Gazeta das Províncias nº41 15-03-1900

@@@ 1 @@@
“É 0 que thais por ahi se presenceia; não:
À
SEMANARIO.
ASSIGNATURA.
CERTA, mez, 100 rs FORA DA CERTA, trimestre, 380 15, APRICA, semestro, 45000 1. BRAZ, semestro, 28800 re. Numero avulso, 34 es
“Poda a correspondencia divigida & Administração, R. Sertorio, 17. Os originaes recebidos não se. devolvem
; Ermesto Marinha — Birector
INDEPENDENT
menção pi A Si RR ET
KH
Rd
a Rae
PURLIGAÇÕES
Ko: corpo do jornal, cada linha 80 78, Annuncioa, 40 ra. à nhaRepelição, 20 qa. a linha. Rermidentos, preço convencional; q4 ME assigunalos:
tim o desconto de 25 0/9, Esta folha é improssa na Typ. da Gazetardas Propincias, Cartk
Augusto Rossi — Editor
ee + Ape
Eau prtanasperas
Rare RT
ee e
Expediente
Prevenimos’os noksos estima. :
vols assignantes que breve.
mento enviaremos pelo correio.
os recibos de cobrança relativos
no segundo semestre. |.
Esperamos dever-lhes a fineza
de sutisfezerem as suas assigna..
iuras, o que desde já agradeces.
mos E ? EE
Aos nossos colegas a quem
enviamos o nosso semanario, pes
dimos a honra: da sua permuta,
Annunciamese obras de que se
receba um exemplsr.
AGENTES
DE POLICIA
Chegaram finalmente-a estasvilla 083
policias «que a Camara Municipal res
quesiton deste district, em agosto: de
1899, para policiarem o concelhoe so-
bretudo fazerem cumprir as posturas
amunicipaes; pelas quaes: nunea houve;
mespeito e acalamento devido.
Para amaior parte dos habitantes é
um laito desagravel avinda destes aj
gentes, e antipalhica . a resolução das
auctorilades tomada neste sentido, des-
de que o serviço de policia culte nós
wae ler um novo & inergico regimen,
A principio não será bem ageeite, sa- |
bemos; mas, ingquestionavelmente Jorna- .
va-se necessaria uma policia vigorosa
para fazer manter a ordem, a decencia, |
e o respeito pela lei concelhia que nos |
rege,
Não admira que Lomando as. coisas |
o seu devidoscantinho, Haga desagrados ;
«om abunidancia acompanhatlos de spio-!
testos «de insubordinação. Não importa;
tudo Isso fim parte -dos rançesos costu-
anes «ue-tados têm-soga idos; us
| tempo -delerminavem osabusos- e!
de fazerenstaros celracia rios mosdevidos
LIXOS, À E são
Urge que os habitanies desta Joca-
lidade, gomprelendam que acvia -pu-
blica não é ovagadouro de todas as im-
mundicas e que a limpeza das ruas é
indispenisavel sob lodos os pontos de
vista lygientcos.
Já porulillerentes vezes nos Lemas gc-;.
cupado.da falta de asseio que por cab),
se vê, mas, baldadamente; todog “eoope- |
ram no despreso que volam aos desli-.
nos da nossa.lerra, que aliás podia ofe-.,
recer aos Jotasteiros um aspeclo, agra-:
davel exonvidalivo, pela sua pilloresca:
siluação é elevada importaúcia,
apesar «das posturas mubicipaes não.
pernlucem cestancionamento de carros e |
deposito de-estrumes-nas ruas pablicas, |
falando já dos materiaes para obras,que
ficam eternamente a embaragar 0 tran-
sito publico.
Ninguem varre as testadas-das suas
ruas; poucos caiam as paredes dos seus.
predios, emfim, lodos fazem o que que-
rem, impunemente, escarnecendo das 0-
brigações que lhe impõem os regulamen-
tos pulicines,
Para evitar o proseguimento de tantas
e variadas irregularidades necessario ge
tornava a requesição d’estes agentes po-
liciaes, que, pela solicitude inherente
aos seus cargos é usando da prudencia,
que a principio é indispensavel adoptar
para com os lransgressores, conseguirão,
«Sebaixo das ordens, circumspectas do di-
| guo administrador d’este concelho, Ínzer
«entrar os obslinados na ordem, sem
violencias e oppressões. –
É Já que os novos agentes começa-
ram ga sua faina, multando algumas
condongueiras amestradas e suprimindo
alguns abusos, lembramosslhes, que a
lei é para todos egual e que–acima da
consideração individual está o direito
ea justiça,
E é para a jnstiça que appellamos,
para evilar.iniquas praxes,que redundam
quasi sempre em favorecer os grandes,
sem comtemplação alguma para com os.
pequenos. Re
erp >
ECHOS DA SEMANA
— Foi nomeado secretario geral do
governador civil do districio de Beja, o.
nosso presado amigo sr, dr. Antonio Li-
no Netto.
Ão apraciado, que pelos doteg da gua
vobusta inteligencia e caracter impollu-
to, é justamente admirado pordodos que,
o conhecem, enviamos Os nossos para-:
bens.
88 —Foram apresentadas na camara dos
«deputados, pelo ilustre deputado por
“estescirculo, quer. dr.
João Rodrigues |
Pinto dos Santos,e remetidas á commis-
são de fazenda ag representações dos!
empregados administractivos deste con-
| celho e do de Proença a Nora, pedindo
a vesopgação dos $ à 3%e Dº da. base.
29, que faz parte da dei de26 de Julho ;
ultimo; afim de garantir aos actuies
| empregados administractivos os díreidos |
| que a lei em questão era agtentoria á li-
adqueridos á publicação d’aquella lef,
‘—Conslaque El-Rei irá brevemen-.
tea Proença Nova, a uma caçada de ja
vatís. Informaam-i’os de que já alli fo-
tam fazer o reconhecimento do terreno,
algums caçadores de Castello Branco.
38 —Consta-que. inda: este anno será
“condwido de terraplenagem, o lanço da
estrada municipal de São João do Gou-|
Mim de ide AR
98 —Os trabalhos com a abertura do
lanço da estrada districial desta villa a
ora e E TES Tae
Vaquinhas Cimeiras, proseguem com
grande actividade, devido ao zelo do in-
lelligente conductor Obras Publicas, o’
nosso amigo o:sr. José d’Oliveira Ca-
brado
Já foram entregues aos policias
lestacados nºesta-villa, 25 bolas de stry-
chinina para a matança dos cães encon-
trados sem açamo, na via publica.
— Tambem se diz que a ponte da
Carvalha, em construcção, ficará estean-
no concluida. Oxalá que o boato se não
afaste da verdade para commodidade
dos povos, que ha tanto Lempo aspiram
par tão util melhoramento. :
— 38-—No concurso de provas para ar-
bitradores judicines que teve logar no
dia 9, no Epa d’esta comar-,
“Ca, foram approvados todos os candida-
tos, com excepção do sr. Augusto Anlo-
nio da Silva, que ficou fora do concurso,
por desistir do acto.
Os concorrentes approvadog foram os
srs; David Nunes e Silva, José Vaz d’A-
zevedo e Brito, Joaquim Alexandre Car-
doso, Antonio Martins, Martinho Dias
Baralta, Antonio José Tavares, Joaquim
Alves Caiharino, Antonio Alves Lopes,
Manoel Nunes, José Ignacio Pessoa, Be-
nigno Lopes Munso, Antonio Cardoso
Coelho, José Martins Velez, Manoel Ba-
ptista Diniz, Antonio Maria Lopes da
Silva, José Marques da Silva, Manoel
Mendes Gaspar Barata e José Pedro da:
Silva,
Destes 18 concorrentes só podem ser
despachados &, porque nesta comarca
existem 5 vagas, sendo aqui colocado
um arbitrador, que a sem pedido vae ser
transferido da comarca da Pampilhosa.
—Não houve hontem sessão de
camara, por falla de numero de yarea- |.
dores.
—— casi ge — ; is
Dr. Lino Netto |
“Fez acto de licenciatura em direito,
nodia 6, cando approvado, este nosso
querido amigo, NR aaTaid
“As nossas sinceras felicitações,
“Segundo informa o nosso collega «À
Palria,» 0 odiosoe revoltante. projecto |
de lei sobre a eaça, (oi enterrado de vez.
Nom era de esperar o contyario, desde
berdade e demasiadamente vegatoria.
Detoda a parte chovem as reclamações
de caçadores contra tão absgrda lei, e as
| associações protecloras da caça muito |
tem trabalhado a fapor d’esia cansa, que ‘
é justa, e está merecendo à geral simpa-
ae apoio, por parte da imprensa e
dos proprios lavradores, a Quem mais à
repugnante lei prometie favorecer,
L
Já que tivemos pceasião de mos .Qcen-
parmos ligeiramente deste assumplo,que
está prendendo à altenção geral do pu-
bliço, pedimos ao sr. a dministrador da
concelho, que previdencei no sentido de
fazer respeitar o lempa defeso da – caça,
porque nos consla, que dprante este pes
riodo se caça impunemente em tado q
AStRdhos sem altenção alguma para com
a lei,
Já por outra vez pedimos providencias
para este assumpto e os abusos conti-
nuaram a ler desenfreado proseguimens
to.
E”, pois, tempa de terminarem, E ass
gim O esperamos,
mengo eee
ovimento do serviço pogtal da,
se estação telegrapho-postal da,
Certá dyrantê oanno de 1BPR
Correspondencia official;
Recebida , : ros à ? 4.251
Expedida , pr vcrora 4:004
ota ogro gal doi idea 8;258
Correspondencia ordinaria recebida:
Cantad ss ps cus a o pp EO O
“Bilhetes postaeg, , 0 + o B:928
Jophaess, Scr e prio e BS RENA
Impressos. rr 4 o 246
Manuscripios:, eo e ro 864
Amosirask aiii orar piano O 57%
MOlale Ss ss cg mp css BO EO
Correspondeneia ordinaria expedida;
Enttas o a re ce e o MDA
Bilhetes postaes. . +» + 6:UIk
Jornaes O, pr, + BAIA
Impressos, ar or 884
Manyseriptos, sucropo 42
Amostras PEco E Re ER h68
Eolal a co bus
Corvespondencia registada, pors ]
teada e com valor declarado, re:
cebidas A
Cartas porteadas +, poe – 104
Curtas registadas +. , 45107
– Cartas registadas com valor de-
-elarado na importaneia de 7:8478036 bo
4:261
Total » , L e Ê .
-Correspondencia registada, por
teada e com valor declarado, ex=
dida: Bsbos :
22
“Cartas porteadas O, +» É
“Cartas registada +, rs» 1:309
Cartas registadas com valor de-
elarado na jmporigacia de8:2078760 rs. 44
Total, sa + 1:373
Encommendas pastaes;
Recebidas – rp r 2» 128
Espedidas 2, ds ns 470
Total + por 2 0 B9%
Walles do eprreio e telegrrphicos
na importagcia de 7:4478259
reis ads : . . . a « 523
Assignalnras periodicas fecepides
e devoividos na importavcia de d
1:178g389 reis 1, 24″. 747
PRO o ea
Refugos;
Lolog s srp ro pro?
Souna lota) dos qhjectos recebidos e
| expedidos no valor de 24,1818823mw 119:735
À Emportancia total para expedição Fecepção
dos mesmos objectos a favor do Esla-
dO cr rs cr orr or EBBIGOOROOR@@@ 1 @@@
A base da adubação deve ser o eslra-
me de curral; mas, sem prejuizo das
opiniões que–a-proposilo de adubos. tes. |.
nho sustentado, direi que é para esta |
cultura recommendavel-aadabação mix-
ta de estrume de curral” e” superphos-
phato e, nos terrenos leves, tambem sulz
fato de potassa. A quantidade de estru-
me deve ser de 15 a 25 tonelladas por,
hectare, enterrado, nos.Lerrenos compa-
etos, argillosos, com lavoúra profunda
“antes do inverno-—e nas letras soltas ou
“livres, depois do inverno.
E digo que.o estrume, | der
“ser enterrado com a lavoura, porque Le-
nho presenciado constantemente um
grave erro dos nossos: lavradores, que
consiste em espalharem o estrume aos,
montes no campo dias antes de come-.
car o amanho € sementeira das lerras;
de onde resulta fatalmente uma perda
de azoto lanto maior quanto maior fôr a
superficie de camadas de estrume posta
em contacto com o ar, e quanto mais
prolongado fór esse contactos Este in-
conveniente dá-se..com.lodos. os adu- |
bos organicos, fiquem sabendo isto – des:
“uma vez para sempre.
Quanto á dóse de «adubos -chimicos | |
complementares, devera ser regulada por
180 a 240 Tilogrammas, de, superphoss
hato de ossos por hectare e de 75
100 kilos de sulfato de potassa:
Misturam-se bem estes adubos a ou:
tra tantaareia ou’terta pulverisada e.)
secca, ecespalham-se no terreno antes, |
da sementeira e a lanço, ou nos sulcos.
em que se semeia O grão;. mas n este
nltimo caso cobre-se o: adubo chimico
com terra e só depois d’esse cuidado se
deitam ossgrãos, afim de obstar a que
estes fiquem em contacto directo com 0 |,
adubo. Empregando-se estrume liquido,
das fossas ou sentinas, como usualmen= |;
te se pratica nos’ arredores do: Porto,
dissolvem-se–no liquido os adubos é es-
palham-se juntos.
SYLVIO CERES
de curral deve |.
ts
— cmRoNIcà LOCAL
E ‘* Anniversarios
| Fizeram annos:
ES —SNo diaF0—
O:sr. Firmino José David
Ec Pon ie—=
A extrar* D. Maria José da Matta Pe-
droso Ba rala.
Ea ani OS? qui à aid é
3 — ines as Noudia 17-—.
A exm era D. Judith Tasso de Figueiredo
Os nossos parabeas.
a
*
» Esteve nesta villa no, dia 9,0, nosso amigo
Antonio Martins dos Santos, de Sernache.
EE
* +
escrivão n’esta comarca.
na
Está de cama com a «influenza» 0″ nosso
amigo Antonio Bagenio de Carvalho Leitão.
*
: * e.
» Tem estado incommodado 0 sr. Francisco
Cesar Gonçalves, escrivão n esle juizo.
sta
– Passon para Oleiros, a ex.mesjº D. Maria
Ribeiro d’Audrade, d’Arnoia,
Ls E
* *
Regresson de Thomar o sr. Firmino José
David e ex.?º esposa,
+
*X
pos Está completa mente restabelecida a ex.P*
sr.º D. Natividade Carvalho.
; e –
VARIAS NOTICIAS
Diz um jornal de Oliveirade Azemeis,
que um pintor “ebamado «Leal; natural
de Albergaria: Velha e casado com uma
rapariga de ‘S. Thiago, Waquelle conce-
lhó, tendo-se-ha muito: tempo ansentado
para Hespanha, sem se fuzer acompa-
nhar da“esposas teve-arles de contrahir
GAZETA DAS PROVINCIAS=CERTÃ 45 DE MARÇO DE 1900
Ja regressou da, catital, “o sr. Simões Divid
— Ha hoje, em toda a alia
novo matrimonio com uma «salerosa»
castelhana, que lhe fez esquecer os com-
promissos conjugaes é alé os deveres
palernaes. .

q *
Em Castanheira de Ribatejo, falleceu
“ha dias-o sr. Francisco Firmino de Bri-
to, mais conhecido pelo Chico da” Reta-
ca; reputando ser o-homem-mais alto-do
paiz, pois media 2,” 12.
A
x
“E esperada pelo fim d’este mez “ou
principios de abril a sentença do lribu-
“nal de Berne sobre-o caminho de: ferro
de Lourenço Marques.
x
*o
Um habitante da Brescia recebeu” u-
ma carta que fora lançada no correio de
Milão em 1885… e andara perdida no
serviço postal alé agora.
£ + 3a À
109:000
eyelistas. E” na provincia de Milão” onde
ba mais «velocemen», pois existem “ali
cerca de 163 velas por 1000 habitantes.
“Em Turim, Ferrare e Ravena, tam-
bem são muilo numerosos.
Pelo contrario, na Scicilia e na Ca-
labria à proporção não chega a um cy-.
“clista por cada 10:000 habitantes.
Sciencias & Letras|
a E u—õ—
O coveiro
Tina chegado a noite.
A lua, na pallidez eburnea do may-
more, errava pelo azul, Lriste e somno-
lenta, despejando sobre a Lerra o puanto
immaculado do luar. Pelo espaço anda-
vamos murmurios dum, segredo e, à
beira: dos jazigos, às avelludadas rosas
brancas tombavam murchas, mortas, às
vibrações suaves das estrellas.
As cotovias, deitadas sobre a pluma-
gem setinea do fundo dos seus ninhos,
dormiam brandamente o somno das cre-
miam, batidos pelo vento.
Entretanto, no interior
de simples apparencia, jazia, sorrindo nº
um caixãosinho branco, uma creancinha
loura, muito branca, com as mãos sobre
o peito e as palpebras cerradas ao som-
no impenelravel da morte, ao somno que
se dorme em leitos de marmore, “4 luz
branca-da= hera descórada o som.
cavernoso da enxada do coveiro. Tinha
a côr livida dos cirios lunerarios que a
“Dentro havia o silencio monotono da
morte e fóra a limpidez das noités côns-
telladas. E
A” porta da: casa, choravam-umas, po-
bres mulheres mal vestidas e 0“ cortejo
coméçou asahir funebremente, entre os
elarões frouxos das tochas desmaiadas e
os risos alegres das creancinhas que a-
innoceênte. ES
Chegaram ao cemiterio.
esquife pequenino e branco para o tirar
à bocca esfaimada da cova sombria que,
abrira momentos antes. ;
alegremente, como a aguia que vê ca-
tinta de sangue na alvura casta das pen-
nas…
estava presa por uma-fita côr de rosa
ceu lusilar nos olhos baços do coveiro.
um relampago febril d’uma ancia intima.
Entraram.
No cemiterio havia o silencio dos
os Iyrios sorriam-lhe e “as trepadeiras
soluçavam.
lodaa altura a sua lanterna de luz baça –
e quasi exlincta, fez signal que parass
sem.
O coveiro ficou só.
FOLHETIM DA «GAZETA
Uma flor d’entre o gelo.
— Perseguiu-me a fatalidade | toda nina
vida! Não Conheci carinhos de mãe navinfancias
não conhéci extremos de amante na joventude.
Na edade das aspirações não, asatives quando
“devia viver paravo sentimento, era-a razão que,
dominava em mim; os annos do amor consagrei=: |
os sem uma saudade ao estudo; emquanto os
meus companheiros corriam com alegre irrefle-
xão parasos prazeres, eu procurava O trabalho
com corajosa tenacidade. Veja, conceba os, ri-
sos d’esta juventude. Acabaram por me aban-,
donsr todas as afieições, essas poucas afei-
ções superficiaes que nie restavam. Respeila-
ram-me, não me estimaram. Como era um, ho-
mem util, Linha quem me lisonjeasse, quem,
me obedecesse, mas ninguem, repare; Valen-
tina, paraco descon’órto desta existencia, nin–
guem que me désso alfectos! A solidão que se
fez em volta de mim exacerbou o que havia no
meu caracter de sombrio; estava quasi a odiar
os homens… – Um dia, porém, senti que áceor-
dava no meu coração um sentimento adorme-
cido, e accordava com toda a exaltação, com
todas as – tendencias da mocidade. Concebi o
amor com a pureza, com o ideal’que’pode ver-
ter na concepção um coração ainda virgemre-
cebi-o como um culto, como O augusto myste-
rio de uma religião! que pela primeira vez se
“| me revelava. A minha alma passou por uma
completa transfiguração; novos instincLos, no-
“vas faculdades parecia nascerem e
Mas. . .as rugas que me sulcavam a fronte im-
“punham-me a obrigação de sulfocar à explosão
| immisente das paixões que se insurgiam tmul-
tuosa». Que importava a pureza d’ellas? —
| apontar-me-hiam para 08 meus cabellos brancos
“e mandar me-hiam-Que: os |respeitasse. Calei-
me; foi então que verti em silencio as mais à-
“margas logrimas de minha vida.
Pela segunda vez a commoção dominava Ja-
cob-Granada a ponto de lhe interromper à ‘cor-
rente de palavras que uma vehemente paixão
lhe estava” dictando;: depois: continuou: f
“— A velhice descrente, invejoza, avara, €g0IS-
ta, cynica, póde ainda encontrar indulgencia;
desculpam-n’a e respeitam-n’a muitas vezes;
‘mas a velhice amorosa, fascinada por uma “d’-
essas visões encantadoras, votada a um: desses
cultos ferventes: que nobilitam as almas, essa
não tem misericordia a esperar; condenam-n’a
ao escarneo, à irrisão, estanto mais puras €
elevadas são aspirações d’esse amor, tanto mais
amarga, desapiedada, hamilhante é à persegui-
ção que lhe declaram; é então que a assalLejam
de chascos “e de apupos.. Sabia-o! e por isso
“me oecultava, por isso luctei para que ninguem
descobrisse em mim o que mé ia no coração.
Porque eu amava-a loncamente, Valentina, &
“amo al…
mais lhe peço. É já agora a univa consoiação
| a que aspiro. Uuça-me e riá depois, sea com-
para ella.
Oh! deixe-me ainda dizer-lb’o. Nada |
miseração lhe não gelar nos labios o sorriso.
É a ultima vez: que lhe falo. Amo-a perdida-
mente, Os-affectos que os outros repartem. com
a mãe, com os irmãos, com os filhos, enthe-
sourei-os eu, annos e annos, para lh’os: tribu-
“tar agora! Despreze-os, mas conheça primeiro
“de que grandeza são, Este amor tem O respei-
to do amor filial, a dedicação do amor-fraterno;
“havia de rodealca-das caricias-que os filhos-re-
‘cobem da mãe que os estremece, e, ao mesmo
tempo, elle adivinharia os extremos, à exalta-
cão de uma paixão de amante. Sacrificar-lhe-
hia tudo, a minha vida, a minha vontade, Os
respeitos do mundo. Por que me despreza? Ob!”
não repare n’estes cabellos: brancos; far-lh’os-:
hei esquecer à força-de dedicação.e de jaffectos.
Não me disse que viesse? pois não me, assegu-
rou que possuia faculdades superiores às do
vulgo? Que direito tinha para fazer nascer il-
“lusões, como as que eu, louco, cheguei a ali-
mentar se não confiava que poderia correspon-.
– der-á esse amor verdadeiro, -que animou assim? |
Se havia de acolher-me com a gargalhada mo-.
Lejadora e cruel, para que me arrastou aqui?
Diga, fale. Não vê que enlouqueço? uma pa-
lavra ao menos que me tire dos ouvidos o som
d’aqueila: gargalhada: Valentina! commove-a à
“partida das andorinhas, o definhâmento da lôr
e não tem coração para sentir este tormento?
Vê? choro choro, e parece que se me exhaure
a vida p’estas lagrimas. Não alliviam, abrazam-
melÓ Valentina! Valentina!) tenha piedade: d’
esta razão que se perde!
E pronunciando entre soluços estas palavras,
que lhe sabiam dos labios como uma impetuosa
“torrente, cahiu de joelhos’aos pés de Valenti-
na-que o. olhava com. gesto de commiseras
ção. f
– VI
=Creia que aprecio-a nobreza dos seus;
sentimentos —disse-lhe-elia em tom gravo
triste. — Tenho orgulho de. os haver inspirado,
“mas penalisa-me ‘ao mesmo tempo. Que quer?
É uma fatalidade, disse-o ainda ba pouco, A
alma, que eu ambicionaria encontrar, era de-
f certo uma alma tassim, mas. – .—accrescentou
com uma-expressão de semblante, onde não
– pôde totalmente dissimular um reflexo -de ‘sor
riso—cheguei. . «tarde,» bem vê. —E fitou os
olhos na cabeça encanecida do apaixonado ve-
lho.
O sentido d’estas palavras não podia ficar
“um enigma para Jacob Granada.
Tarde! repetiu elle, levantando-se e com
uma. entonação de amargura que contristava:
ao ouvir—Tarde!—E mal soube disfarçar um
“sofriso ao pronunciar essa palavra crueli—Se
não sente compaixão, para que a simula? Aca-
be de consummar a obra, Não basta ropudiar
este amor; tenha coragem, é preciso escarne-
-cel-o, Va, ahi anda essa turba de ociosos, pro-
cure-a Conte-lhe a minha loucura, fale-lhe na
minha ridicula credulidade, diga-lhe que um ve
lho ousou falar-lhe de amor, que não hesitou
em rojar-lhe aos pés a dignidade da sua ve-
lhice. —(Continúa).
JULIO DINIZ,
anças, e, no cemilerio, os cyprestes ge-
a
de uma casa..
alluminavam e o corpo Írio como a tampa
que a havia de cobrir d’ahi a momentos. |
13
1353
“Ra
e ao som ..
Chegaram ao sitio em que estava .- a-..
berta a cova e o coveiro, levantando a |
Echoou pelos sepulchros a voz rouca:
d’um velho latim, e fechou-se o caixão. –
“pontavam, sorrindo, 0 caixão aberto” da” |
“O coveiro aguardava, á porta, aquela –
E ao ver a creancinha aquelle hos
mem de rosto amarellado e frio sorriu-sB 3.
hir nas suas garras uma pomba branca, .
“Ao pescoço da creança amortecida,.
um objectode ouro; é, à sua vista, pare- .
phantasmas e na passagem do esquife-.quife-.@@@ 1 @@@
Naquela cabeça, coberta. “Lu úns com-
pridos cabelos desgrenhados: e sujos de”
terra, balonçava aindá aidéa do brilho
– do onro que via ná creatiça é: nos labios E
“o mesmo tiso alerrorisado, =
Ajoelhou. Dum impulso o a es-
quife. Uma: vajadaíde: vento «açoitow «os:
CANCIONEIRO |.
“nem lhe tocavano hombro: Olhou em |
do |
“infinito, parecia sorrir melancholicamen-
exprestes, e ouviu seno silencio da-noi-
te um soiuço triste, muuito: triste,
“O coveiro ergueu-se. Parecia” que al-
roda, Ninguem: Só a lua, no. azul
je.
Com mão iremula arrancou o ouro:
ques scintiava. phantasticâmente, ao tre.
– pitar da luz da sua lantévna,
Depois, fechou novamente o ni ê
“cobriu o delerra.
A lua estava agora “coberta pk uma
— pequena nuvem negra é e-as estrellas op-” 5
“ cillavam em umas Seinlillações rapida as,
derradoiras, – e
bi jão Sel E
e
cus GAZETA Das
– Depois sahiu, silenciosamente, e, amn-
| es: de recolher a casa, foi pela tasca
beber uns copos d’aguardente, pagando
ao taberneiro com wma das metades | da
medalha d’ourQ. e:
““Carlou Sorgo
O Hen Evangelho
Ján não amo as febris e timidas donzelias,
De labios de carmim é faces purpurinas,
“Do colo d’alabastro e formas pequeninas –
est Badá olhar elo brilho. -eguala odas, estrellas. RA
“ Fánão oreio tambem nos que vivem pas cellas
Prégando à muitidãao as myslicas – doutrinas
— Milagres, concepções seraficas, divinas, k
.b fazem companhia às freiras geutio bellas..
E“ que hoje em mim nipUê um outra coração.
Que despreza a mulher e odeia; a religião,
“Jesuitas e reis,— tudo. 0: gue é po e telho!
Ra, do / po
“Namanhã seguinte; quando a “des
gretiada esposa limpavarilo: pá do cep
: milterio as calças do coveiro, sentiu” no
“Solo um som metallico e agachando-se:
levantou o objeeto que na noite anterior:
“ellesarrebatára do. pescoção “da” creanci-
“o Bha mora. bes 4
“Era metade: duto medalha Foiro
com parte d’un Cliristo, crucificado. »..
a “Becuou. Levou febrilmente: a-mão-ao «
seio e arrantoil nm escapulario; de dens H
pe “vo ditóu um: objecto quási egual nO que:
> uinhá-nas mãos. Juntouco’á parte da me-
“edalhia que o voveiro troixera.
pero à Td e
Deu um grito-de goso..
* O coveiro acordou. A bia aço Er
“como louca. e
— Enfim, meu Deus, emfiml Ea vos
agradeço.
E mostrava’ao coveiro as: duas: fansé
da medalha, perfeitamente juntas.
— Vê, vê, Achamol-a, emfim, Acha-
mos a nossa Eugenia, Aqui está a parte.
desta medalha Eoiro que lhe: “atei ao
* pescoço, quandoa abondonei num por-.
“dal, pedindo-muma’ carta que jamaiy lhe:
separassem do corpo o signal porque.
um dia À reconhêcéria. E Deus, Deusde:
– misericordia, ouviu as minhas preces de:
mãe e enviá-me-a “minha filhas
O coveiro estava “aterrado, olhando
de olhos“abertos a asseio mulher ad o
fitava anciósas 0
‘ A ârinha Bilha? Onde está a: minha
E filha? CM
“O coveiro não Aespondet
-— Miseravelt Dá me a ho E
— ouviste, Quero-h, “queto vela –
“está ea? Onde está. a minha, filha?
Em resposla o coveiro deu u
galhada horrivel 8 pipa apora o ee.
miterio. 4
— Morta?! Mor la)
O coveiro poz- se a rir. eo!
A esposa eslava aterrada; louca.” A:
briu os braços é pateceuilhe ver a filha
“que a chamava, sorrindo. Depois, deu
um grito anguslioso daalina magoada fu-‘
gindo-lhe n’esse grito, fel-a cahir sobreo |
solo morta, morta como a filha,
O coveiro erguéu-se, poz ao hombro”
a enxada e dirigiu-Se para 0 einilerio..
É pra: E
A” noitinha, o guarda portão viu-o en-
trar com uma mulher ás costas e alival-a :
para a cova que abrira de” manhã, des:
pois de le ter arrancado do seio “um
escapulario de seda preta;
ij tslava-| 7 vas
— Não. amarei pinos a amosóo Povo
E oque dElle dimana eo queé Bello e Novo:
—Sóa Revolução hoje é ameu pa
HAMILTON D ‘ARAVIO
PENSAMENTOS a
Não é a belleza: que acids um farta a
“amar uma mulher; mas é o homem que sabe
tornar bella a mulher que ama, fazendo ape-
pas isto: amando-a. O amor Lorna-bellao oh-.|.
jecto amado. :
que a achamos bonita. –
oi À 0 da niéisdl das penas da
alma.
“MARCO POSTAL
EE ST See
“Pedrogam Pequeno
Edificios publicos
“Qiiando, ha dias, alludimos a edifícios
didblicos nesta villa de Pedrogam Pe-
| queno, por lapso, deixamos de narrar O
deploravel estado de consêrvação em,
“que’se acha a casa. d’aula.
Ha perto de 42cannos: ques. está a |
funccionar, e a respeito de concertos. «+:
“| apenas uns pequenos temendos no ler
poa
ne. é Onde | * Exteriormente, fallando, está fada des- e
qua necidage no interior, como: as–pa-,.
redes ainda não foram novamente caia-
das, já não “estão em harmonia coma
| hygiene, O professor j já se dirigiu offlei-
| almente á ex.” Camara: Municipal, pe-.
“| dindo providencias, para os concertos
mais urgêntes; aex. Camara -respon-
deu-lhe, não ser isso das aliribuições d’
aquella corporação, visto que o edificio
| não pertence á Camara, mas sim á Jan-
ia de Parochias por «ofleria feita pelo
| fungador do mesmo-edicio. E parece ter:
rasão. E”, portanto, a esta Junta: de Pa-
| rochia, que como senhoria do edificio
compete reparal-o; mas.como laes repa-.
| ros são bastante dispendiosos; 4 e à Jun-
la não tem meios, tendo – apenas a boa
vontade, assim continua, alé que, mais
tarde, hade desabar,
* Causa dó, ver em tal estado um edi-:
| ficio que custou tanto dinheiro ao bene- |.
PROVINGIAS CERA d+ DE NaRÇO DE 1900 —
| e encarsegado do. correio,
“A unica conflilandiaé que sem perigo pode-
“mos fazer á mulher mais discreta, é digas lhe |-
merito fundados .
94 Faleceu n’ esta villa, no dia 8
do corrente. o. venezando, sr. Antonio. Jo-
traquim e Silva, que, por muitos annos,
exevceu o. cargo de segedor de Parochia,
nesta villa.
Foi sempre um homena de bem a lodgs
os sespeitos—bom. chefe-de familia, bong
empregado e muito, serviçal—em, fim,
um bom cidadão. Paz á sua alma e pe- |
vames à sua familia,
“$€-—Continua gravemento doente à
ex” gr. dr. Rrancisço Martias da Silvas
ha lou à mezes que guarda io leito, «e
“ainda a sey estado é. pouco. lisongeiro.
Fazemos volos pelas melhoras de tão
“lustre enfermo, por ser um. cavalheiro
muito digno, a tados qa respeitos.
DIBLROGRAB
“Recebeidas e agradecemos à visita |
| o de Carrascal.
dos nossos collegas;
|» «Districto de Castello Branco ?
– «Amador Peter ABR:
« «Jornal de Mação»
– -«Fornal de Estremoz».
ANNUNCIO.
dos publicação
No dia primeiro d’abril proximo por
onse horas da manhã, á porta do Tribu-
nal Judicial d’esta Comarca; a requeri-
| mento de Maria José da Silva, residente
no logar do Casal dos Gaflos, freguesia
de Sanl’Anna, casada com: Antonio
“Domingos da Silva, ausente nos Estados
Confederados da Republica do Brazil,
“se hão de vender em hasta publica pes
| Jo maior preço que se offerecer, sobre 0.
«la respectiva avaliação, os bens abaixo
designados, pertencentes ao Casal da |
“dita requerentese-seu: marido, para. pa-.).
gamento das dividas passivas com que
se acha onerado o mesmo casal, cuja
auctorisação foi concedida nos respecti-‘
vos autos pendentes n’este juizo e car=”
“torio do Escrivão ad assigtiado, ar
«saber : E
“PRASO Ê
0 dominio util dum praso De aos
herdeiros de Frederico d’Albuquerque,
| da-Gertã, em litros 148,984 de pão me-
ado, trigo e centeio e uma gallinha e -a
Luiz Farinha Tavares do Pinlial de Bai |
xo em litros 121,896, de pão . tambem
meado, com laudemio de vintena, situ- |
ado no logar e limites da Breira. -fregue-
siá de Palhaes, o ‘qual’se! on “das
Seguintes pitas:
a
2 2 + * E EX .
“na terrá «com oliveiras 8 mall, gi-
mapa 1 na Cascalheira.
2
Uma terya, Ei uma oliveira & malto po.
| mites da Ereira, Junto à Ladeira, com
| duas estadas de sobreiros para o p9ens
mesmo sitio da Gascalheira,
3. e
“Uma lerra com duas oliveiras, sila À
To TER PER ad rm tm Sesi den “2 mato o como E mp
Une ia onbi
ho
Uma propriedade, que se compje da
um curral, ruas, quintaes com oliveiras
e outras arvores e terra de cultura com
testadas de matlo e arvores, nos sitios da
Valle e Valle. das Sobreiras.
Bo
Uma courella com oliveiras aita aq
fimo do, Curral.
UR 8
Uma terra Reiara com olivairas,
sita à Lameire.
4
i
Uma courella com um castanheiro q
testadas, no mesmo sitio da Lameira.
* 88
Uma terra de cultura: que já foi vinha
| com testadas de matlo E sobreiros, sita
à Corga.
9.»
Uma terra-com oliveiras, sita ae Val-
10.8
Uma terra com oliveiras, sita à Cor
ã ga,
Us
“Uma era com oliveiras o maito, sita
ao Fundo da Vinha e Goyáosinho.
128
Uma terra de cultura – com -oliveiras,
sobreiros e malto, sita à Valdeira e Eira
Velha.
13,
Uma terra com oliveiras g testadas dg
matto à Horta Grande. |
14.
Uma terra de cultara, herta e testada
de matto, “ita ao Ribeiro: da Ereira,
5
Uma horta e erra de cultura, com
testada, sita po:mesmo sitio de Ribeiro
da Ereira.
163
– Um’serrado: com oliveiras :e outras
arvores, casas de habilação, curraes, pa-
lheiros e testada de rua, sita no logar
da Breira.
preto ate
Fin courella de mato, grande, sita
no Valle. da Poira.
18*
Uma terra de maitto, sita à Costa da
19º:
Uma terra de alto, eita Á Ponte dos
20. E
“ Duas pequenas terras de maito, sifas
29 Ribeiro Salgueiro.
Foi avaliado este dominio direeto, de-
Moura,
Ea
| duzidos os encargos da emplyteuse em
| um conto cento cintoenta e “um mil e
| vinte reis.»
pe ro o, + 151518020
BENS ALLODIAES
Uma terra de sultura, ao Val, di-
te, tendo a – testada cimeira dose 80=
br eiros 8 a fundeira nove sobreiros pgsreiros pgs@@@ 1 @@@
vos, tendo a terra de cultura oliveiras, –
no valor de duzentos e sessenta e cinco
mil reis. . 2658000
Uma horta; – oliveiras e testada:
muto sita à Horta Grande, . limites do
Siugueiro. mo valor
coenta Mmil-Eeis iraniã sos
Uma courella com Saias e testa-
tadas, sita ao Fundo do Valle dos Ca-
beços, limiles ditos no valor.de-quarenta
e oloumilapeis ca a aaa – 488000.
Um olival e testada de matto, silo. na
Barroca, limites do Castanheiro, no va
Jor de de cento e trinta e dois di
reis .. o oo é 4328000:
Uma conrélia com METAS castas |:
nheiros e testada de matlo, sitá na Al-
bardeiras, limites da Ereira, no valor de.
658000 |
Um olival, sito no. Valle. dos Sobrei-
ros, limites do Castanheiro, no; valor de:
quarenta e eco mil reis .
cincoenta esdois mil reis. . 529000 |
Uma terra com oliveiras (e “estadas, ne
sita no Valle da Potra, limites do Sal-
gueiro, no.valor de cinçcoenta -e-seis mil
reis ! » 569000
Pelo presênie São citados para à dita
arremalação quaesquer credores ou in-
teressados incertos que se julguem c tom
direito aos referidos bens, –
Certã O de marco de 1900.
Venfiquer e
E Juiz de Direito
João Lobo de Moura
O Escrivão do ai officio: e 7 $i
José Antonio de Moura –
ES
OBITUARIO
Enterramentos realisados no cemile-.
rio municipal, no mez de feveréiro fin-
do.
No dia 27, Eduwiges de Is de 64.
annos do logar da: Codiceirinha e Mano-
af Antonio, o 65 annos, d’Aldeia: Fun- |
dewa da Ribeira; nosdia 40, José de Pi-‘
na. de 75 amos, desta vila; no dia. 13,
Maria, menor, dos Yordelhos; no dia 18,
Luiza Joaquina, de :80 annos, do logar
das Pombas; no-dia 93, Mária, menor,
do logar 4! Allen Jun feira da Ribeira. e
eme mm aço mm mt
E LOJA DO POVO
Albano dtióniao. Mathôús For» ‘ E
RUA DO VALLE o e 107 AC,
SE
assim como uma grande variedade em pannos
crus. chitas, aelas, riscados, cutins, colchas,
cobertores, fazendas de ilg godão,, fas, casteile-
tas etc, ele.
PREÇOS CORUDA FAS. piá
de:
de duzentos, e cin-.l.
« 2508000,
“de pragana, favas, evvilhas,..
N ESTE cu eo encontra-se um |
completo sprtimento de; generos alimentícias, ||
GAZETA DAS. PROVINCIAS—CERTA 15 DE | | E
emma
KALENDARI DE MARÇO.
Quinta-lem a TS do 92] 29″
Sexta-feita 21 9 16/23 30
Sabbado 3/10 17/24/31
Domingo k|41 18/25)
Segunda-feira [5/12 19/26] —
Terça-feira 6/13 20/27| —
– Quarta feira 4 | 14 94 —
28 |
10:60 cresce. 3h.e 49 A
“JA | cheia Th. é 1676
22 O. ming 4 beer
48 L. nova 22h. eBI”,5
“SERVIÇO DE DILIGENCIAS
Da CERTA a TOMAR (via Sernache de
Bemjardim, Vallese Ferreira do Zezere). Sao:
be da Certa às 2 horas da tarde e chega v
Thomar-ás 9 da noite, Sahe de Tbomar ás 5,
da manha e chega à Certã 12º e meia datar |
de.
Da CERTA a PROENÇA-A-NOVA.: Sahe da |! |
Certã á 1 e meia da tarde e chega. Proença
“8:5 da torde; Sabe de Proença ás 5 da ma- |
nhã e chega à Certã às 9 emeia da manhã.
“Estacciiizencia communica coni”a de Procnçá-
à Castello Branco
Da CERTA a PEDROGAM PEQUENO. Sa-.
he da Corta a Bda tarde e chega a Pedro-
gam às &: e meia da larde; Sahe de Pedro-
-gam às 7 da manhãs chega a ad ás o |
da manhã, du
– O AMANTE DA LUA
Traducção de Silva Moniz
Decimo quinto volume da – colleeção, illus-
trado com magnificas gravuras, &o réis por
semana, em Lisboa Porto e Coimbra,
Nas províncias, fasciculo de 96 pag. 120
rs. de tres em Ues semanas,
+
ANNUNCIOS
BICICLETA
“Vende-se uma ques nova syrtema sie
peumaLica. a?
: Nesta redação se dão referencias
” ADÚBOS CHiiMICOS
para E
“ Butatas, milho, Lrigo e outros cereaes
Louves, melões, melancias, oliveiras, etc,
Nendem-se na loja de
4 EA bado Ricardo Matheus Ferreira-—
107=-Bua do Valle 107 A==”Certã
AA
GOMMERCIAL
Noso Ps af pano:
PR anquertas dada vd É Algodão Ea “POR preços diminntos acceita
e Seda, Chapens, Ferragens, Quid
Iberias. Papel, vellas de, Cêra, Drogas,
Tintas, Solla, Cabeidaes e Cimento ele.
Agencias dos! Bantos, Conmerdiaesde. |“
Lisboa, Porto, Pará e da Companhia de)
Seguros «Probidades-=e dá Casa Sri À E
“Ia E Silva Pg | Biato & tm
is
º IXPOGRARHIA
GAZETA DAS” PROVINCIAS
o CE RTÃ.
1 TRAVESSA PIRES?
“encommendas de impressos ofll=
ciaes, factura, bilhetes de visitas
part icipações de casamento, cir=
culares, prospectos, cartazes,
etc. etc.
Ene Ee rRiiiras eza EaD = A
; + VINHO VERDE DE AMARANTE
“Vende-se, gennino, na antiga : casa Maria
Moleira; na Avenidr Daima de Bastos.
cebolas, |
MARÇO DE, 1900
ENCADERMADOR
CERTÃ
Abel da Conceição Ramulho-
sa, com oflicina de encaderna-
dor, encarrega-se do todos os
serviços concernentes n esta are
te, por preços modicos tanto nº
tom matorial apropriado.
“COLLECÇÃO DE PAULO KÓK |
Assigratura extrnordinaria
gaginas com uma gravura,
marães, Libavio & C.*
A” escolha. do assignante, entre os seguin-
tes objectos: Um relogio d’aço. Um magnifico
binoculo.
nal romance de João Chagas.
Lishoa: Livraria Editora Guimarães,
nio & C*—Sua de S. Roque, 110.
“Porto: Livraria E. Tavares Martins —S, Cle-
rigos, 10.
“CAPSULAS TOENITUCAS 7
regido por Manoel Simões E istanheira
PharmacenticaPedrozim Grande.
Estas capsulas, de preparus
ção intciraumente vegetal, são .
“dum eleito seguro O ine *
falivol para expulsar m toBs ,
mia (bicha solitária), como ;
“Be prova por alguns ats
testados medicos . –
“PREÇO DO FRASCO 800 REIS:
Desconto aos -srs., pharmaceuticos
TODO O MUNDO PHOTO. |
GRAPHO 1
– Libo-
mão, Z chapas, & chassis, 1 pacote
de papel, 1 .Trasco revelador, e 1 frasco de vi-
ragem-fivagem == Preço 13000 reis, nelo cor-
reio 1,8190 reis = Cada chassis supplementar
BO reis.
LE CONPLET — O mesmo apparelho com,
cAudo em mais quantidade e utensílios para la-
horatorio. Preço 24500 réis,
28800 reis.
Completo e variado sortimento de material
photographicomePedidos à PAPELLARIA CEN-
TRAL de Francisco Barges—? Nua do Viscon-,
de da: Luz— Coimbra. :
CRIADA
Precisa-se para casa de homem
só. Tem pouco serviço. .-
Nesta reducção so diz.
IMPOSTO DO SELLO
Carta de Lei da 29 de julho de 1899 com.
“as respectivas tabella e PORTARIA de 5 de
agosto-carrente, esclarecendo-as, *
Edição em bom papel. cuidadosamente “fe-
“pario pratico. É
Recommenda-se, porque, a gua, nt e oi-
tidez a torna superior a muitas outras, facili-.
determinado objects e contendo no final umas
paginas em brancó para relerencias’ e annola-:
bões.
Promelte-se publicar e distribuir no fim do
| ando corrente um SUPPLEMENTO com todos |
“| 08 diplomas que sobre o imposto do selo fo- |
| rem publicados até lã, duvidas que a pralica
suscitar, opiniões auétorisadas e quaesquer
arestos de-inleresse para a boa PasapTeRaçÃO
do lei.
Será enviada à | quem remmetter em vale ou
carta a quantia de 200 réis ;
O SUPPLEMENTO, porém, sú será remme!l-
tido a quem envir-40 réis para elle. Em troca
mandaremos uma senha. que dará direito re-:
quisital-a se no, principio do, anno: de 1900
não tiver dois enviado.
Pedidos e correspondencia sobre 0 assumpto
e JOSE MARQUES Nuno DA COSTA Es
crivão e Tabellião==EVORA. + Ê
P. S.—: Muito conviria: reunir na mesma re-
quisição mais de um exemplar, enviando a sua
evitar exlravios.
Satisfaz à qualquer requisição d’exemplares
| ==Augusto Rossi=>CERT
Bla
esta villa como fora, para o que ‘ y
100 RÉIS o fasciculo de 80 peginas, ou 72 | |
Aos novos assignantes da COLLECÇÃO DE.
PAULO KOCH oflerere à Livraria Editora Gui- k
Um brinde no valor de PP ES.
«O crime da sociedade», Ra
VEÉPATANT — ‘Apparelho phatorrahico de
pelo correio |
zista e impressa sob” à a de um Ea /
tando a procura de qualquer verba referente a:
importancia em valle uo carta registada para. |
HISTORIA
| DOS JUIZES ORDINARIOS E DE PAÍ
“ POR
Antonio Lino Netto
| Bacharel formado em direeto e socio effectiy
Tostituto de Coimbra
Vendeas na livraria França: Aniado
— Coimbra. Preço 400 reis. —
ATLAS
GEOGRAPHIA UNIVERSAL
DESCRIPTIVO E UNIVERSAL
Publicação mensal
Contendo. 40 mappas expresamenre
gravados e impresssos a cores, 170 pagi-
nas de texto de duas columnas e perto de
300 grávuras representando vistas das
principaes cidades monumentos do mun-
do, paisagens. retratos de homens cele-
bres, figuras, diagramas, etc
– Ea primeira publicação que n’este ge-
“nero:se faz no nosso paiz, Todos os mezes
“será distribuido um fasciculo contendo u-
ma carla geograhica cuidadosamente
gravada e impresa a cores, uma folha de
| 48 paginas.de texto. 2 columnas e 7 ou
gavuras, e uma capa pelo preço de 150
“reis pagos.no acto da entrega, –
RUA DA BOA-VISTA 68, 1º D ..-
“10 LISBOA
* ALFAIATERIA — COSTA .
Encsrrega-se de fazer todo o serviço
concernente à sua arte, tanto para esta lo-
– calidade conio para fora. Garante-se o bom |
acabamento e toma medidas em qualquer
“ponto d’esta comarca.
Preços sem comprtencia
CERTÃ- RUA SERPA PINTO —CERTÃ
CENTRO COMMERCIAL
DE :
Luiz da Silva Dias
CERTÃ O
“Completo sortimento de fazendas de
algotiio, lá linho e seda, mercearia, fer-
ragens e quinquilherias, chapeus, guarda
achuvas e sombrinhas, leços, papel, gar-
“rafões, relogios do sala, camas. do ferro
e lavatorios, folha de Flandres, estanho,
chambo, drogas, vidro.em chapa e obje-
elos do mesmo, vinho do Porto, licores:e
cognac; livros de estudo e literarios, la-
| bacos, ete, Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia,
Agencia da Companhia de Seguros: :
“1 ,—BORTUGAL
RETRATOS=Tiram- -se em diferentes
tamanhos desde 800 reis duzia, garan-
tindo-se a sua: perfeição e nitidez,
– Encarrega-se de ir tirar photograqhias
ds «qualquer ponuo dº este concelho, pedi:
ante ajuste especial,
ota 7 PRAÇA DO CONMERCIO, 4 21
PY ROTHECHNICO
CERTÃ
David Nunes e Silva, com oficina de
pyrolhechnia, endarrega- -se:fornecer: pa-
ra qualquer ponto do paiz fogo d’arlificio,
“com promptidão e garantido acabamento.
Na sua officina encontra se sempre um
“grande e variado sortimento de fogo de
estoiros, e foi d’ella, que. sahiu o fogo
queimado nos centenarios: – ANTONINO
« GUALDIM PAES – e da INDIA, (nº es.
“te sómente de: estoiros. e balões). cuja
| effeito tem, sido applaudido pelo publico
£ imprensa.
PREÇOS SEM COMPETÊNCIA
ANTONIO LINO NETTO
PRINCIPIOS NÓVOS
“DA SCIENÇCIA CRIMINAL,
– IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
COIMBRAOIMBRA