Gazeta das Províncias nº66 06-09-1900
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CERTA — Quinta-feira p de Setembro de 1909
SEMANARIO
INDEPENDENTE
o
ASSIGNATURA
CERTA, mez, 400 1. FÚRA BA CEIA, trimestre, 330 rs. AFRICA, semestre, 1000 rs. BRAZIL, semamro, 28500 15. Numero avulso, 30 Is
Toda.a correspondencia dirigida & Administração, R. Sertorio, 17. Os originacs recebidos não so devolv sm
* Ernesto Marinha — Director . â
ak ã No Stargo do jornal, cada linha 80 r
ssbbadio PUBLICAÇÕES :
8. Anousóios, 40 rs. a linha Repetição, 20 rs. a linha. Permanentes, proço convencional; os srs. assignante
têm 0 desconto de 25 0/p. Esta folha é impressa na Typ. da Gazeta das Provincias, Certa, EEE
irnesto Marinha— Editor
Expediente
TODA a correspondencia relas
tiva w este jornal, devo ser diri-
gida a Ernesto de Sande Maris
nha.
ACTUALIDADES
Consta-nos que no nosso visinho con-
celho de Figueiró dos Vinhos se empre-
gam os maiores esforços para a conelu-
“são do braço da Estrada Districtol nº
121 que liga aquelle ao concell
Certã.
Sendo o nosso principal fim p
pelos interesses deste concelho nã
deremos o ensejo de Lractar de tão
portaute assumplo, chamando par
a altenção do illustre titular das
Pablicas.
Só quem não conhece as con
economicas é lopographicas dos
concelhos, e as suas relações co
ciaes, é que poderá não apreciar
portancia de tão grande melhorar
Desde epochas remotas que os
concelhos permutam os principae
neros essenciaes à vida; entre elles
taremos pela sua importancia o mi!
o azeite, Ão passo que Figueiró di
nhos dá ao concelho da Certa,
grande quantidade de milho, que
duz em abundancia, recebe deste
todo o azeite de que carece e que
principal producção d’este ultimo
celho.
Us mercados da Cerlã e Sernacl
Bom Jardim são abastecidos do
que exclusivamente lhes é fornecid!
lo concelho de Figueiró dos Vinhos
de existe a importante povoação da
rada, cujos habitantes se entregam. …
grande escala ao trafico de differentos
generos. O concelho da Certã, tem ain-
da importantes transacções commerciaes,
com alguns concelhos do norte, principal
mente Coimbra, para onde exporta os seus
generos, e o quese dá com este concelho
dá-se egualmente com os outros da Cco-
marca,— Proença a Nova, Oleiros e Vil-
ia de Rei.
A ligação, pois, do concelho da Cer-
tã com o de Figuoiró dos Vinhos é d”
innumeras vantagens. Basla attender a>
seguinte:—ao passo que actualmente o
trafico entre o concelho da Certã e o de
Coimbra, por exemplo, é feito “por diffe-
rentes estradas n’um percurso não infe-
rior a 130 kilometros, concluido o bra-
“go da Estrada Districtal n.º 1214, a que
nos lemos referido, ficará esse percurso
reduzido a 105 kilometros ou sejam me-
nos 25 kilometros.
A diferença é pois como se vê im-
portante; mas a tudo accresce a cirçums-
lancia da ligação dos dois concelhos
Uertã e Figueiró estar quasi feita, Tan-
to no distrielo de Castello Branco coma
no de Leiria ba já mos Kilometros de
estrada, devidos à inicialivs-das cama-
ras Caquelles dois concelhos,qne conhe-
cedoras das necessidades dos povos que
| adminislvavam, e da importancia e ne-
cessidade da obra que projeclaram, se
proposeram realisal-a. As suas cirenms-
lancias, porem, não lhes permitiu ir
mais longe, e hoje está essa estrada
classificada como Districtal e entregue
ao Minielro dao Alias Palilinae Para a
me:
lus-
:0mo
Jcios
go-
que
dará
lama,
como |
pres-
pelo
al e.
traz
pios.
ine-
os nº
18 se-
114,
Certã
0197;
TESS
os 08.
JP = reramo ucguvermo CIvIla este qstricto
tom logar nos dias 13, 14 e 19 do egrrente,
a arrematação de fóros censos, pensões e qui
nhões pertencentes à Misericordia da Crrtã,
compreendidos ua lei da desrmoalisação.
44 administração do concelho mande ujá dis
tribuir pelos regedores d’algumas freguesias,
bolos de strychinina afim de so proceder à
extinção de cães vadive.
at
Santo Antonio
Realisou-se no domingo na freguesia
do Troviscal, a festevidade de Santo An-
tonto à que assistiu à philarmonica cer
laginense. A” noite houve fogo dartifi-
cio, fornecido pelo acreditado pyrolho-
chnico o nosso amigo sr. David Nunes
e Silva. Esteve muito concorrida,
memmaççiizo
Esteve na Certã de passagem para os
Verdelhos, csr. Antonio Ferreira Alves,
conceituado comerciante no Pará.
| TYPOS DA NOSSA TERRA
sao
II
«+. Porque el principio de amores
E’s comienzo de tristeza.
Deseseis primaveras passaram já ao
encontro d’ella, em madrugadas de oiro,
harmoniosas como longinquas canções
de rouxinoes..
E” esbelta, Typo luso-hispanico, de
olhar negro e aveludado, tem o atroubo
das filhas do Guadalquivir que sob este
bello esu peninsular, foram emballadas
pelo murmurio das brisas perfumadas
«lo Mediterraneo. E porque nos reque-
bros da minha phantasiosa imaginação
lhe advinho um ideal impregaado de ro-
manticos anhelos, julgo vel-a no vago
anceio das melancolias e dos sonhos mi-
rar-se na candura da sua alma, como a
flor dos nenuphares que, com ella, se
reclina languida e saudosa para o azul
dos lagos..
Werther
e eae pi Eds mo
Senhora da Confiança
PromelLem ser grandiosas as festas
na mais alia montanha sobre o Zezere
a e
Curso notarial
À commissão encarregada de elaborar
este curso é de parecer, que para o cur-
so do notariado devem ser exigidos os
preparalorios de portuguez, frracez, lit-
teralura portugueza, latim, mathemalica
elementar, geographia, historia, phisica,
chimica e historia natural, devendo em
presença do actnal regulamento de ins-
trucção secundaria de Agosto do 1895,
ser obrigalorio o enrso geral dos fyceus
sem o complementar, visto conter as
disóiplinas que deve constituir os pre-
paritórios do curso notarial.
“O curso do notariado, segundo o pa-
recer dá mesma commissão, que foi u-
nanimemente approvado pelo conselho
da’ faculdad- de Direito, na congregação
de 24 de Julho de 1900, deverá ser or-
ganisado junto do mesma faculdade, e
constar de parte Lheorica e parte prati-
ca, sendo dividido em tres annos pela
forma seguninte:
1º anno»—4.º cadeira, Instrueções
de direito romano (2.º cadeira da [acul-
dade de Direito: 2.º cadeira, Historia e
principios geraes de direito civil por-
tuguez 3.º cadeira da faculdade de Di-
reito; 3.º cadeira, Paleographia e Diplo-
malica.
2.º «anno»–4.º cadeira, Direito ci-
que este anno se realisam na Senhora
da Confiança, nos dias 78 e 9 do
corrente, cuja ermida se encontra:
= E
vil portugaez (6.º cadeira da faculdade
de Direito); 5.º cadeira, Direito commer-
cial portuguez (14.º cadeira da faculda-
de de Direile; 6.º cadeira, Direito finan-
cial (8.º cadeira da faculdade de Direito)
Frequencia da cadeia da pratica de 3.º
ano. ê
3.º «anno re 7.º cadeira, Direito ci-
vil portnguez (9.º cadeira da faculdade
de Direito); 8.º cadeira, Direito privado –
internacional; 9.º cadeia. Organização
do notariado portuguez, Pratica nota-
rial.
e eae aii
Curso Nocturno
O nosso amigo e collega de redacção
Thomaz Florentino Namorado, professor
official desta viila, vao abrir no dia 15
de outubro, um curso nocturno, gratuito,
d’instrucção primaria, para os individuos
de mais de 12 annos e para os de me-
nos que não possam frequentar a aula
diurna, o qual deverá funecionar na És-
cela Conde Ferreira e ser regido pelo
mesmo professor.
Os individuos que desejem —freqnen-
lal-o, podem apresentar-se, sem mais
formalidades, no referido local, das 7
às 10 horas.
Enem mma imo,
Uma parte do esquadrão de cavallaria
8, estacionado em Vizeu, insubordinou-
se no domingo à noite, tentando aggre-
dir o capitão commandante.
Parece que (as praças estão pouco
contentes com a interpretação que o
commandante dá à disciplina militar.
Um sargento e quatro soldados estão
presos uo quartel de infanteria 14.
“ala-se em syndicancia.
4+*-—Passa incommodada de saude, a espo-
sa do nosso amigo sr. Jose Belchior da Cruz.
4+* —Sahiu para o Peso o sr. Junnuario de
Moura.
maga
Esteve nesta villa o sr. Manoel Viola
da Costa, conceituado commerciante em
Lisboa.
—— secagem
Evasão de presos
Evadiram-se ha dias da cadeia de
Thomar 4 presos que se achavam na
enxovia.
Praticaram um buraco na parede do
poente. Tres dos presos estavam a cum-
prir penas correccionaes de pequena
importancia, e o outro estavam ainda
por julgar e tinha de responder por va-
diagem e furto
Corre que a evasão se deu pela 1 ho-
ra da madrugada e que
foi, notada.da.@@@ 1 @@@
ASRICULTURA
Tratamento da chlorose
Numerosas experiencias teem demans
irado que a echloroso» pode efficazmen-
te ser combatila, na maior parta dos ca-
sos, com 0 emprego dos saes de ferro,
não devendo-haver hesilação na apple
cação deste fratamento às. vinhas onde
esta doença sa tenha manileslado,-
sustar, ou pelo menos attenuar, -os-geus
eleitos que podem ser de funestas con-
sequencias, principalmente se a humida-
de vier favorecer a intensidade doseu
desenvolvimento.
Estas experiencias feitas isoladamen-
te, com differentes-saes de lerro, empre-
gados umas vezes em pulverisações nas.
olhas, oniras vezes applicados direcla-
mente em dissolução ás raizes da cepa,
não davam resultados comparativos, pas
ra o que se realisaram experiencias me-
Hhodicas na estação viticola de. Cognac. |
trata-o
mento, demonstraram o-valor relalivo dos:
que, confirmando a eficacia do
dilferentes saes de ferro empregados.
Conforme as indicações de G. Goui
rand, preparador na estação vilícola de
Coguac, todos os saes de ferro soluzeis,
são um meto eficaz para -combalar a
echloroge», quando ella não se apresen-
ta com grande intensilade.
Quando se pulverisa comum sal de
ferro a folha amarellecida pela ««cliloro-
se», nanilesta logo, debaixo de cada
gotta do liquido, uma mancha apenas
visivel, mas que augmenta poncea pou
co de na perfeitamente «verde.
Alguns phystologistas pretendiam-que
0 facto de a fulha reverdecer, era devi-
do a uma acção puramente ghimica, mas
G exame microscopico mostra eviden
temente que esta coloração, é devida ao
apparecimento de numerosos grãos de
elilorop! iyla.
Dos dificrentes preparados emprega-
dos, pelos seus elleitos, a calda negra
parece dever oceupar o primeiro logar.
seguindo-se-lhe o sulfato de ferro, de
pois o iratalo, o malato e o acetato.“ U-
sara de ferro insoluveis apenas exer-
cem uma acção muito diminuta, que na
pratica se pode considerar nulla.
A acção dos saes de
folhas 6 rapita, mas-de ponca” duração.
O sulfato de ferro applicado directament
te no pé das cepas, só dá resultado sen-
do empregado em dissolução, eo seu
efivito é mais duradouro.
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a
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CNFECPETEE
Folhetim da «Gazeta das Provincias» 1
TRINDADE COELHO
IN ILLO TEMPORE’
sn illo tempore». . no tempo em que
João de Deus andav em Coimbra, havia na Lu-
za Alhenas, que é terra de mulheres bonitas, .
duas senhoras muito formosas, -quo eram ir-
màs—uma chamada Rachel e à outra Candida
A Rachel, principalmente, diz que era uma
divindade;e a mocidade da academia, sobre.
tudo os poetas, bebiam os ares por ella. Não
era branca pem morena: tinha uma côr de
bronze, de uma suavidade eocantadora, nariz
grego, e então uns olhos extraordinarios, a-
velludados, muito brilhantes & pestanudos,* que
eram a perdição da rapasiada. Os pretenden-
tes eram assim—aos cardumes… E cabeça
-do rapaz sobre a gual esses olhos admiraveis
pousassem por um instante, mesmo casualmen-.
entrava :
logo de andar à roda, como se fosse umaven-|
te, era cabeça perdida; porque
para.
| 4 oito dias depois do tratamento,
ferro sobre as:
GAZETA DAS PROVINCIAS
Para este caso começa-se por prepa- |
rar a solução do sulfato de ferro, em-
pregando 5 kilosde sulfato por cada he-
ctolitro dagu.Para activar esta dissola-
ção, é conveniente collocar o sulfato
dentro de um sacco, que se consarva
mergulhado na superficie da agua con-
tida em mma barrica, e, logo que tudo
esteja dissolvido, apita-se energicamente
para tornar o liquido – bomogento. Eim-
quanto.se executa esta operação, abre-
so ao pé la cada cepa um covacho de
50 centimetros de lado por 49 de pro-
fundidade, onde se deitarão 10 litros da
solução, e depois da Lerra estar * embe-
Dida, arrasa-se de novo a cova.
Quando é preferivel o tratamento so:
bre as folhas, dissolvem-se 800. gram-
mas de suifato de ferro per cada hecto-
litro d’agua ou mim litro de calda negra
concentrada, em 10 a 12 litros d’agua,
e applica se com um palverisador como
se fosse a calda bordeleza. Qualquer d
estes liquidos, como são. corrosivos,. é
conveniente não os applicar na ocersião
da florescencia; depois do bago formado
nada ha a receiar, As vezes são ligeira-
mente queimadas as folhas ainda Lenras
principalmente quando a operação é e-
xeculada em lempo muito quente, que.
concentra rapidamente as. gollas do li-
quido, mas este facto não apresenta im-.
portancia,
As folias-começam a veverdecer sele
e as-
sim Se-conservam mais ou menos tempo,
conforme a intensidade da doença. Sem-
preque a-cepa volte a. amarellecer, ro-
pele-se o lralamento, e consegue-se as-
sim, COM QUilro on cinco operações du-
ranteo amo, conservar a vinha com ex-
cellente vegetação.
A Tasgsio
VARIAS NOTICIAS
‘“Ehemntro
Um grupo de rapazes desta vila,ten- |
ciona dar no dia 13 do corrente uma re- |
cita no Salão-Avenida: Constá-nos . que
levam à seena a comedia-drama «Feio
no corpo, bonito nacalmal» “a comedia
«Amor por annexins» e a operela «Si-
mão, Simões & Comp.*
KHy dr: rophobia
No salibado passado apparecen ín’es- |
ta villa um cão alacado deraiva que mor-
deu em varios. Foram mortos a Liro,
tornha, e o menos que lhe acontecia era re-
bentar n’um catadupa de versos—que — nem
sempre, diga-se a verdade, eram condignos da :
inspiradora,
x
Ora o João -de Deus pertencia a ala dos na-
morados d’essa divindade, se bem que nunca
he falasse; e tanto quee magestosa Rachel
ficou sendo para elle uma especie de Musa, co
mo para -Camões a Catharina,
Fez-
guel Angelo Vitoria Colonna, etc. ele.
lhe muitos versos, e aquella poesia A VIDA.
que a não ha:mais linda em todo o mundo, e:
fez lhe -depois, quando ella morreu, aquella
elegia que tem o seu nome—RACHEL—uma
das melhores coisas que o genio lamano tem
produzido, e que João de Deus, por signal,
improvisou nºuma torrada, alheio, vario, ab-
sorto, estranho ao. «mais Fosmidavel chinfrim
que se tem desencadeado nnma praça de toi-
ros! Soubera a noticia da morte quando ia pa-
ra lá;-chegou e amodorrou-se a umcanto e
quando se deu fé que a praça de toiros tinha
desabado, revolvida debaixo: para cima, pelo
para o Dante.
a Beatriz, a Laura para ó Petrarcha, para Mi- |
— CERTA 6 DE SETEMBRO DE 1900
Notas de 208000
O Banco de Porlugal vae retirar da
circulação as notas-do typo de 208000
reis, da-chapa anterior, emiltida em 24
de novembro de 1899.
Trocam-se desde já, finlando O praso
em 32 de novembro futuro.
——— srpos anta — —
CEHRONICA LOCAL
4>+— Sahiu para Lisboa, regressando bre-
vemente, o nosso amigo sr. Antonio Joaquim
do Valle, conceituado commerciante em Ango-
la.
<>*-Eetá n’esta villa com sua exm.? esposa
e filhinha, o nosso amigo sr. dr. Accacio de San-
de Marinha.
4*—Sahiu para Bellas o meretissimo juiz
de direito sr. João Lobo de Moura e sua exm.?
familia.
4*-Negressou da Figueira da Foz á Po-
voa, com sua exm.? familia, O nosso amigo sr.
Tesó Nunes Marirha.
4” — Istiveram na Certã os nossos amigos
srs. Jusé Custodio Martins Vidigal, padre João
Vicente Farinha, Daniel Bernario de Brito.pa-
dre Joaquim Farinha Tavares, Joaquim Fer-
reira G, Lima é padre José Marques de Mace-
do.
Ro
Sciencias & Letras
O pescador poveiro
À mais interessante e a mais impor-
tante curiosidade da Povoa é o pescador
poveiro.
O poveiro constitue uma raça perfei-
tamente especial na população do nosso
littorial. Inteiramente differente dos ty-
pos gregos, finos, magros, elegantes, de
perfis aguillinos, dos varinos, dos cele-
bres pescadores de Ovar e de Olhão, o
poveiro lem o lypo saxonio. Eº mivo, de
olhos claros largos hombros, peito a-
thelelico, pernas e braços herculeos. As
leições são arredondadas eduras. Às
boceas dos velhos quando perdem os
dentes alargam-se exlremamente na di-
recção das orelhas e dão-lhes ao perfil
uma certa similhança com os jacarês.
Teem uma força prodigiosa. Ha Lempos
um poveiro ainda moço foi capturado em
consequencia dum pequeno distorbio nº
uma taberna. Mettido pela primeira vez
da sua vida na cadeia, onde devia pas-
sar pelo menos vinte e quatro horas,sen-
tia uma saudade irresistível da liberda-
dee fez o seguinto; agarrou a grade
com os seus fortes pulsos, arremessou
um dos varões de ferro para um lado,
arredou o outro para o lado opposto, e
“pelo espaço aberto foi se embora para
casa.
En mesmo conheço já um velho, que
o vicio da embriaguez fez expulsar sue-
cessivamente de todas as campanhas,
“Um amigo meu, José Falcão, deu-lhe um
bole e umas redes. Elle só, constilue a
tripulação deste barco; elle só, lança e
recolhe as sedes; elle só, dirige a embar-
cação no mar alto; elle só, à força de
“vemos a arranca da praia e lança ao
mar nos dias em que a maré rebenta
com mais impeto na costa. Quando vae
embriagado para o mar, o que muitas
vezes lhe succeite, chora de enthusias-
mo no meio da borrasca efaz discursos
palheticos ao oceano. Os seus confrades
Leem-o visto só no meio dos vagalhões,
em pé na sun pequena barca, bater no
peito nú e birsuto com pinho cerrado e
exclamar lrovejantemente: =-Eh! marl…
aqui agora é nós dois, tu e eul Tu com
as tuas onilas, e eu com os meus pro-
tectores: Deus e o sór José Falcão!
Ramalho Ortigão
PENSAMENTOS
Nunea o prazer se conhece
Senão depois da, tormenta.
furacão da rapasiada, foi dar com elle o João
Vilhena, o seu fiel Achates, no mesmo logar
onde o deixara, e que por milagre Linha esca-
pado! Pegou-lhe por um braço e levou-o n’ali,
como se estivesse doido a dormir…
—hAnda, João! Vamos…
Não vira nada, não ouvira coisa nenhuma,
desabara a praçae elle a sonhar, mas depois
chegado a casa, dictou d’um jacto a soberba
elegia que o João Vilhena, absorto deante
de tal maravilha, escreveu sem o perturbar,
com os olhos vidrados de lagrimas.
Despe o Into da tua soledade |
E vem junto a mim, lírio esquecido
Do orvalho do céo!
Tens nos meus olhos pranto de piedade
E se és, mulher, irmã dos que hão soffrido
Mulher, sou irmão teu,
Até ao fim!
* *
Bem. Mas até me parece que foi porvia d?
essa mulher, da sublime e devina Rachel que
João de Deus nunca atremou com a vida de
Coimbra levando a formar-se dez annos,—
tantos quantos durou o cerco de Troy | como
elle diz…
*
%* Eu
Segundo a melhor versão, que é ainda a
delle João de Deus chegou de Messines a
Ceimbra em março de 4840. Não levava exa-
me nenhum, Tinha aprendido latim com um
padre do Algarve, e não sabia mais nada. Mas
passado um mez, fez no lyceu de Coiabra – o
seu-exame. de instrucção primaria onde lhe
perguntaram o Padre-Nosso, e na primeira ê-
– pocha de exames não está lá com meias me-
didas:—faz d’uma assentada os preparatorios
todos, e em’ outubro entra para a Universida
de-—matriculado no primeiro de Direito. No-
fim do anno lectivo em junho, – pouco mais
owmenos, de 1850 feia acto e ficou bem, &
poz-se logo a andar para ferias— mas sem
tonções de voltar para Coimbra. Aquillo abor-
recia-o: não sabia para que servia aquillo—li-
vros, lições, professores, actos & banalidades ..
Contina.na.@@@ 1 @@@
re
TRIBUNÃES
Distribuições
Em audiencia de 3 do corrente, foram dis-
tribuidos os segumtes processos:
Inventario orphanologico de D. Maria Au-
gusta de Mendonça, casada que foi com dr.
Antonio David de Mendonça, de Alvaro, Olei-
ros. Escrivão:—E. Barata,
Investario orphanclogico de Izabel Mendon-
ça, casadá que foi com Joaquim Matheus, do
Alvito. Escrivão:— €. Gonçalves.
— — a GC LE
BIBLIGORAPEIA
‘Os Lusiadas
Continua sabindo com toda a regularidade
em fasciculos semanaes, esta edição de luxo,
da Companhia Nacional Editora, de Lisboa, –
Recebemos o fasciculo n.º 25
comos.
Os Miseraveis
Temos presente o B º volume deste notavel
romance do eminente escriptor francez Victor
que agrade-:
GAZETA BAS PROVINCIAS— CERTA 6 DE SETEMBRO DE 1900
Hugo, Consta de 16 volumes, sahindo nos dias
1e 5 decada meze custará esta obra con-
– pleta a modica quantia de 980 reis, isto €, 60
reis cada volume de 160 pag. bem impresso
com capas a côres. Pedido á —Livraria Moder-
na—Rua Augusta—Lishoa.
—— org anrassp soe ——
MERCADO da CERTA
Milho nacional, alqueire reis … 600,
palato isca ssa ta Es des TOO
GENLeIO; So s-cscs ones en EdES 600
Cevadas: = tosa ss teasãs, 1900
Trigo ser negao 4700,
Batala, 15 kilos . 20. 0.0. 200
Vinhos :
Tinto da terra, 20 litros . + . .. 1400
Tinto de Almeirim, . . … – 11400
Wiantor cena ss U00
Carnes frescas
Carne de vacca, kilo . . =… 250
Chibato Sim pat gado o 1100
SERVIÇO DE DILIGÊNCIAS SA Pers do a sra
Da CERTA a THOMAR (via Sernache de se
Bomjardim, Valles e Ferreira do Zezere), Sae go
h da Certãas 2horas da tardo e chega as Ri a
Thomar as 9 da noite, Sahe de Tbomar as B E ares
da manhã e chega á Certã 12 e meia da tar- o De | pj
de. E ND | E)
õ w o =
Da CERTA a PROENÇA A NOVA. Sahe da ção E É
Ceriã a 1 e meia da tarde e chega Proença ea ea mn
as 6 da torde; Sahe de Proença as 5 da ma- à Ts e: = S
nhãe chega a’ Certãas 9 e meia da manhã. E S Eras ox:
Esta ciiizencia communica com a de Proençã de o = jeto)
a Castello Branco, Ca e ENE
à ama 3 Ly] DD =
Da CERTA a PEDROGAM PEQUENO. Se PRE q Sa
he da Certãa 2 da tarde Se chega a Pedr 5» R ft S
gam as 6 e meia da tarde; ahe de Pedrog’ ses O
gam ás 7 da monhã 8 chega a Certã as 1- sê a E
da manhã, | SE º so
Sn
a og | EA
FFERECE-SE um professor aposenta- SE Su
) do para, em casa do qualquer lavra- io É
dor, leccionar Portuguez e” Grammatica é & E
Latina, Carta com as Rn R.| % To
CERTA. Erorerrese LOS SAS
ANNUINCIOS
ARREMATAÇÃO
1º publicação
Juizo de Direito da
PEL Comrca da Certã e
cariorio do escrivão do Lerceiro:
ofíleio vão á praça para serem
arrematados em hasta publica e
aquem maior lanço offerecer so-
bre o preço d’avaliação, no dia
trinta do corrente mez de se-
tembro, pelas onze horas da ma-
nhã e á porta do Tribunal Judi-
cial d’esta comarca os bens a-
baixo designados pertencentes. à
herança da inventariada D, He-
duwiges Ferreira, solteira que
foi moradora no logar e [regue-
sia de Sernache do Bom Jardim
desta mesma comarca.
1. a
Uma cerrada com terra de
cultura e oliveiras da parte fora,
no sitio de Santo Antonio, limi- |
te de Sernache; no valor de—
tresentos e cincoenta mil!
Teis 5. ce SDUMODO
=D 0 mm
Uma lerra com lres oliveiras,
sita ao Valle da Calvaria, no va-
lor de—tres mil reis… 38000
Do ue
Duas oliveiras com sua terra
no logar dos Curraes,no valor
de-oito mil-reis =. – 89000
== Um
Um olival situado ao Ribeiro
do Pereiro, limite dos Curraes,
no valor de-—rinta mil reis
cs a RO)
=—=B “ea
Um olival com testada de
malto, sito ao Piquete, limite de
Sernache, no valor de—vinte e
seis milreis .-. . 269000
=6,*=-
Um olival sito à Cabeça do
Cavallo, Couto da Gertã, no va-
Jor de—vinte e um mile seis
tentos reis . >» . 248600
=17,º-—
Um olival sito à Bicca, Conto
da Certã, no valor de—quarenta
e oitomilreis . . 488000
mo 8 O
Uma cerrada com oliveiras,
terra de cultura, oliveiras 0 so
breiros da parte de. fora, sita a
‘S. João, do Couto da Certa, no
valor de —-cento e lrinia mil
pass e B09000
=—9,º==
Tres pequenas oliveiras e u-
ma represa d’agua, sita à Char-
neca, Gouto da Certã, no valor
de—quatro mil e oito centos
tais RR “. hABO”
=—1 0. io
Uma terra de cultura, agua
nativa, umas casas com testada
de oliveiras, sobreiros e mailto,
no Valle dos Lobos, limite da
Vallada, Couto da Certã, no
valor de-—cento e trinta mil
QUIS ie ce oia – 4308000.
Pelo – presente são citados
para a dita arrematação quaes-
quer credores incertos que se
julguem com direito aos | mes-
mos bens.
à Gertã, 3 de setembro de 4900
Verifiq Vel sdiacios
0 Juiz de Direito 2 subs tiluto
Leitão
O Escrivão
Eduardo Ra Corrêa e Silva
ARREMATAÇÃO
1.º publicação ..
PELO Juizo de Dirsito da
Comarca da (ertã e cartorio do|
terceiro officio, vão à pa para
serem -arrematados, no dia 23 do|.
corrente: por-A4 horas da manhã
o à porta do“Pribunal- Judicial dº
esta comarca, os objectos infra
mencionados e penhorados ‘ na
execução que a Fazenda Nacio-
nal move contra José Mendes,
solteiro, trabalhador, do logar
de Sernache do Bom Jardim, d
desta comarca.
| .ºe=Uma
em 100 reis.
2. e==|Jma carteira usada, a-
valiada em 200 reis. Tendo si-
do penhorada ao mesmo execu-
tado a quantia de: 208700 reis
em dinheiro; ficam pelo presen-
te tambem citados: quaesquer
credores que pretendetem dedu-
air preferencias nos: Lermos* do
marreta avúlada
artigo 931 do Codigo do Proees-
so Givil.
Certã. 2 de setembro de 1900]
Verifiquei
O Juiz de Direito 2.º substituto
Leilão
O Escrivão
Eduardo Corrêa Barata é Silva
Ênnuncio
Tromaz Namorado, professor offi-|
cial d’esta villa, faz constar que no
dia 15 do proximo mez, vae abrir
um curso nocturno, gratuito, d’ins-
trucção primaria. pars os individuos!”
de mais de 12 annos e para os de
menos que não possam frequentar a
aula diurna, o qual deverá – funceio-
nar no edificio da Escola Conde de
Ferreira e ser regido pelo mesmo pro-
fessor; 0s alumnos que desejem fre-
quental o, podem apresentar-se, sent
mais formalidades, no EE fenidO local,
das 7 ás 10 horas.
—Qutro nim declara que toma li
ções particulares de intrueção prima-
maria, habilitação para o magisterio é
recebe altmnos em sua casa.
As mensalidades são modicas, lec=|
cionando gratuitámente os alumnos
pobres, para o que basta ter pensio:
nistas dois alumnos na mesma disci-
plina.
‘ Certã, setembro de 1900.
d
9. so) 8!
“6 o’U PIJEA Op
meques anb sojponbe s90dH GL W9 opuriedosd
*J9ADINSO
o “sida (00S. 06) vpeo op odaud o sajso eL
-ed opuos “epniso mestonh O vanjuos s0d enb
sojtopia é opogjonr 9159 Woques opueuisas
ojiacoasop afoy Me Joga o *ejttag opoyjom
-jenSM “sojmi saí sojsa U sepessojsod seui|diostp
sup donbjenb no “socusoN sej09sg sp Oessimpe
ap atueio: sjuomaepnonavd JBUO1999/) BuCd
98-992120— YISITYNUONS NOSSTAOU
ojad sofoo v ejditse O gana, euIsOo juan
Ens eU SOjUOUDdE|OSI
Micro, trigo e centeio da proxima
colheita compra-se, adiantando-se 0
preço desde já.
Nºesta redacção se indica o com-
prador. os
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“nos Op os-plip aeidinio Jopuojoad want)
“BUjRIlog ep esto e Woo ns q
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AMA LEITE— Precisa-se em
casa de Joaquim J. Bastos
—R. Nova Certã
Alviçaras- não e a quem en-
tregar n’esta redacção um . vata-
pau de junco amarelo sara-
pintado e ferrado na parte in-
ferior, ou quem índicar a pes
soa-que–o-possue aclualmen-
VERDE PURO.
Chegou á-casa Maria -Moleira,
onde se. vende…
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principaes cidades menamenctos do mun-
do, paisagens, retratos de homens cele
res, figuras, diagramas, cfc
“Ra promeira publicação que neste ge
goro se faz no nos£o paiz, Todos 0º mezes
será distubuido mm fascículo contendo u
ma carta geogrrhica cudadesament:
gravada é hopresa a cores, uma folha d.
48 paginas de texto 2 columnas e 701
gavuras, e ma capa pelo preço de 15
reis pagos no aeto da entrega,
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LISBOA
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CASA
GOMMEBCIVL
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Maximo PIRES franco
— see [UR T À eo —
— Fanqueria, Fazendas de Algodão 1
e Seda, Chapeus, Ferragens, Quinqu
herias, Papel, velias de Cêra, Droga:
Tintas, Sulla, Gabedaes e Cimento ete
— Agencias dur Bancos Cow merciaes –
Lisboa, Porto, Pará e da Com panh d
Seguros «Probidadeo—e da Casa I
faria de Silva Beirão, Pinto & C>
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ANTONIO LINO NETTO
PRINCIPIOS NOVOS
DA SCIENCIA CRIMINAL
IMPRENSA E4 UNIVERSIDADE
GOMIBRA
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GAZETA DAS PROVINCIAS — CERTA 6 DESETEMBRO DE 1900
=
CENTRO COMMERCIAL
DE É
Luiz da Silva Dias
GENTÃ
Completo sortimento de fazendas de
algodão, lã linho e seda, mercearia, fer=
ragens e-quinquilherias, chapeus, guarda
achuvas e sombrinhas, legos, papel, gar-
rafões, relogios do sala, camas do ferro
é lavatorios, folha de Flandres, estanho,
chumbo, drogas, vidro em chapa e obje-
ctos do mesmo, vinho do Porto, licorese
cognac; livros de estudo e Jitterarios, ta-
tacos, ele, Preços extraordinariamente
baratos e semgcompetencia, e s
Agencia da Companhia de-Seguros:
RETRATOS==Tiram se em difllerentes
tamanhos desue 800 reis duzis, garan
indo-so a sua perfeição e nililez,
Encarraga-se deir tirar photograqhias
» qualquer ponuo d’este concelho, medi
ante ajuste especial,
1 a 7,PRAÇA DO COMMERCIO, 1 a 7
PYROTHECHNICO
CERTA
David Nunes e Silva, com officina de
yrolhechnia, encarrega-se de fornecer
ara qual ponto do paiz fogo artifício,
om promplidãoe garantido acabamento.
Na sua oficina encontra-se sempre um
rande e variado sortimento de fogo de
“toiros, e foi della que gahin o fogo
” queimado nos centenarios: -ANTONINO
– UALDIM PAES-e da INDIA, (neste
s mente de estoros e balões). tnjo vffei-
ta tem sido applandido pelo publico e
wprensa, Ro e
PREÇOS SBM COMPETENGIA
em e ne (ao tem a
LTQU OD: o COURO
Ed pool E mms pao ea E 1 — = mes p qe — 4
DA LUA –
Tradaoção de Silva Moniz
Decio quinto volume da coliscção, “illus-
“do com magnificas gravuras, &o réis por
«-mana em Lisboa Porto e Coimraç
Nas provincias, fasciculo de: 96 pag. 120
-. de tres em tres semanas. e
Ecvi ae literaria
Em circulação o 3 fasciculo
Argano Simoes Í 1 REIRA.
PYRILAMPOS
(CONTOS)
GAZETA DAS PROVINCIAS |
DA
TYPOGRAPHIA ag Ena osstgs rei
a
1—TRAVESSA PIRES—2 fa
CERTA.
aramaico of pet
E
—PORTUGAL |
ese aeaçae=——
João RarmapL Dom
Pg ns Largo do Muuiçípio, o
CERTA
|
Vende o seguinte: arroz, bacalhau,
assucar,calé chá, manteiga massas
petroleo, pregos d’arame, gomma”
tabaco do todas as qualidades, vi-
nho branco e linto e aguardente de 34 &
“alimentícias, bolacha,atum, E:
Ea
>
superior qualidade
PREÇOS CONVIDATIVOS
IPOSTO DO SELL?U
Carta do Lei da 29 de julho de 1899 com é
as respectivas tabella e PORTARIA de d deBã
Re comauce eflcctuar-se-ha sem
Raição em bom papel, cuidadosamente re. gd ructas de
zista e impressa sob a direcção de um fuccio- 3
R! estampa, em que se reconstiluirão os
asnsto carrente, esclarecerdo-as,
nario pratico.
Recomenda se, porqne a sua clareza e ni-B
tidez a torna superior a muitas outras facili
bões.
Promette-se publicar g distribuir no fim do)
anno corrente um SUPPLEMENTO com lodo:
os diplomas que sobre o imposto do sello fo- BB
rem publicados até al, duvidas que a prelicaf
suscitar, opiniões auclorisados e quaesquer
arestos de interesse para a boa interpretação
do lei.
carta a quantia de 200 réis. :
O SUPPLEMETO, porém, sú será remmet-
tido a quem envir 40 réis para elle. Em troc
mandaremos uma senha que dará direito re-Eh
quisital-a eg no principio de anno de 1000B
uão tiver dois enviado.
Pedidos e correspondencia sobre 0 assumpto
a JESP NATile LIS DA COSTA Es-
crivão e Tabellião==EVORA.
P S.— Muito conviria reunir na mesma re-
quisição mais de um exemplar, enviando a sun
importancia em valle uo carta registada pars
evitar exlravios.
Satisfaz a qualquer requisição d’exemplaras fl
| Augusto Ressiz=CER
CEPRrESa.
DO
dado
) If Albano
Ricardo Mus
| “theus Ferreira )
107 RUA DO VALLE 107 A
CERTA
completo sortimento de generos alimentícios
essi como uma grande variedade em pannos
crús. chitas, baetas, riscados, cotins, colchas É
cobertores, fazendas de algodão, lãs, casteiló-]
tas etc, etc.
PREÇOS CONVIDATIVOS.
Agente da Companhia de seguros
«REFORMADORA »
– – GAPSULAS TOENIFUGAS
Prepradas por Manoel Simões Castanheira
Pharmaceutica—Pedrogam Grande.
Estas capsulas, de prepara»
ção inteiramente vegetal, são
dum effoito seguro e im-
BE i E :
tundo a procura de qualquer verba referente a Bj S Máis brilhxatos é Lormos escripto-es
determinado objects e crhten io no final umas ER O tempo, terá nois, com a colaboração
paginas em branco para referencias e aunota- Ba c
UUO Gumeiro qi altactivo singular, por
Snrá enviada a quem remmetter em vale ou
a
ERA RERRINIIIIC
liraNDE perosrn)
“ DE
Branco e tinto, qualidades es-
peciaes, por preços resumidos, Sá
Quem pertender dirija sea L.%
Dius— Corta. dé
COMPANHIA NACIONAL
ida Guel :
90-—Largo do Conde Barao—50
LISBOA
OS MYSTERIOS
DA INQUISICAO
À distcibuição d’este bello e commovedar
analmenta ds ca-
24 pagivas in 8.º gr.
Cada caderneta contera uma esplendida
! factos
mais notaveis des-riptos no texto da obra
A parte lilteraria, devida a perna de um
da nos
; urtig-
(cade Manuol do Macedo e Rou
| +sso que as tllistrações são compostas em face
de documentos anthenticos, e qua tudo fara
reviver a plena luz da verdade as «cenas é
OS acontecimentos, que se encadeiam em fora
Na de romance mas que teem a mais fidediga-
nrigem historica.
Preço da caderneta —S0 reis
PARA LISBOA E PORTO
Todos os srs. assignantes receberão
com o ultimo fasciculo,
a Um primoroso brinde
frito espressamente pelos ses.
E ANUEL Di MACEDO E ROQUE GAMEIRO
para esta obra. O brinile representa u-
| diúdas scenas mais brilhantes da listo-
portugueza.
OS LESIADAS
L. do Camões
Crande edição popular e ilustrada
sob a direcção dos insignes
artistas Roque Gameiro
e Manoel de Macedo
Esta edição de «Os Lusiadas», a
mais monumental e mais economica de
quantas se teem publicado até hoje, tem
É como compete ao maior monumento da
q nossa lilteratura e esta empreza impri-
E me a todas as suas publicações, «um cu-
E] nho verdadeiramente nacional,» pois o
É papel é sabido de fabrica portugueza, o
N ESTE estabelecimento encontra-se um il iypo fundido na Imprensa Nacional, il-
Iustrada por artistas genuinamente por-
luguezes, cas phologravuras feitas egu-
gualmente por artistas portuguezes
PREÇOS DA ASSIGNATURA
Cada fasciculo de 2 folhas, de 8 pas
E ginas cada, in-4.º, grande formato, con-
tendo cada fascículo 2 esplendidas gta-
E vuras— SO reis.
Cada tomo contendo 5 fasciculos ou
q 80 paginas, inserindo cada tomo Í 0 ma-
E gnificas gravuras originaes— 300 reis
* Empreza da Historia de Portus
gal
POR preços dimínnios ncceita enconmendas de im-
pressos otiiciues, tacturas, bilhotes de visitu, partici-
pações de vunsameuto, circularos, prospoctos,cartazes,
etc. etu. etc. ;
:
falivel pura expulsar a tos-
nia (bicha solituria), como
so prova por alguus at-
testados medicos
PREÇO DO FRASCO 800 RÉIS
Desconto: aus sis. pharmacenticos
DICICLEIA
Vende-se uma quasi nova systema «Rove
neumatica.
Nesta redação se d referencias