Certaginense nº17 30-01-1890

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Semestre.
(Trimestre…

| ANKO

proprietario. M. Grillo

Editor responsavel=-A. Pires Franco

 

 

ASSIGNATURA)

8 14200 ; Y
; “300 Quintasfeira

 

 

4 PUBLICAÇÕES ..
No corpo do jornal, cada; linha ou espaço

RR á de-linhases » essa o
30 de Janeiro

Annuncios, eada linha ou espaço de linha 40

NUMERO 17

dos pda vão + AB NIPÉIA!

=

a Repetições, cada linha ou espaço de linha 20 »
Numero avulso .. SAAE 40) de 1890. aoirnélbs Permanentes preço convencional.
Brasil, annO::. + ; PTS E ed ; Os srs. assignantes term o abatimento de 25 p. c, vs
Aricanannors. + fo. csberass sro ricos oco ia ROO “Toda a correspondencia dirigida à administração e
a ) ‘

 

 

CERTÁ’

O NOSSO DESFORÇO

 

Os ultimos acontecimentos anglo-por
tugnezes, nascidos do infamissimo proce-
der da Inglaterra, vieram acordar é nos-
“sy povo e fazel-o reviver para à lucta.
E, essa lucta aberta, ha de manter, dho-
je-em diante, no pé em que a mantive.
mos outr’ora, à rossa autonomia espesi-
nhada de ha seculos para cá:

D’esses acontecimentos derivou, fa-
talmente, a quéda absoluta do dominio
inglez sobre Portugal, dominio que so

– revellou sempre em todos os tratados
7 Paquelle governo com o nosso e, muito
principalmente, no medo com que az ul-
timas decantadas notas diplomaticas fo-
ram redirigidas e lhe foram dirigidas.

No seculo passado, o conde d’Ociras,
depois marquez de Pombal, o grande,
o unico homem ‘d’estado deste paiz, res-
pondia aínda coma maxima «altivez à

“qualquer insulto ou prepotencia estran-
geira, obrigando a respectiva potencia
a engulir o enxovalho que nos dwigia.

Mas esse vulto illústro, esse grande
vulto que não vergava nunca o sew or-
gulho patrio, deixou após si, paro des.

“graça nossa, uns nomes, mais ow menos
içados aos pincaros da fama, que, per-
tencem a nullidades estadisticas farda-
das, d’espeques do poder.

Porém, a questão Serpa Pinto-Salis-|
bury abriu uma estrada nova á rotina|

“da integridade portugueza, é hoje póde-
se dizer, com o testemunho do povo in-
teiro, que as nosso relações com os pirar
tas da Gran-Bretanha estão irremedia-
velmente cortadas.

E nem podia deixar de ser assim.
Era tempo que o paiz se erguesse em
massa para quebrar essas relações que
nos teem humilhado, que nos teem rou-
bado tudo que tinhamos de melhor nos
florões da bandeira que nos pertence,
nas paginas da historia que nós fomos
os Primeiros! a eserever,

E

«iiglaterra e Postigal não são dois
alliados, são dois inimigos terríveis. E
êaga inimisade é tão cyaica; tão immim
da,da parte dos inglezes, como justissi-
tia da nossa parte por ser, afinal, o pre:
mid’de tantas humilhações sofíridas, e de
tantos sacrifícios calados, de tantos rou-
“bos sem punição.

 

: Que a Europa, que o mundo não te-
nha que nos alceunhar de transigentes.
Cortâmos a alliança com o paiz córsa-
to, bradembllo bem alto quê é esta a
expressão da nossa – consciencia, e man-
tenhamos aaflirmativa d’esse brado que
aos olhós de todas’as nações dignas nos
ha, de valer uma figura heroica, erguida
Dor entre ps escolhos de mil afivontas,

avós.

ligítimo. Dil-o o coração de todos quan-

.|tos possuem o bom senso do amor pa-

trio desapaixonado de côres políticas.
E ahi está o commercio todo a confir-
mar essa verdade, a engrandecer, a imo
pôr, essa resolução patriotica.
Lisongcemo-nos. A escrava volta a
ser senhora. A alliança anglo-portugue-

tentado «vil, cobarde, infamissimo, “da
bacchica negreira.

Sejamos, pois, d’ora avante, um po-
vo exigente do respeito que as nações
se devem mutuamente.

Se temos que avançar ainda muitos
passos no caminho do progresso, se te-
mos que ser fories para sermos respei-
tados, ahi es ão sete milhões de portu-

luctar. ; ;

Depois não vem longe, eremol-o, a
união dos povos latinos.

A França, a Hespanha, a Italia, hão
de comnosco pugnar pelo bem: com-
mum, e, então, fortes perante os fortes,
justos perante 05 justos, altivos perante
os insolentes, teremas a certesa absoluta
da nossa integridade que, ainda assim,
defendemos hoje, despidos de forças ma-
terines mas conraçados do amor que
votamos ao nosso honrado nome de por-
tuguezes.

Fernando Mendes
nani
A INFLUENCIA

Já grassa com bastante intencidade
esta epedemia, entre nós.

: Por todo o concelho se acha espa-
lhada.

Na freguezia da Varzea, com espe-
cialidade, ha casas em que se encon-
tram atacadas 6 e Tpessoas, o

Desejamos bastante não recêier a vi-
sita de 8. ex.? pois se torna bastante
incomoda.

 

oqsiitod=—o———
DR. JOSÉ OSOLIO ”

Este nosso assignante e destincto ju
risconsulto, 14 não vae para à comarca
da Praia da Vietoria, para onde ha pou-
co tinha sido despachado Juiz de Direi-
to, ; ”
S ex.* foi nomeado vagal do Tribu-
nai Administractivo da Guarda.

Felicitamos s. ex.?.
re pe parem

TRANSFERENCIA

Foi tranferido d’esta comarca, para
Ovar o escrivão de fazenda sr. Alberto
Carlos Preire d’Oliveira. :

Estimamos: deveras esta transferen-
cia, para ver se acabam as arbritrario-
dades que se estavam praticando na’re-
partição de que era chefe, táes como a
do lançamen o-da decima de juros,: etc.
Damos, pois, 03 parabens aos Certagi-

 

nenses.

a proteger, denodada, os loiros dos seus

Queimar essa aliança é um desfôrço

za desfea-se para sempre, perante o at-

gitozes dispostos a trabalhar, dispostos a!

 

OS NOSSOS PARABENS

Fez no dia 27 do corrente 23 annos,
a ex.” spa D. Josefa Pinza y Mendes,
senhora de elevadas virtudes e (assás
inteligente, esposa do nosso querido
âmigo, o ilustre escriptor e nosso col-

Mendes, cujos escriptos sempre esmera-
dos, os leitorés têm tido oceasião de apre-
ciar por muitas vezes. y
Desejamos 4 illnstre senhora e a seu
esposo todas as feLcidades de que são
merecedores, ;
Reiteramos os nossos sinceros embo-
ias.

 

ope Brd o
LOUCO?

 

Ha dias, no logar da Crestaira, um
pobre lonco, depuis de se ter deitado, as-
sim como toda a familia, levantou-se é
pegando nun filho de dois annos pre-
eipitou-o da janela para a rua. Seguida-
mente, vem á rua, e tomando a infeliz
Sreançanos braços, comoçoú novamente

a barer-lhe com a cabeça pelas pare-|

des, esmigalhando-lhe o craneo e partin-
do-lhe as pernas e vs bragos,

Depois de praticada tão ‘pérfida ac-
ção, começou a gritar que lhe acudissem,
que tinha matado o filho, Aos gritos d?
este louco acudiram os visinhos que o
encontraram acariciandoo e a quem
contou o desgraçado successo.

Será loncura on malvadez?

Estamos cortos que foi loucura, pois
parece incrivel que num momento luci-
do, haja homens que sejam ca pazes de
dar a morte, tão barbarumente, a um l-
ho, de quem cra amississino, segundo
dizem os visinhoa. !

Se, porem, foi malvadez caia todo o
rigor, da justiça sobre, essa fera, aqu
mata um filho, de dois anuos, na ocea-
sião em que elle dormia. Ce

O auetor do erime, de nome Joaquim
dos Santos, váe ser enviado para um
hospital de alienados, para, ali, se pro-
ceder a mais rigoroso exame; afim de se
aviriguar se está no gozo de todas ás
suas faculdades intelectuaes.

 

As Iastituiço es

Recebemos a vesita d’este nosso bem
redigido collega d’ Almada.

O N.º de 16 de janeiro tráz o. retra-
to co distincto parlamentar Mariano Cy-
rio de Carvalho, acompanhado duma
biogtaphia, onde se põem bem em rele-
vo ás qualidades do grande estadista.

CT NO TES Ata ro
Alborto David

Este nosso amigo e distineto escri-
ptor, pedemos -a tneza de declararmos
que . a correspondencia de Pedrogam
Grande, não é sua. ; à

Com a maxima boa vontade acede-
mos aos: doscjos de sua ex? Aquella
correspondencia foi-nos enviada por um
cavalheiro que; muito. respeitamos e o.
seu auctor está actualmente! em Pedro-
gam Grande, y

Julgâmos tor satisfeito os desejos de
s. ex.º declarando não lhe ‘pertêncer
a paternidade de tal correspondencia.

 

 

cga mesta redacção, o.sr. Fernando|.

A GRANDE SUBSCRIPÇÃO “»
= NACIONAL o
Recebemos da commissão dos aspiran-

tes de marinha, a seguinte carta: —

Os aspirantes de marinha, – reconhe-
cendo a necessidade de provocar uma
manifestação efficaz do patriotismo por-
tuguez, resolveram promover uma subs-
cripção nacional; cujo producto “será
applicado à compra de um navio do guer-
ra, que se chamará «VIRIATO». o, –
A marinha de guerra potngueza’ pre-
cisa de um engrandecimento que os ul-
timos factos tornaram urgentes; e & por
isso que os aspirantes de marinha appel-
lam para toda a nação, esperando que
ella adhira enthusiasticamente 4 sua idéa.
Pedem pois à v. que, como redáctor
do jornal «O CERTAGINENSE»; lhés
preste O seu valioso serviço abrmdo nas
columnas do seu mui lido jornal a subs-

eripção mencionada, E Fa
Escola Naval, 15 de janeiro de 1890

A Comissão ExECurIVA

Com à maior satisfação acedemos aós
seus nobres é patrioticos desejo, é des-
de já fica aberta nã redacção d’este jor-
nal a subscripção para à compra do
«VERIATO». DI RAR ES o É

Administrador do «OERTAGI-. -4s
NENSE» (J. M. Grillo). …… 15500

“Quadro typographico, do mes»

 

mo jornal (um dia de vencimen- “7
LO) RACER Ae Ed o reta sara a

opinioes Croraia e dt A (opere teta AGRADO

* r

Para dar maior. desenvolvimento, &
grande subscripção nacional, reuniram-se

na reducção Veste jornal.com o fim “de

promoverem um bando . precatorio para
se angariar uma quantia rasuavel, para
mostrarem que ‘os Certaginenses” ainda
teem amor patrio e que no seu peito ain-
da existe ro valor de que eram dotados
seus antepassados, os sr. Francisco’: Pi

 

res Franco, Antonio Eugenio-do Qárva-‘

lho Leitão, José Marques Nunes da Cos-
ta, que se, constituiram em commissão
com o administrador d’este jornal.

 

Âç

Tomaram as resoluções convenientes,

accordando em que deviam péreorrer

não só toda esta villa mas tambem al-

gumas localidades siveunvesinhas, é
mais distantes: enviará cartas, “devedin-
do o seu producto pela “grande subscrip-
ção nacional, e pela dos aspirantes.

Avante, portuguezes, – colliguemonos
todos para dirigirmos uma “guerra “ da
morte aos malditos espoliadores, a essa
sucia de piratas,

Tudo pela patria.

— oem IAC Tao
FESTA DE S. SEBASTIÃO

“Celebrow-se noídia 20′ do -corrento,’
n’esta villa, a festa do martyr São Sebas

tião, :
De tarde compareceu, cxpontanca,
mente, a phylarmonica, que” executou

varias peças, não obstanto estarem do-

entes alguns dos seus membros.

 

> Tâmbem compareceu muito povo que,
de tarde, dançou alegremente.

FA ARalegremente.

 

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CORREIO DE LISBOA

CHRORICA

Coméço por advertir ao leitor que 10
artigo editorial do numero passado, «
16, leia «bebedos», em lugar de bebe
dores que lá vem na ultima linha d
primeiro período, e que não ia no origi
nal. Faço a advertencia, porque os ter-
mos fazem sua diferença relativa, syno-
nimica. E” que um homem póde ser be
bedor, sem por isso ser bebedo. Ora o:
inglezes não são só bebedores, são algu
ma coisa mais baixa e mais triste do que
isso — são Dbebedos, e bebedos porquis-
simos!

Aquilo é uma caterva de bandidos
pulhas, «sem .é neut lei peor que o
chacaes» como dizia o pocta.

Uma ilha habitada por uma cohorte de
corsarios negreiros, que ha muito deve-

ido exproprio pela Europa, pa-
dade publica.

Onde vem -puzeram interesses de
conventiculos», o leitor tenha a bondade
de ler «puzerem», o que faz sentido
diverso. Onde vem «perceitua», leia-se
«preceitha». Onde se lê-— «Alca jacta
est», Iciu-se: Alca jacta est». Finalmen-
te, onde se lê «geração de catões», de-
ve ler-se «geração de Caties», o que
tambem faz sua dificrença, porque como
está escripto, no artigo de fundo, parece
que «catão» é um substantivo commum
ou apellativo, quando é simplesmente
um substantivo proprio pluralisado.

Desculpem-me estas minundencias que
aliás se tornam indispensaveis para a
boa comprehensão do texto. Depois a
crítica parvoa dos insignificantes poderia
Julgar que não sabemos escrever em
bom portuguez, quando a verdade 6 que
o que nós não sabemos é quando nos ha
de sair a sorte grande. Passamos em
claro ontros êrros que são devidos à
caixa, e mais nada. A antilligencia do
leitor facilmente as corrigirá.

O conflicto com a Inglaterra conser-
va-se ainda no mesmo pé. Ignora-se por
ora o que fará o novo gabinete, ou an-

 

 

 

tes, como resolverá elle esta importante;

pendencia que põe o paiz na mais de-
ploravel das situações, ante wma paten-
cia da estatura da Gra-Bertanha. Se o
governo que acaba de ascender às ca-
deiras do poder der uma sclução honro-
sa, terá as sympatbias pubhcas; se fizer
o contrario, verá onde vae parar. Espe-
remos e não precipitemos, para evitar
futuras recriminações.

Um dos primeiros e mais importantes
passos que o novo ministerio tem a dar
é buscar desde já wm . alliança com a
França, nação irmã mais velha e amiga
potencia de primeira ordem, que nos po-
rá desde logo a salvo dos assaltos da
quadrilha britauica. Depois com a Hes-
panha que é tambem nossa irmã e nos-
sa amiga, como acaba de mostrar com
as mais brilhantes manifestações em
nosso favor, acompanhando assim a pri-
meira nação do mundo, a nossa querida
irmã mais velha, a nossa adorada Fran-
ça, a França da seiencia, do progresso,
da civilisação, a patria de Victor Hugo,
de Voltaire, de Rousseau, de Diderat,
a patria do talento e da arte emfim!

E sobre o conflicto, hoje mais nada:
Ah!… esquecia-me uma coisa. Desde o
momento em que o commercio portu-
guez cortou as suas relações com a infa-
missina Inglaterra, desde que nas cvoi
sas mais insignificantes, o amor pa-
trio nos levou a adiar e a eliminar a
mais pequena coisa que nos recorde esse
paiz de ladrões, porque é que o «Club
Sertaginense» não substituin ainda à
palavra “club, que é ingleza, por gre-
mio ou outra equivalente? Senhores,
pelo amor de Deus risquem essa pala-
vra que nos enoja e revolta! Se não
querem pôr “sremio,, ponham qualquer
outra similhante, mas “elub,, nunca!
Façam o que quizerem, mas lembrem-
s2 que uma terra como a Sertã, que tem
tão gloricsas tradições, e que conta nm

 

 

seu seio filhos tão dedicados, tão aman-
tes da sua nação, deve odiar, deve ex-
ourgar tudo que lhe lembre a nação
villissina dos negreiros.

Sertanenses, abaixo tudo quanto, ain-
la que de longe, nos parega ou seja in-
alezisse. Ê

Mais uma lembrança. Quando, desde as
mais altas terras do nosso paiz, até 4 mais
humilde aldeia sertaneja, todos têem
telegraphado para a imprensa diaria da
capital, enviando o seu protesto,

[nossa querida villa da Sertã está ainda

silenciosa? Olhem que aqui por Lisboa
já se tem reparado nisso e os redacto-
res do SERTAGINENSE têm-se visto
em sérias colicas para explicar o caso.
Tuafim, façam o que quizerem, reparem.
sorém, que isso tom sido commentado
vonco favoravelmente. NÃo citsta, po
muito que um grupo de cavalheiros se
ceuna e redija mm telegrama de protes
to contra a pirataria da Grã-Bertanha,
adberindo ao mesmo tempo ao sentimen-
o de revolta que anima todos os portu-
guczes coptra a Inglaterra. Ainda 6
tempo, felizmente. Façam pois, 0 que
enteuderem.

Sertanenses, morram os inglezes! Vi-
va Portugal! Viva o heroico explorador
Berpa Pinto!

 

 

*

Uma outra lembrança, & que esta
não passe como uma importunidade.
Porque não se dá 4 uma das ritas da
Serti o nome de rua Serpa Pinto?
Era nma homenagem delicadissima é

 

|«ympatica áquelle valente oficial, uma

demonstração que seria fallada em todo
o paz, que nos ficaria olhando com
mais respeito e consideração, porque f-
cava sabendo que não somos un ageru-
pamento de carneiros, on de niiieren-
tes às grandes questões de interesse pas
trio. ;

O actual municipio sertanense é com-
posto de homens de reconhecido merito
e amor patrio, cavalheiros honrados

 

que uma simples, mas synipathica Jem-
brança que decerto aplaudirão.
Abi fica a ideia, façam délla o que
lhes parecer.
y *

* Em Italia a fome cada vox 6 maior.
O estado Paquelta infeliz nacionalidade
agrava-se de dia para dia. Ainiva-me
mesmo de que aquilo por lá não tenha
dado um estoiro formidavel. Não póde
fazer-se esperar, decerto. Óra vejum «
que diz um, telegranma de Roma, data-
do de 9, e que à fôrça de espantoso.
chega a parecer inverosimil.

O deputado Giovani Paldella acaba
de publicar nos jornaes Pesta cidade
uma carta, em que fas à cominovedora
deseripção da mizeria que reina em al-
gumas regiões de Italia.

Kis alguns trechos dessa enviar

«Quem, por aciso ou necessidade,
percorrer os campos. e tiver occasão de
assim viver em relações quotidiunas,
com os pobres operarios mirues, ve
que gran de extrema miseria essos des:
graçados desceram.

«Alguns promenores são taes que fa-
zem horror € não os contarci.

«Direi só que essas pobres gontes
teem tanta fome, que se lançam” como
esfaimados lobos aos mais miseraveis
alimentos, não escapando à sua famelica
verocidade nem cães, nem ratos, uGiu
animaes doentes!

«Em aiguns pontos, isso tem-se tor-
nado tão frequente, isto é, desgraçada-
mente, tão necessario, que os veterna-
ros, fazem enterrar; de noite, e muito
secretumente os animaes doentes,»

*

 

 

 

A tintlo a curiosidade:

gado abatido: no matadouro geral de
Lisboa, na semana finda em 15 do ecor-
rente?

) vêzes bovinas adultas; pesando

 

 

im
eb

CT) klogrpnas

que m’estas linhas não verão mais do

Querem ver qual foi o iiovimento: do|

CERTAGINENSE

157 vêzes Lovines adolescentes, Te

gando 12:449 Kilogramimas,
P: giram de direitos 9:2469810 réis.
Apre, que os lisboetas comem bem!
Assim não se morre 4 fôme, não. Pode-
mos luctar contra os Inglezes a comer

desta maneita-

x J

Um ratazana que tem escapado estes
dias aos bicos da minha penna, em ra
são de ter tido mais de que me oceupar,
é o celebre dancarino «Zotimo» Con:
siglier! Pedroso. Este typo, que funda-
ra os «DEBATES», dizendo que sim e
mais que tambem, e que frito e cosido
o assado, é tal e tal ete., levou aquelle
jornal, pela politica de aguas mornas
“que lhe imprimiu, a um estado deplora-
vel, a potto de ter de o passar a uma
companhia, que o pis a elle, Consiglie-
vi, à tratar de outras bombas é a dei-
xar-se de jornalista, e tratou de chamar
homens de cunho, jomalistas de pulso
part aquela redacção.

Escusado é dizer que os DEBATES,
que estavam mortos de todo, deram um
pulo enorme, espantoso, na tiragem, às:
sim que jornalistas vigorosos, talentosis-
simos e energicos passavam à escrevel-o.

Jim menos de dois mezes subin a sua
tiragem diaria a dôze mil exemplares! !

Hein? Ora vejám se eu tinha razão
quando fulutinava aquelle dançarino da
politica, sem convicções e sem energia.
E note-se que eu ainda lhe fazia a hon-
ra de o julgar incapaz de ser jornalista,
mas muito competente para ser um bom
professor de historia no Curso Superior
de Lettras. Pois senhores, o homem
acaba de dar a prova mais cloquente
que podia otferecer-nos da sna incompe-
tencia, publicando a 3.º edição do seu
compendio de «Historia Universab.
Inagiren: pôz no frontispício d’aquella
«que é revista pelos senhores Manoel
Ferreira Deusdado e &. de Vasconcel-
los Abreu».

JF! da gente morrer a tir!t

O sr, Deusdado é por toda a gente
considerado um pectante, um superficial
e um plagiario.

O sr, Vasconcellos Abreu é o homem
do sanskeito, «um sanskrito vivo», co-
mo graciosomente lhe chama o illistre
«sr. conde de Ficalho. E um idiota; di-
zem todos! Note-se agora que todo o
uundo julgava que o.sr. Consiglieri Pe-
droso era o primeiro professor de histo-
ci deste paiz. Depois Vaquillo tado,
saiu das nuvens. E até o sr. Pinheiro
Chagas nos disse, não ha muito, «que
aquele facto fôra a ultima machadada
que o sr. Consiglieri Pedroso dera na
sua reprtação de lente do Curso Supo-
Cmorinr de Lettras»t-— Palavias teéxinaes.

Ora clmche, sr. dançarhto politico.
Apanhe lá esse pião 4 ima,

O sr. Pinheiro Chagas disse muito
bem, disse a verdade, porque no tim de
‘contas o tal campendio de Historia
Universal», na parte que trata da idade
média, é simplesmente um plagiato réles
de historia universal de Duruy, e para
faltar a verdade até muito mal traduzi-
dos

Ora vejam os senhores,
livro d’estes que eu hei de ensinar his-
toria universal aos meus discipulos! Se
eu fôsse Ighorante m’essa sciencia, de-
pois do ecompendio do st Consiglieri
ainda ficava peor. Estava arranjado da
minha vida! :

Mas para que é ecenpar-mo tais dis:
so, se o sr. Pinheiro Chagas já difiniu o
sr, Consiglieri, e o sr, Theophilo Braga

 

 

 

 

e é por um

 

 

 

ra dos compendios dos Dorias e dos
Botolhos!
Muitos bem dito.

*

Por fim, leitor amigo, iniciaos hoje,
eu e o meu collega Martiú Feyo, uma
enovação no final das chronicas: Os nos-

 

iurmosas leitoras terão um sorriso,

já disse que o compendio estava à altu-|

sos presados leitores terão d’aqui pór|,
(diante uím remedio, e as nossas gentis e).

a meme

– Querem? Não se façam rogados.
Então lá vae:
Pana ADOPTAR E PARA RIB

O meio mais engenhoso e que nenhum
perigo offerece para a destruição dos
ratos é o de cortar em pequenas tiras
pedaços de esponja frita em azeite ou

|sebo, tendo o cuidado de não as deixar

queimar. À avidez dos ratos para as
gorduras (avidez que n’este caso muitô
se paxéce com a dos ingleze) fazem-nos
ingerir aquelles pedaços, que, no esto”
mago dos temiveis roedores, entre dé
lhes absorver os suecos, matando-os à
breve trecho.

*
Petraréa conta que em certa occasião
perguntou uni mércador a um marinhei-
ro:
—Onde morreu teu pae?
—No mar, respondeu 0 marinheiro.
—B teu avô?
—No mar.
—E teu visavô?
—No mar:
—Desgraçado!-—exclama à mercador.
E não té bastam esses exemplos? Ainda
ousas embarcar?
Calou-se o marinheiro; e depois de al-
guns momentos de reflexão, perguntou:
—Qnde morreu teu pae?
—Na cama.
—E teu avô?
—Na cama.
—E tou visavõ?
—Na cama.
—Ah! miseravel — exclama o mari-
nheiro— e não te bastam esses exem-
plos? Ainda tens vontade de deitar-te
mella todas as noites?
Lisboa—janeiro, 26.

“imiuel Gelh
TT Tee

PATRIOTISMO ,
Alguns amadores, tencionam dar di-
versas recitas, revertendo o seu produ-
cto a favor da grande subscripção na-
cional.
Patriotico e louvavel.
Ha porem grande dificuldade em a-
rranjar casa, visto não estar ainda cons-
truido o nosso theatro.

ELITE

Estão influenciados os srs. dr. Gui–
iherme Nunes Marinha, Francisco Pires
Franco, Ernesto Marinha, Joaquim F’ran-
cisco, Antonio Francisco, e Joaquim
Martins Grillo, é as ex.mis gr. D. Ma-
vinOlimpia de Sande Marinha, e D.
Verginia deSande Marinha:

*

 

 

 

 

 

Estiveram nºesta villa durante a sê:
mama finda os srs. Daniel dos Santos
Tavares, Abilio Correia da Silva Mar-
cal, José Victorino da Silva, José Joa-
quim Nunes da Silva, de Sernache, e
Bernardino ILaia Franco, de Sobreira
Formosa.
*

Regressaram de Coimbra os sr.* Acea
cio de Sande Marinha, desta -Villa-
Abilio Correia da Silva Marçal, de Serj
jnache; e de Santarem o st. Antonio Mar-
tins da Silva. S. ex.ºº veem fugindo 4-
influencia, mas inflizmente tambem já

FACECIAS |

Quem me déxa, meu leitor,

O cantar-lhe as cinglezadas»
Que córrem desenfreadas

Na «Lisbia», sem um revez.
Mas não posso, então que quer?
Fujo de taes peripecias…

Só lembrar-me das «facecias»
Jú me sinto um pouco cinglez».

 

 

 

 

 

Ravi

 

IRES

 

 

 

 

a Ás ida

 

 

n
1

E a

 

@@@ 1 @@@

 

CERTAGINENSE

 

CORREIO DO PARÁ

ao Y ,:

 

Estados Unidos do Brazil.
Pará 20 de Novembro de 89

No dia 19 quando o comboio da Es-
trada de Ferro de Briganta partirá da
estação do Marco de Legua, caiit do
pontão á linha um soldado do corpo
Provisorio de Linha que fasia 0 policia-
mento n’essa local.

Tomo ‘d comboio já se achavi em mo-
Yimento, o soldado só teve tempo de se
agarrar ao estribo de uina das carrua-

gens sendo arrastado a alguma distancia.

Ficon muito contundido.
—Foi absolvido pelo Jury da Capital

da Republica, por 8 votos, 6 reo Adrian
Valle que attenton contra à vida do exe,

Imperador. E
—No dia26 Naa lugar na capita!
d’este listado as solémnes êxequias que
a Colonia. Portugueza pramoveo à me-
moria do Rei D. Luiz 1.º. Bis a descri
ção do acto, transcripta do «Liberal d
Pará»: À

«A colonia portugueza residente n’esta
capital, sempre grandiosa em suas ma-
nifestações de patrintismo, soube condi-
gnamento rendor as ultimas homenagem
ae. seu monarcha idolatrado.

Precedia de vesperas funebres, —
com njstrúmentação do fosso prnteado
maestro Gujão,—teve logar hentem,
igreija de Santo Alexandre, a missa de
«requicm» de O. Raffaelo, que aquella
colonia mandou celebrar em subiragio
da alna de D. Luiz 1, de saudosissima
memoria. :

O templo grave, e magestosamente
enlutado, apresentavã o aspecto sever
da solemnidade do acto: Achavá-se ht-
teralmente cheio das mais distinictas se-
nhoras e dos cidadãos mais altamente
collocados da nossa sociedade.

Destacávi-sê fió centro o sitinptuoso
catafalco que, coberto de corãas mor-
uarias, erguia-se até a nave, onde em
lettras douradas viam-se as iniciacs de
humanitario soberano.

 

 

As oito columnas que sustentavam a|

abobada do catafalco, eram ornadas de
grinaldas de perpetnas e rosas, cingin-
do a corda portugueza coberta de crepe
as qaues traziam fitas roxas com às se
guintes dedicatorias;—Os donréns
neto do rei soldado.—Os filhos dp
garve ao herdeiro do infante D. Henri-
que.—Os alentejanos ao descendente do
heróe de Ouriqne e do Salado.-Os bei-
rões ao sucessor de Veriato e de Serto-
rio.—Os tramontanos do Pará «6 duque

 

de Bragança. —Os minhotos de Belem!

ao seu querido conde de Bareellos:—Os
portuguezes d’Africa Íntlia é Ocetania
& patria em hito: :

Os filhos da extremadura ao seu bon-
doso conterranco.

Salientavainise ainda as grinaldas of
ferecidas pelo, gabinete Portugucz de
Leitura, pela Renk Sociedade Portugues
za Beneficento e pela colônia portngue-
za do Pará, toi os seguintes dizeres:
— Flores, vellailhe o derradeiro somo.
—Tomasts o amor da patria por devisa,
por senha Portngal.— À saudora antino-
ria de 8. M. Fidelicina.

Do lado do evangelho, em letras de
ouro, sobre fundo n estavam a le
genda da ensa de T nica—Antes de
nós vos-—a dos navegedores portngue-
zos— Talent de biem fiire,— e as pala-
uras de S. M. a Rainha. D. Maria Pia
ão seu eztremecido esposo Admiro as
tuas grandes qualidades é sublimes vir-
tudes—1889. :

Do lado oposto, em letras tambem de
ouro em fundo negro as séguintos pata-
vras:

Creação dos albergues noturnos—
1881, recordando a magnanemidade dó
rei para com os desamparados da fortu-

 

 

 

 

 

 

 

na;—Fostes os primeiros no oceano, sois!

Os primeiros na verdade, sameção do
grande espirito do seculo XIX, do im-

mortal Victor Hugo ao facto altâmente |

seientifico e humanitorio praticado pelos

 

 

portuguezes, quando estes risçaram das
paginas do. seu ‘cedigo penal a nódoa
que 6 Manchava,—a pena de mote.

Do lado da capella-mór estavam as
inspções—Nasceu em 31 de outubro de
1838, subio ao throno a 14 de novem-
bro de 1861 casou a 27 de setembro de’
1862, faleceu a 19 de outibro de 1889.

Do outro lado, em frete à porta prin
cipal do teúiplo estava o retrac odo mo-
uarcha c em cima da ataúde a corôu
portuguúbza com o : ptro e espada co-|
bertoe de crepe.

Ainda outras incripções ‘cobriam o ca-
tafalco, destacando-se as segilintes:—
Homenagem da colonia portugneza do
Pará à elsrei D. Luiz. — Nasei port
guez, portuguez quero morrer, Luiz,
1869.— abolição di escravatura nas co-
lonias1869, — Reforma do todigo civil
abolição da pena de morte.

Por entre as oito ‘cólimnas estavam

 

 

do a Fó,’a Esperança,
Justiça.

Cercavam o cofreperto de trezentos
castiçãos:

Foi celebrante o réy.º corego João
Ferreira de Andrade Muniz, assistido
pelos conegos Jeronymo Franéisco Car-
neiró e António: Goiiçalves da Rocha,
com a presença do cabido e nais sacer,
dotes que compõem o clero: paraense.

Recitou a oração fimebre o rev.” ga-
vernador do Bispo monsenhor dr, José
Gregorio Coelho. ,

Hetivetam pf
do fim

a Catidado é a

 

 

 

ntes muito represtn-
esmo publico, do com-

 

reio, das: artes, das sciencius; c du
imprencas
Fizeram a cnarda de honra

y

 

idos. os
ds de linha, salvando dê Cinco em
claço miqutos com um tiro de cmbão
o 4.º batalhão de artillianas o

“ A banda de muzica de «Clnt Buter-
pe» tocava muzicas fine ‘t, tanto de-
pois das vesperás cónio da missã.

*

 

 

 

Em signal do pesar cerrarsm as por:
taz os estabellecimeitos comnurcitas;
os consulados e todos os clitbs existon-
tentes nesta capital.»

Nºessc mesmo dia o sr José Bibeirá
Je Castro fez puplicar no DIARIO DE

NOTICRAS esco poesia:

 

 

o
LAGRIMAS 4 ELREE
Dec BULA
Da patria lusitana o egreglo chefe;
Ventre Os re erags o rei primeiro
acuba de envvar do despotismo
da morte Iograta o cello sobranceiro

 

 

dy
ao súcesso fatal que vós enlicta.,..
O rei querido, o monarcha idolatrado,
cedeu 4 morte ty tremenda ue

 

 

Rijo é forte, qual ta na existencia
Resoluto é tensz, quai soube ser,

no govermo do povo que o queria;
nó trato do demestico viver;

Toi elle, o rei, & alma caridosa,

ao mesmo têmpo pisto, o meigo e Santo,
dando tum Piso para cada uma alegria,
dando uma lagrimá pira end

exercito portuguez, em faneral!
Quinas valentes, que no indo
Irral autal;

 

novo

 

és de lc como ph

Enlutai os invictos estardartes,

pedi pranto sincero ao coração
unamos em um só todos 08 pezames
que enféixa no regaço a gratidão,

 

 

e na hor suprema em que à justica
transporta O morto vei para à egualdade
demos dos, que enluta à regia estirpe
úma corôa de goivôs é saudade!
Belem: 19-11-89
José Ribeiro de Castro
Lo, Se

 

colocadas quatro estathas, representan-,
% z ã

 

gento; bnscai to pranto alivio Q
:

à pranto. |

Descedênte de heroes daslnsas prgnas |.

Sonetos

Custuha a versejar, sem
Chantão-lhe e co

razão

O pedantismo atroz ,que

À

Aos risós do bom chefe

Procurac que haveis logo

TIRA E ga

ADA x sita

alepres

No Arco do Carvalhão, cá em Lishoá,
Setenta e dois, primeiro andar, direito,

sêr à tõa;

ste gentil poeta, este sugeito..:

bella pessõa

Não tendô em seu viver um só defeito;
Pois vive de estro seu que tanto atrôa

apanha a geito;

Na escholà Polytechnica empregado,
Com talento elle exerce o seu logar

dedicado.

Quieréis snfer seu nome, esse ideal?

de encontrar

Se lérdos d’hoje o artigo principal.

Ravix.

 

Recebemos vs n.º 424 a 432 de ja-
neiro e fevereiro do 38.º velume do Au-
elivo Juridico, periodico de noticias ju-
diciarias e leginção do mais interesse
tanto antigo como. moderno; publicado
pelo sr. A. G&. Vieira Paiva.
Agradecomos a visita e a honra da
troca.

 

A sr am a
Tese RO ———

ea
O MARIDO

a melhor obra de EMILE RICHE-
BOURG ornada com finissimas grave-
vás o chromos, da acreditada empreza
de Lisboa BELEM &0.º

Em tudo quanto escreve Emile Richo-
bomrg munca o interesse esmorece riem
por um mojiento. ERR

Pela Jeitara das primeiras pagirias do
romance O MARIDO presenite-se imme-
iliatunente que vae desenrobir-se aliwm
dos muitos dramas sombrios, que ás ve-
zeu enuhem de lagrimas é de terriveis
ungua a existencia das familias.
Recebemos a caderdeta n.º 2 cujo re
sumo é dseguintes. ai
Arménio de Carméillo, depois de
uma stena de violentissimo desespero,
costa 4 sia mulher de quo mod» trava-
a relações com Leotina Dudaé, com a
mãe do sei filho; assim como de que
modo ima noite, tendo visto que
uma mulhor se precipitara no mo, elle
probrio se ativar ao Mena para a sal.
var, O que Cpnita, gomo sonbera que
à pobre rapisiga cra orphã de pae e
mio, e como a installara em mma casa
poqueninii, onde elle iã vesitala todás
queda à Paris,
Armando e Leotina tinham ido

: ; RA Ra
é juntos para a floresta de Sait
main, e foi n’esse dia de villeggia-
tura, que a donselia asseverou ao seu
protector que nunca poderia resolver-se
a casar, visto que não amava, nem
maria ninnca, senão vm homem, pela
sua, posição. debaixo de, todos os pontos
de visto, não poderia iunca satisfazer
às aspirações, que acariciava em segre-
aa

 

 

 

 

 

Y

 

 

 

 

 

 

E a rea aan

 

 

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Rua do Valle

 

 

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o, evitar toda a enjidade oceasiotiáda-

elas moscas, em todos os objectos que
sejam limpos com elle. :
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latão dourado e práteado;

crystaes e
pinturas, madeiras brancas

y GlC, . Gtc;

 

 

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Tambem se recommenda aos donos de
carruagens, para polir os arreios e guar”
ninições dos cavallos.
Por cada kilo….::…….800 réis
Vende-se no estabelecimento de
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& IRMÃO

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: Estabellecimento.
de fazendas de lã e algodão, .
mercearia, fanqueria e quinquelheria
Luiz Pereira Fernandes e irmão Li
no Pereira Fernandes, tendo-se consti-
tuido em sociedade collectiva sob a fir-
ma Luiz Pereira Fernandos & Irmão
por eseriptura de 7 do corrente mez,
lavrada nas notas do tabellião da villa
da Certà, Coelho Godinho; partecipam
aos aimigos e ao publico que, por escri-
ptura da mesma data tomaram de tres-
passe ao sr. Joiy Lopes Tavares o seu
antigo e bem conceituado estabelleci-
mento de mercearia, ferragens; fazendas
e quinquelherias, sito na rua, de Nossa
Senhora da villa de Proença Nova e aon-
“da esperam continuar a mercer o favor
e a estima dos seus amigos e antigos fre-
guezes Gn Casa. para o que teem um bom.
e variado sortimento,.
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35 de cada mez: a E ES
O 1.º volume contem, entre outros;
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original portuguez; OS TRES VESTI-
DOS, de Catulle Mendés: O PAE IN-
COGNITO, de René Naizoroy; O CO-
PO D’AGUA, d Armand Silvestre.
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50 veis, tanto em Lisboa como ias pro:
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[sóries de. 12 numeros de 48. paginas
nítida e luxmosa, Cada série de 12 mi
meros formará um elegante volume)
sendo assim publicados 2 volumes por
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ções metal licas cin Sunto q maro, encarrega-sé da fabricação, fundição, cal tocação, tanto emp
Lisboa e seus arredores como nas provincias, ultramar, ilhas, ou no estrangeiro, de qual quer
abras de ferro ou madeira, para construcções civis, mechanicas ou maritimas. É
Aceita portanto encomendas. para-o fornecimento de trabalhos em que predominem estes
muaterines, tqes como, telhados vigamentos. cuplas, escadas, varandas, ivachinas a vapor e
suas ca Ideiriis, depositos para agua, bombas, veios e ródas para transmissão, barcos movidos
u vapor completos, estufas de ferro vidro” construeção: de cofres à prova de fogo, eles.
Para q fundição de coltimnas, canos e vigas tem estabelecido presos dos mutis resumidos,
tendo sempre em deposito grandes quaniidades de comnos de todas us cimenções. e
Pora facilitar à entrega das pequenas encommendas de fundição tem à Empreza um depo- –
sito na rua Vasco da Gamma,19 e 21 «o Aterro, onde .se encontram amostras e padrões (le
grades, ornatos e em geral o necessario para as constrioções civis, onde se tomam quarsquer

encommendas de fundição.

 

Toda à curresqondencia deve ser dirigida à EMPREZA INDUSTRIAL POR-
TUGUEZA, Santo Amoto, Lisboa, Riabio

 

 

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|