Certaginense nº25 27-03-1890

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Editor responsavel==A. Pires Franco

]
[Am
| Seme-tre
| “Primestre..
|
Braz

Numero avuiso,
fAfrica, ANDO cs vos ndo

| ANNO

il, anno..

CERTÃ

A EPEDENIA
E O MONTE-PIO

A caridade, essa virtude excelsa que
consola os tristes, dá pão aos que 6 ne-
cessitam, pasma os medianos, e eleva os
grandes, no desempenho do que affir-
mamos, mais uma vez salvou o nosso
povo d’um: destés! tristes espetaculos
que actualmente se presencefam em
Italia—fome e miseria!

& povo d’esta villa, que é excensial-
mente pobre, faltando-lhe o trabalho,
falta-lhe o pão « com esta falta veem
os horrores d’uma vida de provações.

N’uma eunjunctura destas, em que o
rico não pode dar trabalho pela contra-
riedade do tempo, estava eminente so-
bre os certaginenses, uma destas “torri-
veis catastrophes, que prostam,’ por
muito tempo, os povos tias mais deses-
péradoras circunstancias.

Ha porem um anjo que nos conduz
ao bom caminho, e foi jesse anjo; por
certo, que germinou no coração d’al-
guns filhos da Certã, devotados ao amor
da terra natal ce; dos seus irmãos, a
brilhante ideia da creação “duma asso-
ciaçã de caridade, para onde concorres-
sem com uma magra parte ‘ dos seus
salarios, para que nas horas d’adversi-
dade, ella os soccorresse, lhe dosse pão,
e bs livrasse em fim do triste espeta-
culb—a misbria.

Manifestou-se esta brilhante
poz-se em pratica, e não foram neces
sario decorrer 2 annos que as vicissitu-

ideia

Boletim

O odio

Meu caro leitor, estamos na provin-
tia da Beira Baixa, onde se vab passar
grande parte da nossa, historia:

E nosso ponto de partida à velha
Covilhã, é a una legua andada e deir
*ada a estrada; entremos n’umas bre-
bhas d’arvóres; por atalho tortuoso,
ádornado com cafyalheiras e vides: |

Vai a gente destancando de quaiido,
em quando para aspirar os aromas câm-
pesinos e ouvir o agradavel ecunto dos
seareiros.

Ora; é n’aquelle tortnoso atalho, que
nós vimos encontrar dois sugeitos abso-
lutamente differentes. Í ‘

 

Um, era um moço alto, magro, le-|
, y , ;

vemente pallido, de olhos negros e me-
lagcholicos e expréssão serena e elegante;
o outro era de mais edade, baixo gros-
s6, córado,olhiostelaros; expressão alegre o
um caracter ftanco, prazenteiro e rude.

Estes individtios conversavam muito á
puridade, e nós com à faculdade que
nos concede: a tossa qualidade de ro-
mancista deliberamos otivit 6 fazermos

ET OT

PUBLICAÇÕE 7
So corpo do jornal, cada linha ou espaços ,
(do! Ê a : de linha. 80 réis | ! a
Um! – Quinta-feira 27 de Março Annuncio o de linha 40.» NUMERO 25
“Mol de 1890 | Repetições, cada linha on espaço de tinha 20 » |
28400 || Anuncios permanentes preço conyencional, |
: a | Os srs. assignantes teem o abatimento de 95 pel
NADA ARNO IL Toda a correspondencia—dirigida à adminictarão |

metáde dos seus socios teis

nas

circunstancias de recorrerem aella, pa-

a desviarem o negro espetro da mises
via; ,

Após um anno pessimo) em que o
lavrador mãl tira para as suas necessi-
dades domesticas, não podendo exercer
a caridade para com os desvalidos, e
não lhe podendo dar trabalho diariamen-
te, surge uma terrivel e impertinente
epedemia «d’influencia», que apezar
de não ser fatál, inhibe, comtudo, de
trabalhar durante um lapso de tempo
nunca inferior a um mez.

Os desgraçados, que, , pelas razões
acima expostas, mal ganhavio para co-
mer, não podendo arranjar um pecu-
nio para acudir a qualquer enventuali-
dade, perante uma molestia destas, que
com à falta de cuidado tráz as peneu-
menias eos typhos, secumbiam diúma
maneira verdadeiramente calamitosa. |

Eis porem, que aparecem os bene-
meritos soccorros. do Monte-pio Certa-
ginense da Rainha Santa Izabel, a oppor
um dique a este desgitaçado estado do
coisas. 4

Mais uma vez temus va bem” diger
os inovadores de tál associação, e, como!
nós, deve fazel-o o povo, a que ella in-
teressa mais directamente.

Para garantir-mosas nossas afirmativas,
para tom os nossos leitores, vamos tertmi-
nar, dando em resumo, o movimenta d?
esta associação urante us mezes do’ja-
neiro e fevereiro:

Janeiro

egito Cah ars na hop ida 53 L60
Des peida is posicao nc dee SOB
Socios soceorridos.

um detalhado resfimo de tudo isso.
Dizia o mais – velho; não digo na
tua edade; mas nt minha é preciso ter
sofftido bastantes: lições. dexperiência,,
Acredita na amisade ? E
Acred.ta tios Dons sentimentos ?
Crê nas inclitiações desintertssadas
e nas sympáthias ? Fabio
Pudo isto são mentiras! E
Sabe o quê é um servo fiel é
mihigo sincero? Dao
O primeiro está a mens pés, súbmis-
sóy e axrastado pelo temor; que Amanhã,
o Senhor à quem ello estranguiaria a
ht leve aceno men, e que corre atraz

um ção; e nó, entanto elle largar-me-ha e o
acompanhará por um pedaço de “pão
que o cavalheiro The dê.

especie os melhores é às menos despres
siveis por que não tem razão nem intel-
bgenciads y Sen

É 6 instincto de uma grosseivit notu-
teza que os guia. : :

São os apetitos glotões do brito que
escutam e Satisfazemi O ventre, que
é unicamente quem os faz recunhécedo-

4 à y À
des da sorte viessem collocar mis de

22)

dé mim, mesmo fultando-lhe a vespira-|

E de todos os servos são os desta)

Fevereiro

Pi ola
ed CRU VEGRTÕO
36

teceita…

Despeza

Scios soccorridos. +… e.

No’dia 22, foram vinticados os pre-
4os da cadeia desta villa.

Assistiram as auctoridades judiciaes,
e muito povo.

A convite do ex.Ӽ delegado na co-
márca, acompanhou tambem o viatico a
phylarmonica d’esta villa.

E ÇA pe tes

AS INSTITUIÇÕES

Deste nosso collega d’Almada, rece-
bemas um numero com 0 retrato de sr.
conselheiro Mariano de Carvalho, acom-
panhado d’um bilhete em que solicitava
uma noticia e a troca. Satisfazemos o
seu pedido no entanto até hoje fião
recebemos mais nenhium numero.

Pedimos, pois, a troca.
SECA TR

PARA TIAS

Do nosso callega O DIA:

Bm todos os paizes do mundo tive-
vam, sempre as raparigas grande quisió
lia em «ficar para tias» Este horror
pelo celibato Jevava-as, e leva-as: ainda
hoje, a dar o coração ao primeiro: indi-
viduo que lhes segreda algumas pala:
vras amáveis no onvido, ou que as fas.
cina com um olhar cheio de amoroso
fluido. D’ahi stimsaborias desagradaveis.
Muita menina honesta e de boa posição,
entregue a avonturciros sem pudor, ca-
cadores de dotes, verdadeiros atscrocs»
da honra alheia.

Para evitur estes inconvinientes; aca-
ba de formar-se em Londres uma asso-
ciação, de que só farão parte raparigas
solteiras, dos dezesete àtó aos trihta
annos d’edade:

Cada iliha Rdas associadas

receberá

qd

E o homem, quem lastima, o seu
egual, no mais alto grau, qualido o. vê
sofirer, e que mais gosa intimamente
tom esse soffrimétito.

E o homem, quem acompatiha ao ca-

|valheiro incessaritemeste, à quem se

faz passar como tim grande amigo, me-
dita uma traição! ;

E o homem quem surpreliende os
seus segrêdos para divulgar:
; É o homem, que sendo seu deposita-
rio, 0 rouba, |

E o homem, que abraçarido-a procura
no peito dlogar, poronde 9 ha-de asgas-
sigars É

O mei amigo, sorri-se com um ar de
piedade, incredulo, pobre; maço!—não
vê em minhas palavras senão à exagera-
ção d’um espirito doente; ou as extra-,
ragancias d’um lonco; ou finalmente
tolas declamações; que não tent mesmo
o merecimento da novidade.
Olhe isto qué eu lhe digo tem sido
repetido mil vezes, é é umã triste ver:
lidade qué aparees em todos os livros;
nias terei et a culpa disto, só em toda
a parte o em todos os tempos, appáre-
dem os mesmos homens vélha£os, Vis é

tes, ou ingratos! , E
/ ; ii
O segundo, senhor, é 0 hothem!
É de todos os viveiitos O mais mise- corruptos?
dida

eston certo qto O senhar; nãa jal-
à ser insensato, o abortecer os ho-
; 6 desprestl-os, quinido tiver Yi

a nano esa RA

uma extensa. lista contendo os nomes
posição, fortuna, qualidades physicas e,
moraes dos rápazes que estão em esta.
do de dar o nó matrimonial.

Uma segunda lista designará os bor-
rachões, os Digamos, e os especuladores
de casamentos, GE

A associação conta já um grande nu-
mero de sócias, desejosas de provar os
puros gosos do hymeneu. :
——— cata

Do tosso collega de Lisboa, A; PA
TRIA, transcrevemos os seguintes perio
dos, do seu explendido! artigo=: Dormi
mos que está realmente bem escripto:

«Portugal é prestntemente o-afradé
dorminhoco!» )

E ha tantas razões para dizer isto
quanto é certo que elle ainda recende
a claustro franciscano, e desde 1640,
enriúllado nos lançoes fidalgos, das suás
pompas extinctas, dormita profundamente
a sóhhar em glorias. passadas:

Debalde is «amigos» o pretêndem
arrancar a esse pesado sonambulismo, de-
bande “o estrangeiro. lhe chicoteia o
corpo; no «mero» intuito de o trazer à
vida!

Poitugal dorme e dorme sempre. ,
Ainda ha pouco a bofetada ingleza suja
de infamias e villanias Ie. veio pousar
na face, ,

O velho estremeceu; ergutu-se é
abriu os olhos Cheios de coleta e dôr;
mas o ceu era tão azul o sol tão bri-
lhante, o verde tão: esmeraldino, o can-
tar do Tejo tão sereno, ge elle: voltou
a dorittir a. dormir:

E quando aceordar não será na eter
nidade como o monge da lenda; mas…
se um dia o historiador o artista, o ‘sa-
bio, o homem que serite, passar junto
da nossa costa é vir tramulár sobre os
outeiros 0 pafilhão vermelho dos pira:
tas, dirá melancholicamerite:

Ah foi Portugal,

somem

vido o tempo suficiente. para os conhe-
cer. Eh

O que n’um nputro pareceria extraor-
ilinariaiiênte; ridiculo, parebia, n’estê
singular – «orador uma», conversa seria
com vislumbres de certa dignidade, que
nada tinha d’estudada: ai

Fallava com o accento de uma pio-
funda convicção.

Tambem é certo, que parecia um
d’esses infelizes, que occultam uma en-
fermidade moral, “sob aspeétos de sen-
satez; cujo espirito dominado por. a
loucura, conserva linguagem é apparen-
ciu de razão.

— Eu comprehendo, senhor Maximi-
no, «ue estes discursos; lhe hão-de pa-
recer muito extravagantes; disse.o mais
velho depois de um. longo silencio; com
tudo lia talvez nas palavras que eu di
$é uma Cotlsa que certamente ignóra >
— Qual €?

-Mas, que no caso desistir, o que
cii não sei, não o diria

— Olhe, então como queira; é demais
o crepusculo aproxima-se de nós, e é
têmpo de continiitr o meu caminho, em

bora tenha muito prazer, em ouvir &

cavalheiro: Boas tardes, senhor:

| Continua.

 

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CERTAGINENSE

“CORREIO DE LISBI

Lisboa, 23 de março de 1890

Os gravissimos succestos entre
Chire ce o Ruo ácerea dos quaes à im
prensa de todos os matizes ocenpa-se
largamente, estão despertando o. maxi-
mo interesse.

Foi o SECULO a primeira folha a
dar noticia telegraphica da occupação
do Chire pelos inglezes

No dezempenho do. nosso dever pro-
curamos em assumpto de tanta impor-
tancia indagar a verdade.

Soubémos que o governo recebera dei

Moçambique um telegramma’do gover-
nador de Quelimane referindo em resu-
mo que no territorio a que se dá o no-
me de Chilomno, úm súbdito britanmco,
intitulando-se agénte consular oú geren-
te, arvorára uma bandeira ingleza, fir-
mando-a com uma salva de artilheria:
que o dito inglez acompanhira este acto
de propaganda, entre os indigenas, a
favor dos interesses britamiicos, c con-
tra os direitos de Portugal: e que por
isso o governador de Quelimane protes-
tára.

& Chilomo deve ficar proximo do Rno,
afluente do Chire, mas não se sabe sc
foi áquem ou álém d’esse rio que o fa-
cto se deu,

O conselho de menistros reuniu im-
mediatamente mas ignora-se o que se
passou. As folhas ministerises guardam
a tal respeito rigoroso segredo.

Que fará o governo?

E de presumir, observa uma folha,
que o governo, logo que tenha mais
clara informação do que se passou ago-
ra em Africa, € do caracter do official
inglez que praticou o acto contra o qual
protestou 0 governador de Quelimane,
não demore a reclamação energica que
esse acto violento e offolisivo exigê.

Segundo consta o governo inglez cer-
tificou ao sr; Barjona de Freitas que
não tinha auctorisado nenhuma oceupa-
ção, caso ella se tenha dado, permane-
cendo assim O «stato quo» consequente
do «ultimatut.»

No entanto, devemos cbservar, o ba-
rão Henrz de Worms, secretario politiz
co do ministerio das colonias annunciou
na camara dos commiuns que o regulo
Lobengula sancionou a ocenpação de
Machona pela «Suciedade ingléza da
Africa da Sul.»

Como vêmos a acção ingleza não af:
frouxa, nem recua, na Africa. Vae-se
dilatando!

O assumpto prestasso a largos tom-
mentarios Us qitaes para não occuparmos
maior espaço deixamos av alvedro dos
leitores. — Vamos à tittros sucecssos,

“-Acha-se em Lisboa a embaixada
do Maputo que vem prestar juramento
de fedelidade ao rei de Portugal: Veiu
abordo do paquete «Angola».

A embaixada compõesse de novs pre-
tos eum branco, que lhes serve de in=
terprete.

Desembarcou na ponte do arsenal on-
de estava uma comissão da Sociedade
de Geographia, que a recebeu. Depois
a embaixada metteu-se em trens e diri-
giu-se ao hotel Universal onde se acha
hospedada.

Maputo é uma provincia situada en-
tre à bahia de Lourenço Marques, e à
Zululandia, de que em tempos foi tribn-
taria, Maputo confina com a ponta da
juhaca, que ha annos nos foi disputada
pelos inglezes, contudo Mac-Mahon de-
cediu em favor de Portugal e cuja de-
eisão lançou pr terra os seus planos
de empalmação progressiva de todos
aquelles riquissimos territórios que prin-
eipiam na margem direita da Bahia-— a
chave de todo o promettedor e até hoje
inexplorado commercio do interior.

Depois da arbitragem, Maputo conti-

igem aos portnguezes de quem é amiga

devotaida, tanto quanto odeia os ingle-
mes Assim, no intuito de continuar sob
à nossa protecção, a raigha reselveu
enviar a Lisboa uma embaixada, que
vem, como dissemos, encarregada de
prestar vasalagem à sua magestade el-
rei,

A ettbhaixada tem visitado os princi]
paes edificios e pontos da cidade mos-
trando-se maravilhada detuds quanto

 

—O govérno comprou ao conde | da
Vidigueiras alguns documentos impor-
tantiasimos para a nossa história mariti-
ma e colonial. Puderam assim entrar
ja o avehivo do estado? um grande
ro de tartas do D. João II; algu-
mas de D.Jvão IVj copias authentica-
das de varias cartas de Nelson; corres-
pondencia travcada entre o avô do con-
de da Vidigueira D’ Domingos de Lima
e 6s oficiass smperiores da amada do
Mediterraned; correspondencia trocada
entre Sebastião José de Carvalho e o
conde de Unhão embaixador de Madrid;
narração historico-analytica de Marquez
de Pombal; outros documentos impor-
tantes e curiosos já depositados pelo
vendedor na Bibliotheca Nacional de
Lishoa.

Tambem foi proposta a compra da
carta regiá de D: Manoel; concedendo
a Vasco da Gama o titulo de conde da
Vidigueira; mas o goverio não aceito
a proposta.

—Sua magestade el-rei resolveu re-
ceber em reunião intima no paço de
Belem uma ou duas veéts por mez os
officiaés da guarnição de Lisboa, sem
distineção de patente, Estás reuniões
de meto caracter particular, além de
significarem a consideração de el-rei,
para com o exercito tem tambem por
fim a coversação sobre assimptos mili-
tares;

— Os novos crusadores que se vão

adquirir para augmentar a nossa esqua-
dra terão casco de aço, deslocamento
de 4:200 toneladas, machinas de tripleco
extenção e velvcidade não inferior a
milha por hora. Serão artilhados com
seis peças de 15 centimetros; quatro de
tiro rapido, de 65 millimeros, quatro
conhões rewolvers de 37. millimetrys
motralhadoras de calibre de espingarda
e tres tubos para lançar torpedos, O
casto ser blindado até 80 centimetros
abaixo da Jinha d’agua. A iMuminação
eleetrica é feita por dois fócos, aystema
Magianna: Terão dois escaleres, um
a vapor e um torpedeiro. Este pro:
gramma foi rémettido a cinco casas
constructotas: uma allemã, outta fran-
cêza, outra italiana, outra austriaca e
outra americana.
—Recebeu-st em Lisboa uma repre
sentação da camara de Quelimane,
contra a fórma porque a Inglaterra
se quer apossar dos ossos tetritorios
no Chire, MB nella verdadeitâmente
frisado o direito que Portugal tem so-
bre o paiz dos Makolvlos, e a origem
destes,

—Foi adjúdicada 4 companhia na-
cional de construcção, pelo preço de
225:0008000 teis, a empreitada peral
das obras do melhotamento da enseada
da Povoa de Varzim

—Falleceu a última freira «do. con-
vento de Santa Joana. O convento
foi este 1770 até 1790 aéde da
freguezia do Cotação de Jesus. Proxi-
mo d’aquella lotal está o tonvento
das religiosas Franviseanas fundado en:
1559 e logoacima, na largo do Anda-
luz, o dos Dominios, Atndado em 1699.

—alla-se que estão entabolardas ne=
gociações, por parte do govemo portu-
guez, com banqueiros estrangeiros, pa-
ra a comissão dmn grande unprestimo
nacional de 50:000 contos de reis.

Os boatos correm muito accentuada-
mente. ‘

nuou ainda durante alguns annos a pa-
gar tributo ao rei dos Zulus, até que
mais tarde a rainha Goica (21 se acolhem
à nossa bandeira, protestando vassala l

Reais mese no minirterio dus. obra-
públicas o concitro de projectos, uberts
pela po taria desi6 de dezembro altimeo
cont dot: me

pre Oo pura VU; P TE CULO:

lhor classificados, um de dois contos de
reis, outro de úm conto.

Apresentaram-se cinco concorrentes:

O 1.º Dugenciro Renhart. Projecto
pelo systema pieumatico e difforencia-
dor, com duas redes de canalisação,
uma para os materiaes e liquidos putres-
civeis, que é metalico, A outro rede
pira as aguas & de cuhos de barro.

O orçamento deste projceto é do va-
lor de 193:5005000 rs;

O 2.º E Dufour. O projecto é do sya-
tema Berlier, tâmbem pneumatico e ca-
nalisação mietalhca.

O valor do orçamento é de 285:0005000
*éis, comprehendendo a instalação dos
apparelhos nas casas e debaixo dos pas-
stios,

O 3.º projecto apresentado pelo ci-
genheiro EB. Pontreu, adopta o systema
de «toutiã Pógont», exclundo da canh-
lisação as aguas pluviaes. Emprepa ch
nos de grés vitrificado, e correntes de
varrer, partido de depositos espalha-
dos pela réde da canalisação, sendo os
liquidos e meteriaes fecaes empregados
na irrigação de terrenos de crltura.

O orgamento é de 176:8008000 reis

O 4º projecta 6 apresentado pelos
engenheiros portuguezes José Cecilio
da Costa, Madureira Beça e Costa Cous
raça, que adoptam tambem o systenia
de «toul 4 Pégout», sendo o orçamento
de 194:4885000 rs.

O 5.º projecto é dos engenheiros por-
tuguezes Manoel Raphaol Gotjão 8 Es-
teves Pereira, que empregam o systes
tema de esgoto continuo, coti corren:
tes de varrer, sendo o orçamento de
2000008000 reis,

—Morreu o sr. Carlos Burnay, tio do
sr, conde de Burnay, O cadaver ficou
depositado no cemiterio Oriental.

—Uma carta dirigida de Quilimane,
com data de 4 de fevereiro, no DIA,
noticia que Serpa Pinto tinha áquella
data uma expedição organisada pará
marchar pata o interior; é Cordon ia
partir para o Tungue, a fim de estudar]
o traçado. “um caminho de ferro que
partindo de Tungue, vá terminar as
minas d’oiro.

—O sim gencral de brigadas Por-
firio Correia fui julgado incapaz do ger-
viço activo,

Consta qne o ilustre explotador e
distineto oficial da armsda, sr; Antonio
Maria Cardoso, já regresou de Moçam-
bique 4 Buropa, achando-se atiinlmente

do brevemente em Lisboa.

— Nota-se entre as fileiras progressis-
tas completa e accentuada divergehcia
motivada pela pasta eleitoral, AS NO-
VIDADES guerem que seja votada a
lista cm que b nome do ar, Fernando
Pereira Palha Osorio Cabral figura ao
lado de tres nomes de africanistas que
andam ha liata do governo e isto, como
claramente se percebe, para titar votos
à lista do partido republicano, O COR-
REBIO DA NOITE, DIA, DIARIO
POPULAR e ainda outras folhas opinem
que os votos dos progresistas sejam
unicamente “dados ao sr. Fernando
Palha deixando por tanto a escolha dos
restantes nomes para complemento da
lista 4 livre Voittâde do eleitor.

Não sabemos o que sahirá de trdo is-
to porque, com franqueza, em questão
de tricas eleitortaes somos completaitien-
te leigos, Mas cbservaremos, ainda não
a muito que O DIARIO POPULAR
dizia que se podia assegurar à Victoria
de quatro candidaturas republicanas por
Ieisboa. Depois é que appareceu a liata
dos quatro afticanistas apoiadas polo go-
vetno, 4 cetea do qual já os leitores
tem conhecimento, que AS. NOVIDA-
DES, com a substituição d’um nome pes
lo do sr. Fermmando Palha, recommenda
com insistencia.

Ora esta divergehcia, he dia a dia
mais accentitida, em vesporas de clei-
(ões é realmente edificante. Veremos,
repetimos, qual o resultado.

— Os fundos portuguezes em Paris

contam-se a 6). Em Londres a 62,63.

em Napoles, Antonio Cardoso é espera-|

TNT E e a aa rr reremeeemioreã

—A grande subscrição nacional es-
tá em reis 247:9185804€.

—Foi muito concorrida a recepção
no paço teal da Ajuda no dia do anni-
versaria natalício da sua alteza O prin-
cipe real,

Alm do muitas senhoras da aristo-
eracia, enchiam as salas do paço mui-
tas pessoas de diversas classes sociaes,
comó pares do reino, magistrados, titu-
larés; antigos deputados e grande nu-
merv de officiaes do exereito e’da ar-
niada,

=—Pattil no paquete «Moçambique»
à expedição Portugueza que vae oceu-
pando o paiz de Pasa, na Africa Oei-
demial, ) :

E composta de 4 intendentes, officia-
es do exercito, e d’um superintendente,
0 st Joaquim FAlmeida, antigo secre-
tario da provincia de Moçambique.

Diz-se quê a expedição marcha sem
materialde instalação, que deverá che-
Bar, prevavelmente d’aqui a dois me-
zes a, Mocambique; e accrescenta-se
que unicamente leva ordem para cada
intendente dispôr de 12 cypaios trope
de 2.º linha, sia qualidade de serventés,
mitlitos elementos com que contarão pa-
ta 0 cus de hostilidades. provaveis por
parte dos 100:000, homens de que dis-
põe o Gonguinhana. afeiçoado aos in-
glezes. –

Nada mais por hoje:

B.

Ed = rbietades E

PROCISSÃO DOS PASSOS

Teve logar no dia 21 do corrente mei
a procissão dos passos n’esta villa.

O trajecto foi o do costume. ;

Após o sermão do portorio pregado
pelo nosso bom amigo José Baptista
d’Aranjo, que não desmentiu os-seus
credito d’orador de primeira ordem,
sahiu a procissão da egreja matriz.

Na praça nova houve o sermão d’en-
contro. Foi orador o rev.º José Mathias,
orador bastante conhecido entre nós.
Ao recolhor da proeissão,. e na egre-
ja matriz, fezo reve.º Felizardo Váz Re-

que tambem gostamos,

Aphylarttionica Certaginefise abrilhan-
tou o acto com a sua presença, fazendo
ouvir lindas e vuriadas marchas.

Junto dos passos cantou os «motetos»
que; diga-se a vordade, foram bom exe:
cutados.

—— errar sro
REVISTA POPULAR
DE CONHECIMENTOS UTEIS
Recebemos o numero 95 que tem O
sêguinte:

SUMMARIO

Saerificios humanos. — A quaresma.
—-Lei do quadrado das distancias (LV)
—Lourenço Marques: v paiol da polvo-
tas A gotta. — O somno, das plan-
tas (1). — Festa Industrial. — Limpe-
za do cobre. — A electricidade na co-
zinha, — Combustão espontanca do fe-
no. — Limonada gazoza. — Limpeza
dos mostradores dos relogios. — O re-
veso da medalha. — Molho para baca-
lhau cozido ou assado. — Lacre fino.
—Conservação dos ovos, — A Brippe
dos gattos. — Contra as intermitentes.
— Comrosição de alguns fogos de ar
toficio, — Estatistica da loucura,

Redacção e administração
Rua de Rilhafolles, 46
mente
FORMOZINHO

Esteve entre nós o nosso bom amigo
Sebastião Barbosa Formosinho, empre
gado da casa Sousa Moráes, do Porto

O ALGARVIO

a visita d’este nosso collega, de Loulé
Pedimos a remessa.

bordão, ouvir o sermão do calyario de

Há dois nomeros que não resobemos |

EEE RES SO

 

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“O hommem

(Enagmunto)

 

E que é o homem? Uin ente tacio:
e livre. São a razão e à liberdade as
duas supremas leis da sua natureza,
Como ente racional, tem inteiligencia,
juizo consciencia. Como ente livre tem
vontade, Por conseguinte à, Sociedade,
pata ser justa, ha de respeitar a natuve-
za do homem, ha de corresponder com
grandes instituições a todas as suas
grandes faculdades. O pensamento do
homem deve encarnar-se na tribuna e
na imprensa; a sua conseicheia deve
ser inviolavel e respeitada; O seu quizo,
possuidor das noções do bem e do mal,
deve reflectir-se no juty; à sua Vontade
nos comicios, na associação livré; e es-
tas instituições todas, ás. quats elle
“tem direito, devem consagrar a dna
individualidade, tormosissimo – cúspide
da natureza, ultimo esforço da creação:
Qual é o homem mais perfeitamente
moral? O que disfructa toda a sua vida
com plena liberdade, : regulando-a pelos
dictames da sua razão, pela vox da sua
consciencia.
O homem que acceita o que não
julga justa, que faz o que não crê bom,

é immoral, e passa à vida como um so-|=

nho penoso. Qual é o homem mais per-
feitamenta social? O que pode produzir
e gosar a sua vida na suciedade. Tudo
quanto o hontem possa faser por si pro-
prio, deve fazel-o, sem abandonar núp-
ca a siã vontade é a sua ‘ consciencia,
a quem quer que seja. E esta é uma
lei da mais elevada moralidade; porque
o homem é o responsavel dé todas as
suas acções, e não sendo livre, não é
justo exigir-lhe responsabilidade. Portan-
to, o estado não deve pensar pelo ho-
mem, não deve absorver-lhe a vontade,
não deve cohibii-lhe o trabalho e as
iorças, não; pórque n’esse caso aniqui-
la-o; o estado deve limitar a sua acção
a realisar o direito, à dar seguranças
de que o direito de qualquer cidadão
nunca seja violado por todos; hem o de
todos pelo de um só, como tantas vozes
tem acontecido nas historias das revo-
luções. O estado é simplesmente à effe-
ctividade do direito.

Existem muitos individuos na nature-
za, porém sem consciencia da sita indi
vidualidade: Só o homem, só elle, póde
arrogantemente dizer: «Eú sou.» So o
homem, só elle, tem a consciencia de
si; e o conhecimento da súa força. O
homem é um ente livre, uma entidaide;
mas à lei da sua individualidade, o at-
tributo do seu ser, é o direito. Mas,
dir-nós-hão: não réconheceis o dever?
Sim, mil vezes o reconhecemos. O de-
ver é reconhecimento do direitó numa
pessoa distincta de nós. O dever € a li-
mitação que. a libetidade imdiyidual en-
contra na hberdade dos nossos seie-
lhantea. +

Assim como são impencettaveis os tor-
pos, assim o direito de cada um é sa-
grado, e todos » devem acatar. A na-
nemra que o direito cresce, cresce o de-
ver; porque assim como a anctoridade
e a razão são duas palavras de idêntico
sentido, assim o direito e o dever são
dois termos de uma êquasãó tnatheiiia-
tica; |

(Trad: dó hesp:)
F. À. pé Murros

CORREIO DO PARÁ

Belem 20 de Fevereiro de 1890

Continua Sendo o thema das tonver-
sações a questão Anglo-Luzo:

LITERATURA |

CERTAGINENSE

O que o governo terá feito?

mplesmente da Monarchia?

conta dos seus actos?

: ges?
tugnezes:

A LORD 8

Lord Bretão: Na cruz do seú

E, um terrivel olhat no rosto
Fulmmava da cruz à baixeza

Cuja tunica douro ias herdar

A Inglaterra sublime, a Ingla

ou os patriotas que Ibe querem tomar

Não quererá ella que os seus actós
sejam conhecidos do povo rodeando-os
da escuridão para mais facilmente pol

der tramar contra a felecidade dos Por-jay, vem publicada uma poesia do, sr.

Quer proceda de uma ou outra ma-

Arrastar-se a gutir para lamber-te as mãos,

neir a, as contas hão-de ser-lhe tomadas] Pedrozo Barata dos Reis, Rufino Victo-

Terá cuidado dadefeza nacional onfrigorosamente.

-—Segue ho vapor Americano «cAd-

1 Terá deportado os inimigos da patriajVanses no dio 22 pará Pernanbuco; pa-

rã ahi tomar outro paquete, (que não
seja inglez) para Lisboa, o nosso amigo
e conterranco José Domingues Antu-
nes a quem desejamos tima feliz via-
gem: f

—-=No DIARIO DE | NOTICIAS de
João Saraiva a Lord Salisbury e que
transerévo:

ALISBURT

CAPITÃO DE PIRATAS

calvario mgloro

Estrebuchava a Patria, âo riao dos Judeos

marihúreo
dos teits!

“Ta julgaste insultar um moribundo ckangus

talvez…

Mas a Patria torcendo os sens membros em sangue
Despregon-se da ctuz para cuspir-te: Ínglez !

Patria ! Se a mfantia vil dos piratas Inglezes,
Raça immunda de cães; té quiz matichar de lodo
Minha Patria o chicóte é quanto basta ás vezes
Para afundar na sombra a mantilha, de todo!
“Que o desprezo lhe cuspa a fronte sobranceira
E, has de vela, perdendo os arremeços vãos,

terra altaneira

APR

o otosdimad—o

QUELIMANE

Bis a parte principal da representa

da qual se refere o nosso correspondem
te de Lisboa:

Senhor! Toda a grande massa da po-
pulação que habita as duas margens de

hire, ao sul da região das cataratas à
Magangeira, sendo: todos mais ou me-
nos apazentados; e os maganjeiros são
e foram sempre subditos portagucies.
Todas estas terras, as do actual Massin-
giree as de além Rito, formavam o
antigo prazo —Massingire —pertencente
ao subcdito de vossa ntagestade, Marian-
no Vaz dos Anjos, vulgo —o Matigui-
nha. — Vivendo ainda este, deixou Li-
vingstone em Tete, em casa do portd-
guez Juão de Jesus de Muria, cincoen-
ta O quatro pretos de raça Luina, à
que elle falsamento chamava Makololos.
Estes retos foram mandados por Jsio
de Jesus, de acordo com o ffovernador
de Tete, para a região das cataratas do
Chire, e, não se dando ali bem, por o
paiz não ser povoado, desceram, vindo
estab alecer-se entre os maganjeiros, so-
bre os quaes tomaram predominio, pos

de Marianno Vaz dos Anjos, ficande
qua.si abandonadas as terras do Massit
gire, foram aque les estendendo o” ser

áquem Ruo e do outro (hargem direi

Samocene.

Quando a expedição Serpa Pinto s
dirigia ao Nyassa, pelo Chive,
ca por essa tefite sem motivo algum,
quarenta Kilometros dentro do actual
praso Massingirê, sendo-lhe intimado
pelo regulo Melaure, que os portugue

Izes não podiam passar pelo Chire. Isto
Jdeu origem à recente decilpação portit-

gueza, um dos brilhantes feitos do do
nodado niujor Serpa Pinto. Toda a ra-
zão oa jústiça estava e está do nosso
lado, é “0 que se fez foi tim dever que
não se podia addint. A população inh-
ganjuita, Já antes, é niniito; d’este bri-
lhaiite feito dn intrepido major Serpa
Pinto, pedia à protecção do gavbrmo
portugues contra os cognominados ma-
kalos; e como toda. aquella população

Todos perguntam o que ha, sem que
ninguem responda ao certo o que há.

“a retirada das fercas t

se uniu á expedição Serpa Pinto, com
mtictoridades

ção que os portuguezes residentes em
Quelimane dirigiram a clíei é ácerca

portúguezas, vaé ficar exposta às eruéis
vinganças d’essa rassa, conhecida por
makololos. Senhor! Em rapidos traços
demonstram os Abaixo assignados, quan-
to é portugues todo o Chire, é cenven-
cera-se que não haverá nação alguma,
que, de boa fé, conteste ‘á nação portu-
gueza o dominio é posse indiscutível
em todo o Chire, é em toda a alta e

na da Matta, Jo sé Victorino da Silva

Grande serração a vapor
OFFICINAS DE, CANTEIRO fi
CULPIURA EM PEDRA

DE

Andre Domingos Gonçalves
232, Rua Saraiva de Carvalho 240
LISBOA…

Cerca de Santo Antonio—EXTREMOZ
Esta Casa, proprietária dos afamados
marmores das pedreitas da cérca dé
Santo Antonio de Extremoz, previne
Os seus fregitezes dé que; devidamente
fórnedida d’aquelles famosos marmores

“Ique rivallisam’com os deltalia, se encar:
irega da tonstrueção de jazigos de fór-

matô de capelta oú de qialquerdeze:
nho qué lhes exija.

Fornece umbrtiras, vergas, forro la-
geado, fogões, xadrez para própriedades
e toda e qualquer obra pertencente &
sua arte, Mr preços sem toinpetencia-
ém tazão do grande material que possue:

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Coltos modernos

Publicação quinzenal em volumes de 48
paginas.

Cada volume, por assignatura,” em
a de luxo; 50 réis— Avulso, 60 reis.

1.º numeio sahiu nó 1.º de janeiro
de 1890, e assim sairiô hos dias 1 é
15 de cada mez.

O 1.º volume contem, entre outros,
os seguintes contos: O MAIS POBRE
original portuguéz;: OS TRES VESTI-
DOS, de Catulle Mendés; O PAE IN:

tugueza,

gal, que vê todos às dias

baixa Zambeze e em toda a região dos
Lagos. Se convencidos d’esta verdade,
aos abaixo assignados : repugna o facto
de sé mandar retitar n força armada
e auctoridades portugnezas de todo o
Chire, não terá vóssi magestade que
estranhar que os abaixo assignados,
subditos ticta da fidollisstma hação por-
protestém solemnemente, e
com toda energia do sem patriotismo
portuguez, contra a deliberação tema-
da pelo goverto de vossa magestado,
em mandar retirar de todo o Ohire as
forças que ali mtuntecnt a ordem e as
auctoridades portuguezas, que com o
seu prestigio são esteio dos habitantes;
e isto com grande prejuizo do coninmer-
cio a desenvolmento agricola do distri-
cto de Quelimane e de teda a Zambe-
ze; € pára Re do nobre Portu-

e ainda hon-
tem, os Habitantes dé toda à fegião a

ser raça superior à d’estes.—Por morte

dominio para o sul, dum lado, para
ta), trinta kilometros pelo praso Massin-

gire dentro, até defronte da povoação
do capitão d’esse praso; o ltdigena

foi ataca:

espontaneunente prestarem vVassallagem
à corãa portngucia. Senhor!, A vossa
magestade, que presidé aos destinos da
nação portugucia, caberá à gloria subi-
da de revogar a decisão do vosso gio-
verno, attendendo 4 exposição suecinta
dos factos feita pelos [vossos subditos;
ou pedará o facto de entregar uma
parte do territorio portúguez a uma
nação que nenhum direito tem a esse
territorio. — Aos abaixo assignados rés:
ta-lhes 6 recurso do protesto solene,

CÓGNITO, de René Naizóroy; O CO:
PO D’AGUA, d’Armand Silvestre.
Cada volmê cústará pôr asiganturas
DO reis, tanto em Lisboa tomo das pro
vincias. A assigantura entende-se por
séries de 12 números de 48 paginas
nitida é luxuosa. Cada série de 12 nu-
meros formará um elegante volume;
sendo assim publicados 2 volumes por
atind: ES

Não 4é expedem as animar “qua
não sejam acompanhadas das respecti-
vas importancins Acteitam-se propostas
pára correspondentes, à quein à empre:
za vfferece 20 p. c. e um exemplar
gratis sendo o nunéro d’assignaturas
súperior à 8.
. Para a provinciá, à assignatura é
feita ás sériés de 12 volumes pelo custo
de UOO reis que serão remettidos ao edi:
tor do—Recreid==

=JOÃO ROMANO TORRES

93 3º Rua do Diario dé Noticias 93

cr Miabos

Movo descobrimento
Brilhantiná sém eguil

q Este sem rival producto, tem por ad

ão, evitar toda a sujidade occasionada-

pelas moscas, em todos os objectos qué
seja liiipos tom elle:

6 vossa magestado:

so dominio.

dos Santos “Pavarês,
Silva! José Pires Lopes, Antânio Hen
rigite das Neves, João Nimes Taváres-

Silva, José 3aptista dA

Teotomo Kibepsa

ra respeitosamente, dépõem nas mãos

Como sé vê n’estd representação, tão
patriotitamerite redigida, inditansg fa-
ctos até aqui ainda não apresentados,
6 que mais aceituam é justificam U hos-

Estiveram n’esta villa, dnarto a atadas
na finda, os sr.* Dr: Frantisco Martins da Eis
uno, Daniel
João Nemesio dz

PV Andrade, Teotonio

Serve pará limpar toda à qualidade
de metaes, ouro; prata; Yikel, cobre,
latão dourado e prateado; crystass é
pinturas; madeiras brancas, eté;y Ete,
Indispeiisavel para o aééio das tasas
Tambem sé reconimenda dos donos de
Garruagens, para polir ds arreios e gua?
ninições dos cavalos:

Pot tada lilo: ;

‘ SAS a Maga À vi 300 réis:
Vende-se no estabelecimento de |
ANTONIO PIRES FRANCO
Rrado Valle—Cortã.

TRIGO E CÊNTEIO
vendo-se ao mindo é por junto
CERTÃ,

João Joaquim Branco Branco

 

 

@@@ 1 @@@

 

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e chi são livres para empregarem a sua activulade taboriosa no trabátho quê mais tie comie-
nha não contrahindo nenhuma divida pe os bereficios recebidos.
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Construcção de coftes à prova de fogo
Consirnccão de caldeiras

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de metal licas em Sunto qmaro, encarrega-se da fabricação, fundição, colf ocação, tanto ent
ashon.e seus arredores cemo nas provin dl tramar, ilhas, ou mo estrangeiro, de qualquer
iabras de ferro ou madeira. pura construcções civis, mechanicas ow maritimas, % 4
Lo q ceeita portanto encâmmendas fura o fornecimento de traba lhos em que preilominem estes O
muleriaes, taes comb; telhados vigamentos, cupias, escadas, turandas, machinas a vapor é )
isuas caldeiras, depositos para aqui, bombas, veios e hodas pari transmissão, barcos movidos:
“vapor completos, estufas de ferro e vidro” construcção de cof. ts à prova de fogo, ete,

Para à funtlição de colinas, cimos e vigus tem estubelecido preços dos mais resumidos
tendo sempre em deposito grandes quantidades de tamos de todús as dimenções.
| Pora facititar a entrega das peqrenas encomendas de funilição tem a Empreza um depo”

O proprietario d’este estabelecimento acaba de adequerir ha sita ultims viá em
ao estrangeiro o excluzivo de venda em Portugal, do pó Dezemetust nte € nt
inerustante para aguas calcarcas-salobras € aguas do luar: evitando ter de pm

ealdemnas é a io-maço da cresta que a: d tuvra

sito na rua Vasco da Gamma, 19 é 21 ao q terro; onde se encontram amostras -e padrões des |
“arades, ornatos e em rgeal 0 necessiirio pura as consrucções civis, otide sé tomam quaesquer 4
encommendos de fundição. * y
Toda a core &jondencia deve ser dirigida 4 EMPREZA INDU STRI4k PRO |
LUGUEZA, pusto Amaro, Lisboa: y 4