Eco da Beira nº64 08-07-1916
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SEMANARIO POLITICO .
o
Numero 64,
Assinaturas :
ADO sis a cons ab der NADO O:
SeMESITC.. as e nti canto o vn ADOO
Brazil (moeda brazileira). .. 5yooo
Anuncios, na 3.º e 4.2 página 2 cen-
tavos alinha ou espaço de linha
PAO
Este concelho vem de atraves-
sar uma crise alimentícia, que
começa agora a ser debelada, e
que poderia ter sido de mui se-
rias consequencias senão fosse
a intervenção do digno adminis-
trador deste concelho, nosso que-
rido amigo, António Augusto
Rodrigues, a quem a camara
municipal na ultima sessão, una-
nimemente, prestou a homena-
gem da sua justiça e do seu re-
conhecimento.
Este concelho teve a fortuna
de ter à frente da sua adminis-
tração e a zelar pelas suas ne-
cessidades“o criterio são a-inte-
ligencia esclarecida e o zêlo de-
dicado e escrupuloso deste inte-
ligente funcionario. A situação
que foi apenas de dificuldade
podia ter sido de fome; o que
foi apenas uma agitação podia
ter sido uma desordem, com
mui serias consequencias.
Ora, devem todos lembrar
que o primeiro, senão o unico,
a sofrer os desastres e reclama-
ções violentas seria o lavrador;
mas não esqueçamos tambem, e
digamo-lo com franqueza, since-
ra«e sem recriminações; que-o
causador: desta” situação foi ele
proprio, o lavrador, que expor-
tou os seus generos, na ganancia
de especulação. e iludindo a or-
dem da autoridade,
Falemos claro, para que a
desgraça-se não repita.’
Este concelho tem pão, bata-
ta, azeite, vinho e carne para
seu consumo.
Tem, pois, assegurada a sua
alimentação, se todos se subme-
terem à lei e se convencerem
que o povo não pode mais pa-
gar milho a 850 réis.
E para essa lei e para que
ela seja cumprida rigorosamente
que nós chamamos a atenção de
todos—o grande e o pequeno
lavrador.
Vai nesse procedimento leal.
e honrado o interesse de todos.
Essa lei foi há dias publicada
no Diario do Governo e dela
extraimos as seguinte disposições
que mais proximo e directamen-
te interessam aos proprietario:
«Artigo 1.º Todos os produtores de tri-
go, milho e centeio da metropols da Re-
publica são obrigados a declarar as quanti-
dades produzidas dos referidos cereais. Nos
termos do artigo 28.º do decreto n.º 2.253,
de 4 de março de 1916, os possuidores e
detentores desses generos são obrigados a
declarar as quantidades que possuirem ou
detiverem, E
8
a
g
&
Editor e administrador— ALBE TO RIBEIRO
$ único. Sob proposta da direcção ge-
rat da estatística, da direcção geral da pre-
videncia. social ou ainda da comissão cen-
tral de subsistencias publicas, poderão igual-
mente ser obrigados os produtores, os pos-
suidores € os detentores doutros generos a
declarar as respectivas produções e exis-
tencias.
Art.2.º Nas declarações de produção
de trigo deverão especificar-se as qualida-
des-mole e rijo; nas de existencia de trigo
milho e centeio deverão indicar-se as quan-
tidades destes produtos, em grão e em fa-
rinha, A unidade em que deverão ser ex=
pressas as quantidades declaradas será o
quilograma.
Art. 3.º As declarações serão feitas em
papel. comum, de formato não inferior a
um quarto de folha almaço, escritas em
letra bem legível e redigidas nos termos
seguintes :
F,.. (qualidade), residente em…, fre-
guesia de…, concelho de. .., declara ter
colhido na freguesia de. .., concelho de…,
e ter em existencia na mesma freguesia, as
seguintes quantidades do cereal abaixo de-
signado :
Quantida-|Quantid:
des colhi-| des exis-
das tentes
Cereal Obderva”
Sd ões
Quilo gra-|Quilogra – :
mas mas
Data. assinatura do proprio ou a rego.
Art. 4.º As declarações prestadas em
cada freguesia só podem dizer respeito aos
generos nela produzidos ou existentes, de-
vendo por isso os interessados apresentar
tantas declarações quantas as freguesias
onde os generos tenham sido produzidos
ou se encontrem armazenados. E
Art. 5º As declarações, tanto as de pro-
dução como as de existencia dos cereais
referidos no artigo 1.º, serão prestadas si-
multaneamente e entregues as de centeio
até o dia 15 de Julho proximo, as de trigo
até 30 de Agosto e as de milho até 30 de
Novembro, :
Art. 6º As declarações deverão ser re-
metidas ou entregues, até aos dias fixados
no artigo anterior, aos regedores das fre-
guesias ou aos administradores do conce-
lho em que os declarantes tiverem colhido
as produtos ou os tiverem depositados.»
Atentem todos nestas disposi-
ções e saiba cada um cumprir o
seu dever.
asse
Glória a todos…
Tem razão a Voz. A última ses-
são da câmara, em que esta se di-
gnificou, votando um empréstimo
destinado exclusivamente a obras de
urgente e reconhecida necessidade,
estava muito concorrida de vereado-
res e se, com certeza, nenhum com-
pareceu com o intuito de deixar o
nome, para glória dos vindouros, li-
gado a um caso de tanto vulto, to-
dos compareceram com a intenção
de ser úteis ao seu concelho.
A glória, essa, fica toda para a
Voz da Beira! Que por baixas ra-
zões, pretende impedir a realização
de obras importantes no seu conce-
lho, nasua terra…
eis
Regressou a Sernache o sr. J. Ma-
tias Lopes, digno professor do Liceu
Colonial.
Peas
Saiu de Sernache para a Curia o
sr. Joaquim de Paula Antunes.
DIRECTOR –ABILIO MARÇAL ng
x de Ri o 3 a
E
– gu umas
É PROPRIEDADE DO CENTRO REPUBLICANO DEMOCRATICO |
ai a
Publicação na Certã
Redacção e administração em
SERNACHE DO BOMJARDIM
Composto e impresso na Tipografia Leirionse *
LEIRIA
»
UM GRANDE MELHORAMENTO
MK sua inauguração
Sernache pode marcar em aureas
letras, como um dos factos mais im-
portantes da sua existência, o da
ihauguração do seu novo mercado,
O dia de domingo é dos mais me-
moráveis da sua modesta ‘mas hon-
rada história de povo trabalhador e
de largas aspirações. i
Não é um acontecimento grande
que passou: que se regista e que
. se recorda com saudade ou com or-
gulho. à
Não: é um facto que fica perdu-
rávelmente a viver connosco, de ge-
ração em geração, a segredar a ca-
da uma delas quanto valeu a dedi-
cação e a vontade da gente desta
época e como ela soube compreen-
der-com espírito prático os interes-
ses riais de um povo e ver o futuro
com previsão e inteligência.
Bem legítimo era, pois, o regosis
jo de todos, traduzindo um estado
dalma reflectido e consciencioso,
sempre crescente e aumentando com
o êxito daquele acontecimanto, e
não uma alegria transitória ou pos-
tiça que sé evola em breves horas,
para dela ficar, as vezes, o aborre-
cimento que sucede quasi sempre às
festas. »
Sentia-se que o contentamento de
todos era sincero e expontâneo.
Tinha uma causa forte e impres-
sionanté: não era artificial.
Ás 6 horas’ estayam já no «Mer-
cado» os srs. dr. Virgílio Nunes da
Silva é Alfredo Vitorino, directores
do Club Bomjardim, aquele presi-
dente e êste encarregado da direc-
ção e fiscalização dos: trabalhos da
construção daquele edifício.
Pouco depois chegaram os srs.
dr. Abílio Marçal e padre Cândido
Teixeira e logo se abriu o «Merca-
do», começando em seguida a en-
trar os produtos, uns conduzidos à
cabeça, outros em cargas e uma gran-
de parte em carroças.
Ás 7 horas era já grande a afluên-
cia de produtos e, às 8 horas, atin-
roporções de abundân- .
cia e variedade que ninguêm podera
ou soubera prever. ;
A essa hora a comissão de distri-
buição dá comêço ao seu trabalho
de revista à praça. O aspecto que
ela oferece nesse momento é impo-
nente e vivo.
Dá uma impressão consoladora
de riquesa é progresso: a fertilida-
de dêste solo e a iniciativa dos’seus
| habitantes,
Há como que a solidariedade de
todos num caminho nobre de senti-
mentos patrioticos no concurso de
todos. para que aquela festa seja bem
regional em galas e com. orgulho!
Lá estão o grande e o pequeno
lavrador, qual dêles mais condigna-
mente representado.
Só de ginjas e cerejas estavam
expostos 27 cestos : de nêsperas 15:
tanastros de sardinha 86 !
Estes números dão uma idea da
abundância do mercado, ‘
Dos produtos agricolas expostos
o mais bem representado, em qua-
lidade, foi a batata, dando assim, a
impressão de que dêste legume va-
mos ter um excelente ano agricola.
Foram-lhe concedidos 3 prémios.
Havia tambêm feijão em grande
quantidade—r3 cestos.
Apareceu algum milho, que se
vendeu a 86 o alqueire : algum tri-
go, centeio e cevada, À
4 É
A comissão encarregada da clas-
sificação e distribuição dos prémios
era composta dos srs. António Si-
mões dos Santos e Silva, pelos la-
vradores : José Leitão, pelos comer-
ciantes: Joaquim, Nunes da Silva,
por parte da Câmara Municipal,
Foram distribuidos 19 prémios,
faltando o destinado ao produto quei-
jo, por ter entendido a comissão
que apesar de em grande quantida-
de e boa qualidade não merecer to-
davia o prémio.
Prémios de um escudo : :
A Teotónio Coelho, da Quirtã,
por uma porca ;
A Joaquim Nunes da Silva, do
Nesperal, por um bode ;
A José dos Santos, de Sernache,
por uma cabra ;
A José Nunes da Silva, de Ser-
nache, por vinho. tinto, .
De »50:
A Francisco Luciano, de S, Gião,
(Certã) por um leitão ; RR
A D. Clotilde Pestana, do Bailão,
tambêm por um leitão ;
À mesma, por um galo;
A Bernardina da Conceição, do
Mosteiro das Preces, por feijão ver-
o
A Amália de Jesus, da Roda de
Santa Apolónia, por um coelho ;
A Orlando Campos, de Serna-
che, por vinho branco ;
A Alberto Nunes da Silva, de
Sernache, por vinho branco; |.
A Francisco Nunes, Teixeira, de
“Sernache, por- batatas ; :
A José Cristóvão, de Molhapão,
tambêm por batatas ; :
A casa. da Quintã, tambêm por
batatas ; : K
A Sebastião Cabeça, do Nesperal,
Quinta da Portela, por nabos ;
A Umbelina de Jesus, do: Pampi-
lhal, por pêssegos ; . ;
A José Maria de Alcobia, de Ser-
nache, por nêsperas ;
A José Antunes, de Sernache,
(Chão da Macieira) por couve lom-
barda. ;
Este expositor teve tambêm um
prémio de quantidade, pois expoz 6
cestos de hortaliça,
Feita, assim, ‘a classificação:’é lo-
go, ali, a distribuição dos prémios,
foi aberto o mercado ao público, co-
meçando às transacções, com gran-
de animação e poucas horas depois
estavam vendidos todos os géneros
expostos, que eram numa quantida-
D
ão
o Sr. Adri. Adri
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de extraordinária e que nós supu-
nhamos excedente em mais de me-
tade o consumo provável e calcula-
do largamente.
Tudo se vendeu!
A concorrência foi, em verdade,
grande — extraordinária. Foi uma
bela afirmação do movimento co-
mercial desta região e do seu de-
imento e riquesa agrícola.
O mercado estava vistosamente
embandeirado : no largo tocou a F’i–
larmónica Bonjardim: o povo em
descantes dançava!
“Vivia-se, numa alegria sã e comu-
nicativa. oc.
Bela festa de trabalho !
« «Dia grande e feliz, porque grande
e de felicidade era o melhoramento
inaugurado !
No grande salão do pavilhão cen-
tral, todos os artistas e operários
que trabalharam naquela.obra, em
número superior a 5o, se reuniram ‘
em festa de confraternização e de
congratulação. pela conclusão dos
trabalhos. Convidado o sr. dr. Abr ‘
lio Marçal a ir ali, fizeram-lhe uma
carinhosa manifestação. que termi- .
nou com calorosos vivas à Patria e
a República.
Ao abrir o «Mercado». estavam
presentes, com. grande, prazer: ide
todos, porque são aqui sinceramen-
te estimados, os srs. ; António: Au-
gusto Rodrigues, digno administra-
dor do concelho, alferes Joaquim
Vasco, comandante da Guarda Re-
publicana. neste concelho, Augusto
Rossi e João Branco, chefe da se-
cretaria e fiscal dos serviços e obras
do. MUNICIPIO. 1 A vice
Da Câmara Municipal alêm dos
vereadores que já indicamos, sr. dr.
Virgilio, seu presidente e Joaquim
Nunes da Silva, da comissão exe-
cutiva, estiveram os srs. Ciriaco
Santos, vice-presidente, Herminto
Quintão, presidente da comissão
executiva, Antonio Mouga, Antonio
Luis Ferreira, Joaquim Ladeiras,
José dos Santos e Silva, José David
e José Alves Correia.
“Pelo meio do povo, em trajes do-
mingueiros, num agradavel conjunto
viam-se em trages alegres e vivos
muitas senhoras que ali vieram fa-
zer compras e dar ao acontecimento
uma nota garrida e fresca.
“Também ali estiveram, dando o
seu regosijo e a sua confraternização
aquela festa os srs. dr. Joaquim Gor-
reia Salgueiro, dr. Hermano Mari-
nha, dr. Jaime Pereira, Sebastião
das Dores e Silva, António Ribeiro
“Gomes, Isidro de Paula Antunes,
– Manuel Antunes Amor, Matias Lo-
pes, José Maria Alcobia, Carlos San-
tos, Olímpio Amaral, José dos San-
tos Júnior, Alfredo David, António
Guerra, João Lopes, Joaquim Da-
vid, Verissimo da Silva, David Men-
des, Victor Santos, António Ferrei-
ra Biscaia, José Nunes Correia,
Francisco Mouga, Francisco Tei-
xeira, etc.
“E receberam-se felicitações de al-
guhs bons patriotas que nêste dia
festivo, não quiseram deixar de se
associar as alegrias da sua terra,
dando-lhe o seu entusiasmo e a sua
solidariedade.
“Os srs. Paula Antunes, Libânio.
Girão e. dr. José Marçal enviaram
os seguintes telegramas:
Do sr. J. Paula Antunes:
Dr. Abílio Marcal
Sernache
Queira meu nome felicitar Ser-
nache inauguração mercado.
Antunes
Do sr. Libânio Girão :
“Associo-me aos festejos : felicito o.
Girão
Do sr.dr. José Marçal :
“De Edo o coração e com amaior
alegria estou convosco néste dia de
festa para.a nossa terra.
José Marçal
ECO DA BEIRA
Ao sr. Paula Antunes foi expedi-
do o seguinte telegrama :
Joaquim Antunes.
Hotel Rosa
Curia
Em nome povoação Sernache, di-
recção Club Bomjardim ao maugu-
rar o mercado saúda em V. Ex: o
grande e benemérito patriota dedi-
cado sernachense
Pela Direcção
Virgílio Nunes
Tambêm o sr. Joaquim Godinho:
da Silva se associou a esta festa
num carinhoso cartão escrito ao sr.
padre Cândido Teixeira. a
A noite, a direcção do Club Bom-
jardim “ofereceu -aos – sócios. desta
agremiação e a alguns convidados
uma taça de champanhe que foi o
motivo-de alguns brindes cheios de
patriotismo e de reconhecimento aos
promotores daquela festa.
O primeiro brinde foi feito pelo
presidente da direcção, sr. dr. Vir-
“gilio, dirigido especialmente a Paula
Antunes, ; o: dedicado e benemérito
sernachense, que por forma tão ale-
– vantado e nobre tem afirmado o seu
patriotismo em obras perduráveis,
dando aos seus contemporâneos um
grande -e honrado exemplo e: legan-
do à posteridade um modêlo: de ci-
vismo e das aspirações inteligentes
desta geração. Na pessoa de sua vir-
tuosa esposa, ali presente, êle sau-
dou o valioso amigo de Sernache, e
nêste mesmo brinde não pode dei-
xar de incluir o dr. Abílio Marçal,
grande amigo ‘e grande patriota é
sem a intervenção de quem, é gene-
rosidade de Paula Antunes não se’te-
ria lançado as bases dêsse melhora-
mento:que nêsse dia todos festejaram
‘O sr. dr. Abílio Marçal em pala-
vras: repassadas | de; sentimento e
amor pátrio respondeu que não me-
recia agradecimentos quem apenás
cumpriu um dever, e a satisfação do
dever cumprido é uma grande con-
solação e um-grande incentivo.
Os que nesta obra trabalharam |
com vontade e persistência teem nês-
te momento um grande e carinhoso
prazer—o de que esta iniciativa pa-
triótica, êste impulso de ambições
terão continuadores. Vê ali tanta
criança: que esta lição:de civismo
se lhes grave bem nitidamente na
sua memória infantil.
Tanta senhora, esposas, mães, ho-
je, amanhã: que êlas ensinem seus
filhos a levantarem esta terra nos
escudos do seu patriotismo, e ela
será uma: terra grande, como é já
uma terra bela.
E bebe pelas senhoras presentes.
Ciríaco Santos e o sr. cônego Ben-
jamim da Silva, em palavras calo-
rosas e eloquentes, brindam pelo dr.
Abílio Marçal, o primeiro festejan-
do nêle o republicano de fé viva e
inquebrantável : o segundo saidan-
do em Abílio Marçal o grande ami- “|
go de Sernache. que, ao -sôpro de
seu patriotismo tanto se tem trans-
formado e engrandecido.. . –
O sr. dr. Abílio Marçal agradece
os brindes dos srs. dr. Virgilio, Ci-
ríaco e Benjamim, cada-um dêles
encarando-o sob seu aspecto, mas
todos êles- vendo-o pelo prisma da
amisade, sempre de favor.
Todos êles falaram do seu patrio-
tismo: pois. êle como patriotas os
unira num mesmo brinde, numa uni-
ca saúdação—a Pátria e à Republi-
ca!—que é correspondida com o
maior entusiasmo !
Bebe em seguida por Alfredo Vi-
torino, que à obra festejada deu o
seu trabalho com uma dedicação,
que não pode, sem ingratidão, ser
naquele momento esquecida,
O sr. Alfredo Vitorino agradeceu,
dizendo que apenas cumpriu, mas
com grande prazer, o seu dever de
filho desta terra.
Em seguida começou o baile que
decorreu animadamente até à ma-
drugada.
O sr. padre Cândido Teixeira, se tivesse
podido usar da palavra no agto « festa da
inauguração, teria proferido as seguintes
paiáv:as, que cum prazer publicamos :
E com imensa satisfação e desva-
necido orgulho, que eu falo nêste mo-:
mento. Hora solenissima, que mar-
ca uma gloriosa etape na estrada
dos progressos do nosso bem ama-
» do torrão natal. Quantas tentativas e |
quantos esforços não empregaram
“Os nossos antepassados sernachenses,
para emancipar e desenvolver esta
linda aldeia 2
– Desde a emancipação ; paroquial.
até à fundação do seminário do ex-
tinto Priorado do Crato, Sernache
tinha vejetado conservando-se um
pequeno povoado onde avós encane-
cidos aguardavam a chegada dos
poucos ‘ descendentes que tinham a
sorte de voltar ilesos das lutas tra-
vadas desde o norte da Africa até
aos confins do Oriente. Eram nês-
ses tempos muito estreitas as ambi-
ções, e poucas. as. carreiras por onde
se-enveredava na vida. Ou se era
sóldado, ou monge ou agricultor. A
terra, arroteada em pequena exten-
são por falta de. braços, produzia
apenas-o suficiente pará se não pas-
sar fore; o frade, elemento impro-
dutivo, gastava a vida rezando; só-
mente o soldado que pelo seu he-
roismo e aturados serviços conquis-
tava o Hábito de Cristo, uma co-
menda ou pensão, éra um elemento
de progresso, não. só pelo dinheiro
que-trazia-mas pelos. conhecimentos
adquiridos nas longas viagens e de-
morada permanência em várias par-
tes do mundo. A juntar a êste factor
de desenvolvimento local, teve Ser-
nache a grande fortuna de gerar no
século XVIII uma pléiade numerosa
de homens de extraordinário talen-
to e de devotado amor: pela sua ter-
ra. Enquanto o arcebispo de Adria-
nopolis, D. Manuel Joaquim de Sá,
natural de Paparia, conseguia edifi- .
car. o seminário, dedicava Joaquim
José Luis do Bom Jardim o melhor
de 12 contos de réis ao desenvolvi-
mento de Sernache. . e
Quantos colaboradores não teria
tido o citado arcebispo na realização
daquele importante melhoramento ?
Não foram a êle de certo extranhos
os seus ilustres irmãos, bispos, D.
Marcelino e D. Eusébio, o bispo D.
Clemente José Colaço Leitão, o be-
neficiado, António da Silva Leitão,
e os vários bachareis das famílias
Granados, Serpas da Câmara, Se-
queiras e outros.
Edificado o seminário, Sernache
tornára-se um foco de instrução, que .
foi e há-de ser sempre a principa
alavanca do progresso. j
Desbravado o terreno’ e lançada
a semente esta tinha de germinar,
tornar-se planta, e florir frutificar!
O cerebro iluminado havia de
tornar-se iniciativa rasgada e fecun-
da. Os nossos patrícios munidos de
azas sentiram logo a tentação de
voar, . de , voar alto e para longe,
mas .a nostalgia creou-lhes a ancia
do regresso ao saudoso ninho pater-
no, que eles trataram de desenvol-
ver e aformosear.
Vão lá apenas 45 anos, não che-
ga a meio século, é este relativa-
mente curto período bastou para
que duas gerações fizessem de Ser-
fache o que nossos avós não conse-
guiram fazer no longo periodo de
400 ou 500 anos.
O que era Sernache em 1871?
uma modesta aldeia tendo apenas a
aformoseá la o Seminario, a Igreja
matriz, a Quinta das Águias e umas
cinco casas de certa distinção.
Que isto era assim sabem-no
muito bem grande numero de pes-
sõas que me escutam, como tambem
não ignoram o que as duas gerações
últimas teem feito de Sernache. Pa-
rece um sonho e todavia é uma evi-
dente e consoladora realidade.
Depois da construção do club,
teatro e escolas, das varias estradas,
da ponte do Val da Ursa, das linhas
telegráficas, dos varios e importan-
tes” prédios, quintas e jardins, de
tudo o que faz o encanto delicioso
deste cantinho paradisíaco, a reali-
zação do melhoramento que hoje
. inauguramos representa um grande
passo na senda do progresso desta
nossa querida aldeia. ao
O impulso que ele vai trazer-lhe
será de tal forma grande que eu es-
tou certo que muitos sernachenses
ainda o não divisaram.
Ele concorrerá para o desenvol-
vimento agricola e comercial desta
próspera região.
Esta importante “obra, a mais
grandiosa desta geração, deve-se ao
grande patriotismo do nosso bene-
merito concidadão Joaquim de Pau-
la Antunes e ao amor devotado que
Abilio Marçal dedica ao seu e nos-
so torrão natal.
“ Se é muito louvável e merecedor
da nossa gratidão o gesto rasgado
de Paula Antunes, não é menos
apreciável o serviço daquele que
orientou as obras, fez os regulamen-
tos é dirigiu e encaminhou todos os
passos afim de fazer deste «Merca-
do» alguma coisa de pratico e pre-
cioso para-a vida de Sernache.
Esta obra sumptuosa; suficiente-
mente grande para fazer o orgulho
de certas vilas e até de algumas ci-
dades, ficará a atestar aos nossos
vindouros as benemerencias dos-dois
cidadãos citados e que: juntamente
com os outros melhoramentos pelos
mesmos realizados, honrará e per-
petuará esta nossa geração, que
conta em seu seio meia duzia de
homens que’ muito e bem teem sa-
bido. amar o nossó; encantador ber-
ço.comum. . He “abi
Não preciso citar todos os nomes
daqueles que podem, com inteira
justiça, enfileirar ao lado do arce-
bispo de Adrianópolis e-de Joaquim
José Luís do Bom-Jardim; não pre-
ciso citar de Joaquim-Godinho da
Silva, de Floriano. de Brito e de
Sebastião das Dores e Silva, José
Nunes, Antonio Costa, Joaquim
Martins e outros. Conhecemo-nos
todos muito bem e bem reconhece-
mos aqueles que, pelo seu acendra-
do patriotismo, se teem tornado cre-
dores daltos louvores e de devotado
reconhecimento. eu
“Vão: pára “todos eles as minhas
carinhosas saudações, que eu tradu-
£o num simples brado, que os seus
corações de patriotas ardentes com- –
preéndem e sentem intensamente.
Viva o nosso querido Sernache 1
$
Premios anuncidos para este
domingo, 9 de julho
Um de 14 escudo, para
gado. Dois para legumes
ou hortaliças; e um por
cada um dos seguintes
produtos: Es
Queijo — azeite -fran-
gos — patos ou perús —
peixe-cereal, ‘
esgeegiigasso
(Melhoramentos
Toda ‘a gente sabe que é absolu-
tamente indispensavel-e urgentissi-
ma a construção dum quartel para
a Guarda Republicana; ú
que a secção sairá da Certã se
esse quartel não se construir;
que as povoações do’Troviscal,
Aldeia, Maxial, etc., não podem
passar sem as suas pontes, destrui-
das pelas últimas cheias;
“que a mudança das cadeias para
outro local é uma medida que se
impõe.
Porque será, então, que-a Voz da
Beira, que se diz defensora dos in-
teresses do concelho, pretende difi-
cultar a realização de tais obras?
Também toda a gente o sabe ape-
nas, para fazer política, miserável
política, com interesses: vitais do
seu concelho, com as legitimas.con-
veniencias dos povos. o
Diga, se é capaz, qual a causa da
sua-torpe campanha. tl
Não se esconda atraz da sua men-
tirosa independência, em que nunca
ninguem acreditou. Ca
A independência do st. Frutuo-
sobra e rs bies ago
Como’se toda a gente não conhe-nte não conhe-
@@@ 3 @@@
ão
cesse Os odios que lhe vão na alma!
Como se toda a gente não conhe-
cesse a sua bifronte carreira política.
– Regenerador, para-apanhar favo–
res; progressista para se dar ares
de: “importancia; franquista para que
lhe dessem a categoria que aqueles
lhe não. reconheciam; republicano
or motivos inconfessáveis e-tam-
êm para apanhar a carta de soli-
citador ; monarquico, por despeito.
É não ficará por aqui!……
A sua odisseia política não está
irá finada.
Eis aqui o homem, apemas numa
das sua faces!
“A sua independência !
Como ela dá vontade de rir, é
como nós fazemos rir os leitores…
aSRpas
Que haverá?
Não há palavras com que castigar
a atrevida insinuação do sr. Frutuo-
so, na Voz da Beira.
Verbas de mais ou ver bas de me
nos.
Nem uma, nem outra coisa: Ape-
nas, como vu grande homem muito
«bem sabia, uma simples diversidade
de opiniões na maneira de organizar
a escrita.
« Que haverá ?
Ora, o que há-de haver 2— muita
má fé. muita indelicadeza. —As mais
vis paixões, postas ao serviço duma
consciência irreflectida como insu-
dia
Ea E
* Pesames
Acabamos de saber que está de
luto pelo falecimento-de sua’mãe, o
nosso querido amigo dr. Júlio Pei-
xoto Correia, a quem de todo 0 co-
ração acompanhamos em sua-cru-
ciante dôr, enviando-lhe e a todos
os seus as nossas doridas condolen-
cias.
NOMEAGÃO
O professor do Liceu Colonial,
sr. Manuel Antunes Amor, foi no-
meado inspector dinstrução primária
na India, para onde deve partir em
breves dias.
Damos ao sr. Amor os nossos
parabens porque ele vê, assim, sa:
tisfeita uma aspiração sua na me-
Jhoria, que prevê, da sua: situação
material, e no: desejo que: tem, de
viajar, enriquecendo por esta forma
prática e bela o seu espirito, mas
não nos felicitamos a nós, que
vemos’pártir com pesar.
O ilustrado professor estava e
do aos seus colegas naquele instituto
uma”boa cam radagem e ao ensino
uma grande dedicação: e uma apre-
ciavel competência, e era no meio
de Sernache uma figura muito est:-
mada daquela sociedade à qu | dei-
xa uma boa recordação do seu fino
trato.
Com as nossas felicitações vão
os sinceros votos que fazemos pelas
suas prosperidades e pelas maiores
facilidades no exercico das eleva-
das Peer do seu novo cargo.
Ra
As asneiras da Camara, diz a Voz
da Beira, com aquele ar catedráti-
co ‘que ‘a natureza lhe deu. Como se
a Voz tivesse autoridade para’ falar
em asneiras. Da Câmara apenas co-
nhecemos uma, e dessa havemos de
falar demoradamente. Talvez a de-
sinteressada, a patriótica Voz não
ne mas s tenha E
Realizou-se há dias na Certã o ca-
samento do sr. Celestino Pires Men-
des com a senhora D. Isabel Marinha,
uma das mais gentis e distintas me-
ninas da sociedade certaginense.
Aos simpaticos noivos e à família
Marinha envia o Eco da Beira as
suas felicitações e com estes seus
cumprimentos Os seus sinceros vo-
tos pel-s-prosper. dades ao Eos
tes. pets!
ECO DA BEIRA
Caso pitoresco
A Junta de. paróquia de Sernache
era composta dos seguintes cidadãos
António Bernardo
Filipe Leonor
Manuel dos Santos Antunes
Alberto Ribeiro
Daniel B. de Brito
Não vem agora para aqui dizer-
mos, se bem que interessante fosse
sabe-lo, o motivo da eleição do sr.
Bernardo e porque e para que êle
– foi alçapremado a presidente.
Discutimos factos sem querer sa-
ber de pessoas.
Em 1 de maio de 1915 faleceu ‘o
sr. Filipe Leonor.
Havia que chamar um substituto.
O mais votado era o sr. Joaquim
Nunes da Silva: dos menos votados
“e mais novo era o sr. José Joaquim
de Brito.
Um qualquer que não fosse ber-
nardo de todo chamava o sr. Joa-
quim Nunes, que era o primeiro,
“mas porque-era bernardo, chamou
o sr. José de Brito que era o últi-
mo…
Fundou-se o homenzinho na dis-
posição do $ 1.º do artigo 6.º do
código administrativo, que diz assim:
«Para preenchimento de vagas que
se deem no-quadro dos membros efe-
“tivos; como nos:casos de licença ou
impedimento temporário dos que esti-
veram servindo serão chamados, pre-
cedendo deliberação do cor go admi-
nistr. ativo, elC.
» Se não fosse bernardo veria que
esta disposição só se aplica em caso
dz impedimento transitorio e que
um caso de morte é alguma coisa
de definitivo… supomos nós !
Alem do que, rão se pode referir
“às juntas de paróquia porque se re-
fere a listas,;mas são as que.os can-
didatos apresentam para serem elei-
tos, o que não se entende com..as
juntas. E nem a junta-resolveu como
seria necessário, chamar o sr, Brito.
A lei reguladora é o. artigo 25.º
que diz assim ao alcance de qual-
quer bernardelho:
«Na falta e impedimento dos mem-
bros efectivos são chamados a reu-
muros substitutos pela ordem da vo-
tação, preferindo os mais velhos em
caso de igualdade de votos.
E” claro!
E o,sr. Joaquim Nunes da, Silva,
porque tinha êsse direito, apresen:
tou se e tomou posse, com prévia
consulta do sr. Deleg:do do Procu
rador da República, que em oficio
que está na secretaria da junta, res-
pondeu que esta corporação se de-
via constituir como sr Joaquim Nu-
nes da Silva e só em último lugar
com José de Brito,
Nem assim cedeu o sr. Bernardo!
Vem recentementea lei n.º 621 e
no.art.º 14.º $ 1.º bm esclarece que
em qualquer caso se chame o mais
votado.
Pois, senhor, «ainda bernardo…
bernardeia.
Daqui tem resultado que com um
vogal verdadeiro e um substituto de
contrabando o sr. Bernardo tem an-
dado-a passar atestados e (a fingir
umas sessões fora da casa da Junta.
E? uma situação ridicula que faz
pasmar da inconsciência e inconve-
niência com que se trata por tal for-
ma uma função pública e do desplan-
te com que um cidadão andou a fa-
zer de vogal duma corporação a
que não pertence.
Esta vergonha—porque isto já não
é Paio Pires—tinha acabado com
uma queixa ao Tepresemante do M.
Público.
E quando em cima do sr. Bernar
do e d.» sr. Brito caisse o estadulho
da lei, que castiga os que se arro.
gam funções que não exercem e os
que com má fé a infringem tomaran
logo juizo.
“Mas não valia a pena pensar nes-
te caso, que era inofensivo para os
interesses: públicos, e os pobres ho-
mens lá:se iam entretendo a seu
“modo!
– Mas, agora, não,
Trata-se já de valores da Junta,
que o sr. Bernardo tem em seu p.-
der e se recusa entregar ao tesou-
reiro; e dumas-inscrições que do
cofre retirou sem a devida e neces-
sária autorização e de que não dá
contas. «,
Assim, é que não pode ser!
O sr. Delegado do Procurador
da República, representante do Mi-
nistério Publico perante a Junta de
Paróquia, precisa de intervir imedia-
ta e energicamente e sem contem-
plações, neste caso, que deixou de:
ser pitoresco para se tornar de gra-
vidade.
E nós prometemos acompanha- “lo
agora mui de SR
o emprestimo
A respeito deste caso escreveu o
sr, dr. Ernesto Marinha uma carta à
Voz da Beira anunciando para bre-
-ve as Suas considerações.
Está bem.
Guardemos tambem as nossas.
De seu natural pachorrento, quer
que vamos devagarinho.
Pois sim.
Nesta sua carta já não dá há mui-
to boa conta de si nem, como. edil
nem como bacharel !.. ‘
Mas, devagar, devagarinho, como
siex* dizi):
Liceu Colonial
Começaram. no dia.3 do corrente
neste instituto de instrução secun-
dária os exames de 3.º e 5.º classes.
São os seguintes os candidatos :
3*-classe.
Adriano Caetano de Oliveira
Alberto Avelar Labescat
Alvaro dos Santos Marcelo
António Joaquim Teixeira
António M. da Natividade Damazo
Domingos dos Santos Marcelo
Emidio Augusto Rodrigues
Ilda Marçal Corrêa Nunes. :
João de Jesus Ferreira
João Maia
João Pascoa
João Preto Rebêlo
José da Conceição Moura
José Francisco Pontes
José Lucas Martins
José Marques da Costa Roxo
Manuel Joaquim Taborda.
Manuel Luís da Fonseca
“Márto Augusto Taborda Simão
Sebastião Chambrin
Zeferino Dias Freixo
: 52 classe
Alvaro Caetano-de Oliveira
Jorge Nogueira Correia Marçal
José António
“Luís dos Reis
MOSAICO
As maiores flores da terra
A maior flor que existe na terra
e cuja planta é com todo o esmero
cultivada no jardim botanino de Ber-
lim chama-se a «raflesia arnoldi »
E originaria de Sumatra, mede,
quando aberta, três metros de cir-
cunferencia e metro e meio de dia-
metro. O seu peso ultrapassa ás ve-
zes seis e sete quilos.
E” das mais regulares a sua con
formação, pedunculos e folhas são
reduzidos ao feitio mais simples, sem
deixar de ser gracioso, sobretudo na
extremidade, onde se vê um peque-
no calix
Se a ilha de Sumatra possui a «ar-
vore do pão», pode dizer se também
que possui a «flôr da água», pois
que a «raflesia arnoldi» consutui um
verladeiro deposito de água para o
viajante.
A chuva que cai do espaço fica
encerrada em toda a flôr,-e, atentas
as suas dimensões portentosas, em
certas épocas, a «raflesia arnoldi» é
reservatorio para dez e mais litros
de água.
* Em Londres existe tambêm uma.
planta cujas flores são enormes, de-
‘-nhece-é a-do coqueiro; vo
sabrochando apenas: de dez em dez
anos–a «Vitória Régia» — assim de-
nominada, em homenagem á sobe-
rana inglesa.
Pensamentos | E
O decorrer do tempo só trás uma
pd suho qc das do-
res.
a *
Nada é mais proprio para-corrom»
pera sociedade, do: que. tolerar nela
a maledicencia. :…
E % H é
Quanto maior é o numeró-de ami:
gos “que perdemos, mais apertados
devem-ser os laços de. araisade, com
aqueles que nos restam»; 505
*
O homem vale’o que vale o meio
onde êle nasce, onde Siroses! pude
vive e onde morre, -. e
*
A reputação é a AS vida do
homem.
Curiosidades:
As aranhas podem viver até; é-dez
meses sem alimento.
*
A madeira mais dura que se co-
%
As formigas teem o cérebro maior,
em proporção . do seu tamanho, do
que qua!quer outro ser vivo.
x
Õ champagne foi’fabricado a vêz
primeira, por uns frades, no sécu-
lo XVII
Câuairas populares
No. coração da mulher,
Por muito frio que faça,
Ha sempre o calor bastante
Dara aquecer a desgraça.
Fui corrcr o mundo todo
Para te poder olvidar,
Mas quando ma vi sem ti
Vi me obrigado a voltar.
Se amor com amor se paga, |
Porque não pagas amor ?
Olha que Deus não perdõa
À quem é mau pagador,
Quem tem amores não dórm
Quem os não tem, adormece,
Quem os tem ao longe chora,
Quem os tem ao pé padece.
ANUNCIOS –
BALANÇA:
Centesimal com a força de mil
quilos, vende: em boas condições,
Alberto Cotrim da Silva: Garcez
t
Ferreira do Zezcreso 520 sos05d
Castanheiro do Japão
O unico que resiste à fetrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é O caia do
Japão. ;
O castanheiro japonéz ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano: tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas: As experiência t
sido feitas não só ao» an
nosso pais mas princip:
em França, onde “o: castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de: castanhei-
ros do Japão, dando. um .rendi-
-mendo magnífico.
O castanheiro japonez’ acha-
-se à venda em casá de Manuel
Rodrigues, Pedrógam Grande,
:
3
@@@ 4 @@@
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Iluminação: Electrica Westinghouse.
Conta-kilómetros: Stewart.
Mise-en-marche: Electrica Westinghouse.
Roda sobrecelente, Faroes e lanterna, Busina electrica, Bomba-
enche-pneumáticos e Capota
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cesso, porque, alêm de suplantar todos os aperfeiçoamentos introduzidos
nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez da sua
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romática e estofameénto Turkish de 11”.
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intabrasco prande, sc e Sir ombesços dyris é ‘ 280.»
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Todos os pedidos devem ser dirigidos a
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“Agua darroz da Ceria
A Agua minero-medicinal da Foz da Certã apresenta uma composição
quimica que a distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica,
E” empregada com segura vantagem da “Diabetes-—Dispepsia-—Catar-
ros gastricos, puiridos ou parasitarios;—nas preversões digestivas dirivadas
das doenças infeciosas;—na convalescença das febres graves; —na atonisa
grasiricas dos idibeticos, tuberculosos, brighticos, etc.—ino. gastricismo : dos
exgotados pelos excessos ou privações, etc, etc.
Mostra a analise bater:ológica que a Agua da Foz da Certã, tal como
se encontra nas gairafus, deve ser considerada como micróbicabamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das espécies patogeneas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa scção microbi-
cida. O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo nela
perdem todos a sua vitalidade, outros microbiss aressetam porem resis-
tencia maior. É
A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres é limpida, de sabor le-
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer misturada com vi-
Re DEPOSITO GERAL
RAU DOS FANQUEIROS-—84—LISBDA
a Telefone 2168