Echo da Beira nº7 04-02-1897

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FUMERO 7
“q
uinta-feira 4-de Feverci
– ABRO L.
dem Om
300 réis. Brazil, anno, 63000 réis.
réis Fóra da Sertã aceresce o porte
— EXPEDIENTE
— A’s pessoas a quem enviamos o
– nosso jornal, e que não queiram hon-
| rar-nos com a sua assignatura, pe-
dimos a fineza de nol-o devulverem
immediatamente, para o que basta
“ escrever na mesma cinta— «Devol-
vido à redação».
Em caso contrario, e visto que a
| nossa tolha é enviada a muitas pes-
| soas, por indicação d’outras, consi-
| deral-as-hemos para todos os effeitos,
| nossos assignantes.
——o
ção que soffresse a propriedade de-
pois que foi avaliada, como no que
diz respeito ao nome do contribuins
te ao qual a propriedade está cars
regada.
As reclamações devem ser diri>
gidas à junta dos repartidores é
apresentados na repartição de faz
zenda. na
Terminado o praso dé reclama-
ção para estas freguezias, abrir-ses
ha para outro turno, que provavel:
mente se comporá das freguezias
de Sernache, Nesperal, Palhaes etc.
A seu tempo, porém preveniremos
os nossos leitores.
Recommendamos por isso à todos
os” que tenham, propriedades n’este
| grupo de freguezias e aos das outras,
iquando lhe chegar a sua vez, que
não deixem expirar os prazos, sen
[irem examinar a matriz e cuidareim
| dos seus interesses, porque ninguem
he pode tratar-delles-com tanto
penidudo: escusado é encavecer à
[importancia deste acto para todos
[os comtribuintes—grandes e peque:
inos—porque todos comprehendent
as vantagens que podem auferir os
|que cuidarem dos seus interesses e
08 prejuizos que podem soffrer os
que se doixarem ficar em casa, cons
‘Hiando os seus negocios ao etrdado
| dos outros-ou ao zelo dos emprega-
| dos de fazenda.
PF As conse Nas do seu desleixc
| 3 consequencias do seu desleixo
bão de começar a sentil-as em ja-
Ineiro do proximo-anno. Venham en
tão os contribuintes queixar-se de
| qua pagam exagerada contribuição
e de que tem em seu nome predios
que não lhe pe:tincem, atiribúindo
tudo, como é costume, contra a fa.
Ea
| serto q
6 seus empregados, quando é
ue só contra o seu desleixo
te negligencia terão que conspirar-se:
| Todos os negocios se tratam nos
iseus prazos fixados na lei; depois…
chorera na cama que é logar quen=
te. E
A frente da repartição dc tazen=
da-da Cerid-acha-se um distiméto é
zeloso funceiongna, animado dos
melhores desejos de melhorar as
condições deste concélho, no que
diz respeito ao lançamento de im-
postos, e a elle se deve este bencli.
cio que o concelho: vae receber,
sendo por isso justo que todos cons
[eorram, na medida das suas forças,
para que as matrizes fiquem per-
feitas e completas, tanto quanto
seja possivel, fazendo desappareser
as deseguuldades e vexames de que
estavam pejadus vs velhos ender:
nos.
Vae n’isso o interesse de todos, é
quando assim não fosse, iria o dever
que nos assiste de auxilint na von:
quista de tão grande beneficio para
este concelho as diligeneias do srs
Eservão de Fazenda, que no des:
empenho do seu espinhoso cargo
tantos serviços tem : restado ava
“contribuintes, sem pre uizo da tas
“senda publica, publica,@@@ 1 @@@
“ee exista, amonisando as escabro
Mella Junior, pelo seu trato Jya- |
A camara resolvew, por unanimi-
a E 1 X Í
no exifluvel, pelo seu zelo nocam- dae, mandar proceder aos estudos
primento dus seus deveres ófficiaes,
sempre ingratos e pouco sympathi-
cos ao povo, ouvindo sempre-com o
maior agrado e aftenção todos que
o procuram. sejam ricosou pobres,
amigos ou desconhe idos. lastimosos
como fmpertinentes.. cortando O
«abuso “e o vexame onde quer que
“sidados da lei, sem esquecer todavia
os interesses da fazenda publica,
conguistára já as sympathias publi
“cas: com a concessão de tão grande
favor a: este voncelho, creará em
“cada contribuinte um amigo, e O
sen Jogar, como homem e como
funccionario, ficará para sempreem |
penhado.
Bem haja!
Camara Municipal
Sessão de 28 de janeiro:
Presidencia do sr. dr. Guimarães
com assistencia dos srs. vereadores
—Emygdio, Lima, Carvalho, Ne-
mes erlniniza use
Lida e approvada a acta da ses-
são antecedente. ; po
— Pelo:sr. Lima foi proposto, em
nome dos povos das freguesias. do
Cabeçudo e do Castello, que a. ca-
mara, tomando em consideração Gs
interesses d’aquelles povos «e a ne-
cessidade-de tão util melhoramento,
mandasse proceder, observadas as
formalidades legaes, 4 abertura
d’uma estrada que partindo da pon-
te do Porto fosse entroncar na es-
trada districtal, da Louzã a Bel
ver, nas immediações da ponte da
Granja, lemonstrando a utilidade
de tal estrada com argumertos de
níuito valor.
Proseguindo na mesma ordem de
idêas e declarando que approvava a
proposta do sr. Lima. propoz tam-
artistas
desempenho dos seus papeis, mas
necessarios para tul fim, para depois |
vesolvor.
Nada mais «se traton», sendo em.
seguida encerrada a sessão. .
am CDC —
Theatro Bomjardim
Tres espectaculos mais deu a
Companhia Arellano no theatro de
Sernache, desde a publicação do ul-
tino numero do nosso jornal e em
nenhum d’elles nos Geu o mais pe-
queno motivo para: modificarnios
desfavoravelmente o nosso juizo,ma
nifestado nas poucas palavras com
que no ultiv o numero annunciamos
v8 taabalhos desta companhia e nos
referimos aos seus meritos artisticos,
que são realmente grandos.
|, se alguma modificação houve
no nosso juizo—que de resto é 0
de toda a gente—foi em sentido
lisongeiro para a companhia que
nos ultimos espectaculos nos tem
mostrado artistas que não figuraram
ou não poderam mostrar-nos na pri-
meira: representação o muito que
valem, E E
O espectaculo “de quinta-feira foi
prehenchido com as zarzuellas que
annunciáros, correndo-tudo-na me-
lhor ordem e agrado, menos para à
companhia que teve uma casa mais
fraca.
Dos espectaculos o que mais tem;
agradado e melhor impressão nos
deixou, e deve tambem ter deixado
4 companhia, é o de domingo não só
porque o conjuneto da representa.
ção nos pareceu mais harmonico é
egual, mostrando-se-nos todos os
muito conscienciosos no
tambem porque: a companhia foi
mais feliz-e de; melhor “gosto na- esc
colha; das peças que representaram
e que eram mais accessiveis á com-
prehensão. do publico, para o que
não pouco concorreu o facto de os
bem o vereador-sr: Diniz, que a actores fallarem mais pauserdamente
vamara mandasse proceder á cons-
irueção d’vm ramal que partisse da
estrada que vae de Sernache ; para
Figueiró (Ancião a Oleiros por Ser-
nache) para o Pampilhal, servindo
esta região, declarando em nome
dos proprietarios dos terrenos que
ella houvesse de atravessar, que to-|
da a expropriação seria gratuita,
tornando-se assim mais comprehen-
sivels. :
«No palo havia mais animação,
nascida talvez no bilheteiro, porque
a receita da recita de domingo deve
ter deixado satisfeitos os hospedes
do nosso theatro, o que bastante
nos alegra, porque a companhia é
digna d’essa protecção e o povo de
ECHO DA BEIRA
=
Sernache,dispensando-lh’a,honra-se,
confirmando os seus creditos de bom
brio e sociabilidade.
O iheatro, melhor illnminado,
com uma concorrencia mais nume-
rosa e mais selecta e com a sua
bonito galeria ‘quasi repleta das fa-
milias da nossa primeira sociedade:
dava-nos idéa das suas noites de
festa, A noite de domingo foi real
mente uma nuite muito bem passa-
da, deixando-nos a todos muito bem
impressionados.
“Os intervallos muito bem preen-|
chidos mala Philarmonica Bomjar:
diva: sf regencia do sr. Annibal
Flores,
“O espectaculo de 3.º feira só po-
de desculpar-se por estarmos no
mez do carnaval: a concorrencia
foi pequena, mas menor a merecia
ainda a companhia, que teve o gos-
to de nos oferecer, como Aarzuel.
las, umas palhaçadas incomprehen-
sivels, com excepção da «Musica
clasicar, muito bonita e muito bem
desempenhada, e do monologo de
baritono de «La tempestad», em
que Espinosa ouviu fartas palmas.
– Do.resto nada sé salvou, não por
culpa «dos actores, que bem cumpri-
ram, mas por culpa de quem testo
iheu as peças, que estava em má
hópais o ;
Aquela idéa de appresentar a
sr.º M. Galinier a cantar, n’aquel-
las circumstancias, o «Duo de lá
Africana» deve ser gémea da que
obrigou o sr. Galimer a andar de
trombone no D. Sizenando!
Mais cautella.
No «domingo ha espectaculo.
NA BRECHA
ms O DJ]
jo sp pio
– Fizemos hoje, como: se viu, uma
pequena interrupção aos nossos ar-,
tigos sobre a estrada da Sertã a
Oleiros ora qa
“Apesar d’isso, vamos inserir tm
documento que mais vem reforçar
o. que temos, dito sobre q assumpto.
Entre às cartas e bilhetes que te-
mos recebido, elucidando-nos na
questão; e animando-nos a ‘prose-
guir no:taminho encetado, acaba-
mos de receber uma carta do nosso
distincto amigo e conceituado com-
mercianté da praça de Lisboa, o sr.
Manoel Fernandes Pereira, estabe-
lecido na rua da Prata, qua vem
evidenciar, d’am modo claro e po-|
sitivo quanta razão nos assiste na
campanha que estamos sustentando.
Eisa carta do sr. Manoel Fer-
nandes Pereira: se
«Lisboa, 25 de janeiro de 1897.
€…+. st. Abilio David. Amigo
e Senhor.
Tendo recebido pelo correio dois
numeros do seu jornal, «licho da
Beira,» que agradeço, ta cum a
maior attenção e com o mais vivo
interesse que li os seus artigos de
fuudo, relativos a melhoramentos no
concelho d’Oleiros..
Não posso nem devo occultar-lhe |
a boa impressão que a leitura d’esses
seus preciosos artigos me causa-
ram, e que é com a maior ancie-
dade que aguardo os subsequen
tes. Como filho d’aquelle concelho,
felicito-me, e felicito todos os
meus conterraneos, por vermos, fi-
nalmente, pugnando pelos melhora-
mentos do nosso concelho— que tão
abandonado tem sido pelos nossos
governos, e pelas pessoas que dis:
pondo alli de influencia, e pela sna
austeridade, não se lhes teem sabi-
do impôr-—-um homem de revonhie-
cida competencia, e que tão nobre
e dignamente nos presta o valioso
auxilio da sua penna, e a cogpera-
ção da sua palavra auctoritada, o
qre nos anima a crer que brevê
conseguiremos o fim tão ardénte-
mente desejado. E assim, V. terá
prestado um relevantissimo serviço
aos povos das freguezias d’aquelle
concelho.
Sou natural da freguezia do Bo-
bral, e só de longo tempo vou visi-
tar minha famiita 4 terra natal; is-
to é devido apenas, sr. redactor,
ás grandes d ficuldades que ha no
transporte para aquelles sitios, que
são cheios de precipicios.
A conclusão da estrada pela ser-
ra, seria, pois, um grande beneficio
para aquelles povos; as terras te-
ram assim maior impertancia, pois
que a concorrencia seria então mui
to mais, especialmente de seus fi
lhos, cujas vizitas á terra natal – se-
riam mais frequentes, como aliás
é desejo de todos elles—o poderem.
nas: fazeres a o Fe
Faço, pois, ardentes para que V.
continue n’essa tão sympathita cam-
panha, pugnando sempre pata que
ao menus seja concluida a estrada
pela serra.
E, pedindo a V. se sirva contar-
me no numero dos assignantes do
seu jornal, pela prosperiedade do
qual igualmente faço votos, tenho
a honra de sabscrever-mo com a
maior censideração e estima.
Seu ete.
Manoel Fernandes Pereira
Cumpre-nós agradecer penhora-
dos as lisongeiras referencias do
nosso illústre amigo e comprovincia-
no, devidas, sem duvida, & sua be-
nevolencia c delicadeza.
Publicamos a carta do sr. Ma]
noel Fernandes Pereira por varias
razões de ponderação; e uma d’ellas
é por ser esto cavalheiro, de sen
úitural, pouco dadv a expansões e
a deixar-se influenciar por primei-
ras impressões. E’ um d’estes ho-
mens prúdentes e reflectidos, que
nada fazem sem pensar, sem lhe
medir o alcatice. Bor estas razões, &
attendendo ao brilhante conceito em
que é tido o st. Pereira, entro a
elassé Commercial, às shas palavras
teem tanto maior peso quanto é a
justiça da causa por que pugna-
mos. à ;
Dentre as cartas que possuimos,
publicaremos mais algumas, gqie
elucidam a questão, logo que 0 és-
paço nol-o permitta. Entre essas
temolas dos nossos bons atigos
Firmino Antunes Barata, Josó
Luiz, João Antunes, etc. ;
mm OE
Qheiro a defúntas
O jomal’o «Seculo» de Lisboa,
que foi um dos mais denodados pa-
ladinos na defeza dos actos deste
miserando governo, tomou ha poti-
cos dias uma attitude de decidida
opposicão á actual situação politica,
criticarido com desusada acrimonia
os actos do ministerio, cuja conti
hinação tios conselhos da corda re-
puta nociva aos interesses do paiz.
A” actital câmara dos deputados
—o impagavel «solãr» que tel
coro estrella a força viva do sr.
Motta Gomes—chama ih dos
seus ultimos numeros o jornal de
maior cireulação no paiz «mascara-
da ignomimosa de um parlamento
sem atctoridade e sem prestigio.»
Vale mais tarde do que nunca;
FOLHETIM
vel quanto o desejava O meu cora-
PREVOST
MAKON LESCAUT
Praducção do francez
por
ABILIO DAVID
— Sae
PRIMEIRA PARTE
+ —Não, não–pensava eu—não é
possivel que Manon me trahisse.
Não ignora que vivo só para ella.
Sabe demasiado que a adoro. E
n’io é isso motivo para me aborre-
cer.
Todavia ;a visita e a saida furti
va de M. de B…faziaame pensar.
Relembravam-se as pequenas acqui-
sições de Manon, que me pareciam
exceder as nossas riquezas presen-
bos.
Isso para mim tinha o sabor das
1 boralidades d’um novel amante. E
esta confiança que Manon me tinha
assignalado com recurso, que mé
eram desconhecido»! Era e im gran-
de difficuldade que eu dava a tan-
ção. Por outro lado, eu não a tinha
perdido de vista desde que chega-
ramos a Paris. Occupações, passei-
os, divertimentos, haviamol os tido
sempre um ao lado do outro, meu
Deus! um instante de separação
ter-nos-hi« afligido demasiadamen
te, Era nos preciso dizer sem ces-
sar. mutuamente, que nos amava-
mos, morreria-mos de inquietação
sem estas continuas confissões,
Eu não podia, pois, imaginar um
unieo momento em que Manon ti-
vesse o espirito occupado d’outro
que não fôsse eu. Afinal, julguei
ter achado a explicação d’este mys-
terio. M. de B…, disse comigo
proprio, é um homem que tem
grandes negocios e grandes relações
os parentes de Manon ter-se-hão
servido d’elle para lhe darem al-
gum dinheiro, Ella tem talvez já
recebido algum da mão d’elle. E M,
de B…veiu hoje ainda trozer-lhe
mais. Manon fez sem duvida em
tudo isto um jogo para me occultar,
a verdade, para me surprehender
agradavelmente. Ter-me-hia rveve-
lado tudo, se eu tivesse entrado co-
mo de ordinario, em lugar de vir)
pera aqui afiligir-me. Mas não me
occultará a verdade senão emquan-
tos enigmas um sentido tão favora- | to ex proprio lhe não falar. So
-Apossei-me tanto d’esta idéia,
que ella teve a força suficiente pa-
ra diminuir muito a minha tristeza.
Voltei immediutamente para casa.
Abracei Manon com a minha ternu-
ra ordinaria. Ella recebeu-me mui-
to bem. Estive tentado, primeiro,
a descobrir-lhe as minhas conjectu-
ras que olhava já quasi como cer-
tas; contive-me, porem, na esperan-
ça de que talvez ella me prevenis-
se, informando-me detudo o que
se passava. Fomos cear. Sentei me
á mesa: com um ar muito alegre;
mas áluz da vela que estava entre
mim e elia, julguei descobrir a tris
teza na physiogomia e nos olhos da
minha amante. Este pensamento
entristeceu-me tambem. Observei
que vs seus olhares se dirigiam pa
ra mim de um modo fóra do costu-
mado. Eu não podia destrinçar se
aquilo era amor, se compaixão,
posto que me parecesse um senti-
mento duce e laúguido. Eu olhava-
a eom a mesma attenção: e ella
não tinha menor difficuldade talvez
em me adivinhar o pensamento,
pelos meus olhares,
Não pensavamos nem em falar
nem em comer. Emfira, vi var duas
lagrimas desses Dellos olhos: per-
tidas iagrumas!
— Ab! meu Deus! –esclome então |
tu choras, minha querida Manon: tu
ofiges-te até chorar, e não me
disseste uma unica palavta das tuas
penas.
Esta não respondeu senão por
alguns suspiros que ainda: aúgmen:
taram mais a minha inquietação.
Ergnei-me tremulo; suppliquei lhe
com todo o enthusiasmo do meu a
mor que me descobrisse a causa
das suas lagrimas: eu proprio cho-
rava enxugando as suas; estava
mois morte que vivo. Um barbaro
ter-se hia enterneeido con os teste-
munhos da minha dôr e do meu
receio. Ao tempo em que et estava
assim todo oceupado d’ella, ouvi o
ruido de algumas pessoas que su-
biam a escada.
Bateram levemente 4 porta,
Manon deu me um beiju; e, es.
capando-se dos meus braços, en-
trou rapidamente no gabinete que
fechou logo sobre si. Afigurou-se-
me que, estando wm pouco em de-
sordein, queria furtar-se assim às
vistas dos estranhos que tinham
batido.
Eu proprio fut abrir. Apenas
abri a porta, senti-me eniacado por
tres homens que reconheci por la-
caos de meu pae. Não emprega
ram comigo violencia; mas dois
dentre elles seguraram-mo os bra-
ços; emquanto o terteiro me revis:
tava us algibeiras, d’onde tirou uma
pequena navalha que era o unico
forro que trazia comigo.
Podiram me desculpa da rietessi=
dade em que se viam de me falta-
rem 20 respeito, dissetam-ine intiito
niaturalmente que procedism assim,
por orderh de meu pae, e que meu
irmão mais velho me esperava em
baixo, n’uma carruagem:
Eu estava tão perturbado, que
me deixei conduzir sem resistir é
sem responder. Com effeito mau ir-
mão esperava-me. Assentei-me na
carrnagem junto delle; e o cochei-
ro, que tinha as suas ordens, par-
tiu a trote largo para São Diniz.
Meu irão abraçou me com ternu-
ra, mãs não me disse nma palavra.
De serte que tive “todo o tempo
disponivel para pensar ho meu im-
fortinio.
Encontrei primeiramente tanta
obscuridade, que não via saída á
menor conjuncinra. Estava cruel-
mente trahido; mas por quem? Pix
berge foi a primeira pessoa que me
acudiu ao espirito,
(Continua),a),@@@ 1 @@@
BEENOGO! UA” na
CARTA DE LISBUA
V
Correm boatos de crise po-
litica, com a mesma insistencia
das outras vezes. Parece. po-
rém, que ainda não vue d’esta…
o que não admira porque 0 in-
“verno está sendo demasiado r1-
goroso entre nós e as poltronas
“do Poder, de bons estofos com-
modos, offerecem um certo ca-|
Jor que se não deve desprezar
Os novos boatos, pois, não pas-
sarão os tres dias do estylo, se
14 chegarem.
—Houve no domingo uma
concorrida manifestação fune-
bre á niemoria das infelizes vi-
ctimas do ultimo desastre na
compsnhia do Gaz O cortejo
erva formado por grande nume-
ro de associações de classe, cu-
jos presidentes ostentávumn as
suas faixas multicores. A pas-
sagem do prestito commoveu-
nos; mas quizeramos antes qe,
tratando-se mais da segtirança
dos vivos, se orgânisasse uma
jmanifestação ao governo para
que não consentissé dentio da
cidade uia fabrica de gaz, e
obrigasse a respectiva compa-
nhia á mais rigorosa observan-
cia de todas as medidas pre-
ventivas contra similhantes de-
sastres, quando fôsse preciso.
– —Continua na telã a ques-
tão dos empregos publitos, em
que estão implicadas persona-
gens varias. Sobre o caso te-
vantam-se já reclamações da
auctoridade Contra certos jui-
gos feitos e publicados. E’ um
labyrintho, uma barulhada,que
se nos não engana o nosso de-
dinho, ficará em aguas de ba-
calhau. Veremos e falaremos.
-—— Cresce o Nitmero, que já
não era pequeno, dos operarios
sem trabalho; Não saberios por
emquanto (quaes as medidas
que o governo pensa tomar;
mas não podemos deixar de
dizer que ellas se tornam de
dia para diá mais úrgentes. Ás
classes trabalhadoras, que mal
grangeiam os meios Ce subsis-
tencia quando a sua actividade
tem onde applicar-se, não po
dem supportar estas crises ter-
viveis. que são sempre velicu-|
los das maiores iniserias: Oxalá
as estações superiores resol-
vam o asswspto O thais depres-
RS DOSSiger cr
— —Sahir do domingo 6 psi-
meiro niúiibero d’um semanario
litterario e illustrado— O Do-
mingo-de (ue é directora a
genial poetisa D. Angelina Vi-
dal. Desejanios lurga vida ao
movo collegiã:
=0O enrhatal chega com os
os prelimihares do estylo, isto
és com todo o seu cortejo de
semsaborias e brútalidades.
Os estudantes feem feito das
trabalho em os conter. Os pen-
nachos de papel com pescs de
varias prácedencias amarrotam
impunemênte os chapeus dos
transeuntes, e os garotos des-
respeitam o fato de cada um
com as portarias mais extrava-
gantes; E’ a quadra da fibra
racional; toda ella se expande
em folias que incammodam e
em demonstrações dé falta de
siso, que repugnam. Entre nós
não se sabe brintar. sabe-se
offender. O incoinmodar as
pesseas que passam é uin bar-
bicacho das festas carnavales-
cas… festas de burro, como
o outro que diz.
Resta-nos, em todo o caso, a
satisfação de que estamos já a
poucos dias da penitentia.
— Para fechar:
A Lolita saltou alegremente
para os joelhos do papá, que
lhe fazia negaças, n’uma bo-
nhomia de verdadeiro amor pa-
terno.
— Quietinha, que fazes can-
car as pernas do papá.
— Ora. A mamã pesa máis
do que eu, e o primo advoga:
do nunca lhe diz isso!….
Martim Feyo.
—— scscEi>oso——
Está em Sernache, de visita
a seu gento o nosso amigo sr.
João Antonio Godinho, de Tho=
mar. Ás nossas boas vindas e
que seja muito longa esta vi-
sitã. a
Carnaval
Approxima-se, minhas sethbias:
E parece vir este anno mais alegre,
mais divertido e folgasão que o do
anno passado, que lá desappaiecen
stb o pó e cinza da quarta feira,
sem uma lagrima de saudade, o que
foi imitito bem feito, porque à não
merece—o patife! :
Ora neste anno temos já dois
bailes 4 conta, em honra de s: ex.*, |
promovidos pela direeção do Club
Bomjardim, sendo um no domingo
gordo eo outro na terça feira que
a folhinha lhe consagra.
E’ o que com todo o prazer po-
demos anmunciar, ao mesmo tempo
qtie applaúditios a direcção do Club,
pela iniciativa que tomou e enja
idéa tem merecido o applavso de
todos os socios, que não lhe negarão
o auxilio e toda a sua boa vofitade.
E” permittido o traje á epocha e
o faté de carnaval, à vontade.
Da ornamentação do salão de
baile de Club foi encarregado o
nosso amigo Eourehto. Ora va-
mos l& a vêr set Lorenço; não nos
sáia de Braga. a ui
Promettéiii sér animados os bai
les é F’algumas surprezas; sabemos
nós que hão de despertár interesse.
Na ultima noite dançar-se-ha um
lindo cotillon offerecido por algumas |
menitias de Sernache. Isto já é uma |
indiscripção. Ponto na lingua. Ago-|
va, Minhas menmas, não se recusem
‘ao asucrifitio» de acompanhar os
papásinhos aos bailes, e daqui até
lá muitas festinhas ao João Neme-
sin, que é o promotor da festas |
O seu a séu dopo. |
Cabeçudo, a festa de S, Sebas-|
HÃO: !
ECHO DA BEIRA
Rectificação
À noticia referente 4 morte
‘do Padre Abreu Freire publi.
cada no nosso ultimo numero,
vinha cheia de erros typogra-
não tivemos
teinpo, nem nos foi possivel r2-
phicos, porque
vél.a.
A local O enterro foi muit
cortada é modificada pelos ty-
pographos, porsua alta recrea-
ção, por tonveniencia gy Past:
nação. POE rose
“Camo não tem emenda pos-
sivel reproduzimos fielmente 0
original que fornecemos:
O entérro
– Àºs dei horas dá manhã do
dia depois do seu passamento
foi o cadáver conduzido á egreja
matriz, acompanhando o pres-
titito a Philarmonica Certagi-
nense é grande numero de ami-
gos do infeliz moço. Celebrou-
se er seguida o officio e missa
de reguiem, pelos rev.Ӽ cone-
go Quintão e padres Farinha
dé Figueiredo, Pires, Braz, Se-
bastião, Neves e outros eccle-
siasticos do Gollegio das Mis-
sões Ultramarinas, de quem
Abreu Freire fôra companheiro
de estudo. e
A’s duas horas da tarde se-
gui o prestito para ocemiterio
d’esta villa, sendo o corpo con-
duzido’ por quatro padres. À
concorrencia de povo era enor-
me, e vimos alli as pessoas
mais gradás desta terra. Foi,
pois, a manifestação
porente que à Certã
4 um dos seus filhos. ..
Sobre à una foi collo-
tem feito
cada uma linda corôa de flores
naturdes Com a seguinte dedi-
catoria: «Os rapazes da Ceitã
do seu desditoso conterraneo
Abreu Freire». a
Por esquecimeto deixâmos
de dizer que o Padre Abreu
Wreire ia vestido á ecclesiasti-
co, sendo as vestes sacerdotaes
offerecidas á familia do finado,
pelo benemerito Reitor do Col-|
legi6 das Missões Uitramarinas.
Tem passado ligeiramente
incommodada com um ataque
de inflienza a ex.” sr? D. Ma-
ria do Ceii de Mattos e Silva,
gentil filha do nosso amigo dr.
Maitos é Silvas O
Promptas melhoras.á
E Peguei
nl
0
Entrou em tranta convales-
cença, achando-se por isso li
vre de perigo da doença que o
Fafiigit, im filhinho do nosso
amigo Daimel dos Santos Ta-
vares. E
– Às nossas felicitações:
1 a | Partiu pwa Liloa o nosso
suas, e à polícia tem tidó bom | Realisou-se no domingo,no amigo sr:
Silva.
Boa viagem.
mais im-
João Nem sio da
Exposição
Por iniciatiy: do Atheneu Com
mercial de Lisboa deve realisar-se
na séde d’esta associação, durante o
mez de abril do corrente anno, uma
exposição de rendas, bordados e la-
vores femininos.
Applaudimos do coração a idéa
da direcção do Áthenen Commer-
cial, digna dos maiores louvores pelo
seu util emprehendimento, procu-
rando realisar este certamen com o
qual; como da primeira vez que to-
mou esta generosa iniciativa, muito
contribuiu para o engrandecimento
e desenvolvimento d’esta industris
que, tanto nas escholas como no
trabalho particular tem attingido
grande grau de aperfeiçoamento na
belleza do publico como no gosto
do desenho.
N’estas exposições annuaes pro-
cura o Atheneu tornar do dominio
publico esta industria, de forma que
o trabalho nacional possa ser co-
nhecido, apreciado, discutido e re
compensado pelo publico que, co-
nhecendo-o decerto o preferirá aos
productos simíares extrangeiros,
que invadem o nosso mercado.
A’s nossos ilustradas leitoras re-
commendámos está exposição, pe-
dindo-lhes que à ella concorram,
rêniettendo os produtos do seu tra:
balho para a sédc do Atheneu na
rua de Santo Antão, 140, obser-
vando as condieções do programma
que são as seguintes:
1.º A exposição será dividida em
3 grupos, sendo, o primeiro grupo
«rendas», o segurido «bordados» e
o terceiro «lavores» Es
2.º Ag recompensas constarão de
diplomas representativos de meda-
llias de otiro, prata; cobre e. diplo-
mas de hortra.
3.º-Rigorosamente observar-se-
ha que todos ob prodctos serão de
fabricação puramente nacional, isto
é, tabricados n» Paiz;
4:º—Os prolu tos sómente serão
expostos depois da Commissão comt-
petente dar o seu parêcer de:
«admittido ao concurso».
5.º— A exposição constará de to-
da a especie de «Rendas; Bordados
e Lavores femeninos», qualquer que
seja à materia prima:
6.º—QO Atheneu terá vitrines a-
propriad.s para a collosação dos
producto-; apezw d’isso 03 exposi-
tores pólem, querendo, mandar vi-
trines especiaes.
7.º— Os transportes de ida e vol-
ta sérão feitos por conta dos expo-
stores. O Atheneu garante a ex-
cellente conservação e bom atondi-
cionamento dos objectos.
dos 4 exposição devem ser entre-
gues na séde do Athenu até ab
«dia 20 de março» inclusive.
9.º— Os expositores poderão niar-
car os preços de venda; o Atheneu
cobrará 10 ºj; do producto total de
vendas e encomendas feitas ha
exposição. :
10.º—Haverá um jury compe
“1H.º—As recompensas serão en
tregues ãos expositores no dia-do
encerramente da exposição: .
12º A esposição abrir-se-ha no
dia «l de abril) e encerrar-se-ha
no dia «30» do mesmo mêéz.
13 º—0s objectos destinavos 4
exposição devem vir acompanhados
de uma nota, designando o nome,
morada, localidade ec quantidade
dos pruduetos enviados.
14.º— Quando o expositor man-
bm explicita nã mesma nota:
15.º-—Nos diss em que a entrada
na éxpos’ção fôr paga, os exposita-
res terão iágresso gratutamente,
pura o que receberão um bilhete
especial é permanénte.
8.º— Todos os trabalhos destina-|
tente pára bem poder avaliar dos)
“| producto expostos.
Ur
Philarmonica Certaginensé
O sr. Roberto Marianni, dic
rector da companhia equestre
que se acha n’esta villa, pro-
jecta dar no proximo sabbado;
caso o tempo permitta, um va-
riado espectaculo ein beneficio
d’esta sociedade.
A quem competir
Pedimos providencias pará,
o estado deplorável de lamas
cal e immunditie em que Se
encontra à rua do Valle d’esta
villa.
Uxalá que sejdmos Aattendi-
dos.
N’estas ultimas semanas tem
sido actacadas da infermidade
bechigas muitas pessoas d’este
concelho e freguesia tendo já
fallecido algumas pessods dá
mesma doeiça.
v
sds
Tem esperimeritado algu-
gumas melhoras o Tev.& padrê
João Antonio da Silva, capel>
jão da Real Capella de Nossa
Senhora dos Remedios:
” Preços do mercado
Carnes
Porevp i5 killos.:.:. 5:508
Vaca, 9 paca 3:150
Chibato» » 2..vo’ 1:950
“Ceredes
Trigo 13,544 1 …: 700
Centeio. ». ut .20 020
Milho 4» sc… 400
Vinho
20 1: da terra ::..:. 1000
20) 1. da Beira :.:.:: 1:300
Áxeite
1894 101. .. 2:000
1896 » 5» 1:800
.. . 0 o
Erritas
Por lapso de revisão, safil
outro dia no folhetim Cincoeúita
“emúdos; eni lagár de— tintoenta.
escudos: Carruagem de portas;
em vez de—carrugem de postas
E mia locál sobre o comptabi-
lismé satu mr. Selvay, em lu-
gar de mr, Selvoy.
— ANNUNCIOS
VINBOS |
Ras CUBA 12 PCS da o eae
Direttamente da casa do lnvra-
dar preços, design -osha de torma|P
dor chegou uma remessa de vinhos
pará a Loja do Povo vender a ré-
| tulhio. Mandão-se mostras a quem às
pedir para ver a boa qualidade.
Vende-se tambem azeite da
cita dé 1894: a
| Albano Ricardo Matheus Ferreira
| Rua do Valle 107–CERTÃ
Cos,CERTÃ
Cos,@@@ 1 @@@
mes me
ALMANACH AUXILIAR
DE
LUIZ DIAS
ICE
PARA 1897 |
Começou este anno a publicar-se
em Coimbra este novo aimanach,|
propriedade da conhecida casa Ma- |
noel Caetano da Silva. |
| Ss
|
|
E” um divro de 416 paginas mui. eda, mercearia, ferragens €
to util e custa a insignificante quan- quinquilherias
tia de 140 reis.
om rinha p=
Insere, alem das tabellas do cos. | e E ne a
time, uma deseripção ilustrada de 408, papel, garrafõdes, re a
Coimbra, varios apontamentos his- de sala, camas de ferro e lava-
toricos e 365 paginas em braneo |torios, iolha de Flandres, esta-
para apontamentos de familia. nho, chumbo, drogas, vidro em
A” venda em todas as livrarias e) chapa e objectos do mesmo, vi-
na Certã ra loja do cCepositario | : a É E
João da Silva Carvalho. — mho do Porto, licores e cognac;
livros de estudo € litterarios,
[tabacos etc.
Preços extraordinariamente
daratos e sem competencia
| Agencia da Companhia de
ps Portugal.
Laboratorio chimico-industrial |
de
4. P. Moreira Lobo
a a naça do Commercio, 1 a 7
41, Rua da Piedade, 41 CERTÃ
| (a Campo dOurique) À
| LISBOA” dinbrisa a Dagor
| SE DE
| Este estabelecimento tem actual.
|
| mente em laberação, e póde desde
| já satisfazer todas as encommendas
| que lhe sejam feitas da provincia, | TJ
XA | dust
Papelão nacional
nica premiada na exposição in-
rial de Lisboa em 1898.
| dos seguintes productos: GRA
| QUADRADA (Popular); dita preta, Cada maço de 15 Kg., contendo
| redonda, (M. Loup) n.º 2; dita n.º 1; [8 2 30 folhas, formato 64 x 80, 900
[dita de côr, n.º 2; dita n.º 1; dita | réis:
| para pellca n.º 1 e n.º 2, |
| PÓ INSECTICIDA (M Loup)|
| Preparado para a destruição dos |
ratos, toupeiras e outros animaes |
Satisfazem-se com ranidez todos
os pedidoz, sendo postos em qual.
quer estação de Lisboa por conta
da fabrica, quando as encommen-
[CREVER, em frascos, ou latas de
7 litros.
ELEXIR DA fIBERIA para a
Cura prompta e radical das frieiras.
Remette se para a prosincia, france
file porte, a quem enviar 280 réis
em estampilhas.
Mais de 20 annos de bom exito! |
«Grandes descontus aos revende-
dores, sendo “a prompto paganen-
to». á e
“Todos cs peddos dirigidos ao
escriptorio da dabrica-Brito No-
| gueira.-—hua d’Alcantara, 62 A.
LISBOA
gua Setdela Da dus ds
City
sande publica e
OM à medalha de pra-
x
tt
E
|
| Approvada pela donta con-sultiva de
anctorisada pelo governo. Premiada «
fa nas exposições portugueza ge SD, dC Anvers de ESDE,
Saint Blienne de 1895, diploma de honra Riareelha de KS9G,
Concurso de Bygiene Bruxcilas 1896.
| :
| Esta agua apresenta uma composiç
8 aguas minero-medicinaes até
Deve as suas princip
ue no organismo hua
ante», e assim ge explicam: os notaveis
ispecialmente nas doenças de: Estomaugo, Garganta, Diabetes, Uterinas,
Dbesidade, Uiceras, Syphilis. Diarrhêa, Purgações, Gastio-inteslinal e nas
nflammações em geral,
Não tem guzes livres; s
a com vinho. Aº venda
ão chimica que a distingue de todas
hoje empregadas na therapeutica,
aes propriedades ao «sulfato. acido de alumina»,
ranoa ctui como «adstringente tonico e desinfe
beneficius que o seu uso produz
abor muito agradavel quer pura quer mistura-
nas piincipues pharmacias e drogarias e nos
epositos:— Porto, rua de Santo Antonio, 49. Coimbra: Drogaria Jd.
igueira & C,º- Figneira: Pharm, Simões dUliveira. – Thomar: Pharm.
orres Pinheiro. — Deposito geral: Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º; Lisboa.
ABRICA DE BESIDAS ALCOOLICAS
ALBERTO DA SILVA & C;
nventores do afamado licor CANHÃO
£O, Rua da Padaria, 4
ah DEPOSITO GERAL DA FABRICA
Participam ao publico que continuam a ter grande cortimento de
ebidas em todos os generos e para diferentes preços, taes como: gene-
ta, cognac, licores, vinios do Porto e M. deira, cremes finos, garrafas
damente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e ginja.
Fuzem-se descontos para os srs, revendedores, e em Lisboa, envia
qralquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe
imnto acaba de mantar uma magnifica tabrica de refrigerantes em
adições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
| I
‘abrica—
KTRO COMMERCIAL
Completo sortimento de fa-
zendas de algodão, là, linho e
hapeús 6
» Chapeus, gua:
E il) DA BEIRA
– e Es. esa o PRO cor
F6GOS D’ARTIFICIO
|
QU pyretechnico David Nunes
Silva, da Certã, satisfuz para todos |
[93 pontos do palz queiquer envom- | w es Tas
menda de fogos, em todos vs gene- É a Rel
va, por preços sem competencia. | 1 SN á no
Apresenta sempre novos e varias! E É B E
dos trabalhos, d’um efreito surpre- da ao Aaob8 him do
hendente, rivalisando com os me-
3
lhores do estrangeiro.
Este pyrotechnico, já bastante | e Rd =
t; i J t e SBaISIA GO pra
E ES Bad O ta,
conherico. em Portugal. onde os
à E
se abal sido admirados : ;
“eus trabalhos teem sido admi; | N’esta cfficina se fazem todos os trabalhos concernentes 4
foi qnem forneceu os fogos queima- |
dos odio o pelo Centenario de | “rte tiypograpata, para o que tsm pessoal habilitado, por pre-
Santo Soshio e em TPlomar pelo | Ços assás rasoaveis,
de Gualdim Paes. | Aceeitam-se encommendas de facinras commereiae
Comespondencia é lietes de estabelecimentos, memoranduns, participações de ca-
rothechnico – |Samento, etc., ete.. impressos officiaes e bilhetes de visita, para
David Nunes e Silva o que esia casá possue um grande e variado sortimênto de mac
——— | teriaes que mandou vir expressamente das primeiras casas de
RETRATOS des:
Garante-
Piram-se em diffcrentes ta- promptidão.
manhos desde 800 reis a a O
garantindo-se a sua perfeição | E
e nitidez, ;
Encarega-se de ir tirar pho- |
À
| VALLE

a]
Sa bi-.
pedidos ao py-
se o bom acabamento dos trabalhos, a nitidez e:
damninhos, DE SINFECTANTE das sejam superiores a cinco mas:|.
ASIA PICO. TINTA PARA ES- | sos. Aceeita-se apara em troca.
ique aqui annunciamos. De todos os
tographias a qualquer ponto
deste concelho, mediante ajus-
te especial.
Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commer-
cio.-—DERTA,
ALFAYATERIA ELEGANTE
BI DIA, 55, 55
Rua da Escola Polytechnica |
Sortimento collossal de var
45400, 63600, 75550, 85400, 98200
108500; 128000 até 203000 éis.
Double.capas, enorme variedade
a 35500, 65800, 13800, 95700,
115000, 123000 e 185500 reis.
Sobretudos, grande saldo de fa.
zendas a BAG0O, 53800, 65500,
“500, 88500, 98000, 108000, 125
até205009 réis.
Capindós para ereanças desde 9
inos a
Por. mofo do emprego dos Mo
lixin, P6 o Pasta dentifrícios Ee ;
da ABBADIA de SOULAC (Gironde ) ã
9 Medalhas de Ouros Bruxellas1880 — Londres 4884 É
AS MAIS ELEVADAS REGOMPENSAS E
NO ANNQ
« Ouso quotidiano do Elixir Den-
tinos, com gose de aigumas gottas
comagua, prevem e cura a carie dos
do e tornando as gengivas perfei- Pes
tamente sadias.
viço, assignalando aos nossos lei- 4
tores este antigo e utilissimo pre-
pcs
ER,
Dig À DOM MAGUELONNE, Prior
INVENTADO Pelo Prior E
tS73 Piorro BOURSAUD
tifrício dos RR. PP. Benedic- ;
dentes, embranqueceos, fortalecen- Ê
« Prestâmos um verdadeiro ser- RE
parado, o melhor curativo & o
unico preservativo contra as
dAiiocoõos dentarias.»
Casa fundada era 1807 188 106et408, rus Croix-da-Saquoy E3
àgente Geral: SEGUIN BORDEOS
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até 5 anos a 13800, 23500, 25800, E
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Fato completo de diagonal, 65800!
Fato completo de Fanella, 75450]
Pato completo de cheviote espe-
cial, 858500
Fato completo de flanell
ABILIO DAVID e FERNANDO MENDES
]
3
1
“este ma-
idade com o program-
“e 2.º erans, confor-
Acaba de ser posta 4 venda a segunda edição «
gnifico compendio. redigido em conform
ma dinstrucção primaria elementa: do e 2
rior, 95800 me o decreto de 19 de junho de 1896. E um livrinho que se
Grande e variado sortimento de | Pevomimenda, não só pela acertada disposição pedagogica, co-
Bengelas e Guarda-chuvas a 990 [mo pela extrema clareza das suas definições e pela excessiva
Fatos das mais finas casiuiras, | barateza do seu preço.
cheviotes, fanelias é dingonaes a Brechado, 80 réis; cartonado, 130 réis.
CO AD
fes de familias economicos qne não | INportancia e dirigidos a J. N. GUERREIRO,
Rua Nova da Trindade, 80 — LISBOA
ALFAYATERIA
Trabalhos em todos os
Garante-se a perfeiç
à supe
pectiva
comprem n’outras casas sem pri-
meiro verem as qualidades dos va-
ines, sobretudos e mais vestuario
preços acima expostos temos e em
quantidade, “pedimos a finsza de
apresentar este prospecto e por elle
verá da nossa verdade.
ATTENÇÃO
Como temos sido macaqueados
nor alguem que pretende imitar
por todas as fórmas a nossa casa
por isso lembramos que reparem
vem na taboleta e procurem sem-
pre na mesma taboleta os numeros
eguintes:
EIA, De Das
B INDE-Uma bonita carteira |
para notas a quem comprar de 55800,
éis para cima.
generos por artistas de Lisbca.
ão e boni acabamento das obras.
FATOS DESDE 48500 RÉIS
Grande sortimento de fazendas de IA,
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
la 7, Praça do Commercio, 1 a 7
CERTÃ
TYPOGRAPHIA-Rua do Valle. —SER’ “À
José Clemonte
om nenda que lhe seja feita,
t
Editor responsavel – ANTONIO DIAS D’OLIVEIRAIVEIRA