se procu-
rar bem, encontrará por onde proceder.
Foram transferidos disciplnarmente
da escola do sexo masculino da fregue-
sia de Sernache do Bom Jardim, os
pri Alberto da Purificação Ri-
eiro e Joaquim Antunes Abranches,
respectivamente para as escolas de
Olalhas, concelho de Tomar e Cabe-
çudo, deste concelho.
FERROADAS
Voltei, como disse, á inspecção, .
pois não dei baixa ao hospital,
mas porque tenha bom pulmão,
fui apurado, (que distinção !)
p’ra servir de general,
Estou um tanto atrapalhado,
porque se um dia no quartel
aparuço constipado, !
sou de novo inspeccionado
e baixo log’a Forriel.
ás Dr. Sabido.
FOLHETIM.
DRIGEM HISTORICA
CERTA
(Coatinuado do n.º 141)
á IH
Durantc estas porfiosas guerras, veio
um exercito romano sitiar uma cidade
auqpespisrigoffpdara, Naya Pouco, pon.
CAsSim que “6 inimigo assentou os
“entranhado furor. Era tão grande o
– odio dos romanos a Sertorio, todos se
julgavam tão obrigados a vingar no seu
sangue as injurias por ele feitas á pa
ria, e as afrontas por cada um rece-
bidas no campo da batalha, que só a
idéa de terem diante de si uma obra,
do seu irreconciliavel inimigo, lhes ex-
“citava vivamente o desejo da vingança:
e lhes dobrava o esforço. 5
Portanto, ao primeiro ataque seguiu-
se segundo, ao segundo terceiro, e
sempre com a mesma senha e vigor
dos assaltantes.
Sentorio estava longe dali ea sua
Certago não tinha defensores bastan-
tes para guarnecer a extensa cerca de
muralhys que protegia a cidade. Toda-
O valor e a intrepidez supriam o
Bem sabiam os sitiados que não de |
fendiam sómente a honra das suas ban-
‘deiras, O interesses e a gloria do seu
chefe, e ndependencia da sua pa,
* tria: mas sim tambem a existencia da
‘ sua cidade, que os romanos não dei-
xariam em pé se a tomassem ; as suas
vidas, que seriam ainda poucas para
saciar o rancor do inimigo, e mais im-
– portante que a cidade e as vidasídos
seus defensores, a castidade de suas
seus arraiais, acometeu a cidade com |
SECÇÃO LITERARIA
FEITICEIRA
Quando tu passas por mim
E me foges com teu olhar,
Vejo que procedes assim
Só para me ver penar.
Mas sé um dia, feiticeira,
Junto meus olhos c’os teus,
Fascino-te por maneira
Que te não salva nem Deus
Carpir Esse.
fa
Tardes de verão
Dobravam os sinos na aldeia quan-
do eu ofegante de uma subida ao pin
caro da serra me dispunha a procurar
assento para descançar e abrigar-me
de um sol tropical que assestava os
seus raios sobre a misha cabeça já es-
tonteada por um calor verdadeiramen
te asfixiante. z
O som, plangente daqueles sinos
atraiu-me o olhar e olhei por sobre
esse encadeado de montes que a vista
descobre para as bandas da Cumeada,
todos animados pela piesta em flor,
pela urze e pinheiros que lhe dão uma
tonalidade triste como a tristeza de um
obre de sinos a finados:
Uma casita branca, muito branca
como a neve, que se erguia no fundo
do vale abraçada por trepadeiras em
flor destacava-se no meio de um verde
escuro animando a paisagem do sitio,
Na contemplação desse quadro cam-
pestre, absorvi o espirito por momen-
tos e sonhei:
Sonhei que aquela casita Branca,
muito branca como a neve que se er-
guia no fundo do vale abraçada por
trepadeiras em flor era a habitação
ideal de uma moura encantada..
Que a moura encantada fiava na sua
roca de cristal o ouro com que borda-
va os vestidos recamados de pedrarias
que ofertava às donzelas, puras como
as virgens, no dia de seus noivados.
Que era o Anjo Bom dos namora-
dos, a confidente escolhida das moças
da aldeia,
A sonhar desci ao vale, queria ver
mais de perto esse anjo que assim fia-
va na sua roca de cristal, o ouro com
esposas e filhas, que seria infalivelmen-
te sacrificada à brutalidade dos ven-
cedores.
Armados, pois, os seus braços por
tão poderosos – interesses, e robusteci-
do o seu animo por tão santas consi
derações, os lusitanos obraram prodi-
gios de valsntia e coragem na defensa
da sua Certugo. Mas os assaltos eram
tão reperdos e prolongavam se, com
tal porfia e encarniçamento, que não
st, PARPAA gls RO ba, pen qunare
marem O necessario alimento. |
O plano do inimigo era combater
sem treguas;-pelejar a toda a hora, de
dia e noite, revesando as suas nume-
rosas falanges, até extenuar de forças
os sitiados, e obrigar a praça a render
se antes que pudesse chegar lhe so-
corro de fora. Porêm, o cansaço e o
desalento printipiavam a fazer fraque-
jar ao mesmo tempo os sitiados e si-
tiadores. Os primeiros, achando-s« re-
duzidos a tamanho extremo de traba-
lhoe de vigilias, e cada vez mais aper-
tados do inimigo, iam perdendo toda
a esperança de socorro e de salvação.
Os segundos, vendo rarearem-se de
dia as suas fileiras, inuteis.todos os
seus esforços e tentativas, e a resis-
tencia sempre com igual obstinação,
tambem começarama descrer da vitoria.
is PELE f
“Tal era a disposição dos animos de
ambas as partes contendoras, quasi ao
acabar do qu-rto assalto da cidade. A
peleja unha afrouxado «m todos os la
dos. As hostes romanas já recolhiam
as escadas e maquinas de guerra, que
tinham assestado contra os muros, e
dispunham se para se retirarem aos
seus arraiais. Apenas um troço de sol-
dados se empenhava ainda calorosa-
mente junto de uma das portas para
entrar na cidade,
BEIRA
que bordava os vestidos recamados de
pedrarias que orfertava às donzelas,
puras como as virgens, no dia dos seus
noivados.
(O badalar pausado dos sinos da al-
deia marcando as Avé-Marias fez-me
valtar á realidade das coisas. Acordei.
Tinha deante de mim uma casita bran-
cas muito branca como a neve abraçada
por trepadeiras em flor que fora a ha-
bitação ideal de uma moura encantada,
a confidente escolhida das moças da
aldeia, mas que fugira levada nas azas
da! brisa numa manhã em que o seu
pagem louro quebrára por distração a
roca de cristal em que fiava o ouro
com que bordava os vestidos recama-
dos de pedrarias que orfertava ás
dotzelas puras como as vírgens, nodia
dos seus noivados.
‘ Carpir Esso.
CASAMENTO
Realizou-se no sabado, 9 do corren-
te, pesta vila, o casamento da sr.* D.
Berta Barreiros Saraiva, pentilissima fi-
lha do sr. João Gerardo Saraiva, inte-
ligente secretario de finanças neste con-
celhô, com o sr. Mario Augusto da
Cosa, aspirante a medico veterinario
militár, filho do tenente-coronel sr. Lu-
ciand Augusto da Costa.
acto relígioso foi celebrado pelo
reverendo arcipreste sr. P º Francisco
dos Santos e Silva, na capela particu-
lar dê N. S. da Conceição e serviram
de panos o pai da noiva e o irmão
sr. adeu Barreiros Saraiva e a es-
posa Ideste sr? D. Lucinda de Carva-
lho Saraiva.
Depois do acto que“teve um carac-
ter ito intimo, foi servido em casa
do pai da noiva um opiparo almoço
partindo depois os simpaticos noivos
para Lisboa aonde fixaram residencia.
Conforme o edital que vai no lugar
competente deve realizar-se no dia 20
doi cortente, por 12 horas, no quartel
da Setção da guarda Republicana,
nesta vila, a venda em hasta publica
de um tavalo julgado incapaz do ser-
viço.
Quiz pb acaso, que nesta luta parcial,
em quelse mostravam mais empenha-
dos o Eapricho e o ódio, que à espe-
rança de um triunfo, caisse morto o
principal guerreiro, a quem fôra con-
fiada a |defesa daquela porta. Os sol-
dados lúsitanos que o auxiliayam nes-
ta empresa, já quebrados de animo e
de corpo, esmorecem ao vêr sem vida
o denodádo chefe, que tantas vezes os
conduzirá á vitoria. É os romanos, alen-
PRdBR Ends AADISiDEALa prada:
-Se com lkmanho impeto contra a por-
ta, que ejia cede ao impulso do inim-
go, fraugueando lhe a entrada da pr-ça.
A onda, impelida pelo tufão, não se
arremessa contra as rochas da costa.
com maislfuria, do que arremeteu pe-
la porta dentro a boste romana, Porêm,
por ba xo le uma granJe torre, ouvin
do um certo rumor, hesitum, param e
logo idepols recuam os que, por mais
ousados, iam na dianteira,
Se um rãio os viera assombrar, não
ficariam, ppr certo, mais tomados de
espanto € terror do que na presença
de uma mbúlher que lhes apareceu de
improviso, lerrivel como o anjo do ex-.
terminio. Elraio destruidor, e tambem
anjo da more fot para eles a coragem
varomil dessh’ mulher, E
* Celinda, à esposa do infeliz guerrei-
ro, cuja morte facilitára aos romanos a
entrada da praça; Celinda, a consorte
exiremosa e Hiedicada, mal recebe a no:
ticia do casp faral, que vai cobrir de
luto os seus tias, sabedora tambem do
arrojo do inindigo, corre, fóra de si, não
a prantear a tua desdita, mas a vingar
a morte do amado esposo. Uma certã,
cheia de azeite a ferver, em que esta-
va, casualmente, frigindo uns ovos, e
Com sua esposa saíu para a capital
o sr. dr, José Carlos Ehrhardt, médico
do partido municipal desta vila, ..
— Regressou a Lisboa a sr.* D. Ma-
ria R. Rapouso. ;
—Volta por estes dias á capital o
sr. José Pedro Franco.
—E esperado brevemente nesta’vila,
afim de assumir novamente a regencia
da Filarmonica Patriota, o sr. Antonio
Joaquim Ferreira de Adrande, inteli-
gente professor de musica.
—Esteve no Nesperal a passar al-
guns dias em companhia de sua tia
sr. D. Embra das Dores Barata,sa sr,*
D. Maria Madalena Correia e Silva.
—Em serviço judicial esteve na-Cer-
tã, o sr. Dr. Souto Brandão, advoga-
do na comarca de Figueiró dos Vinhos.
—Tem continuado doente, não ten-
do ainda abandonado o leito, o sr.
Gustavo Bartolo, secretario da Admi-
nistração deste conceltio.
—Atm de assistir á reunião de ins-
pectores escolares, que deve ter lugar
nã capital, parte para ali brevemente
o sr. Joaquim Tomás, inspector esco-
lar meste circulo.
— (Consta que parte brevemente para
Loanda, a continuar a sua’vida comer-
cial, o sr. Pedro Fernandes.
—Faz parte da junta de reinspecção
o sr. dr. Albano H. de Almeida, fa-
cultativo municipal no visinho conce-
lho de Pedrogam Grande. :
— Retira brevemente com sua espo-
sa € lilhos para Lisboa, onde vai esta-
belecer residencia, o sr. José Lopes
dos Santos.
— Obteve boa classificação nos con-
cursos para escrivão e tabelião do Ul-
tramar, o st. José da Gloria Lopes
Barata.
— Durante a semana vimos nesta vila
os nossos assinantes srs: Libano Gi-
rão, Adelino Marinha, Joaquim: ernan-
des da Silva, José Alves Correia, Monse-
nhor José Maria Ferreira, Antonio Ba-
rata de Almeida, Adelino Duarte Pes-
soa, dr. Domingos Lopes, dr. Gualdim
” Mas a raiva € a desesperação, aju-
dadas das circunstancias locais, con-
vertem aquele fraco utensílio em terni-
vel arma de guerra. A heroina encon-
tra-se com o inimigo no mcio do lugu-
bre corredor por baixo da torre. Ar-
remessa o azeite fervente so rosto dos
que vem diante, e, em acto continuo,
investe contra eles, brandindo a certã,
e descarregando valentes golpes, como
se fôra uma espada.
miRrd PR QU udO EE PARE os a ESFAdO
guarda, completamente impossibilita-
dos de se deienderem ; à estreiteza do
corredor, que impedia aos da retaguar-
da -a passagem para a frente; a escu-
ridão do lugar, que não deixava dis-
tinguir a qualidade ou força da agres-
são; e, finalmente, o denodo, acerto e
fortuna com que a ilustre matrona sou-
be manejar a certã; tudo isto embar-
gou o passo aos romanos pelo tempo
preciso para chegar socorro, com o
qual foi o inimigo expulso, e novamen-
te fechadas as portas da cidade,
Daí a poucos dias, levantaram os
romanos o cerco € ficou a praça desa
frontada de nim gos pelo corajoso fei-
“to de uma mulher. !
Para eterna memoria de acção tão
heroica tomou aquela cigade por bra-
zão de armas um escudo, e nele figu-
rada uma certã, tendo em torno este
mote latino :Ӄxriago Capao e liigine
hostes; o quediz em vulguiaiCom a
certã destruiu Certago os seus inimigos.
Esta nobre e antiquissima povoação,
que, no correr dos seculos, tem passa-
do por muitas vicissitudes de prospe-
ridade e decadencia, é hoje a vila da
Certã, mo distrito administrativo de
Castelo Branco. Conserva aindá o seu
antigo brazão de armas. ?
] J. de Vilhena Barbosa.
a unica arma que leva nas mãos,s mãos,
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de Queiroz, Antonio Mendes, da Gas
palha. é
— Aniversarios
Se aros : :
No dia 13 a sr! D. Olivia Rodri-
gues de Andrade. k é
1 Parabens
208 cai AE
“ Tem se ago nos lagares desta vila,
por tres mil reis, o decalttro de azeite
Não é mau preço mas parece que
ele ainda tende a subir.
do Teatro «Tasso»
Estão bastante adeantados, os en-
saios para a recita infantil que se pro-
jecta realizar no nosso elegante Tentro
nos primeiros dias do próximo mês.
O publico do nosso meio-está bas-
tante interessado nesta recita, porque
espera, não só pelos interpretes das
peças a representar que, segundo nos
dizem, são de fina escolha, como pelos
ensaiadores, uma bela noite de diver-
timento e goso.
– No concurso a oficiais de justiça
“para as colonias, a que foi presente o
nosso amigo José da“Gloria Lopes Ba-
rata, escrivão ajudante do 1.º oficio
desta comarca, obteve este sr. a clas-
sificação de dois MB e dois BB para
escrivão, e quatro BB para tabelião.
| Felicitamos o nosso amigo por este
brilhante resultado, fruto da sua com-
petencia e estudo, e desejaremos que
no futuro venha a dar lustre a esta
terra com os trabalhos da sua inteli-
gencia.
“Ao missionário da provincia de Ti-
– mor, Rev. P.º Manue) Patrício Mendes
de Porto dos Fuzos, freguesia de Ser-
nache do Bomjardim, foi concedido o
aumento de 25 0/0 da sua congrua a
partir de 21 de março do corrente ano.
GREMIO CERTAGINENSE
Realizou-se no passado domingo, nes-
ta ca-a de recreio, a eleição dos corpos
gerentes que hão-d: funcionar no pro-
ximo ano de 1917 e qu: ficaram assim
constituídos : !
o DIRECÇÃO
, — Efectivos
Zeferino Lucas de Moura, Dr. José
Carlos Erar, Antonio Barata e Silva,
João Pinto de Albuquerque e Fran
cisco Pires de Moura.
x Substitutos
E fa um Jomáz, osé Earinha:
TiRarde Emule Bu a
sé Dias Bernardo Junior, José da Glo.
— via Lopes Barata, :
= SOMISSÃO REVISORA DE CONTAS
Frutuoso Augusto CesarPires, Eduar,
do Barata Correia e Silva e Demetrio
– da Silva Carvalh E tea
— Substitutos
* Emídio de Sá Xavier Magalhães |
Anibal Dinis Carvalho. ,
. «Ghauffeures: para o exer
e RD cito |. 5
187
— vas, de res
— suam carta de chau/feur e desejem
prestar serviço de chaujfeur nas tro-
pas mobi, devero apresentar-se
cor as cartas no Parque Auto-
elem, a fim de serem re-
oferecimentos, para
suas familias e para efeitos de
dio de entrada em campanha, à
“Todos “os militares das tropas acti- | c,
erva ou territorias que pos- |
respectiva abonação, sendo equipara-
dos a 2º sargentos, o qlie lhes au-
menta de 12 mil réis a pensão a dei-
xar-a suas familias, recebendo no tea-
tro da guerra 40 francos mensdes,
Juri comercial para 1917
1.º pauta ;
António Joaquim de Moura, Fran-
cisco da Costa Mouga, Sergio Pina,
José Crisostomo, Nuno da Conceição
e Silva, Demetrio da Silva Carvalho.
Ernesto Martins Cardoso, João Leitão,
Carlos Simões dosS antos e Silva, Anto-
nio Cristovam Gaspar, Luís Antunes, da
Varzea, Joaquim Lopes, do Forno da
Telha, Manu-l Joaquim Mendes, An-
tónio Martins dos Santos. Antonio da
Silva Gonçalves, Abilio da Paz Medei-
ros, Luís Domingues da Silva, Celestino
Pires Mendes, José Martins Jacinto,
Joaquim Martins. Pereira, Joaquim
Martins Rolo.
E 2.2 Pauta.
José David e Silva, José Gomes da
Costa, Frutuoso Augusto Cesar Pires,
José Dias Bernardo Junior, Abilio Au-
usto Corrcia, João Cristóvam Gaspar,
oão Pinto de Albuquerque, Joaquim
“Nunes e Silva, Antonio da Silva e
Serra, Antonio da Costa Mouga, Joa-
quim Guilherme, Antonio Henriques
| Neves, Simião Lopes Tavares, Fian-
cardo: Mateus Ferreira, Adelino Ba-
rata de Figueiredo, Antonio Barata
de Almeida, Manuel Cardoso, Anto
nio Nunes da Ponte, Manuel Cardoso,
João Crisostomo, Antonio Nunes de
Figueiredo.
AGRICULTURA
Tratamento do vasilhame de
adeira nova –
O meio mais rapido de pôr a ma-
deira nova em estado de não comuni-
car gosto ao vinho, é o emprego do
vapor, mas como os aparelhos proprios
para a sua aplicação não se encontram
entre as mãos dos nossos viticultores,
mas unicamente nas grandes tanoarias,
não vale a pena a êle nos refericmos,
substituindo-o pelo seguinte processo :
Coloca-se no tonel 2 a 2.44 quilos
de cal gorda em pedra por cada Tê
[hectolitros da sua capacidade ; fecha-se
a portinhola e introduz se pela bato-
queira uns 4 ou 5 litros de agua. A
extinção da cal provoca a formação de
“abundantes vapores que produzem um
certo aquecimento. Desde que a vasi-
lha arrefece, entra se e lança-se esse
leite de cal contra as paredes, lavando
158 Agguidimente com agua abundan.
‘Quiliido se dispõe de muita agua en-
chem-se os toneis, adicionando um pou-
co de carbonato de cal. Despeja-se ao
cabo de seis ou oito dias, e csirega-se
com agua fresca, sendo quasi certo que
a vasilha ficará pronta pára receber o
vinho, sem que adquira qualquer gos-
to estranho, , y
* Com o vasilhame de pequena: capa-
“| cidade, ainda isso se torna mais facil.
Em todo o caso se todas estas vasi-
“| lhas não tiverem de receber logo o vi-
‘nho, é conveniente méchá las ou apli-
| car-lhes sulfurações, tratando-se de to
“|meis ou cubas. Esta operação é indis-
pensavel, porque havendo qualquer
descuido “perigar-se-ia que elas voltas-
E não estar em condições de re-
“se ainda outros processos que não co-
nhecemos, € que, cof um egoismo ca-
procura monopolisar, o que muito é
para lamentar. O português, por via!
‘de regra, de tudo faz grande segredo,
Tratamento de vasilhame antigo
2 e,
Não ba nada mais simples do que
conservar sempre em bom estado os
toneis, as pipas e barris que todos os
anos são destinados a receber as novas
cisco Ribeiro Verganista, Albano Ri.
Tacteristico á nossa nacionalidade, se |:
colheitas, Para se conseguir 18so é ape-
YOZ DA BEIRA
fmas necessario haver pequenos cuida-
dos que estão ao alcance de toda a gen-
te. Desde que esvasia um tonel, seja
em que época fôr, lava-se com agua e
esfregam-se todas as suas partes por
meio de uma escova de pisssaba, dei-
xando-se depois secar por espaço de
dia e meio, havendo toda atenção em
que no fundo não fique qualquer pe-
descido das suas paredes. Verificando-
-se que está bem sêco, se se tratar de
um tonel, abatoca-se e barra-se e in-
troduz-se uma telha com enxofre a ar-
der, colocando se seguidamente a por-
tinhola, que ficará hermeticamente fe-
chada por fórma que o fumo prove-
niente da combustão não possa sair.
A quantidade do enxofre a queimar
pode calcular-se em 5o a 60 gramas
por pipa, de harmonia com a capaci-
dade da vasilha.
Como boa medida para que não ha-
ja receio de qualquer contrariedade,
recomendaremos que se renove a ope-
ração da sulfuração, como fica indica
da, de doisem dois meses, sobretudo
se a adega fôr humida»
Assim haverá a inteira certesa de
se estar livre da acetificação e do de
senvolvimento dos bolôres tão preju-
| diciais ao vasilhame.
Duarte de Oliveira.
DESPEDIDA |
Amadeu Barreiros Neto, por ser for-
çado a sair rapidamente, despede-se,
visto não o ter podido fazer pessoal
mente, de todas as pessoas com quem
durante a sua curta permanencia tra-
vou relações nesta vila e a todos ofe
rece a sua casa e prestimos em Vimioso.
Aviso convocatorio
São por este meio avisados todos os
socios do Monte Pio Certaginense da
Rainha Santa Isabel, desta vila, para
comparecerem na saia das sessões do
mesmo Monte Pio, no proximo dia 17
de Dezembro, por 12 horas, a fim de
em assembleia geral, se proceder à
eleição dos corpos gerentes, para o
proximo ano de 19:17 e apreciurem é
discutirem uma proposta apresentada
pelo socio Frutuoso Augusto Cesar Pi-
res, sobre alteração nos serviços a car-
go do cartorario.
Sula das sessões do Monte Pio Cer
taginerise da Rainha Santa [sabel, 11
de Dezembro de 1910.
O Presidente da Assembleia Geral,
Augusto Justmo Rosst,
Garda Macinnal: Reonhlicana
EDITAL
O comandante da 3.º companhia do
batalhão n.º 2, faz publico que no dia
20 do presente mês de Dezembro, pe-
las 12 horas, proceder-se ha no quartel
da secção da Certã á venda em hasta
publica de um cavalo julgado incapaz.
Quartel. em Castelo Branco, g de
Dezembro de 1916. | i
O Comandante da Companhia,
– Antonio-Nunes Varão
» Capitão
Para cereais, vinha e batata.
Vendas pelo preço da factura.
Loja nova de Silva Carvalho
‘ Certã
ANUNCIO 7
“2º publicação É
Pelo Juizo de Direito da comarca da
Cerrã, cartorio do 1.º oficio, nos autos
de inventario onfanologico por óbito
de Marie Rosa; que residia no lugar
quena quantidade de agua que tenha!
dos Cervalhos, freguesia de Sernache,
do Bom Jurjim, desta comarca, em.
que é myentanisnte o seu viuvo João
da Silva, ali residente, correm éditos,
de 30 dias, a contar da 2.º e ultima
publicação do enuncio, citando a ca-
herdeira Carolina “Rosa e seu marido
Francisco, cujo sobrenome se ignora,
Casimira da Silva, viuva de Rufino da
Silva, como legitima representante de
| seus filhos menores impubres José-e
Manuel, e ainda o interessado Manuel
da Silva, solteiro, maior, todos ausen-
tes em parte incerta, para assistirem à
todos os termos, até final, do referido
inventario, deduzindo nele todos os
seus direitos, querendo.. &
Certã, 18 de Novembro de 1916.
O Escrivão, pelo competente,
Adrião Morais David
Verifiquei,
O Juiz de Direito
Matoso
VENDA
Das propriedades que foram
de D. Emilia A. Gonçalves
Flores.
1.º—Um lagar de azeite com olival
e testada de mato denominado o lagar
da Calvaria, limite de Alcobja.
2º—Um olival denominado o Esta-
cal Novo, limite de Alcobia,
3.º—Uma propriedade composta de
oliveiras, terra de cultura com agua,
vinha, matos, casas etc. denominada o
Canto das Bolaranas, limite de Alcobia.
4º—Um tôro de 6 alqueires de pão
meado e uma galinha.
5.º—Um fôro de 2!/a alqueires.
6.º—Ume propriedade de casas com
1.º andar e lojas « quintal, arvores de
f uto e bo-s dependencias, na Rua D,
Nuno Alvares Pereira, conhecida por
a casa do Inácio, em Sernache do B.
Jardim.
E” encarregada da venda a sr.* D.
Ojinda Tavares da Silva, na residen-
cla que foi de D. Emilia À, Gonçalves
Flores, em Sernache do Bom Jardim.
Si ‘ I
ANÚNCIO –
1.º publicação
Pelo Ju:zo de Dircito da comarca da
Certã e cartorio do escrivão do tercei.
ro oficio, foi por sentença de dois do
correute mês, decretada a interdição
or prodigalidade de Dona Adelaide
arçal Correia Leonor, viuva, proprie-
teria, de Sernache do Bom Jardim,
quanto á alicnação de mobiliários e
PoobILaiREa Boris AS AEVAreS em BE,
E Vea de Dezéinbro us 1916.
O Escrivão
Eduardo Barata Corrêa e Silva
a Verifiquei a exactdão
O Juiz de Dircico
Matoso.
BRINCO
No estabelecimento Silva Carvalho
(Loja nova) entrega se aquem apresen”
tar O companheiro, um brinco de ouro
com pedras.
Achado em santo Antonio.
NANUAL DOS PROGESSOS
ONDE TEREIa
DOS
Juizes de Paz,
Elucidario d’estes funcionarios
e dos seus escrivães
Por—J, Garcia de Lima
a (Edição póstuma)
Preço: 25 cent.
Pedidos à Tipografia Gonçalves
72) R. do Mundo, 14—LISBOA
Elucidario d’estes funcionarios
e dos seus escrivães
Por—J, Garcia de Lima
a (Edição póstuma)
Preço: 25 cent.
Pedidos à Tipografia Gonçalves
72) R. do Mundo, 14—LISBOA
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VOZ DA BEIRA
E ESDRSAS SCOTT
Frutuoso Piré
Agua DA Foz DA CERTA
ALA Água minerp-medicinal da” Foz
ida Certã apresenta uma cômposição
— quimica que a distingue de todas as
outras, até hoje usadas na terapeutica.
E’ tree com segura vantagem
na: Diabetes—Dyspepstas —Catarros
gastricos, putridos ou parasitários;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres graves;—nas atonias
gastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc.,—no gaslricinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
etc,, etc.
Mostra a analise batereologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, nem
nenhuma das especics pathogencas
que podem cxistir em águas. Alem
disso, gosa de uma certa acção micro
bicida. O B. Thyphico, Diphterico
& Vibrão cholerico, em pouco tem-
po nela perdem todos a sua Yitalidade,
outros microbios apresentam porem
resistencia maior.
A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
bida pura, quer misturada com v nho.
MINERHA 4
| CELINDAS
== DE —
en: & Valente
TIPOGRAFIA, PAPELARIA E ENCADERNAÇÃO
Rua Candido dos Reis—Certã
T Acabamos de recober o Manual:
FOOT-BALL
«Rugby» e Associação ou
«Soccer»
Ilustrado com 9 gravuras
Esenaga o,
A activa e conhecidissima casa edi-
tora Gonçalves, da Rua do Mundo,
12, Lisboa, sempre laboriosa e proco-
rando difundir a instrução e a educa-
ção, abordando todas as formas dos
conhecimentos humanos, acaba de to-
mar uma explendida iniciativa, publi
cando uma série de Manuais Desporti-
vos e de Recreio, destinados a desen-
volver entre nós o gosto pela cultura
fisica, o culto da beleza plastica, o
amor pelo exercício ginastico.
Numa edição popular, ao preço de
15 centavos cada manual, condensan-
do em poucas páginas toda a materia
referente so desporto, em volumes de
64 paginas é destinado á descrição de
uma especialidade, separadamente, co-
mo: Defeza Individual. —Foot-Ball, —
Box francês e inglês.—Lucta Greco-
“romena. — Atletismo. — Esgrima e va-
rapau. — Ciclismo. -— Bilhsr.— Despor-
tos pedestres. — Automobilismo. —Etc.
Resumos elucidativos e intuitivos,
escritos para todas as camadas socisis,
são no seu caracter compendial e for-
cl Solicitador
encartado
ESSE»
Trata de processos civeis, fiscais, administrativos
e orfanológicos, cobrança de dividas e administração
de bens.
Escritorio: RUA SANTOS VALENTE
CERTA
RSS sS ssa RE
HOTEL UNIVERSO
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“ José Maria Trigo Gonçalves
—SEDE—
Rua do Carmo Nº
102
—SUCURSAL—
Rua 1 de Dezembro 1
Telefone N.º 1797
Epis ES Oni
Acaba de ser posto à venda o tomo n.º 30 da:
Hilda burra, Buropa
E” realmente digna de ser recomen-
dada esta publicação, não só por estsr
habilmente elaborada mas tambem pe-
lo relativo luxo da edição. O tomo que
temos presente, insere o Diário da Guer-
ra, de 1 a 31 de Março de 1916 e as
sante, educativa e de flagrante actua-
lidade.
Cada tomo de 32 paginas—S5 centavos
eúidos à TIOGRAFIA GONÇ ALVES
12, Rua do Mundo, 14—LISBOA
Remessas franco de pgáiede
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mato portatil como que o vade niecum
DEPOSITO GERAL o cotada pet pEnie RES Resp dos os ERA dedo o FINISSIMO
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no gencro que existem em inglês, fran-
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de louvar a iniciativa desta casa edito-
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