Echo da Beira nº8 11-02-1897

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DR e er
CONDIÇÕES pv D’ASSIGNATUI RA
Anno,, 15200 réis. — Semestre, 600 réis, — Trimestre, |
300 réis. Brazil, anno, 65000 réis.
réis Fora da Sertã accresce o porte
avulso, 30 réis. Correspondencia respeitante á administra |
o dirigida ao administrader d’este es Luiz DIAS.
EXPEDIENTE
A’s pessoas a quem enviamos o
nesso jornal, e que não queiram hon-
rar-mos com a sua assignatura, pe-
dimos a fineza de nol-o devulverem
immediatamente, para o que basta
escrever na mesma cinta— «Devol-
vido á redação».
Em caso contrario, e visto que a
nossa folha é enviada a muitas pes-
soas, por indicação d’outras, consi-
deral-as-hemos para todos os effeitos,
Russos assignantes,
ee AHEAD me
VIDA NOVA
Cahin o governo!
Estas poucas palavras tran-
“smittidas a todo o paiz em mi-
lhares de cartas, de telegram-
“mas e artigos de j jornaes, noti-
cwndo,. no seu laconismo, O
accontecimento que mais pode-
ria abalar a alma nacional, na
sua vida politica interna, é ho-
Je é thema de todas as discus-
sões, o assumpo de todas as
conversas. a idêa que absorve
todos os pensamentos d’aquel-
les que, menos tocados da pé-
cha do egoismo e- de indiffe-
rentismo, se interessam pela
liberdade, pela dignidade e boa
administração do paiz.
Cahiu o governo!
Terminou emfim egse consu-
lado que durante quatro lon-
gos annos pesou sinistramente
nos destinos da patria, envile-
cendo-a aos olhos da Europa,
roubando-lhe a liberdade, : cal-
cando-lle as regalias populas
res, vexando-a e arruinando-a.
Cahiu o governo!
Acabou de vez essa orgia
governamental, com todas as
suas loucuras, coin toda a sua
corrupção inconsciente e sem
escrupulos,
Cahiu o governo!
E, cahido elle n’esse atoleiro
dos seus erros e dos seus cri-
mes, onde se afundou, entre
as maldições d’uns é o despre-
so de quasi todos, renasce para
R nação a esperança da liber-
tlade que lhe ronbaram, da di-
&nidade que lhe denegriram,
do crédito que lhe perderam, 0
respeito, emfim, pelas l.is con-
stitucionaes, conquistadas com
tanto sacrificio e com tanto
sangue!
dra,
x
Quinta-feira 11 de Fevereiro de 1897
REDACTOR PRINCIPAL —A BILIO DAVID
Africa, ando, 23000, ||
da cobranca, Numero |
|
no foi edciia com mais inti-
ma satisfação, com mais since-
ra alegria e com mais confiada
esperança na obra doss seu suc-
cessores,
E* que o paiz, cançado e de-
silludido, parece crente em que
nada peior lhe poderá vir: não
lhe deixa saudades o ministe-
rio que morreu e incute-lhe es-
peranças o governo que nasce.
K? que na administração do
estado não se opera hoje, como.
das outras vezes, uma simples
mudança d’homens para satis-
fazer à rotação politica dos
partidos—uma ficção constitu-
cional-=: é uma revolução de
idêas e uma conquista de prin-
|cipios, aos quaes se submette-
ram os mais altos poderes de
estado, para transigir com a
opinião publica manifestada
com toda a vehemencia embora
ser alaridos e sem grandes agi-
taçõas — firmemente e serena-
mente—e talvez que por isso
mesmo mais respeitavel e mais
indomavel.
Não é só a victoria d’um
partido liberal: e o triumpho
da propria liberdade amorda-
çada duradte quatro annnos
pelos caprichos desvairados
duma situação politica, que na-
da de bom e perduravel legou
ao paiz.
E! a submissão d’essas idêas
de força blasonados com tan-
tu inconsciencia, é a capitula-
ção d’esse systema de governar,
experimentado com desvario é
de resultados tão contraprodus.
centos para as instituções &
para o paiz. –
Chega flnalmente o castigo
para tanta leucura, a punição
de tanto crime, n’esse desabar.
,
d’uma omnipotencia mais de-
cantada do que real.
*
es
Sobiu aos conselhos da cos
rõa o partido progressista: tos
ma as redeas de governo que
elle não sollicitou e para o que
o foram procurar á sua intrafs,
|
volto na mortalha da
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
E EE
“Rua do Valles- saida ‘
revolta
de todas as consciencias.
São grandes as responsabili-|
dades do novo governo mas
cremos bem que elle corres-
ponderá ás justas reclamações
da: opinião publica, fazendo
uma administração sabia e ho
nesta e dando ao paiz leis ins-
piradas nos mais sãos princi-
pios, em troca d’essas leis renç-
cionarias, que são a vergonha
d’um povo livre.
E’ grande a transformação
politica por que vamos passar
mas essa revolução será salu-
tar e benefica para a liberdade,
para as instituições e para o
paiz, que, desilludido, põe to-
das as suas esperanças no novo
governo, cuja vida publica dos
seus membros se esmalta em
tantos titulos de honestidade,
de trabalho, de valor e de de-
dicação à causa da pátria e
da liberdade.
* «
Pelo que diz respeito á si-
tuação politica d’este concelho,
derivada dos ultimcs aconteci-
mentos, cremos bem que elles
não lhe serão absolutamente
indifferentes « que a vida poli-
tica da Certã terá que passar
por algumas transformações, to-
mando uma teição menos escu-
ra e mais definida. E
Assim o exigem os Interesses
do concelho enfeudados 4 pro-|
tecção espuria des corypheus
regeneradores! e se. alguem
conta manter a situação com-,
moda disfructada durante miais
de 20 arnos, soccorrerido-se a-
mesma politica de habilidades
e manhas, malleândo as suas
corivicções faceis, pará se fian-
tér seit caniceitis à apregoar
uma importancia que não terh
e a blasonat d’uma omnipoteri
ciá irrisoria, cedo lhe chegará
a desilusão. e com esta à re-
diicção das suas forças ás suas
justas pro; OF ;ões.
Os homens publicas que hão,
temi valor proprio e que não
sigencia politica, qtie manteve | representam uma individializ
honrada e dignamente, contra dade prepondet uite idos desti-
todas as sollicitações € contra | nos do paií, amparando-se en-
todas as ameaças, em fr ente tre à protecção d’um partido e
da causa da liberdade e das a dedicação dos setis amigos,
histituições cyiticamente sacri= artastam Senipre ilmá existen-
|
ficidos por um goverho, que cia fuga qte dura à vida go-
morre deante da indignação vértisiniontal dos seus parti-
Núuca a ida ar um gover-. dos seus proprios amigoe, en-| dos:
|
|
|
Hj
Quando lhes falta o calor da
proteeção ministerial a vida,
que até alli era uma blandicia.
torna-se difficil, tormentosa é
eriçada de difficuldades,mas se,
com aquella, lhe falta tambem
a força dos amigos, à ruina e
certa —irremediavel!
N’estas circumstancias che-
ga-se à failencia politica e os
politicos assim fallidos, como
os fidalgos arruinados, recor-
rem ao credito puma aparenta-
rem a antiga absstança, implo-
rando a comiseração d’aquelles
com quem repartiram as mi-
galhas das suas impreviden-
cias.
halsa situação quasi sempre!
Os fidalgos soccorrem-se e
com. as politicas . ajustam-se
contas; porque a sua – fallencia
é quasi sempre precedida da
ruina dos interesses que lhe fo-
ram confiados.
O concelho precisa de vida
nova; que ninguem lhe negará,
pois estamos certos que mnin-
guem de dentro do partido
progressista ou seu alliado terá
a louca velleidade de o furtar
á transformação politica que
vaé soffrer todo o paiz.
—— Sede —
QUEDA DO GOVERNO
Cain, emfim, o gabinete Hintze—
João Franco. Estéve tins poucos
de dias na agonia que foi prolonga-
da é violenta, Uns batem palmas “de
contentes; é outros derrubam à o:
relhia,
E” da praxe.
O novo ministerio ficou assim
coistituido:
José Luciáno de Custró—presi:
dericia e reino.
Frederico Ressaro Car cla-—fa-
Zonda:
Fraricisto Antonio da Veiga Bei:
trão—justiçã.
Augusto José da Cunha—bbras
públicas:
Francisco Maria da Cunlia—gner-
ea
Henrique de Barros Gomes-==nid-
rFinha é estrangeiros. Com esta ul-
tina pastã ifiterifiarhente, visto que
0 ando indigitado pára ella 6 0
r- Mathias de Carvalho; actital re:
rbiontínio e Portujel junto to
governo italiano:
a
Foi aposentado, à teqiieri=
meto set, 6 gr. Curlos Motiz
teito Dorres; digno empregado
da Escola Polytechiiicã de Lis=|;
boa, o qual serviu iinitos am- Jatar os mereciiientos qué são
nos stperiormente:
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal,
cada lginha 40 réis. Repetições, 20 réis cada linha. da
| nuncios permanentes, preço convencional. Os senhores as-
o teem 6 abatimento de 20 0/0.
Os originaes’ recebidos no se de volver:
cada liiha 100 réis, Anunncios;
E a : x dis
Luúrénço Gayolla
“«No concurso aberto pelo «Dia-
rio de Noticias» para a. publicação
d’um romance historico; tendo, por
thema a partida do Vasto da Gama
para a India, ou episodios referen-
tes ao deseobrimerito peloá portu-
guezes do caminho inaritimo para à
India, teve o primeiro premio
narrativa historicoromantíca firma-
da fpelo pseudonyiio «Beh-Sad»,
que se apurou ser do sr. Candido *
de Figueiredo. Muita e cordeães
felicitações ao nosso amigo e illus-
tre escriptor: miitas á ltteratura
porfugueza por conta? miais um I-
vro de tão grande,
ia emtim, ao « Diario ne ae
2
Es
moroso honie o io eleito —ga-
rantia, aliás desnecêssaria; do rigor
ritido de scu juizo.
Mais dois trabalhos foram classi-
ficados em igitaldade dé valor, im-
mediatainente ao do sr. Candido ce
Figueiredo: um romance do sr. Ar-
thur Lobo d’Avila, e outro do nossó
querido amigo e priioróso escrip-
tor sr Loúrenço Cayolla, redactor
do «Correio da Noite», e uma das
mais intensas e brilhantes Urganisa-
ções litterarias que servera, no pais,
o jorhalismo e a Jittoratura. Cayolia
tem no prélo butro romance, e tan-
to quanto posso julgar pelos capitu-
los que já li d’elle, 6 trabalho que,
o hia-de honrar perahte à eritica;
pois, ao mesmo têmpo; uth traba-
lho de-psjychologia; de iimagihação
6 db estylo, deveras adimiravel.»
São da imais piirá justiça es
tas palavras, que como maior.
prazer trânstreveimos do nosso
presado collega do Reporter,
rendendo àssith o preito da nos.
sã admiração pelo valor intel
lectiial Eeste infatigavel tr aba-
liador, que é do mésmo tem pô
um coração d’otito é uh amis
go dédieado:
Receba pois 6 nosso aigo aé
nossas sinceras filicitações poi
mais este triimpho:
Os nossos leitores ÃO ter
ottasião de apreciai à prosa
scintilaiite 6 fácil do sr: Lous
renbo Cayolla qie honrará as
coliiitinias do iigsso jorhal, de
proximo muniero em deilínie,
estrevetido à tarta politica de’
Lisboa:
Cajol la é indigitado para
stcretatio partictilat do Hobre
presidente do tênselho que
teih poí aquele roiso âmigê
à nais viva sympatlia 6 Amis
záde e tjtte bem lhg sabé agui
x
“gtân des:
merecimento:ecimento:@@@ 1 @@@
E
ECHO DA BEIRA
CARTA DE LISBOA
VI
Conjurou-se, afinal, a crise. O
ministerio rendeu a alma ao Crea-:
dor e, segundo nos consta, não da :
rá entrada no céu sem grande e!
prolongada pertencia mo prrgatorio
da epposição. Demais, orgãos da
nova pólitica governamental afir-:
mam tero gabinete demissionario |
deixado sem tm pequeno alento, ‘
soma o pulso parado e a respiração
suspensa, os creditos d’ulguns mi-
“nieterios, o que vae tornar imdispen
* saveis creditos especiaes.
Comu se
wô, o defuncto não olhou a despe
zes, sem podermos dizer, todavia,
que os negocios do Estado fôssem
maito bem servidos nem que os en-
cargos da nação se alliviassem al,
guma coisa do seu enorme pêzo.
Os menos maldizentes acham que o
geverno morto deixou de si a grata
realidado d’uns cruzadores de mui-
tas toneladas em construcção; mas
o que elles não dizem é que a ten-
tativa foi assás facil por quanto se
baseou apenas em «pedir dinheiro
emprestado», «deixando para os que
viessem a dificuldade de o paga-
rem. fmfim, como já lá vae, que
a terra lhe seja mais leve do que os
remorsos,
— Subsídios para o cancioneiro| .
| trarso. O governo deixou a pasta e
popular:
Já lá vae, já se acabou
O governo de «Fervilha!»
O pennacho abandonou
Deixando o paiz sem «’stilha».
O ministerio fallido
Deu ao povo boa sova;
Mas o povo agradecido
Ha de lhe ir «beijar na
— Diz o «Seculo» que o sr. Ja-
entho Candido, ex-ministro da mi-
nha,
como escrerente do arsenal de
marinha o «barbeiro» que o servia.
OsSeculo» quiz dizer «artista ca-
pillaro. . .mas não lhe chegou à lin-
gua, come erteza. eo
— Foram despedidos m
operarios das obras do Estado, À
onde cresce e as providencias fa-
zem-sa esperar demasiadamente. O-
xalá que o novo governo queira en
trar com o pé direito resolvendo
este importante problema de mise-
| sociedade de mendigos esfomeados..
quéda do governo, a leda do Jar
| dim Znologico deu & luz dois for:
cova. :
admittiu testamentariamente:
mais | 980
ria que yae reduzindo o paiz a uma
— Provavelmente abalada com a.
mosos lJegesinhos, que se encontram
em excellentes condições de vida.
A direcção do referido jardim
está, pois, muito agradecida aos.
senhores demissionarios por bave-
rem vom a solação da crise augmen-.
tado a respectiva familia zoologica.
A reproducção d’esta raça de feras,
felinas era de ha muito tempo tetra,
morta entre nós. Ro
— Parece que a crise governa-.
mental foi suscitada pela reação:
Pum novo orgão regenerador «O
Jornal.» Nos cireulos pohticos não
se fala d’outra coisa, visto o citado
periodico haver dito no seu artigo: |
programma que vinha dar o appoio
ao governo do sr. Hintze e esse go
verno cair no dia seguinte! E”, pois,
facil de calcular que se o governo
caiu, foi porque o appoio «d’O Jor-
nal foi por cima. Appoiou-se no,
governo em vez de lhe dar os hom
bros para elle se appôiar. E como
dos enganos comem os eserivães,
segundo diz o proloquio, o trambu-
lhão foi inevitavel Fiom-se lá nos
amigos… ed
—Para fechar:
Entre politicos duma canna só.
-— Já sei que está nomeado…
-—Não estou… antes pelo con-
deixou-me sem posta!
—Mas o testamento?!
—Qra! Foram 368 contemplados
apenas, ao que se sabe…
“* —Quer dizer: se 0 governo chega
aos 59 apanhavava o meu amigo…
Martim Feyo.
O) nosso presado collega de.
redacção, sr. Abilio David ne-|
nhuma responsabilidade tem
pela orientação politica deste
jornal, pois que deste numero
em deante a sua collaboração
é unicamente litteraria,
| nO CÃO ea
Governador civil
São. de pura phantasia todas as
versões que por ahi correm ácerca
da nómeação do novo governador
civil d’este-distrieto, a qual é espe-
rada com todo 6 interesse.
E” possivel que a escolha recáia,
n’um dos nomes mais fallados, mas,
até hon*em de manhã nada se havia
resolvido a tal respeito.
Em todo o caso, podemos affr-
mar que não será o sr. conselheiro
Francisco & Albuguerque. ;
hir da machina tivermos alguma
cia d’ultima hora.
|festividade de 8. Lucas.
—— sapo
? ç
Club Certaginense
Já se acha installada na sua nova
casa esta associação de recreio, que
depois de andar por ahi muitos an-
nos aos baldões conseguia finalmen-
té encontrar uma casa que, se não
satisfaz ainda ás exigencias d’uma
via uma grande melhoria na sua
installação,
A inauguração teve logar no dia
1.º de fevereiro—festa intima em
que tivemos o prazer de ouvir um
magnifico quinteto sob a regencia
ido sr. Xavier Pereira, e do qual
faziam parte os srs. Diniz, Fernando,
| Bartholo e Fructuoso.
A mova direcção, eleita em ja-|
neiro, é composta dos srs. dr. Ehr-
hardt, presidente; Emygdio, Diniz,
Antonio Leitão e Fernando Bar-
tholo.
ei 6) EI — —=
Theatro Bomjardim
Retirou para Thomar a com-
trabalhando no theatro de Ser-
nache, ss
Como haviamos annunciado no
nosso ultimo numero, no do-
mingo houve espectaculo, e
hontem deu a companhia a sua
| recita de despedida, em benefi-
cio do actor Henrique Galinier.
Boa casa e bom desempenho.
Que todos continuem a ser
muito felizes na sua iournée ar-
tistica.
Se até à hora do nosso jornal sa»:
noticia certa, dal ashemos em noti-‘
terra como a Certã, representa toda-.
panhia de Zarzuella que estava,
AMRISTIA
O actual governo acaba já
de pôr em pratica uma das suas
| promessas.
Decreto de amnistia
Querendo exercer uma das
attribuições do poder modera-‘
dor que mais me “apra prati-
car, e tendo ouvido o conselho
| d Estado, hei por bem decretar
e A O ua ndo Seguinte:
“ Realigsso no proximo do-|.
mingo, mo: Outeiro d’Alagoa à nístia geral é completa para:
Art. 1º E” concedida a am-
todos os crimes de abuso de h-
| berdade de imprensa, em que.
sômente seja parte o ministerio
publico, commettido até á data
d’este decreto.
Art. 2.º Os processos instau-
rados pelos referidos crimes fi-
cam sem nenhum effeito; a elle
se fará perpetuo silencio; e to-
das ns pessoas que estiverem
presas á ordem de qualquer
auctoridade, com processo ou
sem elle, serão immediatamente
postos em liberdade, se por
ventura não deverem ser reti-
dos em prisão.
O presidente do conselho de:
|mínistros, o ministro e secreta-
rio d’ Estado de todas as repar-
|tições assim o tenba entendido.
e faça executar.
— OLD CU
Sellos e tedulas novas
Consta que reconhecendo-se
que a côr rosa dos selosde 97
desapparece quando exposta á
luz, vão-se substituir os sellos
d’esta data por outros que te-
nham uma côr mais fixa e não
sujeita a qualquer dolo. À casa
da moeda tambem vae fazer
substituir todas as cedulas de
100 réis actualmente em circus
lação por outras de desenhos
govos, visto reconhecer-se que
us cedulas d’esse typo em giro
se encontram velhas e um tanto
enxovalhadas,
O trafico dos empregos
publicos
Continua a Marselheza a ex
hibir provas formidaveis sobr
to famoso escandalo da venda
| de empregos publicos.
E” extraordinario o quê
aqueile jornal tem publicado,
Mas o mais extraordinario dê
caso é a pachorta da justiça
em todo este immoralissimo ne
gocio. Estamos a ver em que
tudo isto vem a ficar. a
E 06 e
Regressaram de Lisboa à
Sernache os srs. João Nemesio
ida Silva e Eduardo Girão.
Companhia Italiana
Retirou d’esta villa na terça-
feira passada, com destino a
Castello Branco, fazendo uma
pequena paragem em Proençax
a-Nova, esta companhia dirigi-
da pelo sr. Roberto Marianniy
que durante a sua estada aqui,
se tornou agradavel pela boa
execução dos seus trabalhos.
O sr. Roberto Marianni, pes
diu-nos para em nome delle
agradecermos ao publico da
Certã a coadjuvação que tão
generosamente lhe concedeu.
tp
ia
Está de luto pelo fallecimena
to d’um cunhado o sr. dr. Les
mos da Rocha. meretissimo de=
legado” do proetrador vegie |
n’esta comarca.
Os nossos pezames.
——— go —
Está entre nós o nosso cons
terraneo e amigo, sr. Joaquim
Martins dos Santos, amanuense
da Direcção das Obras Publi-
cas do Districto de Lisboa. Es»
te nosso amigo continua gra-
vemente doente.
Desejamos-lhe, pois, rapidas
melhoras.
FOLHETIM
PRÉVOST
MANON LESCAUT
Traducção do francez
por,
ABILIO DAVID
PRIMEIRA PARTE a
— Traidor!— disse comigo—des-
graçado de ti, se as minhas suspei-
tas se justificam.
Entretanto, refdexionei que elle
ignorava à minha morada, e que
ninguem lia podia ter indicado.
Accusar M-non, era do que o meu
coração não ousava tornar-se cul-
pado. Essa tristeza estraordinaria |
com que cu a tinha visto acabru-
nhada, as suas lagrimas, o terno
beiio que ella me dera ao roitirar-
se, paraceram-me bem
explical-o como um prosentimento
da nossa desgraça commum, e,
quando me desesperava pelo acei- deitar os tres lacaios no meu quar- “sobre a falta que eu
dente que me arrancara dos braços to, O que me causou uma pena, ansentando-me sen
4 aternal. Resolvi soítrel-os com pa-
de Manor, tinha a suprema inge-
nuidade de imaginar que ella ainda
se lamentaria mais do que eu. O
resultado da minha meditação foi
o persuadir-me que tinha sido aper-
cebido nas ruas le: Paris por algu-
mas pessoss do nosso conhecimento,
que deram aviso a meu pae. (on-
solou me esta idéia. Contava ficar
quitte com reprehensões, cu com
alguns maus tratamentos que me
faria experimentar a anctoridade
ciencia, e prometter tudo o que me
exigissem, para falicitar a occasião
de voltar mais promptamente a Pa-.
ris, é de ir restituir à vida e a ale.
gria 4 ininha querida Manon.
Chegámos em pouco tempo à São
Diniz. Men irmão, surprehendido
pelo men-silencio, imagiaou que is-
bastunte sensivel foi o ver-me na
mesma estalagem em que eu esti-
vera com Manon quando vim de
Amiens para Paris. O dono da casa
e os criados reconheceram-me e
adivinharam ao mesmo tempo a
verdade da minha historia. Ouvi
dizer ao hospedeiro:
—Ah! é este bello rapaz que
passava, ha seis semavas por aqui,
com uma menina que elle umava
muito. Que ella era encantado-
ra! Pobres, creanças! Como elles se
acariciavam! Que pena que os se-
parassem.
Fíngi não perceber nada de tudo
aquillo e oceultei o mais possivel o
que sentia.
Meu irmão tinha preparada, em
S. Diniz uma sege para duas pes-
soas; n’eila nos mettemos de ma-
so era um efleito do meu receio.
Tomou a peito consolar-me, assegu
rando me que eu não tinha nada a|
recear de seneridade ae meu pae, |
comtanto que me dispozesse a en-|
[trar serenamente no
|. Fez-me passar a noite em São|
cumprimento |
um eni-|dos meus deveres, e a merecer a que fui recebido menes duramente
gma. Mas cu sentiame levado alaffeição que elle me consagrava.
drugada. Chegamos a nossa casa
[no dia seguinte de tarde.
Elle fui ter com meu pao para O
prevenw em meu favor, informan-
do-o da doçura com que eu me
havia deixado conduzir; de sorte
|do que esperava.
Meu pae contentou-se com dar-
rm . e , I .
| Diniz, com a precaução do fazer me algumas reprehensões genericas
sua. licença.
Quanto à minha amante, disse-me
elle que eu tinha merecido bem o
que acabava de me acontecer, por
me ter entregado a uma-desconhe-
cida: que sempre tivera melhor opi-
nião da minha prudencia; mas que
esperava que esta pequena aventu-
ra me tornasse de futuro mais dis-
ereto, Eseusado será dizer que não
aproveitei d’este arrasoado senão o
que se coadunava com as minhas
idéias. .
Agradeci a meu pae a bondade
que tivera em me perdoar, e pros
metti lhe seguir uma conducta mais
submissa e mais regrada. No intimo
do meu coração, sentiame trium-
phante: porque da maneira co-
mo as coisas se harmonisavam, eu
não duvidava que antes do fim da
noite tivesse meio de me safar de
Caas.
Sentâmo-nos 4 mesa para cear;
redicularisaram-me por causa da
minha conguista de Amiens, e pela
minha fuga com à minha fiel aman-
tes
Recebi com agrado o tiroteio de
facecias que de todos os lados me
divigiam. Estava mesmo encantado
comiveitera, | que me oseupava
| Br:
o espirito. Mas algumas palavras
por que me entretivessem com O
conunuadamente
que meu poe deixara escapar fize-
ram-mo prestar ouvido attento. Fa-
lou de períidia e de serviço inte-
ressado, prestado por M. de B…
Fiquei perturbado ouvindo lhe pro-
núnciar esse nome, e pedilhe hu
mildemente que se explicasse me-
lhor. Meu pae voltou-so para meu
irmão, e perguntou-lhe se me não
tinha contado toda a historia.
Meu irmão respondeu-lhe que eu
lhe parecera tão tranquilo durante
toda a viagem, que lhe parecera
desnecessarso esse remedio para me
curar da minha Joucura. Observei
que meu pae hesitiva ainda sobre
se devia on não acabar se explicar.
Suppliquei lhe instantemente que
me satisfizesse à minha curiosidade ,
ou antes, que me assassinasse eru-
elmente pela mais horrivel de todas
as nartações.
Perguntou-me, então, primeira-
mente, se eu tivera sempre a in-
gepuidade de crer que fôra amado
por Manon. Respondilhe atrevida-
o que estava tão seguro d’isso,
que nada mo podia dar a menor
| desconfiança,
(Continua).
|
,
|
,@@@ 1 @@@
ECHO DA BEIRA
Plebiscito
HNPOSSIVEL
(à ALGUEM)
Qual a menina muis bonita e
mais sympathica da Gerti?
“ Gonvidamos todos os cava-
“heiros da Certã, incluindo os
ausentes temporarismente. a
responderem a esta pergunta,
enviando os seus votos 4 nossa
redacção até ao dia 17 do cor-
rente. Eid Qu Raia
Os votos podem ger assjzna-
dos com um pseudonimo, sen-
saido do comtudo indispensavel “vi-
“Sabes o-qiesão mil not É Aus o SU pe ari SD Re
Mal dormidas a espreitar ea acompanhados dós “nomes,
O nosso astro polar, dos cavalheiros que os envia-
N’um cedo esplendido e bello? | rem; o que constituirá sigilo
E quando amor nos sorI), de redacção.
Desapar’cer essa estrella, Não se publicam votos que
E não mais tornar a vel-a?… E S
5 E envolvam a mais leve ofensa,
Não queiras nunca sabel-o. E irei
| directa ou indirectamente.
IX |
Dorme, dorme, anjo do c20;
Revive em sonhos dourados,
Não vejas os meus cuidados,
Não saibas as minhas dores!
Dorme, dorme, e, n’esses sonhos, |
Vae tua alma ao ceo levando,
Emquanto eu vélo chorando,
Emquanto eu murro d’amores!
IL VIII
Oh! geme guitarra, geme,
Que cada nota sentida,
São prantos d’alma dorida,
São prantos de quem adora.
Levae ó brisas, bem longe,
Ais d’um triste trovador,
Ninguem saiba a minha dôr,
Oh! geme guitarra, chora,
IL
Y
À:
em DT
Que noites passei velando
Olhos fitos na janela,
Oh! geme, que o teu gemido
Parece que a dôr acalma: Preços do mercado
E mal era manhã, elle acor-| padeiro, leve como tm sargens
dou, à prinespio inquieto, e. lo-| to :
go depois sorrindo: lembrou-se Comprou tambem manteiga,
de que era domingo, o seu dia, da boa. . .nem todos os dias. é :
que era toda seu. a domingo! E
“E quiz dormir de novo; mas
o habito, o feroz habito, con-
servou-lhe os olhos abertos;
voltou-se do lado direito, do la-
do esquerdo, enterrou a cabe-
ça no travesseiro, e nada!
Continia
ARNUNSIOS
a dizer-lhe:
deixa dormir os outros!
a sua mulhersinha, e por ISSO |
Luiza, impacientada, chegou
—Q’ homem se não dormes,
“ João casou ha mezes; adora
respondeu:
m— P ob
Pobre pequena
um bruto, sou!
Ergueun-se logo, e para fazer
alguma coisa, começou à var-
rer, a arrumar a casa.
(Quando Luiza se erguer,
pensou, estará tudo isto em or-
Eu sou
Suspiros são filhos d’alma, Onde de dia tão bella E No it
Quanto geme quem adora… Te vejo, alegre, assomar! Curnes Fm 6 CA A snenso o
Quem tem peito tem gemidos, E horas, horas esquecidas, | cd que vestir O seu vestido novo,
A onda geme nus mares, Me parcia ver ainda Porco, 15 killos….. 3:200 |e ahi vamos para o campo pas-
Geme o vento lá nos ares A tua imagem tão linda!… Vacea, » » . 000. 3:150|sar um bom boccado.
E a flor chora 4 luz d’aurora. Mas de que vale chorar? Chibato »–» ess 1:950 | Estava-lhe na massa do san-
oue; trabalhar, trabalhar sem-
IV Rx Cereaos õ , E 2 ;
e? . EEE Dre.
Foi n’um dia, era de fosta; O estio tem a brisa, Triso 12 Dad oc OD Pegou n’um panno e ‘poz-
(No templo se ouviam cantos) O inverno tem o. sol, PRE ac “ ronlsea tirar o pó 4 commod “As
Que a ananhã dos teus encantos O occaso tem arrebol Centeio » BRR COVA po aa p tuo ta
Me veiu amor despertar. JJ e campo tem muita Bor; Milho 5 prcga o 490 | cadeiras que compraro p
Tentei ainda oceultal-o, A noite tem o luar, – cd sua Luiza, com palhinha nova,
es olhei… tambem olhaste… (O) mar tem muita bonança; Vinho todas envernisadas. à
órci eu, e tu córaste… Mas eu não tenho uma esp’rança, E quando pegou b
: ( i ane nas botas
* Quanto disse o nosso olhar!… Eu só tenho a minha dôr!… 20 1. da terra E 1000, fi fai Pp 5 3
0 da Reirá 1:390 | ta sua Luiza para as Jimpar
v FI Rede Ci tambem, poz-se a rir, a olhar
a aa Seg ah sRo a i ara ellus. .
*— Senti n’alma chamma infinda; | P’ra que veiu a tua imagem E Axeito a P —omo a gente se pede ter
| Amor santo, amor sem fim; Acalentar os meus sonhos, 1894 101 PE SS ODO q E asa b BS 1 A
Amar tanto, amar assim, Guiar-me em planos risonhos, RE Apre pace O TA uns pés que cabem dentro
Não é amor… é loucura! Sorrindo a cada momento? [18900 Ds po cio eiana ,1:800 Wisto! E
Depois, embalado em sonhos, Se veio logo o impossivel ENTE CECR
De mil ‘speranças mil anhelos, HWamagar tanta ventura, x
, : :
| Nas nuvens de teus cabellos,- Lançar n alma a noite escura, UM DOMINGO D OPERARIO * «
Subi aos ceus da ventura! Tomar-me a vida um totment!…
vE XII ADE ho E como João se rixa alto,
Renta (Versão do frances) | | Luiza acordou emquanto elle
Mas veiu logo 6 impossivel, Mas de que valem queixumes, E a e do approximava do leito, muito
Vieram noites passadas Ee que me servem lamentos Durante toda semanas: VOdO | davagar és descal
eram n , E ] m lamentos, | à evagar, com os pés descalços
Em vigilias tresloucadas, Se a noire dos meus termentos | rguia-5e de madrugada; fizes- está claro a :
Cançado já sem alento, Parece nunca ter fim? Cv lge vento, chuva, neve; João er- Q E nsá di: o
Sempre o impossivel, sempre Que vale amar e não ter SS a fficina. – mm tlto estas UI à CIC
g SE , io a ponte para acc — Nada, menina, dorme!
, empre a nuvem do desgosto Um raio sequer d’esp’rança Desde manhã até 4 noite, el- , ROLA aa
E sempre a vêr e tou roste
Seguir-me a cada momento.
vu
Oh! nunca tu saibas quantos
Suspiros lancei ao vento,
Quanto ai, quunto lamento
Me ouviu a noite tambem!
E que vezes horas mortas,
– Eu contei chorando às aguas,
Segredos das minhas maguas
Que eu nunca disse a ninguem!
Oh! cessa, pranto dercança,
Não saiba ella que aqui vim.
RUI
le esmagava na bigorna o fer-
ro em braza, dando os dois
passos fataes entre a forja e o
cepo, de malho na mão, com o
suor à correr pelo rosto enne-
grecido. ç
Toda a semana João entrou
em casa cançado, esfalfado e
nunca se queixon; todas as noi-
tes dava a sua mulher o beijo
leal do homem que ama; e de-
sejava que chegasse 0 “doinin-.
go, mas não para – nreguitar.
Qual! Ke E
Desejava que chegasse «
mingo para passear com a sua,
Luiza todo o dia, para ir com
Dorme, dorme, anjo do ceo
Revive em sonhos dourados,
Não vejas os meus cuidados,
Não saibas as minha dores!
Dorme, dorme, e n’esses sonhos.
Vae tua alma ao céu levando,
Emquanto eu vélo chorando,
Emquanto eu morro d’amores!
na Certa, abril de 1896.
Ro a Eísie dassilva Dias
|
Magalhães Lima
— O novo jornal d’este nosso amigo
“e coliega, começará a publicar-se
Café
Central
9
— Estou dando unia vassoi-
rada na casa, para que tu não
tenhas nada”que fazer, em te
erguendo, e possas vir logo
commigo; vamos por ahi fóra,
passear, correr, apanhar flô-
res, queres? |
— Pois sim. .. vou
me.
Não quero…não senhor!
Hoje é domingo, quero eu ir às
do
levantar-
|compras… que hoje é sóo!
almoço. Nós jantamos | por lá!
— Ora! não vás! o que ha-
viam de dizer…
— Qual histora! Cá está a
s 5 tao SR A
O sr. Joaquim da Silva es-| ella gastar um boccado d’aquel-
taboleceu-se na rua do Valle, | la libra, que ganhara toda a]
é é TA A Ci E AçãS f
com loja de bebidas, café, co- gemana com o seu suor—que é
midas e tabacos.
“em principios de março. Ouvimos
* que se intitulará o GLOBO.
Parece que, seguindo a politica
republicana, manterá comtudo uma
* certa linha de independencia do par-
“tido republicano, no que, franca-
* mente, não faz mal nenhum,
“o sangue destes soldados, cujo
| a
saia dic um futuro | CAMPO de batalha é a officina.
5 a RN 4 Ê ). A
imdente, porque era sentida, a
“cafeteira do leite. . . dois pães…
J
á trago tudo á senhora con-
| dessa!
— Então. .. João!
—Cala-te! E os labios
72
— Olha, disse ella: sabes?
A acolleira da disciplina patida-| falta d’um estabelecimento d’es-|
via» será muito boa, mas tem mui- da RR a a) * *
| tus inconvenientes, e Magalhães Li- Ora Foneaai ; |
“ma bem o sabe de esperiencia pro- que o sr. Silva, montou o, Chegou o domingo com a, Quero-te muito!
ria. seu. “sua aureola de sol,
q a f , x .
E João lá vae 4 vaccaria, ao
—Mas.. . que estás – fazen-|,
do | para
| ferreiro estalaram um beijo so-
jnoro, na face córada da mulher. |
VINHOS
Da lavra dos srs. Manoel dos,
Santos Moita, Filhos, de Alcanena,
que tão apreciados teem sido. Veas
de-se na loja de
Alban
o Ricardo Matheus errei,
Rua do Valle—-CERTA Re
Machina photrographíca
de graça
Dá-se uma boa machina photo-
graphica 13 b4 18, em bom estado
a quem comprar os seguintes obje=
|etos pelo seu valor:
1 obtuzador para instantaneos,
4 pannos de fundo, 4 tinas, À lan-
terna para lahoratorio, 3 calibres
de vidro, 6 chassis prensas, | cas
mara escurá para campo, 3 suppor-
tes para seccar chapas, É almofariz,
3 copos graduados, 3 fúnia de vi-
dro, 1 machina para trazer debaixo
do colete, 1 lavador automatica, 1
luvas de borracha, 3 vinhetas 6.
ainda ontros objectos precisos ao
ara a! photographo.
Para mais esclarecimentos,
diri-
gir-se a esta redacção. Cê
Subriga a Dugar
Di
Papelão nacional
Unica premiada n1 exposição in:
dustrial de Lisboa em 1895.
Cada maço de 15 Kg., contendo
8 a 30 folhas, formato 64 x 80, 900
réis,
Satisfazem-se com rapidez todos
os pedidor, sendo postos em qual-
que estação de Lishoa por conta
a fabrica, quando as encommens
das sejam superiores a cinco mas-
sos. Acceita-se apara em troca.
«Grandes descontos aos revende-
dores, sendo a prompto pagamen-”
tos… ;
“Todos es pedidos dirigidos ao
escriptorio da fabrica-Brito Nos
gueira. —Rua d’Alcantara, 62 A.
LISBOA
ALMANACH AUXILIAR
PARA 1891
Começou este anno a publicar-se
em Coimbra este novo aimanach,
propriedade da conhecida casa Ma-
noel Caetano da Silva.
E’ um livro de 416 paginas mu’s
to util e custa a insignificante quan-
via de. 140 reis. e ;
Insere, alem das tabellas do cos-
trme, uma deseripção ilustrada de
Coimbra, varios apontamentos his-
toricos e 365 paginas em braneo
para apontamentos de família.
A! venda em todas as livrarias &
na Certã ra loja do cCepositaria
João da Silva Carvalho.
Directamente da casa do lavras
dor chegou uma remessa de vinhos
a Loja do Povo vender a res
| talho. Mandão-se mostras a quem ag
| pedir para ver a boa qualidade.
Vende-se tambem azeite da car
heita de 1894.
| Albano Ricardo Mathens Ferreira
[Ran ído Valle 10 CERTA@@@ 1 @@@
-—— >>
já aatisfazer to
ECHO DA BEIRA
sad ads ares
LYCEU POLYTECHNICO
C. DO COMBRO= LISBOA — PALACIO DE MUR AS
Neste collegio, que é um dos mais bem montados da capital, são
protessados os seguintes cursos:
1.º—- INSTRUCÇÃO PRIMARIA, desde a aula mais infantil.
2.º–INSPRUCÇÃO SECUNDARIA: a) curso dos lyceus segundo
a nova reforma; b) curso transitorio.
3º- CURSO COMMERCIAL, professado em 4 annos.
4º-Bollas Artes, Gzmnastica, Esgrima, Musica, Pintura, etc.
* Recebem-se alumnos internos, semi-internos e exteraos nos termos
dos estatutos, que se fornecom a quem os requisitar.
O director e proprietario
JS: J. de Figueredo
FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
ALBERTO DA SILVA & C; |
Inventores do afamado licor CANHÃO |
Fabrica—40, Rua da Padaria, 43.
DEPOSITO GERAL DA FABRICA
articipam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
bebidas em todos os generos e para diferentes preços, taes como: gene-
bra, cognac, licores, vinhos do Porto e Madeira, cremes finos, garrafas
lindamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e ginja.
Fazem-se descontos para os srs. revendedores, e em Lisboa, envia-
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe-
lecimento acaba de montar uma magnifica tabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
encommenda que the seja feita.
Agua Seiduls da foz du Gertã
Approvada pela janta consuliiva de saude publica e au-
* etorisada pelo governo. medaiha de praia nas exposi-
tverá da nossa verdade.
FOGOS D’ARTIFICIO
U pyroteclhnico David Nunes e,
Silva, da Certã, satisfaz para todos
os pontos do paiz qui quer encom-
menda de fogos, em todos os gene-
ros, por preços sem competencia.
Apresenta sempre novos e varia-
dos trabalhos, d’um effeito surpre-!
hendente, rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro,
Este pyrotechnico, já bastante
conhenido em Portugal. onde os
seus trabalhos teem sido admirados,
dos e& Lisboa pelo Centenario de
Santo Antonio e em Thomar pelo
de Gualdim Paes.
Currespondencia e pedidos ao py-
rothechnico
Darid Nunes e Silva
RETRATOS
Tiram-se em differentes ta-
manhos desde 800 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.
Encarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-
te especial.
Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commer-
cio—DERTA,
ALFAYATERIA ELEGANTE
bi, SL À, 53, 55
Rua da Escola Polytechnica
Sortimento collossal de varinos a
45400, 63600, 75950, 85400, 98200
105500;-125000 até-205000 réis;
Double-capas, enorme variedade
a 35800, 65800, 75800, 95700,
115000, 125000 e 135500 réis.
Sobretudos, grande saldo de fa-
zendas a 38600, 55800, 65500,
75900, 88500, 98000, 103000, 124
até203000 réis.
– Capindós para creanças desde 2
até 5 annos a 15800, 23500, 28800,
35900, 48000 e mais preços.
Fatos á maruja para creznças de
2 até 10 annos, 25509.
Fato completo a vestir 350900.
Fato completo de cheviote, 45500
Fat» completo de casimira, 55800
Fato completo de diaganal, 65800
Fato completo de cheviote espe-
cial, 89300
Fato completo de flanella supe |
rior, 98800 |
Grande e variado sortimento de,
Bengalas e Guarda-chuvas a 900
“Fatos das mais finas casimiras,
cheviotes, flanellas e diagonaes à
106000, 128000, 135500 até 305000
Recommendamos a todos os che-
fes de familias economicos que não
comprem n’outras casas sem pri:
nhos, sobretudos e mais vestuário
preços atiina expostos temos e em
quantidade, pedimos a fineza de
apresenter este prospecto e por elle
ATTENÇÃO
Como temos sido macaqueados
por alguem que pretende imitar
por todas as fórmas a nossa casa
por isso lembramos que reparem
bem na taboleta e procurem sem-
pre na mesma taboleta os numeros
baratos e sem competencia
Agencia da Companhia de
“fIBERIA para a
lical das frieiras.
ELEXIR
cura prompt
seguintes:
51, SL A, 53, 55
Rem stte-se para à provincia, franco | Seguros Portugal.
e porte, a quem enviar Z89 réis Red : É E
de porte, pa ta 7%, Praça do Commercio, 1 a 7
em estampilhas. ! 5 E |
Mais de 2) annos de bom exito! | CERTA À
BhINDE —Uma bonita carteira
para notas a quem comprar de 53800
réis para cima.
José Clemente
Fato completo de Ranella, 754501.
que aquê- dnnunciamos. De todos 08! |
ESILOIREA SRA
Nºesta oficina se fazem tedos os trabalhos concermentes &
arte typograpaica, para o que tem pessoal habilitado, por pre
ços assás rasoaveis.
Acceitam-se encommendas ds factnras commerciaes, bi-
lhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações de ca-
samento, etc, etc.. impressos officiaes e bilhetes de visita, para
o que esta casa possue um grande e variado sortimento de ma-
teriaes que mandou vir expressamente das primeiras casas de
Lisboa.
Garante-se o bom scabamento dos trabalhos, a nitidez e
promptidão.
MAIS DÔRESpe DEN, E
fe,
Elixir, Fó o Fasta dentifricios
) BR. PP, BENEDICTINOS
da ABBADIA de SOULAC (Gironde)
DOM MAÉVELONNE, Prior Ea
8 Medalhas de Ouro: Bruxollas 1880 — Londres 1884 E
AS MAIS ELEVADAS REGOMPENSAS
came o ABAS tuo BOURSAV
No axo
«Ouso quotidiano do Elixir Den-
tifrício dos RR. PP. Renedio-
finos, com dose de algumas gottas
comagua, prevem e cura a cariedos
dentes, emnbranqueceos, fortalecen-
do e tornando as gengivas perfei-.
tamente sadias, É
« Prestâmos um verdadeiro gere G eai
viço, assignalando aos nossos lei- &
tores este antigo e utilissimo pre-
parado, o melhor curativo e o
uniço preservativo contra as
Alioçuões dentariay. D
Casa fundada era 1887 SEQUIN
Agente Geral:
6448, rue frotx-d-Soguoy PER
BORDEOS
Deposito em todas as bBas Porfumerias, Pharmasias a Broguerias, a
q
Em Kisbua,em casade R. Borgeyra, res do ‘Oury, 100,1º.
BYSTHEMA ME
E
NUÇÕES DE ARITHEME TICA
Por
ABILIO DAVID e FERNANDO MENDES
TRICO
Acaba de ser posta á venda a segunda edição d’este ma-
gnifico compendio. redigido em conformidade com o programa
ma dinstrucção primaria elementar do 1.º e 2.º graus, confor-
me o decreto de 19 de junho de 1896. E” um livrinho-que se
recommenda, não só pela acertada disposição pedagogica, to=
mo pela extrema clareza das suas definições e pela excessiva
barateza do seu preço. aa
Brochado, 80 réis; cartonado, 120 réis. .
Todos os pedidos devem ser acompanhados d
importancia, e dirigidos a J. N. GUERREIRO,
Rua Nova da Trindade, 30 — LISBOA
CC ALRNATERIA
Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisbcas,
Garante-se a perfeição e bom acabamento das obras.
FATOS DESDE 4500 RÉIS
a respectiva
Grande sortimento de fazendas de là.
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
1a 7, Praça do Commercio, 1 a
CERTÃ
TYPOGRAPHIA-—Rua do Vale.— SERTÃ
Editor respensavel— ANTONIO DIAS D’OLIVEIRAIVEIRA