Eco da Beira nº7 03-04-1910

CARDOSO GUEDES
SECRETÁRIO
Popreaio e direco -ABILIO DAVID
Anno I
EIRA
ERNESTO COELHO
ADMINISTRADOR
Condições d’assignatura
– Rei— nAnopo , 1400; semestre, 700. Brazil— Anno, 24500,
eibooo: Paizes da União Postal —
Anno, 2200. Fóra da Sertã accresee o porte da cobrança. Numero
avulso, 30 réis. Correspondencia cerpelaniçA adaninistra ção,
oro f.rte. Afri— Acnnao,
dirigida ao administrador. Travessa das Mercês, 59 — isboa |
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ed
Eua do Valle — SERTÁ.
dificinas de composição* impressão
|| 20 por cento.
Publicações
| No corpo do jornal, cada linha 100 réis. Annuncios, cada linhs
do réis, Repetições, 20 réis cada linha. Annuncios permanente,
preço convencional. Os senhores assignantes teem o abatimento de
Os originacs recebidos não se ole
Intervenção estrangeira
Com tudo hipotecado, penhorado
ou consignado;’com um deficit chronico,
que cresce de exercicio para exercicio;
com uma cotação internacional,
que orça pelo desprezo, e que questões
como a dos sanatorios da Madeira e a
do inglez Hinton põem abaixo de zero;
sem escolas e sem estradas; sem exercito
e sem marinha, sem parlamento
nem liberdades publicas: sem talento,
nem cultura, nem capacidade de tra-
“balho, nem patriotismo nos seus estadistas;
com uma diplomacia puramente
decorativa e cortezã; com uma politica
e uma administração exclusiva
mente inspiradas no interesse pessoal
—o Estado não póde ir longe e deve
achar-se na imminencia de formidavel
estouro ou de tremenda humilhação.
Situações como esta não se perpettam.
Adia-se o desenlace uma, duas, três
vezes; mas adiar não é resolver, e la
vem um dia em que se paga tudo com
lingua de palmo, juros acumulados e
o mais que apraz ao crédor, tanto
mais lperigoso, quanto mais cheio de
razão,
Foi nestes termos, embora por outras
palavras, que o sr. dr. Affonso
Costa pôz ante-hontem a questão no
parlamento, a proposito da nova carrapata
Hinton. «Ou mudamos inteiramente
de vida, ou corremos o risco de
uma intervenção estrangeira»-—disse
em summa, o illustre deputado republicano.
O sr. dr. Affonso Costa tem razão.
Com effeito, se a intervenção, por
“motivos de ordem politica, está completamente
banida do direito internacional
moderno; se até a pavorosa tragedia
da Servia deixou impassiveis as
chancellarias europeias; se as nações
“tutelares da Turquia deixaram consumar
com jubiloa sua revolução libe
ral; se a Inglaterra levou o seu respeito
“pela soberania nacional portugueza |
até ao escrupulo de desviar da sua
rota uma esquadra britanica, já em
marcha,á data da tragedia do Terreiro
do Paço, só para que nem de leve pudesse
suppôr-se que pretendia ibfluir
nos destidos da nossa politica;— já outro
tanto não diremos da intervenção
por motivos de ordem financeira. D’essa
ninguem livrará uma nação iasol
vivel e reconhecidamente incapaz de
regenerar-se pela capacidade e pelo esforço
dos seus proprios filhos.
E” certo que na segunda conferencia
da Haya vingou, por 37 votos e 6
abstenções, a proposta Porter, dos
Estados-Unidos, que não admitte a in
tervenção armada para cobrança de
dividas internacionaes, a menos que
a nação devedora não acceite a arbitragem,
deixe sem resposta a respectiva
proposta ou, caso a acceite, torne impossivel,
por facto seu, o estabelecimento
do compromisso arbitral, ou se
não submetta à sentença contra ella
proferida, Mas, além do caracter equivoco
desta resolução, antes tomada
para fazer a boca dôce à Argentina e
ao seu eminente delegado, Luiz Drago
do que manifestação do verdadeiro
pensamento da Conferencia, quem falla
aqui em intervenção armada ou
quem-ha ahi tão ingenuo que supponha
que a Inglaterra, a França e a Allemanha
teriam de recorrer a uma intervenção
armada para nos impôr um
contróle internacional? Não, não seria
preciso recorrer a taes violencias, Ê
ao primeiro ultimatum das nações crédoras,
não haveria, na escala da abjeção,
gente imais abjecta do que a que
tem por dever zelar a nossa honra e
fazenda.
Assim, pois, se muito pouco se importam
as nações crédoras com o nosi?
direito publico interno; se pouco
hes dá que sejamos monarchia Ou re-
Dito! em compensação, muito lhes
importa a nossa solvabilidade, que, dê
por onde dér, hão de querer tornar
effectiva.
O modo de a tornar effectiva é, evidentemente,
um contróle internacional,
que. uma vez de posse da preza, não
a largará nem com duas razões nem
em dois dias.
Quaes as consequencias d’esse contrôle
internacional) Perguntemo-lo ao
Egypto; elle responderá elequentemente.
Em primeiro logar, o licenceamento
da força publica, como medida inadiavel
de economia é de defeza. Não ha
contróle tão tolo, não ha intervenção
tão destituida de senso commum, que
podendo poupar alguos milhares de
contos de réis os não poupe e, por outro
lado, não trate de inutilizar os unicos
elementos sérios de resistencia
contra um estado de coisas que reduz
as nações à situação de protectora»
dos.
A primeira medida do contrôle internacional
no Egypta foi o liconceamento
das tropas, cuja olficialidade vacava,
esfarrapada e esfomeada, pe:
as ruas, e acceitava, como um maná
celeste, um logar RÉ creado nos restaurantes
do Cairo.
x
* *
Ainda hoje, depois da reorganisação
do Eee Khedival, não pode este
exceder; “sem “ordem do’ suzerano,
18:000 homens; e além dos officiaes
inglezés não exercerem posto inferior
ao de major, inglez é o chefe do esta-
[do maior general, inglezes a maior
parte dos generacs, coroneis e tenentes
coronéis; isto além do corpo de 6ccupação,
exclusivamente inglez, e da
circumstancia da melhor iofantariai iadigena
ser recrutada entre a negraria
do Soudan, indiferente a quaesquer
veleidades de independeneia da pe
dos Pharaós.
Ao licenceamento do exercito corresponderia
logicamente o licenceamento
de uma grande parte da burocracia,
ou a sua redução a pão e laranja;
e todo o systéma economico e financeiro
da nação obedeceria, como não
poderia deixar de obedecer, a um regimen
da mais implacavel parcimonia.
Só-um personagem escaparia a esta
fouce roçádoura ou a este processo de
selécção: o rei. Esse continuaria a disfructar,
intacta, a sua lista civil, coatanto
que nem de longe nem de perto
mettesse o nariz nos actos e contas dos
contróleurs.
Dir-se-ha agora; «Mas se só o cxercito,
a armada e a burocrácia soffre»
riam com o contróle estrangeiro, porque
vos queixaes? Porque não deixaes
o destino consumar, por suas mãos, o
castigo dos egoistas e malfeitores?»
Porque dez annos depois não haveria
Portugal.
— eae
Abilio David
“Tem estado gravemente enfermo este
nosso querido amigo e illustre redactor
e proprietario do Hco da Beira.
Felizmente. accentaam-se as Jjmelhoras,
esperando dentro em pouco
vél-o entregue aos seus trabalhos escolares
e jornalisticos.
E” esse o nosso maior anhelo.
Abilio David merece de todas estas
sinceras provas de sympathia pelo seu
bello caracter e comprovada illustracão
como um dos mais distinctos profissionaes—
pedagogo e publicista.
omgpssgda——
Partiram “para Lisboa, no dia 20 a
ex.” sr.* D. Adelaide de Carvalho, esposa
do nosso amigo, sr. João da Silva
Carvalho, e seu filho, o sr. Annibal
de Carvalho.
= 0000 qu mae
A” vereação lembramos que lá continuam
os dois candieiros sem luz: um
no beco da Imprensa,
rua da Misericordia.
Quando chegarão os lampeões?
e O outro na
Antunes Pinto
De passagem para a sua casa em
Oleiros, esteve entre nós o sr. José
Antunes Pinto, illustre lente do Instituto
de Agronomia e Veterinaria.
Comprimentamos ellectuosamente o
nosso eminente correligionario.
E
Reunião intima
No Domingo de Paschoa teve logar
uma reunião intima em casa do nosso
presado amigo o sr. Emygdio dé Magalhães,
havendo baile onde com entrain
sé dançou até às duas horas da
‘madrugada.
Entre outras pessoas. viam-se as
ex,Mt srs,’º D. Conceição Baptista, D.
Maria Baptista, D. Maria Faria, D.
Florinda de Magalhães, D. Aura Magalhães,
D. Etelviaa Magalhães, D.
Lucia Magalhães, D. Guilhermina Faria,
etc., e os srs. Fernando Bartholo,
Accaçcio de Macedo, Braulio Belmonte,
Antonio Barata, Joaquim Barata, João
José de Magalhães, Augusto Faria,
Erancisco dos Santos e Silva, Luiz da
Silva Dias, José Queiroz, José Baruardo
Junior, etc., ete,
ça mn ce pc cr 1, criça
De visita à ext sr D. Conceição
Baptista, acham-sen’esta villa o sr.
Augusto Faria e a ex.“ sr.* D, Maria
Fariae D. Guilhermina Paria, de Tor- |
res Novas.
UM CUMULO
No proximo passado sabbado, 26, o
cortador do talho municipal d’esta vil.
la estava servindo de tal modo os freguezes,
que todos protestavam; porque
seguindo o seu habitual costume, serve
a determinadas pessoas a carne boa,
cortando por onde ellas mandam, €
carregando outras com o osso em excesso.
As reclamações foram creando vulto,
e-as devoluções foram augmentando,
até que o vice- -presidente da camara,
em exercicio, pela ausencia do presidente,
foi ao referido talho, visto o
vereador competente não se importar
com o respectivo pelouro, como é publico
e notario.
O cortador, fiado talvez na protecção
que a camara lhe tem dispensado,
não sabemos porquê, recusou-se a cortar
para os compradores presentes
duas pernas de vacca, que tinha peaduradas,
sendo por esse facto autoado,
o que achamos muito justo. Apézar
d’isso, elle continvou servindo o publico
como muito bem quiz.
Senhores vereadores, é necessario
que vos lembreis que representaes os
municipes, e que por isso vos corre à
obrigação de zelar pelos interesses dos
mesmos.
Deixemo-nos de favoritismos; porgue
com elles são lesados os municipes
e a fazenda nacional.
Estamos para vêr se o arrematante
não pagará a multa que lhe foi imposta.
Ao sr. presidente da camara € ao
vereador do pelouro lembramos que é
conveniente ponderarem o artigo 100
do codigo de posturas, e fazel-o cum-
(prir, porque principalmente na parte
primeira não se cumpre, e da mesma
fórma o artigo 101 é lettra morta.
Haja ao menos uma vez energia para
fazer entrar na ordem estes exploradores
da algibeira publica. Façam cumprir-
á risca o contracto; e o marchante,
se o não pode cumprir, que o rescinda.
E bom será que as multas não. figuem
a dormir o somno dos esquecidos, p’algumã
gaveta pocirenta da secretária
da camara.
O que se passou é um cumulo,
Muito folgaremos em vêr que na vereação
ha homens que sabem oppór-se
a influencias extranhas ao bem dos
seus municipes, € em não ter que voltar
a este assumpto; mas duvidamos.,.
eee eemm
Regressou a: esta villaio nosso presado
amigo o sr. Luiz da Silva Dias.
Alexandre Herculano
Commemorando o centenario do
nascimento do egregio historiador e
insigne escriptor, Alexandre Herculano;
apresentou no nosso mercado, a
considerada fabrica da Pampulha, propriedade
hoje do nosso amigo e distineto
correligionario, sr. Ignacio Auto
nio: da Costa, uma noga marca dos:
seus excellentes productos.
Os biscoitos-—cA lexandre Herculano,
são deliciosos e d’um fabrico esmeraido
e qualidade aprimorada.
ECO DA BEIRA
Rolim ánisa DI IPLNBRO AS
Le fabio etla fleur ‘
La pauvre fleur disait au papillon céleste
«Ne fuis pas!
Vois comme nos destins sont différents. Je reste,
Tu t’en vas!
«Pourtant nous nous aimons, nous vivons sans leés hommes
Etloin d’eux!
Et nous nous ressemblons, et l’on dit que nous sommes:
Fleurs tous deux!
«Mais, hélas! Vair t’emporte, et la terrê m’enchâime. ‘
Sort cruel!
Je voudrais embammer ton vol de mon halaine ‘
Dans le ciél!
«Mais ton, tu vas trop loin! Parmi des fleurs-sans nombre
Vous fuyer,
Et moi je reste seule à voir tourner mon ombre,
A mes pieds!”
Tu fuis, puis tu reviéns, puis tu t’en vas encore
Luire ailleurs.
Aussi me trouves—tu fodidiro à chaque aurore.
Toute én pleurs!
Oh! pour que notre amour coule des jours fidéles
O mon roi,
Prends comme moi racine, ou doune moi des ailes
Comme à toi!»
Artigo editorial
E’ do nosso illustre collega o Mundo,
o brilhante artigo de fundo que
hoje substitue o do director d’este jornal.
Lembrados devem estar os nossos
presados leitores de duas locaes que,
sob a epigraphe—Risonho horisonte
—o director do Eco da Beira publicou
nos dois primeiros numeros d’esta
folha.
O magnifico artigo que hoje pubhcamos
aborda precisamente o mesmo
assumpto, trata-o sob os mesmissimios
portos de vista, e chega às mesmas
conclusões.
Na hora presente, tão cheia de gravidade,
todos devem meditar profundamente
n’aquella eloquentissima lição
dos factos.
Eis porque, do melhor grado, trans:
crevemos o, significativo artigo do
Mundo.
semac eane m
Semana Santa
Na egreja matriz êstepa seas -se Com
toda à pompa as solemnidades religiosas
da Semana Santa, achando-se o
templo repleto de fieis, nos decursos
das diversas solemnidades.
FOLHE TIM
O AMOR
Não quer isto dizer que o meu coração
seja pouco susceptível ao amor,
nem é tambem por ilimitada ambição,
porque esta consiste unicamente em
amar e ser amado, por quem aos dotes
de coração allie a sympathia que
faz nascer o amor.
a’duvida que em’ mim impera, o
exemplo de amores não correspondidos
e infelizes, amores que um sopro
evapora, absteem-lhe de dar livre curso
à minha phantasia e fazem que seulté
no mais recondito d’alma:as il-
A sões por um momento acariciadas!
Todavia a esperança, balsâmo divino
e os vinte e dois aúnos que em
mim clamam; aspiram ao:amor, ep el-‘
le veem a vepturá infinita, incompara-
Nrictor Elugo. –
Cartas .
Temos em nosso poder algumas cartas
de assigoantes nossos. Não lhes
damos publicidade n’este numero, por
absoluta falta de espaço. Não erdem
pela demora; por isso, publica “as-hemos
logo que possamos.
Fallecimento
No dia 21 de março findo, falleceu a
sr.’ D, Maria Joaquina, de Cabaço do
Moinho, freguezia de Proença-a-Nova.
A finada foi em extremo bondosa e dotada
de apreciaveis qualidades de ca-
| racter e de coração. Era avó do ex.”º
bispo eleito de Cabo Verde, do padre
Antonio: Alves Martins, actualmente
em Lourenço Marquesd,o terceiranista
em-Coimbra, sr. Joaquim Alves
Martins e de D. Maria Martins Alves,
esposa do nosso amigo ‘de Proença, o
sr. Manuel José Alves.
Não nos foi possivel dar esta noticia
no numero pessado d’esta folha, por
que à hora em que a soubemos estava
já o Eco da Beira na machina em mais
de meia tirgem.
A’quelles nossos bons amigos damos
sentidos pezames.”
vel; não no amor leviano e fragil, sem
let” sem fé, sem principio; mas no
amor reciproco e comprehendido. Nos
labios os mesmos protestos d’amor, no
“cérebro a mesma communhão de idéias,
no peito o mesmo ideal!
Sehoje, por milagre, finda a incrêdulidade
que me torna sceptico, sentisse
arfar no peito o influxo d’um
amor extremo, na certeza de” ser
correspondido, seria feliz em poder
dizer a esse ente hoje imaginario:
«Amo te, porque és a realisação das
visões dos meus sonhos! ;
Compartilhar a tua vida infeliz ou
venturosa, é esse o meu fito celeste!»
E se o amor e a dedicação do homem,
bastam à felicidade d’ uma esposa,
ella será feliz!
Fiado na boa estrella que” me tem
guiado os passos, desde a auro a da
minha infancia até hoje, espero ainda
mais a yentura db acrescentar:
«Postes tu a pritnéira!
CARTA DE LISBOA
O centenário de Alexandre Hercula–n-o O
governador civil e os chapeus das senhoras
Lisboa, 1 de abril de rgro.
Ha a registar nesta semana uma
data que a nenhum portuguez digno
d’este nome póde passar desppercebiba.
Refiro-me ao dia 28 de março, data
gloriosa, por passar n’esse dia o primeiro
centenario do-nascimento do
insigne historiador e grande patriota,
Alexandre Herculano.
Não attingiu a celebração d’essa memoravel
data todo o brilho e esplendor
dignos do grande portuguez, auctor
do Eurico.
Notou-se mesmo uma certa frieza
nos elementos officiaes, frieza de que
não costumam usar quando se trata
de festas realengas..
A indiferença official por tão gloriosa
data chegou ao ponto de nem
ao menos ser o dia considerado de
grande galla.
Mãs isso não admira, porque os
zelos ‘governamentaes são só para
mandar accender as luminarias muaicipaes
nos dias de juramento de principes.
Por iniciativa da commissão executi:
va foi apénas solemnisado o dia com
uma visita ao tumulo de Herculano,
nós Jeronymos, e à noite, sessão solemne
na Academia das Sciências,
que não obstante a ausencia da alta
sociedade, que se não dignou comparocer,
resultou brilhantissima.
A Camara Municipal de Lisboa, que
assim mostra quanto lhe interessam as
datas gloriosas da nossa patria, solemhnisou
aquelle dia com uma brilhante
sessão. solémne, inaugurando também
no mesmo dia uma interessante e instructiva
exposição bibliographica, em
que se veem além das obras de Herculano
curiosas collecções de antigos
documentos e diversos livros do municipio,
quasi todos manuscriptos e em
pergaminho.
Mas a colaboração do centenario de
Herculanano não fica por aqui. Não.
commissão executiva tenciona
durante o presente mez levar a effeito
diversos numeros do seu programma
de festejos, entre os quaes se conta,
no dia 28, um cortejo civico aos Jerapymos.
Será pois, nesse dia que o povo terá
occasião de se manisfestar, tornando
esse cortejo imponentissimo, mostrando,
que não se esquece dos portuguezes
que hontaram a sua patria,
como o grande democrata que se chamou
Alexandre Herculano.
*
* *
Esteve iminente esta semana o rea
e
“No meu timido coração fostes tu
que espalhastesa luz do amor!
Foram para ti as primeiras e expontaneas
phrases amorosas, € foi a tua
imagem -a primeira que me dulcificou
os’sonhos!»
E como diz «Bulhão Pato» na sua
gloriosa «Paqguita»;
«Nada ha mais bello que o primeiro
amor da vida, transpirando dum seio
pudibundo.»
Na verdade, que ha que possa comparar-
se à suavissima impressão que
nos deleita o espirito, a vez primeira,
que sentimos com mais – vehemencia
palpitar o coração, movimentos esses
em que o sol tem mais explendor e é
mais. risonha e festiva a natureza?
Poderei considerar-me feliz, no seio
d’uma familia querida, mas a esperancade
novos amores, dé novas alegrias,
faz-me vêr com mais encantos a exis
tencia, emquanto cresce. E se vigora
em mim à ambição unica que consiste
bentar da revolução em Lisboa. Mas
não esteja já o sr. dr. Antonio Emilio
a antegosar o prazer de mais algumas
prisôesinhas.
Não, esta revolução não saia de choças
nem de cabanas. ;
Esta revolução saia dos perfumados
bondoirs das damas alfacinhas, revol-
| tadas com a ordem do governador civil,
prohibindo que as senhoras assistissem
aos espectaculos animatographicos
tendo na cabeça esses Pyrineus
de plumas, flóres e passaros, a
que as senhoras convencionaram chamar
chapeus.
Mas o governador civil, comprehendendo
decerto o perigo de uma revolta
feminina, revogou a ordem, ficando
satisfeitas as pretenções das damas, e
continuando nós, os homens, a ir aos
animatographoscom-tenção-de-vermos
fitas animatographicas, e achamonos
em pleno Jardim: Zoologico, não
vendo na nossa frente senão piriqui
tos, araras, gallos, gallinhas, o dem
nio.
Sim porque o derniergri de la mode
é o chapeu á Chantecler,que traduzido
em miudos não passa-d’um gallo puro
‘e simples.
Carlos Amado
meme na iene mamae
Não vã o sapateiro além da bóta
Ao reverendo arcypreste, homem
digno por todos os motivos, recommendamos
o coadjuctor da freguezia
d’esta villa, o qual com as suas perguntas
indiscretas e sem senso algum,
feitas no confessionrio, não só melindra
a dignidade do confessado ou confessados
como pôde tambem dar logar
a algum conflito sério. 5
Ha pergantas tão indiscretas, que
não cremos que a titulo de confissão
ellas possam ser feitas.
São frequentes as queixas, que até
nós teem chegado, e ainda ha poucos
dias perguntas d essa ordem foram feitas
a um individuo, que achando-as
improprias, se levantou, sahindo para
fôra do templo; cremos que se não fosse
a extrema prudencia d’esse homem,
haveria a estas horas a lamentar algum
sério desaguizado.
Aqui deixamos feitos os nossos reparos
conscios de que justiça sera feita.
E depois d’isto, digam-nos os homens
de boa-fé, de todos os partidos:
se nós agora tirasse-mos o devido partido
d’estes escandalos, não estavamos
no nosso plenissimo direito?
Podia alguem, com a mão na consciencia,
censurar-nos?
Não sabemos que mais. admirar,
n’esta hora grave, em que a questão
clerical está posta em conflicto, batida
e discutida em toda a linha; se a imprudencia,
se a audacia de quem taes
actos pratica,
Vamos.-. continuem, vão brincando
com o fogo, e queixem-se depois.
em chegar ao-setimo sacramento-da
egreja.
O Matrimonio! -Gonsagração das esperanças
queridas: que architectamos
com tanto-amor, ventura inefíavel para
a qual nos fuge o pensamento; quer
a alegria: nos prehencha,a alma, quer
a desventura nos opprima o coração!
E” para elleque um-dia a lava in-
“candescente: do meu peito, convertido
em: vulcão d’amor, me ha-de deliciosamente
arrastar, na crença ‘de que,
com os requesitos acima expostos, encontrarei
a felicidade.
Termino classificando .o amor como
o mais sublime de todos os séntimentos,
e dizendo’ como. o insigne poeta
Goethe:
«Amor, és immortal, sorris nas campas!
»
2112-909:
ME.M,
“SECÇÃO AGRICOLA
OENOLOGIA –
Batoques e rolhas
Parecerá a alguns um assâmpto de
somenos importancia as medidas antisepticas
que se encontram prêconisadas
em todos os artigos dos oenologos;
mas tal não é.
Os tonneis, as pipas, cascos ou quartolas,
d’elles necessitam para evitar a
acção do ar sobre o vinho; quando se
engarrafa qualquer vinho, quer para
consumo immediato, quer para ser
conservado, carece ser rolhado.
A bôa conservação depende não só da
constituição d’este, como tambem da
qualidade da rolha que tem grandeinfluencia
sobre o paladar do vinho, como
já temos tido occasião de vêr.
Os batoques, que na maioria das
adegas temos visto, são dé pau decortiça,
revestidos de palha de tabúa ou
bunho, ou tambem de linhagem; se a
tabúa ou: bunho; “impregnando-se de
vinho, “que mais-ou-menos- por uma
acção physica sóbe até à parte superior
do batoque, se acedifico, communicando
por seu turno a acetificação à
camada superior do vinho, e mais tarde
podendo alongar-se a sua acção
perníciosa, A serapilheira ou linhagem
de que se revestem os batoques
tem este defeito muitissimo mais açé
gravado.
Para. os substituir se teem. inventado
diversos batoques, usando-se, porém,
como mais -praticos e economicos
os de louça, que se revestem de
tabúa, devendo ter-se o cuidado dea re =
novar frequentemente.
Estes batoques não teem, como à
primeira vista se vê, a desvantagem
dos de madeira ou cortiça que se acedificam.
i
Quanto ás rolhas a empregar no.engarrafamento
de vinho, devem-se escolher
sempre tanto quanto possivel
da cortiça mais fina e homogenea; sendo
para se engarrafar vinhos de rapido
consumo, basta o passal-as. por
uma pouca de aguardente na occasião
de se empregarem.
Convém notar que as rolhas devem
ser conservadas em logar bem secco
para evitar o criarem bolor e bafio
nos ‘póros mais interiores da’cortiça,
e que iriam dar depais paladares semelhantes
aos vinhos com que contactassem.
-Se, porém, vamos rolhar vinhos que
hão de ser conservados por tempo indefinido,
então aconselhamos. que se
proceda-da seguinte fórma:. : na
À não se poderem submetter ao vaor
de agua fervente, durante 2 0u.3
le, pela facilidade-que,o vapor tem
em atravessar todos os. póros, expurgando-
os de qualquer bolor, collo=
cam-se em agua -a. ferver durante; o
mesmo espaço de tempo; depois de
escorridas lavam-se,-ou por outra,
deitam-se durante alguis momentos
em boa aguardente de vibho.
Quando ellas se destinam a garrafas
que teem de “estar deitadas, costuma-
se pôl-as de môlho em uma mistura
de uma parte de vaselina e 4 de
parafina, que se aquece à temperatura
de 40º; isto é com o fim de se tomarem
ou taparem os póros da cortiça:
Do conjuncto do esmero e asseio das
mais insignificantes cousas e operações
a que se submette0 vinho, depende a
sua boa conservação e commêreialisa –
ção; comquanto haja algurnas coisas
que pareçam niquices;/mas’eremos que
assim poderemos prescindir do antigo
uso de que ao abriurma- gsarreaf a se
tire sempre o primeiro gole para se
lançárem fóra as impurezas que junto
4 rolha sé accúmulam, devido precisamente
à má qualidade do material emprégado
€ do “cuidado e es
pulo: mas o que ainéd praio r éogo:
que às vezes dão ao liquido,
Catdoss ” Mucdes.
ECO DA BEIRA
Autopsia ao codigo de posturas
A lettra do art.” 32 do codigo de
posturas porque ‘se deve reger’a nossa
edilidade e cuja data de approvação
superior é de 19 de janeiro de 1896
diz o seguinte:
«À ninguem é permittido despejar
ou arremessar, para a rua ou qualquer
outró logar publico, aguas, materias
fecaes, lixos, cacos, ou qualgúer outro
solido ou liquido que prejudique a
limpeza e asseio das ruas e logares
publicos, sob pena de sçoo réis de
multa. É
$ unico. Iacorrerão na multa de 200
réis aquelles que arremessarem da janelia
ouíde longe, para os logares pu:
blicos; aguas ou qualquer outro liquido,
posaão que’não prejudiquem a lim
peza e asseio dos mesmos logares.»
Vejamos agora como se cumpre isso;
quer de dia quer de noute, e em
qualquer rua da villa, nós vemos e ouvimos
O baque de mil bodegas que se
atiram para a via publica com todo o
desplante, sem se importarêm com a
farpelinha do transeunte, e depois são
solidos e liquidos que exalam uns perfumes
tão activos, tão activos—que é
necessario servirmo-nos dos lenços
para evitar irritações nos systema-olphativos.
| 4 ;
Ora agora imagine o illustre vereador
do pelouro da limpeza que vae
por uma rua fóra e que de repente
zás, lhe cahe em cima o contheudo de
um qualgner vaso, que pôde ás vezes
ser até pouco aromatico, sua excelleúcia
gosta d’isso? .
Cremos que não, mas nós, no nosso
intimo, regosijavamo-nos: se tal lhe
succedesse, porque: seria talvez a maneira
d’este malfadado artigo ser cum:
prido à risca, se elle fosse’o numeros
13; não nos admirava, mas sendo o
numero 32t…
Dar-se-ha o caso que elle tenha sido:
elaborado n’alguma sexta-feira?
Muito gratos ficariamos ao vereador
competente se energicamente pozesse |
cobro a este abuso que é revoltante; e
Talvez que em Marrocos já se não usa
nen o agua vag; que aqui-entre nós,
nem isso mesmo nos serve de aviso |
para nos pôrmos’a recato.
Ao menos digam-nos agua vaé, para
a gente se salvar em quanto é temo:
Ê E por hoje ficamos por aqui até domiogo,
se não nos doer a cabeça por
causa das brisas odoriferas “que “no
cumprimento d’este artigo nos força a
respirar sem querer.
—e o+ O tm
Aggressão
No“ domingo, 27; um tal-Joaquim
Peres, solteiro, trabalhador, natural
d’esta villa, aggrediu pelas sete horas
da noite, Cesario Nunes, tambem jornaleiro,
e natural d’esta villa.
“O .aggressor. é tido-como-valentão,
| pelo que não será mau que a auctoridade
competente lhe corrija as fumaças
de pimpão de feira saloia:
As“caúsas que motivaram a aggressão
foram. chercher la femme:
comem DS DSG e
«Eco da Beira»
Subscripção aberta por este-jorbal
para a Paschoa dos pobres d’esta
villa. !
Transporte…… qik ic 7dooo
Um padre… j 500
Um annonymo………… “500
Data Rd. querido. é 8%000
No passado domingo, 27 de“março,
pelas;3) horas:’datarde, teve logar a
| distribuição destas esmolas aos se-||
guintgs pobres: -. ferias +
– João. Jose; Romão: da Costa; Joa:
quiba de Jesus Casimira, Feliciano
Caldeira, Maria Leonor, Roza Bonita,
Roza de Jesus, Felicidade de Jesus,
“Guilhermina Aurora, Antonio Lopes,
Felicidade Marcelina, Viuva do
Luar, Antonio Paulo, Margarida Leitão,
Joaquina Gil, Martinha, Maria
Rachel, Margarida Vaz, José da Graça
e Maria Igoacia que foram contemplados
com 400 réis cada.
Ao acto assistiram os ex.nº* srs. An-.
tonio Joaquim da Silva, digno juiz de
direito, dr. Francisco Nunes Correia,
delegado do procurador régio, Gustavo
Bartholo, secretario da administração,
representando a auctoridade administrativa;
Fernando Bartholo; rev.
Antonio Ramalhosa, correspondente
do Portugal; Luiz da Silva Dias, correspondente
do “Diario de Noticias;
Zeferino Lucas de Moura, correspondente
do Norte e Pai:: rev. Francisco
dos Santos e Silva, vigario da freguezia.
Eazia-se representar tambem o
Seculo pelo sr. Zeferino de Moura, por
se achar ausente o correspondente do
mesmo jornal n’esta villa.
oem,
Mostruario
Temos presente um bello mostruas
rio da fabrica de: gravatas do nosso
presado amigo, Luiz da Silva Dias.
N’elle vemos modelos, verdadeira:
mente chics, e que rivalisam com productos
similares de origem extrangeira,
pelo que não regateamos elogios a
quem, como Luiz da Silva Dias, procura
emancipar-nos das industrias estrangeiras.
O acabamento é-perfeitissimo, satisfazendo
ainda mesmo os mais exigentes.
‘ dns E
Aqui“deixamos; ao nosso-bom amigo,
endereçados os nossos agradecimentos
pela sua amavel deferencia.
-— MOSAICO
Talento e caracter
Talento e caracter são duas qualidades
que raramente se encontrâm reunidas
no mesmo homem: cada uma
de per si’basta para torúar immortal
uma individualidade. Vê-se;o talento
separado do caracter em Bacon, o
creadod Noovrum Organum; acha-se o
caracter separado da intelligência nos
sectarios sentimentaes de qualquer doutrina
religiosa ou politica, nos martyres
e nos heroes.
Talento e caracter são duas energias
diferentes, porque teem origens diversas
em dois centros cerebraes— per-
| ceptivo e volitivo;-mas essas duas ener-
| gias coordenam-se entre si, até que q
progresso d’uma produz. o desenvolvi
mento d’outra. Ha, porém, cerebros
tão bem orientados, que o talento’e 6
caracter coexistem em uma simultaneidade
harmonica, e por isso cada uma
d’essas forças poe a outra; no seu maximo
relevo!
E’ este o traço fundaméntal da individualidade
de Victof? Hugo, como
poeta, como: politico, tomo homem.
Creador, com um talento privilegiado,
as suas obras distingueni-e pelo aspecto
grandivgo que o caracter imprimiu
ás obras d’arte de Dante e de Miguel
Angelo… A md
Quando o talento e b Garacter se
harmonisam,- não é sómente acindividualidade
do homem que seceleva: a
sua vida é tambem uma lição; forth
ca-nos ao passo que nos levantá.
Theophilo Braga”
. ai . 4 . A vida sem’ sciencia é uma especie
de morte. UR
Socrâles
*
“AS mentira é filha primogenita do
ocio. 5 ras
Padre Antonio Vieira.
*
Ajira é um servidor diligente que
antes-de ouvir o recado já parte, e
quando chega aonde a mandam, não
sabe o que ha de dizer.
Duarte Nunes de Leão.
o sas 8
DR. MARTINS GRILLO
Medico especialista
Doenças 6 hygiono da: PELLE
SYPHILIS e doenças VENEREAS |
Tratamento das PURGAÇEOS
Tratamento medico e cirurgico das doenças da
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OVOS
Nas proximidades d’este concelho
precisam-se fornecedores d’este gene»
ro. is a
Carta a Astonio Damas d’Oliveira.
R.Gomes Freire, 150:4-150B. |
Lisboa.
ANNUNCIO:
1.* publicação
Pelo-Juiz-de Direito da Comarca da
Certã e cartorio do escrivão do terceiro-
officio, nos autos de inventario orphanologico
a que se procede por fallecimento
de Antonio Lopes, morador
quê foi no logar do Baraçal, freguezia
| de: Proença-a-Nova, d’esta comarca,
| correm editos de trinta dias que começam
a contar-se desde a segunda e
ultima publicação no «Diario do -Governo
»,a citar osco-herdeiros Francisco
Lopes e Antonio Lopes, solteiros de
maior- edade, filhos do inventariado,
ausentes em parte incerta, para todos
os termos até final do mesmo inventa-
“rio, de conformidade com o $ 3.º do
artigo 696 do codigo do processo cia
2s de março de igto.
O Escrivão,
Eduardo Barreto Correia e Silva.
Verifiquei a exactidã—o ,O Juiz de
Direito — A, Silva.
ANNUNCIO
1º publicação
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Sertã, e cartorio do quarto officio,
escrivão David, correm editos de triata
diasa contar da segunda e ultima
publicação no «Diario do Governo»,
citando D. Maria Victoria Lacerda
Marçal, como representante dos inteéressados,
seus filhos menores impuberes,
Armando e Flavio, todos auzentes
em parte incerta nos Estados Uaidos:
da America do Sul, para assistir
a-todos os termos até final. do inventario
orphanologico por obito da avó dos
menóres, Maria Henriqueta, viuva,
moradora que foi no logar de S. Gião,
desta: freguezia e Comarca da Certã,
e em que é inventariante sua filha Maria
dos Santos, residente n’aquelle
mesmo logar de S. Gião.
Certã, 18 de março de igro.
O Escrivão
cAdrião Moraes David.
Verifiquei“a: quactidão;-O . Juiz
de Direito — cAniónio Jorquim da Sil
va,
PEGE E PPELA P
zidoro Mendes Paneiro
Torrefacção e fabricação de cafés de difigrentes qualidades
Café moido de 280a 700 réis “ARROZ
Grandas descontos aos revendedores Nacional, Bremen, Rangon, Veneza :
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CHICDRIAS PARA LOTES DE CAFÉ
Allemã e nacional
Preços rosumidos
MANTEIGAS
logleza, Ilha fina e Nacional, em latas
Deposito de chocolate e barris
GRIERÁS Deposito de sabão e bofaçhas
Importação directa GE
et Deposito de massas de |.’
ESPECIARIAS qualidade. à
Pimenta em grão e moida, kerva doce,
cravinho, canella, cominho; etc. PAPEIS NACIONÃES E ESTRANGEIROS
BACALHU, recebido directameite. Crrande sortido :
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Esta pharmacia, fornecida pelas primeiras casas d> Lisboa e Porto, acha-so habilitada
a servir o publico com promptidão e esmerado asseio nos seus preparados. E
* Nella se encontram, além de productos chimicos e especialidades prarmaceuticas
nacionaes e estrangeiras, 08 seguintes artigos: Ee
Aguas de Vidago, Pedras Salgadas, Foz da Sertã, Curia, etc., etc.; sortimento com
pleto de borrachas para olysteres, injeções, ouvidos, fossas nasaes; algodões 6 gazes
modicinaes; ligaduras, bombas para tirar leite; bicos de peito (de viiro é de borr -cha);
mamadeiras; tetines; seringas de vidro; susp-nsorios; irrigadores; algalias; inhaladores;
pessarios; thermometros clinicos; canulas. e torneiras para irrigadores; tubo de caqutchoue;
sabonetes modicinaes de alcatrão, Sousa Martins, iohtyol. sublimado; oallicidas;
Sa:5 irglezes contra constipações; lapis antimigraine; pós insecticidas e massa phosphatada
contra ratos e toupeiras, eto , eto. E E
Grande variedade de sabonetes finissimos para toilette, e essencias modernas
Pós dentifricos; rium e quina; vigor do cabello; elixires dentifricos; papel &’Arme- |
nia: pulverisadores; pastas dentifricas;, pó Larroa; escovas para unhase dentes.
Analyses completas de urinas e azeites .
Adubos chimicos da casa HERULD & 6.
Adubos simples e compostos para as culturas de milho, centeio, trigo e outras
O FERTILISADOR, revista mensal “de agricultura consagrada à divulgação
dos Conhecimentos praticos indispensaveis para a adubação das principaes
culturas, segundo a natureza das terras.
Directores e proprietários
LISBOA
– Sapataria Alves &. Irmão
* – (de PROENÇA-F;NOVA)
“Completo sortimento de’calçado-de todas as qualidades, para homens; senhoras
e creanças. Executa todo o trabalho do seu genero, garantindo a boa
qualidade. Encarregam-se de quaesquer encommendas para a Africa, Brazil e
reino. é
2”, RUA DO LORETO, 29 —- LISBOA “MM SILVA CARVALHO
Mestre d’obras diplomado
“ Encarregasse ‘de”-quaesquer trabalhos respeitantes á sua arte, não so Hà
capital como nas provincias, em condições muito rasoaveis. .
Ponte Nova. — Fsradintadso Rio, 28, 1.º = Aleantara
If
LISBOA
BEÍRA
Evetiro dos Três Amigos
j DE
JACYNTHO SIMÕES
Rua do Valle, 65 e 67 —- SERTÃ
Ê Generos de mercearia, azeite fino, com « decimos de acidez, a 300 réis O
litro. Vinhos de pasto e finos, aguardente, genebras, licores, xaropes, cervejas,
reirigerantes, etc,, etc. Trigo, a 700 réis o alqueire. Centeio, a 600 rêis
e milho a 540. Adubos chimicos. Carnes verdes e seccas e ensacadas. Vendas
por grosso e a retalho. Preços modicos
À sossa divisa é vender barato pa
AAA CALA DAE É
Esta especialidavdeem fazer uma $
revolução no tratamento das doen-=
ças secretas.
E”, ségundo os mais recentes
conhecimentos scientificos d’estas
doenças. a melhor, mais efficaz e
ments ofensiva, que existe na the-
4 rareutica moderna.
$ Não produz dôr nem apertos de
4 urétra.
x Algumas injecções (3 por dia)4
2 à:3 minutos de permanencia no 4
4 canal urinario, são sufficientes pa- 4
4 ra debellar as purgações mais rebeldes,
tanto agudas como chronicas.
– As lavagens que antecipadamen-
4 te se hajam de fazer devem ser
4 com: soluto fraco de chloreto de 4
44494
PH009494044+4
sodio.
$ Eta DEPOSITO
: Rua das Janellas Verdes, 74
+ PRARMÁCIA PINHEIRO
+ Ê — LISBOA +
IPO PIPOCA LHHHHHHSH4
Cades Saaud e
Portueg aBralzi l
Estrada de Bemíica (Bairro Meredia)
A 17 minutos do Rocio (electricos de
Bemfim). Edificio expressamente construido,
com so. aposentos. Situação
esplendida. Illuminação electrica. Iostallação
hydroteérapica, sala de operações,
pharmacia, etc., etc.
Recebe doentes de cirurgia e medicina,
que se podem tratar com
medicos da sua escolha, c fazer-se
[acompanhar de pessoa de; familia.
Teleph. 65: Bemfica. a
O director,
Dr. Gomes de Amorim.
Hutomoveis daluguer
GARAGE PRAÇA DO COMMERCIO |
SERT.
Esta garage possue dois magoificos
automóveis para serviço de aluguer.
Estes automoveis fazem serviço para
“| todos os pontos viaveis,
» – Preços:- 100 réis por Eilometro-até
3 pessoas; 150 réis até 5 pessoas.
Os kilometros contam-se desde a
| sahuda à entrada da garage.
-Para serviço de excursões, preços
convencionaes,
— Reparações, oleos e gazolina
5 o proprietario
João Pinto d’cAlbuquergue:
|uiz da Silva Dias
Fabrica de gravatas: para exportação
Enviam-se amestras e tabelas de)
preços asquem as requisitar,
fa7, Praça do Commercio
SERTÃ
+ Generos de
>
-primeira qualidade.
a vender muito. VULGO.T: o: PALHA.
Fructuoso Augusto Cesar Pires
SOLICITADOR
Escripto—r iRuoa Serpa Pinto
SERTÃ
Acceita procurações para tratar de
todas as causas civeis, crimes, fiscaes
ou administrativas; de inventarios de
menores ou orphanologicos é encarrega-
se do cumprimento de deprecadas,
legalisação de documentos, averbamentos
de papeis de credito, compra
e venda d’estes, publicação d’annúncios
no Diario do Governo, emprestimos:
por hypotheca oulettras, cobrança
de dividas, rendas, fóros ou outras
pensões, da compra é venda de pros
priedades, e finalmente de todos os neacios
dependentes das repartições pu-
Elisio, tanto d’esta como d’outra comarca.
:
Encarrega-se tambem de promover
emprestimos perante a Companhia do
Credito Predial.
— Neralhara Sertaginenso
João Henriques dasNeves
Encariegá-se de todos os trabalhos
concernentes à sua arte, assim como
grades para janellas, jardins e portões,
reparações em bombas para extracção
d’agua. Encarrega-se de qualquer obra
de fundição das fabricas de Lisboa ou
Porto. Res
Preços muito rasoaveis.
Santo Amaro-—S ertã
GRANDES ARMAZENS
Drogaria e produtos himiços
81, denjner e Campo Erg, “
LISBOA pos
Loção Celeste, optimapara a cura
da caspa, Faz crescer e conservar o cabello.
Pemada Celeste, excellente
especifico para a cura das freirase
de varias feridas, Pedidos à casa. Preços
modicos.
Deposito de ferragens nacionaes & estrangeiras
Artigos de papelaria, vassoureiro é
para sápateiros. Tintas para ascrever.
Sabonetes, po de arroz e muitos outros
artigos de perfumaria. Fornecimentos
para obras pelos preços mais
resumidos.
Grandes descontos para re- vecuder.