Eco da Beira nº52 12-09-1915
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Assinaturas:
AJ cd ns y rp2o
Semestre 4.3… .-.. -jotnsihõos
Brazil (moeda brazileira). .. -5ãpooó
Anuncios, na 3.º e 4.2 página 2.cen-
tavos a linha ou espaço de linha”…
Ea
EEE
Editor e administra
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N
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Responsabilidades
Fechou o parliâménto e deve |
reabrir em 5 de Outubro para
eleito assuma as altas funções
de Chefe do Estado.
“que o Presidente da Republica, E
E” da praxe—-e o costume faz –
lei—apresentar o govêrno por
essa ocasião a sua demissão co-.
lectiva, sendo ou não aceite…
O que fará o sr: dr. Bernar-
dino Machado RES eso ss du
Seguir a indicação constitu-.
Cibnal, DOf CerlO. ebi secou ola
E esta é incontestávelmente
a de um govêrno partidário, for-:
mado do partido que no Con-
gresso tem maioria. .
Não poderá fazer-se, outra
coisa. Listas
O ministério, porêm, que se
organizar tem de ser muito esco-
lhido e nêle deve entrar o me-
lhor que tiver o Partido Repu-
blicano Português.
E’,um governo que vai ter
diatas e uma delicadíssima e
enérgica missão .a cumprir, não
podendo por isso deixar de ser
formado pela gema intelectual
dos mais qualificados republica-
nos.
Pelas circunstâncias financei-
ras e económicas que atravessã-
mos, como. quasi-todas as na-
ções, para a pasta das finanças
tem de ir, naturalmente, o dr.
Afonso Costa, por que só êle po-
derá com.a sua vontade de fer-
to, valor intelectivo; e prepara-
ção especial, resolver os proble-
mas de dificil solução enunciados
naquele ministério. Preenchido
assim aquele lugar, incontestá-
velmente o de maior importân-
cia, magnitude e dificuldade, fi-
cando tambêm o grande esta-
dista com a presidência. do mi-
nistério, as outras; pastas. terão
quem bein as saiba honrar, hoo»
randoo nosso partido.
grandes responsabilidades ime- |
““Não devem deixar de ponde-
rar que nunca, como agora, se
torna necessário que os minis-
tros vejam pelos seus olhos, e
não pelos dos directores gerais,
“como agora e há tanto tempo
está acontecendo no ministério
das finanças, todos os ;assuntos
a resolver e-medidas, a; promul-
gar. E vá E É –
Mas se a responsabilidade do
govêrno é enorme, a das oposi-
ções não é, talvez, menor, por-
que delas depende muitas vezes
a boa ou má orientação dos mi-
“nistérios.
A oposição que; combate sis-
temáticamente tudo e por tudo,
dificulta a natúral marcha do mi-
– nistério, fazendo-lhe retardar me-
didas, frustrando-lhe outras e in-
compatibilizando-se de tal ma-
neira com’ o bom senso que,
quanto mais combate mais se
afasta das cadeiras do poder,
‘ não podendo dar garantias de
futuro govêrno e dissolvendo-se
sem terem alcançado os fins que
tinha em vista.
Uma oposição criteriosa e ho-
nesta, por mais veemente que .|
seja à sua atitude, é sempre uma
garantia fiscalizadora e sucesso-
“ra do govêrno que combate. Ao
contrário, à oposição que com-
bate desordenadamente, sem
convicções nem princípios, nem
razão, traz nas suas normas o
veneno que a há-de liquidar em
breves dias, execrada pelos pró-
prios correligionários.
Vamos, pois, em breve entrar
num periodo em que todos te-
mos de ter muito juízo, êsse jui-
zo porque o pais há muito espe-
ra resignadamente e que hoje,
mais do que nunca, merece.
Cada um no seu posto, mas
todos com a Pátria-nos olhos -e
no coração. .
Gimnásio de Castelo
Branco |.
“O nosso amigo”sr. Gastão Cor-
reia Mendes, que tomou’uma, parte
muito activa e com muita proficiên-
cia na discussão do orçamento do
Ministério da Instrução, conseguiu
que nêle fôsse incluída a verba de
1:200:600, com destino” a obras no
Gimnásio-de Gastelo Branco.
Demonstra assim o ilustre depu-
tado por êste círculo o zêlo que lhe
merecem os interesses dêste distri-
to, o. que por outros actos tem afir-
mado, e ainda bem recentemente o
=:
vimos reclamando que. na reforma
da polícia lhe fôsse conservado o
mesmo . número de: guardas e não
reduzido, como se pretendia.
:
Hermínio Quintão
Saiu para Freixo de Espada-i-
-Cinta, sua terra natal, onde foi pas-
sar alguns dias com sua família, ês-
te nosso amigo, digno reitor do Co-
légio das Missões e presidente da
Comissão Executiva da Câmara Mu-
nicipal,.
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DIRECTOR — ABILI
BLICANO DEMOCRATICO
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SERNACHE DO BOMJÁRDIM .
Publicação na € Ara o
É “Redacção é administração“ em”
MARÇAL REG
eo e Composto é impresso há Tipografia Loiriansó
TO RIBEIRO É : LEIRIA Certo
Er or Adrião David A
A HISTÓRIA!
Transcrevemos do Pais:
«O célebre decreto 141,0 tal que
talhou fatias para os revolucioná-
rios do 14 de Maio, deu scenas edi-
ficantissimas, sendo uma das mais
interessantes a que vamos: contar, é
que só hoje nos-chegou-ao conheci-
mento. Ê o sis
O deputado da maioria democrá-
tica, sr. Abílio Marçal, achou pouca
vergonha grossa demais, aquela de
se nomearem revolucionários para
empregos públicos, só por serem
revolucionários, ‘e inspirado por um
escrúpúlo muito digno, permitiu-se
lembrar no Parlamento que: seria
muito conveniente que os revolúcio-
nários fizessem um concurso, antes
de serem providos nos lugares.
“Cláro que o alvitre, por ser di-
gno, por ser honesto, por ser repu-
blicano, foi reprovado. e
O sr. Abilio Marçal, não sabemos
se enojado ou’ não, retirou-se” do
Parlamento é tomou um carro para
o Camões. Ea
A certa altura do trajecto, uma
horda de revolucionários assaltou o
carro e pergunta ao sr. Marçal:
— Oh seu… (os leitores: calcu-
lam qual seria a delicada palavra),
então nós fizemos o 14 de Maio pa-
ra fazer concursos ?…
O sr. Marçal ficou inteiro, por-
que os outros passageiros do carro,
por acaso, não se atiraram pela ja-
nela, e fizeram frente aos dignos
patriotas que, como autenticos va-
lêntes que são, retiraram, porque
não sabem bater em quem-se deé-
fende. TH
Nada que aquilo doe…»
A emenda foi aprovada, e, assim
com ela o sr. dr.: Abílio Marçal
aprovou o projecto.
,
– Esteve, porêm, até o fim da ses-
-são, veio nessa noite pelo Conde
Barão e não por Camões e nem se-
quer viu um revolucionário !..«.
O resto deve estar certo!
Colégio das Missões
O nosso presado amigo sr. capi-
tão Pina Lopes, digno senador por
– Êste distrito, propoz no Senado, e
êste aprovou, que se incluísse no or-
çamento a verba de 2:000:;%00 como
subsídio para a conclusão. das obras
de construção da biblioteca e obser-
vatório do Colégio das Missões.
– O. partido democrático neste dis-
trito soube escolher para seus re:
presentantes, em Góôrtes cidadãos
que deveras se interessam pelo pro-
gresso e melhoramentos dêste cír-.
culo. :
Registamos com. prazer esta ini-
ciativa do ilustre senador, de quem
muito tem a esperar esta região.
– Este concelho vai ter em breve
êste importante melhoramento-—um
“observatório meteorológico e uma
biblioteca pública, pois nos consta
que o sr. director do Colégio das
Missões, depois de a haver instala-
do convenientemente, a abrirá ao
público, Rs ,
Ê
!
Pelo sr. dr. Sérgio Tarouca, di-
gno deputado pelo: círculo da Coyi-
lhã, foi apresentado ‘ na: câmara «dos
deputados um projecto de lei crian-
do no antigo Colégio de S.-Fiel um’
instituto médico pedagógico, acom-
panhando a sua apresentação de: ju-
diciosas considerações que, ao-mes-
mo tempo reveláram um.grande es-
tudo e profundo. conhecimento. do
assunto: na mebssibab | eta bd
“Qssr. dr. Tarouca-é, pelos; seus
recursos intelectuais e oratórios, um
parlamentar de largo futuro e será
sem dúvida um: zeloso, representan-
te do-seu; círculo. 1 Orsa RaTtins
Sôbre o seu projecto de lei diz. a
«Capital».
Tratamento dos anormais
Projocta-so criar em 8. Fiel, um “instituto
para os recolher
O sr. Sérgio Tarouca levon-hoje-à Câma-
ta-dos Deputados, de, que faz, parte, um pro-
Jjecto interessante. Tem êle por fim criar no
antigó Colégio dos Jesuitas, em S. Fiel, um
instituto médico-pedagógico, para educação
de menores anormais. Esse instituto terá por
fim corrigir e educar as crianças que lhe fo-
rem entregues pela Tutoria da Infância ou
pelas instituições dependentes da Federação
Nacional dos amigos da infância, que sofram
de doenças mentais, fraqueza de espírito,
epilepsia, histeria ou instabilidade mental, e
bem assim os .que-sofrem detaras menos
acentuadas. O instituto funcionará em se-
cções especiais, conforme a natureza € acen-
tuação: das taras de que sofrerem os “inter-
nados. i E
Os alienados serão recolhidos em pavilhão
à parte. Dirigirá o futuro instituto um médi-
co, e o pessoal será todo especializado, -po-
dendo fazer parte dêle os professores: primá-
rios mais distintos, indicados pelos inspecto-
tes. O projecto determina minuciosamente
as funções do pessoal do instituto, que são
curiosas e que se chegarem a ser discutidas
bem merecem a atenção do Parlamento.:
é ã ; se o Si
Festa militar:
Sobre a forma porque em Serna-
che foram recebidas as fôrças mili-
tares que por ali passaram em exer-
cicios de escola de repetição, escre-
ve o nosso presado colega, Mundo:
«Sernache do: Bomjardim,3-O diacde
ontem foi de caloroso regosijo para
esta povoação. Chegaram aqui, vin-
dos de Abrantes, os contingentes
imilitares da escola de repetição“que
foram recebidos ‘com-entusiasmo.
As senhoras das janelas lançaram-
-lhe flores, é, quando os soldados
formaram: no largo’do Colégio, foi
ali uma comissão de meninas dis-
tribuir-lhes charutos, ao-mesmo tem-
pô que convidavam os oficiais“a vi-
sitar à noite, o’ Club Bomjardim,
convite que. estes aceitaram. Com-
pareceram, pelas 22 horas, na agre-
miação onde lhes foi oferecida uma
taça de champagne, brindando nes-
sa ocasião..os/ srs; dr. Virgílio e
Carlos Santos, e. D. Carmelina: Mar-
çal, pelas damas de Sernache. Res-
pondeu-lhes:o sr, major, Cadaval, e
outros oficiais, que se mostraram
reconhecidos. pela festiva recepção,
que lhes acabava de ser feita. De-
pois. danisou-se. animadamente.; As
“tropas é a oficialidade pernoitaram
no colégio das missões, que;à sua
€ue;à sua
€
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disposição havia posto o seu dire-
tor e nosso querido amigo, dr. Abi-
lio Marçal. Retiraram no dia seguin-
te, ainda entre festivas aclamações
desta povoação que se honrou com
tão patriótica manifestação.»
Foi realmente uma festa bem re-
publicana, bem patriótica, bem di-
gna duma povoação hospedeira e
carinhosa !
Daqui sairam todos—praças-e ofi-
ciais—com agradáveis recordações,
e não menos agradaveis as deixa-
ram em todos nós…
Daqui lhes enviamos, a todos, as
nossas, saudações, cheias de fé re-
publicana e de alegria por vermos
que esta nossa queridaterra se hon-
ra. recebendo tão dignamente um
contingente do. exército português.
Ss
>
o
“ EXPLICAÇÃO
“Num dos últimos números dêete
jornal fez-se a afirmação de’que o sr.
padre José Adriano de Oliveira Braz,
pároco de Serpache, «me deve favo-
res inapreciáveis.» RO
‘Não- éassim oo 4 C>1bom cio)
Não me deve favores de espécie.
alguma nem que mos devesse, eu os
*inivocaria-por tal’fórma, um tanto im-
pertinente. Fui amigo do padre José
Adriano, mui dedicadamente, e dêle
recebi tambêm provas de sinceraes-
tima, ; É tos HE
“Rui é sou. Cos Ho
“ Asnossas relações de amizade per-
mitiram-me ter com êle úma-mui de-
morada intimidade e bem possível é
que não lhe fôsse de todo inútil a
md ama a
Se alguns servicos lhe prestéi por
demais compensado me dou-com. o
prazer que daí me adveio e êles só
valeram como afirmação da minha
sincera: afeição. Eu; nestas contas,
com amigos que dedicadamente’es-
timo, nunca tenho saldo a meu fa-
vor–estou sempre em divida e des-
contos com o prazer que me fica de
lhes ser útil. Ra aço
“- Estas nossas relações eram do
desagrado de certos indivíduos que,
por: todos:-os modos. procuraram e
conseguiram perturbá-las. Certo é
que o padre José Adriano, depondo
numa sindicância a certos actos do
Colégio das missões,:com que eu
nada tinha, deu-me como autor du-
ma revolta.
Risme!
“Estou convencido que êle depôz
com a convicção de quem afirma
uma verdade e não de quem faz um
juramento falso,
Presto-esta homenagem à hones-
tidade do seu carácter.
Ele acreditara umas caraminholas
que lhe meteram na cabeça indiví-
duos que; chamados depois a depôr,
disseram que nada sabiam.
Achei-lhes graça! .
– Não desmenti.
“Sampaio foi uma vez acuzado num
jornal de, numa. briga, ter matado
um homem… qo :
Quando lhe perguntaram porque
êle não desmentiaa-calúmia, respon-
dels oico: E OL mas
-——Não: sempre é bom a gente ter
a-fama de valentão!
A mim também me-agradou essa
fama, de ter feito uma revolta em
três dias. E
‘As recordações, pois, que conser-
vo de- tais fáctos são agradáveis e
não de:reserva tôrva; como: poderia
depreender-se das. referências, que
nêste jornal lhe são feitas, com; des-
conhecimento meu. a
* Consórcio |
O nosso amigo António Baptista
Ribeiro, ex-empregado do comércio
em Sernache, onde deixou saúda-
des, e actualmente 1.º empregado
da Papelaria Lourenço, em Angrá
do Heroismo, vai casar com a ex.ma
sr.* D. Guilhermina Moniz de Sou-
sa Côrte Rial, professora diplomada
naquela ilha. ne
“E” um casamento auspicioso;
ECO: DA: BEIRA
A noiva é uma senhora de fina
inteligência e de primorosas quali-
dades : o noivo um excelente rapaz
e trabalhador.
Enviamos-lhes, por isso, as nos-
sas felicitações. a
Numa das últimas sessões da Cà-
mara dos Deputados, o sr. dr. Abi-
lio-Marçal referiu-se a êste momen-
toso assunto. -. =. 2.
Como ‘o extracto parlamentar do
“Diário de Notícias é o que mais-
Se aproxima do que disse aquele de-.
– putado, para aqui O transcrevemos :
«O sr. Abílio Marçal (democrá-
tico) chama a atenção do govêrno
para o facto, noticiado pelos jornais,
de terem partido recentemente para
a Africa Portuguesa 15 missionários
estrangeiros… a
Este caso, aparentemente inocen-
te, é para nós de alguma importân-
cia e para êle se permite: chamar a
atenção do govêrno.
O acto geral da: conferência de
Berlim, a nossa: convenção com a
Inglaterra, de 20 de-Maio de 1891
e a acta da conferência de Bruxelas,
de 24 de: Março de 1892, abriram.
as nossas colônias | de | Moçambigue .
e: Angola às missões de. todas as
confissões religiosas e de. todas as
nacionalidades: e assim era que,
em 1908, havia em Angola 47 mis-
sões; estrangeiras e-sómente;3 por-
tuguesas. sshisd em ssidan
“O número das: estrangeiras ele-
vou-se em:1911 a 69, mantendo nós
aquele número-de 3, alêm de alguns
postos mal «subsidiados: e em que
apenas brilham a dedicação e o pa-
triotismo dos missionários portu-
gueses OBO, GoisiÁ QUA O
Mas: estas mesmas, missões vão
em breve vagar pela retirada dos
missionários e dentro de pouco tem-
po:;a nossa bandeira não tremulará
numa única missão em toda a Afri-
ca Portuguesa!
Esta: situação é grave neste mo-
mento histórico e pode ser amanhã
de incúria indefensável.
Na conferência de paz que se há
de seguir; à esta grande conflagra-
ção, o problema colonial será posto
com uma grande nitidez e em pri-
meira plana, e bem mal nos irá se
tivermos aqueles. nossos dominios
abandonados como se não tivessem
dono e bem má conta daremos da
maneira como cumprimos as obri-
gações que contraímos nesses. con-
gressos internacionais. |
Todos êsses missionários: estran-
geiros entram nos nossos dominios,
internam-se e instalam-se, vivem e
trabalham sem sujeição alguma às
nossas leis e as nossas autoridades.
“ Cada missão: é, senão um: centro
de conspiração contra a nossa ‘so-
berania, pelo menos um foco de per-
turbação da nossa vida administra-
tiva e não poucas vezes um perigo
e uma afronta ao nosso dominio.
– Contou, à propósito, o… caso. dos
missionários wesleianos’ terem mon-
tado em território português uma
estação postal em que vendiam es-
tampilhas inglêsas e aqueloutro do
padre Campána dizendo num re-
latório para Paris, que estavá cri-
ando filhos para Deus e subditos pa-
raa França. PRO Oro
E” précizo regular a sua existên-
cia, fiscalizar os seus actos e respei-
tar é fazer-lhes respeitar às nossas
leis, que a liberdade, que lhes pro-.
vêm das convenções internacionais,
não colide com o nosso direito de
vigilância que; resulta do exercício
da nossa soberania.
Pede, pois, ao govêrno, que sem
demora faça seguir para a Africa os
agentes de civilização que nos dois
últimos anos saíram do Colégio das
Missões, já com o curso da Escola
Colonial, de forma a ‘ ocuparem as
missões que venham a ser abando-
nadas pelos missionários e a funda-
rem outras. eat
Desejaria bem que o clero acei-
tasse as garantias que lhe dá o de-
4
LITERATURA
Messe vitoriosa
Terra de Portugal, floresce de bandeiras !
Da aridez da charneca à doçura das leiras
Das cidades febris às praias melodiosas,
Floresce n’um vergel de bandeiras formosas,
Desfralda, ao vento e ao sol, a ardente Primavera,
Em que-a alma da Pátria irrompe, sonha—e espera!
Quero vêr; no ondular d’uma chama insofrida,
Fulgir de Norte a Sul a messe apetecida a
Como um fogo lustral em cujo resplendor : e
Se queima o desespêro e acende mais o amor!
‘ Quero ouvir, no enrolar d’uma vaga que espuma
Cada bandeira erguer o seu ritmo e uma a uma
Desferir, tremulando, um cântico de glória!
Quero escutar passando um rumor de vitória, .
O mistério de fôrça, a profunda ambição
Que sobe para o céu da imensa floração!
E irmanado por fim ao desejo divino.
Que é-todo o seu perfume é seiva-excepcional,
Sentir que n’ela acorda o teu maior destino, .,
Grande Pátria de Herois, Terra de Portugal!…
wh! sempre o teu Destino o soubeste cumprir, ‘
Pátria de Herois! O Mar que ensina a sorrir,
Ensinou-te a vencer e a dominar tambêm.
E hoje, que em ti soluça uma queixa de Mãe,
Hoje que a mágua esfria e curva à tua fronte,
Sonhando o coração que emfim te desafronte
Da ofensa Jeslial, do insulto sem. defesa.
“—Hoje—não tens senão que nos dizer ;—parti.
Filhos da minha fôrça e da minha beleza,
Filhos por quem amei, filhos por quem sofri!
O meu Passado exige à vossa decisão,
O mesmo ardor confiado, a mesma exaltação
Que dantes fez arquear, mais belas de arrogância,
As prôas dos galeões, sequiosas de distância!
Ide! O sonho é maior que o recéio da morte!
Se há-quem luta e combate é pelo vosso ideal,
“Eentre-os:mil pavilhões, brilhando ‘ao’sol’ do Norte,
Falta. o vosso pendão, Herois de Portugal!
Por isso florescei, bandeiras, tremulai!
“Tremulando, chamai os corações da gente!
Florescendo,-chamai nossas almas, chama!
Quem não. quer vir colher esta messe fremente?
Quem não quer levantar em suas mãos de luta,
O estandarte viril, a bandeira impoluta
Onde canta e perdura a ousadia da raça,
Onde a história revive e um sôpro altivo passa ?
E” precizo coroar, d’essa palpitação,
A márcha heróica d’uma anciosa multidão !
E entre as balas silvando, e o fumo e a mortandade
Caminhar, caminhar, ébrios de Liberdade,
Caminhar para alêm do’solo que nos prende,
Caminhar, sarça ardente, à vitória imortal
—Bandeiras tremulando, em que ao Porvir ascende
O teu sonho maior, Terra de Portugal!
29 de Agosto de 1915.
João de Barros.
Estes versos fôram recitados pelo ilustre actor Henrique Alves na
festa realizada no Coliseu de Lisboa.
creto de 22 de Novembro de 1913,
concedendo-lhe terrenos, passagens
gratuitas é subsídios. Seria até uma
boa e patriótica plataforma de en-
tendimento e. reconciliação. com. o
Estado, tão necessária à Igreja e à
“ República.
Crie o Estado as missões civiliza-
doras e a Igreja as suas missões re-
ligiosas e cada uma com os seus di-
versos fins, a sua diversa orienta-
ção, mas cada uma na sua esfera
auxiliando-se é dando as mãos pára
por igual lutarem e vencerem a im-
piedade, a ignorância era indolência
do gentio, na inspiração do mesmo
bem comum e dos supremos inte-
resses da Pátria.»
lei que dura 488 anos
Foi quanto durou a que estabele-
ceu a era de Cristo em substituição
da de Cezar. Durou desde 22 de
Agosto de 1423, e foi revogada em
8 de Outubro de r9g1o.
E”, que nos conste, a lei de mais
longa duração.
– Vem nas ordenações, Liv. 4.º
1. 000
Dizia assim:
«ElRey Dom Joham da famosa e
excellente -memoria em seu tempo
fez Ley em esta forma, que sé’se-
ue:
«Manda. ElRey a. todolos “Tabal-
liaães e Escripvaães do seu Regno
e Senhorio, que daqui em diente em
todolos contrautos é escripturas, que
fezerem, ponham Anno do Naci-
mento de Nosso Senhor Jesu Chris-
to, assi como ante soyam:a poer Era
de Cesar: e esto lhes manda que fa-
cam assi, sob pena de privaçom dos
Offícios.
«Poblicado foi assi o dito Manda-
do do dito Senhor na Cidade de Lix-
boa per mim.Philipe Affonso Loguo-
– Teente do Escrivam da Chancella-
ria nos Paaços d’ElRey perante Die-
go Affonso do Paão, Ouvidor na sua
Corte, que assi em audiencia, aos
vinte e dous dias d’ Agosto Anno do
Nacimento de Nosso Senhor Jesu.
Christo. de mil e quatrocentos vinte
e doUS annos, .. quis. o
«E vista per nós a dita Ley, man-
damosique se guarde, como em ella
he contheudo.»
As revoluções !
Libánio Girão
Com sua ex.ma família partiu pa-.
ra a Figueira da Foz, onde passará
o mês de Setembro, êste nosso bom
amigo. ass
5
FASs
5
FAS
@@@ 3 @@@
“Na guerra
Treze membros da família
Bulow já mortos na guerra
A família do antigo chanceler
alemão príncipe de-Bulow, que-ain-
da recentemente exerceu as funções
de embaixador, tem na guerra 107
dos seus; membros. “Treze dêles fo-
ram já mortos, segundo noticia o
jornal Mechlemburger Nachrichten,
nas seguintes circunstâncias :
1—Na manhã de 7 de Agosto de
1914, na Bélgica, com um tiro dis-
parado à traição por um franco-ati- –
rador, o-general comandante da 9.º
divisão de. cavalaria Carl Ulrich .
de. Bulow, irmão do. principe. de
Bulow.
2—A 19 de Agosto de 1914, Fre-
derico de Bulow, fideicomissário em
Bothkamp, tenente no regimento
das Gardes du corps, comissionado
no ministério dos estrangeiros, e
que nessa data pertência a um regi-
mento de ulanos de reserva, “foi:
morto durante um recontro de pa-
trulhas na região de Seille-sur-Meu-
se, na Bélgica. o
3—A 15 de Setembro de 1914,
Vicco de Bulow, tenente, morto du-
rante um assalto a uma colina pró-
ximo de Cernay.
– 44-20 de Setembro de 1914,
Krato de Bulow, major. A 6 do
mesmo mês fora atingido em Ju-
vincourt por um-tiro na cabeça. Su-
cumbiu ao ferimento no hospital de
sangue de Diedencourt. |
5—A 28 de Setembro de 1914,
num recontro de. patrulhas ao. sul,
de Arras, morreu “Hans de Bulow, |
tenente de reserva.
6—A 5 de Outubro, em Guráwka
(Rússia), coube a sorte a Gottfrêdo,
conde de Bulow-von Dennervitz, te- ;
nente comandante;da companhia no
regimento de fuzileiros n.º 33,
7—A3 de Dezembro de 1914,
ferido por uma bala perdida, mor-
reu. Bodo, barão de Bulow, capitão.
Conversava comalguns camaradas
seus em Bucquoi quando foi atin-
gido. ion
8—A 83 de Dezembro. morreu na
batalha naval de. Falkland, Max de.
Bulow, filho do finado general Adol-
fo Bulow. Era 1.º oficial do Nurn-
berg.
—A 12 de Dezembro, o ajudan-
te de batalhão Curt de Bulow mor-
reu num assalto próximo de Koru-
kow, ao norte de Lowicz (Rússia).
1o—A 20 de Fevereiro de 1915,
morreu na Polónia, próximo de Bia-
lazew, Frederico de Bulow, Land-
marschall hereditário do ducado de
Lanenburg, fideicomissário em Gu-
cow e capitão de cavalaria da re-
serva.
II—A 22 de Abril de 1915, cou-
be a vez a Guilherme de Bulow,
major. Morreu nas Flandres com
um tiro na cabeça.
12-—No princípio dé Julho de
1915, Busso de Bulow, filho do ge-
neral feldmarschall. Bulow morreu
em aeroplano. Ei
13-Pela mesma época morreu
na Rússia Carl Werny de Bulow,
capitão, antigo ajudante de campo
do grão-duque: de Macklemburgo-
-Strelitz. ;
Em resumo, desde o começo: da
guerra, a família Bulow- perdeu 1
general, 2 majores, 3 capitães, 6
tenentes e r oficial de marinha.
“Entre soberanos
Reproduzimos do grande diário
russo: «Novoie Vrémia», atravez da
tradução inserta no belo semanário
«Espafia», a seguinte anedota:
“Guilherme TI interessa-se extraor-
dináriamente por que os seus ofi-
ciais se fardem com o escrupuloso
rigor que exigem as leis militares.
Por ocasião da última visita de
Afonso XIII a Berlim contam que
sucedeu este episódio: Depois duma
grande revista, a que o rei de Hes-
panha assistiu com uniforme de co-
ECO DA BEIRA
ronel prussiano, aproximou-se D.
“Afonso de Guilherme I a quem dis-
se: «Magestade, o rei de Hespa-
nha, coronel: do regimento de…
aguarda as ordens do seu chefe.»
«— Se o coronel do regimento
de… não fôsse o rei de Hespanha .
—respondeu Guilherme Il em tom
glacial —adverti-lo-ia de que no seu
“uniforme se vê perfeitamente uma
mancha de café francês.»
Era certo. Afonso XIII manchára
o dolman com uma gota de café
durante o almoço. Mas o rei não .
perdeu a presença de espírito.
«— Magestade, isso prova — res-
“pondeu—-que o rei de Hespanha fez
-mal em deixar o seu uniforme. de
general hespanhol e vai. imediata-
mente vesti-lo.»
E, ditas estas palavras, D. Afon-
-so saudou Guilherme II e saiu do
salão…
| Um» crime -na-floregta
— DDT ——
Era no calmoso estio. :
Os raios do sol dourado e abra-
-zador dardejavam sôbre aquelas co-
linas-que -mostravam já a relvaama-
relecida a transformar-se em feno,
Havia longos meses que da atmos-
fera límpida azul e despida de nuy-
vens não caia gota de água que re-,
frescasse a terra, vivificasse as plan-
tasie enchesse os ribeiros tortuosos
e palradores.. . é :
“»56 de manhã, ao-romper da au-
rora, depositadas nas fôlhas das
: plantas, puras. como pérolas, bri-
lhantes como cristais, as camarinhas
de orvalho, condensadas pela brisa
fresca e amena da madrugada, hu-
‘medeciam o ambiente e refrigera-
vam um pouco a natureza.
Aqui e acolá, de longe em longe;
um ou outro caprichoso arroio, fian-
“do puro e cristalino por entre as er-
vinhas que’nas suas margens ainda
verdejavam, alegrava o’campo com
suas verdes scintilações, dando-nos
a impressão de enorme serpente
que repousando solente ao calor do
sol, aguardasse descuidosa a época
letárgica que se avisinhava,
Um dêstes graciosos arroios, ex-
cesso de chorosa fontinha, derivava
lacrimoso: pelo bical carcomido de
velho tanque que recebia as suas
poucas águas de uma: mina aberta
na encosta de suave colina, escondi-
da entre ulmeiros seculares, freixos
verdejantes, frondosas faias e ele-
gantes choupos, numa promiscuida-
de artística e naturalmente encanta-
dora, produzindo ali, agrupados,
– sombra fresca é amena, aproveitada
pelo fatigado caminheiro. |
Essa escassa corrente. era a úni-
ca que ali abastecia os habitantes
do ar que com alegres trinados, sua-
ves gorgeios e ternas e sentidas mo-
-dulações deleitam o homem, ale-
gram o campo e dão vida é realce
a toda a natureza. Deslizava por ali
abaixo, em mil voltas caprichosas,
serpeando mansamente junto à sebe
de um pomar, no qual se ouvia o
canto modulado e meigo do melo-
dioso rouxinol e o.grito. estridente
e alegre do cantor das selvas. E ali
viveriam tranquilas e felizes as ave-
“Sinhas cantando, naquele recanto da
terra como em paraizo sem par, se
a cubiça e a maldade perversa’e
injustificável do género humano as
não perturbasse na sua paz e har-
monia invejável e comum.
se
ae *
Era pela manhã, ao romper da
aurora dum dêsses cálidos dias do
mês de Junho. es
Já, de longe em longe, a calhan-
dra madrugadora deixava ouvir o
seu canto matutino; o melro no bal-
seiro acordava com silvos: todo: o
povo alado, anunciando lhe a pró-
xima alvorada; as plantas humede-
cidas, pelo fresco rócio rescendiam
mil perfumes, embalsamando a at-
mosfera e não tardaria que o sol
aparecesse tambêm luminoso e san-
guineo, por detrás duns outeiros
que mal se esfumavam lá em baixo
ao fundo, no horizonte confuso e.
longínquo.
Junto ao gracioso «regato diviza-
vam-se uns vultos em movimento
continuo, como que ocupados por
grandes afazeres.
– Eram dois garotos da aldeia pró-
xima que construiam uma choça
com ramos “colhidos nas árvores
– vizinhas, para de dentro dela es-
preitarem as-avesinhas que viessem,
no uso dum direito natural, saciar
a sêde a que estão sujeitas, como
seres vivos que são, e então cruel e
desapiedadamente fazerem cair so-
bre elas, incautas e descuidadosas,
à rêdde traiçóeira “que” tinham. ar- :
mado e onde êsses inocentes bem-
feitores da agricultura e cooperado-
res infatigáveis do. bem estar da
humanidade, deveriám perder a li-
berdade e a vida. |
– Passados alguns instantes, deram
a choupana. por concluida e pressu-
rosos precipitaram-se dentro, entre-
gando-se a completo silêncio.
Momentos depois, as primeiras,
avesinhas que vêem beber, são fei-
tas prisjoneiras pelos rapazes per-.
versos e maus que não tinham a
mais leve noção do quanto são-úteis
os pequeninos e engraçados seres. A
cada puxão dado à rede sucedia uma
legião de passarinhos sacrificados à
ignorância -e à maldade e desamor
do homem, para com os seres infe-
riores da criação. E assim passaram
todo aquele dia macabro, -de morte
e devastação, destruindo aqueles mi-
mos da natureza “estransformando
aquele sítio, agradável-e encantador:
pelas suas belezas naturais, em tea-
tro duma monstruosidade inqualifi- –
cável, perversa, sem nômeé…
NE o att ad
* *
Estava quási a levantar-se a rede.
Ouve-se um leve bulício entre as ra-
mas de emaranhada sebe e penetra
no recinto da morte um melro ne-
gro e ligeiro em vôo apressado. Era
mais uma vítima que se vinha
juntar a: tantas outras. Não tarda
que seja prêsa tambêm dos rapazes
daninhos, que, com alegria sinistra
nos rôstos e um sorriso ferós e al-
var -a brincar-lhe nos labios, com a
existência lhe fizeram pagar o crime
deter, como êles, direito à vida.
E alt, no meio da floresta, ao pôr do.
sol, ao findar do dia, quando as som-
bras da noite vinham caindo vaga-
rosas e melancólicas, envolvendo a
terra em trévas profundas e silen-
ciosas; ao som monótono do choca-
lhar longinguo do rebanho que se
dirige ao redil, e do coaxar enfado-
nho da rã; entre o subtil murmúrio
da branda aragem, nas ramarias do
arvoredo. perfumado pelo aroma da
madresilva que cresce nos valados ;
no méio da natureza cheia de encan-
tos e quietação, deram morte à ave-
sinha que, depois de violentos estre-
meções e pios suplicantes e senti-
mentais, deixou de viver nas mãos
assassinas de tão crueis criaturas,
perpetrando-se assim mais um cri-.
me, nefando, cruel e injusto, produ-
to da ignoráncia, da maldade.e da
vergonhosa cubiça do homem.
R. Rosa.
Maneira de preservar as se-
menteiras das ervilhas dos
estragos dos roedores.
Para preservar os grãos de ervi-
lhas dos ataques dos ratos, e mes-
mo, dos das aves granivoras, deita-
-se, em uma vasilha de loiça vidra-
da, a quantidade de grãos de ervi-
lhas de que se carecer para a se-
menteira, e, em seguida, cobrem-se
com ferrugem de chaminé e petró-
leo, em quantidade suficiente para
que todos os grãos fiquem bem en-
volvidos em uma camada de ferru-
Semp e!
– Após uma imersão de meia hora
neste preparado, que não tira às er-
vilhas nenhuma das suas proprieda-
des vegetativas, semeiam-se logo ou
deixam-se secar primeiro e semeiam-
se depois.
e
SIR EEN
Os roedores não tocam, por maior
que seja a sua fome, nas sementes
de ervilhas assim preparadas.
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Castanheiro do Japão
O unico que resiste à terrivel
“moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem prodúzido-nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão.
– Q. castanheiro. japonez ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem” oferecido no
“ caso da doença dá antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas: As experiencias teem
“sido -feitas- não -só -ao-norte do
nosso pais mas principalmente
“em França, onde o castanheiro
foi primeiro, que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se. os soutos. já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um rendi-
“mento magnifico.
O custanheiro: japonez acha-
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todas as terças e sextas-feiras ás 16
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Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do comboio .
correio em direcção a Certã saindo
dali ás 15 horas novamente para
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exgotados pelos excessos ou privações, etc., etc. “: a
Mostra-a analise bateriologica que a “Agua da Foz da Certã. tal cbmo
se encontra nas garrafas, deve ser consideráda como microbicamente
pura: não contendo colibacitlo, nem nenhuma das especies patogencas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-
cida. O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco tempo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios apresentam porém re-
sistencia maior.
A Agua da Foz da Certã não tem gazes livres, é limpida, de sabor le-
vemente acido, muito agradavel quer bebida pura, quer. misturada com
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