Echo da Beira nº25 18-06-1897

@@@ 1 @@@
|
|
I
,
EUMERO 25
Sexta-feira 18 de Junho de 1897
ADMINI
STRAÇÃO
“RUA DO VALLE CERTÃ
JULIO DA SILVA FERREIRA
ADMINISTRADOR
; à Eae E Te Tg ei
x nt T 4.1 E ! E Ka Er PSA sd Ega O de So c
ASSICNATURAS O rata + MOMORANDES | ANNUNCIOS
ATENA To o qria E caraio Do PARA se a + PESO E A correspondencia relativa a assumptos das vedacção aó di-!| Cada linha ou espaçe…….etceciecectoro. 40 reis
Semestre. ….. dear e es no Se pa +.0.04:.+:600 | rector do jornal pará Sernache do Bomjardim: é da adimihis- | Repetiçõesi.s.escscescececercrc cera rato «20 reix
Brazil Anno. ..esine secas ss ER 200.0. +.6:000 | tração ao administrador para a Certã, : || No corpo do jornal, ………4.00:0+100 reis a linha
Africa— Anno sis… do RU EA Sa Ra Õ0O | Os originses recebidos não se devolvem, sejam ounho publi. || Annuncios permanentes preço convencional. ‘
Numero a vulsO….-cercosersscaneii cia DOUECIS 4) | Os assignantes tem o abatimento de 201º.
| y . é 67 a 22 – ses, a |
| cados. Anhunciamêse publicações de que Sereceba um cx implar. |
ee:
Zn
“CÁEIÁ…
A Defezá da Beira, nosso
presado collega de Castello
Branco, e orgão do partido re-
generador m’este districto, e-
xercendo o seu direito de criti-
ca sobre um artigo que no pe-
nultimo numero deste jornal
publicâmos n’este logar, com
o, titulo de Disciplina, escorra-
cando os vendilhões. politicos
do partido progressista, escre-
ve muito sentenciosamente o
seguinte periodo que textual-
mente vamos transcrever:
«Felizmente não temos entre nós.
epárias que alojem as convieções,
na barriga, nem abrimos as por-
cas a quem o /eroubo. pelas janellas:»
vor isso somos poucos, mas antes!
oucos e fivis, leaes e honrados do
ue muitos com as qualidades que
3 proprios correligionarios attri-
em aos seus.»
Queira perdoar o colega
mas à verdade é que não pode
atirar pedras ao telhado dos
visinhos:
“Tem lá por casa, de todas
aquelas especies, com adver-
bio e tudo! . Es ía
E então são de prineirissi-
ma agua!
Não bata o tollega as pal-
mas, de contentamento, nem
feche os olhós; porque os tem
cá pelo districto, bem perto de
sve tambem Paquella mesma
raça de exploradores que fa-
zem pro domo sua daccordos
deshonrosos e prejuditaes ao
seu paritdo cem seu proveito
proprio, tambem em manobras
de encruzilhada e abusaúdo dá
sua situação official.
“Quando os desleaes é tépro-
bos do nosso pertido tem atrai-
condo os hiteresses partidarios
para faztrem accordos deshon-
rosos é tai seu proveito pro-
prio tem-os celebrado ton to-
rypheus regencradotes que;
por sta Véz, tambeni têm ábane
“onadu 68 Hrritines do seu
partido para virem à essis eli-
cruzilhadas negociar a conf-
nn Gn dos chefes um sei bene
ficio pessoal.
Os progressistas que, hoje
Face os iterásses do seu
pardo em bencíicio particular
tic certos adyersarios proce-
O colega ní
vez, de ouvir estas verdades,
conhece muito bem. YV
dem assim em favor de com-:
promissos tomados e, desta for-
ma, pagam serviços carimba-
dos com a mesma deslealdade,
recebidos dos adveérsarios ilú-
dindo também a boa-fé dos
chefes-c ainda tambem abusan-
do da sua gituação official!
Há amda uma ageravante
contra os qué estão lá, pelos
guns dos favores que elles fi-
zeram, em obediência ao nlesmo
conluio, foram estandalosos,
com ofensa das leis e do dé-
córo publico;
o gostará, tal-
mas não: deve molestar-se,
porquê taes “co mpanhias não
são honrosas para ninguem;
Está agora à lembrar-ros
um caso que o st. João Franco
m “Vamos
contal-o à Defeza e, assim, des-
erevemos-lhe um dos taes freis,
leaes e honrados, como lhes cha-
se.
Certo influente regencrador
que já foi deputado por cireu-
los d’este districto, se bemnos
recordlamos, e até pelo da séde,
e assiduo frequentador do ga-
bimete ministerial do sr. João
Franco, apregoando sempre a
sua decantada omnipotencia
sobre determinado circulo do
paiz, quando aquelle estadista
o interrogou ácerca da cleição
ultima pelo tal ciréúlo, decla-
rou-lhe mui peremptoriamente
que nada podia; atconselhando
o sr; João Franco a qué dão
desse lúeta no tal circulo
“E sabe o collega, porque tal
político mentiu assih ao seu
chefe é falscoti os imteresses do
seu partido?
– Porque elle, quebrando to-
dos os elis da disciplina
partidaria; havii já vendido a
sua influencia, mantida 4 cus-
ta do partido; por uns favores
que está gosaido e que não só
approveitamt a elle unicamehi-
te, mas até são projudiciães aos
interesses partidarios: o
“Jústa manobra de encruzilhãs
da gorou-se, porque era egual-
mente desHonrvosa pira tunhbos
os partidos, vo Pavares
Proença, enja dedicação par-
St:
arraiães da Defeza: é que al-
je “chefe rega porador, a
ma o nosso tollega albiscastren- |
|tidária. é intóhtestavelmente
um dogina, sabendo-o, evitou
Ique talescanitato se consúmiás-
[se
| Egulga ó colléga que – esse
séu corteligionário reconside-
tou assim exonérado “do iseú
| compromisso? Ss
| Não senhor: reincidin!
| Approximando-se a | epocha
jeleitoral, quiz apresentar a
| sua candidatura pelo cireúlo,
tonidé o tal politico têm inflúen-
[cia, wm novel progréssista que
gosava da especial protecção de
éerta parté do seú partido: n’es-
tas Circunstâncias o novel can-
didato foi ouvir a tal xespeito
RR

7 deitam
do o favor da suá protecção,
porque tambem entendeu, lá
nasua, esse nosso correligio-
nario, que devia consultar pri-
meiro um adversario do que o
chefe politico do districto. Opi-
niões! Vamos adeante.
O tal regenerador, que nun-
ca tinha visto o progressista,
mais gordo, encareceu-lhe logo
os merecimentos e declarou-lhe
logo que pelo tal circulo nin-
guem se proporia que mereces-
se mais a sua sympathia. e o
seu apoio: qué os seus amigos
não só o não hostilisariam, co-
mo até lhe garantiriam a victo-
al q
Admirá-se o collega? Pois é
à verdade.
Duvida? Temos provas,
Ora aqui tem a Defeza um
torreligionario; cheio de hon-
tas é favores do seu partido,
negando a sua influencia ao
«cu chefe; ntonselluindatio que
não dessa batalha, e por ou=
tro lado, a garântir a victoria
e à dffkrecet à sui influentia à
qualquer tarididato..: Com
tanto quê lião fossé regêneraá-
dor! &
Ámnida desta veá 0 catidilhô
tegeritrador não pouil: hostili-
sa? o Sêu partido, pot ué 6 tal
caiididato quê, conio, esptrteza
salbia, trázia na stiá bagúgen
legislativa tdito projecto de
lei que seria a rua” do con-
celho, séde esse tlrélido; não
poude por glle . der aprest ita-
do:
|logo, com ‘a Sua. intervenção,’
| Valham-lhe, porem, ao me-
hos, as intenções. ae
Não póde pok isso à. Defeza
da Berra rir-se dó que sé passa
‘cá pot casa, nem atirar-hos pe-
dras ao telhado, porque tem tá
pela sta casa inuito peor.
Cá e lá mais fadas há!
Agora, prezado colleéga, pa-
ra terminar lá vae mais esta.
“Quando subiu ao poder o
actual ministério o tal seu cor-
relligionario escreveeu lógo a
certo ministro muito preponde-
derante na situação, enviando-
lhe muitos parabens, comegual
dôse de cumprimentos, e
que se fosse preciso alguma
isa pole prtia sa va
verno como o que acabava de
subir aos conselhos da cerôa.»
Fallou verdade n’esta parte,
e já então ardia em desejes de
se vender…
Forte teima!
Bate já vae longo e nós, caro
collega, temos níuito tempo de
conversar.
Fibambs por aqui, fecordan-
do-lhe no entanto o taldictado:
cá e lá mais fadas ha,
a
Abilio David
Retomou o seu logar na redac:
vão d’este jornal, o nosso amigo sr,
Abilio David;
A cargo d’este nosso presado eol-
lega ficou ú secção de extrangeiro
que elle há dois numeros tom es-
eripto com tantó criterio e fino es-
pirito d’observação.
Folgamos de poder dar esta a-
gradavel hoticia ats ilossos leitores e
Sp a à nosso lado
tão prétidso eullaborador.
A
Purtiú de Sertincht pará Lisboa;
o allustrado gilpéridt das m ssões
pottilgucias & deão dá sé patiiar
chal, & tiossy presado amigo sr. dr.
Antônio José Body d:
b clhz Vagetn;
A, 2
er a
U conselho Edeholar do collégio
das missões resolveu encerrar cs
tidbalboa das htilas, nó dia 16 dd
corbônte:
Ui exathes devent ptineip’ar nO
proximo dia SL;
coisa. . . elle lá “estava, «por-‘
eta
CARTA DE LISBOA
Já leram decerto o discurso
da corõa, documento d’altissi-
mo valor é que prodúzio, posso
affiançal-o, nas duas cidades
principres do reino 4 mais li-
songeira impressão, por se de-
duzir d’elle quantó o governo
se interessa reálmente com os
problemas coloniaes, financei-
ros, economicos e de fomento
que sho n’este momento a cha-
ve da hossa reorganisação e
que lá fóra preocenpam a at-
tenção e o estudo de todos os
povos trabalhadores. Trez ac-.
cusações tem elle nierecido won
orgios regeneradores. Primei-
ro==e muito extenso. Compre=
hende-se esta grandeza de cri-
tica, que envolve uma enorme
surpresa. Os niinistros regene-
radores e osseus acolytos nun-
ca se preoccuparam a desco-
brir uma ideia sobre questões
vitnes de economia naciona-
nal. Viveram sempre de expe-
dientes, au jour le jour, mans
dando buscar massos de notas
ao Banco Portugal para cobri-
remos defiits e com a plilo-
soplhia e egnorancia sufficien-
tes para não se preoccuparem,
com os perigos da Situação,
entendendo, por exemplo; na
questão dos cambios que essa
questão não lhe merecia uni
instante de preoccupação,. por
isso que tom «4 baixa dos cambi-
oB,Se wnsperdiam, outrosganhas
van; Vendo agora o disthrso
dá corôa tractar desenvolvida-
mente d’esses Assiumptos sen-
tirdin tim grande pasmo e au
medmo.teihipo 4 impressão. de
que túdo aquillo erá inutil; es
clisado é pobtahto tnassador.
Segiinda secisação—O dis-
ciirso da cotôd affitriiá à neces:
sidade de se ihodificirem as
leis decretádas pelo iiliristerid
tratisacto: O rei tem à. Pesponz
iúbilidaile d’essas leis. Logo, es:
sas palavras impiútâmi tiniá
afironta ão celiefe de estado;
Letiti-se; e hão st acredita, es-
tas leresids de monarehitos
que teth da ihonarehia à Ideli
de gue & Bobeiirio deve ser
um chefe de partido, ematida
etii tio é por tido Bom di@@@ 1 @@@
E: á populaçi
[Frente cat
air
e ve
ttiumphos e derrotas d’uma de-
terminada facção, Terceiro
motivo de critica.==As ideias
financeiras do govemo resu-
mem-se a contrair empresti-:
A
mos! Hsta aceusação é tre-
menda!
Mostra que os jornalistas
que a redigem acharam yeal-
mente tão extenso o discurso
da corôa, que só por alto e
muito por alto o
D’outro modo não se atreve-
ria a escrever semelhante
heresia e falsidade. Tudo isto
o que prova, felizmente para
os interesses politicos do par-
tido progressista e para a
felteidade do paiz, é que o dis-
curso da corôa-é um documen-
to serio e digno, onde se en-
contram condensadas as ideias
dum ministerio -nobrementé
crientado e decidido a fazer
alguma cousa de util e honro-
so para a nossa regeneração
nacional.
% x
Hontem à tarde, os berros
dos garotos annunciando, na
avenida, em Algés, em toda a
parte emfim, onde milhares de
pessoas procuravamalgum fres-
co que as alliviasse do calor
asphixiante dos ultimos dias,
um supplemento do Faiz com
a noticia do que succedera no
nuigia Go Porto, fez Jembrar
gre que realmente
horas antes se deveria ter da-
do na cidadeinvieta esse gran-
de sucesso, reclamado como
acto dicisivo para a queda das
instituições, Jim Lisboa niri-
guem se lembrava de tal, Na
vespera tinham partido tres ou
quatro pessoas para o Porto,
sabendo-se que jam tomarpar.
te no comício, Na gare não
houve a menor manifestação e
assim à noticia do comicio pas-
soletraram,
“capital indiffe- |
sara sem o minimo echo e sem
provocar a menor curiosidade.
Eu não sei se o comicio do
Porto foi ou não muito concor-
vido. Desde o numerode 10000
até ao de 1200 pessoas tenho
lida que se achavam alli, Cal-
eulo bem que o ultimo limite é
o mais verdaleiro a avaliar
pelo numero phantasista que
os mesmos jornaes ailirmaram
achar-se no comício de Lisboa.
Mas estivessem muitos ou pou:
cos, O cuinicio não passou de-
certo d’um espectaculo thea-
tral, sem outros enthusiasmos
mais do que os marcados pelo
chefe da claque. Os comicios
nunca se acelimataram muito
bem entre nós, masactualmen-
te estão inteiramente desloca-
dos.
Dizia-me ainda hontem um
amigo meu, orador eloquentis-
simo, tribuno dos mais distin-
etos— «ku tenho assistido e
tomado parte em quasi todos
os comicios realisados no Por-
to, nos ultimos vinte e dois
annos. Ào principio, quando
fallava sentia as assembleias
viverem commigo, empolga-
vam-me os seus enthusiasmos
e não podia estar frio. Hoje,
percebo que os espectadores
me estão a estudar os gestos,
as inflexões da voz como se se
achassem na frente d’um actor.
Não ha enthusiasmo, haquan-
do muito curigaidade.»
damente verdadeiras. explicam
o interesse que ha pelos esfor-
ços dos repnblicanos e o ma-
logro que ha de sofrer a cam-
panha, em que elles tão desa-
tinados e imprudentemente ge
lançaram.

* x”
Von falar-lhes agora, ainda
que muito resumidamente, por-
que a politica me tomou grande
Estas palyvras sta prof
ECHO DA BEIRA
parte d’esta carta, d’uma deli-
ciosa comedia em verso, que a
livraria Antonio Maria Pereira
acaba de editar. Refiro-me ao
Livro de Mesmer, traçada pela
penna adoravel de Alfredo da
Cunha, —poeta tão primoroso,
como primoroso caracter,—e
representada pela primeira e
unica vez no sarau que, no
mez passado, se realison no
theatro D. Amelia e promovi-
do peliaAssociação de Jorna-
listas, * e o distincto poe-
ta é secretario da empresa
do Diario de Noticias eum dos
membros mais prestimosos.
O assumpto não póde ser
mais fino e ligeiro. Um enamo-
rado crente em espiritismos,
quer adormercer a mulber a-
mada e surprehender-lhe to-
dos os seus segredos, não pas-
se por aquella cabecinha al-
guma traição. Ela finge-se
adormecida, illudé-o, assusta-o
com pertendidas infidelidades
epor fim falo cahir aos pés,
arrependido da sua desconfi-
ança e mais rendido do que
nunca.
E” este pequenino episodio
de amor que Alfredo da Cunha
tractano Livro de Mesmer,
com uma subtileza e uma co-
moção, que Coppeé não desde-
nharia, e uma perfeição defor-
ma que Bainville aceitaria co-
Do sua.
Lejais.
cadosEicaso da encantadora
composição e digam se ha
exagery nas minhas palavras.
E! um “encanto. Terminarei
Cunha é um dos mais distin-
etos filhos d’esse districto, hon-
rando-o nas columnas do Jor-
nalismo, de que é um dos mais
honestas e. levantados orna
mentos é nas lides litterarias,
como pocta dos mais inspira-
dos do nosso; tempo, oque não
estes versos, arran-|
dizendo-lhes que Alfredo da.
to que eu conheço.
Henrique
Nada tema
O meio que adopta agora
é mais sunples, mais moderno,
Os princípios muito embora
sejam d’essg livro eterno,
Deve estar com seriedade,
tar muita confiança a gente,
muita força de vontade,
Luiza
De dormir, naturalmente?
Henrique (com impaciencia)
Se está a olhar para os lados, +.
nada so faz com-certeza. Po
Luiza
Fico d’olhos envesgados,
se olho com tanta firmeza.
Ao menos, de quando em quando…
Henrique
Nunca! Assim é necessario,
é forçoso…
Luiza
Irei levando
a minha cruz ao Calvario!
Henrique (a distancia, do outro la-
do da seena)
Quando o somno profundo adormeça
aquella caprichosa cabecinha,
eu poderei com altivez diser
que ella é então completamente
minha.
Será então, é poço de maldade!
será então que en onvirei talvez
falaren-me esses labios com verdade,
não me enganarem, a primeira vez!
Nem se move… socegada,..
Parece que já começa
Luiza (chamando-o
Pstt!
Henrique
Pois ainda acordada?!
Faz-me perder a cabeça,
Luiza
Não senhor: en já dormia,
mas lembrei-me de « Chatitaês
E Pique
Pois a dormir é que bavia
Le lembrar-se de acordar?!
Oh! Isto não se descreve!
Lniz
O meu somno é muito esperto,
O meu dormir é tão leve…
“ Henrique (áparte)
Como a cabeça, decerto,
Loiza
Não abusará de mim
Depois? Ia homens sem dó…
Henrique
Oh! Juro; mas durma, emfim!
uiza
Cá volto a fazer 9d.
(depois de uma breve patisa)
ide apurados os factos à
oi
“Punatintemente a ia
exclue que seja o mais modes-Já me passava de idéa.
Henrique
Luiza
Se eu resonars
Como é consá muito feia,
Inda mais?)
ha de me fogo acordar.
Ri faça o seu juramento
em nome do nosso armor,

Henrique
Faço-o, sim, que torrzento,
seja em nome do que fôr!
* +LOVELLACES
Subotdinada a este titulo
demos no numero 19 d’este
jornal, noticia das liberdades
que se estavam permittindo
a alguns alumnos externos do
collegio das missões.
O digno superior do colle-
gio mandou logo syndicar dos
accontecimentos e, tendo-se
apurado que era realmente irs
regular o comportamento d’ale
guns estudantes externos, re-
conhecendo-se ao mesmo tem-
po que outros haviam quê eram
inhabeis para à carteira a que
aparentemente se dedicavam,
submeiteu estes factos 4 diga
tiissão e delibereção do cons
selho do collegio, na sua reú-
nião de 16 do corrente—a pri=
meira sessão que lvnive depois
que
nos vimos referindo.
votada
de
sete alumnos externos, tendo
como fundamento, quer 9 mad
‘omportamento d rlyuns, quer
a inaptidão d’outros para o
serviço da missão.
Nessa reunião
Razão tinhamos nós quando
nessa occasião afirmamos que
a rígida e necessaria distiplia
na d’aquella casa de educação
não permittiria desmandos co-
mo aquelles que eram riarra-
dos na carta À que então nos
referimos,
FOLHETIM
VUI
E A retirada da Russia
Na.
À situação assim era insastenta-
vel, e, quando rebentou o incendio
no Krembn, começou aquella fu-
nestissima retivada, que devia ficar
para sempre celebre nos modernos
sunaes militares.
Qual não foi porém a triste sur-
c preza do exereito quando, 30, -che-
E sdr=asMilo-Jarislvela, encontrou
| esta pequena cidade complotumente
| Sestruida, sem lhe poder offcreser
e mais leve abrigo; quando, ao che-
| gar depois a Mojaisk al encontrou
|“ MmésinO espectaculo, mas chegan-
d+ desta vez à devastação a tal
prato que só poderam reconhecer 0
“ev vade se ergnera a cilado, diz
Ea sotonio Banha «por alguns pro-
us, escapados av incendio e gue
Mies ul travam Os segs antigos ali-
iai tiúios, & pelo relogio. que ain-
nto tircava as horas para uma ci
Mic que já não existia!»
2 use então Que o exercito ja
gá islot
lensk e nas outras praças fortes do
Dnieper, mas isso não bastou para
animar o exersito já descoro soadu.
Lembraram-se que tinham de per-
corror ainda quarenta e quatro le-
guas per um caminho, onde sabiam
com certeza que não encontrariam
nem abrigo, nem alimento. Se às
uão tinham encontrado . quando
avançavam, como os encontrariam
quando retiravam!
Principior já então a desordem.
Houve sol lados que trataram so-
bretudo de aceclerar é mureba-e-que,
para caminbarem mis ‘rapidamen-
te, abandonavam as armas. À rapi-
na, à que todos se tinham entrega-
do em Moscon-e nas suas cercanias,
produzio os seus naturaes resulta-
dos. Sulaadus é ofliciaes, carrega-
dos de ricos objestos tratavam so-
bretudo de salvar a seu espolio, e
passavam, semi armas, é envoltos
qtnrleis de mverpe em Bnd- |
en ricos e soberbos casacos de pel-
les. Começava assim a formar-se 2
pouco e porco essa massa confusa e
desordenada, em que os Cam pontos
Pessos matavam à vontade, quando
encontravam esses miseraveis à
proturar alimento, sem meio de 0
conquistarem e de se defenderem.
O alimemo cstasstava
modo horroroso. Theotonio Banha
conta que, em Mujaisk, o seu sus-
tento foram umas raizes de conves
cosidas em agua. Dopois já se co-
mia a carne dos cavalos que mor
riam de cançasso, e linhaça torra-
da. Os cavalos comiam a palha ve-
lha que arrançavam dos tectos das
choupaaas,
E o frio começava a apertar de
um modo extraordimario! Todos os
borrores sê accumulavam, O campo
da bataliaide Moskowa, ainda Cheio
qe aii Te Cudavéres insepúl-
tos, estava Goberto com uma enorme
nuvem de corvos, contra os quaes
tor preciso fizer fogo e fogo mtenso.
Imagine-se o hormvel espectaculo!
Pela estrada encoatravam-se à
cada “instante soldados mortos de
trio. Se caiam de costas sobre as
mochilas, não se tornavam a levun-
lar; se se sentavam junto das fo.
gueiras que aceendiam, invadia-os
um doce torpor que os não deixava
erguer, € all morriam, muitas ve-
“es, queimados de um lado e gela-
dos do outro.
À cinco leguas de Sinalensk ap-
pareceram cossacos. [ra o ultimo
desastre. Vora ainda repeliidos,
já de um limas cuia que perdas!
CR mer e perem
A desorganisação augmentava to-
dos os dias de um modo herroroso.
Cada dia ia diminuindo o numero
dos soldados arregimentados e ca-
pazes de combater e augmentando
0 numero dos. que compunham
aquelia massa enorme, que cera um
SELOTVO ira A Peirida. Puto cons
pirava contra o desgraçado exerei-
to. Se a neve estava solida e resis
tente, um frio cruel rareava as f-
lviras dos regimentos. Se o frio de-
lo meio liquido, por onde escorrega-
va:n homens e cavallos, acontecendo
que, ao descerem uma collina que fica
ás portas de Smolensk, rolaram pe-
la encosta abaixo homens e caval:
los, que chegaram ao valle on mor-
tos eu com as pernas partidas,
Os portuguezes, no meto d’aquelie
immevso desastre, tinham-se che-
gado uns para os outros, c sentiam
mais do que nunca a sua solidarie-
dade nacional. Que alegria quando
se encontravam no meio d’aquella
massa confusa e desordenada! Em
Smolensk, appareceu o general Go-
mes Freire de Andrade cum os seus
ajudantes de campo visconde de
Asseva é Carlos Autidiener. Foi
frecebigo com immensa alegria! 1
elinava, a neve desfyzia-s enlamt ge)
Entre Smolensk o Krasmoi a des
sorganisação tocou as suas ultimas
raias. Alguma coisa se encontro
aiuda em Smolensk, e O exercito
ali reeuparou algumas forças; mas
isto não servia senão para precipi-
tar a retirada, porque os mais aba-
tidos, que ficariam nas tileiras por
não estarem capazes de fugiram,
correrun para a: frente, e lá foram
augmentar aquella horda desorde-
nada, que os cossacos de quando
em quando rasgavam em todos og
sentidos, em mortiferas galopadas.
Em Krtasnoi supp»z-se que tudo
estava acabado, que não escapava
um só homem d’aquelle immenso
desastre, porque se deu pela falta,
lo marechal Ney. Aquelle hervico
soldado, que até ahi mos rara a sua
intemerata bravura nos campos dg
vúfulua, mostrava agora a sia conse
tancia, a Bia emsrgia é € evação do
seu caracter, Era elle quem cobria
a retirada cum o seu corpo de exer.
sito reduzidissimo, mas firme. Quan
lo em Krusnoi se viu que elie 1ãg
dtvessara o Drep.r, e que jo
sonseguinte cara provaveimem o
sioneiro nas mães dos Rus: 08, 9
esulento toi geral e profundo.
Cut tiubeiro Chi ças
ao er ER a oao er ER a o@@@ 1 @@@
nO
Et seca ist am pe. a
ESTRANGE!
Acaba de se pensir um Bruxel-
Jas o «comité» maritimo internaci
nal para recular a questão, tantas
vezes debatida, da unificação do di-
veito marítimo. À conferencia d’esse
ecomitêr compõe-se «um orgão
ventral que é o «comités maritimo
internacional, propriamente dito, e
orgãos Jocses, que são as asso-
ciações nacionaes de direta mari-
timo,
da parte de quem traça estas lhi-
nhas, o ousar tocar, ainda que de
leve, n’um ponto tão melindroso, co-
mo é à uniformidade do direito ma-
ritimo, e no jornal d’um advogado,
Socegnem os luitores que não vou
metter-me em theorias que não co-
nheço-toco apenas de rvaspão n’a-
quillo em que o meu dever de re-
visteoro me obriga a não ficar si-
lencioso.
Foram ouvidas com interesse as
communicações dos delegados .es-
traugeiros dando conta do que se
tem podido fazer entre elles, aobre o
assumpto.
Os relatorios feitos para a Ingla-
terra, pelo presidente da camara do
cummercio de Liverpool, Mr. Me.
Arthur; para a Allemanha, por Mr,
Sieveking, presidente do tribunal
superior de appellação, de Hambur-
go; para a Jranço, por Mr. Au-
– tran, do corpo de advogado, de Mar-
telha; para Italia, pelo professor
Pipia, de Gênes; para a Hollanda,
pelo senador Rahusen, demonstra-
sam de um modo evidente que u
“obra por toda a parte encontra vi-
vas sympathias e- que, em todos
esses palzes, as associações nacio-
maes estão congtituidas, «ou pelo
menos em via de organisação.
Um dos paizes que mais tem fei-
to no sentido de preparar a opinião
para a codificação d’uma lei- inter-
nacional e uniforme do mar, 6 a
Bolgica.
— Os congressos de Anvers e Bru-
“xellas, o primeiro em 1885 c o se-
“gundo em 1888, puzeram pela pri-
meira vez nitidamente a questão,
SB: pare rum-se com a esperança dum
proximo bom exito,
momento em que a unificação do
“direito maritimo, internacionalmen-
te, é já um facto; mas de. tudo o
que se disse na conferencia de Bru-
xellas resalta 0 seguinte, que é já
um enorthe passo—que em mate-
ras de primeira ordem, como esta,
ha uma grande uniformidade de
vistas nas differentes nacionalidades
uteressadas:
Na questão da abordagem assim
succede. Os armadores ou donos
de navios, os seguradores, drepa-
tam por toda à parte a ideia duma
reforma, o esta é essencial, ubso
utamente indisponsavel, Porque, o
que não admitte duvida para quem
estuula alguma coisa, é que existem
soas contradições entre as leis
nartimas dos diversos paizes. As:
kim por exemplo, as abordagens,
proluzem-se, o maior numero de
vezes, no mar larga; toda a espe-
ie de ditigio depende de saber on
le ha de fazer-sê o processo. Cons
orme o processo é feito na. Belgi-
Bo ha lnglaterva on na AHemanha,
sim as disposições legaés são in-
rament: diferentes. Um verda-
ero cabos, a que todos querem
por fim. Fº preciso, para conseguir
edesideratum» desejado, da ani-
prmidade do direito Maritimo, que
idos se entendam sobre 0 novo po-
men quo se ha de sobrepôr às
da
impressão
SD press
te Pes peito, eh
E” talvez nm bocado de arrojo
Não se póde dizer que chegou o]
Entradições dos resimens acuacs, |
conferencia, foi resida brilhan-
temente pelo presidente Sieveking,
ju’estas curtas e significativas pala-
vras:
«Pela minha parto, acecito cada
“ma das soluções prapostas, com
tanto que sejam approvedas por
todos os outtus paizes; porque im-
porta menos ter uma let intermacio-
nal idealmente imperfeita, do que
ter uma ln unica: esta, qualquer
que ella seja, será sempre a me-
lhor,»
Já se conseguiu um importante
resultado: por inicistiva do «comi-
té», os seus delegados allemães sub-
mettóram, ás associações de arma-
dores” e seguradores o principio
d’uma reforma da Ici allemi, rela-
tiva às abordagens, por faltas com-
mun.
Quando dois návios ‘ commettiam
uma falta, ou faltas, a lot allemã
não dava recurso a nenhum d’elles;
emquauto que os codigos françez e
belga, dividiam a responsabilidade
proporcionalmente à gravidade dos
delictos. E” este ultimo principio
que se nos afigura mais justiceiro e
mais equitativo, que tem conquis-
tado maior somma de aympathias.
O mundo maritimo verá assim com
vivo interesse que sobre este ponto
delicado, 0 «comité» vino sou pro
ceder e o das associações alemãs,
coroado d’um rapido suecesso.
Fica; pois, de hoje em diante,
inscripto na léi maritima do impe-
rio allemão o sympathico principio
da repartição proporcional. E este
um dos facto mais importantes, dos
ultimos annos, em materia de uni-
ticação de direito martimo.
Não entraremos noutras prati-
cularidades technicas do assumpto,
porque nos não compete, e recea-
mos tornar-nos massadores. Dire-
imos, apenas, para fechar esta nati-
Cia, que a conferencia de Brnxel-
las toi um verdadeiro congresso
qne reuniu no seu seio algumas ce-
lebridrades, O eseriptorio perma-
nente tem a sua séde na Belgica.
Foi nomeado presidente Mr. Beer-
naert.
——pe— —
DUVIDAS*…
A Bol Sri AA R.
Porque duvidas tn, porque descrôs
D’um formoso ámanhã pleno de
amores,
Depois do inverno gelido, não vês
– Nascor da terra as flores?…
Porque duvidas tt, se, hoje 0 pre-
sente,
Te parece brumoso e côr da treva,
A fbr que cás, no outomno, bran-
damente,
A viração a leva!…
A viração a leva mas, mais tarde,
A” terra volve, em flor, um outro
dia,
Assim tambem o scl em set poente
arde,
E outro globo alumia… ;
Assm tambem minha alma ferida
Toda de gelo, em viva auciedade
Arde de d’amor intimo por ti, que-
rida
E é toda clatidade!…
E toda claridade e primavera!
Tem dentro um sol de rutilo fulgir.
Ah! não duvides pois, tem fé e es-
pera cado
Espera no porvir!
nm
Lisboa— 8 — 597.
E Soc.
ECHO DA BEIRA
k
DISCIPLINA
Sub este titulo publicamos
no penultimo numero deste
Jernal um artigo, ao qual 4
Defeza da Beira, nosso presa-
do colega de Castello Branco,
poz no seu ultimo rumero.
em artigo editorial alguns com-
mentarios, em sentido favora-
vel á sua politica regenerado-
ta. SS
À este respeito nadaf:mos
que responder ao collega-nem
accrescentando nem retirando
uma palavra do que escrevo-
mos, nem mesmo nos recgonsi-
deramos facilinente, sabe-o bem
o proprietario da Defesa da
Beira, voltamos porem ao as-
sumpto para explicar duas pas-
sagens d’aquelle artigo que pe-
lo collega toram mal intrepre-
tadas, cremos que na méelaor
boa-fé.
Nós não pregamos a guer-
ra atiro. Brivl-. o ques
O que nós quizemos dizer
foi que, assim como na guer-
ra é permittido metter uma
bala no corpo ao traidor e as-
siste aos fieis a obrigação de
não encobrirem os traidores,
sob pena de serem havidos
como cumplices, tambem nós,
nesta Iucta politica tinhaimos,
e temos o direito de fazer fogo
contra os que traiçoeiramente
pactuam com o inimigo é que,
para negar a nossa na
cê ; Ea
dade haviamos de denuncial-
os.
Haviamos e havemos,
Ora a nossa arma é uma
penna que póde apenas envi-
ar-lhes balas de papel… e
estas não lhes rompem a pelle
que elles tem blindada com
lima espessa couraça de cy-
nismo e desvergonha, E
Resta-nos por isso denunei-
al-os e ao menos sempre o pu-
blico os fica conhecendo. –
e
DO o qro
Tem estado de cama o st. Anto-
nio Leitão, em virtude duma
queda que deu, a semana passa-
da, partindo o femure deslo-
cando um pé.
Fazemos sinceros votos pelo
prompto restabelecimento. –
+ — dp
é
Fez acto Panatomia, ficap-
tha
do plenamente approvada, o
nosso particular amigosr. José
MES pu ue. Eee
Marçal Correia da Silva, a quem
felicitamos vivamente por. tal
motivo: as
ia
Regrassou da sua escursão “psla
Extremadura e parte brevemente
pra Braga o 10889 presado antigo
Bornudino Francisco da Silva.
Fehz viagem.
att > Ê
tg
Fez acto de tereciro ano Juri-
tica, o nosso emigo sr. Antenio
lldefonso Vietorino da Silva.
Os nossos sinveros parabens.
Foi superiormente — anctorisado
o lançamento d’uma Inha telegra-
phica entre as estações de Sernache
e Ferreira do Zezere, ficando assim
este concelho ligado directamente
som o distreto de Santarem.
Já foram expedidas ordens para ser
feito pela repartição competente
o orçamento d’esta obra, que repre-
senta um importante melhoramento
concedido a instantes pslidos do
sr. dr. Abilio Marçal, director poh-
tico d’este jornal,
– PESCADA E SARDA
Avenda todos os dias de
sabbado proximc em diante, no
estabelecimento de Albano Ri-
cardo M. Ferreira.
Rui do Valle 107—Certã.
ANNUNCIO
2.º publicação
ELO Juizo de Direito da
Comarca da Certã e car-
torio do eserivão do ter-
ceixo officio, vão à praça
para serem vendidos em hasta
publica no dia 27 do. corrente
pelas 11 horas da manhã, &
porta do “Pribunal Judicial
«Vella, os direitos e acções, que
Maria do Carmo, viuva, do
Sesmo, tem nos bens seguin-
tes =O diveito e acção do do-
minio util d’um prazo, sito no
logar do Sesmo e seus limites,
foreiro a José Marques, dali,
em 142,1. 212 de pão meado,
trigo e centeio e uma gallinha.
(constante de 8 elebas descri-
ptas nos respectivos editaes,
Javaliado em 10835380 reis.-—O
direito e aeção d’um predio de
casas de sobrado, com patco e
quintal com oliveiras é arvores
de fructo e mais logradouros,
no sitio. do Sesmo, no valor de
413500 reis.
ção Puma terra de cultura,
arvores de fructo e testadas de
matto, sito ao Santo Abril, li-
mites do Sesmo, no valor de
273900 reis==0 direito e ae-
ção destes predios forão pe-
nhorados a Maria do Carmo,
vinva, de Sesmo, na execução
[que lhe move Antonio Louren-
ço do dito logar, pela quantia
de 363631 reis.
Pelo presente são citados
que se julguem com direito aos
mesmos bens.
Certã, 2 de Jumho de 1897.
Verifiquei a exactidão
Almeida Ribeiro
— O Escrivão
João José Teixeira
ANNUNC!
A Meza da Santa Casa da
Mizericordia desta Villa taz
publico, que se acla aberto
concurso pelo espaço de trin-
ta dias, pára o logar de Ua-
pellão, com o ordenado annual
de sessenta mil réis.
As condições estão patentes
va Secretaria da mesma.
Certã, 31 de Maio de 187.
O Provedor
Joaquim Maria das Neves
==]5 o direito e ac-|
quaesquer credores incertos, |
“e o EI er
dinbrisa a Dagar
DE
Papelão nacional
Unica premiada na exposição in
dustrial de Lisboa em 1893.
Cada maçe de 15 Kg., contendo
8 4 30 folhas, formato 64 x 80, 900
réis.
Satisfizem-se com ranidez todos
os pedidoz, sendo postos em qual-
quer estaçãode Lisboa por conta
da fabrica, cqnando as encommen
das sejam superiores a cinco mas-
|s0s. Acceita-se apara em troca,
«Grandes descontos aos revende-
dores, sendo a pronpto pagamen-
to».
Todos cs pedidos dirigidos ao
escriptorio da fabrica-Brito No-
gueira.—Rua d’Alcantara, 62 A.
LISBOA
CAFÉ ESPECIAL MOIDO
=
DE
BRANCO & RODRIGUES
Praça de 8. Bento, 25 a 28
LISBOA
Este caté, o mais saboroso e a-
preciado, é tambem o que mais se
popularison, de quantos se exhibem
no nosso mercado, devido. sem du-
vida, às suas excellentes qualidades
e acertada escolha, o á sna optima
preparação, Vende-se em pacot s de
900, 250, 125 e 62 1/2 grammas,
d-vidamente ac .ndicionado em in-
vólucros de estanho, afim de con-
servar a sua fortaleza e aroma-
Venda ávulso em latas de Tila.
sramnias, Aos revendedores fazem-
se bons destontos.
Deposito para venda ávulso e re-
venda — Centro Commercial — Praça
do Commercio, 1a 7. Certã–Pe-
didos a Luiz da Silva Dias.
CARRO
José Alexandre da Costa, de
Pedrogam Pequeno, participa
ao publico que tem para allu-
gar um carro com parelha, cu-
Jos serviço pera qualquer loca-
lidade, entre Thomar é Certa,
faz por preços consmodos.
MADEIRA
Quem quizer comprar mna por-
ção de madeira de castanho, (12
pilhas) pode dirigir-se ao sr, dr,
João Ribeiro d’Andrade d’A-rnoia.
Preços do mercado
Carnes
Porco, 15 killos….. 3:900
GORRO Com ci vo SStaO
Clibato » » o O),
Cereaes
eloo ciS,DAd ll 200
Centeio » dE na e OA
Milho » pise RD)
Vinho
20 da teria o 1000
202% da Bend ca 1:300
bzsite :
ISSA CIO att 2000
GIO pra 1:300300@@@ 1 @@@
TABERERR= aaa 2 4m 0000 0 ea
o POLYTECHNICO
CDO COuB O == LISBOA — PALACIO DE VENÇA
Neste collegio, que é um dos mais bem montados da capital, s são,
o os seguintes cursos;
= INSTRU CÇaO PRIMARIA, desde a aula mais infantil,
29-INSTRU CU ‘ÃO SECUNDARIA: a) curso dos ye ceus segundo |
a nov» reforma; b) curso transitono,
“CURSO COMMERCIAL, professado em 4 annos,
4.º Bellas Artes, Gzmnastica, Esgrima, Musica, Pintura, ete.
Recebem-se alumnos internos, semi-internos e externes nos termos
dos estatutos, que se fosmecom a quem os requisitar,
O director e proprietario
de S. de o
FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
ALBERTO DA SILVA & G
Inventores de afamado licor ces
Fabrica-4o, Eua) da Padaria, 44
DEPOSITO GERAL DA FABRICA
Participam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
Pebidas em todos os generos e para diferentes preços, taes como: gene-
“bra, cognae, licores, vinhos do Porto e Madeira, cremes finos, garrafas
Iindamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e ginja.
Fazem-se descontos para os srs. revendedores, e em Lisboa, envia-
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe-
lecimento acaba de montar uma magnifica tabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
eucommenda que the seja feita,
Sang dei Duls da dus du Gerki
Approvada pela junta consultiva de Saude publica e au-
j ctomima da prio governo. medalha de prata nas exposi-
eegs ade ( Rinbea INS2, Amvers 594, Saint Etienne 1895
“comem Lo de Elygiene Bruxelias 1896. Riedalha de ouro-—-
: Milo “ee monta. Barselha é Concurso de Hygiene de
Londres AS96, Ro
Esta agua apresenta uma tomposicio chimica que a distingue de todas
as aguas minero-medienacs até hoje empregadas na herapeutica,
Deve as sãas principaes propriededes ao «sulfato acido de alumioa»,
que no organismo humanoa ctua como «adstringente tonto e desinfe-
etante», e assim ge explicam: os notaveis beneficios que o seu uso produz
specialmente nas doenças de:
ISTOMAGO, GARGANTA, DIABETES, UTERINAS, OBESI-
DADE, ULCERAS, SYPHILIS, DIARRHHA, PURGAÇÕES, EN-
TPERITES E NAS INFLAMAÇÕES EM GERAL.
Não tem gazes fics sabor muito agradavel quer pura quer mistura-
da’ com vinho.
A” venda nas principaes pena e drogarias e hos Deposficaes
Porto, rua de Santo Antonio, 49. —Coimbra: Drogaria J. Figueira & Cº.
— Figueira: Pharm. Simões d’Oliveira.— Thomar: Pharm. Torres Pinheiro.
– Deposito Ra dos fanqueiros, 84, 1.º
LISBOA
CENTRO COMMERCIAL
DE
LUIZ DIAS
Completo sortimento de fa-
zendas de algodão, lã, linho e
seda, mercenria, ferragens e
quinquilherias, chapeus, guai-]
da-chuvas e sombribhas, len-
cos, papel, garrafões; telogios
de camas de ferro e lava-
torios, iolha, de Flandres, eata-
Etaje
Laboratorio chimico-industrial
de
A. P, Moreira Lobo
41, Rua da Piedade, 41
(a Campo d’Onrique)
LISBOA
Este estabelecimento tem actual-
mento em luberação, e póde desde
já sa sfazor todas as encommendas
que !ºe sejam feitas da provincia,
“des seguintes productos: GRAXA
QUADRADA (Popular); dita preta,
redon ta, (M., on nada ditam E
dita de côr, n.º 2: dita n.º.1; dita
para, pellca poeeca! 2.
PÓ INSECTICIDA (M Lovp)
preparado para a destruição dos
chapa e objectos do mesmo, vi»
ARA ONA SS p +
ratos, toupeiras e outros aninaes, nho do Porto, licores Enc na
dimninhos. DESINFECTANTE |livros de estudo e litterarios,
ASIALICO. TINTA PARA ES- itabacos etes
f f . É é
CREVER, em fróscos; ou lutas de Preços extraordinariamente
Ji litros, E oie
[baratos € sem competeneia
BEEXIR DA FIBERIA para a d :
cur» prompta e radical das friciras. | Agencia da Companhia de
Seguros Po tugal,
Remote se para a provincia, france
de porte; a quem enviar 250 réis
eum usb: impilh 18.
“Mais de 20 annos de bom a
pe 2
3 a 7, Praça do Commercio, la
CERTÃ
isens É
nho, chumbo, drogas, vidro em|
FOGOS V’ARTIFICIO
U E cônico David Nunes 8
Silva, da Certà, satisfaz para todos
os pontos do paiz ig encom-
menda de fogos, em todos vs gene-
ros, por preços sem competencia.
Apresenta sempre novos e varia-
dos trabalhos, d’um efleito surpre-!
hendente, rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro.
Este pyrotechnico, já bastante,
conhemdo em Portugal, onde os.
lhos teem sido admirados,
foi que lorheceu os fogos queima-
dos em Lisboa pelo Centenario de
Santo, Antonio e em Thomar pelo
de Grialdim Paes.
Currespondencia e pedidos ao py-
rothechnico
“Darid Nunes e Silva
RETRATOS
Tiram-se em differentes ta-
mankos desde 800 reis a dizia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.
Entarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajts-
te especial.
Quem pretender dirija-se a
Luiz:Dias, Praça do Commer-
cio—CERTÁ,
AIRAVATERIA ELEGANTE
“51, DIA, 53, 55
Ria da Escola Polytechnica
45808-BSG0O, 75050, 85400, 95200
108500; 125000 até 205000 réis.
“Double-capas, enorme variedade
a – 359800, 05800, 19:00, 03700,
115000, 128000 é 135500. réis.
-Sobretudos, grande saldo: de fa-
zendas à 3AGUO, 55800, 05900,
75500, 88500, 95000, 105000, 125
até208000 réis
– Capindós para creanças desde ?
até 5 annos a 19800, 23500, 25800,
38500, 45000 e mais preços.
Patós 4 maruja para tres nças de
2 até 10 atinos, 25500.
Fato completo » vestir 38500.
Fato completo de theviote, 4550
Fato completo dê casimira, 5580
Fato completo de diagonal, 65800
Fato completo de flanela, T94D0
Fato completo de cheviote espe-
cial, 85300
Fato completo de flanelli supe-
rior, 95800
Gratide e variado sortiihento de
Bengalas e Guarda-thuvas a 900
Fatos das mais finas tasimiras,
cheviotes, flahellas e dingonaes a
105000, 1º 25000, 133000 até 805000”
Recommendamos a tolos 03 che-
fes de fumilias ecolomicos que não
compreta 1 “outras tasas sem pri.
meirgeeetem as túálidades-dos va-
rinos;-sobretudos e mais vestuário
que aqui annunciamos. De todos es
preços acima expostos temos é em
quantidade, pedimos a fineza de
apresentar esté prospecto e poi elle
vetá da nossa verdade,
— ATVTENÇÃO
Como temos sido tnagigheados
por alguem que pretende imitar
por todas as fórmas a nossa casa
por isso lembíamos que teparem
bem na taboleta e procurem seth-
pre na mesina taboleta os ntiiveros
seguintes;
DL BLA, 53, 55
BIINDE—Uma bobita carteira
pára notas a quem comprar de 55800
véls para cima.
José Clemente
Sontimento collossal de varinos a |
“e e o maisena 2)
RUA DO VALLE
ES TUE.
AGR,
Nesta oficina se fazem todos os doi concernentes à
arte typograpniva, para O Y que tsm pessoal habilitado, por pre-
cos assás rasoaveis.
Acceitam-se encommendas de fnútiiias commerciaes, lú-
lhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações de cas
samento, etc., etc.. impressos officiaes e bilhetesde visita. para
o que esta casa possue um grande e variado so timento de ma-
teriaes que mandou vir expressamente das prirmeiras casas de
“| Lisboa.
Garante-se o bom scabamonto dos trabalhos, a nitidez e
pr omptidão.
DBÔRES
nais Por meio do emprego DE DEN
Elixir, Pó o Pasta dentifricios
Eos es,
RR, PP, BENEDICTINOS É
da ABBADIA de SQULAC (Gironde)
: DOM MAGUELONNE, Prior
9 Medalhas de Ouro; Bruxellas 1880 — Londres 1884
AS MAIS ELEVADAS RECOMPENSAS
; a SER
TENTADO PPT nc Toliios
Mo ANKO
« Queo quotidiano do Elixir Den-
tifricio (los RR. PP. Benedio-
finos, com dose de aigumas goitas
tomagua, prevem ccura acariedos 4
dentes, em ranquéteos, fortalecen-
do-e tornando as geugivas perfei-
tamente sadias.
« Prestâmos um Verdadeiro ser- Gli
viço, astighalando dos nossos lei- Qw
tores este guisa e ulilíssimo pre-
parado, o lhor curativo e o
Unico: preservativo contra as
Afecnões dont
A)
lasatundada rm 1807 E toscos, mm peido di ogues
Agente Geral: SER
deposito em todas as bodé Perrumerias, no a e a dor
a
o EM Bisboa tm cása ta R Hbrgavro rua do Ouró,
INSTITUTO ETR À HOMGOPATHICO
RUA DA PALMA, 115, 1.º
Director- -Proprietario: — Macedo de Bragança
nine me
Depesito a (Portúpal e colonias) dos meditamentos ELECTRO-
TOMO PATHICOS
Phatmacias pottataeis para hospitaes, azylos e missões
– tarteiras de bolso para Viagem vom vs principaes
– remedios; livros e revistas ein toras às linguas civilisadas
para o esttido scientifico e prático d’este systemã
doste estabelecimento tompõe-se de tonsultorio meilito onde
se dão consultas todos os dias das 9 tis 11 da manhã,
da l.ús 2 da tardee das b às 8 da noite
GRATIS PARA OS POBRES
Pharmatia espetial, laboratoiio cliimico e bactereologico; perfumaria 6
alimentação dgieuicas
— ULAMEME DA
Suteiirsal io Porto— NSTHEUITO ELECTRO -HOMGOPATÍTICO—.
Pharmacia Central
Rua dt Santo Antobisn 26
Forticetm=se qitestionianos nos dochtes Áderesse telegraphico
das provincias e estrangeiro Electra- Hon teopathia LISBOA
ALFAYATÁRIA
Trabalhos em todos os genetos pot artistas de Lisbon,
Gatuhte-se a perfeição é Dom acabamento das obris:
FAfos DESDE 45500 RÉIS
Grande sortihiento de fazentlas de là.
CENTRO COMMERCIAL
“Luiz Dis
1a 7, Praça do Cominêrcio, 1 à 7
CERA 7
“PYPOGRAPHIA —Rma do Vale. SERT As
Sditor responsavel — ANTONIO DIAS D’ OL IVEIR +VEIR +