Voz da Beira nº106 15-01-1916

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ANO 3.º

 

REDATOR PRINCIPAL:

Fructuoso Pires

ADEINISTRADOR E EDITOR:

EE ma
A. Pedro Ramalhosa

Bodação o E Dinisiração:

 

Bua Br. Santos Bulante
pd SEMANARIO INDEPENDENTE
mn tare mn EnTÃ Anuncios
O rn ini DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA GERTA Ne 3 o pias ca lhos 0 eis

Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs.

— = —

Propriedade da Empreza da Voz da Beira

DINDICATOS

Ao escrevermos as duas pa-
Tavras que encimam este artigo
cremos bem que não vamos dar
novidade sobre o assumpto a mui-
tos dos mossos leitores que bem
saberão a conveniencia d’aki re-
sultante para a lavoura.

Sobretudo para a nossa região,
onde a fragmentação da proprie-
dade e a natureza dos ferrenos
tornam as operações agricolas bem
“custosas, além d’uma produção de
minima importancia por cada la-
vradur digno d’este nome, que não
permite transações de maior vulto
tanto na compra de adubos, de-
ginfetantes e sementes como na
venda dos generos, os syndicatos
impõem-se como garantia suprema
que livre o lavrador da exploração

“e contingencia a que de ordinario

£ão sujeitas as suas transações.

A maior garantia dos sindicatos
para uma região está na força re-
esultante da união dos lavradores,
podendo comprar em melhores
condições de preço os precisos á
sua lavoura, À simples constitui-
ção do sindicato, desde que, Feja
aprovado dá- lhe direito à impor-
tantes abatimentos nas casas for-
mecedoras e nos transportes em
caminhos de ferro.

Além d’isso o que não póde fa-
tisidadondisde, que]-tenha, m0vi-
mento para isso, e assim o sindi-
cato abrangendo um grande nu-

“mero de lavradores poderá directa-

mente fornecer-se do extrangeiro
em circunstancias vantajosas. Não
merecerá a pena importar directa-

“ mente do estrangeiro uma barrica
de sulphato, por exemplo, mas

desde que as necessidades d’uma
região, conjugadas numa unica
representação, atingissem um nu-
mero elevado, é de crer que valeria
a pena ir procurar no extrangeiro
o produto desejado, livrando-se
assim o lavrador das alcavalss e

falsificações do comerciante inter-.

mediario.

O que se dá com a Era po-
dex-se-hia ainda repetir com a ven-
“da das colheitas, O sindicato es-
tipularia o preço para a venda co-
mum e quando por ventura, ao ne-
gociante repugnasse esse preço,
desde que se provasse ser o mini-

mo para compensar a despeza, en-.

tão abriria venda por sua conta
“distribuindo os lucros proporcio-

-nalmente ás importancias dos ge-

meros de cada lavrador. E! esta
uma formula do cooperativismo

 

PUBLICA-SE AOS SABADOS
COMPOSTO E IMPRESSO NA misenva cetiNDA DE RAMALUOSA & VALENTE — CERTÃ

AGRICOLAS

que reputamos altamente pratica
para a nossa região, não só para
defeza contra a ganancia dos for-
necedores de produtos agricolas,
mas mais ainda para garantia da
veracidade dos mesmos, por fórma
a que as suas operações de lavou-
ra não resultassem improficuas co-
mo tantas vezes sucede.

Folgariamos de saber que os
nossos lavradores de maior nomea-
da tomassem sobre si o estudo
d’este assumpto e o propagandeas-
sem entre aqueles em quem o seu
prestigio é respeitado por fórma
a resultar em pouco tempo um
movimento forte de vontades, apos-
tadas em levar por diante a orga-
nisação do sindicato.

E” enorme a vantagem que d’ali
se aufere para as transações que
lhe são inerentes, e quando mais
não seja ficará um importante nu-
cleo de classe, assossiação de agri-
cultores,que ahi poderão encontrar
força para reclamarem aos pode-
res do Estado contra o lançamento
de novos tributos que por ventura
venham incidir sobre a proprieda-
de, onerando-a. e absorvendo os
seus rendimentos.

Outra vantagem não menos di-
gna deregisto é a seleção e apura-
ipntpado montes au rincãombe
lhoria de raças animaes com intro-
dução de novos reproduétores, em-
fim o aproveitamento mais razoa-
vel do terreno pelo estudo da sua
capacidade, e uma inteligente eco-
nomia na destruição das nossas
matas de pinho, até agora feita a
esmo, E

A agricultura, apezar da ingra-
tidão dos nossos terrenos, é ainda
hoje a principal fonte de riqueza
da nossa região. Quio bom seria

pois que ela se organisasse socia-

tivamente para auferir as vanta-
gens que d’outra fórma não logra
obter!

Haja cincoenta ou cem homens
que queiram decididamente ser
uteis a gi e ao seu concelho agre-
miando-se para este fim e desapa-
recerão muitas dificuldades que
até agora teem assoberbado a nos-
sa lavoura, toda ela pobre é ver-
dade, mas por isso mesmo mais
curecida de força para resistir.

Nisto como em tudo a união
fax a força, pois.só unidos, pesan-
do como um só individuo, terão
direito a alcançar muitas g: rantias
por ora desaproveitadas.

Coisas & loisas…

Keservistas

Em virtude de ordens superiores es-
tão suspensos todos os serviços de
transferencia de domicilio de reservistas
residentes no continente da Republica.
Assim não podem transferir-se de con-
celho para concelho, como não pódem
obter licença para se auzentarem para
o estrangeiro qu possessões ultramari-
nas,

Mictorio

Ainda continua, dormindo o somno
dos justos, na casa das arrecadações
da Camara Municipal, o mictorio adqui-
rido, vae quasi em. dois anos, salvo
erro. Mas quando é que se fará a sua
colocação?

Para isto seria melhor ter o dinheiro
do?seu custo na Caixa Geral dos Depo-
sitos.

Divisão de instrucção *

E’ na proxima primavera que se con-
centrarão em Tancos, n’um efectivo de
20:000 praças, as unidades militares
destmadas à constituir a divisão de ins-
Lrucção, cujo comando será assumido,
pelo sr. general Yamagnini, que terá
porachefe do Estado Maior o major sr.
Roberto Baptista.

 

Musica

Tem sido notada por parte dos seus
socios. a falta de musica aos domingos
nos passeios publicos em razão dos dias
verdadeiramente primaveris que teem
corrido.

Sahirum já a apresentarem-se nos
corpos a que foram destinados, os re-
crutas deste concelho.

A Festa da Arvore

No ultimo domingo do proximo mez
de fevereiro deve realisar-se em todo o
paiz a festa nacional da arvore.

A Associação Protectora da Arvore
vae proceder a uma intensa propagan-
da a favor d’esta festa nacional, no sen-
tido patriotico: de despertar enthusias-
mo pelo culto da arvore.

Parece que o sr. inspector deste cir-
cnto dará instrucções aos srs. profes-
sores para que ela tenha ‘o maior luzi-
mento possivel.

Imposto do selo

As estampilhas fiscaes de ,1915 terão
aplicação legal no ano corrente de ar-
monia com a portaria n.º 223 de 7 de
Setembro de 1914.

Gralinhas, etc.

– As galinhas e patos andam aos’ban-
dos por essas ruas; e ninguem olha por
isto.

Na da parte de todos os municipes
um desrespeito pelo «Codigo de Postu-
ras» que é da gente morrer.

Todos se comprazem em tornar a
Certã a mais aldeã possivel,

Qua valha-nos Deus,

| agencias até 7 de fevereiro e pass

 

Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se reslituem os originaes

Notas falsas de
100$9000 réis

Tendo aparecido no mercado muitas
notas falsas de 1005000 réis, convém
saber que teem, como as verdadeiras,
os dois sellos d’agua, a cada lado do
centro, na parte superior da nota, mas
coliados, representados por duas figu-
ras ale »goric sendo a parte por €
ocupada por mesmo um puuco ma
essa, conhecendo-se pelo tacto
ando-se com toda a altenção,
fic à no reverso que uma sub
cia qualquer gommosa foi emp
estando o papel um pouco luzi dio.

Em tudo o mais as notas são identi-
cas às verdadeiras.

O Banco de Portugal resolveu retirar
da circulação estas notas que serã

idas por outro tipo devendo a
tiva troca efectuar-se nas S

Vere-

este dia na sua séde.
Marcar roupa branca

O melhor systema para marcar rou-
pa branca é o seguinte:

Aquece-se bem, ssm que chegue ao
rubro, um carimbo de metal com as
iniciaes em relevo, cobre-se com um
pouco de assucar bem pulverisado a
parte da peça de roupa onde se quer
pôr a marca, aplica-se-lhe o carimho
com força, e ficará uma marca indeles
vel.

Divida interna

Foi’fixado nm novo praso, de 2 de
janeiro a 20 de fevereiro proximo, pax
ra os portadores de titulos da divida
interna consolidada requisitarem novas
folhas de coupons, na inspecção distri»

Ahi fica o aviso aos que ainda o não
tiverem feito.

Organisação judiciaria

O sr. Ministro da Justiça está traba-
lhando com todo o empenho para que
no mais curto espaço de tempo, possa
BR ao Parlamento, a proposta
de lei da organisação judiciária.

Se fôr d’esta já não é sem terapo-

E” fruta que deve estar bem madura.

 

Serradores de madeira

 

O governo inglez solicitou o concurso,
de 300 trabalhadores portuguezes para
serem empregados em córtes de ma-
deira na Inglaterra. Ê

A direcção geral do comercio e in-
dustria determinou que os operários
que desejem olerecerem-se para aquele
fim, inserevam os seus nomes om na
Bolsa de Trabalho de Lisboa ou na mes-
ma direcção geral, sendo-lhes facultado,
escusa de seguirem para Inglaterra ca
so não lhes não convenham as condi-
ções do respectivo contrario.

Como no nosso concelho, ha muitos:
trabalhadores que se dedicara ao mister
de serranores, aqui lhes, damos esta
nolicia para concorrezem, querendo.

 

A «Voz da Beiran, compromete-se à
fazer chegar ao seu destino a par p-
ção dos que qu x GOnCorrex à
pedido,

 

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PR Ja

z Sessão de 40 de Jameiro

‘Assame a presidencia o vogal mais
»yelho sr. Emídio Magalhães que convi-
«ãa para secretarios os srs: José Dionisio
«g Costa Mouga.

Estão presentes 15 srs: vereadores.

O sr. Presidente declara que vae
tprocedor-se à eleição do presidente,
vice-presidente e secretarios que hão
«de funcionar no corrente ano, e proceden-
“lo-se ao escrutinio leve a eleição o se-
sguinte resultado:

Presidente: dr, Virgilio da Silva.

Vice-presidente: Giriaco Santos,

– Becretarios: Carlos Tavid jeSosta Mon-
ga.

s Feita a protlamação tomam estes srs.
-os seus logares e faz-se a leitura da
-avta anterior que é aprovada.

Procede-se à eleição-da comissão exe-
«cultiva lendo sido eleitos os srs, Hermi-
“mio Quintão, Ciriaco Santos, Emídio Ma-
=galhães, Joaquim Nunes, Demetrio Car-
“valho, Costa Mouga e Carlos David.

—E’ lido um oficio do. vereador sr.
IM. Martins d’Almeida, pedindo 60 dias
«da licença por motivo de doença. Con-
«cedida.

—B’ tambem lidó um oficio do sr.
“iriaco Santos, pedindo pelo mesmo
amolivo 30 dias de licença. Concedida.

—Resolve chamar à efeclividade os
“vereadores substitutos srs: Manoel Lo-
spea, Antonio Agripino da Silva e Padre
Antonio Luiz Ferreira, afim de subslitoi-
rem us vereadores licenciados.

—0 sr. Quintão pede a palavra para
«dizer por parte ta comissão executiva,
«que não lhe é possivel apresentar n’es-
Aa sessão as contas do ano anterior por
mão poderem ter sido. concluidas pelo
«sr. Chefe de secretaria em consequencia

 

“da falta de alguns documentos.

— vereador sr. Marinha, que não as-
=sistiu é primeira parte da sessão, eleição
«la meza 6 comissão executiva, pede as
palavra e justifica as suas faltas às ses-
sões de 43 e 23 de dezembro ultimo,
mor n’elas se deverem tratar de as-
sumptos em que ele, por respeito à lei
« por meliadre pessoal não assislin,
interessado. Reclama contra
u processo seguido pela Camara, no
grovimento do logar de chefe da se-
“cretaria, pois não se observou o dis-
pasto nos art.º” 17 e 18 do Decreto de
“4 de Julho de 1878, que regula o as-
sinimplo.

Protestou aínila contra a aprovação
«iu orçamento de 1916, feita de aloga-
«lho, regeilado as verbas de 240 e
216 escudos inscriplos para o provi-
anento dos logares de 2.º amanuense e

4iscal-da camara, Reta “considerar dis-
qusa, Visto as, predarias circunslancias

“no cofre municipal, e as urgentes é
inadiaveis despezas a fazer com os
e vandes prejuizos causados pras ulti-
amas inundações.

Insurge-se contra o facto de se não

 

EEBBOS

=
HaCamara, o que demunstra desleixo
ou mã vontade lembrando por exem-
plo, ao acaso, a que se refere à “colo-
cação do sino nos Paços do Concelho.

—0 gr. Bernardo Junior, n’um aparte
dá a razão da falta d’execução CVesta +
proposta: —ter-se extraviado o badalo |
do stno.

As considerações do sr. dr. Ernesto
Marinha, provocar alguns apartes do lado
da maioria, contra Os quaes o sr. Luiz
Domingues protesta vchementemente.

Outros srs. vereadores [fazem lam-
bem uso da palavra sobre as conside-
rações do sr; dr. Ernesto Marinha.

Não havendo nada mais a lraclar en-
cerrou-se a sessão marcando-se a con-
linuação para o dia 27 do corrente.

Inaudito!

Chamamos a atenção do sr.
Administrador do Concelho para
o desaforo inaudito que se está |
produzindo na compra de cereaes
para fóvra do nosso concelho.

À continuarmos assim, em me-:
nos d’um mez não ha entre nós
um bago de milho disponivel para
a ven

Pura iludirem a vigilancia da
autoridade os compradores valem-

 

se de todos os meios, e rmmuitas car- [7

radas de milho centeio e trigo teem
passado pela vila disfarçadas e en-
volvidos em capucho e palha.

Pedimos providencias, mas pro-
videncias efectivas e não como se
tem feito, pois na presente con-
juntura reputamos de má politica
deixar sair para tóra dos nossos
limites qualquer quantidade de
cereal, demais quando nos di-
zem que os compradores são inter-
mediarios de hespanhoes.

Tal pratica constitue um crime
eé justo que se acabe com os crimi-
nosos d’esta especie, senão querem
amanhã justificar o processo “do
pilha.

Proviléncind «. providencias.

 

Depois de composta esta Joca]
chega-nos 4 noticia de que esta au-
toridade solicitou já do Governo,
a remessa do milho preciso para
ubastecimanto do concelho, e que
senda. em

 

poder expolo 4

Bas

breve

 

lixarem os dias destinados às

«la Uamara. no começo do actual ano,
ve modo que Lodos, municipes e verea-
«dores, saibam em que dia ha sessão, €
“é vontra a inovação ilegal de a presi-
«lencia, por meio de oficios, avisar os
asemabros da Camara dos dias que des-
tina às sessões, por achar isso arbitra-

vio é Contra 0. Sh senso e coulra a
ted,

Lavra O seu 3 prolexto contra o facto
ca Comissão Executiva não apresentar
“1* contas da sua gerencia e os relato-
tios das contas da sua “administração,
nesta. sessão, como expressamente de-
termina a lei, nada havendo que jusbih-,
que tal atitude, a não sor 0 desleixo.

Revolla-se ainda contra certas verbas
Deocriplas no orçamento que acha exa-
e -vadas, destinadas à mobília e outros
fas, quando é certo que é vergonhoso
o estado das escolas primarias co lem-
po não está para luxos. :

“ão concorda que a Camara designasse
e sa 27 do corrente: pura b-sua 2.º
vssão deste ano, pois entendo que ha
tos assamplos a tratar é assim com
» Des espaçadas nada se las,
“Estranha que, durante 08 dois anos
tecarridoso À Comissão Executiva não
ú andamento às propostas por ele
Vertudur apré “sentadas é aprovadas po-

 

À PROCURA DO BADALO

 

—O Sm. Pscnardo Junice,
“esmas dparto, Sá a vazão da falta
Vexecnção desta preposto: o dei
catraviado o “Padalo bo sino”

(Vidé relato da sessão da Camara)
é ço

Sabe-se agara a razão .
porque nos Paços do Concelho
anda tudo em confuzão,
desde os servos do patrão
“e desde os novos ao mais velho.

o presidonte, vereadores,
“6 q chefe da secretaria,
sons e varredores
Óra ainda outros senhores,
to us Lrabalham à porha.

 

Tudo mexe, tudo buscas
(menos encque me não ralo,
porque vejo a coisa fusca)
tudo anda por fórma brusca
à procura do badalo,

 

Dr. Sabido.

Ê dru ue

 

Na ultima quarta feira, realison-
se 4 leitura da opereta em-3 actos,
original dos srs; dr. Fernando Ma-

tozo e Carlos Ascenção, escrita
expressamente para ser levada á
cena no nosso Peatro, no proximo
dia de Pascoa. Foi lhe dado o no-

me de—O CASAMENTO DE

| ROSINHA e agradou no seu to-
do, pois tanto a proza como o ver-
so, está bem feito, com certa ori-
ginalidade e na sua simplicidade o
enredo está bem delinezdo e de-
senvolvido.

À acção passa-se nos arrabaldes

da Certã:
Gregorio e Anna, conjuges, teem
alguns bens e possuem nos baixos
da sua vivenda, uma taberna, on
de vendem o producto da sua la-
voura. Teem duas filhas:

Rosinha a protogonista da ope-
reta e Gertrudes. Rosinha foi edu-
cada e viveu muitos anos com os
padrinhos, lavradores abastados

. !
do logar, tem uma cultura caseira |

mais apurada do que a irmã e por
isso é resquestada por tres rapazes
do eitio, um dos quais é patrocina-
do por Gregorio, rapaz rico mas
bastante ébrio, Rosinha, porem,
ama apaixonadamente Joaquim da
Topada, rapaz tambem de certa
cultura, mas sem posição difinida
na sociedade. Com o apoio de Ana,
mãe de Rosinha e com o de Ger-
trudes, sua irmã, afora o de outras
personagens que veem afigurar na
“ent para maior desenvolvimento

 

da acção, o pai convem no casa-
mento e esta resolução é festejada
alegremente por muita gente do
| povoado:

O 1.º acto passa-se na taberna
do Gregorio; é talvez o acto mais
frio da opereta, posto que esteja
bem desenvolvido e urdido. O 2.º
| passa-se num arraial e o 3.º mo
interior da casa de Gregorio.

A opereta tem vinte e tantos nu-
meros de musica, que estão confia-
dos ao distinto nuestro sr. Ferrei-
ra d’Andrade que da melhor von-
tade se prontificou a escrevel-a.

Quer-nos parecer que a opereta,
se à musica for inspirada como, é
de esperar, hade constituir um bom
espetaculo, e atruirá ao teatro
muitos espectadores na ancia de
apreciarem uma peça de costumes
e de acção puramente certaginen-
se. / ;

Nós folgando porque tenha agra-
| dado o original, como agradoú, a
todos os convidados, festejamos
os auctores e apresentamos-lhes as
nossas cinceras felecitações.

*

No proximo dia 6 de fevereiro
volta á cena no nosso Teatro, a
engraçada comedia em 3 actos—
Os Pimentas, representando-se pe-
la primeira vez a tambem engra-
cada comedia, n’um acto— Doidos
com Juizo, sendo possivel que o
espectaculo seja ampliado com
mais uma cançoneta.

 

AGENDA .

Esteve na Certã, o sr. A. Antu-
nes Burata, proprietario do Restau-
rant Valmor, da eapital.

— Sae na proxima semana com
sua esposa. para Lisboa, o sr, João
Farinha Leitão. :

— Sae para Lisboa por estes
dias, afim de lá seguir para Loan-
da o sr, José Martins, d’Amioso.

– —Sajiu para Lisboa com demora
d’alguns dias o sr. Adelino Ei
da Silva.

— Está na sua casa em Serna-
che do Bomjrrdim, o sr. João Ne
mezia da Silva. –

— Está quasi completamente
restabelecido da doença que o de-
teve alguns dias por casa o sr. An-
tonio J. Perveira de Andrade.

— bistá na Certã de visita n sua

familia o sr. Domingos Carlos da |

Silva, que dutunte algum tempo
toi empregado da nossa Redação.
— Peve loga na passada quanta
feira o baptisado dam filhinho do
ate Antonão Pirmino desta vila,
que recebeu O gome de Albento.
— Volta novamente a Africa o
se. Antonia da Silva Lemos:
— [osteve em Pomar o sr.
Prancisco Baruta.

Pa-

aa O

[1 — Esteve em Oleiros o se, Joa-
| cãórn’eSta-vila cdayGúarda ARepu=
blicana.

— Regressou a Oleiros com sua
familia o sr. dr, Francisco Peixo-
to, Pilho.

—De passagem para Castelo
Branco, d’onde segue para Lisboa,
esteve entre nós o sr. dr. Antonio
A, de Mendonça David. ‘

— Esteve na Certã, o sr. J. Sil-
veira, de Pedrogam Grande. .

— Durante a semara vimos na
Certã os mossos assinantes, Srs.

Adelino Duarte Pessoa dos San-
tos, José Ventura dos Santos, Do-
mingos Vidigal, Souza Guerra,
Actonio José Matias. dr. Virgilio
Silva, Costa Mouga, Antonio Mar-
tins Cardoso, Domingos Alves, Jo-
sé Manuel e Monsenhor José Ma-
ria Ferreira.

 

Aniversarios
+ Fez anos:

No dia 13 0 sr. Almirante Tas-
so de Figueiredo.

-— No dia 15,0 sr. dr. Fernando
Matozo, integerrimo Juiz de, Di-
reito nesta comarca é o nosso inte-
Jigente colega da redução sr. pa-
dre Antonio Pedro Ramalhosa.

A todos o nosso cartão de telici-
tações muito sinceras,as,

 

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15-1-916

VOZ DA BEIRA

 

Secção literaria

 

1915-1916

31 de dezembro.

Noite turva.

Chove. As aguas, ao cahir, pa-
rece terem musmurios de sofri-
mento…

Na solidão do meu eremiterio,
medito….

E que pavorosa fita cinemato-
graphica eu vejo perpassar peran-
te minha pobre alma horrorisa-
da!… E um pesadêlo monstruo-
,80, tétrico, medonho, a que em
vão procuro subtrahir-me…

 

r915!… vae-te, maldito!..
Alimentaste em teu seio um vul-
cão que consumiu vidas, cidádes

“e aldeias sem conto… o sangue
derramado correu em rios canda-
losos… as lagrimas vertidas for-
maram um mar… os gritos de
dôr, as imprecações clamorosas,
os ais lancinantes e os tormentos,
que se sofreram, atingiram o cú-
mulo de desespero e foram a maior
tragédia dos mundos!.. .

Vae-te maldito! e séme-te na
varagem, no bárathro, no abismo!

1 de janeiro.

Ao badalar da meia noite o sino
da minha Egreja, parece gemer de
uma forma extranha e fatidica, a
presagiar, talvez, dias mais terri-
veis ainda, maiores e mais pun-
gentes amarguras…

O ceu é negro…

E n’esta transição, em que a
chuva continha cahindo e não se
divisa uma só estrela na amplidão
infinita, n’esta hora tremenda de

horrivel incerteza, e numa pers-
3 É |

«pectiva de horrores:— peste, fome,
e guerra—ó minha patria, 6 meu
Portugal, eu tremo, principalmen-
te por ti, que foste grande e pre-
vilegiado, e- que agora parece-te
afundas n’um horrido tremedal,..

evone sacas era pn anna srs nas

g “Monge de Cister

Widha a dm Ms ctiianio

Em Pedrogam Pequeno, faleceu
no dia 6 do corrente a sr.* D. Ma-
ria da Conceição Alves Freire,
viuva do sr, Joaquim P, Freire.

O seu funeral realisou-se no dia
“imediato tendo-se n’ele incorpora-
do muitas pessoas daquela vila.

A extinta era» cunhada do sr.
José Ventura dos Santos. a quem
como á demais familia enviamos
p nosso cartão de pezames.

Em Proença a Nova, fulecen na
“ultima quarta-feira o sr. José Luiz
“da Silva, comerciante n’aquela vi-
la. Contava apenas 24 anos de
edade e sucumbiu aos estragos da
tuberculose,

O seu funeral realizou-se no dia
imediato incoporando- se no conte-
jo muito povo « amigos do finado.

A” familia do extinto o nosso
cartão de sinceras condolências.

Em Lisboa faleceu o menino
Manoel Ferreira Vidigal. filho

mais novo do nosso parrício sr.

José Henriques Ferreira Vidigal
a quem acompanhamos. no seu
profundo desgosto.

Conto do vigario

Já chegou até nós o celebre
“conto do vigario lisboeta,

Ha dias um tal Manoel Fernan-
des Cannstreiro, mais vulgarmen-
te conhecido pelo Canastreiro do
Sesmo, começou de frequentar a
praça do Municipio d’esta vila,
aonde se acham os Paçostdo Con-
celho, em cujo rez do chão estão
iustaladas as cadeias civis. Com a
benevolencia do carcereiro, que é
quem faz a guarda e policia da
cadeia, Db Canastreiro aproximava-
se das grades da primeira prizão
aonde está José Pinto á espera de
ser conduzido para Lisboa, que vat
na penitenciaria cumprir a pena
que lhe foi imposta pelo crime de
homicidio na pessoa de sua mulher,
facto qne narramos promenisada-
mente em tens.

O Canastreiro, não conhecendo
José Pinto, soube entretanto afei-
çoar-se à ponto de lhe fazer crer
que uma revisão ao seu pro-
cesso seria cousa facil é pôl-o na
rua seria facilimo, pois tinha um
advogado em Pedrogam Grande,
que se prestaria a vir á Certã,
tratar do caso.

O José Pinto, vendo no Canas-
treiro o seu anjo salvador, cabiu-
lhe nos braços entregando-se-lhe
de alma e coração.

O Canastreiro senhor da preza
voltou ao outro dia a fazer sciente
o seu protegido de que o advoga-
do viria imediatamente, m mas se-
riam prezisos 259000 réis sendo
208000 réis para gpreparos ao
mesmo e 55000 réis para o carro
que o transportaria a esta vila.

Cahiu no logro o José Pinto,

ro os 259000 réis em boas notas
-do Banco.

Foi um ar que lhe deu; até hoje
não mais viu o Cumastreiro, nem o
advogado nem o seu rico dinheiro.
O pobre José Pinto entregou 0 ca-
so no sr. Administrador do Conce
lho que activa e inteligentemente
está investigando, mas o que ele
não verá mais, segundo nos pare-
ce, são as suas belas notus do
Banco E

O nonso patrício sr. João Albi-
no, chefe d’estação dos Caminhos
de Ferro Portugnezes, foi coloca-
do em Valado do’Ribatejo, estação
do caminho de ferro de Regnengo.

 

— Oleiros LS—As dificeis condi-
ções economicas em que’se encontra a
“camara municipal deste concelho, agra-
vadas ultimamente com a horrorosa cheia
que assolou esta região vieram prejndi-
“car, em parte, oprojecto da iluminação
publica, melhoramento, que neste logar
noliciamos, e enja Reais esperava-
mos para breve,

A camara, a braços com Eme igades
de toda à ordem, à, é com razão,
que o sem fundo disponivel deve ser
empregado em remediar as necessidades
mais nrgentes e assim leve de ahando-
nar a ideia de dotar esta vila com um
melhoramento ha muito reclamado:

Julgamos, porém, poder dar aos nos-
sos leitores a grata noticia de que « ilo-
minação “publica vae em breve lornar-

 

se um facto, porque a inicialiva particu-
lar dela tomou conta.

Uma comissão” composta dos! nossos
[amigossr. dr. Rebelo d’Albuguerque,

passando para a mão do Canastrei-

 

Gorrespondencias

José Domingos Antunes, Artur Maria No-
mão, Augusto Esteves e Conego Romão
se encarregon de angariar! donativos
para a montagem dos candieiros, e es-
tamos certos de que todos os a nshs
concorrerão para um mebfTamento
cuia vantagem desnecessario é wicare-
cer.

Consla-nos haver já a promessa de
uma valiosa oferta. Aproveite-se 0, en-
tusiasmo do inomento e cremos em
breve realisadas as nossas aspirações.

—Honrou-nos com a sna visíla, na
segunda-feira ultima, o nosso presadis-
simo amigo sr. dr. Medonça David, d’Al-
varo. Foi o primeiro que deu entrada
nºesta vila em carro de parelha, não o
detendo as dificuldades que teve a ven-
cer para realisar a Llravessia. O barulho
que o magmíico Break fazia nas calça-
das alraiu a população, que com o sor-
riso nos labios via o pacato burgo des-
pertado pelo ruido do progresso.

 

—bDe regresso d’Africa, onde esteve
como expedicionaria, em Porto Amelia,
encontra-se ha dias em Oleiros o nosso
bom amigo Capitão José Farinha das
Neves. Ao desembarcar em Lisboa foi
acometido de uma pleur que 0 |
obrigou a guardar o leito durante mais
de quinze dias. Fazemos votos para que
os ares patrios o restabeleçam em bre-
ve, e lhe restituam aquela robustez,
que fazia a inveja de muitos dos seus
amigos.

— Partiu hoje para Castelo Branco,
acompanhado de seus primos Francisco
e José Couceiro sr. dr. Rebelo d’Albu-
quêrque. As, ex.º que vae passar O
dia de seus anos com sua Ilustre fami-
lia abraçamos nós com a efusão de
amigo. (

 

Vila de Rei, 19-Por filta
de ocasião não temos envialo as nossas
informações, algumas das quaes quasi
perderam já a oportunidade. Que a fal
La involuntaria nos seja desculpadaj pe-
los nossos leitores e amigos.

E porque é a primeira vez que no
corrente ano escrevemos para este gran-
de defensor dos interesses da conmirtoa
é que muito tem defendido os iiteres-
ses deste concelho sejá-uo ilo enviar
em primeiro logar, Os nossos zaieluosos
cumprimentos de felicitações à redação
da «Voz da Beira» pelo seu terceiro ani-
versavio, fazendo sinceros votos pelas
suas prosperidad oresenlar
pos destas
humildes corresponde a quem de-.
sejamos um ano novo clivio de paz é

 

— Bm goso de ferias que passou com
a familia esteve entre nós o sr. Jose de
Castro, inteligente aluno do liceu de
Castelo Branco.

— “Tambem esteve entre nós, em fe
riastiy NONO palrício e ainigo sr. dr.

=Realison-se ha dias o casamento
do sr. João Balista dos Santos com à sr.*
D. Maria da Conceição e Silva, Aos ju-
vens Doivos muito estimados entre nós
pelas” suas» primorosas qualidades de
bondade desejamos vm futuro muito ri-
sonho.

— Regressaram a suas casas na Boa-

farinha os svs. Jose da Silva Froes e
João Nunes da Silva.
—”ãmbem regressou a sr.º D. Maria
dA Nazaré Nunes, inteligente e zelosa
professqra do sexo feminino desta fre-
guezia.

— istiveram em Tomar e Coruche os
ses. Jusé Hnriques Alves Froes e Joa-
quim Mastins Rolo.

—Saiu para 0 Alemtejo, a tratar dos
seus neguócios, o sr. Jose Joaquim da
Silva Neves, acreditado comerciante nes-
ta vila.

— Vimos entre nós o sr. ErDeo Au-
gusto Tavares.

—A quem competir pedimos, ao me-
nos por decencia, que obriguem os ne-
gociantes de gado suino, a esporem o

 

gado à venda na devesa, À praça é pa-
ra venda de viveres e outros artigos e
nunca póde servir de mercado de sui-
nos.

Esteve ligeiramente enfermo o menino
Pedro, interessante filhinho do sr. Ma-
noel tins Apa » habil chefe da
secretaria da camara municipal.

 

— Esteve na sua casa da Mi
à sr. Jose Nunes Tavares, inteligente

 

– telusu professor oficial nesta vila. (6)!

EDITAL

Angusto Justino Rossi, Chefe
da Secretaria da Camara Munici-
palido concelho da Certa.

Retificando o Edital que fez pu-
blicar em 20 do mez findo, fuz sa-
saber, nos termos e para os efeitos
dos art.º; 11 do Codigo Eleitoral
e 1.º da Lei n.º 294 de 20 de Ja-

neiro de 1915. que o periodo para *

a inscrição no recenseamento po-
litico referente ao ano de 1916,
começará no dia 2 do proximo
mez de Janeiro e terminará no ul-
timo dia do mez de Fevereiro in-
clusivé, podendo inscrever.se co-
mo eleitores além dos que” ficam
do anterior recenscamento. por te-
rem a capacidade eleitoral, exigi-
da pela Lei, todos os cidadãos do”
sexo masculino, maiores de 21
anos, ou que completem essa eda-
de até 8 de Julho de 1916, iuclu-
sive, que estejam: no gozo dos seus
direitos civis e politios, saibam ler
e escrever portuguez e residam no
territorio da Republica Portugue-
za. Os recenseados deverão escre-
ver o requerimento por seu punho
conforme o modelo n.º 1 na pre-
sença do Presidente da Junta da
Paroclta da sua residencia ou pe-
rante o notario que reconhecerá a
letra e assignatura, salvo se pro-
varem por certidão ou diploma es-
pecial, que sabem ler e escrever,
pois n’este caso basta o reconheci-
mento da assignatura..

Juntarão aos seus requerimen-

à etnia
tos o atestado de residencia, con-

forme o modelo n.º 2, passado pe-
logPresidente da ane de Paro-
elna on regedos, Os requerimentos
são todos isentos do imposto. do
selo e de Qquaesque NS emolumentos
ou salarios, desde que sejam nó-
mente passados e aproveitados pa-
ra fim eleitoral.

Certã 10 de Janeiro de 1916

Augusto Justino Rosst

Modelo n.º 1—F… (nome, es-
tado, projissão e morada) filho de
Foste Fone anos de eda-
de, (data do nascimento, local do
registo ou baptismo; sabendo ler
sersonezes nesta! pafoghiua ppretent-
de ser inscripto no recenseamento
eleitoral. Pede deferimento.

Modelo n.º 2— Atesto (ou-ates-
tamos para fins eleitoraes, que
F… (nomes estado e profissão)
reside mesta paroquia ha mais de
seis mezes (Data e assignatuinas ou
assinatu as.

AZEITE DA CER TÃ

FINISSIMO
Em todas as graduações. Vendas por
— Atacado —
Enviam-se aniostras e
gavante-se a qualidade
Pedidos a
dZanoel Gardozo
R. Canáido Reis—CERTÁ

CASA RELVAS
ENDEM-SE os foros que
esta casa cobra na comarca
da Cetã e reccbem-se propostas
para a venda de propriedades.

 

Practar com o sulicitador:

Fiuctuoso Tires— CERTATires— CERTA

 

@@@ 1 @@@

 

 

dégua da Foz da Gertã

alla Certã apresenta uma composição |
stkimica que a distingue de todas as ou–
ces até hoje usadas na lierapeutica.

Pp empregada com segura vantagem
ma Diabetes —Dyspepsias—Catarros
«gastricos, putridos au parasitarios;—
“mas ‘preversões digestivas der -ivadas
das doencas infeccivsas;—na convales-
“eensaidas alhs graves;-mnas atonias

asíricas dos idiabeticos, tuberculosos,
dr righticos, etc:,-—no gastricismo dos
Je gata lostpelos excessos on priva ções,
veterelo.

Moslrar a amalvse patoreologica. que a
Auua da Foz da Certã, tal como se
sencontra nas garmlas; deve ser consi-

NN, derada como microbicamente

pera não contendo colibaci-

“4 mtJos nem nenhuma das especies palho-

Ke

Feeneasique podem existir em aguas.
“agem disse. gosa de uma certa accão
mmicrobicida. 013. Thyphico,
Wiphrerico, e Vibrão
«cholerico, em pouco tempo nella
sperdem todos a sua vitalidade, outros
amicrobios apresentam porém resistencia
maior.
4 Agua da Foz da Certã não tem ga-
zes livres, é limpida, de sabor levemen-
me acido, muito agradavel quer bebida
pura, quer misturada com vinho.

DEPOSITO GERAL

RUA DOS FANQUEIROS, 84, L.*
TELEPIO a 2168

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al nd

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em todos 08 generos

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sempre em deposito, urnas em mo-
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das as Companhias terrestres e mariti-
mas, nas melhores condições, para os
portos do Brazil, Argentina, Afri-
cajAmerica do Norte, etc. etc.

 

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