O Renovador nº202 19-01-1974

@@@ 1 @@@

 

Ano IV — N.º 202 — AVENÇA

D RENDURDDR

19 de Janeiro de 1974

SEMANÁRIO DEFENSOR DOS INTERESSES DA REGIÃO FLORESTAL DO DISTRIMO DE CASTELO BRANCO — CONCELHOS DE: SERTÃ, OLEIROS, PROENCA-ANOVA E VILA DE REI

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:
Rua Lopo Barriga, 5-r/c — SERTA — Telef. 131

DIRECTOR E PROPRIETÁRIO:
JOSÉ ANTUNES

COMPOSIÇÃO E

IMPRESSÃO: I

Gráfica Almondina — Telef. 22109 — Torres Novas

vista para 36 toneladas.

mo à região,

se nos for possível.

Foi autorizada a construção

DA FÁBRICA DE AGLOMERADOS DE MADEIRA
reguerida para o Goncelho da Sertã

Por despacho do Secretário de Estado da Indús-
tria, de 12 de Janeiro, foi concedido alvará para uma
fábrica de aglomerados de madeira, a construir na
Sertã, e cuja produção, numa primeira fase, está pre-

Para o efeito será constituída uma Sociedade
com o capital social de 50 mil contos. Esta verba se-
rá subscrita em 60 por cento pelos 12 sócios funda-
dores, e a restante aberta aos industriais de serra-
ção e aos proprietários florestais,

A notícia trouxe a maior satisfação e entusias-

No próximo número daremos mais pormenores

Vai ser posta
a concurso
a obra
de construção

DA ESTRADA MUNICIPAL
N.º 529-1l ENTRE FIGUEI-
REDO E VÁRZEA DOS CA-
VALEIROS NO CONCELHO
DA SERTÃ

Por portaria publicada mno
Diário do Governo, 2,º Série de
5-1-74 foi concedida à Câmara
Municipal da Sertã a comparti-
cipação de 750 000$00, para a
obra de reparação da E. M. n.º
529-1 (Proc. n.º 38/MR/58) no
troço entre Várzea dos Cavalei-
ros e Figueiredo.

O montante a investir é de
900 contos sendo à comparti-
cipação de 750 contos, corres-
pondendo 250 c. a 1978 e 500 c.
a 1974.

A Câmara Municipal da Ser-
tã vai pôr imediatamente à
obra a concurso público.

Notícias

de
Vila de Rei

NOVAS ELECTRIFICAÇÕES

Vão iniciar-se muito em bre-
ve os trabalhos de electrificação
dos lugares de Vilar do Ruivo,
na freguesia da Fundada, Por-
tela e Boafarinha, na freguesia
de Vila de Rei e Vale da Urra e
vizinhos, na freguesia de São
João do Peso.

Os primeiros foram já adjudi-
cados à Firma de Castelo Bran-
co, Lúcio Ribeiro Costa, Filhos,
m a

As obras a fazer importam
em cerca de 2 000 contos.

MADEIRÃ! PRESENTE…

Eis-nos em 1974! Ano que por cer-
to vai ser diferente de todos os ou-
tros. Assim é sempre, no início de
cada ano, sempre a esperança de um
ano melhor.

1974 poderá ser melhor, se souber-
mos querer isso mesmo.

Com boa vomtade vamos cancretl

À Junta de Freguesis, à Comissão
de Festas e à Faróquiã—, certamente

que esta data não lhes passará des-
percebida. A elas cabe a iniciativa
desta comemoração importante, que
é o centésimo aniversário da Capela

Continua na 2.º página

CEPSA, quer dizer, Curso do
Ensino Primário Supletivo pa-
ra Allultos

Graças ao empenho do Go-
verno, e a diversas demarches
de alguém, foi criado neste qua-
se centro geodésico da Pátria
e sede de freguesia em que ti-
vemos a honra de nascer, o
curso em epigrafe. As aulas
tiveram já o seu início no pas-
sado dia 10 e estão a ser fre-
quentadas por 18 alunos. Se-
gundo também já foi informa-
do no número amnterior deste
semanário, este curso destina-
-se a proporcionar educação
básica aos indivíduos que não
concluiram a habilitação cor-
respondente — à — escolaridade
obrigatória e a promover o
aperfeiçoamento € actualização
dos conhecimentos integrantes
do ensino básico em ordem a
alcançar-se a melhor inserção
dos indivíduos nas actividades
profissionais e mna sociedade.
Bem haja a quem deu início a
tal arrancada e que o futuro
nos dê grandes êxitos.

Edifício Escolar

À velha telha de canudo, do
antigo Edifício Escolar, desta
sede de freguesia, há já alguns
dias que está a ver junto de si,
a nova telha marselha para a

zar as nossas aspirações, d
mas lógicas, de primeira necessidade
para a nossa terra. ,,

Não serão só empreendimentos
materiais, para os quais contamos
com resoluções acertadas e inteli-
gentes por parte dos responsáveis.

Encaremos também, tudo o resto
de ordem moral, cultural ou religio-
sa. Comemoramos este ano o cen-
tenário da Capela do Senhor do Vale
Terreiro. E numa acção de graças
recordemos aquele que foi o grande
benemérito da Madeirã.

A PEDIATRIA
NO CENIRO DE SAÚDE DA SERTÃ

O curioso quadro de 5 pares de gémeos

Um bebé que chora, ao ver-se
denudado pela mãe. Aqueloutro
que pede a chupeta-

Acolá, outro que esperneia,

fazendo a villa negra à enfer-
meira que quer anotar o peso,
a altura e todos os demais ele-

RENOVAÇÃO É

mentos necessários à elabora-
ção da ficha individual.

No gabinete ao lado, (do mé-
dico pediatra), um outro que
tenta algumas notas soltas, co-
mo que a preparar-se para in-

Continua na 3.º página

VIDA

AS AUTO-ESTRADAS
e quem delas beneficia

DEIN Vias dêe COMMUNICAçÇãÃo não
poae haver progresso.

J4 naão e a primeua vez que
o arirmo.

Farece-me oportuno voltar
ao assunto, tanco mais que a
construção das auto-eswradas
continua na ordem do dia.

Recentemente a imprensa
fez-se eco de problemas admi-
nistrativos surgidos por virtu-
de de adjudicação da empreita-
da da construção da auto-estra-
da do Norte, prestes a ser uma
realidade.

O assunto daria, como bem
diz o nosso povo, «pano para
mangas». Seria um assunto
quase inesgotável, Já foi muito
comentado e continuará a sê-lo.

Todos nós estaremos aptos,
com mais ou menos segurança,
a traçar as auto-estradas, so-
bre um mapa de Portugal. Tal-
vez cada um tenha as suas.

Mas atrevo-me a convidar o
leitor, mesmo aquele leitor que
confunde desporto com futebol
e outras coisas mais, a debru-
car-se um pouco sobre um ma-
pa das estradas da Península
Ibérica e nele localizar as nos-
sas auto-estradas, observando
com cuidando o seu traçado-

É fácil verificar que os nos-
sos vizinhos espanhóis cons-
truiram as suas vias de comu-
nicação terrestres de maneira a
cobrir ou a tormar coberto to-
do o território espanhol, moti-
vo, pelo qual, após uma guer-

UNI

ra intestina que deixou o País
esfacelado, ele se encontra em
franco desenvolvimento.

E nós já reparámos bem no
traçado das nossas auto-estra-
das? Não seria melhor para
muitos portugueses que os nos-
sos antigos conquistadores ti-
vessem definido uma linha di-
visória de modo a que com ex-
cepção do litoral, tudo o mais
pertencesse à Espanha?… Pelo

Continua na 2.º págino

substituir. — Conforme — nosso
apelo no nosso periódico de 15-
-12-73, vamos dar alguns nomes
e indicar importâncias que nos
foram enviadas para a repara-
ção do edifício em causa: Luís
Lobato Martins (Lisboa), 1008;
José da Silva Mendes (S. Do-
mingos de Rana), 100$; Vitori-
no da Silva (até há pouco emi-
grado na Alemanha e agora, se-
gundo nos informou, de todo a
residir nesta sede de freguesia,
sua terra natal), 100$00-
Desde já agradecemos e fa-
Continua na 2.º página

Boatos
€ Certezas…

Pensões de velhice
da Casa do Povo

Há quem afirme que toda e
qualquer pessoa que trabalhe ou
tenha trabalhado na agricultura
nos últimos 5 anos, tem direito
a ser benefíciário da Casa do
Povo (a receber as regalias que
esta oferece), e a receber a pen-
são de velhice, se tiver idade
superior a 70 anos.

A verdade, porém, é outra:

São sócios beneficiários da
Casa do Povo apenas os traba-
lhadores rurais e aqueles que
lorem a eles equiparados. Mas
só poderão ser equiparados a tra-
balhadores rurais aqueles que,
de facto, tiverem um nível de
vida semelhante ao dos trabalha-
dores rurais.

Embora seja um pouco difícil
estabelecer, em casos concretos,
o que significa ter um nível de
vida semelhante ao dos trabalha-
dodes rurais, há casos nítidos em
que os rendimentos e os depósitos
bancários esclarecem os dirigen-
tes do Organismo que têm de de-
liberar sobre a equiparação.

O facto de alguns desses diri-
gentes serem de malha mais lar-
ga nos seus critérios (que não
sabemos como apoiarão na Lei),

Continua na 2.º página

Também vos trago as minhas lá-
grimas, queridos leitores de «O Re-
novador».. Sempre fui ave de ninho
e o meu ninho foi abalado por tor-
menta não digo cruel porque a mão
de Deus é sempre doce e miseri-
cordiosa, mas por tormenta grande
para o meu coração tão pequeno.
Faleceu meu pai, Em Cernache do
Bonjardim, onde passou seus últi-
mos dias de longa provação com
que Deus, ássim o espero, o terá
purificado, — o fui encontrar mui-
to mal. O Dr. Santos Farraia — à
mesma delicadeza, como num re-
lance pude reconhecer — disse que
nada havia e fazer., Veio meu pal
assim para a Fundada e ali, após

Aguarela triste

Pelo Padre João Maia

prolongada agonia, veio entregar
suva alma ao Senhor.

É com a aálma amarfanhada de
saudade que evoco o seu rosto ilu-
minado ao receber a visita dos fi-
lhos e netos que todos o adoráva-
mos. Revia-se com afecto no filho
padre que parece no carácter sa-
cerdotal tinha título a carinho pre-
dilecto. Pobre camponês, simples,
desprendido, afectuoso, penso que
Deus lhe terá dado um tempera-
mento algo infantil que terá passa-
do um pouco para 0 filho. Com
minha santa mãe faz da minha in-
fância uma infância feliz e só me
deu alegrias na vida adulta e de

Continua na 2.º página

O E PROGRESSO

 

@@@ 1 @@@

 

Página 2

De semana a semana

(De 7 a 13 de Janeiro )

EM PORTUGAL

7 — A Faculdade de Letras de
Lisboa conferiu o grau de doutor
«honoris causa» aos professores Mar-
cel Batailion, da França; Pierre Birot,
catedrática da Sorbonne; Dâmaso
Alonso, da Universidade de Madrid;
Enwin Rosentkal, da Universidade de
S. Paulo, e José de Azeredo Perdi-
gão, presidente da Fundação Gul-
benkian.

— As vilas de Quibala e Porto Am-
boim, em Angola, foram elevadas à
categoria de cidades.

8 O dr. Geerthvan Loest, irmão
do ministro dos Estrangeiros da Ho-
landa, declarou ao «Notícias» de Lou-
renço ‘Marques que, depois do que
vira, acreditava na nossa política ul-
tramarina.

— Em Lourenço Marques, um in-
formador oficial disse que 108 ele-
mentos da Frelimo entregaram-se nos
últimos dias às nossas autoridades,
não tendo um dos fugitivos conse-
guido alcançar a liberdade por ter
morrido crivado de balas.

9 — O dr. Rui Patrício, ministro
dos Estrangeiros, foi recebido, em
Paris, pelo Presidente Pompidou,
tendo sido examinados todos os as-
pectos das laçõ fr portu-
guesas.

— A Frelimo reduziu a cinzas duas
aldeias de nativos indefesos, a cer-
ca de 40 quilómetros de Porto Amé-
lia. Trata-se das povoações de Im-
bada e Sitate. Os bandidos puseram-
-se em fuga.

10 — O Governo concedeu a Cabo
Verde um crédito, não reembolsável,
de 380 mil contos para fazer face
à seca.

11 — Perto de Nova Lisboa, em
Angola, deu-se um choque entre um
comboio de passageiros e outro de
mercadorias. Houve nove mortos e
cinco feridos em estado grave., O aci-
dente foi devido a não se ter feito
a manobra das agulhas.

12 — Não se conformando com a
decisão da cimeira árabe de Argel, o
Líbano recusa-se a cortar relações
com Portugal.

13 — Em Dezembro, a Inspecção-
-Geral das Actividades Económicas
apreendeu 24 mil litros de gasolina,
10 mil litros de gasóleo e 900 boti-
jas de gás butanq.

Ecos de Fundada

Continuação da 1.º página

zemos votos para que a lista
continue e para que dentro em
breve vejamos o dito edifício
(pelo menos na parte exterior)
com aspecto de novo.

Falecimentos

Com 67 anos de idade, fale-
ceu em sua residência, nesta
sede de freguesia, o sr. José
Martins, pedreiro. Deixa viúva,
filhos e netos. Teve morte re-
pentina.

— No passado dia 18 de De-
zembro, faleceu também na sua
residência em Abrunheiro Gran-
de a sr.º D. Maria Florinda. Era
viúva e deixa dois filhos e ne-
tos. Tinha 87 anos.

— No dia 23 do mesmo mês
faleceu no lugar de Vilar do
Ruivo a srº Maria do Carmo.
Era viúva. Tinha 64 anos. Dei-
xa filhos e netos.

— No dia 9 do corrente, no
lugar da Cabeça do Poço, fale-
ceu o sr. Manuel Rodrigues dos
Santos (Anas). Tinha 80 anos.
Deixa viúva, filhos e netos.

A todas as famílias enluta-
das apresentamos sentidas con-
dolências. —(C.)

NO MUNDO

7 — O cientista colombiano, dr.
Afonso Bonilla Naar, afirma ter des-
coberto uma «vacina milagrosa» con-
tra o cancro.

9 — Gerard Ford, vice-presidente
dos Estados Unidos, deu a entender
que o seu país poderá suspender o
envio de alimentos para os Árabes
se se mantiver o embargo do pe-
tróleo.

— Os cinco terroristas presos no
Koweit, autores do massacre no aero-
porto de Roma, disseram ter sido
apoiados pelo coronel Kadhafi, da
Líbia.

10 — As nações produtoras de
petról à um
to dos preços do petróleo bruto, du-
rante um período de 3 meses.

— O Koweit minou os seus cam-
pos petrolíferos na previsão duma
intervenção militar norte-americana.

11 — Devido às greves dos minei-
ros e dos ferroviários e ainda à falta
de combustíveis, agrava-se a crise
na Inglaterra.

— Nixon propõe uma reunião, no
mês de Fevereiro, em Washington,
de mini dos à i
ros dos principais países industriali-
zados para delinear uma política de
energia comum.

12 — A gasolina aumentou 25,9
por cento em Espanha e 70 por cen-
to na Grécia.

— A produção mundial de petró-
leo teve em 1973 um aumento de
225 milhões de toneladas.

13 — A Tunísia e a Líbia uniram-
-se num só Estado com a designação
de República Árabe Islâmica.

Condições
de Assinatura

VIA NORMAL

Portugal Oontinental
e Ultramarino, Brasil e Espanha
100$00
Estrangeiro: 180$00

VIA AÉREA
(Pagamento adiantado)

Províncias Ultramarinas: 2008.
Estrangeiro: 250800

NOTA — Tce… as importâncias
nos podem ser remetidas em
vale de correio, cheque ou di-
nheiro de qualquer nacionalida-
de ou ainda os Srs. Assinantes
encarregarem quem nos efec-
tue directamente as liquidações.

As assinaturas devem ser pa-
gas adiantadamente.

Para o Ultramar Português
e Estrangeiro não fazemos co-
branças através dos C.T.T.

Margarida de Jesus
Ferreira

Os filhos, nora e genros de
Margarida de Jesus Ferreira,
vêm por este meio agradecet
muito reconhecidos a todas as

que visitaram a sua
querida mãe durante a sua
doença, na sua casa na Sertã e
em Lisboa onde esteve em tra-
tamento duma . maneira espe-
cial ao seu médico assistente
sr. dr: Rogério Marinha Lucas,
pela forma dedicada e carinho-
sa como sempre a tratou.

Aproveitam o ensejo para
agradecer a todas as pessoas
que se dignaram acompanhá-la
à sua última morada e lhes
apresentaram condolências. Fa-
zem-no por este meio a fim de
evitarem qualquer omissão.

A todos o seu profundo reco-
nhecimento.

O RENOVADOR

19 de Janeiro de 1974

As funções de
Presidente da Câmara

«As funções de Presidente da Câ-
mara revestem-se de grande delica-
deza e de grande autoridade, devido
à missão de representação do Go-
verno como Magistrado Administrati-
vo e de ser o primeiro responsável
pela Administração Municipal, reves-
tindo-se a sua magistratura de maior
dignidade por responder, de modo
particular, pela satisfação dos interes-
ses dos munícipes, que no seu Pre-
sidente têm sempre os olhos. E es-
ses interesses serão tanto melhor
servidos, quanto mais identificado
estiver o Presidente da Câmara com
a ori ão do Governo.

Para melhor seguir as linhas mes-
tras a que acabo de me referir, é
necessário não as sacrificar às pe-
quenas políticas de grupos ou fac-
ções.

A fidelidade ao interesse geral, re-
side na política do Governo, na po-
lítica da unidade definida por Sua
Ex.* o Presidente do Conselho.

Servir a administração na Pres’dên-

às uuio-esiradas

e quem delas
beneficia

Continuação da 1º página

menos a «Beira Baixa espanho-
la» estaria mais bem servida de
vias de comunicação!

Não se vá pensar que sou
adepto da – inexplicável união
peninsular,.a meu ver só admis-
sível em teoria, embora me re-
pugnem os exagerados patrio-
tismos.

O fim que tenho em vista é
uma geral tomada de consciên-
cia da parte do povo português
de modo a apercebermo-nos da
maneira e com que intuitos as
nossas auto-estradas vão ser
rasgadas. |

Poderão, é certo, ter alguns
fins turísticos, comerciais ou
industriais. Não o nego- – Uma
coisa é certa, só aparentemente
poderão ter em vista o bem co-
mum do Povo Português e a
integral cobertura do Território
Nacional. E não deveria ser
esta única finalidade das auto-
-estradas?…

J. J. Cristóvão

Madeirã!
presente…

Continua na 1.º página

do nosso Padroeiro pela qual têm
desfilado milhares de fiéis nas suas
preces ou no cumprimento de pro-
messas por graças recebidas.

Ela ali está, e ficará para sempre
através dos tempos e das gerações
a lembrar a generosidade do nosso
conterrâneo.

Gratos à sua memória vamos to-
dos unir-nos numa simples comemo-
ração, simples como o grande be-
nemérito: de fraternidade como os
seus exemplos e sincera como o seu
desinteresse no bem-fazer.

Nos tempos e
em que vivemos seria bom que to-
dos os homens aproveitassem a lição
que nos deu, com a sua simplicidade
e o seu extraordinário exemplo.

Esperemos que assim seja, que ela
venha a ser compreendida, porque al-
guns. existem na nossa terra que po-
dem fazer alguma coisa em prol da
Madeirã,

E por agora simplesmente isto: —
Perdão, senhor, por tão pouco te
conhecer. Abre agora os olhos, se-
nhor, olha a terra e semeia nela.

António de Matos
(Alverca)

Maánta de Retaálhos

cia da Câmara, implica uma fidelida-
de a esses princípios e uma eficácia
na satisfação das necessidades públi-
cas, sabendo conciliar os interesses
locais com os do distrito e da Na-
ção, tal como são definidos pelos
órgãos da Administração autárquica
distrital e pela Administração Cen-
tral» (…)

(Cap. Manuel Geraldes Nunes,
Governador Civil de Castelo
Branco)

Valor da exportação
do petróleo de Cabinda

Durante o ano de 1972, foram ex-
portados de Angola 6 234 985 tonela-
das de petróleo de Cabinda com o
valor aproximado de 2,5 milhões de
contos.

As exportações durante o ano de
1972 foram as seguintes: Canadá,
16526535 barris, com 2269161 to-
neladas; U. S. A / Trindad, 13 452 138
barris com 1807647 ton; Japão,
99340989 barris, com 1327488 ton.;
Lisboa, 3 618 570 barris, com 484 948
ton.; Espanha, 1926141 barris, com
258 709 ton.; Luanda, 600 743 barris,
com 80790 ton; e Dinamarca,
505 445 barris, com 6242 toneladas.

Na Guiné

o rendimento «per capita»
é superior à maioria
dos territórios africanos

A Guiné Portuguesa, segundo cál-
culos do Banco Mundial, publicados
em 1972, dispõe dum produto inter-
no bruto de 250 dólares «per capita»
número este manifestamente superior
à grande maioria dos países africanos.
A título de comparação, segundo da-
dos igualmente provenientes do Ban-
co Mundial, em 1967 — quando a
Guiné Portuguesa dispunha de um
rendimento por habitante da ordem
dos 210 dólares — igual índice era
para os seus vizinhos, Senegal e Re-
pública da Guiné, respectivamente,
190 e 90 dólares. Lembramos que a
média dos países africanos ainda hoje
pouco ultrapassa os 100 dólares.

O sector fundamental da economia
guineense é o sector primário, desi-
gnadamente a agricultura, e é nele
que incide grande parte do esforço
governamental, através das duas coor-
denadas que são a construção ou am-
pliação de aldeamentos, dotados dos
respectivos equipamentos colectivos
(poços, fontenários, escolas, postos
sanitários, mercados, etc.) e a insti-
tuição do cooperativismo agrícola e
agro-pecuário. É perfeitamente com-
preensível a particular ênfase que se

de à reestruturação rural, se
pensarmos que a maior parte da po-
pulação activa da província vive de-
pendente do sector agrícola, e que,
portanto, só uma actuação directa
sobre este poderá conduzir à efectiva
melhoria das suas condições de vida
e de bem-estar.

A frota mundial de petroleiros
continua a aumentar

A frota mundial de petroleiros so-
mava no primeiro de Junho um to-
tal de 232324 364 toneladas de peso
morto, o que representa um incre-
mento de 15800000 toneladas so-
bre as cifras de Janeiro deste ano.

Todas as frotas petroleiras da pri-
meira fila aumentaram a sua tonela-
gem, figurando a Libéria em primeiro
lugar.

A ordem de classificação das ou-
tras principais frotas segue sem va-
riação com o Reino Unido em segun-
do lugar, o Japão e a Noruega.

O Japão está aumentando rapida-
mente a sua frota e se dispõe a ocu-
par o segundo posto depois da Li-
béria, no quadro de classificação das
frotas petroleiras mundiais.

Em Janeiro de 1972 a sua tonela-
gem total estava nuns quatro milhões
de toneladas abaixo da tonelagem
do Reino Unido e, aproximadamente,
1800 000 toneladas atrás da Norue-
ga. A distância em tonelagem com
respeito ao Reino Unido foi reduzida
para 1467 729 toneladas de peso mor-
to a 1 de Janeiro, quando o Japão
passou a ocupar o terceiro lugar.

AGUARELAS

Continuação da 1.º página

sacerdote. Ainda na sua última e
prolongada doença, quando o visi-
tava, rezava com ele a oração da
noite e dava-lhe todas as notícias
que o podiam alegrar. A tristeza
saudosa que pesa na minha alma
não me deixa relatar aqui algumas
conversas que tive com ele. Mas
talvez um dia o faça. Meu pai ado-
rável que acreditava em todas as
verdades da Fé, não acreditava que
os homens tivessem ido à Lua…
Nem isso interessa grande coisa.
Posso dizer que era muito estima-
do pelos meus conterrâneos. Visi-
tavam-no muito e era para ele uma
alegria reconhecer quem passava
quando, no seu carrinho de invá-
lido, tomava o sol junto da casa.
A lição da morte, invariável, é que
só o bem que se fez e amou é
preparação para o grande passo.

Peço aos meus quaridos leitores
de «O Renovador) uma prece pela
alma de meu querido Pai e pelo
filho agora desamparado na terra
por sombra tão mansa. É-me de
consolação ter no céu, assim o
espero, quem na terra tanta ale-
gria, carinho e ternura deu aos
seus. Bendita seja a misericórdia
de Deus e a luz da Fé!

P. João Maia, S.J.

Boatos e

Continuação da 1.º págins
não significa que estejam na
razão.

Em qualquer hipótese, todos
os que requereram a equiparação
à categoria de trabalhadores ru-
rais e viram indeferido o seu pe-
dido, poderão reclamar desse
7 7 para o Deleg
do Instituto Nacional do Traba-
lho. Pode ser que sejam aten-
didos…

Saneamento – de
Cernache do Bonjardim

Consta que alguns moradores
da vila de Cernache do Bonjar-
dim estranham que tendo-se ini-
ciado há cerca de três anos os
trabalhos de construção da rede
de saneamento da sua vila, ain-
da não seja possível utilizá-la.

certezas

A verdade, porém, é outra:

Todos os moradores da vila
de Cernache do Bonjardim em
cujas ruas foram construídos os
esgotos, e que também já viram
executados os ramais para as
suas casas, podem, quando quise-
rem, proceder à ligação das ca-
nalizações das suas casas, à rede
de colectores públicos e servir-
-se deles.

Naturalmente, os moradores a
quem ainda não foi apresentada
a conta dos ramais pela Câmara
Municipal, pensarão que os mes-
mos não poderão ser utilizados
enquanto não for pago o respec-
tivo custo. Mas, o facto de à
Câmara não haver ainda sido
pago o montante do serviço prestado aos moradores, não é razão
para impedir que o melhoramento seja utilizado

 

@@@ 1 @@@

 

19 de Janeiro de 1974

O RENOVADOR

Gusa do Povo do Orvalho é nolícia

Com pedido de publicação re-
cebemos o artigo que segue o
qual desejávamos ter publicado
no número anterior. Como, po-
rém, a falta de espaço no-lo im-
pediu, mas saiu a lume nou-
tros semanários regionais, apro-
veitamos para publicar a respos-
ta. E damos o assunto por en-
cerrado.

Com o título acima, publicou
o jornal de que V. Exº é mui
digno director, no seu número
199, de 29 de Dezembro findo,
uma tocal acerca de eleições na
Casa do Povo de Orvalho.

Não era intenção nossa trazer
a lume tal assunto, mas dada a
preocupação com que ficou a di-
recção eleita depois da «tal ma-
nifestação de apoio» verificada
nesse dia 16 de Dezembro, não
podemos deixar de elucidar o pú-
blico, que de certo modo des-
conhecedor da veracidade dos
factos, pode acreditar em tal no-
ftícia. Esta nota é pois mais um
esclarecimento, que propriamen-
te uma resposta.

Pois é verdade que quiseram
fazer aceitar a tal lista B, mas
não tão «extemporaneamente»
como diz o articulista, pois ela
deu entrada nos serviços do
LN.T.P., primeiro particular-
mente, em 2 de Novembro, e de-
pois com carácter definitivo, em
carta registada, em 13, quando
o prazo para apresentação da
mesma ia até 20 do mesmo mês.

Quanto às tais assinaturas tão
faladas e criticadas, como se ti-
vessem sido feitas para levar a
cabo algum crime, foram apenas
o cumprimento da lei, que diz
ser necessário um número não
inferior a 50 para credenciar
qualquer lista, neste caso a nos-
sa lista B. Em vez de 50, trou-
xeram-nos 180, encontrando-se
algumas delas ainda em nosso
poder, pois não eram necessá-
rias tantasl…

— Certamente neste número, não

vinha ainda incluída a tal velhi-
nha de Cambas, cuja mentira ta-
manha nos não espantou, dado
que já vamos estando habitua-
dos a calúnias que não lembra-
riam ao diabo.

Quer o articulista fazer acre-
ditar que se difundiu o boato que
no Orvalho não havia eleições!
Confundirá o articulista eleições
com lista B? Esta sim, vimos e
ouvimos difundir que não apare-
cial Não porque desistisse, mas
sim porque a aniquilaram desde
início. — Pobre lista que nasceu
com pouca sortel Primeiro, ten-
do errado o seu caminho, não
teve sequer um «salvadom que
lhe mostrasse o caminho da sal-
vação, tendo para ali ficado tom-
bada, como que já à espera de
arquivo! Porque seria? Depois as
calúnias espalhadas em todos os
quadrantes foram tantas, os ser-
mões foram tão bem encomen-
dados, recomendados e apresen-
tados (os paroquianos de Cam-
bas que o confirmem) que já
seria difícl um futuro risonho!

Houve eleições! Dos mil du-
zentos e tantos sócios, parece
terem votado 324. Alguns destes
seriam certos, mas outros hou-
ve que votaram, só porque, ha-
vendo lista única, pareceria mal
não ir, outros ainda amedronta-
dos, porque lhes diziam que cor-
tavam os subsídios e eu sei lá,
tantas outras que se inventa-
raml…

Não compreendemos para quê
tal preocupação, pois sabendo-se
com todo o jogo, certa estava
a vitória.

Não tolera o articulista a ideia
de se ter indicado um membro
de cada freguesia na tal infeliz
lista B. Precisamente porque não
tolera a ideia de que a Casa do
Povo é de todos e não é de
ninguém. Para ele a Casa do Po-
vo é pertença da família e dela
não se pode desfazer, custe O
que custar, nem que para isso
seja necessário contrariar a ver-
dade.

É verdade que o tal funcioná-
rio remunerado houve tempo em
— que fazia de tudo! Fazia de tudo,
mas para bem do organismo, pa-

ra o amparar e dar-lhe sobrevi-
vência, pois atravessou-lhe o pe-
ríodo difícil em que o organismo
era mal encarado pelos associa-
dos, que viam na Casa do Povo
apenas a obrigação de pagar co-
tas e os benefícios eram poucos
e magros. A atestá-lo apenas um
exemplo: A nossa Casa do Povo
tinha então um «quadro» para
sete inválidos e para nele entrar
um, tinha que se esperar pela
morte de outro! Assim, sendo um
período difícil e em que ninguém
queria estar à frente do organis-
mo, esse funcionário chegou a
ver-se quase só com o presiden-
te e neste caso como funcioná-
rio cumpridor € competente que
sempre foi, teria que contribuir
com toda a sua força de von-
tade e possibilidades, ajudando
o presidente em tudo o que es-
tivesse ao seu alcance. Mas mes-
mo com todas estas crises e di-
ficuldades, parece-nos que então
nunca se chegou a estar três e
quatro meses sem se pagarem
subsídios, pensões de invalidez,
ordenados, etc., como já acon-
teceu na gerência da direcção
presente! Ao médico da Casa do
Povo ouvimos dizer em certa al-
tura que havia seis meses lhe
não pagavam honorários!… De
fonte segura sabemos que a cul-
pa não era das esferas superio-
res. De quem seria, então? Por
onde andaria esse dinheiro? An-
tes ele estivesse nas mãos do
tal funcionário remunerado!…
Para bom entendedor, meia pa-
lavra basta.

Haveria muito que dizer, mas
é preferível pôr ponto final no
assunto. Apenas queremos dizer
que estamos satisfeitos por nos
encontrarmos airosamente sem o
peso das responsabilidades que
iríamos —enfrentar. Apenas um
desabafo: Temos pena que a
nossa Casa do Povo não tivesse
na verdade um «salvador» e nem
sequer quem lhe assistissel…

A QUE FOI LISTA B

Resposta

Depois da réplica ao artigo
com o mesmo título, não pode-
ria ficar indiferente e na quali-
dade de dirigente do Organis-
mo, peço a V. Ex.º um pouco do
precioso espaço no Semanário
que dirige. Porque já se escreveu
e falou demais sobre o assunto,
vou tentar ser preciso e breve
nas minhas considerações.

1 — Razão tinha o articulista
em afirmar que «houve quem
extemporaneamente quisesse fa-
zer aceitar uma lista, a tal lista
B». O artigo 29º do decreto
445/70 diz o seguinte: 1. A di-
recção da Casa do Povo, no ano
em que findar o exercício e até
ao dia 31 de Outubro, apresen-
tará ao presidente da mesa da
assembleia geral listas das can-
didaturas para os corpos geren-
tes a eleger para o triénio ime-
diato; 4. No prazo referido no
n.º 1 poderão ser apresentadas
outras listas elaboradas, confor-
me se dispõe nos números an-
teriores e subscritas por um nú-
mero de sócios correspondente
a 10 por cento do total dos mes-
mos sócios, não sendo, em todo
o caso, necessário para o efeito
número superior a cinquenta.

— além disso foi recebido pe-
lo escriturário (que abre e re-
gista o correio) uma circular do
Ex.Ӽ Delegado do |. N.T. P., bas-
tante esclarecedora e que man-
dava afixar cópia dos artigos 27.º
ao 38.º na sede da Casa do Po-
vo. Eu próprio copiei e afixei,
sublinhei e realcei, que se tra-
tava de eleições e até escrevi
que era necessário estarem as
cotas em dia. Repito: afixei no
dia 13 de Outubro, tempo sufi-
ciente para apresentação de mais
listas no prazo legal. Para quem
tão desinteressadamente concor-
ria a este acto público é muito
ter querido no dia 8 de Dezem-
bro (precisamente a 8 dias do
acto eleitoral) ter chamado a sua
casa o Presidente da Mesa e ter

tentado convencê-lo a aceitar a
lista B.

2 — Quanto às assinaturas
(não são elas que ganham as
eleições, servem sim para a apre-
sentação da lista) procedeu-se
do seguinte modo: no Vilar Bar-
roco eram precisas 25 assinatu-
ras na Casa do Povo para en-
viar para a Covilhã. Para quê,
não sei. Em Cambas eram pa-
ra um melhoramento. Em Janei-
ro de Cima eram para criar uma
Delegação.

3 — O boato foi difundido
na noite de sábado e domingo
de manhã (havia muito para di-
zer). E tal foi a confusão cria-
da, que a uma hora do início da
votação ainda me telefonaram do
Vilar Barroco, se havia eleições.
A pessoa que perguntou já sa-
bia que havia só uma lista. E
queria vir, como veio. Mas não
queria perder as suas passadas
inutilmente.

4 — Onde estão ou onde es-
tavam esses mil e tantos sócios?
Na França, nas azeitonas, doen-
tes na cama? Mesmo assim vo-
tou-se em massa, pois até hou-
ve quem para se desculpar do
não cumprimento do seu dever
afirmou que nem ela nem o ma-
rido se podiam ausentar do seu
estabelecimento, tal era o nú-
mero de forasteiros que invadiw
no bom sentido da palavra, a
nossa terra.

5 — Realmente não me admi-
ro nada de o artíiculista da que
foi lista B ter afirmado que no
tempo dele o escriturário tinha
de fazer de tudo, mas é pena
que isso não ficasse escrito, pois
quanto a actas de reuniões des-
sa altura nada consta.

6 — Como o escriturário tem
que cumprir 36 horas semanais
para ter a totalidade do venci-
mento, e enquanto eu lá estiver
assim será, compreendo tame-
nha vontade de me ver pelas
costas.

– 7 — Quanto ao pagamento se-
rá melhor perguntarem aos invá-
lidos e consultar o tesoureiro.
Quanto ao médico, da Casa do
Povo talvez os 6 (seis) meses
fossem de espera de aumento do
vencimento. Tenho conhecimen-

to que bem recentemente um
funcionário público esperou três
meses pelo seu vencimento, por
ter mudado de categoria.

8 — Quanto ao bom enten-
dedor talvez queira convencer
alguém, por exemplo em Alma-
ceda e não ao articulista C, que
teve a preocupação de não bulir
em interesses profissionais fos-
se de quem fosse, porque se-
não… compreendido?…

9 — Quanto aos «salvadores»
a Casa do Povo não precisa, póis
é um Organismo Oficial e foi
sempre minha preocupação es-
clarecer os beneficiários que 6s
subsídios que recebiam não eram
esmolas, mas que tinham a eles
direito. Para isso posso apresen-
tar as testemunhas que quise-
rem. Ainda no domingo, em Ja-
neiro de Cima, me foram lem-
bradas as palavras que tive an-
tes do pagamento de Novembro
«Quer eu fique quer não fique
quero esclarecê-los que tudo o
que têm recebido não é esmo-
la de ninguém mas é fruto da
política levada a efeito pelo pre-
sente . Governo». Para terminar
muito me admira «de que a que
foi lista B» não respondesse 12os
problemas levantadas, por exem-
plo, do indicado para tesoureiro
ter em Outubro 24 meses de
cotas em atraso e queixar-se des-
sa lista ter nascido em má ho-
ra e não tivesse um futuro ri-
sonhol…

O Presidente da Direcção

AA

Página 3

Notícias Pessoais

ANTÔNIO MENDES

Passou as férias do Natal
com sua família em Vilar do
Ruivo (Fundada) o nosso assi-
nante na Alemanha, sr. Antó-
nio Mendes. ‘Teve a oportunida-
de de nos fazer uma visita nes-
ta Redacção, o que agradece-
mos, assim como agradecemos
a importância de 50$00 que dei-
Xxou para as obras da casa do
nosso protegido João Gonçal-
ves de Roda (Oleiros).

ARMANDO DIAS

Tivemos o prazer de cumpri-
mentar na Sertã o nosso assi-
nante em Lisboa, sr. Armando
Dias, que muito amavelmente
fez de sua esposa também nos-
sa assinante. Muito gratos pela
gentileza, desejamos ao casal
as maiores felicidades.

VITORINO DA SILVA

Regressou da Alemanha on-
de há anos se encontra, como
emigrante, o nosso estimado
assinante, sr. Vitorino da Silva,
natural de Silveira (Fundada),
que assim volta de novo à sua
terra natal.

Desejamos-lhe feliz regresso
e as maiores felicidades.

À Pediatria no Gentro da Sertã

Continuação da 1.º página

gressar na orquestra… que es-
teve sempre em acção.

Foi este o quadro que encon-
trámos, há dias, em visita efec-
tuada ao Centro de Saúde da
Sertã.

Já mo seu número 198, de 22
de Dezembro último, «O Reno-
vador», em artigo de fundo,
dava a conhecer o que são «Os
Centros de Saúde e as suas fun-

ções».
Procuramos, sem sombra de
dúvida, informar os mnossos

leitores das actividades ali de-
senvolvidas.

O RENOVADOR É O SEU JORNAL

ASSINE-O
E ENVIENOS NOVAS ASSINATURAS

Manuel Mendes Murtinho
Júnior & Irmão

EMPREITEIROS

Fornecedores de materiais de construção e outros

Encarregam-se de todos os trabalhos de calcetamento de
granito, calcário, vidraço a branco ou incluindo qualquer dese-
nho, xisto, etc. com caixa, mão de obra e transporte.

ANSIÃO — Telefone 78

Começamos pela parte da as-
sistência infantil.

E cremos que começamos
bem, porquanto o quadro que se
nos apresentou, interessante co-
mo todos os que têm por prota-
gonistas as crianças, tinha uma
particularidade curiosa.

Frequentam as consultas al-
gumas dezenas de crianças.

Pois, no dia em que visitá-
mos o Centro, juntaram-se 10
crianças, que perfaziam 5 pares
de gémeos.

Não será inédito nos restan-
tes Centros, mas é, não duvide-
mos, interessante.

E caleulem os nossos leitores,
que até meteu fotógrafo.

Então, os mossos artistas,
admirados com o ambiente que
à sua volta se estendia, olha-
vam com atenção para a ob-
jectiva, com um ou outro, a
solar alguma nota musical…

Num pequeno pormenor, in-
formativo da consulta para
crianças, podemos dizer que a
mesma compreende o período
desde o nascimento até aos 2
anos de idade.

Há uma outra consulta, que
comprende o período entre os
2 anos e os 7, mas que não está
a efectuar-se porquanto não há
médico para o efeito.

No entanto, e a título de cu-
riosidade, podemos acrescentar
que há muitas crianças, com
mais de 2 anos de idade, a fre-
quentar as consultas.

E, enquanto as enfermeiras e
médicos iam cumprindo as suas
obrigações, a orquestra (muito
compenetrada como se depreen-
de da foto junta…) interpreta-
va uma sinfonia que não des-
merecia das obras mais inspi-
radas de um Mozart, de um
Litz, de um Chopin…

R. Américo

GABINETE DE TRABALHOS TOPOGRÁFICOS E AGRIMENSURA

José Almeida Saraiva

TOPÓGRAFO – AGRIMENSOR

Encarrega-se de delimitação de propriedades rurais — Forneci-
mento de marcos com as características legais e sua colocação.

Rua de Sertório, 1 a 3 — Telefone 188

SERTÃ

Mensagem
de Angola

Venho por intermédio desta
desejar a meus pais residentes
no Cimo do Vale, Marinha do
Vale Carvalho, Albano da Cos-
ta e Guilhermina da Conceição
e ainda para os meus três ma-
nos no Algarve, Maria do Céu
Nunes Costa, José Nunes Costa
e António Nunes Costa, um no-
vo ano cheio de felicidades.

Carminda Nunes Costa

 

@@@ 1 @@@

 

Página 4

O RENOVADOR

19 de Janeiro de 1974

Escrevem os nossos leifores

Nunca se fala

na freguesia de Cambas
e ela tem

tantas necessidades

Cambas, 6 de Janeiro de 1974.

Ex.mo Senhor Director
de «O R dor»

Ao abrir as páginas do seu jornal,
«O Renovador», encontra-se sempre,
aqui e ali, um artigo em que se pe-
dem melhoramentos para diversas
terras. Mas daqui, de Cambas, con-
celho de Oleiros, nunca se encontra
uma ipalavra pedindo melhoramentos.
Dá a ideia que a terra está bem do-
tada de tudo, que nada nela falta…
Quando, atinal, falta tudo e coisas
de grande necessidade, como, por
exemplo, o calcetamento das ruas.
Estão intransitáveis. No inverno, com
grande camada de lama e água. No
verão, com poeira que tanto mal faz
à saúde…

Perguntasse: — De quem será a
culpa de não se tomarem providên-
cias?

Será a Câmara de Oleiros que não
tem dinheiro, ou será da falta de
interesse da Junta de Freguesia?

Seja porém o que for, há que to-

mar providências e remediar esta tão
grande necessidade.

Há ainda outro melhoramento que
Cambas não tem e de que sente
grande necessidade; — É uma Ponte
sobre o Rio Zêzere destinado só a
peões, visto que para outro trânsito
já temos a ponte, mais acima, a dois

ilh os de di: ia da p ção.

De facto a povoação fica numa
das margens do Zêzere, e, de fronte,
na. outra margem, são os terrenos de
cultivo, onde também se encontram
os animais. As pessoas que têm de
ir tratar dos animais não podem per-
correr dois quilómetros, a pé, até à
Ponte e outros dois para virem pela
outra margem tratar dos gados. E
isto, três ou quatro vezes por dia…
É insuportável. No verão ainda vá lá,
passam a vau o rio. Mas de inverno
não é possível. Depois há as crian-
ças que correm perigo na travessia
a vau. Já se têm verificado desastres
de afogamento.

Deus queira que este meu apelo
caia em bom terreno e que esta po-
voação, tão castigada, venha um dia
a ver realizados estes melhoramen-
tos de que tanto necessita.

Maria Adelaide da Graça Barata

Notícias de
são João do Peso

LEGADOS DE
MÁRIO MENDES DE OLIVEIRA

Como aqui noticiámos, faleceu em
27 de Outubro último o benemérito
Mário Mendes de Oliveira, que viveu
a maior parte da sua vida no Brasil
onde foi funcionário bancário su-
perior.

iTendo regressado a Portugal e à
sua terra, São João do Peso, que
sempre estremeceu, interessou-se pe-
los seus problemas e procurou fazer
bem aos que necessitam.

Do seu diver-
sos legados pios para obras de be-
mneficência e de interesse público que
demonstram bem a preocupação so-
cial do falecido. Tais são: — à igreja
paroquial, uma casa de itaçã
os rTespectivos móveis, três prédios
rústicos e 10 contos em dinheiro; à
Misericórdia de Vila de Rei: 10 con-
tos em dinheiro; à Junta de Fregue-
sia: 15 contos, sendo 10 para repa-
ração de caminhos e 5 para repara-
ção da escola primária. Tanto o le-
gado feito à Misericórdia de Vila de
Rei, como o feito à Junta de Fregue-
sia, deverá ser investido em títulos,
destinando-se apenas o respectivo di-
videndo àquele efeito.

Também a esposa de Mário Men-
des de Oliveira, senhora D. Luísa de
Sousa Oliveira, falecida já em 1969,
legara 20 contos para construção da
nova igreja de São João do Peso,
legado já cumprido por seu marido,
e mais a importância correspondente
à sua meação nos depósitos bancá-
rios, o que monta à importância de
cerca de 240 contos.

Proença – a – Nova

OS INCONVENIENTES
DAS OBRAS

A Vila de Proença-a-Nova
está a ver realizados alguns
melhoramentos que nela se fa-
ziam esperar tanto por virtude
da construção do colégio dioce-
sano, como pela do edifício do
quartel dos Bombeiros Volun-
tários.

Presentemente estão a pro-
cessar-se os trabalhos de recti-
ficação da estrada nacional n.º
241, na travessia da Vila, em
frente do quartel dos Bombei-
ros; e a construir-se avenida
de acesso ao colégio diocesano.

Em ambos os casos, as chu-
vas que têm caído abundante-
mente nas últimas semanas,
transformaram os pavimentos
em lamaçais dificilmente tran-
Sitáveis a pé.

Inconvenientes das obras de
melhoramento…

AGRADECIMENTO

A Junta de Freguesia de São João
do Peso agradece ao senhor Alberto
de Oliveira Baptista a oferta de uma
bendeira Nacional, para serviço da
mesma Junta.

Já em 1969, este benemérito ofe-
recera 3 000$00 para a reparação dos
muros do cemitério paroquial.

A VISITA DA RAPOSA.

As raposas continuam a atacar as

poei desta p ção em pleno
dia. As donas têm de fazer de sen-
tinela para não verem ir nos dentes
da fera as suas aves domésticas.

— .NA MÃO
DE DEUS

JOSE FRANCISCO MAIA —
(Fundada)

No lugar de Monte Novo, da
freguesia de Fundada faleceu
no passado dia 7 de Janeiro, o
senhor José Francisco Maia, ca-
sado, natural e residente mo
mesmo lugar. Tinha 82 anos de
idade, tendo passado retido no
leito, os últimos três.

Ns últimos tempos, fora re-
sidir para casa de seu filho
mais novo, José Francisco Maia
Júnior, em Cernache do Bon-
jardim, donde regressou a Mon-
te Novo, nas vésperas da morte.

Era pai do nosso muito pre-
zado amigo e colaborador, re-
verendo Padre João Framncisco
Maia, o tão apreciado autor das
Aguarelas.

Deixa ainda viúva e mais dois
filhos: Joaquim Francisco Maia,
residente em Lisboa, e José
Francisco Maia Júnior, residen-
te em Cernache do Bonjardim.

O funeral realizou-se, na pas-
sada terça-feira, dia 8 de Ja-
neiro, para o cemitério de Fun-
dada, com grande acompanha-
mento.

O senhor José Francisco
Maia, pessoa humilde, de fé
profunda e grande honestidade
e bondade deixa indelével sau-
dade em quantos com ele con-
viveram.

A família enlutada, muito es-
pecialmente ao nosso querido
amigo e colaborador, Reverendo
Padre João Maia, apresenta «O
Renovador» e o seu Director, a
expressão sentida do seu pesar.

Sobreira
Formosa

Prosseguem em bom ritmo os
trabalhos da construção da
nova igreja

Como temos noticiado, está
em construção a nova igreja
paroquial de Sobreira Formosa,
obra de vulto que vem a substi-
tuir e ampliar a antiga, sita no
mesmo local.

Já pode ver-se a grandiosa
estrutura não só referente à
parte eclesial proporiamente di-
ta, mas ainda aos anexos.

É autor do projecto, o ar-
quitecto Geraldes Cardoso e
empreiteiro, José Maria Car-
doso.

Agora surgiu um problema
quanto à cobertura do tecto,
mas tudo deverá resolver-se a
contento.

NOVOS
ASSINANTES

Mercê da gentileza dos
nossos amigos, devemos o
envio de novos assinantes:

Luús Henriques, de Lis-
boa, e Manuel Henríques,
de Lisboa, remetidos pela
nossa assinante de Cambas,
sr.º D. Maria Adelaide da
Graça Barata;

José Domingos Barata,
residente na Alemanha, re-
metido pelo nosso amigo da
Madeirã, Venâncio Fernan-
des Mendes;

José Francisco Maia Jú-
nior, de Cernache do Bon-
jardim, indicado por Ânge-
lo Castanheira da Silva, da
Sertã;

João Domingues, de Lis-
boa, remetido peloc nosso
estimado assinante, Fernan-
do Simão Arnaut, da Da-
maia;

Deolinda Figueiredo, de
Queluz;

Fernando Gomes da Silva,
de Carcavelos, remetido pe-
lo nosso amigo Alberto
Mendes Laranjeira, de Fun-
dada;

José Martins Camelo, de
Sendinho da Senhora (Olei-
ros) e José Dias, do mesmo
lugar, remetidos por José
Domingues Mendes, de Cor-
roios;

Francisco Mateus Mura-
Thia, furriel miliciano.

José Dias, de Sesmarias,
por intermédio do nosso
correspondente — em São
João do Peso.

Preço da Assinatura
de O RENOVADOR

Como aliás esperávamos, foi
bem compreendido e aceite o
aumento de 80$00 para 100$00
no custo da assinatura anual de
«O Renovador».

O aumento do custo de vida
é para todos. A imprensa re-
gionalista, tão sacrificada, não
pode fazer excepção.

Mas que fica bem explícito:
— o aumento verificado não nos
traz qualquer vantagem. Mal
chega para fazer face à subida
do custo da impressão e do pa-
pel. Trabalhamos graciosamen-
te para. os nossos leitores e
amigos. Mas fazemo-lo gosto-
samente.

Era uma vez… Oh! mas não. É
sobre o casamento de Ana de In-
glaterra com o Capitão Mark Phil-
lips, um acontecimento bem dos

nossos dias,
semana.

Mesmo na .época actual, em
que a realeza é mais democrática
do que nunca, aqueles que ingres-
sam na Família Real Inglesa ainda
sofrem um período difícil de pre-
paração. Assim foi com Lord Snow-
don, hoje considerado um inada-
ptado, e agora também com Mark
Phillips.

Observadores ligados à corte re-
lataram algumas das transforma-
ções sofridas por Mark.

Assim, por sugestão do príncipe
Filipe, passou a frequentar o mes-
mo barbeiro e alfaiate do futuro
sogro. Adaptou novo corte de ca-
belo, usa patilhas mais pequenas
e dizem os cronistas que, desde a
sugestão do príncipe Filipe, nunca
mais deixou de andar impecavel-
mente penteado e vestido. Alguém
que observa de perto o círculo
real, afirmava ser significativa a
boa vontade de Mark em seguir os
preceitos reais. Dantes, o Capitão
tinha os cabelos mais longos do
seu regimento e usava com fre-
quência uma camisola desportiva,
um tanto desbotada.

É evidente que Mark foi devida-
mente informado sobre qual virá a
ser a sua posição constitucional
como marido de uma rapariga co-
locada no quarto lugar na linha de
sucessão ao trono. Ele terá que
aprender que o seu lugar será sem-
pre o segundo, pelo menos em
público, o que não será nada fácil

que falaremos esta

Como

se faz
um
Príncipe

para um jovem de 24 anos, com
ideias democráticas. — Além disso
terá também de aprender a viver
com o dinheiro da mulher sem que,
não obstante, ganhe… complexos.

Foi-lhe ainda indicado que, ao
fazer parte do séquito real não po-
deria tomar atitudes que chamas-
sem sobre si próprio as atenções.
Não poderá mnunca exteriorizar
quaisquer mostras de aborrecimen-
to, em público, nem colocar a fa-
mília real numa situação difícil ou
de embaraço.

O observador social da política do
Palácio disse ainda que Mark Phil-
lipe teve de frequentar vários cur-
sos práticos. Entre outros o de lu-
tar contra a vulgaridade e de co-
municação, no Ministério da De-
fesa.

Além de tudo isto, e por suges-
tão da Rainha, foi-lhe indicado ana-
lisar vários filmes retirados dos ar-
quivos reais para saber como en-
frentar problemas quotidianos de
quem está sempre sob olhares
curiosos. Aprendeu a sorrir, a cum-
primentar e a comportar-se em
situações de emergência como ver-

dadeiro “membro da Família Real
Britânica.
Tudo isto lemos algures, numa

revista feminina, tudo isto disse-
ram os observadores da Casa Real
e mais disseram das preocupações
da mãe de Mark, que foi sempre
o seu ponto fraco, é que o marido
de Ana é incapaz de fechar por-
tas, deixa as torneiras a pingar e
o frasco de «after-sham» sem tam-
p :.
ANA

Notas
Soltas…

Casa do Povo da Sertã. Ba-
rulho. Confusão. Pagamento de
pensões de velhice. Todos que-
rem receber ao mesmo tempo.

Mas há tempo para tudo se
houver ordem e paciência.

XX

Trânsito na Sertã. Barafun-
da. Falta de civismo. Desrespei-
to pelo próximo. Até quando?

AA

Ainda trânsito. Colocação de
placas de sinalização. Para
quê? Embelezamento? Ou para
se (fazerem) cumprir?

2RA

Luz. Falhas desusadas. Ra-
zão? Aguarda-se resposta.

DS

Lixo. Tudo na mesma. Mu-
dança de hora de recolha. Para
quando?

KR

Quartel dos Bombeiros. Será
que o largo fronteiriço passou
a parque de estacionamento?

x Xx

Última hofa.

Primeira brincadeira com as
placas de sinalização. No dia 11,
à moite, alguém virou a placa
STOP, colocada na parte Norte
da Praça da República, no en-
fiamento com a Estrada Nacio-
nal. Responsabilidades?

Tn Via

Reunião de convívio
da Família Bancária
da Sertã

Na passada sexta-feira, dia
4 de Janeiro, o gerente e de-
mais funcionários do Banco
Nacional Ultramarino, na Ser-
tã, reuniram-se em convívio a
prestexto da época natalícia.

Estiveram presentes todos
os funcionários e suas famílias,
bem como as crianças a quem
foram entregues lembranças.

É a primeira vez que os em-
pregados de uma empresa to-
mam a iniciativa, na mossa Vi-
la, de confraternizarem pela
época do Natal. Esperemos que
a tradição continue.

o
Inspecções
o º
Militares

Com vista ao apuramento do
número de mancebos que em
cada dia, estarão, efectivamen-
te presentes à Junta de Recru-
tamento n.º 6 a funcionar em
Leiria, devem os referidos man-
cebos passar pelas Câmaras
Municipais respectivas, .com

uma antecedência de 10 dias
sobre a data de inspecção.

Assine, leia

e divulgue O Renovador