Patria de Celinda nº6 24-05-1917

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ERNESTO MARINHA |
Director
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Redação é Administração.
no :
Certã, di de Maio de 1917
“PATRIA DE 0
1.º Ano |
ATT
8 R. CANDIDO DOS REIS SEMANARIO INDEPENDENTE
s Gertã Pela Verdade e pela Justiça
ASSINATURAS ANUNCIOS
Semestre, (24 n.º) 850 cent. Avulso, 803 cent.
Propriedade da empreza PATRIA DE CELINDA
Gomposto e impresso na MINERVA CELINDA — GaarTÃ
Lobos no povoado
Qrando no dia 14 de maio, no
-cemiterio do Alto de S. João, em
Lisboa, um dos deputados pelo
nosso circulo falou á beira da se-
pultura das desgraçadas vitimas
que, em 1915 em egual dia e mez
baquearam nas ruas da capital,
ele pediu, como noticiou o Mundo
e outros jornaes, —que os republi-
canos cerrassem fileiras em volta
da Republica, porque ainda havia
lobos no povoado.
Anotando o facto, não podemos
furtar-nos a comenta-lo; e, comen-
tando-o — note-se bem — esquece-
mos o sr. dr, Abilio Marçal que
já uma vez nas suas Palavras ami-
gas nelas provisoriamente reduziu
os sens conselhos que, aliás na
devida consideração, ostomamos…
até ver.
E porque os actos dum deputa-
do assim como as suas palavas, pó-
dem e devem ser comentadas com
Justiça por quem, não tendo meia
duzia de votos tem pelo menos um
— e que não tivesse!…— nós re-
peliriamos em proprio nome e no
dos nossos concidadãos, o gesto
subserviente daquele representante
do circulo n.º 2L porque não ve-
mos um motivo que sinceramen-
te impelisse o nosso deputado a vêr
nos proprios dedos, hospedes…
cervaes.
A sua eleição correu serena em
todo o distrito, que benevolamen-
te se não manifestou contra a ve-
la e suprema aspiração que, des-
de os bancos da Universidade, vi-
nha sendo o seu sonho, a razão de
ser da sua existencia… politica
Perante a indiferença do circulo
que hoje representa, metamorfo-‘
seado em- mansa ovelha, fez-se
Na 3.º
EE
passar por tal, num abandono obs-
ceno, balindo blandicias…
E foi assim, deixando-se castiçar
por alguns marroquinos e por ou-
tras castas politicas, que, abaú-
lado, no cemiterio do Alto de 8.
João, perante os restos mortaes das
vitimas que nunca viu, que se vi-
vas fossem desprezaria, que ele ex-
peliu com felicidade o produto hi-
brido consubstanciado naquela te-
merosa frase: —ha lobos no: po-
voado!…
e.
Nascido na formosa e linda Ser-
nache em cuja mata do Bom Jar-
dim, em lendarios tempos, em vez
de lobos, espaireceu o coração por-
tuguez de Nun’Alvares, o nosso
deputado que de pequenino e mo-
ço por ali caçava ninhos, certa-
mente nunca apercebeu lobos que
sustassem os cordeirinhos dos pre-
sepios da igreja do antigo Semina-
no das Missões Ultramarinas, don-
de todos os anos partiam para os
confins do mundo, uma pleiade de
corações que de lobos não eram.
Nem mesmo descendo pelos alcan-
tis do Zezere, onde as brenhas to-
cavam os astros, os lobos tinham
covil
Ah, destançando das lides do
mar, vinha o ilustre oficial Nunes
da Mata, coração de patriota e de
poeta, fomentar a riqueza do seu
concelho, encontrando em vez de
lobos… as imofensivas e presti-
mosas abelhas.
Donde poderiam, pois, vir os lo-
bos para o povoado?…
Não era por certo das Estrema-
duras pela filipina ponte do Cabril
pois lá tem a defendel-a os Mila-
grese a Confiança, Senhoras da
sua devoção e padroeiras da sua
integridade politica.
ANEL REC à )
fes 1
Coin
y
pelas gelidas noites do Natal as-:
“Mou posse.
e 4.º paginas, 505 cent. a linha
Permanentes: preço convencional.
EDITOR E ADMINISTRADOR — E. MARINHA
Não era por certo, tambem, pa-
ra as matas d’ Alvaro. e serras. de
Oleiros, que. eles viriam descendo
os. pincaros dos Herminios, onde
a alma errante de Viriato, chora
os destinos desta Patria…
Não!
Eles nem tampouco viriam pelas
m
comemoram
quebradas da laboriosa Covilhã,
onde em vez de lobos ha tecelões
esfuimados! :
E, se alguma vez percorreu nos
tempos da propaganda as. campi-
nas de Idanha, veria lebres, ..em
vez de lobos, as que agora, gal-
sando o Ponsul até Castelo Bran-
co, vão cahir…no prato dos srs,
governador civil e administrador
do concelho, para-onde os não de-
gredaria se lobos lá houvesse!
Não será por certo, por excepção,
“que eles se acoitem nos cerros cer-
taginenses, onde neste amoroso
maio desubrochou nestes dias um
cravo administrativo, — junto do:
alfobre duma dinastia democratica
—eomo disse um critico —,
a
Lobos»no povoado!…
Quem diria ao nosso represen-
tante que ao pronunciar aquela:fra-
se junto das victimas de ha dois
anos, que passados dias nas ruas
da capital nova colisão se daria
entre os que fizeram a republica,
juntando: novamente as ruas de
cadaveres!…
Seriam esses infelizes, que a im-
previdencia dos governos reduziu
á fome, emquanto se faziam for-
tunas vertiginosamente, os: lobos
esfaimados?…
— e O q mm
ADMINISTRADOR DO CONCELHO
Para o cargo de administrador deste
concelho foi romeado o sr. Elias Dias
Gravo, de Praença a Nova, que hoje to-
Cumprimentamos.
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LINDA@@@ 1 @@@
2
Patria de Celinda
NOTA DA SEMANA
>
* Na camata dos deputados foi ha dias
apresentado um projecto deslei; resta-
belecendo a antiga assembéa eleitoral
com séde: na freguezia da Vavzea dos
Cavaleiros, e creando outra com séde
DO Ndbperal abrangendo aquela as fre-
guezias do Figueiredo, Troviscal Ermida
e Varzea; e esta, as freguezias da Cu-
meada, Falhaes e Nesperal, deste con-
celho.
O autor da proposta, sr. Abilio Mar-
cal, depois de coçar atraz da orelha,
bastante apreensivo, pensou, preparar
assim O lerreno para nas futuras elei-
ções manter o seu prestigio politico
que vê: abalado… obtido à custa de
mil trucs!
Alterando-se as assembléas eleitoraes
como ha 3 ou 4 anos se fez para nova-
mente agora se restabelecer uma e
crear outra»a dois quilometros de Ser-
nache, o fim não é atender à comodida-
de do eleitor que o sr. Marçal nem
sempre vê com bons olhos,
O fim é outro; E’ para, se preciso
fôr, repelir a façanha da celebre noite
de novembro de 1913. É
Mas tanta vez vae o cantaro à fon-
te…
Contudo, que os seus planos sejam
coroados do melhor exito, para que o
resultado das urnas represente a von-
tade dos eleitores, na sua pureza mais
pura…
Oh! A politica de utilidade dos po-
vos, en substituição da antiga politica
de corilho mais uma vez a manifestar-
se, como diria O sr. Teles de Castro.
saio
José Nunes, casado, de Serna-
che, depois de lhe ter sido feito
exame directo és contusões que
apresentava, requereu n’este juizo
precedimento criminal contra al-
guns guardas do posto da Guarda
Republicana, de Sernache, que de-
pois de o prenderem por andar en-
volvido em desordem, lhe derem
uma tareia mestra dentro do pos-
to. E
O José Nunes, que se achava
embriagado e resistin 4 prisão ti-
nha agredido os captores,
Lá que o Nunes apanhasse o
troco no acto da prisão, vá; mas
depois, passadas algumas horas,
pela noite adeante… talvez não
seja do regulamento.
GEO at
CAMARA MUNICIPAL
Não reuniu na passada segunda
feira a comissão executiva da ca-
mara municipal.
COISAS ESQUECIDAS
Instrução Militar Preparatória
Em 1914, apresentâmos na; camara municipal a seguinte proposta
que, numa das nossas Cartas abertas, publicadas o ano passado na
Voz da Beira, alt veio reproduzida já.
Tendo sido decretado pelo governo
provisorio-da Republica o serviço militar
obrigatorio para todos os cidadãos por-
tuguezes, a instrução militar preparato-
ria impunha-se, naluralmente, e por
isso.o mesmo governo a decretou.
Foi uma medida de largo alcance sob
todos os pontos de vista.
Existindo já no pais organisadas al-
gumas Sociedades de Instrucção Militar
Preparaloria, cujos brilhantes resultados
são por demais conhecidos, e tendo si-
do regulamentada essa insivicção, o
que tudo prova o interesse e as vanla-
gens que resultam de tal inslrucção —
proponho, que neste recanto da Beira-
Baixa, isolado de todos os centros mili-
tares do Paiz, a Camara Municipal solici-
te dos srs. Ministro da Guerra e do In-
terior, O auxilio indispensavel à creação
duma Sociedade de instrução militar
preparatoria, 2.º grau. na Certa.
A defeza da Patria não pode ser indr-
levente ao valoroso povo das-Beiras que
cioso da sua hooicidad enunca desmenti-
da, a vem afirmando desde tempos re-
molos, das alturas dos Herminos às
margens do Zezere e d’ahi a lodo o
mundo. Ele quer continuar as tradições
de gloria de todos os porluguezes; quer,
desta região, situada no coração de Por-
tugal, levar bem intacta no peito à fé
e o ardor da sua independencia e até
onde o dever o exigir.
E para tanto, para que a tempera de
inergias inegualaveis com que a nalure-
za nos dolou, se não torne ingloria nos
“embates da laclica moderna da guerra,
= à Dela insliluição da instrueção mili
tar preparatoria, aproveitando a natu-
combatividade do jovem. portugues, in-
culir-lhe-ha a consciencia do seu dever,
tornal-o-ha apto para quando: chamado
ao serviço activo melhor e, facilmente
compreenda a lactica militar, e, portan-
to, em pouco tempo, ser considerado e
considerar-se um defensor util do seu
pais.
As vantagens da instrução preparato-
ria para O futuro soldado, são importan-
tes e vem especificadas na lei,
A esta camara não podem nem devem
ser indiferentes taes vantagens, de or-
dem moral & material para os seus mu-
hicipes, lanto mais que todos os gover-
nos da Republica, veem dispensando Lo-
do o auxilio às Sociedades de. Instrução
que patriolicamente se tem organisado
pelo pais. SE
E, assim, julgando intrepretar- o sen-
tir do povo deste concelho, outro sim
proponho que no futuro orçamento seja |
inscripla’a verba necessaria para tal
fim; e, visto que existe na séde do con-
celho uma secção da Guarda Republica-
nã comandada por um oficial, mais [a-
cil ee torna a realisação desta justa as-
piração.
Como então dissemos,—e não é
demais repetil-o agora, quando o
governo decreta a mobilisação dú-
ma determinada classe de indivi-
duos apurados para o serviço mili-
tar mas sem “nstrueção militar,
afim de, depois de receberem qua-
tro semanas de instrucção intensi-
va de recruta, irem frequentar as
as escolas preparatorias de oficiais
milicianos,—a proposta foi apro-
vada por maioria, sendo regeitada
por alguns senadores democraticos.
“Mas, aprovada a proposta e re-
egada á comissão executiva – para
que esta oficiasse aos ministros da
guerra e interior, antes que o ofi-
cio tivesse seguido o seu destino—
se é que seguiu—já os habilidosos
faziam com que a comissão consi-
-gnasse na acta seguinte que o
ministro prometia o seu auxilio
para uma escola preparatoria nes-
te concelho.
Pelo que então demonstrei, era
no Liceu Colonial o ponto escolhi-
do pelos habilidosos de cá e de lá.
Foi assim, que se deu andamento
a uma proposta qne foi aprovada,
e que não sofreu emendas!
Por isso nós dissemos então, que
nem sempre nas actas se escrevia
O que se propunha e aprovava.
E o que na ultima sessão da co-
missão executiva veio a publico,
com todas as honras do escanda-
lo, é que as actas não estão lavra-
das. ;
Não devemos pois esquecer, por-
que é sempre bom lembrar, que a
Certã podia é devia ser heje séde
duma sociedade de Instrução Mili-
tar Preparatoria, se a politica de
habilidades que para ahi se tem
feito. sob a mascara de utilidade
dos povos, não fosse uma politica
anti-patriotica e anti-popular.@@@ 1 @@@
dm
N
Um alvitre para a for-|
mação da matriz predi-
al do concelho da Certã
Parece que a forma mais clara e .eco-
nomica de organisar a malriz predial
do concelho da Cerlã, visto que a que
existia foi totalmente destruida pelo in-
cendio de 4 de Fevereiro ultimo, Seria,
de qualquer maneira convidar todos ós
contribuintes que tenham predios neste
concelho, a apresentar onde lhes fósse |.
indicado e dentro do prazo que para
tanto se estabeleceria, uma relação, com
a deserição exala de cada um dos seus
predios, com o rendimento coletavel
que julgue equitativo, não. sendo, toda-
via, inferior ao que linham na matriz
destruida, O. que verificar-se-ia pelos Te-
cibos das contibuições do ultimo om ac-
tual ano, e por essas relações formar-
a matizo
Os contribuintes que não cumprissem
estê dever, os que indicassem rendi-
mento inferior e os que actualmente
não pagam contribuição e se julgasse
menos verdadeiro o valor indicado, . su
jeitar-se-jam, à inspecção divecta nos
seus predios. :
Para a mattiz ser feita pelas cader-
netas da anterior avaliação em 1887 a
1889, existentes no distrito, resultaria
um serviço imperfeilissimo, porque,
alem doútras razões, ha as seguintes :
41.2 Muilissimas mudanças e alterações
teem tido à maior parte dos predios
desde aquela data. 2.º Não serão muito |
“poucos ós’ nomes de ‘contribuintes ali
descritos que ha muito já não existem.
3.º Sendo assim feita, muito Lempo e
não menos despeza terão os contribuin-
“tes de perder em reclamações, acres-
centando mais uma vez que nunca po-
derá ficar um serviço perfeito. 4.º Com
a deserção feita pelos proprietarios,
certamente, num só prédio incluiriam
muitos numeros do das cadernetas, e
assim menos trabalho havaria na Repar-
partição “de Finanças, suprimindo arti-
gos superíluos e-facilitando a“ identifica-
ção dos predios. <>
Parece-me, pois, que asssim-poder-se-
ja evitar a inpecção divecta-em todo o
concelho.
236
a
“ANIVERSARIO
Passa hoje o 13 aniversario da Socie-
dade Musical Recreio. Artista desta
vila, pelo que felicitamos o seu Tunda-
dor e regente sr. Albano Ricardo M.
Ferreira; assim-como todos, os socios
executantes, que Lem sabido manter atra
vez mil vicissitudes, os seus creditos.
, de cobre, de lagar de
Caldeira azeite, vende-se em
bom-estado. Informações a Manuel Ina-
cio-Gil,—Peso— Amendoa.
1
“com perca da juridição e logar
, p Patria de Celinda
ANTIGUIDADES
“Extracto do-Foral dado á vil-
lada Certã por D. Manuel 1
Traslado do Foral da Sertá, do Priorado
do Crato, mandado passar por Dona Ma-
tia L com a data de 4790, existente na
Camara Municipal, (!) o qual tambem
existe na Torre do Tombo de Lisboa, da-
tado 20 de outubro de 4018:
A Ordem da Malta foi senhora dos
lagares-e moinhos, gado de vento, fór-
nos: de pão da villa, relego da dita vil-
la desde o domingo: de Ramos até à As-
cenção, durante o qual tempo o senho-
rio’da ordem vendia o seu vinho sem
outro poder ser: vendido: teve o direito
das fórcas, pena d’armas 200 rs. porta-
gem do pão, vinho, vinagre, sal, cal,
fructas verdes por individuos de fóra
da villa e termo: escravos 6 rs. gado
vacum’ 1 real, porco !/ real, coirama 8
rs., azeite, cêra, mel, cebo, unto, quei-
jos sêcos, manteiga salgada, pez, resi-
na, breu, sabão, alcatrão, 8 rs., pános
k 18. carneiro ‘e gado meudo 2 cep-
tis, (2) cavalos ‘e muates 2 18, burro 1
real, peles de coelos e cordeiros 8 rs.,
metaes 8 sr. ferro 4 rs., lelha,’Lijólo,
louça de barro e vidrada 3 rs., obra de
esparto, palma e junco 3 18;
PENAS DO FORAL. Aquele que levar
mais direitos do que os nomeados seria
degredado para [óra da villa e termo
Os of-
ficiaes dos ditos direitos que. tivessem
conhecimento de-tal crime e não punis-
sem o delinquente perderiam o seu of
ficio e não: poderiam haver outro,
(Gontinna)
P.. J. Marques de Macedo
(!) O da Camara Municipal da Certa de-
sapareceu no: incendio da noite de 3
para 4 de fevereiro de: 1917, posto
pelos presos João Farinha, de Proen-
ça a Nova e Francisco (Coelho, do
Nesperal.
0 ceplil ou ceilil foi moeda do tem-
po de D. João 1. Valia a sexta parte
dium real.
E CET!
Liceu Colonial
Recebemostama carta de Serna-
che na qual se fazem graves acu-
sações á administração e direção
daquele: estabelecimento.”
O que nela pela rama-se refere
será“aqui publicado, seo autor da
carta nos concretisar certos factos |
e os documentar, como diz poder
fan do a ou :
No caso contrario, não pense
nisso.
f E s
A MOSSA CARTEIRA
Seguiram para Tomar, devendo vegres-
sar ainda hoje, os srs. drs: Rebelo
d’Albuquerque, Dias Garcia e; Bernardo
de Matos,
— sta na Certã o sr. João» Geirinhas
que brevemente regressa a Lisboa.
—Segniu para Coimbra com pouca
demora o sr. dr. José Carlos Ehrardt.
— Está na Certã o sr. Blias Dias. Gra-
vo.
— om sua esposa esteve nesta, vila
o sr. dr. Gualdim de Queiróz.
—Regressaram da capital os srs, An-
tonio Augusto Rodrigues e esposa.
— Encontra se ainda na Covilha, o al-
feres da guarda Republicana sr. Masca-
renhas. :
—Regressou a Lisboa o sr. Ernesto
Nunes d’Oliveira,
ido
MAIS NOTÁRIOS
No: «Diario do Governo» 17 -do
corrente, veio publicado um decre-
to creando neste concelho com sé-
de em Sernache, um logar de no-
tario.
– Dizem-nos, que a creação de
tal logar contraria á lei do nota-
riado em, vigor, tem varios fins,
sendo o principal anichar um ami-
go e prejudicar os outros notarios
residentes na séde do concelho e
comarca, que estão pagando direi-
tos de encarte pelas . lotações dos
seus logares.
Ha tambem quem diga por ahi,
que a comissão executiva da ca-
mara municipal, numa pseudo ses-
são resolveu. apoiar junto do. Mi-
nistro «da Justiça a creação. de;tal
logar, sendo até este um dos mui-
tos e entre outros motivos: porque
as actas» se. não: acham lavradas,
nem se consente que as minutas
possam: ser vistas por certos: verea-
dores da executiva, como sucedeu
na ultima sessão: Í
Não dizemosque sim nem’ que
não. .
Nesta grande republica da An-
dorra certaginense tudo póde ser.
ALQUILARIA
DE
doaquim Bires Braxedes
Bairro de Santo Antonio —CERTÃ
Faz correiras para a estação de Payal-
vo e aluga carros como: mylord, cale-
che, coupé e char-á-banes.
Preços re=zumidos@@@ 1 @@@