Eco da Beira nº72 27-06-1918
@@@ 1 @@@
ASSINATURAS
Ano—1$20. Oeste) 60. Brasi (moeda
Rs : brasileira) — a) 58000 réis, ac.
“Anuúncios;’n
-Stndera linha ou sind linha af
í
Tens e fita? dé mim ! ebay
= Por’máis que essa situação ne re
pugne, não eae nem devo psd
me tela. 22 AnASSão
Trata-se de faétos da reino ali
eta na “minha acção: – política”
vo idos meus “actos’ Explicações!
aos méús cotreligionários é contas e
aos! méus-eléitores:
“ Duns’ é outros eu sou! apenás am za
delegado “é ‘um mandatário: o
ZÃe ar pagihap doeentavos |
E
subsídio extr diaáiio de 6:000:%00,
por: motivo, da canestia deseubas
tências, e essa. verba . foram logo
eo cedidos. 3;000:00,, por. de
de mniegos, Edit
Es
qe
sue
a cuja educação, s
E não devo protelar pór mais tem- ficariaja cargo da.casa mediante, 590
po o cumprimento.dêsse meu dever,
como ex-director do Instituto de
Missões Coloniais; agora, que néste
estão por éste “anô encerrado:
dede |
Não vá supôr- -se que eu venh
responder a má a do *
dr. no G
“br ósito | meu, desde a
ge a manifestação “da persegui!
a da ue se me tem móvido.
o cao me reservava o «
reito escolha: da of jórt
apenas, um incidente:
“Encontro- -ã no méu caminho tes,
ponder- lhe-ei.
“Por ela: só, nem pelo que nda
escreve nem por quem à escré:
eu não me preoctiparia em dispe
a te, dois” ea de consid dal a
pad com Sao o seu acto,
senão à do mais co pleto. na êso.
“Definido assim meu pro pósi
apa, aos factos. E
Er GITOS
SA meitndo di ig otário das:
Missões foi decretada em 8 de:Se-
tembro: de 1917: Adianteou em bu-
tronumero-eu farei’a história: dessa:
reforma. Por agora limito- -me: a taceie
tar oi facto: consumado, ms
“Eu! estava! cuidando: ie pô lajem?
execução, »“e “a êsse trabalho lestava
dedicando: toda aminha” atenção.
A situação daquele: instituto, não
obstante ‘a!pavorosa: crise: ques nós
assoberba, “era absolutamente prós;
pera =. completamente Ran
“Nou demonstrá-lo; + cui cos
Ô pasegira, dos destinos
escudos pela entra a de cada. ums
o que era, qem. rande encargo, pois
iam preenchen
do-se aos concorrentes ordinários.
aa ser HiStrOy EU-CO-
Cumentos na secrgtaria
cêrga i ia o.sr, administrador operan-
do, Juma grande; tragsformação,; aus
rasiiando: O-seu rendimento. ia
Havia. um. débito, à, Manutençã
tar, mas.êle é largamente, sobe
to pela indmnisação que deve o Mi-.
nistério da Guerra pela cedencia. do
antes .fizera entrega. à, Fábrica de
secretaria, , “Ea ss
Excelente era, pois, a sithação fi
0a
Plano de remodela”
ção, “de” látgos horisontés, “estava |
| aaa Ssegurada.
, Tostálei” ‘Togo h
É em tôdo! 6 rigor das ‘sias’ “dis?
a dirigi as minhas
ái imp ação doi ifter-.
o
réputo tifáior iBnportância
arara-me para ir recebendó os se
lhôs dos int álidos “da guerra
| ENG parte prática é É profissiótial 3E
reforma’“eu- tinha quecescolher en-
Ro teis
eb! Emóntagem “das oficinas. —
“Deciditme pelas oficinas. Nã. nó
teressa! agora dizér que. =
Lançei- -me nêsse trabalho:
Ao Jado Rs torre eu começara a
depara a oficina
de marcenaria e ao lado desta um
| pavilhão para cacescola ide fotogra-
“Ou subsídio anual. do govêr no ão fia.
Instituto foi pela reforma’elevado de!
3:500ih00 e pela-mesma advieram’:
ao seu orçamento novas e importan-:
tes verbas de receita; tais como:ós
emolumentos da secretaria, as pro-
pinasdematricula’e exames,as anui-‘
dades: dos “alunos pensionistas -eto.!
L
ç
‘*Nó claustro eú 7ác montar? as’ “of-
a nomea
já inha feito anúncio para’
pografia lá deixei uma Reeleito:
máquina” de impressão, 4> (00
E crapilndats ‘do | Centro Republicano à Derreta
ut ne
Spin Ers OT
sustento. e vestuário] á
o vagas e substitujn-|.
dlesaraafeiatms: Rm)!
do; quanto. venho afirmand ; empregado! Competente
| conta do” Institutóhavia
Convento. : de, Chelas, do-qual; pouco.
Pólvora .a Pgtiio Nrgepte; daquela ||
ufa alesiola as as ensina qui! Con
E têm, um grande
23 da!
tre a instalação da Escola Agrícola
E O racAaer Ned a
de encadernação: e tipográfiao)
ção! (de mestre’daqueta» paraa >|
* hostilidade é perman
Gatti na pineetogniade
observatório? e
fia sen fios) 05
No gabinete de física existem mui
tos “aparelhos para 6 observatório e
como: o“ séuidirector,
dou
elatório esti orçamen:
‘dos’ restantes!NE! mb Obessidas
Os meus maiores cuidados ‘nêss
ijomento’ Eram” pela ihistálação “do
Danço hospitalar.
Como das dé estudiis
ali se apr santabd f
tempo sériã’regulado:
“Fodos’ alPlseticeibititadtos
dicamentados gratuitamente:
Dispenso- -me de encarecer quafito |
efactó! tinha de útilie’ beneméri-
Estava’já instalada no » gabingtê de
Sica ‘a farmácia é à testa = i
“por |
RE ‘Prati-
car nos laboratórios a Univers
de de! Coitbra.’ Es ú
nho; ‘com patriotismo. :
Eta, entim, ‘uma’gránde obra a
realizar-se ea expandir-Setem seus!
prometedores’ “Beneficios: -uma’bela”
Sutúição – que” sufgia e triunfavá!
Essa reforma tão riofejada: pelá’.
imbécilidade”ihdigéná começara a
t revelar-se e a afirmár-se’ desentta-
ne nhando:se em perduráveis elementos
dé riqueza é. tránisformação! “désia
região. ‘ RS Te Cs btra
“Aessa bbra ei “dispensára! modo! o
meú’carinho“e toda a” minha “aetivi-
dadeie dedicação: Pssa’era à mata
política !
“Mas — era
poderia Tealisar-se “com, à protécção
do’govêrho & a sha confiança” ná’
pessoa que irigisse 6 Institutos O
Era préciso Wim perfeito enten-|
dimento; uma”Completa ‘uniformida-
* planos “é oriehtação, centre” o
gua 6 difeéctor: pn
zembro e que a ai situação!
ali era” insustentável) ‘=* O
Os politicantes da: minha” terra
Sdubardtao com ‘os’ votos que hávia
lá dentro e haviam de deitar túdo
a terra à procura: de votos. entar
“Não tinha ilusões. 2/20 uu
“-Dêlés e do ministro eu só tan ii
esperar uma declarada e insistente
tenente icon!
tioii Es o
brotos
trariado e deprimido,
‘ À torre estaváigendo dpi di
E ‘SERNACHE “DO! BE
E + Sem, 1
o e procurariam: imita me
a”quem tinha)
tava tratando “da aquisição
eo no! “eúrso complementar! |
é Aa SARA E
é is aulas) pad uso tp
A uia inutilização perigosa:
Me A refia nem esf e.
jm: ministt
o hardt dizer
dentro dos
“seus correligionári
|itica,
Prá viatti’ qe erivar-me “der a “Um govêrho? “nun
Pr “PUBLICAÇÃO à NA GERBÁ on
Redacção e administração app
ei úma” inácção anguistiosa:’ ‘
* Eu previame condenado a ver
desfazer-se em minhas próprias inãos
sd! obra! que eu c À
Ho
on Ra fed bc mente sem”
eloniga ; m dúvidas Su dl
; pr rare edi fecho “se”
viria ‘a dar cóm algum estrondo!…?
A minha. exoneração” “pura esiml!
ples, dé iniciativa “do fninistfo, seria
VE! Hasbn! var
| Eu aceitaria O agari
pára tPabalha
minho eta’seguir, fúttando-me à
sacrifício Anútil e salvândo-me «
“que Men!
Of injeiativa” d
| Essa h
Do! que aero aih Det era eae 0
intuito destas considerações—respl*
taí que” à demissão não me ihcoi
RU nes a
“era: eae de Sia
tórva “conspiração ra “a “eXistên-
cia duma instituição “qué Ss”
importante factor “da prospéfidade”
dêstê concelho: um preverso átentádo”
contra o ben estar dos povos desta”
régião, » que liquidaria para sempre
a politica: que o fez. e os homens dd?
dq ‘sé vê fosse sús-
céptivel de depupeabilidades. pleso
ses homen : 1 Hon3
ra e” da dignidade: nblicA ou méla”
Riguma coisa tivessem a perder,
“Pará nós, pessoalmente, a” cont.
Yração foi um favor=”umPatívio.. “e
Veio! o” sr dr? José Carlos Ehira-
ue A lho devemos.
É muitifmodéstia fl sitiu
Que a ela foi estranho, o 1a
5 Pele E
“vamos ver! a
va pie
[ns responsabilidades te dói pars,
eis AE
tido unionista
Osdetós: italia bs governos,
des. que, os na
los seus delegados | e
central age e prodede’e. ps
indicações que, se determina. |
Isto é lementar, em “mira
EA investe Tot!
se
se
@@@ 2 @@@
as conveniências politicas locais nem
desatende as reclamações dos que
O apoiam: só o faz quando lhes re-
tire a sua confiança, e então, um con-,
fito se abre.
Quando há vergonha e dignidade,
claro é.
artião unionista, o detentor
apfiisçdo; governo, não. queria,
a minha demissão, mas a valer e
sem hipocrisias, punha ao ministro
essa questão, com essa mesma de-
cisão e, em tal caso, ela não se faria.-
Não teúho: a esse ERRO duvida
nenhuma.
– vada ao chefe do partido e este ti-
vésse intervindo junto dó ministro
ou junto do presidente da ministé-
rio, o resultado, a esse no, não
era duvidoso.
Não tenhamos ilusões nem disfar-
ces!
, uponhamos, por m-vá de. cons
ces 55085!—que.o pedido.era feito mas
não era atendido:
maior, estranha por ventura à vida
local, obrigara,á demissão… (;
– Em tal hipotese, um de dois ca-
sos, se podiam dar: ou a razão o,
não, convencia, e êle não. aceitara à
sua comparticipação. na administra-
ção politica do concelho, ou êle se
rendia às razões. …
Em tal caso esse partido tinha o
dever indeclinável de dar convenien-
tes expiicações publicas, ou ao, per- |,
seguido, se êle lhe merecesse, essa
consideração…
No;
solidariedade .com a violência: no
segundo, declinar a sua. Responsabiss
lidade, pelo acto.
Só então, em qualquer dos casos,
esse partido poderia dizer, com ver-
dade, que nada tinha com tal facto..
Ó ass Mo, Doutra maneira É ;UmM
grosseiro disfarce—um embuste:
Ora, a minha exoneração fez-se
durante o consulado-unionista e ês-
se consulado continuou. :
Não teys Êêsse partido da
ção, alguma, de. contrariedade, um
simples movimento, ou gesto…
pESpÓRIO,- nem pública nem perqeR
ar. f
Tendo recebido de alguns unio-
nistas bilhetes de cumprimento pes-
soql, nota que alguns frizavam, é
de re En que a nenhum dos mem-
bros dos conpos dirigentes « désse par-
tido, hem ao próprio administrador
do concelho, q e talvez tivesse o des
ver pessoal de o; fazer, eu deva êsse,
mm simples bilhete de banal
cortesia, À Nada. Nem um vago gesto-
que .repelisse A suspeita de
cumplicidade. Calou-se. Aceiton.
Nestas: circunstâncias, eu não, en-
to. da violência que me foi feita a.
responsabilidade | do partido, UnionIS:
ta je creio bem que nenhuma injus-
tiça pratico.
Fica, assim, apreciado O Caso nas
suas linhas gerais. 5
Nao agora em, detalhes. ;
“Uma mistificação
Em [4 de Dezembro eu recebido
– Eduardo Barata uma carta, con-
é lo do-me a uma conferência, e
marcando, para-ela, logo dia, hora e
local. :
Fui. é
Realizgu-se essa entrevista e, en-
tre outras coisas, que não veem “ago,
ra para aqui, disse-me êle ;
O seu partido, tendo reunido, pou-
cos “dias antes, para resolyer sóbre
à sua conduta é origntação, tinha re
solvido fazer uma política de enten
dimento comigo :
Fôra êle o escolhido para admi-
nistrador do concelho c essa esco;
lha 6 a sua aceitação obedecera já s
ea ndo tivessse: sido. eo
que uma xazão.
primeiro aso repelia a sua
de.
“ECO DA.
ao propósito de realizar essa apro-
ximação: política, que êle me vinha
propôr e para mim não devia cons-
tituir uma surpresa, porque já na
véspera a comunicára ao meu par-
ticular amigo António Augusto Ro-
| drígues.
Assim era: a proposta úão me
surpreendia: a resolução é que me;
fizera alguma surpresa, que nunca
chegou a dissipar-se…
Indicasse bases é condições.
Em -quanto-à minha- situação: O
partido, unionista-por forma alguma |
promoveria ou consentiria que me.
fossem feitas perseguições. Apenas:
queria que no regulamento do Ins.
Ututo se fizessem algumas altera-
ções, mas isso mais tard«. Tado re-
soluções do seu partido!
Bem sabia eu, dizia êle, de quem
partia a o ao tempo já far
lada. ,
Falou. com repulsão dos Ro
us. amigos, nada, de comum
im € teve até para classificá-los
o
quei
verdadeira. 30
quanto pudesse, a que tais poliquei-;
ros levassem por diante os seus;bai-
ixos intentos. Enfim, o partido cha-
mara O caso a si e assim mo comu-
nicara., f
Devo. aqui uma. explicação. To
– Estou revelando os termos duma.
entrevista de carácter. reservado.
Reconheço o. Não é hábito meu.
Sei ser. reservado, e da compreen-
são desse dever tenho dado sobejas |,
provas.
Se 0 infrinjo agora é; porque. a:
tanto sou levado, pela, provocação
do sr, dr. Ehrahardt e sobretudo
porque essa entrevista veio à resul»
tar em uma grosseira mistificação,
pue, por;nenhum. motivo eu merecia.
– Nunca mais troquei uma palavra
como sr, Eduando Barata sôbre po–
litica.- :
Nunca me ouviu nem me chamou.
“Sem explicação alguma, que gu]
descobrisse ou êle me desse, deixou
de ter comigo as correntes atenções
que: só, raramente, se negam, Não
hesitou mesmo. em tratar-me-. com
hostilidade acintosa, que se acentuou,
na escolha das. comissões -adminis-
trativas, que, não só fez sem eins
mas; contra mim.
» Tudo foi feito de entendimênto e
ao, gosto: do. sr, António Victorino,
O sr. Eduardo Barata rompia
abrutamente um “acordo, que, expon-
tancamente êle. próprio me. viera
propor. alguns. dias antes, A tudo!
| faltava.
Agora atenda e entenda o Ro
Voltava-se para. os outros, para
os tais que queriam e pediam a mis
nha cabeça, e êle administrador do
concelho jámais consentiria !
“O, partido, unionista, lançava-se,:
assim, nos.braços de tal, quadrilha
que reclamava a minha exoneração.
Pouco depois era eu demitido do
meu lugar de director do Instituto
de Missões Coloniais: «eo; parti
do unionista ficara com a maioria
nas comissões administrativas!,
Agora não faço comentários u uem
tiro conçlusões—tão clara é..a ,si;
tuação, tão transparente é a mano-
bra.
Tire-as o leitor em seu sereno e
lúcido critério.
Formule em sua consciência justa
E honesta a resposta que eu devia,
dar e o conceito que st deve formar
dêste cavalheiro Ebrahardt, que sem
hinguem o chamar nem dar por êle,
veio para a imprensa gritar que o
seu partido. nenhuma intervenção
CACIdeQies
que, a promoviam, Com. essa, gente…
uma expressão um tanto, «dura, mas!
la a Lisboa e lá se oporia, tanto |:
tivera nem apoio dera.á violência
que me dora feita, aliás muito. bem
BEIRA…
merecida, em seuhonrado conceito,
ta ele jubilosamente fd
Eu podia ainda expôr detalhes
novos.
Podia explicar o que foi a inter
venção do governador civil: pod
dizer que a atenção do sr. adminis:
trador do concelho foi mais duma.
Vez Chamada para os trabalhos da
perseguição e para tantos outros in-
Mas não vale a pena nem é pre. |
ciso. :
O iqueraí fica tem: luz nddda pa-
ra bem se ver e distribuir ao parti,
dosunionistar ias: responsabilidades.
que lhe competem e êle agora quer,
repelir. pela, boca do; :sm. dr. Era
hardt.
Com êste cavalheiro tenho ida
outras contas, que feanão pars a apró-
ia eu té rios
É Á | Abílio Úliia Pá
O caso de Sernache
At por 12 de Maio houve em Ser-‘
nache uns certos acontecimentos de
que não se pode falar á vontade.
“Apareceu logo um capitão conhe:
cido a prender e a inquir
Em “certa altura suspenderam-se
“q as diligencias, o senhor oficial aban-
‘donou o campo das operações, “fo-
ram Os presos postos em liberdade
a tropa regressou ao quartel, a poli-
ciá abalou para Castelo: Brarico.
“Como numa magica, tudo deban-
dóu e túdo sócegou. :
Mas, porquê, esia miútdança tepen-.
tina?
“O auto está suspenso; ;
Porque não continuá-lo até’ se
descobrir a tal mão oculta, a causa
proxima ou remota deste mau’ estar
que tornou possivel tão tristes acon-
tecimentos?
Talvez que agora se púdéssa des-
cobrir se Houve lavradores que
prestaram falsas declarações á auto-
ridade, tendo obrigação moral e legal
de tada ocultarem e dateta até bom
exemplo.
Bem poderia agora nableblse quem
foi o lavrador -ou lavradores que
vendeu ou venderam o seu milho,
para fora do concelho por alto
preço deixando, assim, os pobres
sem êle.
Bem pode ser que sejam “esses
patriotas os culpados, os, verdadei-
ros responsaveis da aflitiva crise
em que, este conselho se debate, Qu
não?
Talvez se pudesse agora saber
quem foram esses. benemeritos, .,
Porque é que os senhores da go-
vernança não mandam . fazer um, ri-
goroso inquerito a êsse respeito.
E saber-se tambem quem foi o
comerciante que andou a açanbarcar
cereais e à exportal o, para fora do
concelho.
E uma certa faleatrúa na exporta-
ção d’ovos: e. à mancomunação para
| a elevação do preço dos. generos!.
etc, –
Tanta coisase podia. saber agora que
está a; moralidade no poleiro se os
bondosos fenhores que nos gover-
nam quisessem!..
SD,
Falecimento
Faleçeu em Sernache, após uma
longa e dolorosa. doença, o aluno
do. curso liceal do Instituto de Mis-
sões Eeotgniaih Antônio; dos Santos
Serra:
Era um excelente estudante, mui,
to aplicado e inteligente,
| tornado
Té Ro, eae comp:as plantas
Re
nhamos* da sim
aquelas suas quali
Duranté O dia, um silêncio enor-
me. Absoluta calma.. A velha cidade
dorme um profundo ‘sôno asseme-
| lhavel-ao-sôno-dos mortos A-bastt=
ca tornou se análoga a uma ruina
milêdaria; Dc g cônberva-sá
CAME, pás prediá
za esforça-se por crear jardins es-
4 tranhos, jardins hesitantes que, na
primavera, cantem o indomavel re-
moçamento.-Por- vezes ainda, trans-
mr ferozes caprichos ou
estupidas suspeitas, O inimigo acres-
centa mais aigames-ruinas ás io
sem, numero, 3
Portanto, ali vive-se nas; cayes;
‘nas; cosinhas do sob-solo, e. á noite,
debaixo da luz frouxa de tristes lan-;
ternas, algumas lojecas iuminana,;
onde, os, transeuntes taciturhos. vão,
comprar provisões, -tabaco,, vestuá-:
rios, utensilios— vindos: não. se, sabe
de que partê…: À vida dos homens,
Numa dessas caves persistiam. uma
quinquagenaria e um rapazito. Por,
cima deles, a casa desmantelada,
ónde tudo perecera. Eles não renyn-
ciavam; aguardavam o Dia, o dia sa-
grado em que a hossana sagrada
reperculisse festivalmente na Fran-
ça luminosa; aferravam- se. RE
radamente gá terra natal, emfim. =
Durante êste áspero inverno,
velha, à tia, foi acometida Or UMa,
violenta gripe que lhe’ inutilizara os”
bronquios. Não havia, mais carvão”
na cidade arrazada, e certa manhã,
chegou-se ao ponto de restar no po-
bre lat tristonho combustivel” ape-
nas para um dia de calor à enferma.
O pequeno Eduardo não ignorava,
que a vida de sua tia e O brazeiro|
ateado constituam um todo indivi-.
sivel, Se O fogo morresse, a
tava morta. Ele tinha poido o]
dico tiritante confessar tal
uma visinha que havia pa
gumas, horas com a doente. e
Ele tinha doze anos, mas uma ter-..
rivel experiência-—toda a guerra, to-.
da à miséria humana, todas as vicis-
sSitudes que desabam sôbre os des
raçados como um punhado de vi-
oras,,; Ex; tantos; pesadelos; tantos
horrores, tantos dias négros tinham
inabaládamente: amarfanhado a sua
pobresitiai (os ab j
O petisssaiu, err ou; | mendigouj-
sem que ninguem – pudesse: prestar=
lhe auxilio. Por fim alguem, – falou-
lhe num depósito longiquo, a: quin-:
ze quilometros, onde talvez; fosse
possivel adquirir -alguns sacos; des-
de que estivesse; reto a: carregar,
comvo combustivel; cisne
Logo tratou, de: arranjar uma pes
quena carripana e, lançando lhei as.
máãositas ao varal meteu-sea -cami-
bho sem temor ao; frio intenso gue
| Trudemente flagelava a sua;-pequéna
estrutura, Quando: chegou-ao depó-!
sito, O; depósito estava feindment
vasios vistos
Então, copas o rosto: a 6
as mãos violáceas,.o pequeno; ficou
imovel deante: dosinverno imenso e ;
intenso e sentiu -fraquejar odoração:,
@@@ 3 @@@
e extenuarem-se-lhe os membros. A
morte pairava csôbre êle; não teria
mais que sgntár- se“á beira da estra-
«da e dentro .em pouco seria um pe-
queno bloco de’ “pedra. Contudo-êle
nua de valentia cheio o frágil: ar-
iço. Retomando o varal do car-
ros snarchou a-direito contra o gran-
de. Xento “do norte:.. e, surdamen-
té, ia suplicando o quer-que fosse,
não; propriaménte para E mas: Fam
raça sua companheira. bd
6
dd
grito, à certa altura do per-
ci um grito se misturou as la-
mentações ‘do vento agreste. O gri-
to,“vinha de perto, à direita doces
ada, dum-buraco’ “que devia ter “ste
gscavado pelã explosão de algum
fe pidgvel Bug, quando’os alemães
avançavam- sôbre: -Paris, Eduardo
alóngou- o: pescoço, apércebêndo-se
dum velho que-se cesforçava | ‘pores-
calar o” talude» escorre ídio e que,
a EO surgir um: jéta regho
Tenge e Den Pequeros)
; Né tenho onde fincar pé… Apres-
ce a hem, alguém que me -so-
o + Gélol =
-Ã criança teve uma: ideia. Desen-
rolôu a “corda que traziá’na sua car-
ripana “é lançou uma das extremi-
d ag ancião. .x
ss ideia! exclamou êste. se
gura-a bém. – Eusubirei. sa
A corda: estava, amarrada a RR
ângulo do cárto. O pequeno puxou,
o velho-dispendeu os últimos esfor-
ços €, Braxgiante, alcançou por fim
a estrada:
— Não posso mais | gemeu o dese
conhecido. Não” conseguirei-chegar |
a casa,
Suba-para”o-carro, senhor!
de olhou para oCorpito fran-
» € hesitou.
a, senhor, isso me aquecerá,
cofgluiu com voz resoluta.
“Aniquilado, o ni Ro c
tando se, fem
Zy CXp
empre-a
reito!…
Éra para o sul. O Eduardito vol-
tou é veículo e partiu com todo O seu |
elanA aventurá aquecê-lo-ia ; uma
fôrça nervosa di
músculos e, vimte ,
chegava diante de uma bela, proprie-
dade cercada de árvores que a neve
cobria de bizarras e deslumbrantes
folhagens.
‘m velho jardineiro e uma e
iadast
pai maçõos na
ogueira de achas crepitay
dy dra O dp so a
Tu pa gate nda a a a
“vid a deep Sbvelha estit dó-se
num: Ro E tudo Ela
res! as Piachofagiamua, gem)
queno fixou os olhos claros
rosto encarquilhado em que
1 | Seb |
rro o do,
dia
tur
= quele
ade não extinguia a vitalidade,
amu deando por fim; |
Andava à procura de carvão!…
CE Garvão!.4 n as ext
môg-o velho Che de surpreza- ..
Eduardo no entanto não se expli-
cod. Uma imagem fúnebre se lhe”
desenhava o ebro; suspirou:
— Sem «ar ão alinha Bi deve
motfer!…
=-Socega, elaterá carvão em ga E
dância! oi
Lia-se um solene enternecimento
Tosto do ancião, que murmurou,
uma pod Ha sn i
—+Confiou-sé iaige à néve; à
solidão, ao acaso… E o vento, à
nevé, a solidão, o acaso socorreram
a Sua: fraqueza!
,
jd
ECGODA PEIRA
Fiso quási alégre, e excamou »
isto; pequeno ! foi uma grande”
fórtuna que eu tivesse caído ao bu-
raco! Tua tia não morrerá por fais”
ta de carvão, – ;
| 1
Dr. Luis Lereno
Foi promovido à magistratura ju-
dicial e colocado na comarca da
Graciosa o nosso presado amigo,
dr. Luís António Vieira de Sousa
Lereno, que durante alguns anos e
com a estima de todos, serviu o es-
pinhoso cargo de delegado do Pro-
curador” A E epépiea nesta cmar-, +
ca,
O novo “juiz foi colocádo + huma
comarca onde gosa de gerais ‘sim-.
patias que ali Er niltii pelas suas.
excelentes qualidades durante o tem-
po que serviu como Agente do Mi-
nistério Público. |!
“ Enviamos-lhe as nossas tita
ções e sinceramente lhe desejamos
todas as felicidades na nova e hon-
rosa carreira em que acaba de en-
trar.
Dr. José Bártolo
Foi nomeado delegado do procu-
rador da República na comarca de
Cuba e dali transferido já para à de.
Penela o nosso presado amigo, dr.
Jósé de Azevedo Bártolo.
Ao novel magistrado, a quem não
fáltam qualidades e merecimentos
para marcar um lugar distinto no
honróso cargo: da Magistratura Por-
tuguesa em que acaba de ingressar,
-nós – enviamos as-nossas-sinceras e
vivas felicitações.
Novo delegado
Foi promovido à primeira classe
e. edi «como delegado-do Pro-
curador da Medida nesta comar-
na vaga a
E Dri Luis Lereno, q sr. dr. Si-
mão José.
O novo delegado da Certã é um
|-distinto magistrado, caracter íntegro
e austero, servido por uma viva-in-
teligência e excelentes qualidades
| idê trabalhos: O
Essas belás quitifides as afirmou
como senador da República, queera
na última câmara dissolvida, como
Telator de vários projectos de lei, o
último dos quais, se bem nos recor-
da, foi o da-lei do-inquilinato. “
3 Damos por tal motivo as nossas
felicitações aos povos desta comar-
dtaçes
“| Varieda des
ENS O sono –
E” tão péceiso: dotmir! tomo: é
necessário comer.
O sono deve ser proporcionado
a fadige corporal, ou ao Heotia
mental do individuo.
menino. necessita dormir mais
gue o adulto. O adulto mais que o
| velho. A mulher mais que o homem;
O doenje mais que o, são; O ner-
vosg mais que’6 sanguíneo,
Os musculos dispertam mais de
Eber que os sentidos. Os sentidos
neiro-que a inteligência. A vista
a que o ouvido. 8 ouvido antes
que o olfato. O) olf to antes que o
tactô)
“O ‘sono hpdádmio do corpo hu-
mano por grãos. Os musculos das
pernas e dos braços perdem a fôrça
ES tEtto
á
;primeiro que os Soo sustentam 0
Apalpou os joelhos, comu sor
espinhaço; donde” provêm que al-‘
erta pela promoção |
omelas”; pos congratulamos,.
gumas pessoas dormem andando, a
cavalo, ou mesmo passeando.
O dr. Cabines crê que o sentido
da vista é o primeiros que, dorme e
sucessivamente O Bosto, o olfato e
o tacto.
Ao despertar do sono em nada
se pensa. Alguns sorriem.
Outros ao desperiar ficam tristes.
Estes são os contrariados da fortuna.
Todos os homens teem regras e
tempo para” descançar.
Os malvados dormem só 2 horas.
Os ambiciosos: 4. 3
Os uzurários 5.
Os doidos 14.
Os homens que não teem aicons-
ciência tranquila, dormem: um sono;
curto e agitado; nenhum eae a
descançar: 6, horas, .. sei doa ;
O homem honrado e virtoso
dorme tranquilamente o sono soce-
gado dos justos…
Calígula não «dormia mais do “que
3 horas.
Nero despertava sempre aos gri-
tos por eferto de “grandes pesadelos.
O grande Scipião, depois de qual-
quer vitória, era- um dosgrandes
dorminhocos de Roma.
|| * O sono é um ‘alimento, tão neces: |.
Sárioa do corpo como o. pão eovi-
nho. Não serra possível viver 8 dias
sem dormir. Quem dormir mais de
9. ou ,10 horas. consecutivas está.
doente” O que dorme menos de 6
horas não está tranquilo.
Napoleão Inão: dormia-mais. de,
Sihorás, parecendo-lhe ouvir o cos]
mando e o troar do canhão.
Carlos II dormia quási sempre 8
a 10 horas.
Cezar, despertava-o a sua ambi-
ção, vendo em roda do seu leito me-
donhos e terríveis fantasmas..
*
— Mas, dizia uma dama ao ma-
rido, que lhe criticava a toileíte; que:
sabe um homem acêrca-dos vestidos
de sua mulher?»
O marido, encolerisado.
— O preço, minha senhora.
i *
E
A esposá: — Era capaz de pásgar
a-minha vida a cantar; gostava de
ser ave.
O marido. — É eu a espingarda!
Michelet.
Máximas de um tolo ‘
Um homem que morreu com fa-
ma de tolo, deixou entre os seus pa-
peis as, seg máximas curiosis-
simas ;
«Em amor; duvida; em política,
desconfia; em virtude, não creias
sem prova.
ão te envaideças com o dinheiro-
que tens; goza com o que gastares.
«Nos palácios todos são: PsanaNDS:A
nas igrejas todos são livres. +,
«Ama e procura a paz na tua al-
ima, na tua família, no teu país,
«Completei 84 ànos, tinha-me por
tolo; vi morrer e padecer. muitos
discretos.
«Ãos 22 anos conhecia que ha co-|-
média do. mundo, o tolo não preci-
sa de pedir; sesabe-representar bein
o seu papel, é êle quem mais goza; |
Não sei se o representei bem ou
mal, porêm durante 62 anos ri-me
dos que pensavam rir-se de mim;
desfrútei mais liberdade que os ou-
tros, e nunca fui suspeito nem aos
maridos, nem aos amigos, nem ao
govérno, nem a ninguém. Se tor-|
nasse a nascer, a primeira coisa que
pediria a minha mãe é que me fi-
Zesse passar por tolo desde o ber-
Gu
Ee amor. ur, Ê
pras conclusões :
“Conjuga!-— O. mais-gélido.
dt ‘mais: dife de
ar. |
Nascente O mais cego.
Próprio-—O que mais preciso é.
Ao luxo—O mais usual e irresis-
tível.
De mãe–O mais firme..
«Verdadeiro — O mais raro.
De amante-O mais apreciado:
– E do lado o visinho :
“—E o mais mal empregado. .
Rima e… deve ser edad e
Ses di nb E RÃ à
Pequeno curiosismo –
Um pensamento de Stahl ; o
«Uma mulher bonita é uma tabo-
leta onde se lê: Aqui presisam -se
prnsniuades a
– Curioso e original, 5
e
As sobras
o tribunal de Hamburgo vai jul-
gar um processo de divórcio cujas
origens são bem o avagantes,
“Um -ricor jante, alefiião “de
Hamburgo. a ido sem gua niu>
lher. passar : algumãs dénianas a Wes-
baden. Como não encontrasse / “ali
distracção, teve a lembrança de io-
serir em divérsos jornais que dese-
java casar-se, acrescentando que era
rico e de boa presença.
Entre astDADE quê irecêlbéu, ha-
via uma que lhe agradou particulars
mente: a pretendente dizia ter 40
anos, mas “estar admira velimente
conservada.
Deram-se rendez-vousy indo-o-ne-
gociante convicto de que fazia uma
conquista agradável. :
Mas qual não foi a sua decepção
ao encontrar-se frente a frente com,
a sogra!
Esta’formosa-escreveu à filha, que
Eicntou 2. processo de divóréio,
“ARREMATAÇÃO
= No dia 30 do ebrrente mês de
un, ás 12 horas, á-porta do,
tribunal judicial dêste juízo, em
virtude da deliberação do conse-.
lho de família nos autos de in=
ventário orfanológico póf óbito
de Filipe da Silva Leonor, que
residia no lugar é freguesia de.
Sernache do Bom Jardim, desta
comarca, e nos termos do artigo:
570 e 571 do Código do Proces=
so Civil, é posto em praça para,
ser arrematado a queih maior lan-
ço oferecer acima do valor que.
lhe vai designado.
Um prédio urbano que se com-..
põe duma casa de residência com
seu pequeno quintal, em Serna-
che do Bom Jardim, queé alo-
dial, no valor de oito’mil escu-.
dos (oito contos).
Pelo presente são citados os
credores incertos “para deduzi-
rem todos ós’seus diréitos, que-.
rendo, no: prazo legal.
Certã, 5 de Junho de 1918. .
O Escrivão do 1.º ofício, |.
Antônio Augusto Rvéirigues
É ;
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Matoso
@@@ 4 @@@
n TELEFONE, (AOBSCENTRAL |
ea RA Ed | 3,
j
A
GS
prole
ão-e-sei
O es a
o, eonteidos nfo r
es
OSS
= mac É
ni
:
O ge o
Es a
Dea
õ a:
é
o’
o
di
rolusamente ilas-
ks
SE O ga 7
ME ada My | po
dead RE E pm
tu
ão,
ao ees
que
stigaç
datito
si em” desejar subscrener com: uma-ou. mais. aeções ARS se, em,
7 a e ã ini Soa: gia na a
mt Re una amd es do mm ia a, CITE ;
: eta ia a
DO BONJARDIM
ps a
é invé
ortantes sôbre esta regi
1
rência’a Nun’Alvares-Peteita
grafia desta; povoaç
| ilustres, comespecial refe
»
ho d
Excelente itrabal
o
bi
O MO ms
”
es mui curiosas imp
meras
Mae ouR od
SERNACHE é
-* Interessantê mono
o me J
| e rmoraimráRIOS
à
lo :
et de e pec ueno formato. para o queipossui ascomperentes [dé ||
eo o € grande o a de tipos nacionais:e estrans | 4.
Re Bangicipações qu cdsa- Iã!
mento e son oo e [A
fado Denóio de Irecso: Pari reparições. a
É ae ind a e Re, Autoa [e
sl EIRIA Re o ad
Qe ao slz5o ; aa e 4 “é fe But
ol Esto antiga tipagrafa estê ae a a com o ato Wo
maxima rapidez: e “porfeição: todos os trabalhos de gran- jd A a
“Ediidia comuletamente: ti
e
re excelentemeênte situa- e B o
ap
-da e com belas vistas: Bons.
“do dA io
-quardog e magnifico Serttti.
ae MASSA 3 sipuis aboiliupirais onor 4 :
“ACEITAR SE COMENSAIS – E
“PREÇOS À “MODICOS
Prófitietario:
“rr luas Tia dn“rr luas Tia dn