Echo da Beira nº11 06-03-1897
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Sabbado 6 de Março de 1897
Éa
CONDIÇÕES D’ASSIGNATURA
Anno, 15200 réis. — Semestre, 600 réis, — Trimestre,
300 réis. Brazil, amno, 65000 reis.
réis Fóra da Sertã accresce 0 porte da cobrança. Numero
avulso, 30 rêis. Toda a correspondencia deve ser dirigida |
no director do jornal, para Sernache do Bom Jardim.
Africa, anão, 29000
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO!
* Rua do Valle— CEREA
nuncios permanentes,
a come nTn meg
* PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, cada linha 100 réis. Annnúcios,
cada linha 40 réis. Repetições, 20 réis cada linha, An:
preço convencional. Os senhores as-
aigmantes teem O abatimento de 20 Oj0.
Os originaes recebidos não sé devolvem.
EXPEDIENTE
A’s pessoas a quem enviamos o
nosso jornal, e que não queiram hon-
rar-nos com a sua assignatura, pe-.
dimos a fineza de nolo devolverem
“ immediatamente, para o que basta
escrever na mesma cinta— «Devol-
vido à redação».
Em caso contrario, e visto que &
nossa folha é enviada a muitas pes-
soas, por indicação d’outras, consi-
deral-as-hemos para todos os effeitos,
nossos ‘assignantes.
Ea
NA BRECHA
Nos artigos aqui publicados
sob a rubrica que encima estas
linhas, cremos ter demonstra-
do, d’um modo que não admit-
te duvidas, a necessidade im-
meciata de se proceder desde
já á abertura d’essa via de com-
municação, que põe em: con-
tacto mais rapido e mais di-
recto a cabeça da comarca com
duas terras relativamente im-
portantes, como são Oleiros e
Alvaro. Sobre as vantagens
que Phia resultam reflexa e in-
directamente para o resto do
concelho, é tambem. escusado
insistir, porque ahi ficam ex-
planadas, e são além d’isso de
tão facil intuição, que se tor-
naria superflua a insistencia
sobre o mesmo ponto, ainda
que, em geral, nunca é demais
insistir nas coisas uteis.
Rão sabemos, depois do que
temos escripto com a maxima
lealdade e franqueza—sem in-
tuitos de conquistar glorias
que fôra preferivel que outros
tivessem conquistado, porque
a isso os impellia o dever mo-
ral—o que farão os homens da
Sertã e d’Oleiros, em tace do
nosso appello ao fechar o ar-
tigo do numero 9 d’este jornal
Actualmente, está nos con-
velhos da corôa um gabinete
que decerto, segundo se nos
afigura, não opporá resistencia
à realisação d’um melhoramen»
to que constitue ao mesmo tem-
po uma necessidade e um-gran-
de beneficio, que é, finalmen-
te, como muito bem disse o il-
Instre director d’esta folha e
nosso presado amigo, «uma
causa justissima, por todos os
motivos.»
Professando um credo poli-
tico, que se baseia nos mais
| elementares principios de phi-
losophia positiva, de philoso-
phia da historia, de philoso-
phia do- direito e de economia
politica, e que por isso mesmo
está em desaccordo com uma
grande parte do existente o
auctor d’estas linhas não sente
apesar d’isso, o espirito. obce-
cado ao ponto de não saber fa-
zer justiça aos que professam
principios politicos oppostos
aos seus. Muito pelo contrario.
Entende que em todos os par-
tidos ha bom-e’mau, « por isso
teve sempre por norma o ca-
minho recto da imparcialidade
e da independencia, dentro do
sen proprio partido, cratican-
do com violencia muitas vezes
os dirigentes qué delinquiam,
e elogiando sem reserva os
que, pelos seus actos, mere-
ciam applanso” .
Essa rude franqueza acar-
retou-lhe inimisades, odios’ e
malcrenças, com que aliás ‘se
não importou para nada, por-
que é seu velho costume se-
guir imperturbavel a estrada
que uma vez pe traçou, sem-
pre que está de bem’com a
sua consciencia, que é o seu
guia eo seu juiz. N’estes ter-
mos, não deve surprehender
chefe do actual gabinete qua-
lidades de honradez e de ea-
racter, que muito devem ani-
mar os que se interessam pe-
los melhoramentos, do nosso
concelho. E”, pois, opportuno
o momento para solicitar do
ministerio que ahi está regen-
‘do os destinos do paiz, à aber-
tura da estrada para o Oleiros.
Façam isso, que o tempo urge.
AD Dani
inca
Dr. Juão Ribeiro
Acentuam-se as melhoras
d’este nosso presado amigo que
se acha quasi completamente
restabelecido dos seus incom-
modos.
São esses us nossos mais ar-
dentes votos, 8
— — D0)09€C>————
De visita ao director d’este
jornal está en: Sernache o sr.
Antonio POliveira Gomes. dis-| deseguaes, que o partido pro-
tincto alumno do quarto anno
unridico.
quanto se differenceia do seu
CARIA DE LISBUA
Não escasseiam as noticias
oliticas não obstante a epo-
cha de folguedos e loucura que
atravessamos. O concelho de
ministros. continua, | mesmo
n’estes dias, a desvelar-se no
Estudo dos mais graves pro-
blemas, deixados em aberto
pelo governo passado ea re-
parar paciente e conscenciosa-
mente a obra de destruição é
imepeia que caracterisou o mi-
nisterio Hintze. Assim ainda.
hontem, emquanto os pierrots
vagusavam na Avenida, perse-
quidos por uma chuvinha miu-
da e impertmente, emquanto|
as majas das victorias e breaks
lançavam uma torrente de tre-
moços nos transeuntes espavo-
ridos, elles estudavam as mais
importantes questões “penden-
tes, a forma de realisar impor-
tantes e maiores economias nos
serviços, o meio pratico de
acudir 4 crise de trabalho, sem
que o dispendio impenda todo
no orçamento d’um anno e, pa
ra correspondermos ás respon-
sabilidades de nação colonial,
a realisação do prolongamen-
to do caminho de ferro Am-
a sua derivação para Malange,
arteria prodigiosa aberta no
centro d’Africa, por onde deve
correr a civilisação e a rique-
sa para a presperidade da nos-
sa premettedora provinsia de
Angola.
O governo mostra assim
antecessor que paralysou todas
des que aqui ou ali os podem
E A “cedidas e que muitos boatos]
; ‘baca até este ponto e depois] |
ninguem que reconheçamos no |
us suas energias é forças na
mais desastrada dictadura po-|
litica, na construcção dum)
edeficio sem base e sem equili-|
brio, ameaçando portanto des-
moronar-se desde que “Cones,
cou a ser erguido. Não serão
exagerados os maiores encomios
que se fasem aos actuaes mi-|
nistros pela patriotica orienta |
ção a que estão sugeitando to-|
dos os seus esforços e traba-
lhos. E
Nos centros politicos fala-se
tambem muito de eandidatu-
ras. Os pertendentes enxamei-
am as centenas. Mas nas con-
dicções de lucta, defficilimas e
| gressista acceitou movido pelo
proposito de não fazer dictadu-
| volve-se de dia para dia. Ago-
ra, com uma circumseripção
eleitoral feita ad-hoc pelos re-
generadores, com recencea-
mentos, a que as influencias
progressistas foram totalmente
extranhas, é claro que os an-
tigos ministeriaes,—não obs-
tante o profundo descredito
e aviltamento em que cahiu O
defuncto governo, —tem a seu
favor forças de tal ordem que
o combate é dificilimo em
quasi toda a parte é previa-
mente perdido em muitos cir-
culos. Esta razão bastaria por
si só para que o illustre esta-
dista que dirige o governo fos-
se o mais cuidadoso na esco-
lha das candidaturas do seu
partido, de modo a não ferir
as justas snscentibilidades de
ninguem. Mas não -é necessas
ria, porque elle tem tido sem-
pre como timbre da sua con-
ducta politica attender ao de-
sejo dos «eus correlegionarios
da provincia e seguir inaltera-
velmente uma politica de con-
ciliação entre a diversidade
d’aspirações e incompatibilida-
dividir.
A verdade porém é que ra-
ras candidacturas estão já de-
que se propalam obedecem
mais aos desejos ou á vaidade
d’aquelle a que elles se refe-
rem, do que á verdade dos fas
ctus. Posso affiançal-o.
a
* * :
Das colonias: tambem nos
chegam boas noticias. A riques
za principalmente de Louren-
ço Marques uffikma-se e desen-
ra mesmo acabo de ler na Se-
maine de Pretoria, jornal que
fez sempre justiça aos portu-
guezes, uma carta d’aquella
cidade que bem mostra o
progresso successivo de Lou-
renço Marques e que não re-
sisto ão prazer de transcrever
em parte.
Eis alguns, dos
d’essa carta:
«O movimento commercial não
deixa nada a desejar. Havia no
porto mais de uma duzia de vapo-
periodos
res, entre os qiiaes alguns vasos de
guerra, e utis vinte e tantos navios |
de véla muitos destes com mate-
são aqui montados, emquanto que
as diversas partes das locomotivas
são enviadas para às oficinas de
Pretoria. Tambem vieram wagons
de: systema bogey,
«O accesso: do caes, “onde cinco
guindastes possantes trabalham con-
tinuamente para a descarga dos na=
vios, foi facilitado pela elevação e
aterro dos terrenos que até agora
se submergiam no “rio á-hora da
praiamar.
«O desenvolvimento gradual dà
commtrcio da hulha—como o da
unportação das hulhas do Transvaal
pela uecessidade da navegação a
vapor, é um symptoma tão novo so-
‘mo bem acolhido.
– «As hulheiras de Landau, e. as
do. Uoal Tratst fazem remessas
constantes de lúlha tranavaaliana,
em saccos é a granel.
«Estas hulhas são vendidas por
um preço inferior à 80 shillings em:
quanto que: a bulha ingleza cueta
aqui mais de 40 shillings a tonela-
da. Como ecoaling station» (dopo
sito de carvão) o futuro da bahia
de Delagoa é muito itnportante.
«A propria cidade de Lourenço
Marques faz progressos, lentos inas
notaveis. O valor dos terrenos aug-
menta de dia pará dia e ha cidade
baixa quasi so não podem obter. U
local para um novo palacio munici-
pal foi já estolhido, assim como
outres para à edificação futura dê
mais edificios públicos,
«Na parte alta, na Ponte Ver:
melha, perto do pharol, estão-se
construindo «villas» que serão liga-
das à cidade baixa por um excel:
lente caminho,
«O largo de Kiosques perdeu 8
aspecto de jardim publito, mas não
deixou do ser o centro de reúnião
da: sociedade. Encontram-se ahi
agora cinco kiosques e acaba dé
fundarsse perto da «pares úm sex-
to kiosque onde aco, falando
francez, servem bebidas, De tem-
pos a tempos, as ruas são désper-
tadas pela elegante «silhoúelles
d’um official superior a cavallo ses
guindo fielmente pela sua ordenail:
ca; temos mesmo visto algumas bo-.
nitas equipagens que fazem furor
sempre bue passam em frente dos
kiosques:. Natutalmente os mari.
nheiro3 dos diferentes navios dé
guerra dão um contingente impor:
tante para a multidão dos passeian-
tás:
«Por outro lado ha a notar o
augmento sensivel da população
portuguega; o typo dos cainponeáes
vestidos de jaleca escura e curta;
com um chapeú de abas largas «
sombreat uma physioiomia energis
cm, lembra me constantemente Us
dias felizes em que, conto descuido:
so «touristo», eu viajava entre os
venhedos da Estrumadira batidos
pelo sol, e visinhos da foá do Tejo:
«M. Albers; director do camitiha
)
rial para a companhia hollandeza | de ferro portuguez, é um engênhici
do caminho da ferro sul afritano.
to activo e habil, que tem itnplayz
«Este material foi deligentemente | tade nuniérosos nielhoraiiientos fl
| descarregado, os wagons e os trucks | linha que nos liga a Rossabo Garciár
“o Garciár
“@@@ 1 @@@
gas
-«Construiram-se pontes em todos |
os sitios em que cllus cram meces- |
sarias; ao mesmo temps vae ser
augmentado “o numero “de pontes
dle intersecção, incluindo-a Ina
“em territorio transvaafiano. :
«Na-gutra margem do rio for-
mon-se-tim – arsenal qnaritimo. Em:
vesumo, a localidade faz progressos |
notavois e. promette não desifiudir,
as melhoras esperanças que a res-|
peito della teem sido concebidas
ha um quarto de seculo. »
E? consolador, não e? Pelo
menos estas noticias resgatam
em parte as amarguras e as
dôres por que temos passado
vendo-nos constantemente en-
xovalhados e deprimidos nos
nossos esforços coloniaes.
*
x
Vejo-me forçado a falar-lhes
aqui no que foi o carnaval em
Lisboa e realmente não sei o
que lhes hei de dizer. Foi tão
triste e desconsoladora a im-|
pressão que me deixou este an-|
no o entrudo, que realmente
proferia não a dar aqui. E es-
sa impressão resume-se em
bem pouco: As festas carnava-
lescas foram, pelo menos para
o meu espirito. a mais eloquen-
te e irrefutavel prova da mise-
ria que corroe até às ultimas
fibras o nosso organismo so-
cial. Nunca vi nada mais po-
bre, mais miseravel, mais pe-
lintra,permittam-me o termo, do
que os grupos grotescos que
ahi vagearam pelas ruas, sem
riqueza, sem gosto e sem ale-
gria: Durante uns tres longos
x
Manejos politicos
Certos influentes giliticos sentem |
que o temeno lhes foge e como quer
em manter-se no mesmo cheiro de
ormipetencia, soccorrem-se às ma.
nhas e habilidades que há muito
constituem o seu modo de viver,
com a diferença, porem, de que
agora as suas artimanhas são menos
escrupulosas.
Um chefe politico quiz sacrificar
um dos elementos mais valiosos, pela
sua intelligencia e influencia, que
aquilhe restam, chamando-o a Lisboa
e pedindo-lhe que appresentasse por
este circulo a sua candidatara, fosse
qual fosse a sua côr politica, pre-
tendendo assim manobrar por de
traz do nome daquelle seu ami-
go, mas este que lhe percebeu as
intenções, e que percebeu o desaire
que d’ahi lhe adviria, respondeu
lhe com a mais formal negativa.
O decrepito influente imaginou
gre todos os seus pactidarios tinham
sido educados na sua eschola. Jinga-
nou-se. E engana-se ainda se imagina
que as suas instancias junto d’aquel-
le cavalheiro lhe podem dar alguni
resultado.
Por muito valiosa para o partido
progressista que seja a adhesão
d’aquelle elemento
honroso que seja para nós a sua
camaradagem, sob a mesma ban-
deira pulitica, não póde a candida-
tura des. ex.” chegado hontem
ainda ao nosso campo, ser hoje im-
posta aos que já cá estavam, tanto
mais que as aspirações de nos todos
são d’uma ordem muito diversa,
A todas estas considerações +obre-
leva porem a circumstancia de tudo
isto serem machinações dos ad-
versarics que é preciso desfazer sem
demora, para não lhe deixar crear
illusões.
Situações claras e definidas é O
que todos precisamos.
dins, não se vira nas ruas de
Lisboa uma unica mascarada
que revelasse a sombra de qual.
quer sentimento de elegancia
ou de bom gesto. Mascaradas
andrajosas, os velhos ché-chés
ressuscitados, era o que se via,
Os brinquedos das ruas tam-
bem não foram melhores. Nin-
guem jogava com uma rosa, |
não se via sequer um saqui-
nho de confeitos. As cocottes de
areia e os repellentes de tre-
moços eram os projecteis ex-
clusivos. Exclusivos, não; por-
que de janellas das mais aris-
tocraticas, em pleno Chiado,
vi eu senhoras do mundo mais
apurada da finança e da aristo-
cracia, arremessarem caixitas
de serradura e até de lixo so-
bre os trens que passavam em
baixo.
Nãe ha n’estas palavras, a
minima sombra de exagero. E
d’este modo, não acham que
tinha rasão ao escrever as pa-
lavras em que iniciei esta par-
te da minha carta?!
——— obesos mam
Tem estado na Certã o nosso
am’go dr. José Maria Tavares. um
dos mais distinctos ce laureados
alumaos da Universidade de Coim-
bra.
—— eo aum —
Estão em Sernache, na Quinta de
Santa Cruz, onde viera passar o
Curnaval com suas famihas o gr.
Gieorze Lambert, e s. ex.”* espo-
A disciplina partidaria impõe-nos
| reservas que temos de guardar.
Não perde ninguem com a de-
mora: ‘não tenhamos impaciencias.
Este indecoroso incidente politi-
(co ha de ter aqui os cummentarios
que merece.
* *
Não vamos nada d’aquelles que
não lhe repugna a creditar que den-
tro do partide progressista ha cum-
plices d’este trama grosseiro, tra-
hindo os interesses partidarios e 1)-
pellimos mesmo tal idêa, rendendo
o nosso preito á sua lcaldade.
Temos porem a convicção pro-
funda de que o partido progressista
acceitando tal combinação, comet-
teria o mais grosseiro e ignominioso
de todos os erros, não pelo cava-
lheiro que foi comvidado a appre-
sentar a sua candidatura, qu- mui-
pelo que esta intriga tem de baixo
e vil. :
Se o resultado da eleição depen-
desse da appresentação ao suffragio
d’um candidato da localidade, não
seria preciso ir buscal-o às fileiras
do inimigo, porque o circulo tem
aqui nomes progressistas dignos de
o representarem e credores de to-
das as sympathias. Em taos cir-
cumstancias tem o partido pro-
gressista quem possa appresentar,
sem offerecer duvidas a victoria e
até mesmo sem receio de lucta ou
opposição.
Cremos bem que d’esta maneira
ou d’outra se evitarão seissões que
só aggravariam as circumstancias;
e nós todos, progressistas d’este
concelho, que temos a maior con-
sa, filha e genro,
Os nossos cumprimentos.
te servidos cy
e por muito.
ludindo o chefe do partido: não, re-
to respeitamos o consideramos, mas,
aque
ECHO DA BEIRA
direcção do parti
O m’esta CoAnjunc-
“tura não duvidas
E
|teresses partidii
| “honra e lealdade
para todos. É Aão
O-
| INTERVIEW
Como haviamos promettido no
nosso ultima” numero, damos” hojé
conta aos nossos leitoros da entre-
vista que ha dias tivemos com um
dos mais considerados influentes
politicos DE piptido! “regenerador
n’este concelho, à cerca do bouto
que por ahi tem: corrido e segundo
o qual o sr. Baima de Bastos
se retiraria à vida particular, por
não lhe permittir o seu estade de
saude continuar na vida politica
activa. :
Ahi vão as notas que rapidamen-
to podemos tomar. Us nossos leito-
res decerto nos agradecerão o cui-
cerca de todos os assumptos que
interessam a concelho,
O nosso entre vistado, como fa-
cilmente calcularão os nossos leito-
res é da Certã: O sr. Baima tem
amigos politicos prestantes e leaes
em todo o concelho mas os genui-
nos, dos que bebem. do fino só na
Certã.
tado da nossa entrevista. Feitos os
nossos cumprimentos e passeada
ligeiramente a conversa sobre umas
pequenas banalidades entrámos im-
mediatamente no asshmpto que nos
interessava pela seguinte forma:
Se v. ex.º me dá licença entro
já no assumpto principal da minha
visita-—principal e unico.
—Diga lá, Então o que 6?
-— Negocio muito simples. Uma
informação.” Mas antes, eu peço. a
v. ex.* que acredite na sincerida-
de das minhas palavas e na pureza
das intenções que aqui me trouxe-
ram. ia:
— Estou às suas ordens e res-
peito as suas intenções.
— Como v. ex.º sabe discute-se
actualmente a personalidade poli-
tica do sr. concelheiro Baima. ..
—Não sabia: e a grade,o-lhe a
boa nova E! sempre grato ao meu
espirito de subdito, amantissimo e
respeitoso ouvir evhorar nas que
colinas e na profundidade dos vales
que sulcam’“este concelho o nome
d’esse homem “de estado que na his-
toria do meu: paiz se chama Baima
de Bastos. Nunca me convenci de
nerosole grato commetteria para com
s. ex.” o mais insignificante acto
que representasse, por qualquer for-
ma desafeição ao seu maior vulto
político. ese
—São nobres e justas as ralavras
de v. ex.* mas parece que a ingra-
tidão agora parte de cima e não de
baixo. E jest PR
* — Não comprehendo..
“—Diz-se que s. ex.? é que nos
deixa. Corre por ahi o boato de
que o sr. Concelheiro Baima vac
abandonar a “vida politica por assim
lh’o impôr o:sew melindroso estado
de saude; asi ana
— Não ereto nem me censta coisa
alguma à tal respeito.
—E” sobre isto que eu verho
respeito,
tem: entretanto não lhe oceultarei|
o que penso, confiado na sua dis-|
CRIPÇÃO cana
— Serei um tumulo.
—Se o governo adopta n’este |
de quo 08 in-.
“serão tratados |
dado que temos em informal-os à |
Ahi vae resumidamente o resul–
bradas dos montes, na altura das
; |
que este concelho que é nobre, ge-,
—A minha opinião nenhum valor |
como cimvem gos-seús interesses:
se O governo ouve a Voê paternal
e amigo do sro Baima, que n’eate
‘concelho sempre tem prégado a
corcordia, porque é essa a fina
educação do seu espírito ea sua
divisa politica. Se mais alto do que
a intriga politica falla ao governo
a vog da sã razão e a lição do pas-
sado, cnjôs exemplos são um manan-
cial de virtúdes,eu creio que s; ex.
ique é o repositorio de todas as
nossas regalias continitará a ser o
protector disvellado d’este conce-
lho.
que o sr. concelhreio fica.
— Em tal caso fica. Perdoa nos
lhe dirijam: soffrerá pacientemente
a celeuma que se levanta em torno
do seu nome bem mais digno d’ou-
tros respeitos: maleará mesmo, se
tão grande sacrificio lhe exigirem,
as suas convicções partidarias, sem
quebra da sua dignidade e ficará a
nosso lado como bom amigo.
-—(Que coragem!
deu-me?
–Perfeitamente. Se o governo
receia a invulnerabilidade d’este cir-
culo, a qual o sr. Baima tem apre-
| goado em seu favor esfechando os cu
vidos &s indicações dos seus amigos,
ouve as palavras carinhosas do sr.
Baima mantendo-lhe o actual estado
de enisas, isso cae como sopa no mel
e elle fica, não lhe importando para
tanto ser progressista ou regencra-
dor. Elle deve ter o guarda roupa
bem sortido e. como a cazaca re:
generadora está algo rafadinha pode
usar aquella com que servin o par-
|tido historico, com que adorou o
er. Vaz Preto on aquella com que
serviu mesmo o duquo d’Avila.
Qualquer d’ellus…
— (Que diabo! Você diz isso com
um tal prosaismo.
— E o meu ererno costume de
| chamar às coisas pelos se: nomes.
Espero me v. ex. descilpará,
e eu continuo a ser todo ouvidos. |
| —A outra. hypthese é clara. Se
pelo contrario ás acesações dos
seus inimigos se junta a acção do
governo e este abre n’este concelho
[ama politica rasgada, ouvindo assim
|a voz dos nossos iuimigos, perseguin-
do-nos e não acceitando os nossos
| verviços então, n’este caso. . . d’esta
| maneira. ..em taes circumstancias
O Srs
esta dura provação; o seu cora-
ção generoso não poderá set supe
‘rior à mais negra das ingratidões,
os seus labios que sempre tiveram,
pelo menos bcas palavras para to-
dos, não poderão tocar o calice da
mais amarga das deslealdades;
aquelle espirito superior não pode-
advyersarios; não lhe tolerará o ani-
mo bondoso uma lucta fratrie da e
elle, que sempre pregou a paz e a
união, deixará o caminho livre á li-
bertinagem que entre, deixando-nos
a todas n’este valle de lagrimas,
sem o seu gerio a insptrar-nos,
sem o seu exemplo fortificador a
dar-nos coragem na lúcto. E como
Mario sobre-as ruínas de Cathargo
elle poderá tambem bradar á ingra
tidão d’este povo, ..
O nosso amigo estava profiindamen-
‘te commovido. Quiz balbuciar umas
ouvir apinião de: v. ex.?. Póde v. | inuteis polavras de consolação, mas
ex.º diser-me o que pensa a- tal |neternicime tambem. Nºeste momento
dos seus olhos, como duas cataratas,
despenharam-se ditas lagrimas gros-
sas que na impetuosidade da sita
corrente arrastaram os fragieis chris-
taes d’uma hmeta que elegantemen-
te cavalgava o appendico nazal de
s. ex.“ quero accudir-lhe e esten- |
Lo . | . . i . [
força no bom senço e cemterio concelho uma politica de tolerancia | do os braços para salvar as debeis |
—De maneira que v. ex.º julga
seus inimigos as oecusações que;
—Qne abnegação! comprehen-.
Fende, se Olleros é indiferente, –
Concelheiro não resistirá a.
rá ser insensivel a guerra dos seus |
[d’aqueiles a quem está confiada a | e paz como elle sempre tem tido e lentes d’úm naufragio certo, mas d
“meu entrevistado cahe-me – n’elles
“como nos d’uth athigo, balbuciando
ambos num ductto d’amigos— In:
grata patria tioh possideris osseá
MIGA » Emo SRS UE :
— Momentos de silengio: Respeite:
mos aquella dór.
—V. Ex.º deve resignar-se. À
ingratidão é sempte o pagamento
dos povos pelos grandes serviços.
—Bem sei. Mas não me confor:
mo. Resignação. não a tenho. Des
pois não é só a ingratidão dos pos
vos para com elle: e eu…cu..,
– = “Uomprehendo. Escusa y, -ex.?
de continuar. São legitimas as suas
via phantasiado.
Se o partido progressista se lem-
bra de organisar e disciplinar aqui
as sttas forças, obdecendo à indica-
ção dos seus correl’gionarios se em
virtude d’essa organisação o governo
antrega logicamente a direcção po-
litica do concelho aos seus amigos:
se pelo trabalho d’estes e em vir-
tude d’estes accontecimentos, Pro-
enga ataca, se Villa de Rei não de-
|se Sernache carrega e a Certã não
anguenta; se, emfim, para este con-
celho surgem imelhores dias, se elle
muda de vida, «acudindo o pezó
Puma omnipotancia de papelão, se
finalmente isto desaba n’um catar
|clismo enorme. ..s. cx.* renra-sê
à privada.
—Creio que sim. Se bem quê
isto seja apenas tia opinião indu-
vidual.
— Com a qual v. ex.º nada ado:
antam porque a sua opinião, exposs
ta com tanta reserva, é, de resto;
o que toda agenta peusa e diz sem
mas informações?
me prometteu tedo o segredo;
— Esteja v. ex.º descançado.
Despedi-me, E guardaria e se
gredo premettido senão desejas o rê
partir com. os leitores ao estopada
que apanhei, approveitatido db con-
sentimetito do ineti caro director
d’este jornal,
Vigilante
Nos reparos que no nosso tiltimo
numero fizemos 4 atsencia dos chez
fes do partido regenerador ho eriter-
Victorino e do modo como à noti
cia está redigida parete deduzir-se
que, alem dos srs. drs. Frazão 6
Gnimarães, ninguem inais de tóra
da freguesia veio assistir ao efiterto
d’aquelle nosso patricio. Não é ver:
dade.
Ao enterro vieram tambem as:
sistir 0s sra. Lirtia e José Correia
|do Cabeçudo, amigos particulares é
politicos do fallecido é que áquelle
seu chorado anígo vieram dizer O
ultimo adetis, associando o seu pe-
sar 4 dôr d’ima povoação inteira.
Fazemos esta declaração; expoón-
taneamente e por amor à verdade
d’aquella falta, que significa a mais
negra das ibgratidões e que tainas
nhos reparos tem tatisado fiquem
só à quem ds mérece. o
Para os viitros apenas a lição.
— ao É O im
Regressaram d’Alpedrinha à sa
casa de Sernache o nosso amigo sr:
José Joaquim de Brito e s. ex.
esposa que alh tinham ido de visita.
dr. Godinho Boavida.
DS:
| Sahiu para a capitalo nosso pre-
| e VE . 5 NA
sado assigrante, João Pires d’Oli-
veira, do Peso,
maguas, À preoccupação de v. ex.”
e como a minha…previsão a ha–
rebuço. Póde v, cx.º dar-ihé algu-
— Nada mais. É Tetinbro lho quê
ro do seu valioso correligionario José –
e para que às ‘responsabilidades
nx
a sua filha é genro, o nosso amigo |
€e-
€e-@@@ 1 @@@
ECHO DA BEIRA
PESE agf
(Versão do francez)
(Continuado do n.º 8):
x
* ss
“go, um camarada da officina.
— Olá!
— Olé
| E as mãos “apertáram-se
‘como dois tornos.
— Dois do branco, é João!
— Vá lá.. .para matar o bi-
cho.
Mas é terrivel, À garganta
d’um ferreiro, secea em toda à
semana, pelo calor da forja tem
lá dentro o principio de um in-
cendio e não se apaga assim
com um copo…
Portanto bebe-se ma, duas,
tres garrafas… Depois pas-
sam outros anigos, chamati-
se, offerece-se,. Conversa-se
Ca officina.. dos mestres…
dos velhos que ralham e não
fazem nada…
—A Luiza que está 4 espe-|
ra d’elle com o almoço…
e ergue-se para partir, quando
um d’lles apontando-lhe para
o embrulho do pão:
—Que tenstu ahi?
—dJoão, embaraçado, cus-
ftou- lhe a responder: dA
—’-o almoço de minha
mulher.
Grandes gargalhadas de to-
dos, e logo as penenttitas iro-
nicas:
— Então tu é que vaes
tenda?
—E dás pontos nas piugas?
=P cosimhas?… Ah! Ah!
— Queres tu ir servir n’uma
Casa que mão tem criada?
— E a cama? Tambem fa-
ves a cama?
—E tua mnlher? Puxa-te as
brelhias?… Vae… Vae..
Xe
,
d
X* %
João é forte; é bom. Franziu
» sobr’olho; no gosta que mo-
em dos seus sentimentos de
marido.
los amigos toma-lhe o braço é
tifasta- -se um poúco com elle. º
| -=Escuta, meu rapaz: tu
E de tua En o que
u fazes é bonito. ..é..» Mas
ão é bonito que tua a
e deixe fazer essas coisas…
la é que não devia consentir
orque te torna ridiculo… Eu
ou teu amigo… digo-te Isto
orque sou teu amigo… |
Mas… fui eu que quiz; mi-
ha mulher não tem nada com
to… fui eu.
— Isso não quer dizer na-
a. Elia é que não devia con-
entr…
Não devia? ora essa!
Eq),
Na rua encontrou ur ami-
De repente, Joio lembra-se!
q an Drs RETRO
Para eviteir’coisa seiia, um beber. . .estão lá os seus ami-
UM DOMINGO D’OPERARIO|
|,
|
|
À
|
|
‘criado.
— Não!
— Não me digas isso! É stão|
“bom conto os outros!
— Olha! Vá lá mais um to-
po. -. depois… imagina que |
[te não disse nada… . Se to di-
ria, era por amizade, .não.
queres ouvir?. .não falemos
mais em tal… Lá vae á tua…
João bebe. ..bebe…bebe.
Pinha saido de casa ás oito.
horas da manhã; ás duas ho-|
ras da tarda entrou em casa
cambaleando, testa franzida, |
os labios apertados, contrahi-.
dos, a mão fechada, apertando.
convilsivamente a aza da ca-
feteira. «rosnando. .
x
% É
Luiza ergueu-se da cam,
apenas o marido saira.
Vestiu-se rapidamente, e ti-
rou da commoda a sobrecasa-
ta, as calças brancas, a camisa
bem engommada e poz tudo
em cima da cama, muito bem
ordenado… Deu uma. vista
d’olhos ao espelho, e esperou…
uma hora…duas horas…e
começou ‘a ficar triste…
Abriu a janela, e ficou ali
a esperar. . .mais duas horas.
Depois. «tirou-se da janel-.
“Aperta as mãos dos amigos la, fechoti-a e chorou!
Passada sinda uma hora,
Luma tirou o lenço, o chaile
ide riscas e n8 lagrimas secea-
ram e o peito vomprimui-se-
lhe soffocado. . .já tinha revol-.
“tas indignações…
Uma hora ainda, e…
De repente a porta foi mete
tida dentro com um pontapé.
João entra, atirot a cafetei-,
ra ao meio do sobrado, pegou
d’um braço da mulher, sácu-
| dindoslh’o nºum aperto E
— Então por que me toma
você, sur mandriona?…lis-
tendida na entha eo homem, o
-+à comprar 0 almoço.
Hein? Hein?
E bateu-lle…lLuiza não
chorou. ..nuiica mais chorou.
—Não ha nada cotho os ami-|
os…os nossos bons athigos!
Por isso João, o bom João; |
todos o veem, encostado noite.
e dia á porta da taberna, sem.
domingos nem 1 dias de sema-
na…
A’s vezes, vae dentro para
o
õ
gos…
De
soube
Eta ntinica niais sé |
“Alais Bouúvier
Veio passartas ferias do Car.|
naval com sua familia gm
Sernache, e já regressou á ca-
pital o sr. José Marçal Corrêa
da Silva, estudante da Escho-|
la Medica de Lisboa.
— SEDE — ————
Só hoje póde set publicado
| A todos às Nóssãs
| CORRESPONDENCIA
ias
|
| : .
| Pedrogam Peqieno 25
| Sahiu ha dias pará Carvalhal ‘d>
Obidos o nosso amigo sr. Adelino |
| Dharte Pessoa dos Saritôs, Praprier
|tario d’esta villa.
E O nosso âmigo vae alli E visita
ja sua famíha.
E Boa viagem e breve iregr
[que do coração lhe desejámos
— em estado gravemente ef
[dão o ex. “esp idr, Nanci
Martins da Silva, dignissimo Agar
ro deste arcyprestado e um «dos
“mais distinctos ornamentos da classe
ecelesiastica nv Ary preNtidos da
Certa.
| Desejunos o somplaço deitahales
cimento de s. ex.? e comnosço o
| deseja tambem toda esta villa que
tanta lhe deve e que tanto consi-
ideração tem por s. ex.?,
9)
OE cega
Caçada
Na semana finda hotve duas
batidas aos javalis no Valle da
Usa, freguesia de Sernacite.
No primeiro dia foi apanha-
da uma porca com 4 leitões, e
potco que pesoti 80 kilos.
— Qui G GS AA ; ]
Carnaval com shas familias os ‘es-
tudantes srs. Virgiliy Nunes ‘ da
Silva, de Sernache: Joaquim. Ri.
beiro d’ Andrade d’ Arhóia: José Mi-
Ene Coelho Poti Ê da
q nes
Está em Sernache 9 nosão pre-
sado amigo sr. dr.
Boavida, Rio, | Sé patriarehat.
digno superior ii Colegio das ea,
sões Ultramarinas.
3. ex.* Veio assistir da exequias
que alli se celêbraram hontem,: de
sua iniciativa, por alma do bispo
de Macau, D. Antonio Joaquim de
| Medeiros; que foi um dos alumnos
mais distinctos dó Coltegio das Mis-
sões, de quém o digiio súperir das
missões postuguezas era muito ami-
[go e admirador; porqie sabita qiian-
‘to a Religãão e a Patria deviam ao
“zelo e dedic: ação dó chorado rp
| Meceiros.
Com o sr, dr: Boavida vieram os Ba,
Náteiso Viccrite Lopés de Sotiza,
“conégo da Sé de Macau e o nosso
amigo Padre Aúmbal Francisco Ro-
prin : :
Lodo Vindas.
ams meo, gives
CARNET LOCAL
Fem
Doença.
Tem passado incóninioda-
das as ex” sr! D. Concetê
ção da Silva Baptista e D. Eli
sa Guimarães.
Protnptas mellioras a s: ex.
Arre did =p = piegas
Ânniversario
Passaram na quárta-feirá, o
29:º ariniiversario dos srs: húiZ
o nosso jornal por catsa da
inter rupção que nos trouxeram |
tas festas do Carnaval,
dá Silva Dias E Arinibal Au-
gusto Abreu é Campos.
Parabens,
g ri &
no segundo dia foi morto «um.
De Coimbra viram passsar Go
Antonio José.
“to annual de 4008000 réis pa-
| Recita
|
|
ginense, deu no Pheat:ó Ave
inida, uma recita na segunda-|
vera de carnáva 1, lóvaiido á
Is-cua, entre outras comedias, | 8
«Uma lição para noivós,» em
ue se salientou bastante 5 sr.
Francisco Pires de Moura, no
papel de brazileiro.
O sr. Moura, é sem duvida
um dos nossos melhores ama-
dores na arte de Talma; inte-
preta com muita precizão as
partes que lhe são confiadas é’
| sabe-se muito bem possuir do
enredo das peças, 0 que tém
sido motivô para muitas pal-
mas.
À parte de brazileiro, é sem
duvida a corôa do sr. Moura.
aeee nes =20D MN 0 OO | om
Abateu a parede da capela
do cemiterio em construcção?
Creança queimada
Na freguesia do Nesperal|
mada no dia dentrudo úmã.
creança de 2 annos.
DCE
Preços do mercado
Curh es
Porco, dijo en osai fps 3:200.
ENneRa O CEC SADO
“Ohibato ne 0)
Céreaes
Trigo 13,944 1, 700
| Centeio » » 520
Milho » a 490
Vinho
20 À datemra o. 1000
20 |. da Beira -…s1 :1:300
Axzaite
ESA IO o + 2:000
ES OS pr e ss 1:800
LORGURSO
À Camara Municipal da Cet-
tã, taz publico que se achá
aberto concurso: por espaço-de
30 dias a contar da phiblicição!
Peste annuncio no Diario do
| Governo para provimento d’um
dos partido do facultativo d’es-
te Concelho com residencia em
Villa de Rei, com o vencimen-
gos pelo cofre do municipio.
Alem das condições mencio- |“
nadás no artigo 125 do Codi-
go Adiministittivo, é o facúl-
tativo obrigadá ao cumprimen-
to das respectivas condições
d’admissão, que podem ser
Eca na secretaria da
| servar
deste concelho, morreu quei- |3
|
|
E
as | a sa
‘O Grupo Dramaticó Certas, 4 VINTA
Quem quizer” comprar à quinta dês
hominada do Ribeiro de Cima, hã
|PreBhea do Cabeçido, Pode, “di
gir-se ao sr. dr. “João Ribeiro d’Aú-
| drade, d Armoia, que estã ‘eincarie-
gado da vehds.
|
“CAFÉ ESPECIAL MOIDO.
DE
BRANGO & RODRIGUES
Práçã de 5. Bento, 55 a 28
LISBOA
io caté, o mais saborôso « e a
preciado, é tambem “o que mais sé
popularison, de quantos se exhibeni
no nosso mercado,, devido, sem du- .
vida, ‘ás suas excellentes qualidades
e acertada escolha, e 4 sua optimá
preparação. Vende se em pacotes de
500, 250, 125 e 62:1/2 graminas,
devidamente acondicionado em in-
vólucros de “estanho, “afim de con
a sha fortaleza e .aroma-
Vênda ávulso em latas de 7 kilo.
grammas. Aos revendedores fazem-
se Doris descontos.
Deposito para, venda ávulso e ‘re-
venda— Centro final am
do Commercio, 1 a Certi–Pe-
didos a Luiz da Silva Dis.
LOJA DO POVO
Abi R. M. aa Preira “CERTA
Chitas bãratas dé 80 ra; o vova-
doa 60 réis.
Assucar de 1,º + Julo 580 EE
* Dito de 2,4, 70 réiso
Machina plidcográprica
des graçã
Dá-se tima boa iachina photo-
graphica | 1341 18, em bom estado
a quem comprar os seguintes obje-
ctôs peló seu valor:
– 1 obtizador para, instantaneos,
4 panos de fundo, 4 tinas, 1 lan-.
|terhã para, laboratorio, 3 calibres
ds vidro, 6 chassis prensas, | ca-
mara esturá “para a 3 suppor-
tes para secear chapas, 1 almotariz;
3 copos gradúados, 3 funiz de vi-
dro, 1 mackina para trazer debaixo
do colete, 1 lavador Sutomaticn, ]
luvás de borracha, 3 vinhetas € e
ainda ontros objectos precisos aó
photographo.
*ará mais êsclárecimentos, diri>
Eir-se à está o
bbrias, 5 Dagur
DE
Papelão nácional
Udica, premiada na exposição | in:
dustrial de Lisboa em 1893.
Cada maço de 15 Kg., contendo
8.a 30 folhas, formato 64 x 80, 900
léis. do
Satifazem-se com ranidez todos
os pedidos, sendo postos em qual-
quer estação de Lishoa por conta
da fabrica, quando as encommen-
das sejam superiores a cinco mas-
sos. Ácceita-se apara em troca.
«Grandes descontos dos revende:
Cardara durante o praso do
concurso, |
Cirtã 26 de fevereiro de 1897|
“OD Presidente da Camara
Antonio Nunes-de Figueiredo |
| Guiuarães.
| escr iptorio
|
dores, sendo a prompto pagamen-
to». É
Todos es pedidos dirigidos ad
dá fabrica—Brito No:
gueira, —Rua d’Alcantara, 62 A:
LIS
BORBOR@@@ 1 @@@
professados os seguintes cursos:
3.º CURSO COMMERCIAL,
4.º—Ballas Artes, Gizmnastica,
Recebem-se alumnos internos, semt-internos e externos nos termo |
dos estatutos, que se fornecom a quem os requisitar.
LYCEU POLVTEGENICO |
GC DO COMBRO — LISBOA — PALACIO DE MURÇA;
Neste collegio, que é um dos mais bem montados da capital, são
1.º—- INSTRUCÇAO PRIMÁRIA, desde a aula mais infantil.
2.º INSTRUCÇÃO SECUNDARIA: a) curso dos lyceus segundo
a nova reforma; b) curso transitorio.
professado em 4 annos.
Esgrima, Musica, Pintura, etc.
O direetor e proprietario
J: SJ. de Figueredo
FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
ALBERTO DA
SILVA & C/
Inventores do afamado licor CAN HÃO
Fabrica—4o, Rua da Padaria,
D
as
EPOSITO GERAL DA FABRICA
” Participam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
bebidas em todos os generos e para
bra, cognac, licores, vinhos do Porto e Madeira, crem
differentes preços, taes como: gene-
es finos, garrafas
lmndamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango € ginja.
Fazem-se descontos para os srs. revendedores, e em Lisboa, envia-
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe-
lecimento acaba de montar uma magnifica fabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
encemmenda que lhe seja feita.
Gana Meidala da foz da Garhã
Approvada pela junta consultiva de saude publica e au-
ctorisada pelo governo.
edalha de prata nas exposi-
ções de Lisboa 1893, Anvers 1994, Saint Etienne 1895
concurso de
Nygiene Bruxelias 1896. Medalha de ouro–
diploma ide honra. Marsclha é Concurso de lHygicne de
Londres 1896,
Esta agua apresenta uma composição chimics que a distingue de todas
as aguas minero-medicmacs até hoje empregadas na therapeutica,
Deve as suas principaes propriedades ao «sulfato acido de alumina»,
que no organismo humanoa ctua como «adstringente tonico e desinfe-
ctante», e assim se explicam
specialmente nas doonças de:
ESTOMAGO, GARGANTA, DIABETES, UTERINAS, OBESI
DADE, ULCERAS, SYPHILIS,
os notaveis beneficios que o seu uso produz
DIARRHBA, PURGAÇÕES, EN-
TERITES E NAS INFLAMAÇÕES EM GERAL.
Não tem gazes livres; sabor muito agradavel quer pura quer mistura-
da com vinho.
A’ venda nas principaes
Porto, rua de Santo Antonio,
— Figueira: Pharrk. Simões d’Oliveira.—
pharmacias e drogarias e nos Depositos: —
49, —Coimbra: Drogaria J. Figueira & C.º
Phomar: Pharm. Torres Pinheiro.
Deposito geral—Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º
LISBOA
qe
Laboratorio chimico-industrial
de
4. P. Moreira Lobo
41, Rua da Piedade, 41
(a Campo d’Orrique)
LISPOA
Este estabelecimento tem getual-
mente em laberação, e póde desde
já satisfazer todas as encommendas
que lhe sejam feitas da provincia,
os seguintes produrtos: GRAXA
QUADRADA (Popular); dita preta,
redonda, (M. Loup) n.º 2; dita n.º 1;
dita de côr, n.º 2; dita n.º 1; dita
para pellica n.º 1 e n.º 2.
PO INSECTICIDA (M Loup)
preparado para a destruição dos
“ratos, toupeiras e outros animaes
damninhos. DESINFECTANTE
ASIATICO. TINTA PARA ES-
CREVER, em frascos, ou latas: de
17 litros.
ELYXIR DA SIBERIA para a
cura prompta e radical das frieiras.
Remstte-se para a provincia, france
de porte, a quem enviar 280 réis
em estampilhas.
CENTRO COMMERCIAL
DE
LUIZ DIAS
Completo sortimento de fa-
zendas de algodão, là, linho e
seda, mercearia, ferragens e
quinquilherias, chapeus, guar-
da-chuvas e sombrinhas, len-
cos, papel, garrafões, relogios
de sala, camas de ferro e lava-
torios, iolha de Flandres, eata-
nho, chumbo, drogas, vidro em
chapa e objectos do mesmo, vi
nho do Porto, licores e cognac;
livros de estudo € litterarios.
tabacos etc.
Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia
Agencia da Companhia de
Seguros Portugal.
ta 7, Praça do Commercio, 1 a 7
mo
NTATNFTOI À
ERP =
“ECHO DA BEIRA
FOGOS D’ARTIFICIO |
U pyrotechnico David Nunes e/
Silva, da Certã, satisfaz para tudos
os pontos do puiz qusiquer encom-!
menda de fogos, em todos vs gene»
roa, por preços sem competencia.
Apresenta sempre novos e varia-
hendentes rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro.
Este pyrotechnico, já bastante
sonhenido em Portugal, onde os
| «eus trshbalhos teem sido admirados,
foi qnem forneceu os fogos queima-
Correspondencia e pedidos ao py-!
rothechnico
Darid Nunes e Silva
RETRATOS
Tiram-se em differentes ta-
manhos desde 800 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez,
Encarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-
te especial.
Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commer-
cio. — CERTA.
|ALFAYATERIA ELEGANTE
51, 51 A, 53, 55
Rua da Escola Polytechnica
“ Sortimento collosaal de varinos a
45400, 63600, T9D50, 85400, 994200
105500; 128000 até 208000 réis.
Double-capas, enorme variedade
a 35800, 65800, 75800, 935700,
115000, 125000 é 135500 réis.
Sobretudos, grande salão de fa-
gendas a 35600, 55800, 69500,
até 205000 réis.
Capindós para creanças desde 2
até 5 annos a 19800, 23500, 25800,
35900, 45000 e mais preços.
Fatos á maruja para crenças de
9 até 10 annos, 25509.
Fato completo à vestir 35500.
| Fato completo de cheviote, 43500
Fat» completo de casimira, D9800
Fato completo de diagonal, 65800
Fato completo de flanella, 75450
Fato completo de cheviote espe-
cial, 89300
Fato completo de flanella supe
rior, 99800
Grande e variado sortimento de
Bengalas e Guarda-chuvas a 900
Fatos das mais finas casimiras,
cheviotes, flanellas 6 diagonaes a
108000, 128000, 138500 até 308000
Recommendamos a todos os che-
fes de familias economicos que não
comprem noutras casas sem pri:
meiru verem as qualdades dos va-
rinos, sobretudos e mais vestuario
que aqui annunciamos. De todos os
preços acima expostos temos e em
quantidade, pedimos a fineza de
apresentar este prospecto e por elle
verá da nossa verdade.
ATTENÇÃO
Como temos sido macaqueados
por alguem que pretende imitar
por todas as fórmas a nessa casa
por isso lembramos que reparem
bem na taboleta e procurem sem-
pre na mesma taboleta os numeros
seguintes:
Bi OLA, 09,09
B -INDE—Uma bonita carteira
para notas a quem comprar de 53500
réis para cima,
SERESTA.
EV Ses ias seg ie
dos trabalhos, d’um effeito surpre-;
dos em Lisboa pelo Centenario de.
Santo Antonio e em Thomar pelo
[de Gualdim Paes. |
79500, 88500, 98000, 108000, 125
TTPDGRAPESA
ECHO DÁ BEIR
RUA DO VALLE
“N’esta officina se fazem todos os trabalhos concernentes à
arte typograpnica, para o que tsm pessoal habilitado, por pre-
ços assás rasoaveis.
Acceitam-se encommendas de facturas commerciaes, bi-
lhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações de car
sumento. etc., etc.. impressos officiaes e bilhetesde visita, para
o que esta casa possue um grande e variado so timento de ma-
teriacs que mandou vir expressamente das primeiras casas de
Lisboa. E
Garante-se o bom scabamento dos trabalhos, a nitidea e
promptidão. E
DÔRESD
aaIS = melo do ES DE DE Ny zm E
Elixir, Pó o Pasta dentifricios “Es, E
» RR. PP, BENEDICTINOS É
da ABBADIA do SOULAC (Gironde)
* DOM MAGUELONNE, Prior a
8 Medalhas de-Ouro: Bruxelias 1880 — Londres 1084 IR
| AS MAIS ELEVADAS REGOMPENSAS E
ENSVDITADO g 223 Hr GOURSAUD es
xo axHO
« Quso quotidiano do Elixir Den-
tifrício dos RR. PP. Bonodic-
tinos, com dose de algumas gottas 4&
comagua, prevem e cura a cariedos 4
dentes, embranqueceos, fortaitten- F897 UML]
“do e tornando as gengivas perfei- E SAMIR
tamente sadias.
)! « Prestâmos um verdadeiro ser:
ll viço, assignalando aos nossos let:
tores este antigo e utilissimo pre
parado, o melhof dúrativo 6 o
unico preservativo contra as
Aflecnões Gontarias »
oque puro GEQUIN O Esse er E
Deposito em todas as boas Perfumarias, Pharmasias o Droguerias. ER
Em Kisboa, om casa de R. Bórgeyre, rua do Ouro, 100, 1º. E
faia
— quo?
-BYSTHEMA MÉETRICO
E
NOÇÕES DE ARITHEMETICA
POR
ABILIO DAVID e FERNANDO MENDES
Acaba de ser posta 4 venda a segunda edição d’este ma-
enifico compendio. redigido em conformidade com o prograim-
ma dinstrucção primaria elementar do 1.º e 2.º graus, confor-
me o decreto de 19 de junho de 1896 E’ um livrinho que se
recommenda, não só pela acertada disposição pedagogica, co-
mo pela extrema clareza das suas definições e pela excessiva
barateza do seu preço.
Brochado, 80 réis; cartonado, 120 réis.
Todos os pedidos devem ser acompanhados da respeciiva
importancia, e dirigidos a J. N. GUERREIRO,
Rua Nova da Trindade, 30 — LISBOA
ALFAYATERIA
Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisboa.
Garante-se a perfeição e bom acabamento das obras.
FATOS DESDE 48500 RÉIS
Grande sortimento de fazendas de lã.
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
1a 7, Praça do Commercio, 1 a 7
CERTÃ
TYPOGRAPHIA —Rua do Vale. — SERTÃ
NUS o EU SR RS PR RETA CA TRT (OS = TN TA SAQUE TRA LARES TANGO Lo TETRA A