Eco da Beira nº58 24-10-1915
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POLITICO .
Numero 58
Assinaturas: a
ADO cn mi co ci LDO
MRHICSIL Cad, empiçes cio» eim DO
Brazil:(moeda brazileira)… … 5g00o
tavos a linha ou espaço de-linha,
Anuncios, na 3.º e 4.º página 2 cen-
PR aan japegina,
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a PROPRIEDADE DO CENTRO R
e pia quan
DIRECTOR -= ABI
Es
0
Os srs. drs. José do Vale Matos
Cid e Abílio Marçal, que, em co-
missão, haviam sido encarregados
de elaborar a reforma do Colégio
das Missões, deram já por findo o
seu trabalho que entregaram há dias
ao sr; Ministro da Instrução.
Porque êsse projecto tem de tran-
sitar pelas pastas das colónias, jus-
tiça, finanças e fomento, e isso tra-
ria uma demora que não se compa-
decia com a necessidade de dar co-
mêço aos trabalhos escolares do cor-
rente ano, o ilustre Ministro: da Ins-
trução mandou pôr a reforma desde
já em execução, provisóriamente, e
por ela se está já regendo aquele
instituto que passa a denominar-se
Liceu Colonial.
E” profunda a transformação que
se vai operar no velho Colégio das
Missões. Cria-se nêle um curso de
agricultura com 3 cadeiras, oficinas,
aulas de música e dactilografia. E/
também criado o observatório me-
teorológico, que ficará em comuni-
cação telegráfica com os restantes
observatórios do país e por êles com
os de todo o mundo.
Para a sua instalação já tinha si-
do autorizada a verba de 2:000900.
A biblioteca vai ser aberta ao pú-
blico e terá uma dotação especial.
O plano de estudos é constituído
por um curso de preparatórios, que
é o curso geral dos liceus e um cur-
so complementar de três anos. –
Alêm de alunos gratuitos, no Li-
ceu Colonial são de ora avante re-
cebidos alunos pensionistas mais es-
– pecialmente destinados às classes
‘ menos abastadas, com preferência
para os funcionários do Ultramar, a
quem a disposição pretende servir,
a semelhança do que se faz aos ofi-
ciaís militares e outro funcionalismo.
Há 2 classes de pensionistas—
uma para 120:b00, outra para 150%
es. por cada época de 10 meses.
O quadro do pessoal compreende
o pessoal superior e pessoal menor,
alêm do pessoal doméstico: ou su-
balterno. E Sr E
Aquele compreende 15 funcioná-
rios que ficam vivendo fora do ins-
tituto, em contrário do que até ago-
ra sucedia..
O pessoal. menor compreende 14
funcionários. Ro ê
Eis, a traços largos, algumas in-
formações sôbre êsse trabalho, que,
satisfazendo, alfim,.a uma. urgente
necessidade da República e a uma
velha aspiração -dêstes povos, virá
a fazer do, Colégio das misões um
instituto modelar que transformará
esta região e será «dentro em pouco
uma instituição que honrará a Re-
pública. o
– Não queremos especular com êste
extraordinário benefício público,
mas não dgrreremos de registar e
lembrar que ao Partido Republicano.
Português êstes povos ficam deven-
do êste alto serviço. E
E quando tantos trabalharam, de
mãos dadas com os seus inimigos,
para o fazer desaparecer, bom é
lembrar que outros trabalharam, se-
renamente, patrióticamente, como
apóstolos de uma missão honrada e
nobre, que a si mesmo impuzeram,
para ampará-lo e soerguê-lo da con-
fusão em que êle existia e da der-
rocada que o ameaçava. 1
Felizmente venceram as boas in-
tenções e as boas vontades. —
Custou muito trabalho e muita
canceira: alguma inteligencia e uma
grande dedicação: muitas desilusões
e alguns desânimos.
Os que a esse trabalho se dedi-
caram com devoção “patriótica e ne-
le consumiram a ‘sua energia e sacri-
ficaram os seus interesses e a sua
saúde, encontraram sempre a am-
pará-los e a protagê-los a vontade de-
cidida e amiga dum homem, sem o
qual o colégio das missões seria ho-
je um casarão deserto !
Aqui deixo o seu nome escrito
em letras deléveis, porque na sua
memória reconhecida o gravem os
homens honrados, e as futuras ge-
rações vendo bem a grandesa do
beneficio que receberam compreen-
dam tambem a gratidão que devem
à esse homem, que foi a primeira
figura da República e o melhor ami-
go desta região:
Afonso Costa
“E, escrevendo neste momento o
seu nomie com comoção, o nosso
reconhecimento e a nossa admira-
ção explodem numa exclamação : |
cheia de entusiasmo e fé, como quem,
chegando alfim, ao termo duma lon-
ga caminhada em que se viu pres-
tes a tombar volve olhos enterne-
cidos de gratidão e alégria para |
quem com mão firme é amiga cari-
nhosamente o amparou:
Viva a República!
Viva Afonso Costa !
Viva o Partido Republicano Por-
tuguês! |
Melhoramentos importantes
Ponte da Bouçã
Para esta “ponte concedeu :o go-
vêrno, para ser gasta até Julho, a
quantia de 8:4007%%00. Era quanto
faltava para completar a importân-
cia: em: que ela tinha sido orçada.
Não podia, por isso; receber agora
maior dotação, mas se ela não che-
gar para a sua conclusão, o que
bem nos parece, não se lhe demo-
rará um-novo-subsídio, de forma a
concluir no mais curto espaço de
tempo esta importante obra, de tão
largo alcance para esta nossa região.
Bem: generoso tem sido para com
ela o, govêrno que só para a ponte e
estrada desta margem esquerda vem
de dar a avultada dotação de esc:
14:400%00 !
Não sei se os leitores se lembram
das primeiras palavras da falada in-
formação do administrador, Bernar-
do de Matos.
Eu lhas recordo.
Diz assim:
«Com a urgência e informação
pedidas, remeto a V. Ex.* o incluso
memorial, que ontem recebi.»
O leitor, que alguma coisa enten-
da da vida burocrática terá certa-
mente reparado na palavra «memo-
rial». e o
Não há memorial nenhum. E’ a
queixa, com os seus 11 artigos de
acuzação.
-Chama-lhe «memorial» como po-
deria chamar um assobio à chaminé
da padaria.
Também já afirmei aos meus lei-
tores que nenhuma ordem o gover-
“nador civil deu ao administrador do
concelho para dar informações, com
“urgência ou sem ela. a
O sr. Bernardo de Matos recebeu
à queixa sem ordem oficial de nin-
Eu o Rs
– Porque quis! Para me vexar! Mais
do que isso: recebeu-a depois do go-
vernador civil se ter recuzado a aceij-
tar essa maroteira !
E quando a tanto se recuzou es-
tava convencido que o seu subordi-
nado da Certã lhe seguiria o exem-
“plo.
A queixa, que tem a data de 15
de Abril, foi apresentada em 17 no
govêrno civil, e, devolvida dali, foi
apresentada a Bernardo de Matos,
que já muito bem a conhecia, em 21.
Mas quem lha mandóu receber?
Não se ria o leitor !
Foi. o sr. António Martins dos
Santos, no seguinte despacho, que
está escrito na queixa por seu pró-
prio punho:
«Ão sr administrador
do concelho, para infor-
mar com a maior urgên-
cia e enviar pelas vias.
oficiais para o govêrno
civil de Gastelo Branco.»
os e
É o Bernardo cumpriu!
Recebeu! ss
“Com a informação pedida !:
Com a urgência pedida!
Recebeu e mandou para o govêr-
no civil,
A isto chegaram nô tempo da di-
tadura os serviços da administração
pública nêste concelho —êste desgra-
çado concelho !
“O Martins despachava.
E o administrador cumpria com
a solicitude reclamada.
Bernardo Ferreira de Matos, ba-
charel formado em direito, adminis-
trador do concelho, oficial do re-
gisto civil, advogado!
Que fedor !
“ E andam alguns, por aí, a rir-se
dos que, no dia 14 de Maio, anda-
ram em correrias no automóvel do
enteado do Silva a fazer acôrdos pa-
ra a eleição camarária !. ..
Como se isso se pudesse compa-
parar com isto!…
Estas coisas nem me-irritam nem:
LICANO DEMOCRATICO [5)
a
Publicação na Certã-
Redacção e administração em:
SERNACHE DO BOMJARDIM
composto e impresso na Tipografia Loirienso: :
me agastam:- mas impressionam-
me mal. a ARA Sais
Sobretudo por se andar constad-
temente aos encontrões a um institu-
to que todos deviam amparar porque
êle é um elemento de riquesa para
êste concelho e de prosperidade mo-
ral e material para esta região.
Eu vou, por isso, terminar estas
referências a que fui provocado, de-
pois de contar uns episódios que por
essa ocasião se deram.
E EE
Recebida a queixa tratou-se da-
nomeação do sindicante. O que não
chegou a conseguir-se!
Mas foi mui cúrioso êste caso. .
Os da quadrilha tinham grande
confiança no professor Barros No-
bre, e para êle fôram as priméiras
vistas, mas o chefe unionista de Cas-
telo Branco fugiu logo à sorte indi-
cando o colega Manuel Ribeiro, que
segundo êle dizia, era muito com-
petente. Só era precizo que O go-
vêrno lhe adiantasse algum dinhéiro
para despesas de viagem, que o ho-
mêm era pobre ! ç o
‘ Todavia, Barros Nobre, descul-
pando-se, não deixou de me ferir
deslialmente.
Dizia êle que não podia fazer a
sindicância por ser eu o único «in-
divíduo com quem, por motivos po-
líticos, cortou as suas relações pes-
soais.» Está escrito por êle!
E’ mentira, a É
O sr. Barros Nobre podia bem
dispensar-se de agravar um perse-
guido que ia ser julgado e que ali
não se podia defender,
– Afirmar que eu era O único indi-
víduo com quem.êle cortara relações
cra uma má insinuação a meu res-
peito. o
Tão mau eu era, que era o pior
que êle tinha encontrado. E êle uma
pomba, que com toda a gente vivia
bem… menos comigo… . “a
Parece educado em S. Fiel….
Se fôsse verdade, tinha êle obri-
gação, por dignidade própria, de
ocultar o facto.
Mas era falso: o que torna mais
repugnante o feito.
“As nossas relações eram mui ce-
rimoniosas, mas, assim mesmo, co-
mo eram, nunca sofreram diminui-
ção e no mesmo estado se conser-
vam. e o Er
Eu fui calculadamente cuidadoso
da primeira vez que, posteriormen-
te, nos encontrámos: foi êle quem
a mim se dirigiu e, por sinal, que
mais amávelmente do que de cos-
tume! O que muito me penhorou.
Toque de remorso”
Mas o caso tem ainda um aspecto,
que é de observar : Rr
Era assim e com esta verdade e
esta lialdade que os funcionários da
ditadura informavam o seu ministro !
Uma carta interessante
Entretanto, recorreu-se a um ou-
tro sindicante, em quem não chegou
a falar-se e que respondeu“em car-
Almirante Tasso de o
1-
é Bueiredo
|
|
| Exmo g,
e As
Certã
Certã
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ta de que extraio os seguintes pe-
riodos :
«… depois, a leitura da queixa
deixou-me uma péssima impressão.
A maior parte dos artigos são sem
importância O director dr Abílio
Marçal, que eu muito bem conheço,
tipo fino e intelizente, mesmo ex-
cepcionalmente inteligente, e conhe-
cedor dos seus inimigos, não distri-
buiria os santos e os paramentos se-
não estivesse a tanto autorizado, e
uão cometia a imbecilidade de ter –
em.-sua casa -a mobília do colégio.
Não creio!” cs: as
O resto não vale-nada.
Além disso, a queixa tem uma
otigem pouco limpa.
Parece que um dos sinatários
foiem tempo fornecedor do colégio
e se «cortava» e que por isso é que
perdeu o fregués!… Mau aspecto!
– Diz-se até que o Abílio tem em
seu poder uma carta em que o ou-
tro confessava a fraude e queria res-
tituir aparte que lhe competia.
Não sei o que há de verdade, mas .
se tem algum fundamento, aquilo nas
unhas hábeis do Marcal vai ser um
fiasco, tanto mais…»
‘rrFoi pêna, foi, que não fôsse por
diante. e
[5 Be9uD x
“Foi então que surgiu o nome do
dr. Augusto Tavares, que, em ver-
dade, não queria aceitar.
Veio ainda em seu favor o sr. Bar-
ros Nobre, com várias razões, che-
gando até a invocar o estado de saú-
de da mãe do sr. dr. Tavares, que
só pela sua mão comia.
Não pode ser..
“O ministro impôs. Coisas!
Entretanto “ia-nos sendo. pedido
que indicassemos nós um. nome,
confidencialmente. Não responde-
mos, Insistiram: dissemos que nos
era indiferente. . :
O dr. Tavares obeleceu ao mi-
nistro, mas fazia exigências.
“Queria um secretário, oficiais, O
telégrafo as ordens, um. automó-
Mo e
Cautelas!
Que de coisas se passaram! |.
Em. 7 de Maio, o governador ci-
vil escrévia ao ministro uma carta
muito interessante, que ainda have-
mos de publicar.
E’ precizo que F. vá fazer a sin-
dicância, dizia êle, para ela dar os
“resultados precizos…
-—Os resultados precizos!…
Os bandidos! –
Que desvergonhadas criaturas!
“Todos à malharem num homem,
em Sernache, na Certã, em Castelo
Branco, em Lisboa e êsse homem
tendo por essa escumalha o mais
completo desprêso… e cada vez de
mais completa saúde.
“Só tive a meu favor o ministro,
que me deu uma comissão e me
mandára abonar as despesas… mas
para eu estar em Lisboa… Em-
quanto durasse a sindicância. |
Como tudo isto é miserável e me
faz pensar no conceito do filósofo :
—— Quando me contemplo, que tris-
teza! Mas quando me comparo!…
*%
Escreveu-nos o sr. Joaquim An-
tunes Alexandre afirmando-nos que
nunça deu o seu nome a ninguém
para testemunha de sindicância.
Acreditâmos porque achâmos o
Martins e o Silva muito capazes da
falcatrua de lá o meterem sem na-
da lhe dizerem. .
– Mas lá está o seu nome: entre
o do padre Bernardo e o do sr. Aun-
tónio Lopes, comerciante. .
– Diz mais osr, Alexandre que «não
anta, e jamais andou a soldo de
quem quer que seja.» .
Não duvidâmos. Mas, isso é lá com
as outras testemunhas. .
E temos dito. .
E” “do nosso presado colega O
Mundo, com a devida vénia trans-
crito o artigo do nosso presado. co-
lega José do Vale, sôbre a guerra.
ECO DA BEIRA
A Igreja e a República
Portuguesa
(Continuação)
Para concluir, vamos responder a
várias asserções injustas feitas a pro-.
pósito da lei de Separação.
Disse-se, que com esta, o legisla-
dor, teve em vista acabar em duas
gerações com a igreja católica em
Portugal, E” certo que se atribúi ao
autor da lei tal leviandade, mas que
nós não acreditâmos porque nele re-
conhecemos dotes excepcionais de
inteligência e tacto diplomático mais
que suficiente para não cometer tal
gáfe.
Não é menos verdadeiro que cer-
to clero, acreditando tolamente na-
“quele boato insidioso, fingiu ficar
“estarrecido perante aquela falminan-
“te afirmação, sem se lembrar de que
cometia uma gáfe muito maior, pro-
palando um fingido susto que foi
acreditado pelos fieis ignorantes. Re-
velando receio dum esfacelamento
“da igreja católica, o clero anti-repu-
blicano, deu públicamente uma pro-
va evidente da sua descrença! Pro-
vou assim quê duvidava das palavras
de Cristo—portae inferi non preva-
lebunt adrersus eam!!
A paixão cega os espíritos mais
lúcidos e empolgados por ela trans-
viam-se e precipitam-sé em atoleiros
mefíticos onde a vida perece ea
inteligência sucumbe !
Afirmou-se tambêm que as pen-
sões fôram dadas ao clero apenas
como ‘engôdo! O clero pensionista
vale moralmente tanto: como aquele
que recuzou as pensões. O clero an-
t-republicano, fazendo supôr aos
fieis ignorantes que os pensionistas
se venderam por aquele prato de
lentilhas chamado as pensões, come-
teu outra gáfe, porque teptou desa-
creditar uma gtande parte da sua
classe. O jornalismo católico, pouco
mais diplomata, contentou-se em
classificar a concessão das pensões .
como um acto de pura generosidade
da República, um mero favor do go-
vêrno. Não é assim, a lei fixando e
regulando as pensões, consagrou ju-
rídicamente o reconhecimento dos
chamados direitos adquiridos em vir-
tude de leis anteriores, direitos que
o legislador tem o dever de respei-
tar nos limites das regras gerais da
equidade e da justiça.
“Também se afirmou que na lei de
Separação existia uma disposição
que era um incentivo contra o celi-
bato eclesiástico, e uma revelação
do viver íntimo do padre, denun-
ciando a existência do menage. E
com estas e outras obsevrações des-
cabidas se tentou pôr em dúvida os
grandes talentos de causídico, de ju-
risconsulto e sociólogo que possue
incontestávelmente o autor da lei.
Até se quis vêr nesta disposição
da lei uma afronta, um acto escar-
ninho da legislação, quando é certo
que se fez uma obra simpática e hu-
mana, traduzindo mesmo um rasgo
de enternecedora filantropia.
“O celibato! a disposição discipli-
nar mais infeliz que a igreja tem
decretado. A maioria do clero, se-
não todo o clero, tem-se rido impú-
dicamente e tripudiado sôbre êsse
freio que tem feito do padre um hi-
pócrita e por vezes: .. até um cri-
minoso. Horrível cegueira, revoltan-
te intransigência que perdura há sé-
culogili at O PO
E há hipócritas que o defendem
no século XX, supondo a humanida-
de uma récua de alimárias! Tartu-
fos! E
«Se a Igreja, com cujas determi-
nações uma sociedade laica nada tem,
entendeu dever sopear os gritos im-
periosos da natureza, o facto é que
a natureza, que é soberana, nem
sempre a ouviu nem acatou, e isto
é que importa à sociedade.
Dêste conflicto, nasceu um regime
de hipocrisia, à sombra do qual se co-
meteram as mais violentas inversões
dos sentimentos. Umas vezes por
grosseira condição, outras por ne-
cessidade – de obediência, e sempre
ao abrigo das impunidades que o
preceito originou, se assiste a esta
coisa que só não abala o coracão
dos cínicos, ou só encontra explica
ção na consciência elástica dos tar-
tufos;—o abandono e b miséria das
desgraçadas mulheres e do fruto dês-
“se clandestino conúbio. Este cancro
social é conhecido e reconhecido de.
todos.
Então, porque preferiu a hipocri-
“- sia à verdade? Para dignificar a Igre-
ja perante a moral é lícito sacrificar
a justiça dos que a teem? a.
“ Isto-não faz sentido nas consciên-
cias lídimas e nobres. Não o fezno .
espirito do sr. dr. Afonso Costa, e
do govêrno que o apoiou, a quem,
pelo que se vê, a grande máxima de
Ibsen fez profunda e salutar impres-
são: Mais vale uma verdade, ainda
a mais brutal, que todas as menti-
ras sóbre que assenta a nossa felici-
“dade.
E vai esta valer de muito.
Com tal resolução fica indicado o
caminbo que a Igreja-tem a seguir,
acatando as leis sagradas da vida,
esquecendo a encíclica do asceta
Gregório VIL para inundar de ale-
gria, não só o coração dos sacerdo-
tes, que palpita como o dos outros
mortais, que se alenta dos mesmos
ideais e dos mesmos sonhos; para
suavizar em muitas infelizes as ago-
nios do abandono, da miséria e da
secura moral, e para trazer ao con-
certo da vida social, saudáveis e
prestantes, os que desaparecem pe-
las portas do infanticidio, do abôr-
to, do crime, da indigência ou dos
desalentos do anonimato,
Cremos, emquanto nos não de-
monstrarem o contrário, que isto é
que é virtude.
Esta antecipação à iniciativa da
Igreja, que, por certo, um dia há-de
ter, contrariou as almas hirtas duns
e os bábitos adquiridos de outros.
Nós julgâmos que se fez uma obra
de amor e de higiene social.»
(Continúa)
P. Cândido da Silva Teixeira:
aa o É
DR. HERMANO MARINHA
Foi nomeado professor provisório
do Liceu Colonial, 1.º classe, êste
nosso presado patrício, que no últi-
mo ano concluiu a sua formatura em
– direito.
“Vai o sr. dr. Hermano entrar na
vida pública encetando:- uma carrei-
ra que lhe abre um largo campo de
acção e trabalho.
Nela entra muito a tempo e em
excelentes condições.
E” novo e inteligente. Não lhe fal-
tarão estímulos nem. incitamentos:
tão pouco conselhos liais e: mãos
amigas.
Trabalhe. Honre o nome que-uza
e sirva com brio e dedicação a po-
sição honrosa. que. o govêrno lhe
confiou. : Ê
Eleve-se à altura da sua nobre
missão elevando o instituto que o
vai receber.
‘ Eduque com patriotismo e de-
voção republicana essa parte da mo-
cidade portuguesa que a República
-vai confiar ao seu amor pátrio e ao
seu zêlo profissional. . ;
Sirva com honra a sua missão, fa-
zendo de cada um dos seus discipu-
los um cidadão prestante-à socieda-
dee que, servindo com amor a sua
pátria rememore com saudade e res-
peito o mestre que com carinho e
defesa o lançou no caminho agres-
te da vida. a
São os nossos desejos. .
E, porque com sinceridade faze-
mos êsses votos—e com confiança—
enviâmos-lhe as nossas felicitações.
Dr. Abílio Marçal.
Regressou na sexta-feira de Lis-
boa e nêsse mesmo dia reassumiu
as funcções de director do Liceu Co-
lonial-êste nosso presado amigo, que
logo começou a pôr em execução a
reforma do instituto que superior-
mente dirige. ES!
Em volta da guerra
Os alemães derrotados
Os alemães. invadindo a Rússia,
julgavam que iam esmagar para
-sempre a grande nação moscovita,
impondo a suas leis e subjugando-a.
Enganaram-se profundamente. A
Rússia fez retirar o seu exército na
melhor ordem, salvando peças, mu-
nições e vidas. Internou-se e os ale-
mães indo em sua perseguição per-
deram se. Diariamente são batidos,
deixando muitos prisioneiros, armas,
projecteis, tudo, emfim, do que dis-
punham para combater a Rússia,
vencendo-a, com o propósito de re-
“tirar o seu auxílio aos restantes alia
dos. Tudo falhou, completamente.
As noticias diárias dão nota dessa
falha. citando o numero dos aprisio-
nados, dos canhões apreendidos, das
munições tomadas e registando que
os alemães se encontram em uma
situação aflitiva. Ultimamente, ha
dois dias, mais de quatro mil solda-
dos do kaiser ficaram prisioneiros e
os russos retomaram povoações por
eles invadidas. E aínda o invencível
«general Gêlo» não desceu como
uma catadupa esmagadora sôbre o
inimigo… Quando o inverno domi-
nar completamente a Rússia, a neve
será manchada de sangue e os que
não morrerem na batalha ficarão
enregelados, sem o menor auxílio,
através os caminhos. Esses factos
são dolorosos? Sem dúvida. Muitos
corações de mães hão de estalar de
dor-—horrorizados perante a heca-
tombe. Mas a Justiça marchará no
seu vôo sereno, despedaçando a ti-
rania. Vejam como o Progresso ca-
minha tranquilo sobre sangue e lu-
to… A Rússia, purificada pelo
combate, torna-se melhor, quasi ha:
bitavel-—para os russos. Fala-se já
em reformas sociais; a Duma cujos
membros foram enxovalhados, ve-
xados e presos, colabora com Nico-
lau II, e este czar, autor de tantas
tragédias horriveis, já não empali-
dece perante esta palavra eternamen-
te joven e bela—Liberdade ! Ouve-a,
aceita-a e aclama-a… E” um efeito
da guerra. Ele, que dominou o po-
– vo, sentiu-se prestes a ser também
esmagado pela tirania e esse facto
horroriza-o. Não é das particulari-
dades menos interessantes este facto
da guerra servir a liberdade. De
resto, o caso não é inédito. Napo-
leão lançou ondas enormes de ferro
e fogo sobre o mundo. O que sur-
giu de todo êsse movimento? A li-
berdade nas suas formulas mais
generosas. Ha males que veem por
bens.
J. do V.
“Colégio das Missões.
O prazo para matricula de alunos
externos está já decorrendo até ao
dia 30 do corrente.
%*
Os trabalhos escolares terminam
no dia 3 de Novembro.
Tambêm termina no dia 30 do
corrente o prazo de matrícula de
alunos internos pensionistas:
“A pensão é de 15o%oo por cada
“ano escolar, de to meses, pagos em
2 prestações, ficando a cargo do alu-
no vestuário e livros. ‘
O preço das locomotivas
O preço médio duma locomotiva
é de 200 réis por quilo do seu pêzo
e, considerando-se que uma máqui-
na desta espécie consta de mais de
5.000 peças, as quais devem ser
montadas com: tanto cuidado como
os dos relógios, ‘ conclue-se que o
preço das locomotivas não é, afinal,
exagerado. é
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TELEFONIA SEM FO
Dum modo semelhante ao que su-
cudeu coma telegráfia, as tentativas
de transmissão acústica, desprezan-
do as conduções aéreas, tiveram uma
época de tentativas não menos ar-
riscadas e inspiraram-se por vezes
nas necessidades da guerra, para O
estabelecimento de. comunicações di-
fíceis. Ficaram célebres as experiên-
cias: de Bourbouze, que em 1870,
durante o cêrco de Paris, concebeu
a ideia enmeApaNA de transmitir des-
pachos pelo Sena. |
“A primeira diligência feita no sen-
tido de ligar telegráficamente duas
estações, servindo-se da terra como
condutor, (via telúrica) data de 1892
e é atribuida ao engenheiro inglês.
Preece, que conseguiu estabelecer
uma comunicação entre as duas mar-
gens do canal de Bristol, a uma dis-
tância de 5 quilómetros. Se compa-
rarmos esta experiência inicial e o
seu frato alcance com o prodígio, que
mal nos contenta actualmente, de te-
legrafarmos a muitas centenas de
quilômetros, parecer-nos há aquela
uma infantilidade, como a lembran-
ça histórica das primeiras velocida-
des conseguidas hesitantemente pela
locomoção a vapor, dé 6 a 8 quiló-
metros à hora, nos fazem sorrir con-
tando-seguramente com os-rapidis-
-Simos transportes de hoje.
Collins na América aperfeiçoou o
sistema de comunicações terrestres,
interpondo no circuito um arco vol-
taico, cujas vibrações seriam tradu-
zidas por- um micrófono posto em
derivação sôbre aguele circuito. Ou-
tros inventos fôram experimentados,
sem que se obtivesse mais de que
um fraco efeito. Conclui-se, portan-
to, que a comunicação pelas ondas
propagadas pela terra (ondas telúri-
cas) só pode ser utilizada para pe-
quenas distâncias.
– Numa. fase ulterior da telefonia
sem fio, tentou-se aproveitar as on-
das luminosas, para o que é neces-
sário que. os postos sejam visíveis
um do outro, São muito curiosas as
experiências feitas nêste sentido, ini-
ciadas há muitos anos pelo próprio au-
tor do telefono, Grahambell, (1880),
mas insuficientes na prática, care-
cendo do emprêgo de aparelhos cus-
tosos e delicados, cuja regulação é
difícil e que servem na actualidade
para demonstrações elegantes de fi-
sica. À sua construção assenta prin-
cipalmente no conhecimento duma
propriedade do Selénio, a qual con-
siste na variação da condutabilidade
eléctrica. dêste metaloide, conforme
a incidência da luz. As variedades
de intensidade luniinosa, modifican-
do a resistência do Selénio à pas-
sagem: duma corrente eléctrica, po-
dem converter-se em vibrações so-
noras, dando origema comunicações
verbais perfeitamente audíveis. Ape-
zar dos aperfeiçoamentos introduzi-
dos por Ruhmer e Ancel, êste sis-
tema não logrou insinuar-se na prá-
tica. a o
* f
*
O advento das ondas hertzianas
veio modificar por completo os pro-
cessos de telefonia sem fio e cen-
tuplicar-lhe o alcance previsto. Os
primeiros tentames feitos por êste
modo. fôram os do engenheiro dina-
“marquês. Poulsen, que por seu tur-
no; poz em prática os resultados das
experiências notáveis de Thompson
e Duddell. A Rhumer deve-se tam-
bêm um. progresso-sensível na sen-
da aberta por aqueles inventores.
O sistema, que tem sofrido numero-
sas modificações, conforme os técni-
cos que o teem posto à prova, fun-
da-se principalmente nas proprieda-
des oscilatórias do arco: voltaico, pes:
las quais, em-certas circunstâncias,
êle merece a denominação de «can-
tante». “Trata-se da- produção duma
espécie de ondas pelo. arco. eléc-
trico, reproduzindo em ponto gran-
de o que uma simples faisca eléctri-
ca produz em ponto pequeno, isto é,
a formação de ondulações que amor-
tecem mais ou menos rápidamente,
ECO DA BEIRA
“separadas em grupos; que se po-
dem suceder em intervalos muito
curtos. Ê
Para que estas ondas possam ser
de efeito útil para a telefonia, é
precizo que rialmente êstes interva-
los sejam pequenos e pouco numero-
sos, para que o numero de períodos
sensíveis e de amplitudes iguais se-
ja da mesma ordem que o das ondu- :
lações sonoras. . E” por isso que a
telefonia sem fio aproveita sobretu-
do as ondas ininterruptas (entrete-
nues). Thompson descobriu que o
arco eléctrico é, em determinadas
condições, um gerador destas on-
das. Após esta revelação curiosa,
os físicos lançaram-se com avidez
no caminho esclarecido por ela e,
já no comêço dêste século, Duddell
preczou a maneira como o arco vol-
taico pode dar a nota musical, fe-
nómeno a que deram o nome de |
«arco cantante». Foi, porêm, Blondel
quem indicou claramente que êste
facto serviria para a geração de on-
das hertzianas aplicáveis à telegra-
fia e à telefonia, sem intermédio de
condutores metálicos. no
Estas ondulações são alteradas na
sua amplitude pelas vibrações da
voz e transmitidas através do espa-
ço vão influenciar a antena do posto
receptor. Nêste existe um aparê-
lho especialmente destinado a rece-
ber estas ondas modificadas (detec-
tor) e que percebe as-variações im-
pressas às ondas, comunicando-as
ao receptor telefónico, que as trans-
forma de novo em vibrações sono-
ras.
O arco produtor das oscilações
hertzianas forma-se entre um eléc-
trodo de carvão e outro de cobre
(positivo), numa atemosfera de hi-
-drogénio renovada, e está intercalado
no circuito primário dum transfor-
mador apropriado, cujo secundá-
rio se liga à antena. Sôbre a mesma
corrente acham-se ligados em deri-
vação o micrófono transmissor e
o telefono receptor, cada um com
a sua pilha. De modo que cada pos-
to é munido dum transmissor e dum
receptor.
Dêste aparêlho, de que damos
resumidamente a constituição típi-
ca, derivou, por sucessivos aper-
feiçoamentos, introduzidos por vários
experimentadores, a radiotelefonia,
tal como hoje se emprega, nas suas,
múltiplas aplicações práticas.
*
x *
Foi em França que primeiro se
serviram desta descoberta para a
conversação a grande distância. As
primeiras experiências fôram feitas
em 1908, entre Paris e Dieppe, por
“terra e depois por mar, entre Tou-
louse e Port-Vendres, por conta do
govêrno francês, pelos oficiais de
marinha Collin e Jeance, inventores
dum sistema especial, empregando
o «arco cantante» de Poulsen e Dud-
dell. Desde então, aos elementos de
perfeição introduzidos nos aparê-
lhos teem-se seguido resultados, ca-
– da vez mais apreciáveis, de duas
ordens: Maior alcance e considerá-
vel clareza de som.
As experiências repetidas com êxi-
to crescente e animador, principal-
mente no mar, tiveram por conse-
quência a oficialização. do sistema
e a sua entrada na prática corren-
“te. Dois navios de guerra da esqua-
dra do Mediterrâneo fôram provi-
dos de aparêlhos apropriados e as-
sim foi possível sustentar conversas
a 200 quilómetros, mesmo em cir-
cunstâncias atmosféricas desfavorá-
veis.
“> A: música e o canto são ouvidos
com maior facilidade, a distâncias
muito grandes. Fizeram-se tentati-
vas de intercepção, por meio de ou-
tros navios, que emitiam poderosís-
simas ondas electro-magnéticas, con-
seguindo apênas reduzir a distância
de audição efectiva.
O problema da independência e
exclusivismo de ondulações, dito de
sintonização, estabeleceu-se para a
rádio-telefonia como para a telegra-
fia sem fio. Porêm, como as ondas
são transmitidas com um determi-
nado comprimento, pode resolver-se
êste interessante problema afinando
os receptores, de modo a registarem
apênas as ondas dum certo com-
primento, com exclusão de outros, o
que tem por fim evitar qualquer
confusão nos despachos ou frases
trocadas entre os diferentes postos.
– Na América adoptaram O sistema
Forest desde 1911, a bordo dos na-
vios de guerra; assim tambêm 6 al-
mirantado inglês.
“A Trália serve-se do aperfeiçoa-
mento de Majorama, que tornou
possível a comunicação entre Roma
e San Giuliano, a 420 quilômetros.
Poulsen com o seu aparêlho co-
briu êste «record», telefonando pe-
lo seu processo entre Copenhague e
Berlim, a 460 quilómetros. E” certo,
porêm, que estas comunicações rá-
dio-teletónicas, para serem deveras
aproveitáveis devem ter uma limi-
tação de distância, pois que, o par-
tir de 240 quilómetros o som en-
fraquece necessáriamente e a pala-
vra tende a tornar-se menos distinta.
“E? fácil de compreender a utilida-
de que apresenta, particularmente
em ocasião de guerra, a troca de
comunicações telefónicas, que tem
sôbre as rádio telegráficas a’ vanta-
gem de serem menos fácilmente
interceptadas: e de se conservarem
confidenciais, abragendo, ainda as-
sim, respeitáveis distâncias. A te-
lefonia sem fio tem, portanto, a bor-
do dos barcos de guerra a sua apli-
cação mais importante, o que não
quer dizer que seja única. Este
sistema permite a quaisquer navios
comunicarem entre si e com as cos-
tas e, O que representa sem dúvida
inestimável vantagem, possúi a uti-
lidade de prevenir, por meio de en-
genhosos dispositórios, as colisões
iminentes no alto mar, cauzadas pe-
lo nevoeiro, ou ainda dar aviso da
aproximação de escolhos perigosos
ou de navios inimigos.
Pode dizer-se que a telefonia sem
fio não saiu ainda das esferas ofi-
ciais; não está por emquanto a pon-
to de entrar ao serviço do público;
“as esperanças são bem fundadas
de que a despeito dos progressos e
da extensão cada vez maior da rá-
dio-telegrafia, com a qual rivaliza,
aqueia virá a ser uma duplicação
marconiana, de utilidade geral.
J. Bethencourt Ferreira.
e
Doença das figueiras
As figueiras teem o seu grande
inimigo numa cochonilha scientifi-
camente chamada «Ceroplastis rus-
Si», que as ataca sem piedade,
Deve, pois, o agricultor estar sem-
pre preparado e vigilante contra ês-
se inimigo terrível, começando por
o combater logo na poda dos ramos
atacados pelo insecto. Esta poda se-
rá feita no inverno, e os ramos cor-
tados queimar-se-hão imediatamen-
fes
Entretanto, do fim do inverno ao
fim do verão, é precizo fazer o tra-
tamento preservativo das picadas do
«Ceroplastis», tratamento que con-
“siste em pulverizar as árvores com
o seguinte líquido :
Agua, 8 litros; óleo de alcatrão ve-
getal, 2 litros; carbonato de soda,
neutro, 7 decilitros. >
Estas pulverizações são as de in-
verno; as de primavera fazem-se
com o líquido seguinte :
Agua, 3 litros; sabão mole, 1 li-
tro; óleo de alcatrão vegetal, 1 li-
tro. Ferve-se a água com o sabão
dentro, e vai-se-lhe deitando, pouco
a pouco, o óleo de alcatrão. Aplica-
se depois de frio.
Repete-se durante o verão a pul-
verização da primavera, de quinze
em quinze dias. O líquido deve sem-
pre molhar bem as extremidades dos
novos ramos e as nervuras das fô-
lhas. Fazem-se tambêm algumas pul-
verizações de cima para baixo e ou-
tras de dentro para fóra da copa da
árvore, o
* ANUNCIOS.
LINDA VIVENDA
CERTÁÃ
Situada em Santo António, ven-
de-se por 3 mil escudos, acabada
de construir, com quintais, bom ar-
mazêm: e lojas, com 2 andares e pô-
ço em exploração. Pode. ser paga
em prestações ou como. se – combi-
nar. Dirigir a Carlos -Santos,-na |
mesma, ou a José do-Vale, avenida
Sá da Bandeira-—Coimbra..
Carro de aluguer
Preços baratissimos. Pedidos a
Acácio Lima Macêdo. :
FERIDA
Castanheiro do Japão
“O unico que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão.
O castanheiro japonez ofere- :
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem-oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não so ao norte do
nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro |
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
mento magnifico.
O castanheiro japonez acha-
se à venda em casa de Manuel
=
Rodrigues, Pedrogam Grande.
PROFESSOR DE INGLÊS
Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol.
GUARDA-LIVROS
Escrituração comercial e agrícola
Correspondencia.
Trata-se com F. Tedeschi, Ser-
nache do Bomjardim.
Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a;Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim. EO LA
Quem pretender ou desejar es-
“clarecimentos, dirija se ao sr. João
Carlos de Almeida e Silva, de
SERNACHE DO BOMJARDIM
CARREIRA DE AUTOMOVEL
No dia 18 de Maio começou a
carreira de automovel de Barqueiro
(Alvaiázere) a Paialvo «e de Paialvo
a Figueiró dos Vinhos. Começou a
fazer carreira a 19 de Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa.
Parte o automovel de Barqueiro
todas as terças ‘e sextas-feiras ás 16
horas para Paialvo.
Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do comboio
correio em d’recção a Certã saindo
dal ás 15 horas novamente para
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró dos Vinhos ás quintas feiras
e domingos depois do comboio
correia, Preços resumidos.
Lemos, Pedro, Santos AGE
@@@ 4 @@@
FEST
ECO. Es BEIRA
= “PULLMS AN”
OD! carro modêélo ideal |
Acaba tg ser. introduzido no nosso mercado esta soerha Marta de amtomóreis:
TORPEDO MODELO 1914
6 cilindros em dois blocos: 957/,>X<133″/n46,5 HP a 1200 rotações.
Allumage: Bosch alta tensão.
Mudança de velocidades: Electrica Vulcan.
Huminação: Electrica Westinghouse.
Conta-kilómetros: Stewart.
Mise-ensmarche: Electrica-Westinghouse.
Roda sobreécelente, Faroes e lanterna, Busina electric, Bomba-
enche-pneumáticos e Capota
– Em outros países teem estes carros já obtido o mais apar su-
cesso, | porque, alêm de. supiantar todos os aperfeiçoamentos introduzidos
nos de óutros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez da sua
construção, elegância, velocidade, duração e economia de. “combustivel.
Teem uma longa distância entr: os eixos, baixo centro de gravidade,
todas largas com grandes pneumáticos, eta sistema de. lubrificação au-
romática e estofamento Turkish de 11”.
A sua marcha é da maior confiança, tanto nas tuas: das cidadeR “como
nas peióres estradas de rodagem e nas subidas não teem rival.
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do que os dé todos os outros carros de luxo até hoje a no nosso
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mom… e E 7oo »
a ande SO na ss os >
» pequeno… Er E a a 0 s
Para as «províncias acresce mais 100 réis por aprélho.
– . Todos os pedidos devem ser “dirigidos E
FRANCISCO SIMÕES
236, RUA DOS FANQUEIROS, 238—LISBOA
“Agua da. Foz da Certá,
A grid minero- iembdidial da Ho ida Ge 1ã apresenta uma “composição
quimica que a distingue de todas as outras até hoje, uzadas na terapeuticas
E* empregada-com segura vantagem da Diabetes—Dispepsias— Catar-
“ros gasiricos; putridos ou parasitarios;—nas preversões digestinas deriradas
“ das doenças infeciosas;—na- convalescença das febres graves; —nas atonisa
gasiricas dos diabeticos, tuber culosos, br ighticos, etc;—no gastr icismo dos
expgotados pelos excessos ou privações, etc.; etc.
Mostra. a análise bateriologica: que a “Agua da Fox da Certã, tal” comio
se encontra nas garrafas, deve ser considerada como microbicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das – especies patogencas
que podem existir em aguas: Alem disso, gosa dv uma cérta acção microbi-
cida O B.. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios BRR Ee re-
sistencia maior.
‘ A Aguada Foz da Gertã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le-
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer e com
Ram DEPOSITO GERAL
RUA. DOS. FANQUEIROS— 84—LISB A
“— “Telefone 2168 2168