Echo da Beira nº64 25-03-1898

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| NUMERO 64

SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO PE1898

ANNO

ADMINISTRAÇÃO

RUASSENPA PINTO-CERTÃ

ASSIGNATURAS |
Rr a ng o area an 2 QU

“Semestre. …..
Brazil —Anno.
Africa—Anno..

Numsro & vulsO.eccccecororosencosrresos

ao me

BRAZIL

À situação economica do
Brazil, cuja vida financeira es-
tá tão intimamente ligada á
nossa, é cada vez mais preca-
riã e não nos deve fazer inve-
O descrecimento extraordi-

nario das receitas d’aquelle es-
tado eo augmento extraordi-
nario das despezas publicas.
no seu desiguilibrio symptoma-
tico começa a preoceupar seri-
amente os que se interessam
pelos negocios da joven repu-
lica. :

As contas do thesouro no
ultimo anno aceusam receitas
no valor de 398:725 contos,
elevando-se as dispeías à
412:000 contos Rar

Tem portanto o Brazil um
deficu de 515:000 libras, o que
realmente nos revela uma si-
tuação nada prospera:

O estado do seu cambio; que
tão graves perturbações nos
tem trazido a nós, portu-
guezes, não tem sido merios
prejudicides aos interesses do
Brazil. :

Se é certo que queni prect-
sar transferir para Portugal
quaesquer fundos tem que dar
por cada libra 36:000′ reis; é
tambem verdade que o BraZil
no ultimo anno par ioscorrer ás
suas differenças cambiaes gas-

| tou cerca de 110:000 contos e
caleula-se que n’este anno de
1898, com o cambio actual per-
derá cerca de 140:000 contos!

O Economista Europeu pu-
bica a respeito da situação do

– Brazil um artigo interessanis-
simo assigriado por Georges
Bourgarel, cujo extracto copia-
mos do nosso collega Diario
de Noticiase

Referindo-se às actuaes condi-
ções da Republic» Brazileira, con-

| Sidera que a eleição do novo pre-
sidente é um facto favoravel. Fis-
toria as circúmstancias em que se

efleetuou essa eleição e diz que 0]

resultado della mostra que o Bra-
zil se proútncior pela conservação
da ordem e respeito da auctoridade.
Para o auetor do artigo, e dr. Cam-
pos Salles recebe uma herança ter-
rivel de governo, E em prova co-
Pia o qué o Brésil publicou ácerca
éu situação brazileira,

Apesar do augmento dos impos
tos, que representa um acerescismo
de cêrca de 20:000 contos de ren-
dimento, apesar da economia intro-
duzida com energia e sinceridade,
nas despezas, pelo governo, com o
fim d’assegurar o equilibrio espera-
do do ergamaato, o cambio não ces-
sa de enfraquecer. Previram-se nas
despozasde 38€8, no capitulo —diffe-
renças de cambio –110:00) contos
e com o cambio actual, 6 5/3, as
diferenças reaes nos pagamento
em ouro, attigem hoje perto de con
tos 140:090 e por consequencia os
comprimisses do Estado devoram
mtade do rendimento. Este foi
diminuido no anno passado, pelo
decrescimento das receitas adua-
neiras, decrescimento que continu
ou no primeiro mez do exercicio
corrente. A depreciação continua
do-cambio produz netastoa efeitos
Com a actual taxa de 638, uma
baixa de 4&T representa uma pro-
porção muito mais consideravel e
sencivel do que quando o cambio
estava a 15 on 20 penya.

A baixa de um peny no cambio
de 7 é de 16 ,)º emquanto que no
de 20 seria só de 5 pf. Cu
da baixa do 1/8 representa actual.
mente para o governo uns 3:000
sorntos a pagar a mais, com a di-
fferença de cambio. Assim, pois,
a baixa do cambio que se produ-
zu desde qne se elaboron o orça-
mento-de 1898 absorve já, ou pou-
co menos, os 20:000 coutos dos
novos impostos.

O autor do artigo mencionado
conclue expondo que o Brazil tem
bastantes recursos para que a ap
pliração do programa, ora apre-
sentado pelo dr. Campos Salles e
executado por um homem energico
e conscio dos seus deveres, possa
ter os beneficos resultados que são
de esperar.

ii e a se ot e

Baima de Bastos

Está doente, em Lisboa, o
sr. conselheiro Baima de Bas-
tos, anitizo deputado por este
cireulo e director geral dos ne-
gocios ecelesiasticos, no minis-
terio da justiça.

Desejamos sinceramente as
nielhoras do illustre fumecio-
mario:

ns sé é
e ur,
Sampaio

Com a devida vénia transcreve-
mos do nosso presado coltega a Bia:
la dã Europa, c artigo quo se-
gue, a respeito de Antonio Rodri-
gues Sampaio e cujas interessartes

notas são devidas à peona do cón-
selteiro Thomaz Ribeiro.

Os originaes recebidos não se devoiv
cados. Annuuciam-se publicaçõesde que ssrecebaumexemplar.’

MEMORANDUM

| A correspondencia relativa a assumptos”da redueção ao di-|
rector do,jornal para Sernache do 3

| tração ao administrador para a O

Amtonio Eodrigues Saui-
palio

Era Sampaio ministro do
reino e era Pontes presidente
do conselho e ministro da guer-
ra. –

Andava o paiz inquieto e
Lisboa alvoroçada com as ten-
tativas revolucionarias do con-
de de Peniche, depois —mar-
quez de Angeja.

O ministerio reunia-se todas
as noites na secretaria da guer-
ra, onde vinham dar as noti-
cias da projetada revolta;

Por exemplo: que o 5 de ca-
cadores ia sair do Castello; que
o Saldania ja tomar o com-
mando de varios corpos; que
as tropas revolucionadas e O
povo em massa iam dirigir-se
ao paço da Ajuda.–E para
quando?— Hoje. — Cada noite
que vinha-era sempre a desti-
nada-á mutança.

Sampaio ouvia impavido com
o seu rosfo sereno as mais alar-
mantes novidades e ás dez ho-
vas despedia-se dos collegas, é
partia para sua casa na rua
de 8. Bento.

Na terceira ou quarta noite
disse lh> Fontes: — Adeus, col-
lega, para ond: vae?—Para à
cama. Vou dormir,— Comc?
pois em tão dificeis cireums-
tancias vae dormir o ministro
do 1eino?-—Ora, se vou! em
primeiro logar se o caso é de
guerra Isso é com v. ex.*, em
quem eu plenamente conho;
em segundo logar bem sabem
que tenho passado amaior par-
te da minha vida a fazer re-
voltas ou a contribuir para
ellas, e devo conhecer bem es-
ta industria.

Nur
revoltas?

— Nunca, lie tornou Fontes. —
Já tinha ouvido dizer; e é ver=
dade que nvnca por lá o en-
contrei: Pois vou dar-lhe al-
gurstraços das tentativas rêvo-
Incionarias quorum pars fui,
não direi—magra-—em honra

nunca entrou em

da verdade ou da modestia; co-|

nio quizerent. E seritou-ses

— Começava-se a convidar
gente. Vinham sargêntos. Pro
mettia-se-lhes a banda e tudo
se arranjava. Vinham tenentes;

omjardim: e da adminis-

rem, sejam ou não publi-

ADMINISTRADOR

aiii.

JULIO DA SILVA FERREIRA

CRESC avo ces Prrnarermro

capitães, majores; havia pro-

moção; tudo ia bem; e os mã-
jores segredavam que os com-
mandantes dos corpos estavam
promptos, mas só queriam vir
à ultima hora por cautela; pa-
ra se não comprometterem,

—Havia quasi sempre ou
sempre, um general despeita-
do que simulava dirigiros pre-
parativos; e, se não havia, im-
provisava-se com um cache-nes,
e até se fardava.

— Chegava a noite fatal, e
vinham coroneis,

—Para quando é o movi
mento? –

—Para âmanhã,

— Qual o grito da revolta?

— Abaixo o ministerio!

Levantava-se d’além nm co-
ronel e exelanava: Qué?—
Abaixo o ministerio? Por tão
pouco não desembainho eu a
minha espada.

—Então— Abaixo a Carta!

—Menos isso gritava outro
coronel;eu jurei-a esou incapaz
de faltar a um juramento. E
de mais isso não viile nada!

— N’esse caso abaixo a dy-
nastia. ‘

—-Bra o que faltava! excla-
mava outro, cheio de conde-
corações. lêu sou dos 7:000
bravos do Mindello e pela Rai-
nha fiz todas as campanhas da

liberdade, até à Asseiceira on-
de fui ferido. Se eu soubesse
do que se tratava não vinha
cá; e, com licença, vor-me em-
bora. Não contein commigo.

—Nem comigo!

— Nem comigo!

EB… Maito boas noites mie-
us queridos collegas, já são 10
horas e meia e eu tenho de nie
levantar cedo para escrever o
artigo da Revolição antes de
vir para O isinisterio. —

O comício da Estiphania
trouxemos á menioria esta ane-
edota historiça. é

E já qure estamos falando do
Sampaio, o nosso sat loso ami-
go, deixem-nos narrar d’elte
nais particularidades.

— N’essa occastão da penicha-

diú, que assim se dizia então, |

apeava-se elle un dia 4 sia
porta, em S. Bento; e vin que
um homem não acetado e com

ares desconfiados o esperava á

Cada linha ou espaço. issicciesas
Repotiudaso dai of dás sob ca RR
No corp“ do jornal. .
Annúncios permanentes preço coniveni ional,
Og assignantes tem o abatimento de 20,1º.

 

ANUNCÍOS

.. 100 reis a linha

porta. Emiquaiito batia perpun

tot-lhe queii eta e qhe o de:
tinha ali.

— Desejo falar com
em parficular:

— Entre! E levoii-o
seu gabiriete. 2

—Então é segredo?

— Muito segredo!

Fechadas as portas e certo
o visitante de estarem bem sós,
acercoii-se de Sampuio é dis-
se-lhe em voz baixa:

— Senhor, verho confiar de
V. Ex um segredo que pole
custar-me a vida!

-—Com que —a vida?! O cá-
so então é miuito serio!

— Muito serio, intelizmente:
Imagine V. Ex. que estive à
noite passada n’umia rvetinião
secreta em que V. Ex e o sis
Fontes foram votadosá morte:
Não me foi possivel dormir; e
logo me deliberei, seja o que
fôr! a vir avisalio d’aquella
sentença. á

—E quem fios mata? À

—hHa de ser tirado hoje à
sorte. : é

—lsso é muito serio! E o se-
nhor volta hoje ao club?

—Pudeta! hoje ás 9 horas.

-=Então o senhor qne se
mostra tão meu amigo ha de
fazer-me um favor: O senhor
pede a palavra e trata de con:
vencer à assembiéa de que a
minha vida hão tale nadá é de
que o sr: Fontes é ur valoroso
official que inda —desgostosis-
sinio da vida por motivos..:
que eu depois lhe contarei; e
que peitaánto não vale à pena
matar qualquer de nós: Só po
rem elles querem fazer vma
morte digna e de effeito, que
mater o mett collega da Jns-
tiça, O sr: conselheiro Barjona:
de Freitas, qite esse quer muis
to 4 vida: Sabeonde elle mira?
acui sicima, do pé de S: Ma-
mede: 5

O homem sahiu desconcer-
fedo e nunca mais Voltou.

No dia seg’trinté no imriúiste-
tio da guerta do ver entrar Bar+
jonki:: paoni j

——Uomo! por agiúi, meú que-
tido Barjona? pois indá está

V. Exi

vivo?

— Se estou vivo?!, ..

— E que su hontem’ endoris

 

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ECHO DA BEIRA

ogro

mendei a sua morte.
E contou oque se passara:
Consta que o illustre minis
tre da justiça então, mão fi-)
cara encantado-com-o gracejo.
— Não ha-crime nem pecca-
«o de que eu não tenha sido
accusado, nos «dizia Sampaio”)
am dia De tudo sempre ne!
defendi, e nem sempre com
suaves -manciras; uma accusa-
ção só deixei sempre passar,
fingindo nãodar por ela. E
—Quaã foi, Sampaio?
—A de que eu matava os

ieglezes com quem jogava no
Porto, no botequimide Pepino,

e os lançava ao Douro.

—Gomo!? Pois disso não
se defenden? |
— Nunca! Sempre é bom

passar por valentão.

Querido Sampaio, nem to-
dos os que te sobreviveram são
ingratos á tua memoria,

Joaquim Martinsda Silva

Pode considerar-se comple-.
tamente restabelecido da grave!
doença, que ha tempo o atacou
tão implacavelmente, este nos-
so presado amigo. d

Congratulamo-nos | sincera-.,
mente com este facto e por tal.
motivo lhe enviamos e a todos
OS Seus ASmossas nas vivas
felicitações, que tambem per
tencem de direito ao seu medi-
co assistente, 0 musso amigo.
dr. Mattos e Silva, pelo euida-;
do e intelligencia com que son-
be triumplar da doença que
parecia querer zombar’ da sua
proficieucia medica,

Kestejando o restabelecimen-
to do seu prestante consocio,
a Sociedade Philarmonica Bom-
jardia, manda rezar uma, missa
na esteja matiiz de Sernache,
amanhã, sexta-feira, 25 do cor-
rente.

Publicamos em seguida o
aviso:

ju cste acto que de cefbrara,

É Bosas e meia, na egeeja ma-

tetz Desta equesia.,

also que alli estava attrabiu a mic!

“Convite

a Dizecção de Salrdas

de alas vn tea ÓBomjatôeim

tendo tomado a deliberação, pa-
acsmalta amtito qua, de riam
dat dize ita inibe om acção!
de ços Se ah mierhotas Bi
deu dedicado consocio, &t. Soa-|
quim Abartims da Silva, con-
onda pot este meio todas as pes
soas que gpa cipa associar-se a

esta manifestação, a assstizem

amanha, 925 do cortente, ras O

Sermache, 24 desuatço de 1898.
& Micecção

CARTA DAFRICA

Quando já de regresso à missão,
d inmão auxiiiar—José Dias Fari

nha, fez-me notar a posição extra-
vagante de um vulto que ao longe
se sia deitado á beira do caminho,
e todo sarapintado de uma suba-
tancia branca imitando cal, Dirigi-
me ao local e encontrei ums mu-
lher. Temos feitiçaria, disse com os
meus botdes,e não me enganei. Per-
guntei-lhe que estava fazendo epor-
que assim se pintára. A resposta
tor abanar a cabeça. Insisti, e por
tim resolveu-se a dizer:— «Não pos-
so foliar, o doutor prohibiu me de
falar.» ?

Insisti ainda em saber del.
la, o que tudo. aquilo significa-
va mas.. fugiu. Quando ia para
de novo a chamar, um objecto qu-

nha attenção. Era um feixe de coi-
sas diversas—«o livro de medecina

| dentes-do «

idasz duas 1 de jacaréyrtres
» dus de porco ou]
coisa semelhante, tres pontas de
cabrito, duas de veado, um dente el
uma unha de tygre, “um saquinho)
com polvora e chumbo, emfim uma |
metralha euo mettá confusão. Du-s
do ‘isto parecia «ue tinha estado
‘tres annos no fumeiro. Apesar do;
aspecto repelente da immunda tra-
lha, rosolvi-me a lançar mão della:
para examinala mais de perto.
Mas,., alnda bem a não tinha mas
mãos, já Os-que m: seguiam do po-
vo, estavam a sette leguas de dis-
tancia gritando:—«Senhor padre,
vaeé morrer; sr. padre, não togue
com isso no torpo que vas «norrer.
Tudo aqui) o mesmo que di
gerem -me-—toca e torna a tocar E
de facto assim 0 fiz. O irmão Fari-
nhae os rapazes da missão que o
digam, pois apezar de serem toca-
dos estão vivos para o attestar,
«Temendo alguma desgraça» nas
nossas pessoas, foram os homens a
toda a pressa chamar o «doutor»
(o dono da tralha), que se me dixi-
giu muito humilde pedindo ma.
Disse-lhe que não lhe restituia
aquilo, e mostrei desejos de a tra.|
zer comigo. Vendo finalmente que
sra mais facil dar-me a vida que
«aquillo» com ajuda do que elle a
passa, resolvime a entregar lhe a

lo era

| tralha, dando-lhe a competente róda

de intrujão e fazendo ver aos que
me rodeavam que o «doutor» com
toda a sua «sciencia» não passava
de um pantomineiro. As que elle
retorquiu— «Sim, isto não pode fa-
zer mal ao branco.»

— Nem ao prêto, respondi; pois
não são pretos os rapazes da mis-
sào? Ah! sin; mas já tem idéa
de branco e são bransos mesmo,»
O que se deduz é que só intrujam
ou podem ser intrujados aquelies
que lhe não conhecem as manhas.
E” o caso do estudante com a all
barda do burro. Depois de meia du-
ix mais de razões que por todos,
foram escutadas com signaes de]
approvação, retirei-me,mas com de-
sejus de voltar depressa afim dever]
se conseguia Ciminyir (não já sea
bar o que é impossivel) os feitiços,
Mas que ponco ou nada se adeanta
por mais que se lhes pregue contra
aquelles preconceitos (que a muitos
fazem geito) velo-hão os leitores
au proxima carta.

Santo Antonio do Zaire 18 de
fevereiro de 1898,

do doutor». Tinha este «livro» va-

19- Folhetim do EÇHO

» dHiscria

de Manon Lescaut
(sy )—
RREMERIEZDA BPANFIE

No emtanto promesteu-me os se-
us bons oflicios e protecção para
com elles; e o que eu nynca teria
esperado. de tal individuo, offere-
cen-me dinheiro, para quando me
achasse totalmente desprovido dº.el-
le. A unica graça que porém Jhe
pel no momento, foi de não dizer
a Muion a perda que acabava de
tor e o objecto desta nossa conver-
na *
Sahi da sua casa muito menos
satisfsito do que quando para lá en-
“rei; arcepondi-me “até de lhe ter
soniato o meu segredo. Nile não

rias «folhas,» sendo assim distribu-

Padre fosê Lourenço T.
Finto

à BOSA SUMUBCHECIDA

Na xelva de nm jardim nasceu immaculada,
Aos beijos «do bom sol, aos cantos da Alvorada,

À rosa emmurchecida e que ria transcendente. -. .
E dava inspiração alegre a toda a gente! …
«a

Um dia primaveral—de infinda poesia?

Passavam pela estrada,

em ares “de ufania,

Uns moços joviaes, alegres, prazenteiros;
E um delles foi que disse assim aos companheiros:

—« Os gosos d’este mundo-anhelo satisfeito—

dO cravo para a jarita e

a rosa para o peito;

«A agua do arréio que rega nossa horta
««E as varias provisões que vêm ter á porta;

«Tudo o que Deus creou, conserva e vivifica:

«Todo o mnndo animal

«O embalar da briza, 6

gue manda e santifica;

arôma d’ura flor!

«Foiisto o que Deus fez e só por nusso amór!. .+

Então a casta rosa, ouvindo sorridente. ..,
Virou-se para elle e disse docemente:

— «Colhe me, 6 jovem, diz, é põe-me no teu peito;

«Se jalgas que isso é bom, e fitas satisfeito

E a rosa pudibunda e Tinda—tão modesta!
Assim anídou tres dias nos bailes d/uma festa!.. +

Mas Élla emmurchecen e fez-se resequida,
Qual madido botão, exposto toda a vida

: » ,
‘ * é a
Aos refulgentes ratos d’umsol abrazadór

Que tudo depurou, para térnar peior..«

a que era no jardim tão meiga, tão forraosal

Seus dias acabou na lama desditosal. .»

Seminario

21-2-97

tinha feito nada em meu favor, que
eu não pudesse obter sém a minha
indiscrição; e temia muito que elie
não faltasse à promessa de mada
descobrir a Manon. .

Tinha tambem motivo nara ve-
ciar, attendendo à declaração dos
seus sentimentos, que Lescaut não
estivesse resolvido a tirar partido
4e sua irmã, segundo as suas pro-
prias palavras, arrebatando-m’a, ou
pelo menos aconselhondo-a a. dei-
xar-me, para tomar novas relações
com outro amante muis rico e mais
feliz.

Sobre isto fiz mil reflexões,
que eutro fim: não tiveram: se não
atormentar-me e renovar o deses-
pero em-que de manhã me abys-
mára.”

Muitas vezes me veio à idea
escrever a meu pae fingindo uma
nova conversão, afim d’obter delle
algum dinheiro; mas vinha logo em
seguila a lembrança, que apegar
de toda a sua bondade, tinha-me
conservado encerrado seis menes
numa estreita: prisão, pela minhe

que depois dum escandalo tal co-
mo o que a minba fugida de São
Sulpisio deveria ter oscasionado,
tratar me-la aluda mais rigorosa-
mente, j

Emim esta confusão de pensa-
mentos e reflexões, de anciedades
e incertezas, trouxe-me finalmente
uma ideia que n’um instante derra
moa o aquego “o meu espirito, ad-
mirando me de que, ha mais tempo,
não me tivesse lembrado d’ella: foi
a de recorrer aomeu amigo Tiber-
ge, no qal bem certo estava d’en-
contrar sempre o mesmo zelo e
amisade. – :

“Nada; ha tão admirável, nada far
mais honta 4 virindo do que a con:
à al nos diri-
gnbos A + enjn probidade é
geraliner : mhecidar sente-se
que não ha risco à Correm e se nem,
sempre as achamos em circumatan-
cias de nos prestarem auxílio, leva-
se à nda e que ao menos
encontrasemos tas suas palavras,
bondade e simpathia pelus nossas
desditas,

primeira falta, e bem certo estava

OQlhei como effeito de protecção

do tto; o ter-me lembrado de Ti
berge, é resolvi fallarlho antes do
fim da tarde. Voltei immediatamen-
te para casa para lhe escrever um
bilhete e imatidar lie apontar um lo
gar proprio pára a nossa conferen-
cia. Pedi lhe silenció e discrição,
como um dos mais importantes ser-
viços que mé poderia “prestar na
situação em que me achava,

A alegria que a esperança de
vêr o meu amigo me itispirava,
d’algum modo vendou os signaes
do pesat, quê Manoa não poderia
deixar de lêr em meu rosto. Fal-
leilhe da nossa desgraça de Chail
lot, como duma bagatela que de
modo algum a devia ingiietar: e
Paris sendo e logar do mundo gns
de ela se achava coth mais prazer,
em uada a contrariou o otúvirme
dizer que ahi ficariamos até que
tivessem reparado em Chaillot al
guns Rgeiros destrogos da incendio,

Uma hora depois, recebia res
posta de Tiberge promettendo ir ao
logar que eu lho desiguava para
a entrevista. Esperei. com a maior
impaciencia por esse momento, ain-

Eugenio Freiré
dei : a

da que bat envergonhado de ter
que me apresentar diante dunt
amigo, cujo presença era já uma
reprebensão de todos os theis des:
varios. à

A boa ideia que formava da bod-
dade de coração de Thiberge, é os
interesses de Manon, deram-me Fot-
ças, animharari-me a afrontar reso-
luto um tal passo.

Tiuhalhe pedido que fosse ao
jardim do Palacio Real. Quando |
cheguei já elle tá estava, e apenas
me avistoi correu a abraçar-mes
apertando-me tnuito témpo entre |
seus braços » derrathando copiosas
lagrimas. ;

Disse-lbe qite me apresentava na
preserça envergonhado e cheio de
remorsus por catsa do meu mau
comportamento & ifigratidio; que &
primeira cousa que lhe suplicava
era me dissesse se ainda podia eon-
eideral-o como amigo, “tendo tão:
Justamente merecido perder a sua
estima e afeição, a x

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sesemeseer ra io

VARIAS NOTICIAS

8 A camara DPOleiros, faz-se
representarito centenário da
India, pelo sr. dt. Antomo de
Mendonça, ‘d’Alvaro.

Está n’esta villa, o sr. An-
tonio Bernardo de Sousa, ze-
Joso empregado da Companhia
“dos Tabacos.

Séprlton-se na terça feira,
‘no cemiterio d’esta villa, uma
“filhinha do sr. José Vaz.

Gde pis

No dia 21, segunda-feira,
“tomaram posse e prestaram
«Juramentoos ‘vogaes da cama
“ra municipal d’este concelho.-

A” falta de jurámentos não
“deixarão de trazer boa alininis-
“tração.

Regressou A sua casa do
Brejo, ‘ó sr. Isidoro de Paula
“Antunes.

dias a fe :

Regressou a Sernache, o nios-
so amigo sr, Antonio Pedro da;
Silva,

RE

“Continua doente o sr. Paílre:

Fr
de Sernache.

ancisco Dias Berrintão, prior]

Ê

“Pambem esteve no Brejo e!

regressou já Lisboa, o sr. Tho-
imaz dos Santos Oliveira, acre-
ttaido coliniertiaiite.

Regressou a Sernache, ao
collegio das missões, o illus-
tre bispo de Epiphania, prela-
do de Moçambique:

Sto o z

Saiu para Thomar ô sr Da-
hiel dos Saritos Tavares:

uq seo cs

Partiu para Lisboa, 0 nosso
amigo Annibal Ferreira Flores.

CORTIÇA
— Compra-se por bom pre-
fo
* Quem tiver porá vender
ereada ou pórannos, diri-

da-sea Alfredo Victorino,
Sernache do Bom Jardim

Carro–aluga-se

“Joaquim Ferreira, do Seixo,
aluga o caleche e pardlha que
era da casa da Arnoia. i

Paz serviços para qualquer
Parte por preços razodveise

Mula– Vende-se

QUEM pretender comprar
uma mula mança, grande e de
quatro para einéo annos deri-
ju-se’a José Nunes e Silva-—
Certã.

“ANNUNCIO
4. publicação

Pelo Juizo de Direito d’esta
comarca, escrivão Gonçalres, e
nos autos d’execução que, por ap-
penso aos de infracção sobre materia
de recrhtamento militar, move O
Ministorio Publico, correm editos de
trinta dias, contados passados cinco
depois da publicação do ultimo an-
nuncio no «Diario do Governo», éi-
tando o mancebo refractario, exe-
cutado, José do Nascimento e Silva,
filho de Joaquim da Silva, e de Ma-
ria da Piedale, natural e morador,
que fot, no logar e freguesia de Sor-
nache do Bomjardim, desta comar-
ca, ausente no Braz:l, mas em parte
incerta, julgado refrectario por sen-
tença deste Juizo em data de 18 de
jáneivo de 1896, para no praso de
dez dias, contados depois de findo
aguelle decendia, pagar ao Estado a

“| quantia de 250:000 reis, enstas se!-

los ate fina! exeenção, sob pena de
revelia. Certã 10 de março de *898.
E eu Francisco Cesar Gonçalves es-
crivão o subscrevi E
Vertfiquei
Almeida Ribeiro
; O E crivão
Francisco Cesar Gonçalves

ICI
1º públicação
;
Na tomarca da Certa é car-
torio do 3.º officio pelo inven-

tário orphanologico de José
Pires morador que Foi em a
IPassana, freguesia da Cer-

tã e em gue é cabeça de casal
a Viuva Genoveva Rosa Mar-
ques Pirs correm editos de
60 dias da %.º publicação d’es-
te annuncio no Diario do Go-
verno, citando todos os credo-
res e legatiirios desconhecidos
ou dotiiciliados féra da tomat-
ca hos termos do artigo 696.º
e4S 3 e 4º do Codigo do

ECH

JO, DA:BE

Processo Civil. E especialmente
os herdeiros ausentes emiparte
incerta Miguelima Piros e An
tonio Marques Pires.
Cextã 18 de Março de 1898:
Venfiquei. à

Almeida Ribeiro

O Escrivão,
João José Teixeira

Encyclopedia das Familias

Revista ilustrada de Ins-
trucção € recreio

Sumiario do n.º 138 (1 ºdo 12ºº
“anno)

«Historia da Iuglaterra»t Eduar-
do 1.

«Poesia»: Parabolh da angus-
tia-—A-s fracos de fé— N’um al
bum==A viuvinha—Olhos pretos.

«Religião e moral»: Os Jugtoria-
dorés de Jesus—A educação e a
instrueção — A cidade dos pobres o
a cidade dos ritos,
tamentos históricos»; Guer-
va da suesessão de Hespanha—A
primeira embaixada portugueza á
China.

«Medicina pratica»; -Afonia.

«Usos e costumesd! Os Bidcos.

»Botanica»: OU cacauzeiro.

»Metereologian! Os barometros
de campo —- À frequência das tem-
pestades no mar Negro.

«Ethonogeaphias: Os khro umivs.

«Agricultaras; A caltora do aba
naz. E
«Pathologia»: À monomahia.

«Crenças e tradiçõess: Súpersti
ções sobre os espelhos—Prejuizos
arakes sobre as pedras preciosas
Os unjos na terra.

Zoologia»: o nm: Ki.

«Contos e movellas»”
materia, E

«Biographias: Mauricio de Bully.

«Seencias ogcultass: Fre dicção.
Elementos de chivomancia.

& Paleontologia»: 05 passsaros Hen-
tados. É

&Tntteratura»: Os dramas de Mon-.
tfaucon.

«Pensamentos, ditos e sentenças.

Anedoctas,

D’está tevista publica-se men.
salmeénte um humero de 80. pagi-
nas, em trpo mindo, empresso cin
bom papel e elygantemente brocha
do. setiló d prégo da assipnatira
por anno ou 12 tiumeros 200 réis.

Envia se lim fúero specimen a
Aquem requisitar ao eseriptorio da
FMPREZA LUCAS:FILHOS, rã

Espirito e

do Diario de Noticias; 93-—Lisboa.

(TPDERARIIA

ECHO DA BEI

BUA DE SERPA PENTO

A MODA ILLUSTRADA

as» Btéis.
Re acto da entréga

EA – Roo meéis.
DIRECTORA No acto 4d entregá

ALICE DE ATHAYDE

Por contracto feito cm Paris, sairá todas as tsegundas-teirass a MO-
DA ILLUSTRADA conteúdo em. magnifica grayuvas a preto e coloró
das; todas as novidades em chapéos, toiéttes; Bordados, Phanthaiass
tonfeeções, tanto pi ihoras como pará creanças. «Moldes cortadosoê
tamanho natural. Altértiadamente, A MODA TELUSTRADA distribua
moldes traçados e folha de borcados de todos os feifios, acompanhads
das respectivas descrinções. Conterá uma urevista da moda» onde tolo
às seihanás indicará aos seis leitores, os factos thais importântes quiesm
derem durante aquelle espaço de tenipo, e quê só relicionent com o esê
titulo. «Correspondencia:» Secção destinada à responder à todas as ipei
soas que se dirijám dá MODA ILBEUSTRADA so

Jornal das familias Publicação semanal

Era assúmptos decor-
resse apropriado. «Metlindo de córtesa Maneira do tirar medidas, tes
tar e fazer vestidos. «Flores artificiaes:» Methodo que ensina à fazól-ás:
de todas as qualidades. «Artigos diversos», sobre assúmptos de interesse
feminino. «Hygieno» das crsanças, dos casados, da habitação; ete. iRez
ceitas» necessarias a todas as familias, ete., ete. «Segredos do toúcado
Cozittha de Kneipp, uma receita por semana. eSecretarios das faimiliastb
Modelos de certas. «Duces:» Receitas desonhecidas e experimentadas:
«A seiencia em familia: Cúriosas experiS cias de physica e ‘de chilnica,
acompanhadas de gravuras illueidativas, faceis de realizar erá cada, phô
prias para creanças, assim como uma diversidade de «jogos ibfantis. À
secção litteraria» constará de rotuances, contos, histórius, pôpsias, pehz
samentos, proverbios, charadas ‘

“aa : p
e enygmas À MODA ILLUSTRADA
fica sendo O «melhor e o mais ba ato» jorãal de modas que ae publica
om Paris na lingua portugueza, e ela clareza) Utilidade e varicdadé dos

sets artigos torna-se,

Indispemrsavel em todas as casas dé familia

À MODA ILLUSTRADA publicará por anho 52 anihetos de 8 pá
ginas, com 32 columnas, em grande formato, 1:800 gravitrás eli prett
e coloridas, 52 moldes cortados, tamanho natural; 52 folhas de moldes
traçados aliinados coih bordados é serê remettida fraata de Porte.

BRINDE À TODOS 08 ASSIGRANTES. Emi cada tilidestho; ti |

número com 8 paginas cheias de figurinos de roupa brahcã,
CONDIÇÕES DA ASSIGNAPURA

ANNO,— 52 motos coh 1:500
gravuras éêm pretó e toloridas, D2
uióldes cortados, tuanho natúral,
92 folhas de moldes traçados ou de
bordados, 58000,

SEMESTRE.–26 núineros Bom
990 gravuras em preto e coloridas,
26 moldes tortados, tamanho natu
ral, 26 moldes trágados ou Borda-
dos, 25500. 5

PRIMUESTRE.—13 ntméros com
450 gravuras em preto e coloridas,
13 moldes cortados, tamanho natu- | 4
ral; 13 tolhas de moldes traçados
ou borasdos, 15300, ?

LISBOA, PORT
Um numero. cotitendo BO grava
rás em preto & coloridas, am mol

de cortado, tamanho nataral, folha cortado; tamanho riatural
de moldes tragados ou de bordados; .

Na entrega… 200 réis Na entrégão sai ÃO réis

Antigá Casa Bertrand JOSE BASTOS-=Rua Garrett, Lisboa

1º edição 28 edição

ARNO. — 52 mileros Boi 1:Bng
gravurás em preto & coloridas; DÊ
moldes cortados, taihanho hathral;
43000. ;

SEMESTRE.— 26 tuirioros tok
900 gravuras em preto, & colória
das, 26 moldes vortades em ththas
nho natural, 28100.

“TRIMESTRE. 13 númibros toh
DO gravuras eim preto; é toloria
das, 13 moldes cortádos Eri tamids
nho natural, 18100,

O É COIMBRA
Um número contendo 30 gratu
ras eir preto e Coloridas tim inblde

EN o

É a 4 TegUs Us uti tado
Machina photographica Ê

Carnes
de graça É
k vV ; ;
PEQ LU ey e Boro ELG, = ce ES e BEBO
Dá-se uma, boa machina photo- Ohibaio pisar q 2.100

graphica 13% 18, em bom estadó

Nesta oficina se fazem todos os trabalhos concernentes

iços ASS Fasouveis. ;
| Acecitam-se encommendas de facturas commerciães. di-
lhetes de estabelecimentos, memotanduns participações de ca
jsamento. etc., efc.. impréssos officiaes e bilhetes de visita, para
o que ésta casa possue um grande é variado sortimento de ma-
teriaes quemandou vir expressamente das primeiras casas de
Lisboa.

Garante-se o bom

À “acabamento dos trabalhos, a nitidéz é
promptidãos Ê !

[4 artety pographica, parao que tem pessoal habilitado, por pre-|

a quem cotiprar os seguintos objs-
ctos pelo seu valor:

Pphotugraphos

E Céredes
Trigo 13,544 1: 1.2. 660

1 obtuzador para. ihstantaneos, Centeio > E ss açao DEM
4 pannos de fundo, É tinus, 1 Fan | Milho » od ça Ds RO
terna para, laboratorio, 3 calibres Vinho
le vidro, 6 cliassis prensas, 1 call g ; E
[mara escura parg campo 3 enppor- E 1. da terra cores 1400
tes para secear chinpas, L almotartá, | 20 lda Beira +….: 1:600
(3 copos gradíados, 3 fúniz dé vi ; Ageito
“lro, É machina para trazer debuxo 1997 POTE sor tão du: DOM
do colete;-1 Tavader automatico, 1 . : , )
luvas de Dorracha, 3 vinhetas” e 1898. a Dn e h800 « :
ainda outros objectos préciso «os Castanhã secca » » :.. 650:

pvitibo 20 1. enr Santarem 1.600

 

@@@ 1 @@@

 

ECHO DA BEIRA

HAGAS

Eomance palpitamte actu-|Elustírado com perto de
alidade. |200 gravuras.

O CRIME DA SOCIEDADE

posenhos e aguarelias originaes de ANTONIO BAETA
GO reiz–CADASEMANA–BO reis

“ditores: LIBANIO & CUNHA Rua do Norte, 145–LISBOA

CONDIOÇÕES DA ASSIGNATURA: Serão distribuidas cad a

“emu 3 folhas in.4.º, com 3 gravuras, ou 2 folhas, com 2 gravuras
jHROMIO em separado pelo preço de 60 REIS, ou em tomos de
olhas som 28 gravuas e um CHROMO pelo preço de 300 REIS. Para
pravin a expedir-se-hão quinzenalmente 6 folhas ou 4 folhas e 1
CHRIMO pelo preço de 120 REIS, mas não se satisfazem pedidos que
m acompanhados da importancia. Assigna-se em Lisboa no
da Empreza, rua do Norte, 145, nas principaes livrarias, na
WA MONACO e nos estabelecimentos onde estiver o cartaz-an
musa, Consideram-se correspondentes as pessoas das provincias e ilhas
uc se responsabilisarem por 3 ou mais assignaturas.

não venha!

COLLECÇÃO PAULODE COKE

) | Tradueção de Fº P. da Silva Vieira
ú BIGODE | NOVO ROMANCE DA COLLECÇÃO
Ilustrado com magníficas gravuras 40 reis–cada semana—40 reis

R rance em 2 volumes. O preço da obra completa não excederá
899 reis.

asma Beidula da Sos da Gertã

Approvada pela junta consultiva de saude publica e au-
etorisada pelo governo. medalha de prata nas exposi-
cões de Lisben 1893, Anvers 1494, Saist Etienne 1885

concurso de Hysiene Eruxelias Porto, 1897 medalha de

FOGOS L’ARTIFÍCIO

U pyrotechnico David Nunes é

“|Silva, da Certã, satisfaz para todos

o3 pontos do paiz quelquer encom-
menda de fogos, em todos os gene-
ros, por preços sem nomspetencia.

Apresenta sempre novos e varia-
| dos trabalhos, d’um effeito surpre-
herdente, rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro.

Este pyrotechnico, já bastante
conhecido em Portugal. onde os
sous trabalhos teem sido admirados,
foi qnem torneceu os fogos queima-

Santo Antonio e em Thomar pelo
de Gualdim Paes.

Currespondencia e pedidos ao py-
rothechnico

David Nunes e Silva

RETRATOS

Tiram-se em differentes ta.
manhos desde $00 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.

Encarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-
te especial.

Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commex-
cio —SERTA

Ssbriea s Dugur
DE
Papelão nácional

Unica premiada na exposição in
dustrial de Lisboa em 1898.

eucd —diploma de honra. Marsetha e Concurso de Hygiene
LOdad res IS96.

Analyse ehimica pelo ex.””º sr, conselheiro dr. Virgilo Machado,
medico e lente de chimica.

Esta agua mineral possue a acção «adstrigente, tonica e desinfe-
etanse» é assim s explicam as notaveis curas obtidas especialmente nas
seguiates doenças. »

pilatação de estomago, Drspepsia atonica, Ulcera
de estomago. Diabetes. Leucorrhca, Enferites, Purga-

ções. Syphilise nas inffamoções em geral.
Não tem gazes livres; sabor muito agradavel, quer pura quer mis-
turala com vinho. Prego, incluindo a garrafa, (8 d.) 100 reis.

A’ venda nas principres pharmacias é drogarias, e nos

BDepositos — Porte, rua de Santo Antonio, 49; Co-
imbra drogaria. 3. Figueiredo & €.’; Figucira, phar-
macia Simões Oliveira: Thomar, pharmacia, Torres
Pinheiro

Depcsito geral. -Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º

: ESB NA
Livros de Estudo |CENTRO COMMERCIAL,

– Approvados pelo governo DE
para uso das escolas. e
Deposito na Certã, na loja A Ei
de Lniz da Silva Dias. | Completo sortimento de fa-
zendas de algodão, lã, linho e

LOJA DO FOVO seda, mercearia, ferragens e

ê quinquilherias, chapens, gua’-|
Cê + |da-chuvas e sombrinhas, lem-
Aljano R. M. Ferreira -CERTA leos, papel, garrafões, relógios
de sala. camas de ferro e lava-
torios, iolha de Flandres, esta-
nho, chumbo, drogas, vidro em
“Ichapa e objectos do mesmo. vi-
mho do Porto, licores e cognae;
livros de estudo € litterarios.
tabacos etc,

Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia

Agencia da Uompanhia de
‘Seguros Portugal.

Chitas baratas de 80 rs, o vova-
d, a 60 réis.

Assucar de 1.2, Lilo 270 réis.

Dito de 2.*, 260 reis.

Dito n.º 5 250 reis,

Este astibelecimento tem actual
m>atº um variado sortimento de
case niras, flanclias de lã para vas-
tidos de Senhora, litus de algodão,
brosados, arminrcs, chitas, eastelle-
tas cotins, mentes, prnos bren-
que ndos, panos crus, lenços de sê
da, Cacuno,
tha: para meza, guardana
per ete etc.

Cliasta. CUICIHAS, Tra

» 1 a 7, Praço do Commercio, 1 a d

Cada maço de 15 Ke., contendo
8 a 30 folhas, formato 64 x 80, 900
réis. isa
Satisfazem-se com rapidez todos
os pedidos, sendo postos em qual.
quer estação de Lisboa por conta
da fabrica, quando as encommen
das sejam superiores a cinco mas-
rsos. Aeceita-se apas em troca.
«Grandes descuntos aos revende
dores, sendo a proinpto pagamen-
to».

Todos es peddos dirigidos ao
escriptorio da fabrita—Brito No:
gueira.—lua d’Alcantara, 62 A.
LISBOA

CARRO

José Alexandre da Costa, de
Pedrogam, Pegneno, participa
ao publico que tem para allu-
gar um carro com parelha, cu-
Jos serviço para qualquer loca-
dade, entre Thomar é Certã,
faz por preços conmodos,

LOURENÇO CATOLLA
CORAÇÃO DOENTE

1 volume 500 reis
Vende-se nesta redacção
Tambem se vende no Centro
Con mercial—Praça do Commercio
— Certã

Ssemies autograghus
DE
i adre Elias Simões da Silva
Antigo missionario
B ;
Director espiritual do Seminario
das Missões Ultrumarinas.
+ volume — 1:000 réis.
Editures—Éopos & 0”

Í CERTA

Praços convidutivos.

des em Lisboa pelo Centenario de

[Todos os pedidos devem ser feitos a FRANCISCO SIMÔES

— ls a — eee terra

E ;
Le dc
DORES 5
Por melo do emprego dos
BD

EUR

ó e Pasta Eentifricios

pos

si PP, BENEDICTINOS

ABBANIA de SOULAC (Gironde)

Subssado pu

DCM MAGUELONNE, Prlof ;
O Medalhas «e Qro: Bruxelas 1880 — Londres 1884 Pg
AS MAIS BLEVADAS RECUMPENSAS

INVENTADO 378 Ho
TR

xo axxo
«Ouso quotidiano do miixir Dea-
Míricio (os RE. PP, Bencdic-
3º dC mgumas gottas
1C cura acariedos
s, fortalecem:

Pelo Prior 3
é BQURSAVU É

tores é o € utilíssimo pre-

parado, o melhor cnrativo € o

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agente Geral: SEGUI BORDEOS A a

a “p vepossto um todas as boas Perfumertas, Pharmneias a Droguer’at. 58

LE CROMOGRAPHE OU O
COPIOGRAPHO

O mais agerbriçondo e o mis burato

Com este apparelho obtem-se 100 copias de qualquer autographo
como: preços correntes, cireulures, máppas, avisos, tacturas, cartas, ofi-
cios, desenhos plantas, caricaturas, annuncios, ete. : :

E” o unico que está sempre prompto a funecionar,
lavar tom agua fria em à miruio. :

E’ muito util nos escriptorios commerciaes, goverios civis, admi-
nistrações do concelho, camaras municipaes e, finalmente, em idas as
repartições públicas & particulares, em algiimas das quaes funcciona
com enexcedivel efiito. E

E” o unico que dá tantas protas hitidas e que podé futitcionar cin-
co mitiitos depois de ter servido, por se lhe tirar à tinta Euim agua fria,

porqiie se pode

em menos de dais minutos.
Garante-se o bom resultado, restituindo seo importe no caso contrario

fado de usar

RR
Escreve-se com tinta especial do topiographo o
copiar; applica-se o papel ao coplographo e deixa-se
nuto; passando-lhe a mão por cima a!
ção prineípia-se a tiragem logo em seguida, da maneira seguite:: Appli-
ca-se o papel ao toplographo e passa-se a mão por cima; muito ao
deleve nas primeiras copias, augmentando a pressão gradualmente,
Depois de feita a tiragem, que não deve ser interrompida lavaseo
coplographo com vma esponja fina embebida em agua fria, o en-,
| chuga-se com papel absorvante, um minuto depois esta propto a fanecio |
nar :

que se quizer-
estar um mi
gumas vezes, depois desta oppera

: Quando por qualquer incidente a superficie do cepiographo
(deixe de estar lisa, derrete a banho maria e deixa-se seccar por espaço
ide 24 horas. Tambem se póde tirar copias cm pantio madeira ou vidro.

|
PREÇO DO APPARELHO COMPLETO
e duplo… .. 28900

« commercial… a é
Bt. cor sapos 100 | Tinta frasco, 2,20 0 CRIE

]

Para tirar bilhetes de visita, 4400
Kormato alinasso……… 15000

Massa—Lata de Eilo.,…..1$200 É
o ” mi og

q «meio kilo… …. 6600.

Para as provincias acresce mais 200 reis

DROGARIA ORIENTAL

238 —— ERua dos Kanqueiros. 238. Lisboa

NOTA —Fazem-se apparelhos do tamanho quo se desejar
sendo o preço correspondente 4 massa que comportarem.

DESGOMFIEM AS IMITACÕES

O meu copiographo % branco é leva no fundo 6 carimbo da loja

TYPOGRAPHLA Rua do Vale. CERTÃ

119, Rua do Almada, 123 Porto

Editor responsável— ANTONIO DIAS OLIVEIRA