Campeão do Zezere nº35 10-03-1892

@@@ 1 @@@

 

ADNDO T ee

ASSIGNATURAS
(Paga adiantada)
Mum’re avulso. .

DDBA e sNSN ED a A
RTTNA on dd E

“7x(l )

Fóra de Pedrógiumn aerésce a
sobrança

DedrIgnm g Bruá)

de maiço de 1892

_,Qx_& 2—

Aonqguim Martins Grilto

? EEA

NUMERO 55

P UBLICAÇÕES
No corpo do jornal, linha 80 n
Annuntios, » 40 »
Repetições, » 20».

Permangentes, prege convenciona
Us s18: assignante tem o abatis
mento de 25 p.: €

Annunciam-se graluitamente
obras de que se receba um exem
plar.

Wedrigam Grande

“Poda a correspondencia dirigida ao director=”J. M. Grillo, || ||

CERTA

PEDRSGAM GRANDE

Tribunal
DA
OPINIÃO PUBLICA
Um erro judiciario
Auto de investigação
(Continuação)
Segunda test:imunha

O reverendo Ântonio dos
Santos Campos e Câástro,
de 50 annos de edade, ‘co-

*adjucétor e capellão d’esta
freguezia, morador n’esta
villa a quem foi deferido o
juramento dos Santos E-
vangelhos, que, receben-
do, prometteu cumprir, di-
zendo a verdade. Sendo
perguntado pelos factos
constantes do anto retro,
que lhe foi lido disse: que
pelo ouvir dizer sabe, que
no local, dia e hoóras desi-
gnadas no aútó tivera lo-
gar um conflicto entre os
srs. Vicente Dias Ferreira
e Julio Yarinha da Con-
ceição, d’esta villa dando-
se como erigem d’elle anti-
gas deshármonias entre el-
les, que elle testemunha
ignora; mãáis keabe pelo
Cuvir dizer, e é convieção
sua que o tonflcto fôra pu-
ramente pessoal» não ha-
vendo porisso desacento É
auctoridade Jjudicial. que
áquellas horas e local de-
certo não estava no’ excer-
cicio de suás funcções, sen-
do tambem certo, que ne-
nhumas pendencias judi-
ciaes “constaáva ter havido

entre elles pelas quacs se.

podessem cxphcal as dftas
desharmonias” Dls se mais:
que é falso, que n’esse dia

ou n’oittro qtinlqier se des-

sem nesta villa apupos
arrúaças ou tfúmultos e que
uma tal calumnia só pode-
ria ser óriginada com o fim
de i tiaros factos pa-
raºa um certo número de
fins. E mais não disse.

=” Lido -o-seu dvpmmenlo
‘o ratificon e assigna com o
administrádor e comigo E-
lias da Cósta Cuvalho es-
crivão que ovescrevi. JO’IO
Antonio de Sowto Brandãó.
Padre Antonio dos Santos
Campos e Castro. Elias da
Costa “Carvalho.

DS RE é
Térccira cestemanho

José Antunes, soltfeiro
de 26 an3:oa de edade, sol-
dado da Guarda Municipal
de Lisboá, com licença nº-
esta viula, testemunha a
quem fei deferido o’fmras
mento dos Santos Evange-
lhos que, recebendo, pro-
metteu cumprir, é sendo
perguntado —pelos factos
constantes do anto vétro e
que lhe foi lido diísse: Que
no dia e horas desienadas
no anto, 1to é ás 9 horas
á notte potco mais oh
menos, indo em direeção :
sua casa, quándo passava
Jjunto da capela do Calva-
rio que fica no jargo da
Deveza d’esta villa uuviºó
uma altereação destinguin-
do. que eri ellá enhtre o nd-
ministrador d’este concelho
o-sr. dr. Antonio Henri-
ques Farinha da Conceição
e dr. Eduardo Augusto de
Magalhães Mello e Cam-
pos, desta villa e dirigin-
do-se jmmtec bat.mmnte ao
local, em que se acbhavum
:nter(‘ando os dois sujeitos
vio, que este reagia contra
aque]]t, por virtide do que
entendeu conveniente pres-

tar m.m*xo á auctoridade

dizendo elle declarante pa-

ra o dito dr. Eduardo: que”

se estava preso á erdém do

àdminístradór estava mui-

to bcm preso.

N exte niomento appare-
ceú o juiz de direito da co-
marca e declarou, dulgm—
do-se .ao dr. Eduardo:

o administrador prende-o

mas eu solto-o, sob mml a
respons sabilidade no que o
admlmshador respondcu.
pois eu pr ‘endi-o e como
tal o ponho À sua disposi-
ção para por agoràá evitar
conih(tos. E niais não dis-

Lido o seu depoxmento
o racm’ícou e assigna com
elle ‘l(h]’llhl%'[l’ldºl’ e comi-
go Elias dá Chsta Cárva-
lho, escrivão da adlmm&
tração do concelho, que o
escrevi. João Antonio de
Sonto Brándão. Josê Ástu-
nes. Eliás dá Cósta Cãrva-
lhú.

(&-:;&.a”en tessor uníul

Alfredo Carreira. «’:X’/o—
vedo, casado, de 27 annos
de edáde, proprietario, mo-
rador. n’esta villa, tesmu-
nhá à quem foi deferido o
Jjuramento dm Santós f
vangelhos, u te recebendo,
pronietteu — eumprir; per-
guntado pelos factos cons-
tantes do auto retro, que
lhe foi lido disse: que ape-
nãs skbe pelo onvir dizer
na manhà de dia 29 de ju-
ho ustmm qnc no dia an-

tecedente a este, tinhã ha-

vido um colvfh(,to no largo
da Deveza d’esta villa, en-
tre os srse. Vicente Dius
Ferrena Jjuiz de diveito
d’esta comarca e Julio Fa-
rinha da Cone !Bição, Igno-
rando contudo. o que deu
causa à elle. Mais disse,
que cem relação ás arrua-

Os originaes recebidos não se dqvo]vem quer sejamou
|| ll não publicados, se a redacção assim o entender.

ças e apupos nada sabe
nem pelo presénciar nem
tão pouco pelo ouvir dizer,
acrescentando mais que
egualmente sabe pelo ou-
vir. dizer que o referido
conflicto tivera logar entre
as 9 e10 horas dáã noite
do indicado dia e «sabe
tambem pelo ouvir dizer
geralmente que entre elles

.hdvm antigas desintelligen-
‘cias meramente Pessoaes.

E mtais não disse. Lido o
seúu depozmento o ractificou

e assigna com o adminis-
trador e comigo Elias da
Costa Carvalho, . escrivão
da administração do con-
celho. que o escrevi. João
Antonio de Souto Brandão.
Alfredo Carreira d’Azeve-
do. Elias da Costa Carva-
lho.

Quinta Éeilemllnlá

Manoel Simões Casta-

uhc-ila, casado, de 32 an-

nos de edade, pharmaceu-
tico e juiz de paz desta
ulh u—temunha a quem
foi dcfcuuo 0 juramento
dos Santos Evangelhos,
que, mcebendo, prometteu
eninprir. Sendo pergunta-
do pelos factos constantes
do avto. retro disse: «Que
saãbe por ser publico e no-
terio, que já ha muito tem-
po cxistem certas desintel-
ligencias puramente parti-
chlares entre os srs. Vicen-
te Dias Ferreira e Julio
I*almlxa da Conceição», o
que motivon o conflicto en-
tre os dois, depois de tro-
:alas algumas explicações
no dia e horas indicadas
no auto.

Disse mais que sabe pe-
lo ouvir dizer, que o ad-
ministrador – do ooncelho,
chegára mesta oceásião

 

@@@ 1 @@@

 

se dirigira ao dr. Eduardo,
que encontrara-no local do
.conflicto e lhe perguntara
o que tinha . havido ao que
se seguiu em seguida uma
altercação violenta dando
em resultado a prizão do
reférido dr. Eduardo no
que interviera tambem o
juiz de direito d’esta co-
marca «subtrahindo o pre-
zo á auctoridada adminis-
Arativa».

Mais disse que sabe, que
nem nessa occeasião nem
noutra qualquer houve
n’esta villa arruaças, apu-
pos ou tumultos nem desa-
cato de natureza alguma á
auctoridade judicial no e-
xercicio de suas funeções,
nem por causa dellas e se
alguem informou n’este sen-
tido foi uma pura falsidade
e com o unico fim de desa-
creditar os moradores d’es-
ta villa e «desprestigiar a
auctoridade administrati-
Na»,

E mais não disse. Lido
o seu depoimento o ratifi-
cou e assigna com elle ad-
ministrador e commigo E-
lias da Costa Carvalho que
o escrevi. :

João Antonio de Souto
Brandão. Manoel Simões
Castanheira. Elias da Cos-
ta Carvalho.
nl o çd

MERCADO MENSAL

Por virtude do mau tem-
po, correu. desanimadissi-
mo o mercado mensal.

CAMPEÃO D

NECROLOGIO

O concelho de Ferreira do
Zezere lamenta contristadissi-
mo a morte d’um dos seus fi-
lhos mais illustres: um .compen
dio de bondade, o ex.” sr. An-
tonio de Mello Caldeira das
Conrellas.

Era pae cavinhoso do ex-Ҽ
sr. dr. Meilo e Castro, digno
Juiz Municipal n’este Julgado,
credor de myriades de sympa-
thias, e sogro do nosso bom
amigo o ex.”ºsr. André Ribet-
ro, do Tojal, abastadissimo e
importaut. proprietatio.

O seu funeral, que teve lo-
gar no domingo, 6 do corrente,
toi muito concorrido, o que era
de esperar não só pelas sym-
pathias que todos dedicavam
áquelle compendio de bondade,
mas tambem pela elevada 1m-
portancia de sua ex.”* tamilia.

A’S ex.””5” viuva e suas es-
tremosas filhas . Maria Vio-
lante, e D. Maria Izabel (trin-
dade de virtudes) ao ex.”* dr,
Mello e Custro, ex.”º André
Ribeiro, ao nosso bondo-o e seu

] dedicado amigo e eunhado Joa-
] qum Antonio de NSousa Ribei-

ro e finalmente a todos os seus
ex.”** e numerosos parentes
acompanhamos na sua tão jus-
ta condoleneia, dando-lhes por
esta fórma os mais sintidos e
penetrantes pesames.

Áreiss, 11— 3 —-92,
L. Augusto d’Azevedo.

REGRESSO

Resgressou de Lisboa o
sr. José Dioga de Leêmos,

escrivão de fazenda d’este
concelho.

O ZLELZERE

CORRESPONDENCIA

Ferreira do Zezere

As chuvas torrenéiaes tem
por aqui paralisado & agrieul-
tura, estardo a elasso trabalhado-
ra sem vintem, e suas familias
a luctarem com a fome.

Parece que os relementos»
estão de mãos dadas com o go-
verno para nos acabarem d’es-
folar!

Dizem as «Novidades», de
8 do corrente, que um sujeito
qualquer ao passar pelo Campo
Grande deixa tudo a cheirar a
chamusco; e se passa por San-
ta Joauna deixa tudo, em Avei-
ro, sem sapatos!

Será este fulimo um «cecla-
fermo» que estando algum tem-
po n’este concelho de Ferreira
do Zezere, deixava na sua
passagem um cheiro putrido e
nauseabundo a defuncto?

As a«Novidades» pedem Ri-
lhafolles para aquelle diabe,
nós, porém, pedimos para este
uma dose de Penitenciaria.

São estes os votos do

Manoel Mendes Camão .

– ABDA ——
BEM ENTENDIDO

O papa dispensou o je-
Jum e abstinencia durante a
actual quaresma em virtu-
de da «influenza», deixan-
do ao arbitrio dos respec-
tivos prelados o tempo da
duração da dispensa. — –

No patriarchado de Lis-
boa durará até nova ordem
com excepção apenas de
sexta feira santa.

Muito bem entendido!…

F— ENB ?í:’f.—’w&.-ff-— —Ã
ITiAMELNÍOS
historicos e economicos
do coucelho de
PEDROGAM GRANDE
(Continuação).

Cada qual julgava que a in-
differença da joven era motiva-
da: por alguma inelinação an-
terior, eem cada cavalleiro’
imaginava um rival ditoso. Dos
mais destemidos pretendentes
eram os Petronios, ricos ho-
mens de um povo assim cha-
inado, e estes resolveram vin-
gar-se dos desdens soffridos,
desafiando os outros enamora-
dos para um ceombate,

Resolvidos que foram, não
fizeram comicios nem publica-
ram jornaes, mas os desgraça-
dos adversarios dos Petronios
ficaram vencidos, e muitos d’el-
les mortos nov logar chamado
Deveza.

Os vencedores, todos cheios
de orgulho, estabeleceram-se
na 1nargem direita do rio Ze-
zere, e os vencidos, para lhes
pregarem ao menos uma pirra-
ça, estabeleceram-se na mar-
gem esquerda do mesmo rio.
Estes, já se vê, foram os Pe-
tronios pequenos. Antigone via
essas scenas com a mais com-
pleta frieza, e provavelmento
rindo á custa dos seus apaler-
mados amantes, que assim em-
pregavam o tempo, mercê da
vida folgada que levavam por
aquellas brenhas e matagees.

Ns entanto, para que não se
tornusse de todo o ponto mal
vista, resolveu dar aos dois
Petronios brazões de armas que
perpetuassem aquellas aman-
teticas pugnas. Os vencedores
tiveram uma aáguia arrogante
e altiva, entre dois rochedos, e

— £olhetim

Conto glanisstito

Conclusão

Corrido o reposteiro, Arnal-
do em logar de avançar como
fizera nos outros salões, ficou
extatico e perfeitamente as-
sombrado conservando-se im-
movel junto da porta.

Estava n’uma sala pequena
e fracamente illuminada. O es-

tofo azul dê ramos prateados”

que forrava as paredes, era
Apanhado lá em cima no tecto
em elegantes pregas formando
no centro um gránde laço d’on-
de pendia uma lampada de pra-
ta. Osreposteiros eram tambem
azues e bordados de arabescos
cupl’ichnsux.

Em frente da porta, sobre
tapete branco, estendiz-se um
coxim da meswa côr azul:da,

ladeados de dois pequenos per-
tfumadores, destinados à conser-
var no aâmbiente um aroma es-
quisito, estonteador. N’esse co-
xim niglegentemente reclinada
sobre as almofadas, estava Au-
rora.

A fronte pallida, emmoldura-
da nas soberbas ondas d’um
cabello negro e Iustroso, recos
tava-se na mão esquerda. AÀ
direita, a que tinhr o veneno
perdia para fora dus almofadas.

O trajo amplo de grande da-
ma mourisca envolvia-lhe é cor-
po esculptural. Na garganta
enleavam:se artisticamente dois
fios de perolas negras. Uns
pequenos sapatos cravejados de
pedras precionsas eneobriam-lhe

és delicados. No alto da
sobre o3 formosos cahbel-
los eseuros divisava-se um ele-
gante gôrro eliro, bordado de
brilhantes e ten&o pentende uma
borla prateada.

A luz da lampada affogan-
do-Jhe suaveimente o rosto for-
mosissimo, dava-lhe uma mor-

bidez encantadora.

O principe fascinado — pela
admiravel belleza da dormente,
adexntou-se de mansinho como
temendo desperta!-a e foi ujoe-
Ihar junto do coxim d’onde caía
a mão direita, í
Ao entrar no castello Arnaldo
não pensava sequer em beijar
aquella mão que segunda a
lenda continha à camada vene-
nosa. Mas agora vendo-a ali tão
perto, sentinde uma ve-dadei-
ra adoração por a&quella mulher
adormecida, o principe ouvindo
somente a voz do coração que
os vinte annos tornava eloquen
te; inclinon-se commovido e
depoz um beijo prolongado na
mãosinha seductora. N’este mo-
mento Aurora descerrou lenta-
tamente as palpebras, viu o
prinerpe e sorriu. Assentuou-se
no coxim, passou a mão pela
frente, depois deixando-a cair
no hombro de Arnaldo pergun-
tou com a sua barmoniosa voz
de creança«—Como te cha-
Mastas .

»

— t Arnaldo», respondeu o
prineipe.

Ella proseguia. —«E’ 1880
eu bem sabia. «Amas-me?…

Arnalda ja responder affir-
mativamente quando a porta
se abrine entrouna sala o
rei Ricardo, a rainha. os prim-
cipes e a côrte, trazendo á
frente a madrinha de Aurora
que os guiára até alhie que
queria ser a primeira a felici-
tar a juvenil noiva.

*
* *

Os principes habitam actu-
almente o veiho castello meio
arruinado onde as aves os sau-.
dam alegrementa e as andori-
nhas os despertam escostando
a cabecinha gentil ás portas das
gelosias.

e
Dos «Chromos».

Magdalena Martins de Carvalho.

 

@@@ 1 @@@

 

fitando o sol eom os olhos fir
mes e desafindores.

Os Petronmos pequenos, coi-
tudos, não apanharam tanta
generosidade. Tambem foram
contemplados comu a sua aguia,
1nas uma aguia de fraca vista,
que não e atreve ‘a fixar o
grande fôco solar.

Comtudo a formosa Antigone
nem sempre foi respeitadas na
sua alta qualidade de princeza
de sangue. Os seus encantos
subjugaram os corações fidalgos,
a ponto de se deixarem matar
par elles, mas na classe dos
estupidos cabreiros produziram
effeitos diversos. Por mãis de
uma vez se viu a pobre donzel-
la em ceriticas cireumstancias,
bem como àas suas ajas e damas
nobres, tendo de valerem-se
das pernas para se escaparem
dos ataques d’aquella turba de
animaes bipedes, que corriam
atraz d’ellas com umas inten-

ções que em nossos dias lhes

valeriam tantos dias de cadeia.
Segundo reza a lenda, a lin-
da princeza veiu a finarse no
logar chamado Pera. Pelo qve
se narra dos seus soffrimentos
e affllicções é de suppôr que a
nobre rival da formosura de
Venus procurasse estes sitios
para ver se ackava alivioa
qualquer enfermidade incura-
vel.
Sobre a selputura d’aquelle cor-
po, tão ardentemente amado e
cubiçado, e que afinal devia
ser pasto dos vermos —ascusos,
os quaes ao corroer-lhe o cora-
çãó vingavaim — tantos cutros
corações que se difinhavam na
saudade, sobre esse sepritura,
diziamos, inscreveram-lhe ape-
nas as palavras seguintes:
«Aqui jaz Antigone Peralta»

(Continha).
—— CSTEICES R UE R —
AUDIENCIAS GERAES

No dia 5 responderam
em audiencia geral, duas
mulheres, mãe e filha, ac-
eusadas do crime de infan-
tecidio.

Foram condemnadas uma
na pena de 4 annos de pri-
são penitenciaria e à outfra
na de 6 annos e na alter-
nativa de degredo de 6 e 8
annos.

No dia 8 um individuo
aceusado de prejurio.

Foi absolvido.

No dia 9 um rapaz de
Maçans de D. Maria, aceu-
sado do crime de ferimen-

‘ tos de que resultuu à 1mor-
te.

Foi condemnado na pe-
na de 18 mezes de prizão
correecinnal, attendendo 4
menor idade: 4 provocação
por paneadas e ao .bom
comportamento.

“ciaes por freguezias de

CAMPEAÃO DO ZEZEER /

EDITAL

A CAMARA MU’NICIPAL D
PEDROGAM GRANDE

Faz publico que no dia
17 do proximo mez de março
pelas 11 boras da manhã, na
sála das suas sessões, haude ir
a lanços e se arvramatará con-
vindo aos interesses do muni-
cipio. À construeção de uma
ponte sobro o ribeiro de Pêra
no logav do Mosteiro—e a co-
brança da contribuição indire-
eta que durante a actual anno
deve ter Jlogar na area da sé-
de da freguezia da Castanhei-
ra. As condições estarão paten-
tes no acto da praça.

Pedrogam Grande 25 de

fevereiro de 1892.
O Presidente da Camara

Visconde da Castanheira de
Peraá.

A ESPOSA

EDITAL

A COMMISSÃO DO RE-
CRUTAMENTO MILITAR
DO CONCELHO DE PE-
DROGAM GARNDE.

Faz publico:—1.º Que em
conformidade com o disposto

.no art.º 16 do Regulamento de

29 d’outubro de 1891 se acha
patente na sacretaria d’esta
commissão de 1 a 15 de márço
o livro do recensermento mili-
tar d’este concelho para 1892.

2.º—Que nesta mesma data
ficam aflfixadas nas portas das
Igrejas parachiaes listas par
todos
o3 mancebos inscriptos no re-
censeamento militar do corren:
te atnno,

3.º Que durante o mez de
março poderão os interessados
recliuuar perante esta commis’
são contra a inscripção ou
omissão de qualquer manesbo
indevidamente feita com algum
dos fundamentos ‘ enumerados
no $ 2.º do art.º 20.º do mes-
mo Regulamento: ã

4,º—Que em confurmidade

;BA : 0 ATSposto no arhº 30

d’aquelle Regulamento as petr-
ções para adiamento, exclosão,
ou dispensa do serviço militar,
devem ser entregues na secre-
taria da camara durante todo
o mez de março e organisadas
em harmonia com o disposto
D, cA DOS AN A c EIhlS
disposições do mesmo” Regula-
mento.
E para constar se passou

o presente’

Pedrogam, Grande 27 de
fevereiro de 1892.

O Presidente da Commissão,

Visconde da Castanheira de
Pera,. :

acontecimentos de 31 de fanetro

E
MIXHNA PRISÃO

A Empreza editora, J. J. Nunes & C.º, com eserip torio
Em Lisbea, no Largo Barão, entrada pelo Boqueirão do Dure
520 1.º acxba de expor a venda um magnífico livro com o ti-
tulo acima, contendo 284 paginas, e um bonita capa itho grafa-
da a côres. Este explendido livro que é de sensação, descreve
unicamente «os acontecimentos do Portu em 31 de janeiro, e a
prisão do tenente Homem Christo.»

Acha-se á venda no escriptorio da Empreza e nas princr-
paes livrarias de Lisboa Porto e provincias. i

Rtemette?se franco de porte, a quem enviar a sua
tancia, em estampilhas, ou val do correio.

imper-

reço COO reis

Os úagsterios do Qorte
PoR
GERVASIO LOBATO

Komance de grande sensação, desenhos e
ManosJ de Macedo, reproducções
prototypicas de Peixótoe & Irmão

CONDIÇÕES D’A ASSIGNATUBA

— Em Lisboa e Porto distribuí-se semanalmente um fascieule de 48 p
ginas, ou 40 e uma photolipia, custando cada fascicul3 a modica quantis de
60 s. pagosno aelto da entrega.

Para a provincia a expedição será feito quinsenalmente com & maximm
regularidade, aos fasciculos de88 paginas e uma phototypia, custando cada
gjascieulo 120 rêis, franco de porte.

‘ Para fóra de Lisboa ou Porto não se envia fasciculo algum sem queg
previamente se tenha recebido o seu importe que poderá ser envinde em
Fst:unpvlhus ; Valles do curreio au ordens de facil cobrança, e nunca em sellos
Drenses.

Ás pessoas que, | ara economisar porte do carreio enviarem de cada Vêz
a importaucia de cinco ou mais fascivulos receberão nº volta do correio aviso
de recepção; ficando por este meio certos que não bouve extravio.

Ácceitam-se correspondentes, que deemw boas relferencias, em todos àu
torras da provitieia,

Toda na correspondeneia relativa dos «Mysterios de FPorto» deve ser
dirigida franea de porte, ao gerente da Empreza Litteraria e Tvpographica
80,Kua de D. Feldro 184—L1’orto.

 

NOVA PRODUCÇÃO DE

Emile Rechebourg

Os romances de E’mile Richebourg, que com tanta justies
são classificados como verdadeiras joias litterarias, não sé peo
grandissimo interesse que despertam sempre os sens entreche
como tambem pela elevação e esmero da sua linguagem, são
de ordinario fundados em faclos perfeitamente verosimeis, é
desenvolvem todas as suas pesípecios com uma tão completa
naturalidade, quc impressionpm profundamento e leitor, que
julga estar assistindo a um dos muito dramas commoventes, que
a cada passo se desenvolam na vida real e positiva. “

CONDIÇÕES D’ASSIGNATURA

Cada folha de 8 paginar, eu estampa 10 réis. Snhirá em
cadernetas semanaes de 4 falhas e uma cestampa por 50 réis
semnães.

Aos volumes a 450 réis, comporte gratis.
BRINDE a todos os assignantes
Vista geral do palacio da Pena, em Cintra.

 

@@@ 1 @@@

 

CAMPEÃO DO TA73 %

EAA SEA d

Os UMl « Um Vixs |
CONTOS PERSAS, TUFGOS 2 QNEB Í
POR Í

DERVIS MOCÇLES
Obra illustrada com bellas gravuras
Oscar Mep
E umá óbra verdadeiramente extraordinaria, cheia de sol
e de vivos aromas, banhada por ma lnz saliente e mysteriosas
a obra com que esta Kmpreza iníeia tma seria de pubii
destinadas a exusar sensações obras-prmas devidasá —pena alo,
thorisadã de escriptores de primeira orandeza. Hsta, que nos
faz passar pelos olhos deslumbrados, emo n’im senho Pª’f’d“Z“
do pelo opio, teda a phantastica vida oriental, é. sem duvida
muito superior aos contos que existem traduzidos pur Galland
pois que encerra os mysterios, as reminiscencias do “Orierte,
desde a litteratura da India até aos poemas traçados nos confins
da Asia, como a litteratura persa, arabe e japoneza, :
Em todos os paizes onde OS MIL E UM DIAS tem
feito n sua apparição, num erosas edicções se tem logo esgotado
em resumido espaço de tempo.

CONDIÇUES DA ASSIGNATURA

LISBOA
Duas’ folhas, por semana, de 8 paginas, em 8.º grande, alternadas com
bellas illustrações pagas no sefo da entrega.. . 1110101211c .0 TES
PROVINCIAS a
Um fascieulo quinzenal de quatro folhas, de oito paginvas, uma gravurê
mpressão nivida, pagamento adiantado….1610110110101010 00 ec 120 reis

EMPREZA EDITORA. DO MESTRE POUPULAR
2.º-—92973 Rua da Magdalena,273—2.º
LISBU A

diberio É. C.LFeião

Escrivão e Tabellião
Pedrogam Grande
ESCRIPTORIO
Rua de Miguel Leitão d’Andra- ET
de Abilio Nogueira David

— =Z ÉÁITIA——

João Antonio Caetano
Rua do Eirádo

Loja de mercearia, ts baeos, ea-
bedal, sóla, ferragens e ou’vos artigo

Preços convidaítios

Mercearia e Tabacaria

Advogado
J. A. de Sonto Brandão

ESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja

oA
Neste escirpterio toma-se
conta de qualquer causa civel,

> á Nsias NTS €
crime on prommoções quer Travessa Pires N.” 1-2 e

Twaâaâ?㫪ª _

Pedrogam Grande DE

| JOAQU IM ªARTIXS ÉRILLU

Comrponhia: de Uaoavevacão

Habureneza = ã,x “⪠CameLiey
MALA REAL j : “ REUNIS
Portugueza Messagere’s
Llyd Brenena (É Maruinmes

Hito. lote. Etec. Ete.

Para todo os postos do

s51), Qic Oridental e Oriental sto,

SAHIDA DE LISBOA, para todos o3 portos d Africa, em
15 de cada mes.
As ereavças de passageiros, ate dois anvos, gratis: de tres a quatro an-
nos, um quario de passégom; e de cinco a diz á1 nOs meja passagem, —
Para’os diversos pontos do ERAZIL, ém differentes dias dos mezes
Fassagens gratuitas para o Brazil

Nos vagnificos paquetes da * cm parlbis Charguers Reunis que sahem
de Lisbos em vm dore e vinte e dois deis ce cada n:ez dio-se pessagens gra-
tuitas :s femilias, de tralalhadores que cesjeem ix yara quasquer Provincia
do Biveil, d’esde Lisboa ate co fio va dineio. Aua Jegéos aliz o Go-
VYerno cincede-ihes tiansforte gratuito ate « PrIOVNCIA à que se distinem-
se shiveão livies paja empregarim a sua aclivídade laboriosa trabalko
que mais lhe coovenha não contrahindo nenkuna — divida pelea beneficios
recolidos. : S
Na redacção JVeste jornal prestão-se eselarecmentos.

aLgente na
. Cexta
dJsnqnim Alsciivs Crillo

Qliina WeinemdienAdDOR
PE

MANOEL ANTONIO GRILLO ;
Travessa Pires N.º 2

dertaã

Nesta officina confecionase todo e qualquer trabalho com-
cemente à esta arte.

Adoanquim Pircs C. DPavid
LARKO DO NKTUNICIPIO
Loja de Mercearia, tabacaria
ferragens e fazendas bran-
€as. eto, ete;

Harceilizo Lepes da Siiva
Loiço do Ercontro

Beteo da Imprensa N.º2 spc eAhc

dependam dos tribunaes da Co- ETA R .

mz?rca de Pedrogam Grande cLlª rà IÍELÉ& L*MÃ’LHÃ
quer de outros quaesquer tris : = : v à E
d A NITIDEZ f ; — RAPIDEZ MÁANOEL SIMÕES CASTA
outros quacsquer negocios civis é E : :
das repartições publicas d’esta ª %r’ª“”*.&- : : NHEIRA

villa, ontfora nels Bom papel é â Preços madiêos Pedregam Grande

A o SAA A s RA o ic
Mercearia e Tabacaria

Esta phbarmacia está muito

Nesta typographia confecionam-se com rapidez quhacsquer bem sortida de dregas e medi-

DE livros* impressos para Juizes de Direito, Delegados, Escvivães, | cementos, achando re, por isso

Augusto Thomazs Harreio cobrança de coheruas, diversas

Juntas de Parochias, Juizes Ordinarios, de Paz e Municipaes, $ º proprietario hsbilitado a sa-

Confrarias, Camaras, Adminis tisfázer todas as exigencias, de

Rua de Miguel Leitõão d’Andrade
mÉ BIDE —

ESTA acreditada casa acaba – de

recebfina Mmanteiga e bons assuca-,
res chá café, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como uagifi-
0 charulos e outras qualidades de
a bacos.

Wanosl) Carisas
Largeo ‘ do Nuxnicípio

Estabelceimento de ferragens
louças cesbedal Agente

trações, Recebedorias, Repartições de Yazenda, Escolas, Corpo | Selencia.

fiscal, Pharmacias, Estabellecimentos, Depositos de tabacos, e
quaesquer outras repartições; Corporações publicas ou parti
culares, etc.

— s ED E ——

2.. 25 de 100 a 800 reis

…… 50.de 150 a 450 &

….. 100 le 250 a 900 «

« TSA ETOS SE ee RAA 2Dl 200 : D0OO. :
« A RLAA A ee SOCPRO 00A

« TS eeA S REA a AEN 100 de 500 a 1200 «
Parteeipações de casceoento de ECO xre para cima.
< O EEA ND

O proprietario d’este estabéllecimento encarrega-se dê quac

da’ Comyanhia de

Ceguros Tocas

quer serviços, na Certã,
Ceompra livros e encarrega se da Yerda d’outros, ete.

; PILULAS
Gontra a tenia ou solitaria
Prepararr.—se inteiramente ve-
—getaes e inoffensivas
SA ENTA LIAVE E
Enviam-se pelo correio.
Freço 150CO réis
%&à%&%ª&. a
— EDITOR—
, ==Albano Nunes Roldão==
Typographia e impressão
Travessa Pires, N.º-12
Ee=CERT 3 ==12
Ee=CERT 3 ==