Eco da Beira nº4 13-03-1910
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No 4 Fere q
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SECRETARIO
CARDOSO GUEDES
— mingo, 18 do Março de 1910
Proprietario e diretor -ABILIO DAVID ERNESTO COELHO
ADMINISTRADOR
Condições d’assignatura
Reino — Anno, 14400; semestre, 700. Brazil — Anno, 29b500,
moeda forte. Africa — Anno, 23000. Paizes da União Postal —
Anno, 24200. Fóra da Sertã accresce O porte da cobrança. Numero
avulso, 30 réis. Correspondencia respeitante 4 administração,
dirigida ao administrador.
| – REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
| Fua do Valle- SER TA
| | Oficinas de composição & impressão
Travessa das Mercês, 59 —Ltisboa
Publicações
No corpo do jornal, cada linha 100 réis. Annuncios, cada linhs
E 40. réis. Repetições, 20 réis cada linha. Anhúncios-pelmanento,
20 por cento. preço convencional. Os senhores assignantes teem o abatimento de
Os originaes recebidos não se devolvem.
O CABRIL
“Volto ao assumpto, como prometti.
“O meu primeiro artigo sobre este ponto
achou eco em toda a enorme colonia
de Pedrogam Grande, Pedrogam Pequeno,
Sertã, Sernache, Oleiros, Alvaro,
Proença, Madeirã, etc., que reside
em Lisboa. E sendo isto como eu
digo— e póde facilmente verificar-se —
não é preciso ser uma intelligencia.
muito arguta para vêr bem, num relance,
que os comprovincianos d’Africa
e do Brazil que conhecem perfeitamente
a arteria de que vimos tratando, e que
liga directamente as duas Ciniras da
Beira — Pedrogam Pequeno e Pedrogam
Grande — estão por completo ao
meu lado, applaudindo-me com o maximo
enthusiasmo.
Isso bastava para me encorajar, se
de coragem eu precisasse para avançar
com passo firme, resoluto e calculado,
Pode disto ficar certo o sr. Moreira
Junior que tem meio facilimo, pelas
relações da sua propria familia com
importantes familias d’esta região, de
verificar que o meu ponto agora levantado,
a todas interessa e a todos é
extremamente sympathico.
Não se illuda, porém, o ministro das
obras publicas, suppondo que quatro
ou seis contos de réis âmanhã votados
para os reparos da Estrada do Cabril,
hão de ser a isca—permitta o plebeis
mo-para alcançar votos nas proximas
eleições para o seu partido, ou seja
para que partido fôr. Não. Nôs reclamamos
aquillo a que temos direito —
não pedimos favores. E se alguem julga,
se o regimen que nos desgoverna
imagiaa que o Eco da Beira ficará
eternamente a publicar artigos plato-
“nicos, mais ou menos correctos, mais
ou menos rhetoricos, mas que não
passará disso, enganouse redondamente.
Os cincoenta annos do seu director
dão-lhe direito a ser mais pratico e po:
sitivo. Conhece bem a sociedade, os homens,
o meio em que vive, o regimen,
para se não permittir já alimentar as
illusões de ha vinte e seis annos. E
quaudo o homem começa a dura, a
terrivel experiencia da vida recebendo
as punhaladas d’aquelles que mais lhe
devem, que mais de perto lhe tccam,
se ainda nutre illusões para o prosaismo
da vida, ou é tolo ou idiota. Ora
nós nem somos uma coisa nem outra.
Por isso, não se equivoque quem, não
sabendo ou não podendo exprimir melhor
a sua descrença, o seu desalento
no tocante à efficacia dos nossos processos
para alcançarmos o que precisamos,
só sabe dizer: veremos, oxalá que
sim, oxalá que o jornal consiga aquillo
de que tanto necesitamos.
Bateremos até aos ultimos reductos.
O Eco da Beira, por ora, vae pelas
vias legaes, moderado, com ponderação,
mas cheio de justiça. A’manhã,
se não fôr bastante a fórmula, tem
atraz de si muito boa gente e de peso
que o acompanhe às representações
parlamentares, ministeriaes, etc. E’ só
abrir a boca.
Esperem pelo tempo e verão. Ficamos
hoje por aqui, à espera que o sr.
ministro das obras publicas se resolvá
a attender a nossa reclamação e muito
folgaremos de não ter de voltar ao assumpto
senão para convidar o sr. ministro
a visitar o pittoresco, o inimitavel
Cabril.
Abilio David.
cedem
Anniversario
Passa hoje o anniversario da sr.* D.
Maria da Gloria, de Pedrogam Pequeno,
extremosa mãe do director d’este
jornal.
D’aqui endereçamos à bondosa senhora
os nossos parabens, fazendo vo=
tos por que conte muitos annos felizes.
a
Recita de homenagem .
Um grupo de distinctos professores
da respectiva associação de classe, projecta
uma interessantissima recita para
o dia 26 do actual mez, no theatro
das Trinas, em Lisboa, levando à scena,
em primeira representação, o excellente
drama moderno’em 3 actos—
Flora-—original do nosso presadissimo
director sr. Abilio David. O desempenho
estã confiado a um escolhido e
distincto grupo de amadores dramaticos,
já largamente experimentado.
Quem estas linhas escreve assistiu à
leitura da. peça, a convite do proprio
auctor, e achou-a impolgante, demais
a mais lida com arte de mestre. Interessante,
muito interessante.
Se o desempenho corresponder, como
se espera, à espectativa, teremos
uma verdadeira noite de festa no bello
e elegante theatrinho lisbonense, e
o director do Eco da Beira contará
mais um triumpho na brilhante carreira
das letras.
Pinto da Silva, um bello e excellente
rapaz cheio de vida, enthusiasta
admirador do drama Flora e amigo do
auctor, recitará, n’um dos intervallos,
ou mesmo ao começar a peça, uma finissima
poesia, e executará à guitarra
uma pequenina, mas originalissima
canção franceza.
ecos
ho sr. Director Geral dos Correios
E’ vergonhoso que a estação telegrapho-
postal d’esta villa não tenha
impressos para requisições de valles,
cobranças, etc., etc.
Marrocos deve estar melhor n’este
sentido. :
Continúáamos ainda a serviço limitado,
e estamos crentes que algum dia a
estação tambem acabe.
– Está a serviço limitado, por economia;
não tem impressos por economia,
e por economia algum dia fecham-na,
e os sertaginenses que vão a Thomar.
buscar o correio.
Esperamos dever ao sr. director
geral dos correios providencias energicas
e immediatas.
ca i
Foi reintregrado no logar de escrivão
notario: em Oleiros o nosso amigo sr.
Fructuoso Augusto Cezar’Pires.
Cê ARA
fissociaDão da Imprensa Porfugueza
Sob a presidencia do sr. Abilio David,
secretariado pelos srs. Rodrigues
Larangeira e Sampaio e Mello, realisou-
se a assembleia annual da Associação
da Imprensa Portugueza na quarta
feira, q do corrente, pelas 9 horas
da noite.
A ordem da noite foi a discussão e
votação do relatorio e contas, e a elzição
dos corpos gerentes que hão de
servir no corrente anno.
O relatorio e contas foram votados
por unanimidade, sem discussão.
O thesoureiro, sr. Tavares de Mello,
propoz que a direcção ficasse encarregada
de offerecer dois objectos de arte
ou coisa equivalente, aos dois grupos
ou ranchos da Figueira da Foz e de
Aveiro, que nas festas de junho passado,
no Jardim da Estrella, abrilhantaram
com os seus cantos maviosos os
festejos da Associação.
Entrando-se na segunda parte da
ordem da noite, procedeu-se à eleição,
que deu o seguinte resultado:
4 “Assembleia geral
Presidente, José Joaquim da Silva
Graça; vice-presidente, Dr. Antonio
Caetano Macieira; 1.º secretario, Abilo
David; 2.º secretarie, Cezar da Silva.
Direcgão
Presidente, Abel Botelho; vice-pre?
sidente, Carlos Ferreira; 1.º secretario,
Joaquim Meira e Sousa; 2.º secretario,
João Rodrigues Fernandes; thesoureiro,
Arthur Tavares de Mello.
Vogaes
João de Mello Barreto, Hygino de
Mendonça, Amadeu de Freitas, Loff
de Vasconcellos,
Conselho fiscal
Albano da Cunha, João Guilherme
Mattoso da Fonseca, Julio ce Mascarenhas!
“Junta de conciliação
e previdencias
Presidente, Dr. Bernardino Machado;
secretario, Francisco Duarte Pinto;
Petra Vianna, Manuel Gustavo Bordallo
Pinheiro, Francisco Bruno de
Miranda.
Antes de encerrar a sessão, o sr.
presidente propoz um voto de sentimento
pela morte do seu presado consocio
o sr. Ferreira Manso. Foi unanimemente
approvado, consignando-se
na acta.
Por proposta do illustre escriptor sr.
Abel Botelho, ficou a direcção encarregada
de apreciar se a viuva de Fer-.
reira Manso tem ou não direito a subsidio,
e a dar-lh’o consoante as posses
da associação.
caca
Ao vereador competente lembramos
o estado de immundice em que se encontra
o tanque de agua para os animaes,
no chafariz do largo do mesmo
nome.
Ha quanto tempo não é elle despejado
e limpo! talvez que até o sr, vereador
nem já se lembre d’isso. .
A fonte da Pinta
“Quantas vezes, longe do torrão natal,
não vos tereis lembrado dos pontos
mais pittorescos e beilos que elle
possue, e por isso hoje vos vamos tambem
fallar d’este tão bello recanto do
concelho, e a que sem receio de desmentido
se póde dar o nome de Cintra
da Beira?
Quem, de passeio, se dirige à capella
de Santo Antonio e depois segue
pelo caminho que se abre entre o bastio
de pinheiral novo e eucaliptos mandados
ali semear pela camara municipal
em terreno seu, que outrora era
baldio, fica desde logo bellamente impressionado.
O ar é puro e balsamico, tonificado
pelas emanações dos pinheiraes, viv:fica
o organismo, e a sua sombra cgradavel
predispõe-nos bem e encanta
Dos. : |
Seguindo o caminho aberto em volutas
depara-se-nos vetusta carvalheira,
tendo em torno do seu tronco um
rustico banco que nos convida a reousar
por instantes e a admirar o
bello panorama que dali se disfructa.
Lá em baixo acachapado e denegrido
pelo tempo vê-se o Moinho da Ponte
das Vinhas, que tanto se resentiu
com as cheias de dezembro do anno
findo que talvez o conservem paralysado
para sempre, a ribeira pequena
coleando sua fita prateada cheia
de alva espuma causada pela presa da
levada, depois encosta acima os hortejos
veceantes onde, de espaço a espaco,
se destaca o prateado das olivei-
“ras, e mais além ainda a canna verdeescura
dos pinhaes.
Depois de repousar por instantes, e
ter contemplado o bello panorama, ir
um pouco mais além até à esplanada
onde se encontram bellos exemplares
de mimosas, em plena floração, apresentando
um bello matisado de verdeescuro,
da folhagem e amarello das
flóres odoriferas. A’ sombra das acacias
está a bica da fonte da excellente
agua férrea que no verão nos desaltera
e refrigera o sangue.
Mais além, um pequenino mirante
em fórma de castello medievel, põe
uma nota de antiguidade à scenographia
da natureza, fazendo-nos lembrar
que nos achamos n’um parque da edade
média, em que o senhor feudal tenha
posto todo o seu esmero artistico,
em ligar n’um copjuncto harmonico a
arte e a natureza.
Tal é a impressão que se colhe de
um passeio à fonte da Pinta.
E assim’pouco a pouco ir-vos-hemos,
estimaveis leitores e gentis leitoras,
fallando do vosso torrão natal.
Approxima-se o verão e com a promiscua
convivencia de animaes de varias
especies e feitios com os do genero
humano, póde occasionar o desenvolvimento
de qualquer doença epidemica;
por isso lembramos a necessidade
de umas visitinhas sanitarias a algumas
ruas, e até a algumas casas,
que bem precisam d’ella, apezar de
haver quem engorde com a porcaria.
ECO DA BEIRA
CARTA DE LISBOA
Os perigosos anarchistas e as nossas auctoridades
Brilhanoe discurso do dr, Antonio José d’Aimeida
Lisboa, 10 de-março de 1910.
O dia 3 de março de igro amanheceu
alegre. O sol, sem qualquer nuvem
que lhe toldasse o seu brilho radiante,
inundava a nossa bella capital com a
sua luz vivificadora.
Sob tão bellos auspicios, até por mo- |.
mentos se esquecia que um tão bello
sol tambem tinha a generosidade de
ir, indiscreto, cumprimentar o dr. Antonio
Emilio, como que a lembrar-lhe
que eram horas de deixar a fofa cama
para, ingerido o almoço, partir para o
seu gabinete da Parreirinha, a continuar
a sua espinhosa missão de…
mandar prender toda a gente, com
grande gaudio dos escrivães do crime,
que não sabem como agradecer ao illustre
juiz de instrucção a inexhaurivel
mina que lhes proporcionou.
Mas como ia dizendo, o dia principiava
bello. De rapente eis que os
transeuntes matutinos, os operarios
que se dirigiam para as suas officinas
para se entregarem ao trabalho produ-
. ctivo, e os bohemios que regressavam
a casa depois de uma noite passada na |
pandega, são surprehendidos com um
desusado movimento bellico.
Diante dos seus olhos veem atonitos
desfilar marvoticas forças da guarda
municipal, que impavidas se dirigem
ara o arsenal da marinha, deixando
A eoimbridis e presas pelo beiço as
gentis sopeirinhas que se dirigiam ao
mercado a fazerem as mercas do dia.
Todos se entreolharam como que a
perguntar onde se dirigiam taes forças.
Havia já quem affirmasse, possuido de
toda a convicção, que o sr. D. Manuel
H, querendo imitar o seu homonymo,
o Venturoso, mandava partir aquellas.
forças para sitios ignotos, afim de descobrirem
um novo caminho para….
Cascos de Rolhas. ,
E emquanto se faziam estas conjuncturas,
as forças singravam rio acima,
indo abordar o Lusitania.
Então, tudo se esclareceu: os municipaes
não iam descobrir coisa alguma
ainda não descoberta. Não. O dr. Antonio
Emilio é que havia sido o Vasco
da Gama do actual reinado. Sim, elle
é que havia descoberto… que a bordo
do Luzitania vinham treze individuos
perigosissimos, dispostos, qual outro
cometa, a darem cabo d’este pedacito
de terra que se chama Portugal, mas
que o commandante do novio, sem duvida
seu cumplice, affirma serem uns
honestos trabalhadores que não teem
outro defeito senão o de serem pobres.
“E no fim de contas o commandante
parece ter razão: se os homens tivessem
querido desembarcar, talvez o pudessem
ter feito, porquanto a policia
que os guardava, estando só costumada
a dar pra baixo em terra firme, não se
aguentava com o balanço, caia cada
qual para seu lado, contorçendo-se
com vomitos, sendo os taes grandes
criminosos que a soccorressem.
E emquanto as auetoridades andam
azafamadas com taes casos, Lisboa era,
em varios sitios, theatro onde se davam
os imais hediondos crimes, sem
que a policia se dignasse apparecer.
—Por emquanto, as sessões parlamentares
pouco interesse teem desper- |.
tado. A não ser o vibrante discurso
proferido pelo dr. Antonio José d’Almeida,
castigando como merece o juiz
de instrucção criminal e os seus defensores,
mais nada tem havido digno de
nota,
CGários Amado
cap o
Retircu d’esta villa para Anção, onde
foi fixar residencia, a exm.º gr.* D, Cecilia
Cordeiro.
ADI ánis DID DPOENRDM4NDS
Chanson française
‘ La sentinelle
Ha em França uma canção lindissima, musica de Choron, cujos versos são
tambem muito conhecidos. Diz assim:
L’astre des nuits de son paisible éclat
Lançait les feux sur les tentes de France;
Non loia du camp un jéune et beau soldat
Ainsi chantáit, appuyé sur sa lance:
Allez, volez, zéphyr joyeux
‘Portez mes chants sur ma patrie!
Dites que je veille en ces lieux
Por la gloire et pour mon amie!
A la lueur des feux dos ennemis,
La sentinelle est placée en silence,
Mais le français pour abreger les nuits,
Chante appuyé sur le fer de sa lance:
Allez, volez, zéphyr joyeux,
L’astre du jour raméne les combats;
Demain il faut signaler sa vaillance.
Dans la victoire on trouve le trépas:
Mais, si je meurs à cóté de ma lance,
Allez encore, joyeux zéphzr,
Allez, volez dans ma patrie
Dire que mon dernier soupir
Fut pour la gloire et mon amie!
Botto-Machado
Ainda n’este numero nos não é poss
sivel occupar-nos da recente brochura
que aquelle nosso illustre e presadissimo
amigo deu a lume-O Ideal à
Solidariedade humana. Fal-o-hemos
em breve. Que a extrema amisade de
Botto-Machado nos releve a demora.
eee em
Ao nosso presado collega O Jornal
d’Extremoz agradecemos a transcripção
feita do nosso artigo Weyler e
Portugal.
cedia
Temos sobre “a nossa mesa de trabalho
a copia da representação elaborada
em abril passado, para ser presente
ao parlamento, solicitando a
construcção do caminho de ferro, que
partindo do Entroncamento servisse a
Sertã, Ferreira do Zezere, Oleiros, a
parte sul do Fundão, passando a pequenas
distancias de Villa de Rei,
Proença-a-Nova, Figueiró dos Vinhos,
Pedrogam Grande e Pampilhosa.
Essa representação, por ser extensa,
não a publicamos hoje.
O que é para lastimar é que, devido
ao desleixo das camaras dos concelhos
interessados, não seja ainda talvez
este anno entregue ao parlamento.
eorceezeftiione a
Já se acha restabelecida a esposa do
nosso particular amigo Albano Matheus
Ferreira.
———0 D«G <—— ———
Fez annos no dia 4 d’este mez a
ex.”* sr.? D. Benedicta Nunes e Silva,
e no dia 5 a ex.” sr.’ D. Clementina
Nunes e Silva.
oncenigfi iieaze-e
Figueiró dos Vinhos
Reuniu na quarta feira o tribunaldo
commercio da localidade, para abrir
fallencia ao negociante sr. João Henriques,
de Castanheira de Pera. Esta
fallencia é requerida pela firma Bastos
& Valente, do Porto.
—Afim de verificarem se grassa alli
a epidemia pneumonica, foram um dia
d’estes, ao logar de Cabaças, d’aquelle
“concelho, o administrador, acompanhado
do sr. Araujo Lacerda, sub-delegado
de saude.
Pedrogam Grande
Realisou-se na segunda feira, 7, no
bello largo da Devéza, d’aquella villa,
Segundo o tradicional costume, o mercado
ou feira mensal, que se effectua.
na primeira segunda feira de cada
mez.
Esteve concorridissimo. Muito gado
suino, tendo regulado, em media, a
4500 réis a arroba,
Em. serviço judicial estiveram
n’aquella villa o juiz e delegado da comarca.
Eram acompanhados do escrivão
do terceiro officio, sr. Ayres Bufaca.
ecetfpema
2
Acha-se no Outeiro da villa o nosso
presado amigo Joaquim Cyriaco
dos Santos, de Lisboa, e que vem
acompanhado de sua ex.”! esposa e
cunhada, D. Maria Rosa Santos e D.
Edwiges Augusta Nunes.
mm E o —
Ao vereador da illuminação continuamos
a lembrar que as lamparinas
andam muito desafinadas; umas às $
horas ja estão apagadas e ha algumas,
nalguns sitios, como Avenida Baima
de Bastos, rua do Valle, etc., que tem
uma predilecção especial para se apagarem
ou não se accenderem: será fraqueza?
ODE — — em
Escola dos Escalos ds Meio
Subscripção a favor da construcção da
Escola de Escalos do Meio, em Pedrogam
Grande;
Transporte… 7%ogo
ME o rr – ooo
E dc 500
S$s00
a
Consta a Mephistopheles que vae ser
nomeado parocho do Troviscal o reverendo
José Dias Junior, e que para a
sua vaga vae o reverendo José Lérias.
mig a
Esteve n’esta villa o sr. Bernardino
Cardoso, empregado viajante do acreditado
armiazem de fazendas Val do
Rio & Commandita, de Lisboa.
Esses
“SECÇÃO AGRIGULA
PRIMORES HORTICOLAS
Beringellas
A beringella é uma planta bastante
vistosa pelos fructos que produz. Podemos
dividil-a em dois grupos: comestivel
e não comestivel. Esta ultima
é uma planta de jardima que algumas
pessoas chamam a planta dos
ovos, por os seus fructos terem a configuração
d’aquelles e serem em geral
brancos; apenas é empregada como
ornamento, motivo esse porque d’ella
nos não occupamos. À outra variedade,
a comestível, é muito apreciada,
não tanto pelo fructo em si, mas pelos
preparados culinarios em que a utilisam.
A cultura da beringella é em tudo
muito semelhante à dos tomateiros,
exigindo uma exposição abrigada, voltada
ao sul, terreno abundantemente
estrumado e regas bastantes. Semeiase
em março e abril, tendo o cuidado
de proteger as plantas novas das geadas;
em maio passam-se ao logar definitivo,
deixando-se ficar cada pé distanciado
dos outros 0″,60. Como dissémos,
devem-se regar repetidas vezes
e abuzdantemente, e bem assim
conservar-se o terreno limpo, deixando-
se uma só haste para se obterem
bons fructos, que assim terão maior
valor.. Esta operação faz-se em geral
quando a planta tem 5 ou 6 folhas e
tem por fim obrigal-a a ramificar lateralmente;
mais tarde cortam-se tambem
as pontas a estes ramos com o
fim de concentrar a seiva sobre os fructos.
D’esta variedade as mais cultivadas
são: Eres tga
Beringella violeta comprida, beringella
violeta redonda, beringella rajada
de Guadeloupe, beringella amarella,
beringella branca da China.
No estrangeiro são muito apreciadas
e no mercado de Lisboa pagam-se
à razão de 60 a 100 réis cada, em média;
no mercado do Porto não conhecemos
qual a sua cotação.
Chalotas
A chalota é originaria da Syria, on=
de era objecto de um grande commercio.
E’ muito apreciada pelos francezes
e entre nós, na meza dos bons –
gastronomos, a culinaria serve-se d’ella
como condimento na confecção de
molhos, etc.
Como todos os outros productos
horticolas, quer uma terra muito compacta
e bem estercada com alguma
antecedencia. 2!
A sua multiplicação faz se por plan=
tação dos bolbinhos que se separam
do bolbo principal e se collocam à distancia
de 10 centimstros uns dos outros,
nos mezes de fevereiro a abril,
ficando à flôr da terra por causa da
humidade que lhes é prejudicial; no
verão. dá-se-lhe uma ou duas sachas e
rega-se, se houver muita seccura.
A colheita faz-se em junho € julho.
Tambem se produz por semente, levando
porém três annos para se fazer
uma colheita, obtendo-se assim algu- –
mas novas variedades.
As variedades mais cultivadas são:
Chalota ordinaria—cujos bolbos são
pouco maiores do que avelãs, cobertos
de uma pellicula amarello-esverdeada.
Chalota grande—bolbos do tamanho
de uma noz—revestidos de uma pellicula
acastanhada.
Chalota de Jersey—bolbos regulas
res, semelhantes às cebolas, revestidas
de umajpellicula avermelhada, —variedade
muito temporã, mas de difficil
conservação. | dd
-, Desconhecemos o preço do mercado
portuense; nos de Lisboa pagam os
mólhos à razão de, 300 réis para revenda.
, a
Dada a possibilidade de transporte
ferro-viario rapido, pôde ser cultivada
em locaes um pouco afastados, porque
o seu preço é compensador.
Cardoso Guedes
cAgricultor pela Escola Nacional de
cAgricultura.
” N’esta sécção responde-se a todas as
consultas dos senhores
sobre assumptos agricolas.
Bastará tão sómente redigir a pergunta
em carta até à quarta feira de
cada semana.
As respostas são gratuitas e não se
menciona o nome do consultante.
caca gfBsresemo
Ão sr. ministro do reino
Ao couhecimento do ministro que
sobraça a pasta do reino, vamos levar
o seguinte:
A escola do sexo feminino d’esta villa
está ha perto de dez annos installada
n’um verdadeiro pardieiro, sem condições
algumas hygienicas, nem podagogicas,
pagando o Estado uns trinta
mil réis de renda por anno, quando tem
o edificio do hospital velho, que pelo
Estado foi comprado para ser adaptado
a edificio escolar.
Nos seus orçamentos figurou uma
verba de uns 7004000 réis para essas
obras, que em parte se fizeram, é verdade;
mas o que tambem é verdade é
que alguns fornecedoresainda até hoje
não viram cinco réis dos seus fornecimentos.
Porquê?…
RE As obras parae racatuamlm,ent e com
boooo réis podia-se concluir a adaptação,
e dotar assa ivilmla::co m um edificio
decente e apropriado ao fim que
se deseja.
Aqui deixamos este «memorandum»
certos de que sua excellencia não deixará
de olhar, como deve, pela causa
da instrucção.
O CaeO 4 OCRn a
Snbseripção para a Paschoa
dos pobres d’esta villa
Transporte.. 2000
Do sr. Albano Matheus Ferreira,
por ordem d’umanonymo . siboog
| 7ibooo
meia»
De S. Thomé chegou ha dias o nosso
presado conterraneo, sr. Antonio
Nunes de Figueiredo, a quem d’aqui
endereçamos as boas vindas.
– Ao vereador do pelouro competente
recordaamos quanto é pouco esthetico
andarem, na Praçado Commercio, gallinhas,
gansos e outros animalejos, esgravatando
no gazon’ que ornamenta o
soceo do busto de Guilherme Nunes
Marinha.
“ Lembramos isto, porque crêmos não
ser.a Praça do Commercio capoeira.
ocre
E’ frequente ver animaes chaguentos
pelas ruas da villa, e serem maltratados
barbaramente.
– .Será–bom:pôr côbro a uma e outra
cousa. sr ad nós :
o
A quem competir, lembramos que o
largo do Chafariz, que durante uns
‘dias esteve despejado de carros, carre-
“tas e quejandos calhembeques, lá voltam
de novo à mesma.
Vemos que é necessario lembrar is- |
to a miúde, e portantocá estamos no
SE Tetro d s tas gg 4 + nosso posto, sempre alerta.
assignantes
ECO DABEIRA
Antopsia ao “codigo de posturas
Resa assim o artigo 44:
«E’ egualmente prohibido accender
fogueiras e bruxas nas ruas e logares
publicos, e junto das portas ou às janellas
das propriedades, sob pena de
500 réis de multa.» eo
Determinações em papel temos muitas
e que na pratica seriam excellentes;
mas porque se não cumprem?
Imagine a illustre auctoridade a quem
cumpre velar pelo integro cumprimento
do codigo, que noite escura, em
que nem ao menos haja a luz das lamparfaoas
a offuscar-nos a vista, que-se-.
gue por uma rua fóra e que d’uma bruxa
que está numa janella ou na rua
lhe salta uma faulha no arranginho, e
lh’o queima. Só assim suã excellencia
acreditará que ha bruxas; e por culpa
de quem?
E por hoje ficamos por aqui; até ao
proximo numero.
axagefiemene:
O carrinho de limpeza da camara, de
vez em quando, vem fazer estagio no
Largo do Chafariz; será por ter inveja
dos seus outros collegas puxados por
animaes de quatro pés, ou será para
tomar ares?
Não-será possivel guardal-o n’outro
lado, onde não corra tanto risco?
escefisa
Ão vereador competente lembramos
o-estado de immundicie em que se encontra
o bebedouro dos animaes, no
largo do Chafariz; é simples o remedio
para o limpar, e não sabemos
porque se deixa chegara agua áquelle
estado,
– Magheira 654910
Ilm.e Senhor Redator «Eco da Beira
»
Hoje quando fui a missa no adro da
egreja estava la o seu éco à ser lido
por um-homem. A:senhore redator! se
vomece soubesse como fiquei contente
porque o tal homem lia que vomece
vinha a tratare das cousas do concelho,
e dei logo um. pulo, lembreime que vomece
era capaz de fazer uma cousa. Li
a dias no piodico de lisboa que já avia
camboio para a vouga. E nos aqui que
tanto precisavamos disso para nos levar
para’a villa, a vomece vinha lhe dizer
para ver se tambem tinhamos camboio
vomece senhore redatore peço este
favor pois temos aqui muto que mádar
para baixo se vomece pedir ôs senhores
politiços dessa villa da Certã
que mandem vir o camboio. Olhe que
vomece faz um grande bem a nós todos,
pedindo ós senhores politicos que
mandem vir o camboio, sim senhore
redator, pois toda a gente gosta de
ver o camboio.
Se vomece fiser o que lhe pesso eu
lhe saberei agradecer senhore redator,
e sou seu amigo, olhe estão a chamar
por mim para ir soltar as ovelhas por
isso nãa lhe conto agora umas ‘coisitas.
Seu amigo
Lucio dz cAlmeida.
Fique o nosso curioso e interessantissimo
leitor certo de que tomamos
na devida consideração tanto os seus
desejos como a sua propria grammatica.
us mais quer?
fSpeem
A festa escolar na Varzea dos Cavalleiros
Realisou-se no domingo 6 a festa escolar
n’esta localidade e que constou
de benção da bandeire e distribuição
de premios aos alumnos que mais se
distinguiram durante o anno escolar,
tamento: e 4 4 g E : RE E As creanças, em numero de gitenta
em aproveitamento litterario e compor-|
e sete, do sexo masculino, assistiram
sob fórma à benção da bandeira, que
se realisou em seguida à missa, na
egreja matriz.
Finda esta ceremonia, as creanças dirigiram-
se para o edificio escolar, onde
o professor, aberta a sessão, convidou
para presidir o sr. administrador do
concelho, João Joaquim Branco, fazendo
parte do jury os srs. Thomaz Namorado
e reverendo Catharino e o professor
official da freguezia.
Tanto o presidente como os membros
que compunham o jury fizeram
uso da palavra, enaltecendo as vantagens
da instrucção e derivando para o
campo do amor da patria” incutiram no
espirito das creanças, homens de amanhã,
bellas lições do que é e o que vale
o amor ao torrão natal.
O auditorio, no qual se viam bastantes
senhoras, saudou os oradores
com prolongadas salvas de palmas.
Os alumnos fizeram recitações de
prosa e verso, revelando intelligencia
e boa vontade, tanto da sua parte como
da do professor que os leccionou
durante o anno.
A sala achava-se completamente apinhada
de gente, que saudava freneticamente
os pequeninos oradores e elo
giavam o professor,
Ao findar a sessão, os promtoores
| da festa agradeceram à Sociedade Musical
Recreio Artístico a sua gentile
amavel cooperação n’esta festa, que
decorreu sempre animadissima, por
ser a primeira que no genero se fez na
terra.
Louvamos a iniciativa d’esta festa.
cujo fim é, sem duvida, enraisar no espirito
das creanças o amor à escola
que lhes desvenda as trevas da ignorancia
e os pôde e deve habilitar ás luctas
da vida, com maior uma vantagem.
.
D’aqui endereçamos o nosso agrade-
| cimento à commissão pelo amavel con-
“vite que nos foi dirigido.
MOSAICO
A arvore
Amar as arvores é, como escreve
Cardot, amar a patria.
Diz um proverbio arabe que quem
plantou uma arvore não passou inutilmente
sobre a terra.
«Uma arvore é a armação da vossa
casa, é o mastro do navio, é o calor
do vossc lar dando-vos um sol em
pleno inverno!» exclama com certo
acanhamentoo bulicolico André Theuriet
olhando só a planta morta.
Mas não é apenas para o aproveita
mento da mad ira que o homem deve
amar a arvore. Para comprehendr
a philosophia do conceito dosfilho
de Allah necessario é aprecialla
no vigor e na pujança da sua
obra vital. E necessario olhal-a erecta,
observal-a no seu trabalho subterraneo
em contacto com a terra, factor
originario da producção, admiral-a na
actividade agrea apresentando as mil
faces de suas folhas inquietas e activas
ao beijo prolongado do ar. E” preciso
comprehendel-a recebendo dos
terrenos os alimentos e dando-lhes em
troca a estabilidade contra as torrentes
e o humus contra a aridez, a sombra
contrao calor e o abrigo contra o
frio: colhendo da atmosphera os elementos
para a sua poderosa respiração
e proporcionando-lhe em cambio
saneamento e frescura.
Manuseando-a à vontade o homem
tem-n’a escrava submissa ás suas ordens,
como traço de união entre as
duas grandes forças da natureza com
as quaes ou contra as quaes elle tem
de viver.
Desprezal-a é falta de discernimento;
derruil-a é estupida maldade.
. Diz-se na Servia que matar uma ar- A) Voy 3 pe : vore o mesmo é que matar um homem.
E tanto esta ideia está no fundo
da consciencia humana, que ainda
ha pouco tempo, nos arredores de
Lisboa, rude trabalhador endoideceu
julgando-se assassino, porque um dia,
sem necessidade, abatera a golpes de
machado, lindo freixo que se debruçava
sobre a ribeira proxima da sua
habitação.
E se não insistirmos no papel da
arvore em macisso na regularisação da
temperatura, do regimen das chuvas
e das torrentes, na fixação das areias
do litoral e da terra das montanhas,
no approveitamento das charnecas e
formos consideral-a como fonte de
rendimento directo para o homem,
tambem é na pujança da sua vida que
a vamos encontrar desentranhando-sê
em fructos e em productos de varia
ordem que abarrotam a ucharia humana
e tanto mais quanto melhor a tratamos.
Assim nos dá um grande exemplo
moral. Não é ingrata nunca a arvore!
Reconhece e agradece o nosso amor,
immediatamente e durante a sua existencia
toda. E quando cançada velha,
improductiva, se approxima oseu fim,
ainda nos abastece de lenha, de carvão
com que aqueemos os dias frios
do nosso inverno do anno ou da vida.
E se não é a arvore que morre, mas
sim o homem, que vae morrer lá diz
com Musset, sentindo-a grande protectora:
Mes chers amis, quand je mourrai
Plantez un saule au cimetigre.
Jaime son feuillage éploré,
La paleur m’en est douce et chere,
Et son ombre sera légêre
A la terre ou je dormirai,
“Door to 000 o CLORO sas LO TOC CO DO
Não pára aqui, porém, a prestabilidade
da arvore. Como o boi paciente
que depois de ter- gasto as forças no
trabalho, ruminando biblias por esses
campos fóra, como escreveu Guerra
Junqueiro, é morto para o talho, a
essencia florestal depois de ter dominado
os elementos, de ter segurado as
dunas, de ter fixado o solo das serras,
ide ter regularisado os cursos d’agua,
de ter emfim trabalhado tanto para o
homem, é derrubada para continuar
mesmo sem vida, esquartejada, fraccionada,
a prestar altos serviços na
agricultura, no commercio, nas manufacturas
e nas artes, na marinha,
na construcção civil, na navegação,
nas minas, no recheio commodo de
nossas casas, em toda a nossa existencia
emfim!
Depois de terem dado o pão e a garantia
de seus dias às populações que
d’ellas cuidaram até serem abatidas,
as arvores fornecem trabalho aos rachadores,
a varias classes de carpinteiros,
‘aos marceneiros, entalhadores,
santeiros, aos que fabricam tamancos
e vasilhame, escovas e cestos de aparas
e até a quem aproveita a serradura,
derradeira expressãdoa portentosa
creação vegetal, em conglomerados de
varia ordem e de varia applicação.
Somem-se agora as jornas de todos
esses operarios que tiram da arvcre o
alimento, o fato, a eduçação de familias
numerosissimas; calcule-se a renda
que ella deu à terra, o juro que
serviu ao capital; aprecie-se em numeros
o que resultou para-a economia da
nação da sua influencia sobre o meio
e chegamos a uma prodigiosa cifra de
valores.
Accrescente-se-lhe a série de beneficios
moraes, digamos assim, que recebemos
d’ellas, a inspiração do poeta
e do pintor, o répouso do trabalhador
à suaacolhedora sombra onde tambem
as creanças brincam e medram e os
amantes trocam seus juramentos, garantias
da perpetuidade da especie humana
e digam-me se o culto da arvore
não deve occupar sitio predominãnte
nas preoccupações de todos nôs,
quer o encaremos social quer economicamente.
Roma ci
D. Lui“zo dey Caspig ro.
E
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Boavida, que se averbe a seu
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Predial Portuguez a obrigação predial
de 5 por cento n.º 76::34, que lhe pertenceu
por fallecimento de sua mãe e
sogra, D. Sara de Carvalho Brito, casada
que foi com José Joaquim de
Brito, todas as pessoas que se julgarem
com direito a impugnar este aver-
4 | bamento deverão deduzil-o dentro de
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d’este annuncio, perante o Governador
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VULGO.T.o» PALHA.
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no Diario do (Governo, emprestimos
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