Eco da Beira nº15 22-11-1914

@@@ 1 @@@

 

»

 

 

eme Numero 15.

 

 

 

Rs cinatias
“Ano,

jm O olojojnlao dis/olajair ojotm dj: à
SEMESP + adsroeeis gami co do |
“Sisaoo

Brazil, (moeda bragileiri».

“Anuncios, 1 na 3º e 42 página. 2 cen-

tavos a linha ou espaço dé linha.

Vesperas
des

boda sangrentos incidentes.ocor-
-ridos no sul-de-Angola, veem-em
reforço ‘das ‘rasões nestas’colu-
nas AR A PE nS e ERR con

 

us por esse pass em jo
ra.” Demonstrando eles á’neces-
Sidade de ter, digamos assim, o
patriotisme, nacional, em tensão,
dmplicitamente, condenam. quem,
por-deveres de cargo se não ocu-
pou em destruir ou minorar se-
quer os, depressivos efeitos da-
quela, propaganda. dissolvente.

– Nunça essa corrosiva acção se

«devera consentir, quando todos
OS sinais e até a simples lógica
previsão para breve prazo anun-
ciavam a necessidade dum gran-
de «esforço colectivo. A vulgar
-prudêfcia: aconselhava-o defen-
der, o ‘país de quaisquer influên-
cias capazes de minguarem as
suas qualidades de inergia mo-
ral, O/momentose a situação im-
punham,-pelo contrário, a cultu-
ra dessa inérgia colectiva, o éx-
citamento ate ao máximo E es-
pirito «dededicação, renúncia e
sacrificio pela terra comum.
Não Se pensou assim nas al-
turas. do poder .e a gosma vil e
“contaminante dos cobardes e dos
vendidos enrodilhou-se entretan-
to nas almas, amortecendo-lhes
alentos. Acudiram a colaborar
na-faina torpe, de roldão, os.im-
ipenitentes charlatães do liberalis-
mo e’os agentes das conspira-
ções rebatidas nos mesmos bal-
cões aonde a espionagem germã-
nica regula, as suas-contas..

“A essa enxurrada tentamos
contrariar-lhe os malefícios. Mui-
ta vez tivemos de ser severos,
algumas, nezes iaraça «desalri-

: Estavamos, « assim» o pensa-

 

 

al, sem remontamen-
tos literários e sem. brilho, mas
«cheios ide-sincera convicção-de
bem fazermos. O medo e a co-
bardia eram servidos por muitas
bocas -€.. numerosos agentes. À
“deserção era prégada nas mes-
mas laudas das fôlhas hipócrita–
mente rotuladas de independen-
“tes e que teem sido e são e con-
tinuarão sendo os mais certos

«condutos de todos. os ataques à

 

ilhado

À nossa Voz, ao comêço; qua-
si isolada, -acrescentaram-se ou-
tras vozes. Em breve foi! todo
um clamor. .

A imprensa. republicana. eo
povo contraminavam a daninha
propaganda. A-nação reágia às
toxinas derramadas, no’pénsa-
mento hediondo de que reálizas-
sem a sua morte moral.

E hoje, no momento ém, que

– os: sacrifícios máximos se avisi-

nham, o pais encara-os com se-
renidade ea decisão de supor-
trios por sua honra e fortuna.

»Aesta atitude corresponderá
o govêrno;: sem dúvida, na pró-
xima sessão do Congresso” com
claras declarações, demonstrati-
vas de bem haver zelado o pres-
tigio eo interesse de’.Portugal.

Essa esperança de que, pelo
menos nos negócios da politica
externa, os representantes do po-
der teem trabalhado com inteli-
gência: e civismo, conseguiu
amortecer a violência de recre-
minações,. por certo justas, ao
govêrno dirigidas por motivo de
muitos dos seusractos de: politi-
ca interna.

A certeza, que seguramente
resultará da sessão parlamentar,
de que o ministério” patriótica-
mente procedeu ao tratar dos
negócios internacionais .consti-
tuirá motivo bastante a satisfa-
zer todos os portugueses. “Em
roda dêsse govêrno não faltare-
mos nós tambem, se assim fôr,
apoiando-o até ao termo, «da sua
missão.

Não importará todavia o fc:

to nem; o silêncio ânte, os. proce-

dimentos Jesivos da Republica
largamente praticados por alguns
rninistros a quem o bom’ senso
aconselha umas ferias, nem a
tregua na nossa. reclamação da
defesa inérgica do regimen: ago-
ra, mais do que antes, necessi-
tado de força e de presfigio:’

spin
França. Borges

“Acentuam-se: por: forma ineguí-

– voca» e-com grande alegria de – to-

dos: os seus admiradores, as melho-
rás dêsté intemerato je» ee
jornalista. !: Y

E” com um grande prazer que
damos esta nóticia aos nossos leito-
res, entre os quais França Borges
conta bons e dedicados’amigos,

Ao Mont’Estoril, onde êle está
completando a sua cura, foram na

terça feira visitá-lo os srs. dr. Afon-

so Costa, Germano Martins, -Anto-
nio Gosta e o director dêste jornal,

 

 

 

E

cd e ia em vol

SERNACHE’ DO DO BOMIARDIN

505 OH
“Somposto e impresso fia de grata tetos
LEIRIA | us

 

POLITICA LOCAL

| —ese—

“O sr. Tasso de Pio di não
cometeu sómente o desacato e à itn-
Dn de” “acender nêste Conce-

lho a política das perseguições.”

Ele e a sua gente, certamente
como receio de que a fogueira não
aquecesse bem os ânimos, lançaram
no brazeiro. O combustivel das riva-
lidades locais, entre Sernache’e Cer-
tã, que deve ser de efeitos seguros.
— E Sse fogo esquentador das perse-
guições nunca ardeu, felizmente nês-
te concelho € já pouco aquecia mes-
mo outros concelhos, quando a mo-
nárquia | Caíu.

Eu não tenho memória, pelo me-
nos, duma demissão ou da: transfe-
rencia dum funcionário, dêste con-
celho, por motivos políticos.

A tais processos me optiz sempre
tenazmente, e creio a, alguns evi-
tei.

Os chefes regeneradores’ tambem

nunca os promoveram nem. consen-
tiram, nem alimentaram essas Tiya-
lidades locais, que podiam. existir
num ou houtro dos seus corréligio-
narios, mas que nunca anuiram à
colectividade nem supurarâm nos
seus actos,
— As vagas eram pará os correligio-
narios, é légitimamente, mas nin-
guem os provocava péla perseguição
aos adversários: e com tal honesti-
dade todos sé conduziam que quem
ocupava um logar não perseguia
tambem’os adversários embora na-
turalmente, servisse a política doseu
partidu. |

E” dessa dignidade de conduta

que veio a memória de dr. Guilher-

me Marinha um monumento na pra-
ça publica, sem a má vontade =
ninguem.

-. Foi, por isso, por essa orientação
nobre é honrada da sua política, que
o dr. Mendonça David se retirou
da política com saudade de amigos
e adversários e deixando em todos
sinceras amizades e a mais Tespei-
tosa consideração. a

Por isso eles tiveram em; Serna-
che amigos tão devotados e valiosos
como na Certã.

É por isso que, emquanto., o; SE.
Tasso e os Scarpios que o. cercam
e. dominam estrebucham para; aí
numa doida desorientação, os rege-
neradores que os acompanharam
começaram a torcer a orelha é a
volver olhares suplicantes e saudo-
sos para a tebaida de Alvaro.

, Ágora, O caso é outro, cod

– Nêste regime de fraternidade; em
nome da pacificação universal, os
senhores unionistas teem. o! elixir
duma nova orientação, e Li porque
me viram desempenhando uma fun-
função. publica entraram de fazer
arruaça. leyando a frente a buzina
da Luta.

Nunca tive a aspiração dum em-
prego público: noutro sentido orien-
tei sempre a minha vida pública,

Circunstâncias de ordem diversa,
porêm, confiaramsme um lógar da
República, que’aceitei com relutân-
cia e sem o intuito de encontrar. ali
uma colocação, porque me causa, e
todos o sabem, mais prejuizos do
que benefícios. | –

 

1

É

á tinta sindicância.

 

 

 

of anito ao pára lag é aê isegio-
res “unionistas” viessem logo para a
imprensa pedir uma sindicânéia dos –
meus “actos ve “a minha demissão,
em termos vis! Simaloqoa
Na: tal” local” da! Luta v6’fnélhor
que me chamam é incompetente x
de duvidosa-honorabilidade, »
“Nem, “ao menós, como Fetáliação
eu merecia esta grossér Jango a “Fás
so de Figueiredo!” ‘! | aca
Eu nica maquei”asúa Homo ti-
idade nempertenço ao fintnero “dos
que teem negado ‘a Sua! competência
profissional com6’ comandante naval
e-dos“que teem glosado-ent’miotejos
de ridículo as suas comodas “drágo-
nas’de almirante deipitorescanácio-
nalidade, banhada pôr mansoslagos!
Nem “lhe posso: devolver “a lama
destasobabomeipass porque o-sriTas-
so: quando lançou a pédra ‘ão emeúr-
deiro deixou-se: Bs ad apa ape
sem outros efeitos 10 =p 05
À mim não me atnpia, hem à
ameaça mem’á HRpArido Jolie eu
Em todo o caso é ds “agrade
a bôa vontade. e ;
“E de regista
“Os: senhores Janioni

 

 

Ei

 

– Uma sindicais! é
a: E’ de ‘entermegertovi! uo sc
‘Todas’as’repartiçõesido contelho
da Certã são um modelo: de ordem
e regularidade. 305 lol
“Só a minha é umi’cãos, Reitoria
6 mêses; pela minha ibicompetência
e’“pela minha imbecilidade,’> pois
nem ao’ menos’ conhecia 4” miatúla-
gem que desde a penta Notheação
me está espreitando!
‘ Talvez seja assim, mas, ão pensar
na correspondencia” “da B tutr, ler
bro-me duma anedota que Silva Pin-
to, conta em sua” Alma Flumánia.
“E assim, traniseritá’ tésttialmente : ;

té Brit!

 

 

 

1

em: dia, «entrando Sampaio a
contas comum, político, e palpa,
disse-lhe na “Revolução é: ento!

L É preciso série ão, : sta co

 

 

para não. perceber” a situação ! E

 

“E Jogo, na. correspondência: ime-
diara, escreveu o incrível pe j

NE “rude polémica em que ando
empenhado com. o a
ta: POTHAANSA oia acata
ae

ab eu dad duma outra-varians
tes curiosa: ida “política unionistá-s=a
exploração: derrivalidades “locais
mas-desvaneci nessas considerações
que paravaivficamiie o’caso-terá” de
FREE iii o “próximo 6 eo E

 

 

“Governador tvi
> Eni estado em Lisboa, 9 Sr
dr. Francisco Rebelo, ilastre PRE;

 

Pêzames od samico:

Por aferido de seu paic estão
de luto ‘osnlossos amigossrs. Alfte-
do-de’ Oliveira’Pires; e padre “Map .
nuel de Oliveira Pires, a quer “emo
viamos as nossas Sincéras’ Condo.
lências. . |» DiBC

 

@@@ 2 @@@

 

s portas do seu partidô aos inimi-
gos do regime, o que é um acto de-

rimente para a sua austeridade po-”

ítica e para a dignidade dos que
nele entraram. : :
Um; partido não deve ser um va-
lhacouto de vagabundos: políticos.
Por sua; vez; quem um-dia-teve o
gestos de, por impulso proprio -ou
“extranho, tomar. uma posição contra
Qurêgime,:não pactua,ipor motivo
algum, com osYseus homens um acto
de vida partidária.

Eles demonstraram que na sua

alma, não havia uma;convicção, ique
sseria-respeitavel: | êles: denunciaram
«que são apenas depositários dé ran-

“corosas, paixões de sódios;;o que é
repelente. aOnmiat DS
‘o(Opreçorda pacto:foi um; ataque
à honra, alheia: 5 mori! E 9UP

E’ a injúria assalariada!
ci -Ajustaram a difamação como/po-
-diam ter aceitado a incumbência de
irem fazer um fretebospugil ob o
:Gumpriram;generosamente!

– Esse: monturo de infâmias ; foram
revolver–as mãisimundas 1 )
In São indiscutiyeiso io, [n5

 

 

 

E

 

jam felizes. rr t it
o Não lhes disputâmos mem invejá-
mos: a grandezas nisi pi
:;-Com-as suas forças próprias; mas
legítimas, peguenas-on grandes, ven-
cedor ou ;vencido, o: partido de-
mocrárico |sentir;Se-ha imensamente
maior do que o’ seu adversário po-
HitigoA gigniis set ORA f
– Os senhores unionistas emban-
deiram em arco. 5; Eu
Riremos todos no fim!» Ls
Não temos de que nosjustificar
duma. acusação que na Sua origem
é uma infâmia e na sua. contextura
um,aceryo- de, calúnias, ;
Se eu tivesse;-praticado uma só,
sequer, das-tolices que me imputam,
então. sim, eu o meréceria, esainda
seria pouca, toda a lamaí, ques me
– quiseram asremessar,-pela; imbecili-
dade que teria revelado, de-não. co-
nhecer os: homens. que odientamente
espreitam, todos os -meus-actos, «pa-
ra-os infamar e malsinar! 2

 

 

 

Eu conheço bem a: gente que por –

aí coça as esquinas. e para «quem o
meu logar é uma preocupação doen-
tiace que êles só-veem nas suas ex:
terioridades enganadoras,, «m
Para | essa; alcateia; que esyurma
asneiras é uma situação que aparen-
ta eos seduz “é ‘ds cega: parê’ mim
é: jum “encargo que me preocupa e
domina porque 6’encaro e ‘o sinto
nas suas, responsabilidades e nas
suas dificuldades. + ur
“Não o pedi, Aceitei-o, por um de-
ver partidário, para, servir a Repú-
blica é ser util à minha terra.

 

 

 

 

 

-nNessa preocupação, «eu consumo »

todo» os:meus esforços, gasto todas
as minhas energias, invoco todos os
tecursos: da minha inteligência e da
minha actividade, à elevar “éste
instituto e fazer dele uma instituição
modelar, que honre a República e
“sirva-os superiores interesses desta
região, à. qual, com-alguma odedicas
ção: e idevotado “amôr pátriop que
pode:ser iegualado: mas não; excedis
do e-que essa gente: não tem. cora-
ção nem-cérebro pana;sentire;coma
preender, eu. tenho dado sempre os
sacrifícios dum filho estremoso e os
carinhos: dum: «patriota apaixónado.
Eu quero. honrar o meu nome e
dignificár os meus, actos, deixando
a minha passagem assinalada, não
em letras de ouro, porque me falta
a inteligência ómas em traços inde-
léveis e firmes, denunciadores da
minha boa vontade é dalguma deci-
são, servida por um-são critério:
o vim para êste-lugar comô:
quem «escala, um-emprêgo. público,
mas como quem vai, e com: ‘sacri-
ficio; ocupar uma -posição de. com»
bate e trabalho, Biagêl

 

Tasso de Figueiredo abriu :

“intrigas !

 

vam nessa, promiscuidade ceise-

 

E dele sairei, mais pobre de
mejos, mas com um nome honrado

“e com a riqueza que dá a um ho-

mem de bem a satisfação do dever
cumprido. o

Essa gente que nunca teve um
gesto, um movimênto, sequer, de
amor por esta terra. que os viu nas-
cer ou lhes deu o bem estar que
êles não encontraram na sua, em–
prega os seus ócios a derrubar essa

-Anstituição, com a perfidia da SUZ.
‘ maldade e dos seus ódios, com a

infâmia das suas calúnias e das suas
A

Para-quê? nt

Para’me rirarem’o lugar!

Que gente tão baixa! au
Que almas tãojsórdidas.v5 css ir
‘ A quererem derrubar o maior ele-
mento de prosperidade da sua terra
‘só para nos escombros enterrarem –

:

um” homem a quem êles votaram”

um ódio que, os desvaira e s

( em fun-
damento…. e |

Se essa gente tivesse alma em ,

que se pudesse=e eu quisesse-—fa-
zer vibrar um sentimento de digni-
dada, eu, perguntar-lhes-ia: que mal
lhes faço naquele lugar? ,
E que me importa a mim aquela
situação? j Etico
O meu lugar, aquele que ninguem
me tira, porque ninguem mo. deu,
pontos o conquistei com o meu tra-
alho, com uma classificação que
não receia confrontos com a deles,
NãO D Cs. 4 sa aá 1
Essa gente tambem tem logares
que andou por ai a mendigar, não
como posto de combate e de traba-
lho, mas cómo meio de vida—um
emprego público.” : =

Lá lhes À C
dem é o desempenham, sabe Deus
como; nunca cogitei disso.
* Nunca lhes fui perturbar a diges-
tão nem consenti que ninguem lh’a
fosse importunar. Nunca. lhes, en-
tornei à ESCudsia So

Na minha vida política nunca ti
rei o pão a ninguem!

Sentir-me ia deshonrado, :

Quando me considero, que peque-
no me sinto! mas quando me. com-
paro é com tal gente!…

-Cega-os o meu lugar, pot uma Su-
posta preponderância que êle tem,
“Mas eu mando sempre neles, em

0s”0s seus actos, em todos os in-

 

todos o:
cidentes da sua vida, com mais; fa-
cilidade e com mais segurança do qué
conduzo está pena ao longo dêste
papel. à :
“Eu não penso neles: êles pensam
permanentemente em mim. Eu não
lhes quero;mal; êles odeiam-me.
“Se eu sou republicano êles vão
para a monárquia. ace Rê
“Se eu adoro Cristo êlés’ veneram
Buda. : É
“ Se eu sou católico, êles fazem-se
logo maometanos. E
“Eu despeço um amigo, logo’ êles
vão abraçá-lo. di
Se eu falo, êles calam-se. |
“Se éu vou a um jantar, .êles nem
sabem comer: vaise-lhes o apetite
ou é indegestão certa! j A
Eles passam a sua, vida’a intri-
gar-me e a caluniar-me: eu a defen-
dê-los e’a ‘destulpá-los como irres-
ponsáveis. Ross :
Eu nunca levantéi uma intriga

 

sua.
São:a minha imagem invertida:
por isso andam sempre de pernas
para ‘darto o Ee à
Eu domino-os tanto que, se ama-
nhã, por um désvarió, eu me fizes-
se um trampolineiro, les, no dia se-
guinte, inconscientemente, seriam
homens de bem!… : E
“Que obsessão esta, a de quererem
apear-mé dentro dum partido onde
já’fiz as minhas provas e tenho uma
situação que’não depende já de vo-
tos nem de adesões! as
Mas eurquero dar uma explicação
aos:senhores unionistas e ao público.
+ E sôbrea acusação: de eu fazer
política; no meu lugar: Eq A
E vendadeira !
Quçam bem. Faço-é farei sempre
política. Mas: não a dum partido: «a
da República, Não tenham dúvidas

 

 

quem ali entra.

“| viver, seja funcionário, seja aluno
“amigo da República.

-impaciências, comtudo, nem preci=’

“e ipócrita corroendo-lhe impúdica é”

 

nem ilusões! ;
“Inquirimos das ideas políticas de ,

 

Quem não fôr republicano, sincé-.
ro é provadamente, não entra lá!

E ninguem tenha a veleidade di
dentro do Colégio das Missões s
mostrar desafecto ao regime…
Quem morar naquela, casa e del
ou seja creado, tenha lá os mereci-
mentos.que.tiverha-de ser, -sobre-.
tudo» imeira condição,um ;

 

E quando nós reconhecermos que”!
se acouta alisum inimigosnão hesi-” |
“taremos’no caminho a” seguir—-sem

 

pitações tro aaa

Neste periodo de consolidação di
regime, em que nós o vêmos atrai-”|
coado por um funcionalismo desleal

 

 

miseravelmente a existência, nós
tendemos que o primeiro dever
-quemtem’responsabilidades!e tece-
beu um pôsto de confiançaté! o da-vigi-
lância pela lealdade-e dedicação de
quem o serve. a a

E êsse . dever havemos
pril-ó intransigentemente.
“0 E” possível: que “muit

 

itos’ dos “que
nossestão: lendo: esboçar neste; ma-

 

mento, UM, SOTTISO seio 2!
“o NôS também,» o od ig À
A República carece de ser caute- –

 

losa na sua ‘defesa/ porque ôs Seus
inimigos ‘sãosemhonta úém vergo-
nha;nem: escrúpulos; de;mejosou:de
processos, o-sipona cloro medo |
Emquanto ali-estivermos, seja um |
dia, um ano ou toda a vida–não se
assuste” o “sr. “Passo que isto & um
imodo:de-dizer!-ela! ha deseride- |
fendida, com persistência; ercíêlo, |
contra.tudo e-contra todos. me A
– Nós bem conhecemos as defec-
ções é vilanias’ que por aí vão. Co-
nhecemos: E melhor’do ‘que muitos
supõem: E’ mais dificil entrar lá-do
que assentar praça, no partido unio-
nista da Certã… 1 : |
“E por iss É

 

isso” que” nem’a estes dis- |
pensariamos certidão de’fôlha corri-
days 1O3 OL d$i 1994 150
; E assim mesmo que nós fazemos
a política, mas não é, de ódios nem
tão misera como a que fazem os
no recrutamento

chefes unionistas
da sua’topaoq <sbtsim
Ejtempo- teremos) -deo mais | con-
versa. st
e Bal t has: 8) X
PROMOÇÃO
Foi ‘prómovido a juiz o sr. dr:
Francisco Nunes Corrêa, que duran»
te múitosranós exerceu nesta comar-
ca; com muita; distinção. e: acêrto,
as espinhosas funções, de delegado
do Procurador da República:
dr. Corrêa, deixa nesta comar:
cala imaisíviva saúdadeveo mui: csin-
cera amisade. : Beriétl
– As arestas da sua missão difícil,
e por vezes ingrata, soube êle sem-
“pre quebrá-las’cóm o espírito” tole-
rante da”sua grande” bondade, sem
trair todavia os princípios da justiça
e os, deveres do seu cargo, que êle
exerceu sempre com uma escrupu-
losa rectidão é muita inteligência. *
No“abraço-sincero de felicitações,
que lhe: enviamos, vai! como” nosso
prazer por xi lo: ascender, a magis-
tratura judicial, a nossa mágua, por
vê-lo partir nessa incessante pregri-
nação profissional,

 

 

 

 

 

 

“ Realizou-se em Celoricoide:-Bas-
to: o do nossopresado amigo e-dis-
tintordeputado por (êste circulo e-cá-
itão do estado: maior: Helder Ri-
berro, com a sr.? D. Julieta: Macha-
do Ferreira. sbozio ue o i
Aos-noivos- desejamos muitas, fe-
licidades e lhés enviamos os nossos
cumprimentos;! «>: :

as j RA
“Têm estado em Sernache do Bom-
jardim o nosso amigo: António “Nu-

 

nes Teixeira, de Ferreira do Zézere. |

 

F

Um jornal inglês public.
guinte despacho de Amsterdam:
«O correspondente da guerra na
Bélgica de um jornal holandes, xi
aiser «entre “Teynzeite E
perto do logar onde estão as tropas
e reserva do exército do dugue de
Wurtemberg. Este e o kaiser iam
“Juntos num automóvel cinzento. Sen-

-tados-atraz;-dois-soldados armados
Ã

de espingardas;!»

O kaiser estava muito: pálido; ti-
nha os olhos encovados: e todoo seu
aspecto: era” io de um homem preo-
cupadíssimo € fatigado. E

 

“imóvel” envolto numa ampla capa

era UV BI

ctnzento: QUE es 1
“O veículo deteve-sey avisinhando-
se dêle um oficial do estado-maior,
que informou, o ppbaaRod «mar
cha da peleja. O E da
sorrindo tristemente. r
Seguidamente, o automóvel impe-
rial marchou para Lile, acompa-
nhado de outro, que conduziu al-
é! – óficiais do estado-

 

 

2
a
Dm

ED
tuaion sad bo LO
O kaiser eiô, duque de Wurtem-

berg vinham de almoçar na cidade
de atdioLio o! com ad
Segundo: 6: correspondente holan-
dês; todos-os dias; o;kaiser opentor-
xe, de, automóvel, ,as, posições ale-
más da França e da Bélgic as
“sem”se ddeantar para 4º linha” de
fogo e-imiantendo-se “ prúdentemente
árectaguardades 104 bubbograg
EA sua, presença num. pontor| coin-
c1

 

 

 

 

tira-se. 5 se uk DA o
Parece que odeia os’ belgas, p
fundamente. Recomendou com ins-
tânciá ao duque de-Wurtemberg que
procure jastodo orcusto conquistar o
pedaço de, Flandres belgas. de que
ainda estão de posse as iropas, do
rei Alberto.*, ,.. A
“ Todos’os dias o Kaiser múda “de
automóvel. Alêmdisso,’0s seus dti-
nerários são tódos:em; segrêdo Vi-
sita com frequência os hospitais .d

sangue e mostra-se muito carinhoso
para com’ os feridos. Diz-lhes

 

 

 

entrario * a

r=<«Bons’dias, camaradas! O vosso

kaisen deseja; que recupereis breve
]

a saude, afim:de voltardes de. novo

a luta. o

 

Um ‘antepassado-do kaiser”

 

despótico;”querêndo repovoar” Mtimia
parte-do) Brandebtirgo’ que fôrande-
vastada poz, em prática um extrava-
gante processo que à sua tirania lhe
Is CIRGUS
Recrutou pelos campos por meio
de ‘sorteio uns” seiscéntos rapazes” ‘e
raparigas «casadoirks:que:imandop
conduzir para Berlim; chegados, os
sorteados à capital pru: i
ordenou às raparigas que
sem daqueles rapazes Os
lhes agradassem,“e “aos-padres’ber-
linezes–que- as -casassem-imediata-
mente. Os/homens choravam a , ca-
minho das egrejas como se fossen
levados ao cá dal o .
Dias raparigas “de Berlim dpre-
sentaram-se ao rei dizendo-lhe “que
estavam prontas:a seguir para;Bran-
deburgo, se. êle as.cas com. dois
negociantes da iome
icaram ; « os Ir à:
presença ‘ e” intimouú-os“’a ‘eásarém
com as; duas raparigas:Todos’os
rapazes de Berlim tremeram; de;pa-
vor, e muitos extrangeiros, fugiram
da cidade. Emquanto a remessa’dós
Casáis não se’poz a Caminho, ágen-
tesícasadoira: de” Berlim andou em
anciasocit o [el Esl apr:
Um. dos traços mais; salientes do
caracter de Frederico Guilherme
era a avareza, que O levava a prati-
car’ actos pouco em ‘harmónia:’com
a «dignidade: de” soberano: Quandono: Quando

 

@@@ 3 @@@

 

va em-Berlim,-pará evitar des-

 

 

 

“pezas todos os dias, ia jantar à ca-
sa dalgum dos embaixadores, ou
“dal dos seus midistros-ou gene=”
rai mviajante dinamarquês, de

me Séidelim, que-esteve em Ber-
lim emi1722, di ter visto um-dia.
reique andava–passeando “pelas
Tuas a esgaravatar. com a bengala

 

um monte de lixo, e apanhar. uma –

carta de alfinetes.

 

LITERATURA

A

 

 

“Um homem’ acanhado

i

 

(Extrato das suas memórias)
/4Meu pai e a um, fazendeiro pouco
“afo) tunado, e com pouca; educação.
Ai

 

1

“Ainda eu estava no berço quando
faleceu minha mãe, e tendo ficado
filho único, resolveu meu pai dar-
ime o que deplorava não haver re-
cebido, isto é, Uma brilhante educa-
ção, Mandou-me para a escola, d
onde passei’para auniversidade. Eu
era tímido e acanhado; a mesada que *
fileu pai me dava, muita módica,

“mais contribuia ainda para «

fôs e difícil O. desfazer-me:

 

 

 

 

fio: “que ao mais leve motivo que
me dêem para me perturbar, logo
me sobeso; sangue: às faces, e então
me pareço bastante com. nma rosa
aberta. À intif onvicção de tão

infeliz timidez mé obriga a evitar a

sociedude ; todossos-dias. se metor-: «+:

nava mais aprazível a vida do colé-
gio, especialmente pelaretlexão de:
que as maneiras rústicas de meu
pai eram. pouco próprias para mu-
:darcas mimhas, e dar-lhe polimento:
»: Estava, pois; resolvido a seguir a
vida da universidade, quando dois
imprevistos acontecimentos vieram
dar aos meus negócios um aspecto
«completamente
morteide meu: pai, e ‘da volta. de um
tio; qué-haviadongo tempo se acha-
va estabelecido na: Índia. vÉste «tio;

«de que-meu:pai raras:vezes me ti-
nha-falado;, havia muito que estava

esquecido, e até mesmo se julgava
que tivesse falecido, quando chegou
a Inglaterra, umu semána demasia-
do tarde para fechar os olhos a seu

irmão.“Pouco lhe. doeu essa perda; .

ausente dêle.havia mais de trinta
anos;cúnicamente se havia ocupado
em «amontoar o. brilhante .cabedal
ue trquxera consigo, e no qual fun-
avaa esperança de. ilimitada . feli-
cidadep2: . :

« Emuguanto assim arranjava planos .

de geandesa e de prazer, quer por lhe
haveria mudança de. clima alterado
a saude, quer por lha terem deter-

minado as fadigas da viagem, imor-“-
reu depois de curta doença, “que-lhe-—
arrebatou os sonhos:de felicidadeye v):

 

me constituio único herdeiro de seus
imensos bens. > “125º f
Eis-me aqui na idad
cinco anos, senhor das ihiúhas acções:
e de trinta mil libras esterlinas, dou-
to em grego e em latim, versado
nas matémáticas, mas tão acanhado,
tão hóspede-nas artes agradáveis,
que fazem parte da educação de um
e bem, que ordinariamen-

d a a denominação

 

»:Gomprei-ultimamente uma quinta:
mo campo; as:suasvimediações teem
muitos visinhos da moda : se sesatens :
der-»ao:meu-nascimento e à mustici-
«daderdas minhasmaneiras, será di-
ficil- imaginar:o empenho com que
-procurama:.
cialmente:cos que, teem filhas; pará |
casanóios m 29 toltit 20]
Tenho recebido os mais afectuo-
sós convites, edpezar de ter véemen-
te; -desejo: de-osacejtar; sempre: os
tenho rejeitado sob pretexto de que
ainda me não considero bem’esta-
belecido ma minha nova habitação,
E”.verdade que-muitas vezes me
punha a caminho para lhes agrade-

 

 

 

cer as suas multiplicadas visitas,

 

 

 

diverso;:“Falo da

 

é vinte e

inha sociedade, espe-o:?

“ECO DA BEIRA.

mas chegado à porta faltáva-mê o
ânimo e voltava para trás-transíe-
rindo a visita para o dia seguinte.
“ No entanto, bem resolvido a ven-
cêr a minha timidez, aceitei um con-
vite para jantar em casa de um dos
meus visinhos, cuja franquesa de
-| “maneiras não permitia que eu duvi-
dasse de receber dêle cordial ac
Jhimento. se É 3
Mr. Thomaz Friendley, (é O seu
nome)- é. um baronete, que mora à
distância de duas milhas de minha
casa, e cujas terras confifiantes com
as minhas, lhe rendem por ano, duas
mil libras esterlinas. )
sua familia-consta de sua espo-
sa, de sua irmã, de dois filhos, e de
strês “filhas, : vivendo todos na mais
perfeita união, debaixo dapaternal
: |» vigilância de Mr. Friendley, |
sy Convencido de que meu porte-era
desengraçado, e acanhadas as: mi-
nhas maneiras, havia algum tempo
que eu’tinha tomado lições de um
mestre afamado, que ensinava “ho-
mens adultos a dançar. |
“> Nó principio achei grafide dificul-
“2 dadé na sta arte, mas em breve a
— venci pelos meus conhecimentos em
matemática, que me foram de! pro-
»digiosar utilidade, efisinando-me o
|—equilíbrio da minha pessoa, e a jus-
ta combinação; do centro de gravi-
dade em cinco posturas. Tendo, de-
-pois;-aprendido-a andar-sem escor-
““regar, e” | fazer um cumprimento,
segundo os bons princípios, aventu-
rei-me há-três dias a aceitar o con-
vite do-baronete;-tendo-plena con-

 

 

 

“persuadido de. que-me dariam bas
tante intrepidez para encarar as se-
nhoras.. Mas quando é vã a teoria,
quando não é ajudada pela prática!
is QsaG dis Eta
Aproximava-me da casa do meu
– visinho.. Ouvi uma, sineta; julguei
ser o sinal do jantar. Dar-se ha o
caso que eu os tenha incomodado
com a minha demora? disse eu as-
sustado. No entanto entrei, ejintro-
duziram-me na biblioteca, onde a
família estava junta. Reuni toda a
minha coragem, e dirigi a Madame
– Friendley o cumprimento que havia
ultimamente aprendido. Infelizmen-
te, pondo atrás o meu pé esquerdo,
na terceira postura, pisei O artelho
gotoso do pobre Mr. Tomás, que
me seguia para me apresentar as
“pessoas de sua família. Será dificil
fazer ideia da perturbação que êste
incidente me causou; só podem co-
nhecer a minha perplexidade os ho-
mens de carácter tímido, e creio
que o séu número é bem pequeno.

mente dissipou;o meu dissabor; fi-

dézã êle tinha, para ocultar a dôr
que sentia, é conservar toda a apa-
rência de satisfação. A jovialidade
«ideisua: esposa, -e a amável: ;Jóquaci-
-dade das meninas, fizeram com que
euinsensivelmente saísse da reser-
va, em que me havia entrincheirado.
Introduzi algumas palavras na con-
versação, cheguei finalmente -a pro-
«por novos assuntos. À biblioteca es-
[tava cheia de livros elegantemente
encadernados ; entendi à vista disto
ue Mr. Friendley não era homem
“destituído de conhecimentos literá-
rios, e animei-me a dar-lhe o meu
parecer sôbre várias edições dos
clássicos: gregos: Coincidimos na
mesma opinião. :
A edição de Xenofonte é que me
levou a tratar dêste-assunto. Era de
dezasseis -volumes (coisa que eu nun-
ca tinha visto); réparava nela havia

» bastante tempo, pois muito me: de-
safiava a curiosidade, Levamtei-me
para-a examinar; o-baronete: adivi-

«oto nhowad minha intenção, e suponho

que ‘para:me evitar o trabalho, quiz
sêle mesmo tirar o: Xenofonte.
: O movimento que êle: fez, acele-
rou o meu, e lançando amão ao pri-
meiro volume, puxei, por êle com
fôrça. Mas, ah! em vez; de divros,
uma táboa, que, pela forma que lhe
haviam dado, e-pelo ornato dourado
que a cobria perfeitamente, repre-
sentava dezasseis volumes, me se-
ue à mão, cai sôbre uma mesa pró-
“Xima, é quebra um tinteiro que en-

 

fiança nos meus novos talentos, e:

À urbanidade do baronete gradual-”

quei admirado de ver quanta delica-

 

contra na queda . à
Em vão me asségurou Mr. Frien-

dley que aquilo” não era nada ; eu |

via-a tinta a correr sóbre um tape-
te da Turquia, e sem-saber ó-que
fazia, tratei de’a enxugar-com O len-
ço. Nisto chega um criado-que-vi-
nha anunciar o jantar, Era um alí-
vio. Tive de atravessar uma longa
série de casas que conduziam à sala
de .j
“ale

 

O.
x

RE TES Y 63

Puzeram-me à mesa entre mada-
me Friedley, e sua filha mais velha.
Desde a queda do Xenofonte depau,

“havia-me .ficado’“o rosto em braza. –
O sangue começava a refrescar-se, º

– quando um imprevisto acontecimen-
to. me. precipitou em novas âncias.
Por inadvertência havia posto de-
masiado perto da borda da mesa.o
prato da sopa que me. haviam: apre-

sentado, e abaixando-me para made-

moisselle Dina, que admirava com
complacência, as, rendas. dos… fo-
lhos da minha camisa, entorno sô;
bre. mim o prato. nibrotuito
Apesar do meu guardanapo fiquei
todo bezuntado; os meus calsões de
seda preta ficaram ensopados pelo
caldo ainda quente; durante alguns.

minutos julguei-que-tinha-as pernas

-metidas dentro de uma caldeira fe:
“vendo Lembrei-me a teinpo-da’d

ragem com que Mr. Friendley.ha–

ria disfarçado o meu torméfito, quan-
do lhe pisei o pé; resolvi emitá-lo,
sofri em silêncio e com tranquilidade
aparente aquele contratempo para
mim menos-cruél do. que o. mal su-
focado riso dos criados. Não conte-
rei as parvoices que fiz na primeira
coberta ;-as garrafas que fiz cair, os
môlhos-que eéspalhei,-0-meu dedo
ferido ao trinchar uma ave. Passe-
mos depressa à segunda coberta.
esperavam-me novos desastres. Uma
das meninas pedia-me que lhe cor-

-tasse um bocado. de pômbo, que me *

ficava próximo ; tinha então na pon-
ta do garfo um pedaço de podim ;
cheio depressa. meto o podim-na
boca sem me lembrar que estava
quente; não me foi possivel dissi-
mular a-escaldadela; os olhos pare-
ciafi-que’ me saltavam fóra ; sopra-
va doidamente,’todos lastimavam “a

minha “infelicidade, e cada um se“

lembrava “dum remédio; diferente;
um propunha azeite, outro água, a
final convieram eni que o vinho era
melhor para apagar 6 fogo: Tra-

zem-me do aparador um copo de –

vinho, que bebi com avidez. ..

Mas como; direi, eu o fim desta
lastimosa aventura ? Ê

Quer ‘fosse: por se haver engana-
do o criado, quer porque êste hou–
vesse resolvido fazer-me uma pirra-
sa, foi um copo de aguardente que
o traidor me apresentou. |

Infl:mou-sg-me a garganta e adin-
gua encheu-se-me de bolhas; bato
has faces com as mãos e a aguar-
dente salta-me“pelo narize/através
dos dedos. Em vão Mr. Friendley
repreendeu os seus criados ; em vão
sua esposa ralhou com as suas fi-
lhas; ainda não, estaya cheia a me-
dida- “da “minha vergónha, e da sua
alegria! Na peturbação em que eu
estava, sem saber o que fazia, lim-
pei o rosto com o maldito lenço da
queda do Xenofonte, e em menós de
um instante fiquei todo mascarado
de tinta. O mesmo baronete não se
pôde conter ;stomou parte com sua
mulher na geral’risota; desespera-
do, ergui-me da mesa; saí precipir
tadamente dali e fugi para casa em
Um estado de mágua, que me não
teria causado o sentimento dum cri-
es E DRE do SÊ Go as a ;

*
* *

 

E aqui está como sem me haver |
afastado dá verdade da razão, sofro,

o tormento duma alma que está pe-
nando! ,

Às minhas ricas pernas ficaram
quási cosidas; a lingua’e à boca’as-
sadas, e trago na fronte o sinal de
Caim. E tudo isto não é nada em
comparação: do eterno ludíbrio que
hei de sofrer todas as vezes que se
contar esta aventura.

(Tradução.)

ntar e tive tempo-de cobrar.

 

* ctor do círculo escolar da Certã
-padre Joaquim Tomás.

. Ferreirá do Zézereo

«amigo-e assinante-sr..|
“tolo, dá Certã.

O nôsso editorial é do nosso pre-
sado colega a Montanha, donde,
com. a devida vénia o transcreve-
mos.

 

Esteve em Sernache do Bomjar-
dim o nosso presado amigo é) assi-
nante sr. padre Daniel Simões La-
deiras, que.já regressou a Coimbra.

 

Em serviço de inspecções,
a Sernache do Bomjardim, ni
18 do corrente mês, o digno i

 

 

 

Em Sernache do’Bomjardim,“é5-
tiveram ha dias 05 nossos estimados
assinantes srs. dr. António À, Melo
e Castro e dr: Joaquim Ribeiro;“de

 

 

384€ t Db. tok
e» No-dia’17 último; tivemos 0» pra-

zer de cumprimentar em Sernache
rdo’ “Bomjardim, o nosso estimado
Fernando Bar-

 

 

ANUNCIOS

 

Castanheiro “do Japão

O unico.que resiste à terrivel

“moléstia, a filoxera, que tão gra-

ves estragos tem produzido nos
nóssos. soutos, é castanheiro do
Japã
OQ castanheiro” japonez ofere-
ce iguais vantagens que”o”bace-
lo americano: tem’ oferecido Ino
caso: da-doença da antiga videi-
ra cujas vantagens são já bem
conhecidas. As experiencias teem
sido feitas não só ao norte do
nosso pais mas: principalmente
em França, ondé’o castanheiro
foi primeiro que’ em’ Portugal
atacado pela filoxera, e hoje en-
contram-se os soutos já comple-
tamente povoados de castanhei-
ros do Japão, dando um” rendi-
mento magnifico, 4…
O castanheiro japonez acha-
se à vendá em casa ‘de“Manuel
Rodrigues, Pedrogam Grande.

Ra

CHALET.

Com boa vivenda e nos arrabaldes
de Pedrogam Pequeno — vende-se.
– Trata-sé com o notário desta co-
marca, Carlos Davids :

 

 

 

 

 

Lecciona. Traduções de inglês,
francês e espanhol; 110 /

 

 

 

 

+

“GUARDA-LIVROS

nache do Bomjárdim

Escrituração comercial e agrícola.
Correspondencia. »
Trata-se Com F, Ti êr-

cat da Silva ra
SERMACHE DO BORJARDIN

Interessante monografia. de

 

pro-

– fundas investigações. históricas, ilus-

trada com excelentes gra

MALAS o io
Obra” dividida em 1 cápitalos,
com: um prólogo e notas/curiosas.

 

1 volume de; 378 páginas:
Preço=$50=$50

 

@@@ 4 @@@

 

“O carro. Ena ideal
Aa dom introêncão no OSSO mercado s esta soberha: Marca de amtomóreis:
“TORPEDO MODELO 1914 –

6 cilindros em dois blocos: 95 m/,xX138″/, 406,5 HP a 1200 rotações.

Alumage: Bosch alta tensão.

– Mudança de. velocidades: Electrica Vulcan.

E AMuminação: Electrica Westinghouse..

Conta- “Kilômetros: Stewart.

ise-en-marche: Electrica Westinghouse. ei!

oda sobrecelente,. Faroes e lanterna, Biasinia electrica Bomba-
enche- pneumáticos e Capota

Em outros países teem estes carros. já’obtido o mais extiio Fan sho ‘su-

 

cesso, porque, alêm de suplantar | itodos’os aperfeiçoamentos introduzidos |

nos de outros fabricantes, ocupam um lugar de destaque pela solidez ‘da-sua
construção, elegância, velocidade; duração e economia ‘de “combustivel.

e Teem uma longa-distância entre os eixos, baixo centro de ravidade,
stodas- largas com grandes pneumáticos, excelente 5 sistema de Jubrifi icação au-

romática e estofamento Tuskishade 190.700 0%4

A sua marcha é da maior confiança; tantô nas” ‘ruás dás cidades, como .

nas peiores estradas de rodagem e nas súbidas’ não teem rival.
E, alâm de todas estas vantagens, são extraordinariamente mais baratos

“do que ós de’ us os outros gárros de luxo até hoje. apresentados” no nosso |

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Formato 8.º . Coe NA 4 4 h ES
» Aa a ni pa. Ra so. io. OL O GivEL Sisto DR

2. teomércial (cs. 2S. | .Jnbadeo. ematiliad .o. nu E cepa
o almaço . . ceja sro do pc Hp dolo OBÍROOS E TOKDPOO SUP
o o ar dogs cm to vc. fo cio – RESINA A] o B$400′ 7»
Massa—Lata de quo ss. seção
“= » méio quilo . Si a creed CON es QINELDOO »
Tinta—Frasco grande. . . cc. oo ba8oz »
O ». pequeno . ae o 150%

 

edi ântiga: queda está de a exe
a rápidez eoperfeição todos os’trábalhós’ de” ade e ga
n6 formato, pará ‘o’ “que possue as competentes! inaquinas e grato a
de vatiedade eae qd racionais. e elgpadro dE ai e

 

 

 

 

 

npios de visita desde 24º ety. à cento. |
mo é 2568» ae, casamento. e diuros

aro 4 inca SvE

 

 

 

 

 

 

 

 

pregáfada nor FRANCISCO, simoEs

| O mais ape feipondoi. e eua barato, gaerali

 

 

E “ Com) este apERea obtem! sé 100) “cópias: sab “qualquer, Pp OE
preços correntes, circulares, “mapás, ‘avisos; Ea ie a ae alise-

E o único que está sempré a tuncionar;| porque: [E jhónie lavar: OM
AGUA QUENTE! EM UM MINUTO. iooges OU cOIOLID euSomm 2 sb

“E’ muito útil nos escritórios comercides,: govêrnos: civis, administrações
de concelho, câmaras municipais e, finalmente,-em; todas as, repartições: pú-

blicas é particulares em algumas das quais funciona com: cinexcediveljêxno.

“o Fo único que dá tantas provas nitidas e: ques pode: sfucioner:! cinco
minutos depois de ter servido, por se’lhe’tipar astinta-com úgua-quente em

 

“PREÇO: o APARELHO

 

Para: as seg ten Peer mais too réis po ailos o Isto
ne fá nf

 

sima os pedido devem ser ;diigidos a

“FRANCISCO SIMÕES, E

“2, RUA. Dos é Enfonginsos a

aEttd

 

A ni ciaaa ad Foz da, qa? “tá. apresenta 1 vma ai anna
quimica que a distingue! de todastas outras até hoje uzadas na terapeutiça.
“E” empregada com segura vantagem da Diabetes— Dispepsias— Catar-

“ros igastricos; pulridos ou parasitarios;—nas prever ‘sões di gestinas derinadas
das doenças -infeciosas;–na ceonvalescença: idas febres: graves!) —nasatonisa –
“gastricas dos diabrticos; tubeirculosos, br ighticos; sete.
Gia dei pelos excessos-ow primações, eteupetes?

no sigastr ieismo am
s sDOff 6í ESAi

Mostra a analise bateriologica: que a Agua dla Fop ida ertiiitada como
se encontrainasogarrafas, deve-iser considerada «comos: imictobicainente
pura: não contendo: colibacitlo, as »menhumardas;( especies parogeneas

 

“que podem existir em aguas: Alem disso; gosa de uma-certa acção microbi-

cida. OBTifico, Difeterico’e Vibrãocolerico, em pouco tempo

nella perdem’todos a sua ni quiros nigre Dios E poreia: Te-

sistencia maior:
A Agua da-Foz.da: Contã não: tem gazes ires É limpida, des: sabor: le-

— vemente acido, muito agradar “quer RR nro aca ape ae a ti

vinho, BEIO sistsa ado

DE POSIDO- GERA ri
RUA DOS FANQUEIROS By LISBOA
“Telefone. eos E dl n ésua ch

 

ERRO ça och

 

ERRO ça o