Eco da Beira nº38 23-05-1915
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“Publicação na Certã” o
– Redacção e adilinistração emo!
SERNACHE DO BOMJARDIM
Composto e impresso na pon Loirionse
é : í ER ESTrI
8 poxo. português, numa ds afirmação da sua energia e da sua. de
dino pela Republica, acaba de consolida-la indestrutivelmente, por subli-
me e gesto, revolucionario. —
‘Saudemos o Povo! |
DEPOIS DA VITÓRIA
ad aa “Republica,
garantida a “otidem “emo todo:o
“país, segue-se, logicamentep-à
fase destrutiva e revolticionária
“a fase construtiva É reparadora.
Depois do cinco de Outubro Por-
-tugal: lançara-se, «num drilhante
élon, no caminho do: progresso,
mas “Os desvarios da, ou
timos- três “meses ‘a; rap ad
“com tanta velocidade, que bem
po de dizer-se que a nova Revo-
Jução veio encontrar, o, país na
mesma aflitiva. situação | em. que
“êle se -debatia-nos: pena de
Outubro de gro: 4 :
“A situação financeira, que ia
sensivelmente, “melhorando, foi
mos cultimos.. tempos, duramente
agravada: pelo: govêrno:iditato-
rial, que, com uma falta de es-
crúpulos manifesta acumulava o
lançamento de créditos extraor-
dinários com uina soberana ‘in-
diferença pelo agravamento. das
condições de vida, “Chegando
“mesmo êsse governo funesto a
premeditar a cobrança antecipa-
da de algumas contribu’ções:
“O govêrno nacional agora cons-
titãs: entre outros sespinhosos
encargos, recebeu o de repôr
“a Republicano caminho de pro-
-gresso que ie tão. Ena
te encetara.
E A união das republicanos; que
“tem de ser bem firme e bem. es-
areita, facilitar-lhe-há, essa em-
“presa, porque estamos certos que
nenhum republicáuo, que’o seja
por convicção, procurará afas-
tar-se da coligação que nesta ho-
ra deve manter-se mais do que
nunca pelo prestigio da Repu-
blica e. pelos “interesses da Pá-
ria. “Qualquer defecção, O me-
nor gesto de deserção por parte
de qualquer Mepnblicano, por
mais categorizado que: êle:-seja,
deve’ser interpretado como uma
traição à República, logo segui- |
do da eliminação dêsse elemen-
to perturbador da familia, Fopu-
blicana,
Essa-união de todos os repu–
blicanos tambem se torna neces-
sária para que O novo: govêrno,
sentindo-se fortemente apoiado
na opinião. repriblicana,
empreender a obra de saneamen-
to no funcionalismo, no exército
de terra e mar enas corporações
policiais. “Os pruridos “de não
criar descoritentamentos, » Que ca-
racterizaram a acção, contempo-
rizadora de: alguns ministros; do
govêmo provisório, não podem
agora reeditar-se,’ porque “isso
corresponderia a adiar para uma
terceira revolução essa acção de-
cisiva de. defesa da Republica.
“Por’cada descontente que possa
surgir, muitas centenas de indivi- . |
duos, mais valiosos do que êle,
porque se bateram pelas À institui.
ções, ficarão satisfeitos, vistoique
o! descontente será um mios a
menos.
– Aqueles. que nas ruas se bate-
Tata: merecem do-novo- govêrno
especiais atenções. A opinião re-
publicana, êles próprios que de-
sinteressadamente lutaram, não
pedem recompensas, porque ser-
viços a Pátria g à Republica não
podem nem devem ser remune-
rados, ficando quites com o triun-
to dos. seus ideais quantos por
mas “ha mais .
êles: se bateram;
vitimas dos acontecimentos, ho-
mens que se imutilizaram, outros
que morreram e que eram o uni-
“co amparo de familias numero-
sas, Para essas vitimas deve ir,
não a nossa piedade, que seria
deprimente, más-a nossa grati-
dão e o nosso auxilio. Ao Esta-
do e à iniciativa particular com-
pete evitar que-a miséria entre
possa:
o Ee dae o Partido Republicano Português! E dc se
nos. ares. onde a morte passou
ou onde a fome pretenda. insta-
lar-se.
papas º
| RnB das Missõés
QE. Gualdim de’ Queiroz
recebeu. eigália do Ministério da
Instrução mandando reintegrar ime-
diatamente no seu lugar de director
do Colégio o sr. dr. Abílio Marçal,
que logo entrou no exercicio das
suas funções.
Elisio. de Campos
ao nosso querido amigo Elisio de
Campos foi nomeado. chefe do ga-
binete do. sr. ministro da instrução.
A escolha honra por igual o no-
meado ejo ministro: que. fez a no-
meação e que soube levar para jun-
to de si um auxiliar. precioso. pelo
seu zêlo e pela sua lealdade.
E destas belas qualidades êle deu
sobejas provas e fez pública afirma-
ção quando desempenhou. idênticas
funeções junto do: falecido Aquiles
Gonçalves, quando; ministro «do fo- |
“mento.
As nossas E citánçes.
Cases es
“MARTINZADA
Ná véspera – da” revolução: ada
vam pela freguesia de Castelo wns
honrados republicanos, da marca
«pimenta» em manifestação desor-
deira contra a República, dando vi-
vas à monarquia e ao sr. Martins,
“que lhes garante a’ impunidade di-
zendo ter a justiça na aigibeira.
“Cremos qué 6 cavalheiro se en-
gana e enganará, e preciso é que ‘a
administração do concelho investi-
gue sem demora da manifestação
para que o prémio de seus serviços:
seja dado aos manifestantes —sejam
êles quem forem.
E há-de ser!
“* Audiéncia geral |
| Foi adiada) “para o-dia 30: de Ju-
nho a audiência geral que devia rea-
brir-se no dia 18 do corrente, para
discussão e julgamento dum crime
de aitoricjdidi
SAE
Dr. Antonio Vitorino
sora a «Voz da Beirav: ps
«Este nosso prezado a.nigo e an-
tigo director aceitou a candidatura
de deputado que lhe toi oferecida
pelo Govêrno do sr. general Pimen-
ta de Castro. Será, porêm, dei
com o caracter de independente
visto que não está filiado em parti-
do algum político.
Muito folgamos com a resolução
deste nosso âmigo».
—Já é mania! asa
“Osr. dr. Antônio Vitorino é um
monárquico confesso e conhecido e
ninguem por isso lhe quer mal ne-
nhum.
Monárquico se Serato ao minis-
tro que o convidou é como monár-
quico continua a apresentar-se.
Para que teima, pois, a Voz da
Beira em dal’o como independente?
“Não falamos por nós nem para pre-
parar situações ou defesas. Pela
verdade.
– Para nós indiferente é a côr com
que êle sé proponha. Seja. ela qual
fôóre a qualidade em que se A
sente, certo terá o nosso voto; e :
te-lo-á certamente de todos os seus
patrícios.
Não queremos, “saber se “Eloá é mo-
nárquico ou republicano, . turco ou
maometano: sabemos apenas ue, É
nosso: patrício, Ê
“Nada mais queremos saber a seu
respeito: para sábermos pe o
nosso dever.-
“Esta nossa atitude publicamente a
vimos declarando desde que nesta
Fc se começou a falar.
“Entendemos ‘mésmo que comete-.
ramos uma indignidade hostilisan-
do esta pretenção dum vencido nos-
so numa terra onde não podei os
andar mais de quatro ou Cinco ge-
rações sem ia com O Mesmo
tronco comum.
Seja monárquico ou seja, mesmo
sebastianista, mas seja, antes de tu-
“do um sernachense e porque certa-
mente o será na sua vida parlamen-
tar nós por nossa parte o sabere-
mos ser tambem no acto. eleitoral.
Mas apresente- Ses como- io E iaé
não se diminue.
“Bem ao: contrario ! fis pres esa-
dos amigos: é que andam: sempre a
emporcalhar tudo. uu simon
iBx.» Sr. Adrião DayidiBx.» Sr. Adrião Dayid
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õ
ECO DA BEIRA
“e qr
Dol.
iro vibrou de sensações
, incessantemente batido pe-
las notícias, quasi sempre exagera-
das ou desencontradas, dos ultimos
acontecimentos.
-Niveu-se em contínuo sobresalto,
em permanente. anciedade. e a essas
comoções e agitação não foi indife-
rente êste concelho. É
primeira impressão. que ee o:
espírito de todos era a de increduli-
dadesse dela-se passava-a surpresa.
Ninguêm queria crêr.
Todavia, nós vinhamos, há mais
dum mês preanunciando os aconte-
cimentos.
Quem sabe lêr nas entrelinhas
dum jornal deve ter entendido.
Ha pouco mais dum mês escre
vemos nós aqui:
A talassaria viu luzir o iu aco e
ulga que é alvorada. São apenas
os relampagos, e bem fugazes, du-
temerosa tempos
“Em dl dos nós;
“Lá” para fins do emés’ que vem, –
qusiidê se tiver acabado o verde…
politíco, a estes jumentos dambos os
sexos, terão os asnos Re
que isto não volta para traz!
Bem os avisamos e bem veem
que com algum fundamento !
no nosso artigo editorial do.
último numero, escrito poucas:ho
ras antes da revolução, escreviamos
nós: A
ExNão se respir a. Sufoca- set.
A atmosfera é pesada, plumbea!
4 própria terra que Re ES.
calda-nos os pés!
“Parece que nos movemos sóbre a
cratéra dum vulção. Rugel .
: E concluiamos. assim:
“O momento é decisivo!
“Vamos todos lutar – em todos os
campos, . “por todos os meios e com
todas as armas.
Contra a opressão.
“Contra a tirania! Ca
Portugueses: a Pátria está em
perigo!
A Rica, está a ser estran-
gulada!..
Leva arr ciba!
Mas os instrumentos da ditadura
não atendiam nem entendiam! .
-Alêm de não serem fortes de en-
tendimento, de dentro dos Tumos
do regabote politico, em que os
lançaram a sua «miopia e o desvario
dos outros, só viam o fantasma das
suás ambições e dos seus ódios !
*
À notícia, com segurança do triun-
To da revolução tivemol-a no dia 15
logo ao abrir da estação telegrá-
fica.
Nó dia 14, à noite, tiveramos no-
tícias que nos indicavam que a re-
volução – estalára mas sem nos dei-
xarem perceber “qual seria O seu
resultado: e
A notícia, pois, do ‘seu triunfo
espalhou-se no dia 15, de manhã,
por:todo: o-concelho com a rapidez,
com que correm as grandes eboas
novas. que | todos teem. prazer em
transmitir e comentar.
Porque a impressão, em todo o
concelho, foi de sincera e comunica-
tiva alegria: de: verdadeiro entusias-
mo até, especialmente.em Sernache
onde: ela explodiu em estrondosas
manifestações de regosijo. .
Aparte, claro é, as caras duns
asnos que ali havia a fazer de pi
mentistas, mas essas mesmas não
desmanchavam o conjunto de ale-
gria: pelo contrário O completavam
fazendo rir tolos os que tinham o
prazer de as contemplar !
Logo que à notícia se soube cons-
tituju-se ali uma comissão dé bons
“republicanos, por iniciativa dos nos-
sos amigos António Lopes, Francis-
co Teixeira é António Mouga, a fim
de condignamente se festejar tão im-
portante acontecimento, E, efectiva-
t
mente, logo nêsse dia 15 o entusias-
-mo explo odiu em veemmentes aclama-
ções populares. .
Mas foi no dia seguinte, domin-
go, que a manifestação foi verdei-
Tamente imponente e atingiu o deli-
rol.
O povo daquela Rc com O
doutras freguesias circunvisinhas,
com a filarmónica de Sernache e le-
vando à frente os nossos amigos,
António Lopes, Francisco Teixeira,
Afonso Moreira, Alfredo Sousa, Or-‘
lando Campos e outros bons repu-
blicanos, irrompeu em entusiásticas
jardim, que a essa hora estava re-
Unido em gesernbleia, geral dos seus
sócios.
Mal terminada esta e fr aligueadã
a todos a entrada naquelas Salas, os
manifestantes saúdaram entusiásti-
. camente os sócios daquela agremia-
ção e aclamaram ruidosamente-a Re-
pública e aqueles que, gloriosamen-
«te, Daquele movimento revolucioná-
;. haviam sacrificado!
algumas palavras comemorativas do
acontecimento e de saudação à Re-
pública e. aos homens que por ela
se tinham sacrificado: e, referindo-
se à política daquela localidade, poz
em relêvo o papel repugnante dos
* 4arimbeiros políticos que, tendo vin-
do para Sernache, em procura do
pão e da fortuna que não tinham na
sua terra, mas que encontraram nes-
ta, dêsse “bem-estar sé aproveitaram
para vilmente atraiçoarem os seus
interesses e cuspirem o carinho com
que aqui haviam sido recebidos, de
briços abertos.
“Que para /Sernache tinham vindo
homens que sinceramente amavam
e serviam aquela terra é ali naque-
la manifestação, alguns estavam:
mas nela se tinha instalado é estava
engordando muito velhaco que era
Pisco observar e conter muito de
pertol. : E
Pediu todavia, a todos que não
manchassem aquela soberba mani-
festação com incidentes de protesto
ou desagrado a tal gente: que, na-
quela noite, -a-atitude-de- todos de-
via ser do mais completo desprezo
pot tais miseráveis e sómente de
saudação ‘é aclamação á Pátria, á
República e aos homéns que a A.
zeram e defendiam.
CAs palavras do sr. dr. Abílio
Marçal foram cobertas de aplausos.
Pouco depois, os manifestantes
sairam e, acompanhados agora por
muitos sócios do Club Bomjardim,
percorreram’as ruas daquela povoa-
ção, em imponente cortejo de acla-
mações á República, voltando á sé-
de “daquela associação, onde nova-
mente o sr. dr. Abílio Marçal usou
da palavra para saudar ‘os seus pa-
deira qui que fôra uma
viva e consoladora afirmação de
fórça e fé republicana dum povo
que . quer progredir, com o qual a
República pode contar e que tam-
bêm pode contar com os homens
da República. E pediu aos seus
amigos que, tendo cumprido tão
honradamente e alevantadamente o
seu dever patriótico, dessem pore
finda aquela manifestação, e êle ia
levantar os últimos vivas à Pátria,
à República, a Sernache, a Afonso
“Costa e aos herois da Revolução.
“ Vibram então, num delírio de acla-
mações, as derradeiras saúdações,
estrugem os últimos foguetes e a fi-
larmónica retira para a sua séde,
ainda acompanhada por muito povo,
tocando um hino patriótico.
Terminou, assim, a festa, mas o
entusiasmo. que sempre. a animou,
êsse ficou e está em todos os cora-
ções com a recordação saúdosa que
ela em todos deixou.
*
Quando, no Club Bomjardim, o
aclamações em frente do Club Bom-
-rio-a“haviam defendido .e’por ela se –
O sr. dr: Abílio Marçal proferiw +
trícios por aquela entusiastica e or- |
sr. dr. Abílio Marçal acabou de fa-
lar, os nossos amigos Francisco Tei-
xeira e Alfredo Sousa fôram ao ga-
binete da direção e dali trouxeram um
magnifico retrato do sr. dr. Afonso
Costa, que ali existe, delicada oferta
dum grupo de sernachenses residen-
tes em Lisboa, e o apresentaram à
multidão que enchia as salas, a qual
“lhe fez uma carinhosa e delirante
manifestação, com uma vibrante sal-
va de palmas e vivas.
%*
Como muito significativo episódio
dêstes acontecimentos vamos referir
um facto que, mostrando tristemen-
te até onde pode chegar a subserviên-
cia de homens que só sabem des-
cer sem nunca procurarem ele-
var-se, releva tambem consoladora-
mente como o entusiasmo existia e
animava viva e impetuosamente a
alma popular e como o povo ama
sinceramente a República e reage
com brio e altivez contra a pressão
dos que pretendem afrontá-la.
O director da Sociedade Filarmó-
“nica Bomjardim, tinha:de manhã au-
torizado que ela tomasse parte na
manifestação e ordenára, para tan-
to, a convocação dos seus membros.
Regressando, porêm, da Certã,
porque o patrão lhe ralhou, deu
contra-aviso, mandando ordem para:
se- encerrar imediatamente a casa.
Mas os sócios recusaram-se à cum:
prir a ordem e convidaram-no a ir
êle lá dar-lhe cumprimento.
Claro é que o sr.«dr: Albano Lowe
renço não foi, más foram os músi-
cos para a manifestação a que pu-
– zeram uma nota festiva-e anima-
* dora
Contrastes !
%
‘Esta revolução “fez a derradeira
depuração política portuguesa, con-
solidando definitivamente a Repúbli-
ca e pondo termo a.essa orgia poli-
tica que nos envergonhava e asfi-
xiava !
Os acontecimentos de 14:de Maio
ficarão memorável e consoladora-
mente nas páginas da história por-
tuguesa, como a afirmação viril e
altiva dum povo que não quer nem
admite mais ditaduras e quer viver
sem vergonha no convívio das na-
ções honradas e em que as liberda
des públicas e os direitos dos cida-
dãos não são farrapo que sirva de
rodilha nas mãos da primeira me-
diocridade que se pretenda alçapre-
mar a estadista genial !
Esta revolução é tambêm, e so-
bretudo, a afirmação da fôrça e von-
tade dum partido político, a sua de-
cisão e a sua energia!
Lança- se contra êle, das altas re-
giões do poder, o grito de extermi-
nio. E’ o santo e a senha desta ne-
fasta politica de ódios.
Contra êle se levantam e move
tudo quanto neste pais se julgue
uma fôrça politica-—-unionistas, evo-
lucionistas, reformistas, monárqui-
ec independentes, o govêrno —tu-
do! A vitória é certa!
Mas o vencido’ agita-se e num
momento, atira para o charco das
suas ignominias, perdidos e desvai-
rados, todos êsses miseros elemen-
tos, todos êles para sempre man-
chados e por ventura aniquilados’!
Que lhes sirva de exemplo!
A. politica neste concelho não
chegou a ser uma orgia: era uma
gaiatada!
Uns garotos, sem dignidade nem
elevação. moral, nem scêincia nem
consciência, que a miséria mental
dum idiota arvorou em políticos !
E como de gaiatos, iam os seus
abusos, em breve, ser metidos na
ordem com quatro pontapés dados
em seu sitio…
O centro de toda a-acção politica
foi a administração do concelho.
Conhecemos a vida politica dêste
concelho ha muitos anos: temos
visto passar pela administração do
concelho, muito indivíduo, de diver-
sa indole, educação e habilitações.
Nunca vimos um tal descalabro !
Nunca pensamos mesmo que hou-
vesse quem em orientação politica
descesse tão baixo!
–
Nunca imaginamos que duma re-
partição do estado se pudesse fa-
zer aquilo que da administração dês-
te concelho se fez em dois meses !
Cada um faz a tal respeito os
seus comentários e lhe atribui cau-
sas diversas.
Por estupidez, dizem uns: reve-
lação demau caracter, dizem outros;
desvarios duma vaidade doentia, di-
zem outros !… Talvez!
A nossa opinião, porêm, é diver-
sa,e dí-la-hemos num dos próximos
números.
LITERATURA |
Gil Braltar
Toda: a gente sabe o que é Bi
braltar, êsse formidável rochedo de
425 metros de altura, assentado
– sôbre uma base de 1:245 de largu-
ra por 4:300 de comprimento.
Semelha-se um pouco a um gi-
gantesco cão, deitado, a cabeça vol-
tada para a Espanha, a cauda aflo-
rando o mar.
A fauce mostra os dentes: a du-
pla fila dos 7oo canhões que o guar-
necem=-os dentes da velha, como
pitorescamente lhe chamam…
Mas uma velha que morde bem,
quando espicaçada, Deste modo a
Inglaterra – está solidamente coloca-
“da ali, como de resto em Perim,
Aden, Malta, Eu -Pinang e Hong-
Kong.
Gibraltar: dote pois, ao Rei-
no Unido :m domicilio incontestá-
vel sôbre os 18 kilómetros dêsse
estreito -que a- clava de Hercules
abriu entre Abila e Calpe, no mais
profundo das águas mediterrânias.
Os espanhois. renunciaram de vez
a êsse pedaço da sua peninsula!
Sim, sem duvida, porque parece
ser inatacável por mar ou por terra.
Entretantó, alguem havia que acari-
nhava o: pensam silixo obsecante-de
reconquistar êsse rochedo plenpivo
e defensivo.
Era um ser bizarro, pode mesmo
dizer-se um louco. Esse fidalgo hes-
panhol chamava-se precisamente
Gil Braltar, nome que, no seucére-
“bro doentio, sem duvida o predes-
tinava a essa conquista patriótica.
Era conhecidissimo. Todavia, ha-
via talvez uns 10 anos, ninguem sa-
bia do seu paradeiro. Talvez errasse
pelo mundo, talvez estivesse morto,..
Mas: na realidade, êle não havia
abandonado o seu domínio patrimo-
nial: vivia uma existência de troglo-
dita, nos bosques, nas cavernas e,
mais particularmente, no fundo des-
ses redutos inacessíveis das grutas
de S. Miguel que, dizem, comuni-
cam com o mar. Julgavam-no mor-
to é êle vivia entretanto, mas à ma-
neira desses homens selvagens, fa-
lhos de razão, que apenas obedecem
aos instintos de animalidade.
*
* x
Nessa noite, o general Mac-Ka-
ckmale dormia à sôno solto.
Com os seus braços: desmesura-
dos, os. olhos redondos encravados
sôbre rudes sobrancelhas, a face
enquadrada numa barba, hirsuta, a
fisionomia encarantonhada é os setis
gestos de antropopiteco e o progna-
tismo: da máxima, êle era de uma
fealdade notável-—mesmo, , general
inglês. Um verdadeiro macaço, ex-
celente militar aliás, mau’gr ado 0 o
seu aspecto simiesco.
Pois o nosso general dormia na
sua confortável residência de Main
street, essa rua sinuosa que vai da
Porta do Mar á Porta da Alameda.
E êle sonhava talvez que a Ingla-
terra se apoderava do Egitó, da
Turquia, da Holanda, do Sudão,
numa palavra, de todos os pontos
que mais lhe convinham… e isto
no próprio momento em que se ar-
riscava a perder Gilbraltar.
A porta do quarto abriu- -se briis-
camente.
—Que ha! — perguntou o ni
erguendo-se de um salto,
“ Meu general–articulou esbafo-
rido o ajudante—a cidade foi inva-
dida……
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= —Os espanhois?
(| Parece que sim. fe
— Pois êles ousariam… f
O general não acabou. Rolou nas
calças, enforrou-se no dolman, me-‘
tas, -pendurou-se na
| imesmo-tempô que in-
gêimas. * 4
“vi Mas que-suido é êSte bi | É
–—O ruido de blocos-de rochedo
rolando numa avalanche sôbre-a
ade. SA
“ —E ‘são muitos êsses tratantes?
“Devem ser…
» -— Todos .os bandidos do litoral se
reuniram, pois, para êste golpe: os
contrabandistas dê Ronda, os pésca-
dores de S. Roque, os refugiados que
púlulam nas aldeias?
:—E’ de crêr, meu géneral.-
–—E O governador está prevenido? .
| Não. Impossível fazê-lo. As por-
tas estão ocupadas, as ruas cheias
de assaltantes…
“E a caserna da Porta-de-Mar ?
‘—Nenhum meio de lá chegar. Os
aftilheiros devem estar fechados na
caserna a isiiies
Quantos homens-conosco 75,1.
+=Uns 20, meu general, do 3.º de
infantaria, que conseguiram escapar. |
“—Por ‘S. Dunstan!- gritou Mac
Kackmale.
por uns vendedores de-laranjas |…
Não será ! Não! não será!
– Nêse tmomento,-a porta-do-quar-
to deu passagem a um sêr-bizarro,
que saltou sôbra os ombros do ge-
neral, :
—Rendeste! “gritou numa voz
rouca que mais parecia ruúgido que
voz hunt, CR Rr sr is
Alguns soldados chamados pelo
ajudante iam lançar-se “sôbre êsse
homem quando à claridade do quar-.
to, o reconheceram.
—Gil Braltar !-exclamaram–
‘—Rende-te !-—urrava êle.
– —Nunca !-—respondeu o general
Kackmale.
; Súbito, no momento em que o cer-
cavam, Gil Braltar fez ouvir um as-.
sobio estridente e prolongado.
“Imediatamente a habitação foi as-
saltada e invadida por uma multidão
estranha… E
Quem o diria! Eram monos, eram .
autenticos macacos e às centenas.
Vinham, pois, retomar aos ingleses
êsse rochedo de que eram os verda-
. deiros proprietários, êsse monte que
ocuparam muito antes dosespanhoes,
muito antes que oia tivesse
sonhado a sua conquista pará a Grã-
Bretanha ? Não havia dúvida. E eram
formidáveis pelo número, êsses ma-‘
cacos sem cauda, êsses sêres inteéli-
gentes-e audaciosos que era preciso
não molestar porque se vingavam-—já
tinha sucedido algumas vezes—fazen- |
do rólar enormes blocos sôbre a ci-
dade! E à
E agora êsses monos eram solda-
dos dum doido, tão selvagem como
êles, dêsse Gil Braltar que êles co-.
nheciam, que vivia a sua vida inde-
pendente, dêsse Guilherme Tell qua-‘
drumanisado, cuja existência se re-
sumia nesta ideia obsecante : expul-
sar o estrangeiro do território pá-
trio! ER da
Que vergonha para o Reino-Uni-
do se a tentativa fôsse coroada de
êxito! Os ingleses vencedores dos
índios, dos abissínios, dos australia-
nos, dos hotentotes, e tantos outros, .
vencidos agora por, simples maca-
9 Cóste
“Se tal sucedesse, o general Mac
Kackmale não teria mais do que fa-
zer saltar os miolos…
Entretanto, antes que os maca-
cos, chamados pelo sinal do chefe,
“aparecessem no quarto, lançaram-se
sóbre Gil Braltar. O louco, dotado
dum extraordinário vigor, foi domi-
nado a custo, À péle de empréstimo,
havia sido arrancada na; luta e êle.
ficou quasi nú a um canto, amorda-
çado, ligado, incapaz de se mexer.
Pouco depois, Mac Kackmale pre-
cipitava-se para a rua, resolvido a
vencer ou a morrer. O perigo era
rialmente enorme. O númuro dos as-
saltantes era tão grande que a guar-
“nição de Gibraltar via-se em riscos
de êm breve ser obrigada a ceder
ao inimigo, se
>Gibaltar arrancada à Inglaterra.
ECO DA: BEIRA
Mas, súbito, produz-se uma mu-
tação. Com efeito, os mônós, Sem
motivo visivel, começavam a bater
“em retirada.
A’ frente do bando via-se o chefe,
brandindo o cajado. Todos, imitan-
do os seus movimentos, o seguiam
no mesmo passo,
-Fer-secia Gil Braltar soltado dos
laços a quem.o prendiam e escapa-
do ?”Não havia-que duvidar. Mas pa-
ra onde se dirigia.êle agora ?
A assaltar a cidadela do gover-
nador, como fizera à do-general!
Não. O louco e o-bando desceram
Mainstreet. is É
Depois, transpondo a porta da
Alameda, obliquaram sôbre o-par-
que e subiram as ravinas escarpa-
das da montanha.
| Uma hora depois, rem um só dos
invasores restava em Gibraltar.
x
x *
Mas que se havia passado? Em
breve se soube, quando o general
Mac-Kackmale apareceu na orla: do
parque. Fôra êle, ques «tomando o
lugar do. louco, tendo-se envolvido
na péle de macaco do prisioneiro,
havia dirigido o bando. E deal
forma se semelhava; a: um quadru-
mano esse valente guerreiro quê os
próprios macacos foram ludibri-
studoS.a.c
Uma ideia genial, muito simples-
mente, em breve premiada com a
truzade Sédorge. * =
Quanto a Gil Braltar, o Reino-
Unido cedeu-o, em troca de gene-
ros, a um negociante, que fez a sua
fortuna exibindo-o nas principaes.
cidades do “antigos e novo mundo.
E êle deixa mesmo por vezes enter-
der. que não: “se trata do selvagem
de S. Miguel, mas sim… do pró-
prio general Mac-Kackmale em
pessóa…
Todavia, esta aventura serviu de
lição ao govêrno inglês, que com-
preendéeu que se Gibraltar não po-
dia ser tomadapelos homens, esta-
va à mercê dos macacos. ”
“ E é desde então que a Inglaterra,
sempre prática, manda para ali os
seus generais mais feios, para que
os macacos se possam enganar…
Esta medida, na verdade, assegu-
rou-lhe definitivamente a posse de
Gibraltar.
J. Regala (trad.)
Da Voz da Beira E
‘Dr. Gualdino Queiró
Foi nomeado Director do Colégio
das Missões Ultramarinas, êste nos-
so prezado amigo, muito distinto fa-
cultativo do partido:médico de-Ser-
nache e Sub-Delegado de Saúde nês-
te concelho. Ho
Os nossos:parabens.»
—E os nossos.
“Fez uma linda figura!
Pêsames
Damos-los sincetos e muito senti-
dos. às sr.* D. Emíla e D Ludovi-
“na de Almeida, pelo falecimento de
“e má
RE SD ÉS
Sernache
sua ex,
14. Reúniu ontem a mesa admi-
nistrativa da Confraria do Coração
de Jesus. O sr. presidente deu con-
ta da intimação que recebera para
comparecer na administração do con-
celho, com os livros, o que cumpriu.
“ Relatou o que se passou na con-
ferência que ali tivera com o sr. ad-
ministrador do concelho. |
Finda a narração, o mesário sr.
José Antunes Duarte logo propoz
que o sr. administrador do concelho
fôsse proclamado irtinão da confra-
fia. Foi aprovado.
Por iniciativa do mesmo cidadão
foi aberta uma subscrição pata com.
pra das insígnias, que os irmãos da
confraria lhe oferecerão e que já es-
tá em sete vintens.
“. Vemos que teem de ser modestas,
mas o seu grande valor estará na
gratidão que a carinhosa maniefsta-
ção significa e no respeito e conside-
tação com que a oferta é feita,
Pêna é que o digno administrador
do concelho-tio precipitadamente
houvesse de deixar o lugar que com
tanta inteligência e patriotismo ser-
viu, pois muito a confraria tinha
agora-a esperar do seu comprovado
zêlo e desvelada proteção. |
Mas tambêm as boas intenções
são de agradecer e foi por assim o
entender que aquela corporação vem
de prestar lhe esta derradeira e pie-
dosa homénagem, à qual nos asso-
ciâmos do fundo penúmbreo da nos-
sa modéstia, com verdadeiro entu-
siasmo, embora velado pela mágoa
que sentimos em ver partir para re-
giões etérias do olvido quem a esta
instituição pretendia prestar tão as-
sinalados serviços ! E
Na mesma sesão fôram tambêm
propostos e aprovados para irmãos
os srs. dr. Virgílio Nunes da Silva
e Joaquim Ciríaco Santos.
Mas para simples irmãos ordiná-
rios.
Embora pessoasde qualidade, pie-
dade. e serviços, as suas aspirações
não, podiam. alar-se mais alto, nem
a sua situação confundir-se com a
de sua excelência o sr. Administra-
dor do: Concelho.
*
= -Publicamos em seguida o. ofício
em que o sr. António Ribeiro Go-
mes deu aosr. dr. Bernardo de.
Matos conta da deliberação da
mesa. Es Ee Ee
Diz assim o honroso. documento:
Ao Ex.mSr, dr.“ Bernardo Fer-
reira de Matos.
Certã
Da mesa administrativa da Con-
fraria do Coração-de Jesus-de Ser-.
nache. e
Exmº Sr.
Tenho a honra de comunicar a
V. Ex.2 que por próposta do nosso
ilustre consocio, o cidadão José An-
tunes Duarte, foi V. Ex * admitido
na sessão de hontem como irmão
protetor da Confraria do Sagrado
“Coração de Jesus, de -Sernache,
em atenção aos seus valiosos servi-
ços e aos seus piedosos sentimentos;
e oportunamente vos serão “envia-
das as insignias e o respetivo di-
plomia, à sueca
Congratulando-me com V. Ex.*
por esta feliz resolução, a que dei o
meu mais caloroso aplauso, desejo-
vos, em nome da mesa: da minha
presipência
Saúde e Fraternidade
Sernache, 15 de Maio de 1915.
CO presidente da-mesa,
(a) António Ribeiro Gomes.
Agradecimento
Sentindo profundamente, o não
poder agradecer de viva voz a todas
as pessoas que durante a minha
doença se interessaram pelo meu
estado de saúde, venho, « minha fa-
mília, por êste meio, significar a to-
dos, o nosso indelével reconheci-
mento pelas iniludíveis provas de
estima e consideração, que genero-
samente nos dispensaram.
Paparia, 20—5-—015.
Marcelino Francisco da Silva.
CARREIRA DE AUTOMOVEL
No dia 18 de Maio começou a
carreira de automovel de Barqueiro
(Alvaiázere) a Paialvo c de Paialvo
a Figueiró dos Vinhos Começou a”
fazer carrera a 19 “de Maio, de
Paialvo á Certã e vice-versa.
Parte o automovel de Barqueiro
todas as terças e sextas-feiras ás 16
horas para Paialvo.
Parte de Paialvo todas as quartas
feiras e sabados depois do comboio
correio em direcção a Certã saindo
dali ás 15 horas novamente para
Paialvo. De Paialvo parte para Fi-
gueiró dos Vinhos ás quintas feiras
e domingos depois do comboio
correio. Preços resumidos.
Lemos, Pedro, Santos & CG.
MOSAICO
“No mar alto
No mar alto, o navegante
Em b-ldões de negra sorte |
Sem bussola, sem quadrante,
Guia-o a estrela do norte.
No mar da vida vi eu,
Quando alevantei-os-olhos,
Um astro a-brilhar no ceu…
Mas depois que se escondeu, .
Fiquei perdido entre escolh
– Alberto Bramão,.
Cantar 0825]
Disseste-me “adeus, sorrindo, :
Eu: fui-me embora chorando ;
Quem sabe se riste, quando.
Me viste à chorar, fugindo. “a,
Eduardo Coimbra.
A semana sangrenta
Eis qual a soma de fusilamentos
e detenções efectuadas por causada
proclamação da Comuna de Paris:
Fusilados no “dia 22 de: Maio de
1871: nó quartel dos Perpeniêre,
1:800 trabalhadores; no parque de
Monceaux, 1:300; na’ Escola Militar,
1:800; no quartel Dupleix, 80.0»
-Fusilados*no dia 23 de Maio de
1871: em Jenne Trance, 1:000; em
Buttes. Montmartre, 600. =…
Fusilados no dia 25 de Maio de
1871: no quartel de Lobau, 1:500;
na torre Saint Jacques, 1:200; no
Luxembourgo, 3:000; no quartel do
Príncipe Eugénio, 900.
Depois do dia 27 de Maio de 1871:
no cemitérioido Pere-Lachaise, 2:200;
em Masas, 600; em Roquete, 1852;
em Lanté, 652; em Butte Chaumont,
1:000; em «diversos “pontos, 3:000;
– emdiferentes destacamentos sob as
ordens de Gallifet, 2:700; em dife-
rentes fortes e destacamentos de Sa-
tory e Versalhes, 4:700.
Total dos trabalhadores fusilado,
29:804. +: Sato À
Fusilados pelo conselho de guerra,
26; mortos durante à batalha, 7:294;
detidos preventivamente, 60:917.
Em consequencia dos terríveis
massacres e detenções da semana de
Maio de 1871, a população operária
de-Paris teve uma redução de 98:041
homens!… E
e AN UNCI Õ s
Castanheiro, do Japão
O unico que resiste à terrivel
moléstia, a filoxera, que tão gra-
ves estragos tem produzido nos
nossos soutos, é castanheiro do
Japão. al
O castanheiro japonez -ofere-
ce iguais vantagens que o bace-
lo americano tem oferecido no
caso da doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experienciasteem
sido feitas não só ao norte do
‘ nosso pais mas principalmente
em França, onde o castanheiro
foi primeiro que em Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
“ros do Japão, dando um rendi-
mento magnifico.
O castanheiro japonez agha-
se à venda em casa de Mahuel
Rodrigues,. Pedrogam Grande.
Vendem-se todas as propriedades
rústicas, que pertenceram a Possi-
dónio Nunes da Silva, em Sernache
do Bomjardim.: frioioi?
Quem pretender ou desejar es-
clarecimentos, dirija-se ao sr. João
Carlos de Almeida e Silva, de,
SERNACHE DO. BOMJARDIM
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“FRANCISCO SIMÕES |
236, RUM DOS. FANQUEIROS, 238- RE
“ASHES da Foz da Certá
A Agua, minero-medicinal da Fog da’ Certã apresenta uma “composição
quimica que à distingue de todas as outras até hoje uzadas na terapeutica,
E” empregada com ségura ventagem da Diabetes — Dispepsias — Catar-
ros gastricos, pulnidos ou parasitarios;—nas preversões digestivas derivadas
das doenças infeciosas ; a convalescença das febres graves; —nas atonisa
gastricas dos diabeticos, lubenculosos, br ighticos, etc, no gastricismo dos
expotados pelos excessos ou pr ivações, etc,, etc.
Mostra a anlise bateriologica que a Agua da Piz da Certã, tel como
se encontra nas garrafas. deve ser considirada como microbicamente
pura não contendo colibacitlo, nem nenhuma das especies patogentas
que podem existir em aguas. Alem disso, gosa de uma certa acção microbi-
cida O B. Tifico, Difeterico e Vibrão colerico, em pouco témpo
nella perdem todos a sua vitalidade, outros microbios apresentam. porém, re-
sistencia maior.
A Agua di Foz da Certã não tem gazes livres, E limpida, de sabor le-
vemente. acido, muito agradavel quer bebida pura, quer. misturada com
vinho.
DEPOSITO GERAL
RUA DOS FANQUEIROS— -84—LISB DA
“Telefone 2168e 2168