Eco da Beira nº9 15-05-1910

Anno I
SECRETARIO
Gondições d’assignatura |
Rei— nAnono , rib4goo; semestre, 700. Brazil — Anno, 2500, |
moéda furte. Afri— cAnano , 2ioco. Paizes da União Postal —
Anno, 29200. Fóra da Sertã aceresce o porte da cobrança. Numero
avulso, 3o réis. Correspondência respeitante à administração,
dirigida ao administrador.
Explicações pregisas j
Deixemos de parte hoje a solitica;
deixemos tambem a débácle do Credito
Predial; deixemos por agora o famoso
Panamã Hinton, e entremos, sem mais
preambulos, no. caminho de explicações
precisas e indispensaveis, porque
as devemos aos amigos e aos assignantes
que honram o Lco da Beira,
Um jornal pôde ser admiravelmente
bem feito, tratar com alta superioridade
assumptos interessantissimos; mas
ponde-lhe uma pessima administração,
e tel-o-heis liquidado. Pelo. contrario,
reuni uma redacção de mediocres,
tratae os assumptos mais corriqueiros
em estylo chato é até sem
grammatica, mas ponde-lhe uma rigorosa
e severa administração, ponde-o
a tempo e horas na rua, e nós vos asseguramos
que elle ha de vingar, mais
dia menos dia, mais semana menos semana,
mais mez menos mez:
E’ isto axiomatico no jornalismo, e
tanto assim o comprehendeu o sr.
Silva Graça, que do Seculo fez o colosso
de publicidade que todos conhecemos
de sobejo. E
Ora vós comprehendemos tudo isto
muito bem, e por isso queremos vêr,
de qualquer fôrma, se pomos a marchar,
com invariavel regularidade, o
nosso semanario, que tem todas as condições
de vida para romper campo
sem favor, e viver uma vida independente
e desafogada.
Entraves varios se nos teem antolhado
no nosso caminho, desde o priocípio,
e para isso diversos factores teem
dado um rasoavel contingente. O nosso
querido amigo Ernesto Coelho, que se
estã preparando pao croncaurs o d’uma
escola normal, não pôde, por ora, tomar
a peito a administração do Eco
da Beira. Foi-nes forçoso tomar uma
resolução decisiva, e para isso o director
d’esta folha teve de fazer uma
viagem rapida à Sertã e a Pedrogam
Pequeno, afim de pôr ou procurar pôr
as coisas nos seus eixos. Solicitou e
conseguiu d’um seu irmão que tomasse
por ora, provisoriamente pelo menos,
a administração do Eco da Beira. O
sr. Carlos Ferreira David, dignissimo
notario da comarca, apesar dos seus
muito affazeres, cedeu emfim, até ulteriores
resoluções, a assumir a administração
do jornal. A partir d’este
numero em diante, tudo quanto diz
respeito à parte administrativa do Eco
da Beira é puramente com aquelle illustre
cavalheiro, que assim cedeu aos
instantes pedidos de seus irmãos, Abilio
David e Antonio Ferreira David,
actuaes proprietarios d’esta folha, como
indica a alteração que se vê no cabegalho.
E a este proposito, cumpre explicar
que o sr. Antonio David, actual
professor da escola municipal de Mossamedes,
manifestou sempre o desejo
de ser societario do nosso jornal.
Agora, que s. ex. vae mandar ordem
para sacar-se a importancia com que
entra na sociedade, vae tambem tratar-
se de lavrar a escriptura de sociedade,
e n’essa conformidade se poz no
cabeçalho a respectiva designação como
manda a lei de imprensa,
Dadas estas indispensaveis explicações,
fica, como se vê do que deixa
CARDOSO GUEDES
mos escripto, entendido que para todos
os effeitos é administrador do Eco da
Beira o sr. Carlos David, até que sejam
tomadas resoluções definitivas que
opportunamente serão publicadas.
. Pode haver ainda e haverá uma certa
irregularidade na saida do jornal. emquanto
não se assentar definitivamente
nos cargos respectivos e nas modificações
a fazer, mas isso em nada prejudicará
os assignantes, que terão as
competentes compensações.
Logo que seja lavrada a escriptura
de sociedade, a que acima alludimos,
o director do Eco da Beira irá à Sertã
normalisar a situação e tudo caminhará
na santa paz do Senhor. Fiquem descançados.
— age
Postaes ilustrados
Em geral, as pessoas de bom gosto,
que conhecem. Pedrogam Pequeno e
os seus arredores, consideram-no a
Cintra da Beira Baixa, pelo pittoresco,
pelo. variadissimo e interessante panorama
que se observa, pelo espectaculo
encantador que o horisonte nos offerece,
seja qual! for o ponto em que nos
encontrarmos, fóra-ou dentro da villa.
Foi esta circumstancia que habilmentesouberam
aproveitar dois nossos queridos
e particulares amigos de Pedrogam,
os srs. Adelino D. Pessoa dos
Santus e Custodio de Paiva, photographando
meia duzia de pontos da villa
e arredores, que são outros tantos trechos
curiosos e ifteressantes, não só
para os nossos conterraneos, como pa- |
ra o publico em geral.
D’essas photographias” arranjaram
elles meia duzia de photo-gravuras que
constituem uma preciosa collecção de
postaes illustrados, ao modestissimo
preço de 120 réis a collecção, ou seja
a vintém cada postal, advertindo que
cada bilhete contém oito linhas para
texto, não incluindo as linhas do endereço.
Um ovo por um real, como se diz
em giria fidalga.
Muita gente tem feito larga acquisição
de collecções, especialmente os
nossos comprovincianos.
N’uma rapida viagem a Pedrogam,
soubemos, por acaso, que a edição está
quasi esgotada, e que não se fará
segunda, porque os nossos illustres e
prezadissimos amigos, Custodio e Adelino,
vão photographar outros pontos
differentes, para outra collecção inteiramente
nova,
Aos retardatarios do continente, Africa
e Brazil lembramos a conveniencia
de fazerem as suas encommendas com
a devida promptidão, se não querem
ter depois motivo para se arrependerem,
pois dentro em alguns annos a
interessantissima collecção actual decuplicará
de valor, pela raridade e pelo
que tem de curioso.
Para o numero immediato do Eco
da Beira descreveremos os pontos escolhidos;
e os entendidos dirão da sua
justiça. Por agora, julgando prestarlhes
um serviço, dir-lhes-hemos que devem
fazer os seus pedidos ao sr. José
Correia Salgueiro, rua de S. Pedro de
Alcantara, 35 a 39, em Lisboa; e para,
Pedrogam Pequeno ao nosso amigo sr.
Adelino Duarte Pessoa dos Santos, en-‘
viando a importancia em estampilhas.
Director -ABILIO DAVID
REDAE ACDMIÇNIÃSTROAÇÃ O |
Eua do Valle SERTÁA
PROPRIETARIOS |
I ABILIO DAVID E ANTONIO FERREIRA DAVID
Dr. Antonio Catalão :
A proposito: dt’umas noticias que ultimamente
appareceram na imprensa,
referentes águelle conhecido professor
do seminario de Sernache do Bom
Jardim, fomos informados, de fontes
fidedignas, de que os factos de que é
accusado o dr. Catalão não revestem
a gravidade que se lhes attribue, mas
que ha mesmo em tudo um certo exagero.
E” isto, em resumo, o que pessoas
de bastante respeitabilidade, de
Pedrogam, Sernache e Sertã, asseveraram
outro dia ao director d’este
jornal. E essas pessoas passam por
bem informadas.
Para falar a verdade, este jornal,
gue nenhum empenho tem em censurar
ou aggredir seja quem fôr, muito
paazer teria-em que, de facto, as coisas
se tenham passado como: nol-as
informam.
” O que terá succedido póde, em ultima
analyse, reduzir-se ao sentido da
conhecida phrase—cherchez la femme?
Ora adeus! Se vamos a pedir contas
por isso ao dr. Catalão, muitas contas
teriamos que pedir por esse mundo
de Christo além. Em resumo, o accusado
já requereu, ségundo informações
seguras que temos, syndicancia
aos seus actos.
Sendo assim, veremos o que sae. O
que fôr soará.
Antonio da Costa Lima
Só ha pouco soubemos que ha mais
d’um mez fallecera ó sogro do nosso
presadissimo e bom amigo, sr. Antonio
da Costa Lima, noticia que devéras
nos maguoou.
Ainda que tardiamente, vimos dar
aquelle nosso amigo e a sua ex.M esposa,
os nossos sentidss pesames, lamentando
não termos sabido a noticia
mais cedo,
gasoliii sbiogul e
Bernardo Junior
De regresso a Lisboa, o director do
Ecco da Beira foi entregue d’uma carta
que aquelle senhor vereador da camara
da Sertã lhe dirigiu, queixando-se
d’umas referencias que n’este jornal
lhe foram feitas no numero passado, e
dando copia integral d’uma carta que
o mesmo cavalheiro dirigiu ao secretario
d’esta redacção.
O sr. José Dias Bernardo Junior
appella, na sua carta, para a seriedade
e cavalheirismo do director do Ecco
da Beira, afim de que faça justiça às
suas boas intenções, e não é em vão
que s. ex.º faz esse appéllo. Nenhum
interesse tem o director d’esta folha
em ferir susceptibilidades, em ser desagradavel
ao sr. Bernardo Junior, ou
seja a quem for, pois nada com issso
se lucra, a não ser o descredito. Ora
nós queremos que o jornal progrida e
não que retroceda, Procuraremos venificar
o que o sr. Bernardo Junior nos
pede na sua carta, e providénciar de
modo a evitar qualquer incidente desagradavel
e desnecessario. Ficamos
assim entendidos.
CARLOS DAVID
ADMINISTRADOR,
Publicações
No corpo do jornal, cada linha rvo réis. Annuncios, cada linhs
| 40 réis. Repetições, 20 réis cada linha. Annuncios permanente,
| preço convencional. Os senhores assignantes tcem o abatimento de
2y por cento. Os originaes recebidos não se devolvem.
Composição e impre—s Tsraãveoss a das Mercês, 59 — Lisboa
À doida da Sobreira da Pá
Ha em Pedrogam Pequeno uma mus
lherzinha levada de seiscentos milhões
de diabos, de appellido Gertrudes Barata,
por alcunha a Doida da Sobreira
da Pá. :
E’ uma creatura pallida, de estatura
regular; até certo ponto, na apparéncia,
typo fino, dado em decadencia.
Ninguem póde imaginar o vivo demonio
que sob este involucro, quasi vulgar,
se alberga. E temível! Dispõe da
força e do desprendiemnto de linguagem
proprios de doidos, com a aggra-.
vante irritantissima das phrases lucidas
que ferem a honra e a dignidade d’aquelles
que felizmente não estão sob o
regimen do nosso sympathico e talentoso
amigo, dr. Miguel Bombarda. E’
o açoite cruento, o Cabrion temivel das
senhoras de Pedrogam Pequeno, quer
sejam ricas ou pobres, nobres ou plebeias,
illustres ou ignorantes. Nenhuma
póde passar pela porta da Doida
da Sobreira da Pá sem que seja crivada
dos epithetos mais infamantes e
mais nojentos.
Inutil será dizer que não estamos cu
rando. por informações. Outro dia,
quando em Pedrogam Pequeno, muitos
cavalheiros e senhoras se nos dirigiram,
pedindo-nos encarecidamente
para que de visu observassemos a força
da mulherzinha, afim de que no Eco da
Beira, tomassemos a iniciativa de pôr
cobro, perante as auctoridades competentes,
aos desmandos infamissimos da
terrivel creaturinha.
Palavra de honra que o director do
Eco da Beira, que é quem escreve é
toma a responsabilidade d’estas linhas,
estava bem longe de assistir ao espectaculo,
simultaneamente ridiculo e nojento
a que foi forçado a assistir. Foi,
pois; com um certo sorriso ironico e
incredulo que viu e ouviu coisas que
lhe deram vontade de empunhar à valentona
um bom cavallo marinho.
Acompanhavam-no, entre outras pessoas,
sua mãe.e uma sua tia, senhoras
bem conhecidas pela sua respeitabilidads
de caracter, honradez e honestidade.
A fingida doida, ou mesmo semi doida,
se quizerem, mas em todo o caso
semi-doida de má raça, emquanto viu
um homem, manteve-se admiravelmente;
nem foi insolente, atrevida e malcriada,
nem deu mostras de loucura.
Estacionámos mesmo à porta da curiosa
louca, cavaqueámos largamente,
ea famosa figurona até se permittiu
dizer phrases lisongeiras para todas as
senhoras que estavam com quem escreve
estas linhas.
Mais ainda: a proposito de uns ditos
de espirito que se proferiram na óccasião
é que para O caso escusam de ser
repetidos, teve esta curiosa phrase:
—«Esse senhor não terá, não, porque
já não é nenhuma creança: mas
tem-n’os a filha d’elle, que é, por sigal,
muito bonita e interessante.»
Diante d’isto, escusada éra contraprova.
Mas alguem do rancho fez vêr
ao director d’esté jornal que era preciso
que ouvisse mais e melhor, para
fazer juizo absolutamente seguro. Para
isso, tornava-se indispensavel fazer uma
sahida falsa, como sé diz em technica
theatral.
Z
Foi o que se fez. Collocado am sitio
seguro, o director do Eco da Beira ouviu
então bocadinhos de oiro, quando a
pseudo-louca’ imaginava que não era
ouvida.
Podemos assegurar que na boca da
santa creaturá nem uma unica senhora
de Pedrogam Pequeno era honrada.
Mais: a linguagem em que tudo isto
era dito, faria corar as mais conspicuas
marafonas dos bairros mais debochados
de Lisboa, Paris ou Londres.
Comprehendeu então o director do
Eco da Beira que era indispensavel
que as auctoridades competentes puzessem
cobro a isto, custasse o que
custasse, a bem da moral publica.
E como isto não é caso para ser tratado
n’um só numero, para a outra vez
seremos mais explicitos e terminantes.
Urge tomar providencias officiaes e
terminantes, para evitar qualquer dia
uma desgraça. Faremos vêr como e
porquê, no proximo numero. E não
julguem que ficamos em lérias. Ha de
providenciar-se por força, dé por onde
der.
Até à semana.
crreo emetem
David Antunes
Este nosso bom amigo, da Madeira,
actualmente estabelecido com mercearia
na estrada dos Prazeres e rua Maria
Pia, em Lisboa, celebrou no dia
1.º de maio, com festa de estrondo, o
1.º anniversario do seu bemquisto e
afreguezado estabelecimento. O sr.
David Antunes bem como seu sobrinho
e nosso bom amigo-Antonio Antunes,
foram muito cumprimentados
por numerosos amigos da colonia do
concelho, residente em Lisboa.
A’ noite houve jantar intimo a que
foi convidado o director d’este jornal,
mas a que não pôde assistir por falta
de saude.
Fazemos votos pelas prosperidades
do acreditado estabelecimento do nosso
amigo David Antunes.
SO
Pedrogam Pequeno
Fez-nos alguem outro dia uma innocente
pergunta, à proposito do estado
em que se encontra a rua principal
de Pedrogam Pequeno, vulgar
mente chamada rua do Cabo da Villa,
& hoje rua Conceição e Silva. Tem razão.
Já tinhamos reparado n’aquella
bonita obra, e francamente, em tempo
opportuno d’isso trataremos. Não póde
ir tudo d’uma assentada.
Lá iremos, se Deus quizer.
eee eae rama, Dm
D. Herminia Guedes
Surprehendeu-nos outro dia a noticia
do fallecimento da mãe do illustre
secretario do nosso jornal, o nosso
amigo sr. Cardaso, Guedes.
Surprehendeu-nos a triste noticia
tanto mais, quanto é certo que havia
bem pouco, d’ella nos haviamos despedido
em Lisboa, quando a bondosa
senhora partia para a Sertã, para a
companhia de seus estremosos filhos.
O seu fnneral foi bastante concorrido.
N’elle se encorporaram muitas das
principaes personagens da villa, Entre
outras, informam-nos que foram
os senhores:
Adrião David, Matheus Ferreira,
Fernando Bartholo, Ivo Pedroso, Gustavo
Bartholo, Alberto Ehrhardt, Luiz
Ignacio, Fructuoso Pires, Abel Ramalhosa,
Demetrio Carvalho, Zeferino
Lucas, Luiz Dias, João Branco, Augusto
Rossi, Antonio Barata, Antonio
Mello, Jacintho Simões, Luiz Antonio,
José Vaz, Francisco Barata, Eusebio
do Rosario, Christovam Gaspar, Joagui
Nunes, Victor Dias, dr, Bernaro
de Mattos, Antonio Leitão, Torres
Carreiro, Eduardo Barata, dr. Fran-
ECO DA BEIRA
cisco Nunes Correia, Maximo Pires
Franco, Francisco Moura, Henrique
Moura, Emygdio Magalhães, dr. Guimarães,
Alvaro Silveira, João de Oliveira
Xavier, Joaquim Pedro Barata
dos Reis, dr. Ernesto Marinha, Annibal,
Joaquim Affonso, Luiz Domingues,
José Martins, Antonio Rodrigues,
Aurelio Belmonte; etc., etc.
Encorporaram-se as Sociedades Recreio
Artístico e Philarmonica Patriota
Certeginense,
Os turnos foram assim compostos:
1.º turno—dr. Guimarães, Fernando
Bartholo, Ivo Pedroso, Emygdio Magalhães
e Alberto Ehrhardt; 2.º tárno
dr. Bernardo de Mattos, Gustavo
Bartholo, João Branco, Antonio Barata,
Augusto Rossi é Henrique Moura.
Levou a chave dofcaixão o dr. IF.
Nunes Correia.
A Cardoso Guedes é a sens irmãos,
os nossos pesames. e—
Ao vereador do pelouro competente
perguntamos, sem: esperança de resposta
satisfatoria, qual a razão porque
o candieiro que existe na rua do Valle,
proximo ao largo do Chafariz, raras
vezes se accende.
Comera elle o petroleo?
e, DD eee
Com a costumada pompa realisou-se
na quinta-feira, 5, a/ communhão dos
presos da cadeia d’esta villa.
am met
No adro da egreja matriz tocou, das
ás 7 da tarde, a Sociedade Musical
quinta-feira, sob a regencia do nosso
amigo Albano Ferreira.
DO
Realisou-se no dia 25 a festa e feira
de S. Marcos n’esta villa.
A concorrencia foi regular, não tendo
havido desordens nem roubos, que
nos conste.
As transacções em gado bovino foram
poucas; em compensação vendeuse
muito vinho e alguma agua para
ajudar.
A lamentar ha um desastre que occasionou
a morte da victima. Antonio
Nunes, da Urgueira, freguezia de Palhaes,
que seguia guiando um carro de
bois, ficou sob as rodas do mesmo, juoto
à fonte do vaile da Cortiçada, porque,
um tanto ebrio, espicaçava brutalmente
o gado, dando em resultado este
seguir em carreira desordenada, e
elle ficar debaixo das rodas por ter tropéçado.
.
Conduzido no proprio carro para
Santa Anna da Cumeada, falleceu pouco
depois. : –
O
Recebemos o n.º 2 da nova revista
semanal o Pst! que traz uns bellos
trabalhos e cuja litteratura finamente
causticamente fornece materia para
uns momentos de distração.
Ao novo collega as nossas felicitações
e vida prospera.
ee re net re
Habil cilada — Estupida inepcia
No nosso numero de 20 de março
cóntâmos aos nossos leitores um caso
succedido com o soldado da columna
dos tabacos.
Esteve aqui o sr. Carlos Ascensão
syndicando o succedido tendo-se apurado
pelo que nos informaram alguns
dos depoentes que o movel fôra a ambição
de choruda aprehensão.
O resultado foi o ser castigado rigorosamente
tanto o soldado como o
chefe da columna.
Sirva isto de exemplo e outros ze- losos.
ecreio Artistico, na proxima: passada,
Piada do sol
Outro dia, quando o director d’este
jornal, por motivo de negocios do mesmo,
foi à Sertã e a Pedrogam Pequeno,
em rapida viagem, alguem n esta
ultima terra mostrou-lhe um periodico,
Zé Povo, que pelo titulo não perca,
quinzenario ou coisa que o valha.
O Zé, ao que parece, escreve-se em
Fadagosa, compõe-se em Sarilhos
Grandes, revê-se em Maçãs de D. Maria,
imprime-se em Freixo de Espadaà-
Ginta, administra-se em Pico de Regalados,
e finalmente data-se e distribue-
se na Sertã e deve contar, aproximadamente
um milhão de assignaturas.
O. alguem que nos mostrou o Times
em questão, apontou-nos a dedo na 1.º
columna do 5.º 3, correspondente a 5
de maio, esta piadinha do sol, sob a
epigraphe Certã:
«Ao Eco da Beira, os nossos agradecimentos
pelo seu bilhetinho.
Descance o collega que não lhe tiramos
o logar.»
Estavamos três ou quatro pessoas, €
ninguem ficou percebendo nada.
O director do Eco da Beira desconhecia
por completo a existeticia de
tão conspicuo collera: não podia, portanto;
encaixar qualquer carapuça que
viesse envolvida na piadinha.
Alguem esclareceu: é que talvez O
Times se melindrasse porque o Eco não
tenha dado notícia da sua preciosa
existencia,
Talvez, concordâmos logo.
Pois hei-de fazer-lhe umvêciame, que
valha bem a dois tostões a linha. E
cumprimos a nossa promessa. Ahi tem
um féclame catita para o Times e para
o Tchim-Faá-Lô que lhe orbamenta o
cabeçalho, à maneira dos espantalhos
das hortas e quinteiros, para espantar
a passarada.
Fica satisfeito?
4,
eee mr
Pedem-rnos muito instantemente para
chamarmos a attenção da auctoridade
competente contra a prostituição
encoberta que por ahi campeia.
Aqui deixamos satisfeito o pedido.
Queixam-se-nos amargamente de
que em Sernache como aqui o serviço
de carne no talho deixa muito a desejar.
Depois somos maus, porque só
dizemos as verdades.
Desejavamos saber-se o dinheiro de
uns não é tão bom como o de outros-
Aqui deixamos o nosso memorandum
que não contamos ver attendido,
como de costume.
Na certeza porêm de que continua:
remos.
ceiame me
Foi nomeado primeiro aspirante de
fazenda para a Guarda o nosso presado
amigo Antonio Barata Correia e
Silva.
Ao nomeado endereçamos os nossos
parabens, lamentando a separação.
e rr e
Esteve n’esta villa o intendente pecuario
do: districto. Era de: grande
conveniencia a sua vinda amiudadas
vêzes, sem previo aviso, porque então
teria occasião de ver muita cousa bonita
n’este bello tempo de sol e moscas.
erapre es
Alguem, que se desconfia já quem
seja, têm-se ultimamente divertido a
matar, por meio de veneno, os cães.
Como este serviço só póde ser-.feito
por pessoas indicadas pela auctoridade,
não será malfeito que o gracioso a
tomarem-se effectivas as suspeitas, receba
o premio da sua linda acção.
Aos lavradores
Muito tem sido escripto ultimamente
em diversos jornaes sobre adubos
chimicos para terras. E’ um assumpto
de summa importancia. As culturas
actualmente entre mãos são as do milho:
e da batata. Vamos, pois, rapidamente
dar um resumo do que convém
fazer com respeito a adubos, As terras
que falta semear são principalmente
as de regadio; estas são na maioria
terrenos mais ou menos humiferas.
Por isso aconselhamos aos lavradores
que empreguem de preferencia
100 a 300 kilos de-cal azotada juntamente
com s00 a 600 kilos de Phosphato
Thomaz com mais 100 a a50 kilos
de Sulfato de Potassio, em cada
hectare de terra’ ou/enat tãeroça ou
quarta . parte d’estas quantidades para
cada alqueire de milho ou para 5 a
10 saccos de semente de batata Nas
terras cançadas convirá empregar as
quantidades maximas que acabamos
de indicar; nas terras adubadas e estrumadas
todos os annos pódem applicar-
se quantidades minimaa. Quem tiver
estrume tem vantagem em applicar
metade da quantidade que d’este
costuma espalhar, juntando-lhe de cada
um dos adubos. acima indicados
metade das quantidades tambem acima
indicadas. ;
Entre os adubos chimicos azotados,
phosphatados e potássicos os ditos 3
são os mais apropriados para a cultura
do milho em terra humifera sem cal.
Quanto maior fôr a segurança de
ter agua para regar o milheral a horas
competentes mas affoitamente o lavrador
pôde applicar as quantidades maximas
acima indicadas ou augmentálas
ainda. Mesmo lavradores que disponham
de muito estrume deviam de
dois em dois annos deixar de espalhar
estrume no milho nas terras humiferas,
de que tratamos, substituindo-o pela
juncção dos ditos adubos chimicos
porque estes afugentam os muitos insectos
que atacam o milho, principalmente
em terras muito estrumadas.
Especialmente a Cal Azotada tem esta
acção insecticida.
A maneira melhor de applicer é a
seguinte: Espalhar os adubos devidamente
lotados a lanço sobre a terra
lavrada, enterral-os por meio de gradagem
e semear em seguida na forma
do costume. A maioria dos lavradores
preferem espalhar os adubos na cova
ou no rego, o que tambem se pôde fazer;
é porém, preciso mistural-os muitissimo
bem com a terra, Não convém
que os adubos fiquem enterrados a
mais de meio palmo de profundidade.
Terras assim adubadas devem produzir
colheitas abundantes ainda uma ou
duas culturas subsequentes sem nova
adubação. Os adubos acima indicados
são preferiveis aos outros adubos elementares
por corresponderem em solubilidade
e composição chimica melhor
às. qualidades especiaes das terras
humiferas do que qualquer dos outros
adubos elementares. Não convém
porém empregar só 1 ou 2 dos adubos
acima mencionados, mas sim é
preciso empregar os 3 conjunctamente.
Convidamos a todos os lavradores a
fazerem uma experiencia. ;
Mais esclarecimentos dão O. Herold
& Ci, Lisboa 14, Rua da Prata ou
Porto, 22, Rua Nova da Alfandega,
isto é a Secção Agronomica d’esta
casa,
Recebemos
deem
o nº4 de À Instrucção
do Povo. Boletim. da: Associação de
Escolas Moveis pelo Methodo João
de Deus. Bibliotheca | Ambulante e
Jardim Escolar. +
—— e Do —
Partiu no dia 8 para a Guarda o
nosso presado amigo Antonio Barata,
que vae tomar posse do logar para
que ultimamente foi nomeado.
SECÇÃO AGRICOLA:
Os semeadores mechanicos
E’ sem duvida à industria que à
agricultura muito deve principalmente
pelo que respeita ao uso de machinas
agricolas tendentes a simplificar óu à
produzir mais trabalho com um ménor
dispendio.
Muitas são as machinas de que já
hoje a agricultura póde lançar mão
para o barateamento da mão de obra
e seu bom acabamento.
Occupar-nos-hemos hoje dos semeadores.
:
Os semeadores são machinas perfeitissimas
cujo fim é fazer uma regular
distribuição quer de sementes quer
de adubos. Como consequencia d’estas
duas applicaçõeso poderem ser
considerados em duas cathegorias distinctagão
224 so sd
Semeadores.
Distribuidores de adubos.
Osemeador é de uso relativamente
recente. ; ‘
Nos meiados do decimo setimo seculo
constata se o apparecimento do
primeiro: semeador mechanico; o seu
principio fundamental foi delineado e
executado por Sucatello em 1650, seguindo-
se-lhe em breve, 1660, Giovatniai’
Calvallina, em Italia, em Toglaterra
foram o marquez de Borro em
1669, Jethro Tull em 1730, seguindose-
lhe Coke, Ducketl, Garrett Heornsby,
ete.ete.
Desde a primitiva a machina tem.
soffrido sempre modificações de anno
para anno tendentes a aperfeiçoar
mais: ainda se é possivel o machinismo,
hoje se tem, apontam-se as da casa
Rud-Sack de Lipsig. 1
O principio geral da constituição,
dos semeadores é: um jogo de rodás|
sobre que se assenta um reservatorio |
ou caixa onde se lança a semente | ,,.. F À SAE
onde gira um eixo onde estão presos | deste Bairro, e sempre por preços
uns discos, ou um eixo canellado que|
se move dentro da caixa ou tremonha
com o emprego do semeador mecha:
nico, realisa-se uma economia garantida
de so *j, de semente, o que so por
si quando não houvesse outras vantagens
para a agricultura já é importaote;
a isto é necessario accrescentar a
economia de braços, porquê um sémeador
bem dirigido pode conforme
as dimensões semear 8 a g’hectares
de terreno por’dia. )
As culturas | nascem: com “muita
maior regularidade, ‘não se projudicando
as plantas porque não se distribuindo
as forças vitaes-da terra por
um tão grande numero de sementes,
as existentes no solo desenvolvem-se
e produzem mais abundantemente e
melhor. sá En qa A É
Nos semeadores propriamente ditos
é de que nos estamos agora occupando,
vamos; considerar cada: um dos
componentes do semeador da casa
Rud-Sack. por ser. um. dos mais, per=
feitos actualmente existentes não só
em modelos para tracção animal, como
tambem para trabalho manual.
Como dissémos as partes componentes
do aparelho são a caixa dé altmentação
ou tremonha, onde se deita
a semente e d’onde sóbe para o distribuidor
por umas aberturas que se
regulam e onde a semente é tomada
pelos discos ou eixos canullados, estes
discos ou eixos canullados são accionados
pelas rodas motoras.
Os discos recebem a sementee depositam-
na no tubo de descarga, É
“Alguns semeadores substituem os
discos alveolados do systema – Rud-
Sack por discos com colheres lateraes,
o que não achamos tão bom como os
d’aquelle systema. i )
“O consumo e regulado pela velocidade
da machina. | :
Os semeadores da marcaa que nós
referimos são aidda todos de um
entre as melhores marcas que.
ECO DA BEIRA
eixo no sentido dos varões, quando
em funccionamento € que servem para
nas extremidades se collocarem as rodas
e transportal-os por caminhos
muito estreitos.
Do emprego dos semeadores advem
ao layrador uma economia de so
da semente, dispensa a gradagem depois
da sementeira, a semente é mais
uniformemente espalhada.
O custo é rapidamente compensado,
pois um semeador podendo produzir
úma sementeira de 8 hectares, regula
por uns 1463000 réis, sendo em linhas
e a lanço menos os semeadores pequenos,
manual para a pequena cultura,
onde são muito economicos custam
uns 19000 réis.
– No nosso paiz onde a rotina ainda
impera poderosamente, já ha alguns
lavradores que empregam as alfaias
modernas, a elles muito principalmente
interessa o conhecimento das
alfaias modernas.
Cardoso Cruedes.
eepa eo m e
O Pst
Temos sobre a nossa meza de trabalho
os quatro primeiros numeros
d’esta bella revista semanal, cheia de
bom humorismo e fina verve. :
A” junta de parochia chamamosa attenção
para o adro de S. João e o da
egreja matriz. ; :
Crêmos não serpreciso: explicar
mais.
DR SE Deposito doros
Antonio Damas d’Oliveira
A (DA SERTÃ)
Fornecedor das principaes casas
muito limitados.
Rua Gomes Freire, 150-A e 150:B
(Ao Bairro Camões)
LISBOA
Realisou-se no dia .7 do corrente a
audienc’ gieraal para o julgamente de
Joaquim José Luiz Cerqueira, do logar
da Fonte da Matta, da freguezia
do Cabeçudo, que em 21 de fevereiro
ferira gravemente José Pereira, de
Vendas do Moinho, como noticiâmos
no nosso numero de 6 de-março.
Foi-lhe imposta a pena de oito mezes
de prisão correcional, levando-se-lhe
em conta a-já-sofírida, trinta dias de
multa a cem réis por dia, custas e
seltos do processo. od
Attendendo aos ruins precedentes
do réu,é de presumir que,cumprida a
penalidade, volte a commetter novas
façanhas, tanto mais que esta ia custando
a vida a um seu semelhante
lhe não sahe muito cara. Q que é devéras
para lastimar, mas… o jury assim
o quiz. à
Depois admiram-se todos doaugmento
da criminalidade.
ee AD OR dee
Tocou no domingo 8, no adro, a
Sociedade Philarmonica Patriota Certaginense
sob a regencia do nosso
amigo e sr. Queiroz.
ho Sr. Director das Obras Pablicas do Districto
“de Castello Branco
Chamamos a attenção para o estado
em que se encontra a ponte sobre o
rio no limite do districto. Será bom
providenciar emquanto não ha a la- mentar algum desastre.
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do escrivão que
este ha de subscrever, correm seus
termos nos autos de inventário orphanolugico
por obito de Antonio Mendes,
que residia no logar-da Sellada |
da Povoa, freguezia de Oleiros, d’esta
comarca; e nos inesmos autos correm
editos de 30 dias; a-contão da’a.’ e ultima
publicação dos annuncios no
Diario do Governo, ou no periodico
da localidade, citando as interessadas
Martinha de- Jesus e: Clementina de
Jesus, ambas solteiras, de maior edade,
ausentes em parte incerta em Lisboa,
para assistirem a todos os termos
do mesmo inventario, dedusindo
n’elles todos. os seus direitos, querendo.
* Certã, 4 de Maio de 1910.
O Escrivão,
cÂntonio Augusto Rodrigues.
Verifiquei, —O Juiz de Direito—
A. Silva. E
ANNUNCIO
No Juizo de Direito da Comarca da
Certã e cartório do escrivão abaixo
assignado, e pelos autos civeis da acção
ordinaria que a Fazenda Nácional
move contra Ignacia da Silva,
viuva de Manuel Farinha Junior, e
contra seus filhos Manuel, Vicente,
Augusto, Conceição e Antonio, este
ausente-em parteincerta, em Lisboa,
e aquelles residenno tleogsar d’Aginheira,
freguezia do Marmeleiro, d’esta
comarca, para o fim dos réos serem
condemnados a reconhecer o direito
da directa senhoria—a Fazenda Nacio—
npagaarl-lh e a quantia de réis
36715, proveniente dos fórosidos ultimos
“s annos, juros da móra, custas,
sellos e procuradoria, correm editos
de 30 dias a contar da 2.º eultima-publicação
do annuncio no: Diario. do
| Governo.e no periadico da localidade,
citando o réo Antonio, filho de Manuel
Farinha Junior e de Ignacia da
Silva, natural da Azinheira, ausente
em parte incerta, na cidade de Lisboa,
para na 2.º audiência d’este Juizo,
findo que seja o praso dos editos,
vir accusar a citação, e assignar-se- :
lhes o praso de tres audiencias para
contestar e seguir os termos da mesma
acção, sob pena de revelia! »;
As audiencias ordinarias n’esta comarça
fazem-se em todas as 2.º. eg.
feiras de cada semana, não sendosanctificados
ou feriados, porque n’aquelle
caso se fazem nos dias immíediatos,
se tambem o não forem, e Sempre
no edificio do tribunal, às-dez horas
da manhã, e fechando as onze.
Certã, 25 de Fevereirdoe igto.
O Escrivão, :
cÂntonio Augusto Rodrigues.
Verifique—i ,O Juiz de Direito—
A. Silva.
ANNUNCIO
Pelo Juizo de Direito da comarca
de Certa, e cartorio do.quarto officio
escrivão David, correm editos Ide
trinta dias a contar da segunda e ultima
publicação no Diario do Governo,
citando os executados Presbytero Seraphim
Geraldo da Silva Vilella,
e Carlos da, Silva Villela, que se
suppõe ser casado, e n’este-case
tambem sua mulher, auzéntes ém parte
incerta fóra’do reino, “e Luzia da
Silva Vilella, solteira, maior, zuzente
em Lisboa em parte incerta, para Do
praso de dez dias findo que seja o praso
dos editos, pagarem a quantia de
um conto cento e vinte e um imil é
seis centós setenta e tres réis, em que
foram solidariamente condempnados
; cA, Silva,
remar
mãs, nos autos de acção com processo
ordinario, que a Fazenda Nacional
lhes moveu; sob pena de, não pagando
ou não nomeando a penhora bens sufficientes,
ser esta feita nos que lhes
forem nomeados pelo exequente”,o
Ministerio Publico, e, dé seguir ‘a execução
seus devidos termos, até final
e integral pagamento.
Certã, 27 de Abril de rgr0.
O Escrivão,
cAdriao Moraes David.
Verifiquei a exactidão— ,O Juiz de
Direito — 4, Silva.
Pelo Juizo de Direito da comarca
de “Gertã, cartorio do escrivão do terceiro
officio, nos autos de inventario
orphanologico por obito de José Domingos
Ferreira, morador que foi em
Carnapete, freguezia e comarca da
Certã, em que é inventariamente Anna
Maria, correm editos de trinta dias
que começam a contar-se da segunda
e ultima publicação no Diario do Go- ‘
verno, a citar o co-herdeiro Antonio
Domingos Ferreira, solteiro, de maior
edade, residente em Africa, em parte
incerta, filho do inventariado, para
assistir a todos os termos até final, do
mesmo inventario.
Certã, 26 d’ Abril de 1910.
O Escrivão,
Eduardo Barata Corrêa e Silva.
Verefiquei— ,O Juiz de Direito —
A. Silva.
ANNUNCIO
Pelo cartorio do 1.º officio do Juizo
de Direito da comarca da Certã, correm
seus termos nos autos d’inventario
orphanologico por obito de Anna
Lopes, viuva: de José Ribeiro Grillo,
que residia no logar e freguezia da
Sobreira Formosa; e nos mesmos autos
correm editos de 30 dias, a contaf
da 2:*e ultima publicação dos annuncios,
citando o co-herdeiro Júlio Ribeiro
Grillo, solteiro, maior, ausente
em parte incerta, para-assistir astodos
os termos do mesmo inventário, deduzindo
p’elle todos os seus direitos,
querendo…
O Escrivão,
Antonio Augusto Rodrigues.
Verifique—i ,O Juiz de Dircito—
Juizo de Direito
da Comarca da Certã
Faz-se publico, que pelo Juizo d?
Direito d’esta comarca e cartorio do
escrivão doterceiro offício;:nosiautos
de fallencia requerida por. Alfredo Rodrigues
Baptista dos Santos, casado,
commerciante, morador. na cidade de
Lisboa, contra D. Rosa Amelia de
Araujo “Teixeira Sântos, (viúva, commerciante,
moradora em Villa de Rei,
d’esta comarca, foi proferida n esta data
sentença’ideclarando judicialmente
a quebra da mesma commerciante, arguida
-nos. termos do artigo cento oitenta
e “cinco do codigo do processo
commercial, e: disposições ‘do codigo
commercial, sendo nomeado para administrador
da massa fallida, Joaquim
Nunes Campino, casado, proprietario,
de; Villa -de Rei, cujascaução lhe foi
arbitrada em quinhentos mil réis, não
sendo nomeados procuradores fiscaes,
por não serem ainda’ conhecidos crédores.
de dentro «da comarca e designando
o praso de sessenta dias para
a reclamação dos creditos.
Certã, zo d’Abril de 1910.
E eu, Eduardo Barata Corrêa e Silva,
escrivão que.o iescresi.
p Verifiquei, —O Juiz de Direito — 4.
com as restantes executadas suas ir- Silva.
ECO DA BEIRA
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litro, Vinhos de pasto e finos, aguardentes, genebras, licores, xaropes, cervejas,
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e milho a 540. Adubos chimicos. Carnes verdes e seccas e ensacadas. Vendas
por grosso e a retalho. Preços modicos. Generos de primeira qualidade,
A nossa divisa é vender barato para vender muito.
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Grandas descontos aos revendedores .
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Deposito de chocolate
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Importação directa
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“Pimenta em grão e moida, herva doce,
cravinho, canella, cominhos, etc,
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Nacional, Bremen, Rangon, Véneza
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a servir o publico com promptidão q esmerado asseio nos seus preparados.
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de borrachas para clysteres, injecçõe
medicinaes; ligaduras, bombas para tirar leite;
memadeiras; tetines; seringas de vidro;
pessarios; thermometros clinicos;
chouc; sabcnetes modicinaes de alcatrão, Sousa Martins, ichtyol. sublimado; callicidas;
susp
8, ouvidos, fossas nasaes; alyodões o gazes
bicos de peito (de vidro e de borracha);
ensorios; irrigadores; algalias: inhaladores;
canulas e torneiras para irrigadoros; tubo de caout- |
sas inglezes contra constipações; lapis antimigraine; pós insécticidas e massa phospbatada
contra ratos e toupeiras, etc, etc.
(irande variedade de sabonetes finissim
Pós dentifricas; rhum é quina; vigor do «
nia: pulverisadores; pastas dentifricas; pó d’
Analyses completas
os para foileite, e essencias modernas
abello; elixires dentifricos; papel d’Armearroz;
escovas para unhas e dentes. –
de urinas e azeites
Adubos chimicos da casa H
i
Mlubos simples é compostos para as culturas de 1 milho, «centeio, trigo e outras
“O FERTILISADOR, revista m
vulgação dos’conhecimentos praticos indis
cipães culturas, segundo à natureza das
Directores é proprietarios ;
avi
ensal de agricultura consagrada à dipensaveis
para’a adubação das printerras.
Do TUNEBODDBD «2 Bo
LISBOA
Sapataria Alves & Irmão .
(de PROENÇA-A-NOVA)
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qualidade. Encarregam-se de quaesquer encommendas para a Africa, Brazil e
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2% RUA DO LORETO, 29- LISBOA
H. M, SILVA
Encarrega-se de quaesquer trabalh
CARVALHO
Mestre d’obras diplomado
os respeitantes à sua arte, não só na
capital como bas provincias, em condições muito rasoaveis.
Ponte Nova, = Escadinhas do Rio. 28, + — Meantara
E LISBOA |: g
ILuiz da Sily
PACPHIHDOHAHHHAHOS 44 Injecção Amarella$
4 Esta especialidafdazeevr eumma
> revolução no tratamento das doen-
> ças secretas.
E, segundo os mais recentes
conhecimentos scientificos d’estas
doenças, a melhor, mais efficaz e
/menos offensiva, que existe na the-
4 rapeutica moderna.
» Não produz dôr nem apertos de
> urétra. ‘
Mo
$
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4
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á
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4
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d
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EN ê