Certaginense nº56 30-10-1890

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om

Énno n

QUINT.

-FEIRA 30 de outubro 1890

Numero 56

 

CERTAGINENSE

Administrador

TWlanos) Qnionis Grillo

FOLHA IMPARCIAL

Editor responsavel

aQutonio Dires franes

ASSIGNATURAS

Anno. .. 15200-=Semestre . ..600=Trimestre…

. 300

Numero . avulso .. A0==Brazil, anno. . .55000 Africa,

anno….26000 Fôra da Certã acerce ad
cobrança, / t
Tada a corresponderícia, dirigida é redacção.

da

DIR ECTOR

dSonquim WNartins Griilo

Í PUBLICAÇUES
No corpo do jornal, cada linha ou espa o de linha…80
Ireise-==Annuncios, cada linha ou espaço de linha, 80 reis

*Repeiiçõªs, cada linha

Travéssa Pires Nº1e T2-CERTA

ou espaço de linha 20 reis=

REDACÇÃo ADMINIERAÇÃO E TUV P RAPEIA kA”‘.“’“ºtíºª fºrmª”“’;:“⪠Prtºçã %%m’º”ºiººªl’ O sts.
asslgnates teem o abatimento de p c.

“CERTÃ

POSTAS RURAES

A .comarca-da Certã, es-
tá indubitavelmente desti-
nada; na. sua maior parte,
a viver afastada .dos. cen-
tros civilisados, pela esca-
cez de communicações.

Metade, » perfeitamente.
das freguezias d’este Con-
celho, não teem correio, ten-
do que vir, d’alguns pontos
4 distancia de 25 a 30 ki-

– lometros, buscar a sua cor-

respondencia a esta villa, o

que só fazem aos sabbados,

dia de mercado, receben-
do-a por 1880 atrasadissi-

“ma.

Peior succede ainda no
concelho d’Oleiros, onde
poucas freguezias teem cor-
reio, é aquellas que o teem é
organisado da forma mais
ridicula,porque, não.obstan-
te deverem receber as suas
correspondencias todas as
terças e quintas-feiras, che-
gam “comtudo à recebel-a,
expedida a 20 kilometros
de distancia, com dez e do-

se dias de atrazo, como

acontecen com n.º 54 do
nosso jornal, que sendo ex-

FOLHETIM

. Um grande fidalgo, que se
tinha pgrdido numa érn—nde flo-

resta, foi dar de noite á chou-

Pana de um pobre carvoeiro.

Como este ainda não tinha che .
8ado, foi À mulher que recebeu|

º importante personagem. Áco-
eu-o o melhor que poude,
desculpando-se da miseravel
ospitalidade que lhe ia dar,

Porque eram batatas cosidas a

unica coisa que lhe podia . offe-
Tecer; cama não a tinha, por
Cconseguinte dormiria sobre a
palha. Mas o estrangeiro estava
morto de fome e de fadiga: às
batatas souberam-lhe mais do
que í:amõedaà é dorminu melhor
9m cma da palha do que num
JNA de pelheiado o

Ào outro dis pela manhã

pedido da administração no
dia 16, não tinha comtudo
sido ainda recebido por ne-
nhum dos nossos assignan-
tes dez dias depois, a 26
do corrente, levando para
percorrer 20 kilometros, o
mesmo tempo que para
chegar á America.

Tsto é inacreditavel.

Só na nossa comarca, tal-
vez, se deem casos d’estes,
que urge evitar, e para
que, chamamos: a attenção
do sr. ministro das obras
publicas, e do sr. director
geral dos Correios.

*

À creação de postas ru-
raes diarias, para os conce-
lhos da Certã e Oleiros, é
uma das necessidades ac-
tuaes mais imperiosas, por
diversas razões:

D’um lado está a instruc-
ção reclamando faceis com-
municações para que os
jornaes e os livros sejam
levados a todos os pontos,
onde são necessarios .como
os principaes Elementos. de
civilisação, e os melhores
preparadorcs da conscien-
cia publica, habilitando o
povo à ver os males que o

o

disse isto mesmo á pobre mu-
lher, gratificando-a ao despe-
dir-se com uma moeda de oiro.
Mas, como o desconhecido lhe
tinha dito que a guardasse co-
mo lembrança, a buva campone-
za julgou que seria uma meda
lha, e sentiu que não tivesse
um buraquinho para a trazer
ao pescoço. Quando o varvoei-
ro chegou à casa, contou-lhe
logo o que lhe tinha > aconteci-
do, “mostrando-lhe – a medalhi:
preciosa. O carvoeiro examinon
os eunhos e o valor da moeda
de óiró e disse para a mulher:
—Esse forasteiro era nada
mais nada menos do que o nos-
o prineipe.
— E o bom do homem não po-
dia conter-se de alegria, por
sua alteza ter achado as suas

batatas melhores do que fai-ões.

— E’ , necessario – confessar,
disse elle com um ar triutnphan
te, que não ha talvez no. mun-
do um terreno inais favoravel

do que este para a cultura de

dade e profesciencia que é
mister.

tão os proprictarios, para
mais facilmente poderem

ros.

D’ontro lado, finalmente
estão . os. laços misade,
que precisam de communi-
cações para se estreitarem;
e o serviço publico, que
tendo prasos curtissimos,
muitas vezes, para ser cum-
prido, o não pode ser, ou
se hade obrigar qualquer
individuo a transpoitar as
diversas ordens, & grandes
distancias, projudicando-o
no seu trabalho que tão
necessario lhe é para a sus-
tentação da familia.

Isto é conhecido de todos
os que se interessam por
estes concelhus, e nestes
termos, pedimos em nome
dos povos lesados, uma so-
lução facil para este atra-
z.) de vias postaes, que tão
graves transtornos traz.

batatas; hei de lhe levar um
prato d’ellas,já que as acha
tão boas.

E partiu immediatamente pa
ra o palacio com uma provisão
de batatas. escolhidas.

Os lacaios e àas sentinellas do
prineipe não o querinm deixár
entrar; mas insistiu energica
mente, dizendo que não vinha
pedir nada, e que pelo contra-
rio vinha trazer alguma eoisa,

Foi, pois, introduzido na sa.
lh da audiencia—

— Meu senhor, disse elle ao
prineipe, vossa alteza dignou-se
recentemente pedir hospitalida
de a minha mulher, e dar uma
peça d’oiro, em troca d’uma en
xerga miseravel e d’um prato
de batatas cosidas. Era paga-
demasiadamente, apesar de,
des um prineipe inuito Tico e
poderoso: Eis o motivo Porque
eu venho trazer amda à vossa
alteza um cestito de Datatas,
« que vos saberão melhor do que
ox Vossos faisões. Dignae-vos
taceeital-as, e se nos fizerdos a

Nas mesmas condições es-:

transacionar o8 seus gene-‘!

cercam, com a impamiali— FEA

AGRADECIMENTO
Antonio Pires Franco, D.

D’outro o commercio que | Margarida Benedicta Ade-
vendo-se prejudicado, pre-|laide da Conceição Pires e
cisa de boas vias para de- Maximo Pires Franco, tes-
senvolver a sua actividade. temunham o mais profundo

i reconhecimento a todas as
‘pessoas que se dignaram
; acompanhar os restos mor-
itaes de seu mui querido fi-
ilho e irmão EFrancisco Pires
“Franco, e tambem protes-

‘ tam eterna gratidão a todas

as famiílias pela promptidão
e amisade desinteressada
.com que se prestaram nos
ultimos soceorros.

Da mesma forma agra-
idecem, do coração, aos
iIox.”*” . cavalheiros e Socie-

i dades. que se diguaram de-
i positar corôas sobre a urna
funeraria, e bem assim ás
pessoas quetem assistido ás

missas por alma do finado.

NOTICIARIO
o RA ARAS

Calamidade

Os povos das freguezias
da Madeirã, Sobral e Alva-
ro, foram victimas, ha dias,
d’uma. verdadeira calami-

nova honra de ser nosso hospe-
de, lá as encontrareis sempre
ao vosso dispôr.

A honrada s“implicidade do
camponez agrádou ao prineipe,
€, Cumo estava num momento
ide bom humor, fez-lhe doação
duma quinta com trinta geiras
de terra.

Ora o cearvoeiro tinha um ir-
mão muito rico, mas invejoso
e avarento, que, ssabendo da
fortuna do, irmão mais novo,
disse comsigo: Porque não me
ha de succeder a mim outro
tanto? O prineipe gosta do meu
cavallo, pelo qual lhe pedi ses-
senta libras, que elle me recu-
sou. Vou-lhe fizer presente
Wellezse deu a João uma quin-

nn frinta geiras de terra,
ple-mente por um cesto – de
batataa, a mim com certeza me
ha de recompensar mais gene-
rosamente. — , :

Tirou o cavallo da estreba-

ria e levou-o para defronte das

dade, que deixou muitas
das familias em precarias
circumstancias.

Uma forte trovoada pro-
cedida de grandes aguacei-
ros, inutilisou-lhe as se-
menteiras . e as aguas na
força da corrente, levaram
as terras que circumdavam
os ribeiros, ficando apenas
os. rochedos completamen-
te nús.

Algumas adegas e laga-
res que estavam proximos
dos ribeiros, foram com-
pletamente demolidos, não
havendo, hoje, vistigios de
taes construcções.

Pedimos pois, aos pode-
1e8 publicos, se informem
d’esta terrivel calamidade,
e dispensem o seu auxilio,
a tantas famílias que este
anno ficaram nas mais tris-
tes circumstancias. :
——A DDA DRROHOOO——————
Monumento á inemoria do

Camillo Desmoultins

Em 19 do corrente inaugu-
rou-se em ,Guise a estatua com-
memorativa d’aquelle grande
vulto da revolução de 1789,.

À estatua representa Camillo
no momento em que acaba de
arrancar um ramo a uma das
arvores do Palacio Real./ —

Ives-Guyot, ministro dos traatravessando com ar altivo as
alas dos Jacaios, penetrou na
sala da audiencia.

—Ouvi dizer, disse slle, que
vossa alteza gosta do meu’ ca-
vallo; não tenho querido trocal-
o à [dinheiro, mas dignae-vos

permittir que vol-o offereça, .

O principe viu nomeadamen-
te onde a nosso homem quéria
chegar, e disse comsigo:-— « Dei-
xa estar tratante, que te vou
dar a paga que mereces.

Depois dirigindo-se a elle:

—AÁcceito a tua dadiva,fmas
não sei como agradecert’ a
condignamente. Oh! espera um
pouco; eis aqui um cesto de
batatas mais saborosas do que
faisões. Custaram-me trinta gei-
ras de terra’ Parece-me que é
um bom preço para um cavallo
que poderia ter comprado por
sessenta libras.

E entregando-lhe o . cesto
mandou-o embora,

: portas do palacio; recommendou
tlão criado que o seguraste, &,

Gu.nrrn Junqueiroiro

 

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7UOREGIREIO S 08 EDA o RE
balhes.Bublicos, fez um discur-
so, em que expôz & traços lar
gos o papelóde Gamilio-Des-
moulins na revolução de 1789.

Declarou que 0 governo não
podia deixar! de associafise á

inauguração de um monumento,
que faz parte da grande cele
bração do centenario de 1789,

no qual toda a França tomou

Pº.l’t(*.
— A elA S aa

Agevedo Continho

Esto valente patriota, dizem-
nos informações particulares, foi
para Quelimane organisar a ex
pedição .Julio de Vilhena. “O
arrojado marinheiro obteve nos
ultimos] tempos um prestigio
enorme sobre os indigenas,

Pareceo ane-o-bravo marinhei-
ro Azevedo Continho se bateu
em dueHo, na Africa, com um
agente da companhia ingleza
do Sul, deixando-o mal ferido.

De. positivo, porém, nada se
sabe.

—— AG TE MNB —
UM FALSO BARÃO

Em 1888 estava em Nice um
personagem que fazia sensação
pelo aparato de que se rodeia-
va. Intitfulava-se o barão Edward
de Naldstwom, cidadão . dina-
marquez. Travando numerosas
.relações, o sujeito foi apresen-
tado a um rico negociante, a
enja filha fez assidua côrte,
vindo a desposal-a, largamente
dotada. Depois os noivos turam
em viagem de nugcias pela
Europa, . e quando * pareciam
tehzes é a h (
“ Naldatwom estava em adeanta-
do estado defgravidez, o mari-

‘Ro desapparêceú-lhe e aº pobre
Ssenhora tem de voltar só para
casa de seus, paes. Estes reque-
reram investigações judiciaes
sobre o paradeiro do genro. Fi
geram se, e é devido aos seus
resultados .que ,huje , se sabe
que o barão nunca: foi mais do
que um refinado patife, um

“verdadeiro gatuno que até rou-

“bara os documentos com que

“Jjustificara o seu titulo e estado
TE * t. 4

E, nota curiosa, o aventurei-| ‘

T0; que acabá de sér preso em
Bordeus, já alli contratara ou-
tro casamento. f

-CHRONICA LOCÇAL
Estada .
én Estiveram nesta villa e
Mhogpedamm—se em casa de
seu tio o sr. Joaquim Ma-
riaà das Neves, osr. dr: A.l—
fredo de Mendonça David
e s. Ex.”* mana. e
Os nossos cumprimentos
a suven” :
—— ED AED-EE=—
Sahidas

Sahbiram desta villa, pa-

ra à Guarda o sr. dr. rhçá-/
noel d Almeida Ferreira)

Maio e s. ex fumilia.
280 D aA o RS
Posscs

Já forain tomar posse

‘dos logares de escrivães de j

diveito, em Mação.o sr, Jo-

nhora delf

CERTAGINENSE

.-

sé Antonio de Moura, e em
Ferreira do Alemtejo, o sr.
CtlosMarques Peteira:

x *%

O’nosso amigo Joaquim
Mendes dos Santos, já foi
tambem tomar posse do lo-
gar de. escrivão municipal
em Proença Nova.

Sentimos a auzencia de
SE

) E MRA c ESA o o NAndtoS

Doencas

Acham-se ncommodados
de sande: o sr. dr; Alfredo
Mendonça, ‘e ou.sr. José
d’Azevedo Bartholo.

Que s.ex.“” se restabele-
çam em breve, é v que de-
sejamos.

— -A o
Ordenados
Foram elevados a1203000
reis annuaes os ordenados de
amanuenses d’Àdministra-
ção e camara Municipal,
d’este Concelho. :

PTTA SRA RITA RE D ç
Amnniversarios
Passam no dia 1.º de no-
vembro, 08 anniversarios
do sr. José dos Santos Coe-
lho’ Godinho, e da ex”* sr.º
D. Maria da Furificação
Lucio Baptista. í
Os nossos parabens a s.

as

ex

á
-AOS NOSSOS COLLEGAS

hos nossos estimados
collegas que teem noticiado
a morte do nosso falleci-
do amigo Franeisco Pirês
Franco, acompanhando-a
de expressões de sentimen-
to; enviamos os$ nossos
agradecimentos e do nosso
editor, páe do infeliz morto.
RELOGIO

A’ Ex.”* Camara. Muni-
cipal d’este Concelho, lem-
bramos a necessidade de
‘substituír-o relogio official
que ha dias está parado,
sendo completamente . im-
possivel o concerto; . cau-
sando à sua falta graves
transtornos.

Jitteratura

0 MORANGO DO DIABO |

“Elle voltou-se, emquanto o
(cavallo caraculava, percutindo
as pedras com a ferradura.
Luiza estava à janella; 0 sol
Joirava os seus finos, cebellos
iinusos, e nos sens . grandes
os pardos lia-se à plenitude
le uma alina feliz. Curvou-se
no peitoril, vibrante de alegria,
a, stiramdo um beijo nas pontas
des dedos, griton, com um
bella voz argentina, que. cántou
14 ridicsa um osphers anatinal:
‘ “._’-j'”,’éf” 1 não w aCIOres,
esve-

VOU APArliar ‘.nux*.’éngu—x

fmãos é sigamos «.uda um o nos-

rar ta:hei para os com nm6cf
antes do almvço.

Jorge fez que sim e partiu a
galope.

A manhã estava deliciosa,
nãs folhas dos arbustos o orva-
lho irisava-se com faiscações de
diamante; os fenos refrescados
pela chuva que cahira de noite,
exhalavam um bom cheiro pe-
netraánte e sadio; ao longe, na
linha azul da colina, os moinhos
recortavam-se com um tom ae-
reo da grandes aves, engolfan-
do-se no ether.

Jorge sentia-se — doidamente
felizz 4 primavera parecia-lhe
um estação divina e a doce
creativra, que culhia aquella ho-
ta mórangos, pendendo sobre o
eahíeiro a sua cabecita loira e
espirituosa, “completava o en-
canto d’essa estução, que Deus
Greou expressamente para as
«luas de mel»

De repeute, Jorge estreme-
ceu e puchou a redea ao caval-
lo. Umh mulher, vestida. com
petulante garridice, coberta de
rendas e flores, vinha ao sen
encontro.

—Buns dias Jorge!

—— Bertha! exclamou o cenval-
leiro, franzindo as sobrancelhas,
— Bertha, sim; de que ne
admira? Possão um chalet por-
to ‘de sua quinta e tentou-me o
desejo de felicital-n. ..

==Minha querida Bertha, vol-
ven Jorge, evitaudo o fuigor
d’esses formosos ulhos[perigosa-
mente fascinadoves; sou enssudo
e amo minha mulher; 0 passa-
do morreu, apirtemo-nos as

$o caminho,

& Bem sei que ma sua m-
lher, tornou Berila, reprimindo
um gesto de eholera, Deus me
livre de perturbar e seu idxilio
pastoril. Ninguertn que me co-
nhece, ninguem poderá saber
do nósso — eneontro. Creis que
não lhe fiz a menor exprobação,
que não o molestei com às mi-
nhas cartas. Só lhe peço que
me conceda uma hora…. Seja
generoso. . . Os ultimos pedidos
dos condemnados respeitam-se.

Jorge não respondia: invadi-
va-O ponco a pouco uma per
turbação que lhe sacudia: os
nervos; apeara-se e caminhava
ao lado della.

Nessa hora faremios as nossas
ultimas despedidas; depois…
nunca mais me verá,

— Não, não, murmurou Jor-
e à custo, é impossivel!

Ells apertou-lhe as mãos, fi-
tou-o face à face, agitou a ca-
beça, pondo no ar o subtil aro-
ma do heliotropio que se exa-
lava de toda a sua pegssoa, €,
com uma vóz cariciosa, de umas
sedueção irresistivel, implorou:

—-Ora vamos, ingrato, venha.
almoçar com a sua Bertha,
Encommendei morangos; che-
garam ha um instante de Lis-
boa, :

, Jorge, fascinado, sem cons-
Ciencia dos seus actos, deixou-
se conduzir ao chalet. :

Na branca toalha de linho;
naà casa do jantar, ao rez do
chão, os erystaes scintillavam,
f=)

dç um rubro appetitoso, o leite
niugido, à mantfeiga fresca, pu-
hham na meza preparada para
um delicioso «téte a téte,» umaj
freseura balsamica de jardim.

D» e-ubitoi UMmA voz Fesoou
d estrada, acompanhando o

& O0s morangos, em pyramides||

— Bertha! , Bertha! trago-te
gelo; ainda chego a tempo.
— E’ meu primo Alfredo, dis-
se Bertha empallidecendo. Vol-!
to já, acrescontou / correndo à
porta.
* Pouco depois, o primo apea-
va-se e sublam ambós av prr-
meiro andar.

Jorge ficou eó na casa do
jantar forrada de certone de
raminhos soltos.

grande retrato exibia Bertha,
decotada, -risonha, .constellada
de pedrarias, dilacerando,. en-
tre os dedos agudos como “gar-
ras, um lyrio, que destacava, na
sua alvura casta, do fundo san-
guineo da téla, feito por um
largo reposteiro de velludo, apa-
nhado em grossas prégas.
Defronte do retrato da dona
la casa vin-se a “photographia
ido primo Alfredo, hirto e. cor-
rectamente frisada na sua mol-
dura de pellucia azul. j
| Jorge fitou longamente o re-
trato de Bertha. Í
Pouco, a pouco, a cabeça gsr-
rida de Bertha, civenmdada pe-
*Io brilho vietorioso dvus diaman-
lltes, apagou-se; desfez se como
luma miragem, desapparecen da
lifalas mo logar que ocenpava
Isurgiu uma tina cabeça Jloira,
lde uma pureza raphàclcsca, es-
iboçando um sorriso candido,
igrave e meigo.
! A cabeça loira parecia des-
pregar-se dútéla e vir a0 en-
contro de Jorge; e Jorge, ex
tasindo, dizia & si proprio que
nenhum outro hemem tinlia: to-
cado aquelles labios rosados e
frescos, como um botão de ro-
sa, que só elle ammá’ra aquella
immaculada esculptura, que
n’aquelle olhar profundo e lim-
pido como o cêo não brilhara
senão a estrella do seu casto
AMOr! ..
Luiza murmurou Jorge, em
segredo,como se receiasse. pro-
fanar o querido nome, pronun-
ciando-o n’aquelle jogar:
Em seguida, correu diretto &
porta: Bertha, porem, tivera o
.euidado, antes de afastar-se, de
fechal-o à chave.
| – Jorge uão hesitou; sem per-
da de um instante, saltou pela
janella, montou à cavallo e par-
tiu a galope.

“Encontrou-a& no jardim xes-
plandecenté do fulgor da sua
belleza, da ‘ alvura do senpen-
teador, espumado de rendas, e

Na parcde, ao centro, um,

S ruza –
do brilho fulvo – dos seua abun

jdantes cabellos de oiro, soltos

em espiraes,

Apanhava morangos, curva:
da para o8 canteiros, e,-no ces-
tinho de verga, o8 bellos fru-
ctos saltavam, com brilhos ar-
dentes de rubi, exhalando um
uroma appotítoso é provocante.

Ào vel-o, Luiza baten as
palmas, pegou em um morango,
metten-o na bocea e correu
para o marido, :

—Ah! Luiza, exclamon Jor-
ge, trineando à metade do fru-
ceto e.tentando esconder.a sua
commoção; te goubesses como
é .bóm o /moreango. do Parai-
ol

Luiza fitouro com um olhar
interrogador.

—Minha – querida , mulhérsi-
inha, acudiu Jorge, não preci-
sas entender; o que é necessa-
rio é que eu me esqueça que
estive ameaçado de icomer o
morango do diabo!

Do «Mafrense».

Guiomar Torrezão

P

GAZETILHAS

|T7 SERCErERTCo ANA 1 a TERScoImERa cA NetETao)

Parece que lá na Áustria
À inviher tem pretenções
A tambem poder votar
C’os homens nas eleições

Eu por. mim acho que a dama
Como o homem tem direito
À votar nas eleições,

Leitor, em qualquer sujeito.

Mas da m1nesma sorte entendo
Que precisa ter cautela,
Pois em vez d’ella «votar»,
Se pode elle «bótar» a ella.

Aumodeu

ensea

Vassa tempos

Charadas novíissimas

(1) Não diz 6ó que sonte,
esta/ flor nem pensaá o que
digz—2-—2, ” Y

(2.º) Se não era lá que nm-
guem as sabia, decerto na Hes-
panha tem grande valia—1—2.

(3.º) Este instromento aper-.
ta um homem—2-—T1.

(4.º) Todos teem esta ave –
para infeite—1—2,

(5.º) No campo e no prado
está um apelido conhecido–2::2

: Fo-rasteiro

E a musica segundo
Estuda canto que é

Que te livres d’esta

Conceito meu caro a
E’ simplesmente advi
Se o querês busea-o

Villa de Rei, 25-10-90

mute largo de nm eavallo.

/ (LOGOGRIPHO POR LETTRAS)
(Offerecido ao meu amigo Edmundo Bispoy

De te não vêr ha muito-tempo ;

Confrange-me a saudade : i ;

Peço-té pois que me escrevas

Para esta linda cidade 8, 4, 5, 5 11, “

Sei que amas a pintu

Menos este que é muito

Muita saude te deseio
P’ra bem d’essa bizarria.
Mas ainda assim te direi

Que la o has d’encontrar.

ra r i
ereio o
bonito ”

feio 2, 8, 1, 7,06,8, 11

agonia 11,.8,9, 10, 11.

migo
nhar
no Íructo

S05é Martins| Apparicio

 

@@@ 1 @@@

 

M mLR * ES

DECIFRAÇÃO DAS CHARA-
DAS: DO NUMERO AN-
TERIOR

(1.º)— Guilhermino, ; (2.º)—
Obrigado. (3,9)— Sardanapalo.
E Cidade, / 5.º— Curtuxo
(G.ª)——Cavzxleto. j

Logrogripho
Soldado da Guarda Fisca)
Motta
RR
, REVISTA., POPULAR , DE
CONHECIMENTOS
JTEIS

Recebemos o mn.º 116 que

tem o seguinte
SUMMARIO

“Excellencias do trabalho—
O abdomen (IIT)==/“O nbutre
(ID— Escola de ” Desenho Tn-
dustrial Josepha de Obidos no
Funchal— O novo coliseu—
A penna de aço— Doença dos
heliotrópios — Bambus— ‘À . ro-
binia, pseudo-acacia— Xarope
de melancia— O nitrato de so-
da— Canna de assucar— Cura
de todas as doenças por meio
de enxertos— A casa maior do
mundo— Falsificação de azerte
“Tito/ide / casa de laranja—
“Carteira de lembranças –Des-
cesbrimento agricola == Corrês-

ondencias”, .
ªeªnoçâo endministração

– Rua.de Rilhafolles, 46 —
— EDMTAL:

S A COMMISSÃO do recru-
tamento-d’este concelho:
Faz saber que, por alvará
do Ex.”º Govêrnador Civil d’es-
te districto foi designado o dia
11 de dezembro:para o sorteio
—dos mencebos recenseados pa-
—rao reerutamento d’este anno,
ªr,fi;& — poder realisar se

lia fixado na
“Lei

‘ que se faz/publicos para
geral conhecimento. —
Certã 29 de.outubro de 1890
TT Presidente: A
Tvo Pedrozo. Baratta dos Rr:is’_,

CONCURSO.

A CAMARA MUNICIPAL
DA CERTA taz: publico, que
se acha aberto concurso. por
espaçó de 30 dias, a contar da
publicação d’este “annúncio no
«Diario do Governo» para pro-
Yvimento d’um dos partidos de
facultativo d’este Concelho
com” o vencimento anmval de
D0O03000 réis . pelo cofre .do
municipio € 1003000 réis “pela
Misericordia d’esta, villa e pulso
sujeito á Tabella Camaria.

Alem das condições. mencio-

Adm. é o facultativo obrigado
o cumprimento das respecti
Yas condições d’admissão que
Podem ser examinadas na We-

Cretaria da Camara durante f

. Prazo do Conceurso,

Certã, 27 d’outubro de 1890.

O Presidente da Camara, –
ATvo Pedroso Baraíta dos Reis:
O Provedor da Mizericordia,

– Antonio Pires Franco

TTN aa e TE TT E ,

i SIDAQAMENDES é

nadas no artº 173 do Cod.f..

” CERTAGINENSE

sexo masculino das JYregueziasi NOVIDADE LIETERARIA

de: Palhães e Cumeada, com o! A LM A N A G

ordenado de 1003000 rréis e asti
grateficações” estabellecidas na: DOSHE?
THEATROS

JEBlA PE a : Í

Jertã 17 de f 9 5 : ?

Lertã 17 de outubro de 1890. i PARA O ANNO DF 1891
Ivo’ Pedrozo: Baratta dos Reis ; Ormado com os retratos e perfis

O Presidente da Camara,
NEAA biographicos das actrizes
Gontos molsruIs | Lecnos Sinóes o Aveuia

Vuhllicação quinsenal VIEM_A e dns, acmm?
EM VOLUMES DE — 48 Aregsto Rori’e

PAGINAS. stA Macrnano

Cada volume, por assigan- Contendo, além d’ontras a b
tura, emedição de luxo, 50 reis, lhante peesta de D, João da
—Avulso, 60 reis. Camara

Os Yolumes sairão sempre: O JUIZO FÍNAL
nos dias 1 e 15 decadá mez

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séries de 12 numeros de 48 pa-! — Monologos, poesias-comicas e

ginas nitidas e luxiosa. Cadagsarias producções humurissicas
série de 12 numeros formaràfsatyricas, etc.

um elegante volume, sendo as-
sim publicados 2 volumes por
anno.

Não se expedem as . requisi
ções que não sejam acompan
hados das respectivas importan-
cius. Acceitam-se propostas para
correspondentes, à quem a em-
preza offerece 20 p. c. e um s
exemp’ar gratis sendo o nume” ADDOOCRIORDED DA
SPS VSTERIOS DA LOUCA
2. voly nes pelo custo de COOREE
rais /que /serãos remettidos aof
editor do —Recreloz= .. .
JOAÃO ROMANO TORRES
Runa.Diario de Noticias 93 / 3.º
a4 <os LISBOA

DISIGIDO POR

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.& d Tluttos
Pedidos ao editor João Ro-
mano “Torres, rua do Diario de
Notiícias, 93, 3.º

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Corrigida segund as. melhores
edições france as.

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Cada folha de 8 paginas, 10
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: VYend TE 110 reis, Cada fascicçulo semanal,
Vende-se uma que.dqvc D 1iãs, é

deitar — grande quantidade! Na provinein— A «xpedição
delxll,’ll,ªídei:’l’ e de bâa qualiz-fsorá feita quinzenshnente “de
dadeâ* à tratar com Jogéjdois em dois fasciciflos, pele
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Estão publicados alguns fus-
sienlos, —Assigna-se na adminis-
tração do Recreic, ma rua do
—Diurio “de, Noticias -938, 3

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dão, vacionaes esestiranzentas

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tEstes rebuçados , feitos: com uma preparação especial, de
subor agradavel, empregam-se com os melhores resultados para
n debellação . de-todas as . affecções, das vias respiratorias e dos
orgãos digestivos ; são assenciaes para curar as mais rebeldes
tosses) teem. a propriedade ingular de aclarar a voz, curandos
rapidamente as mocosidades, bronchios larynge, catharros e
defluxos, todas as pessoas que soffrem de-qualquer padecimento
do interiuvr assim como constipações antigas e modernas, falta
de ar, debilidades tosses chronicas ou ligeiras, finalmente
quem tenha que tazer uso da preparação:

Recusar como falsificados todos os rebuçados que não leva-
rem sobre o pacote a firma de J. A. Vascencellos,; .todos os
pacotes acompagham um prospecto que ensina à maneira de usar,

Manda-se “qualquer ” pedido. Grande abatimento . para “re-
vender, ; :

Preco por pacote 100 reis,
te-de 10 reis e não indo regista
dos extravios. : :

Os pedidos na Certã devem ser feitos ão Sr. Antonio Pi
res Franco, Rua do Valle n.º 37, 39,41. .

* Alemqauer Sr.José À. Ignacio dos Santos, R. de Serpa Pinto,

Evora, na, Pharmacia Guerreiro, R. Ancha. :

Lisboa, unico autor José Alves de Vasconcellos

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Os Wystrrios do Baorte

PoR. é
: GERVASIO LOBATO
Romance de grande sensação, desenhos de
Manoel de Macedo, reproducções
phototypicas de Peixoto &Irmão —
É ONDIÇÕES D’ ASSIGNATURA
Em Li=boa e Porto distribui-se semanalmente. um fascicnlo te
48 paginas, on 40 e uma phototypia, custando cada fasciculo a
modica quantia de 60 reis, pagos no acto da entga.

âaelo correio: augmenta o impor-
o, não se afiançam por motivo

para- ae-provincias a expedição será – nzenalmente
com a .maxima regularidade, aos fi buíp’s” 188 € uma
pbatotypia, custando cada faciculo 3’2 reis, franco porte.

Para tóra de Li:boa ou Porto não se envia fasciculo algur

sem que préviamente se tenha recebido o sem, importe que po-
derá ser enviado em estampilhas, valles do correio ou
facil eobrança, e nunca em sellos forénse. —— é
Às pessoas que, para economisar porte decorreio, enviarem
de on.rfa vez a importancia de einco o mais fasciculo receberão
na volta do correto aviso de “recepção; ficando “por este meio
certos que não houve extravio. — . : j i
Acceitam-se correspondentes,/que dêem boas referencias, em
todas as terras du provincias.,

Toda à correspondeneia relativa aos MPSTERIOS DÓ POR

A TO, deve ser dirigida franco de porte, ao gerente da Emprez

Litterariar e Typograpbhica, 178 ruva de D, Pedro. 184—%
lasiTIOS da Lonca
‘ Grande romance de sensação —
ORIGINAL —“PORTUGUEZ, POR

LADISLAU BATALHA

j ESTA obra da acreditada BIBLIOTHECA DOS DRAMAS
DE FAMILIA, formará 4 lindos volumos em 8.º francez, en-
riquecidos de excellentes estampas. — :

As eapas de brochura, em phantasia, e cromo-litographadas a
côres, serão distribuidas gratuitamente a todos os assignantes.

O | livro divide-se em duas partes, onde o leitor “assisterss
desenvolvimento de um entrecho complicado mas verosimil,
cheio’ de peripecias attrahentes o curiosas:

À acção do remancee /que se desenvolve rapido e sam desc :
çõe- fustidiosos, passa-se em Lisboa e África.

O leitor vor-se-ha, pois, surprehendido com àas assombrosãs «
extraordinarias aventuras . succedides no Cenfinente Negra, e
minunciosomente relatadas n’este livro.

Destribuem-se cada semana, 32 paginas de leitwa ou 24 «
uma gravura, pela quantia 40 rêis, pagos no acto da entreg”

| As remessas para a provincios serão feitas áàs cadernetas de –

fasciculos “ou 160 paginas, e só acresce o porte do correio.

ªPPªT?CleÉIfgíêrz_tàem ºdl%&) 1pO Pu,[ílãi c:s ÉO E cnd-ª.t fªªc’ºulº; À quem se responsabilisar por 8 assignaturas, dá a emprez –

;%mtã;nªtá : .l’lS AA R / STAA _;n erenladas uma gratwuta ou 20 por cento.

S EE Õ | : i Pereentagem aos destribuidores

ó : : ASSIGNATURA <. 1 Pereentagem stribu é áA

Da CERTÃ abre eoncurso del : çONDIÇOES EAA ATURA é : Assigna-se na Escriptorio rua Saraiva da Carvalho, 47, eucs
30 dias, a contar da publicaçãoi , Em Lisuc — Um fascieulo semanal: de 16 puginas em 4.º logires mais centraes de Lisboa e Porto, e nas terras da :º
d’este annuncio no «Diario do!grande, à duas — olumnas, pago no seto da entrega, 60 reis na vincia, Toda a ccrrespondencia, franea de porte, deve ser,(‘-

: Gloverno», para provimento das provincia—fasciew — quinzenaes de 32 paginas; adiantadamen gida para o Escriptorio da «Bibliotheca dos Dramas de Famili
cadeiras d’ensino elementar do fte, 180 reis, í , : PEA rAiva de ee hoL AG ANINHOA

À ee : ; ;

CONCURSO-B CAMARA MUNICIPAL

 

@@@ 1 @@@

 

K FÉ ET ELSNCNA

CERTAGINENSE

EMPBEZA INDUSTRIAL PORTUGUEZA

Constrocções Lsbass Comgleixs

CONSTRUCÇUES E ASSENTAMENTO DE PONTES METALICAS PARA ESTRADAS

E CAMINHOS DE FERRO, FUNDIÇÃO DE CANOS, COLUMNAS E VIGAS,
POR PREÇOS LIMITADISSIMOS

ustrucção de cofres á prova de fogo

Cons trucção de caldeiras

A EMPREZA INDUSTRIAL PORTUGUEZA actual, proprietaria da offici

Ainaro, encarrega-se da fabrica;ão, fundição, collovação, tanto em Lishoa e seus arredores como nºs

tramar e ilhas, ou no estrangeiro, de qualquer opras de feiro on muadeira,
maritimas.

Aceeita portanto encommentas para o fornecimento d
como telhados, vigamentos, cuplas. eseadas. varandas, mimachinas à vapor e
bombas, vetos e rodas para tiansmissão, barcos movidos a vapoer completos,
de cofres á prova de fogo, ete,

ara a fuodiçãode columnas, canos e : t
deposito grande quantidade de canos de todas as dimenções. ;

Para facilitar à entresa das pequenas encomimendas de fundicão tem 2 À
da Gama 19 » 21 ao Aterro, ond- ncontram amostrás e padiões de gr

na de construeçõs me

construeções civis, imscha

Irabalhos em que predominem estes materiaes taes
agua
forro e vidro, constraíção

suas calde;
estufas de

»-, depositos para

vigas tem establecido preços dos mais reduwidos tendo sempre em

Smpreza um deposito na
ernatos € em

Para a3 construcções civis, onde se tomain quaesquer encommendasddo fundição.

Toda a correspondencia deve ser dirigida á EMPREZA INDUSTRIAL PORTUEGUEZA,

Santo Amaro. liisboa.

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BENEDIDS DE ALBE
E Vigor do cabello de Ayer,— [ mpeile que ,
o 9 enbello se torne branco e restaura ao cabeilo g5º 4
salho à sua vitalidade formssa”a
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Fxtracto composto de Salkaparri-:
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h o corpo e cura radical das eserophul s.
O remeédio de Ayer contra as se-.
: zões — Fobras intermitentes e biliosas.
Todos os remedios que ficam / indicados são altamente concentrados e ma-
neira que sahere/ baratos, por que um vidro dura muito tempo. — –
Piliulas catharticas de Ayer. — melhor purgalivo, 89 €
ateiramentejvegetal ,

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Seido Blosphats de Borsfyxd

E ; Faz uma bebida deliciosa addieio-
nando-lhe apenas agua € uassucar; e
um excellente substituto e –
baratissimo porgue un fraseo dura
muito tempo.

Tambem é mnuito usil no traram-nto
de Insigestão, Nervoso, Dyspepria €
dôr de cabeça. Preço por fraseo 600
reis. e por duzia tem abatim-nto. — Os
representantes James Casaseis A
TA a de Mousinho da Sivel à 6)
e parto, dio àas formulas ss
urs, Facultativos que as requisita:em,

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nos, um quarto de passagem; e de ciuco a dez »nuos méia passaegm.

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dos mezes á
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os magnaficos paquetes fruncezes da sompunthia Char geurs Réums
que s% m de Lisboa em um, dose e inte dois de vada mez dãose passa]qens
ratui 9s a familias de trabahadores que desejem . pora quasquer “ro-
ginca %o Brazi: desde Lisboa ate ao Rio de Juneno. +ºsua éhegda abo, o
Gorertto concede-hes transporte gratuito até á rvoven” . M que se distinen,
de ahií são jívres para empregarem a sua activídade vuvososa no trabaho
mais e comvenha não contrahindo nenhume ebos henefícios
recebidos,
Na redacção dPeste jornal prestão-se esclarevimentos

Agente na Certã

Jonguim Wuslins Éruls

dio mais seguro que ha para Cura da tosse. bronchi- ‘GRIELO

sa :
– )
= 2E
A NE e
D SE

A á, EEA
o –
s F o

= $

TuA Vasco
Àl E necossarto

DS THEZ WOSQUETEINRSDS
POR

AEXANDRE DUMAS
EDIÇÃO ILLUSTRADA COM MAGNI- +
FICAS GRAVURAS E EXCELLENTES
CHROMOS

CONDIÇUES DX ASSIGNATURA ;

1.º-—08 TRÊS MOSQUETEIROS publicar-se-hão a fas-
ciculos semanaes,os quaes serão levados gratuitamente à casa
dos assignates nas terras em que houver distribuição orga-
nisada. ‘

2.º—Cada fasciculo consta de 4 folhas de 8 paginas, for-
mato e papel de «Monte-Christo», e de wuma excellente gravu
ra em separado, ou de um chromo a 12 côres. Haverá’ alem
d’isso muitas gravuras intercaladas no texto.

3. =O preço do eada fasciculo, não obstante a grande,
quantidade de materia, a netidez da impressão, e o sacríficio
feito para conseguir excellentes gravaras e magnificos chromos-
é apenas de 100 reis, pagos no acto daentrega,
4.º—Para as provincias, ilhas e possessões ultramari
nas, as remessas são francas de porte.

5.º*—As pessoas, que desejarem assignar nas terras em
que não haja agentes, deverão remetter sempre á Empreza a
importancia adiantada de 5 fasciculos.

Toda a conrespondeneia deve ser dirigida á EMPREZA
LITTERAKIA FLUMINENSE, casa editora de A. ÀA. nº Su-
va Logo— Rua dos KRetrozeiros, 1— LISBOA.

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da ABBADIA de SOULAC (Gironde)
DOM MAGUELONNE, Prior
9 Medalhas de Ouro:Bruxellas 1830 — Londres 1884
AS MAIS ELEVADAS RECOMPENSAS

NT eaero o NB ZD nn souASAUD |

«OQuso quotidianodo Elixir Den-
tifricio dos RR. PP. Benedio-
tinos,com dose de uzuml:âonu
com agua, prevem e cura a carie dos
ãgme%em rãgqueceos. forulecleexr

e tornaudo as gengivas períei- À
tamente sadias. RETARADo

« Prestámos um verdadeiro ser-
Viço, assignalando aos nossos lei-
tores este antigo e utilissimo pre- *
parado, o melhor ecurative € e

un SEQUIN”” u aBESEM E

aA Deposito em todas as boas Perfumei Pharmaeias e Droguer’
&) Em Lisbua, em casa do R. Borgeyro, ras do Ouro, 100, 1Asta Feix
nDF

Antonio Fires Franco

Dep: sit. de tahavos. viveres fan-
querias fasendas de 1 e seda : Cha-
peus Fersagen quiniuelherias. – pa-
.ºt”l, vellas de cera, drogas, lintas
ete.

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Rua do Yalle 37 a 41 e

1 Rua Nova 1
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dãs iraneas de algodão linh, e se-
da, mercearia, ferragens, quinqui-
lheias, 1inho, solla, calvado, aço, fer-
rO, relegios americanos de mesa €
de parede, dit:v_s com jezos e de pra-
ta para aigibeira, rewolvers, espin-
gardas, lonças, vidros, camas de fer-
to + louça de eozinha em ferro esmal-
tado, ote. ete. ele

Loma-se “linheiro e descontam-se
letras sobre Lisboa
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de 26 numeros, e cªslã“àsã) :’;l’: à provincia, a assignatura é feita às seriés —

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mente em vista proporcionar aos gems asf”

ediante uma Modicissima retribitição, isto º

‘Toda à corres, : NS & m
ruado Diario do chlªf%’ãª?f’;ª_ªmn o dirígida a João Romano Torret