Campeão do Zezere nº2 08-02-1891

@@@ 1 @@@
IANNO |
j Redactores
Dr. J. A. ve Sovro Brandão
Da. 4. H. EF pa Conceição
ASSIGNATORAS
(Paga adiantada)
MURO o a nada é 15200
Semestre. . cce 3600
Trimestre …… 4300
Numero avulso. $030
BIcaGil see mute item “55000
Aria es e AMPLO 25000
Fóra d2 Pedrogam acresce à
cubrunça
a
edeugam Gra
Toda a correspondencia dirigida ao director—J. M. Grillo, || ||
CERTA.
GRANDE
PEDROGAM
Tegranpe a temem
A SUBLEVAÇÃO NÔ
PORTO
Precisamente no momen-
to supremo em que Portu-
gal se acha a bracos com
duas serias difficuldades
que só uma sabia politica e
um fino tino governativo
podem vencer, é que a hy-
dra -da revolução o vem
amiaçar, levantando o seu
grito de morte no seio’da
mvyicta cidade, berço das li-
berdades patrias! Emquan-
to que um punhado de va-
lentes seguem mar em fóra,|
promptos a axrostarem fir-
mes é serenos as mil e mil
dificuldades d’uma expedi-
ção, não temendo a lucta
dos elementos nem as in-
temprias de inhospitas re-
giões, sublevam-se aqui
os seus camaradas, cuspin-
do assim pungente ironia á
face dos bravos que parti-
ram.
E ainda se fala em amor
patrio; ainda se invocam as
glorias passadas para se
provar que Portugal mar-
chou na vanguarda das na-
ções, quando sulcava com
a quilha de suas invenci-
veis naos o immenso deser-
to de desconheciãos mares,
fazendo-os gemer debaixo
do pezo de suas armadas!
E! que n’esse tempo todos
eram portuguezes e sabiam
morrer até ao ultimo, quan-
do isso era preciso, tendo
por unica mortalha a ban-
deira que defendiam e por
cantico fumebre o rouco
gemido das vagas.
Hoje, porem, que o ve-
lho Portugal se acha quasi
fraco e abatido, não devido
R
SEMANÁRIO INDEPENDENTE
OSS
Eje
&!
Sonquim fsariins Grilto
Je a
rerios
Sage
o
Os. originaes recebidos
NUMERO 2
Administrador
»
4 Praxcisco Martine GiLLo
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, linha 80 rs.
Annunrios, » 40 »
Repelicões, » 90 »
Permanentes, preço convencional.
Os ers. assignantes lem o abati-
mento de 25 p. e.
Annunciam-se gratuitamente
obras de que se receba um exem-.
piar.
A
srogam Grande
não se devolvem quer sejam ou
|| | não publicados, se a redacção assim o entender:
a esta ou aquella fórma go-
vernativa, mas porque tem
de ceder á ordem natural
das coisas, vêm seus pro-
prios filhos arrancar-lhe da
| fronte veneranda as glorio-
sas corõas, ganhas em epo-
chas mais felizes, para as
arrastarem pelo pó d’envol-
to como fumo da polvo-
ai E
—Não vingou o movi-
mento felizmente: se vin-
gasse, ver-nos-famos a
braços com mil difficulda-
des que certamente nos ar-
rastanam ao abysmo. Ha-
ja vista ao que está succe-
dendo ao Brazil, a essa jo-
vem nação que ia marchan-
do a passos agigantados na
senda do progresso, sob o
governo d’um virtuoso
sabio monarcha, a quem o
imperio tanto devia,
A nossa situação com a
mudança do governo, seria
muito mais precaria, por
carecermos d’elementos de
que o Brazil póde’ dispor,
e nem mesmo o nosso povo
ainda comprehende o que
seja republica, e tarde o
virá à compreender.
Agora, do que nós temos
a certezm, é que o filho de
Dº Luim 1º e do Anjo da
Caridade, dará um grande
exemplo da sua clemencia
amnistiando os revoltosos;
assim provarta mais uma
vez ao mundo inteixo que
os Reis de Portugal sabem
perdoar.
Fab
DOE DO:
Licença.
Ao digno contador d’esta
Comarca, o sr. Anastacio
Rodrigues Portella, foram
concedidos mais 3 mezes |
de licença.
“que prohibe aos donos das
Ebromos
LIVRO DE CONTOS
DE
BD. Mlagoslena dis
.
tive de Geroalho
PREÇO 500 REIS
Pedidos á auctora em Regueugos, ou ao editor, Joa”
quim Martins Grillo, na Certã.
Geada
As intensissimas geadas
que aqui têm cahido, fize-
ram desapparecer a cal dos
muros e torres da Igreja
matriz, que ha pouco tem-
po foram retocados.
O aee
– Providencias
A? ex”* Camara pedimos
faça cbscivar a postura
aves domesticas o traze-
rem-n’as pelas ruas e lar-
gos publiens.
Não só, damnificam as
arvores que ha pouco fo-
ram plantadas nos largos
do Municipio e Igeja, mas
ainda inscommodam os tran-
seuntes,
OEA STD AST rom
Festevidade
Teve logar, n’esta villa, no
dia 1, a festevidade do maviyr
Gisa ix y
8. Sebastião.
Na egveja matriz houve mis-
sa cantada..
Orou o rev.” padre Antonio
dos Santos Campos e Castro.
Na ermida de S. Sebastião,
sita no Largo do Municipio,
houve, tanto na vespera como
E É ps
no dia deNdomingo, arraial, onde
concorreram muliissimas pes-
soas da villa e dos arredores.
Abrilhantou a festevidade, a
Phylarmonica Pedroguen se,
que executou bastantes peças
do seu variado repertorio.
Sahida
Sahiu desta villa para
a Certã, o nosso amigo
Francisco Farinha David.
Leitão, que aqui veio pas-
sar alguns dias em compa- |
nhia de seu filho, o nosso
presadissimo amigo Alber=-
to Eugenio de Carvalho |
Leitão.
| Sentimos a auúzensia
d*aquelle cavalheiro.
k
Mercado mensal
Realisou-se m’esta villa,
no dia 2, o mercado men-
sal. Esteve muitissimo con-
corrido, para o que contri-
buiu, não só o dia por as-
sim dizer primaveral com
que fomos mimoseados,
mas o ser dia sanctificado.
IWizeram-se transacções:
de bastante vulto, princi-
palmente com relação a
gado suino,
—— aa ES Sra
Melhoras
“Está completamente res-
tabelecido o nosso amigo
Elias da Costa Carvalho,
dignissimo secretario da
administração do concelho.
9. ex.* já foi à repartição,
apesar de bastante abatido.
Folgamos sinceramente
a
com as melhoras de s, ex.stante abatido.
Folgamos sinceramente
a
com as melhoras de s, ex.@@@ 1 @@@
Desastre
Quando regressava d’um
: : É
Jogar, suburbios d’esta vil-
la, e nosso amigo Francis-
co Pires Coelho, cahiu de-
sastrosamente, ficando bas-
tante magoado.
Visita
Chegaram a esta villa,
e estão de visita em casa
do nosso collega w’esta re-
daeção o sr. dr. João Anto-
nio de Souto Brandão,
seus mano e amizo, OS
ex.” srs. Antonio de Souto
Prandão e Francisco Go-
mes de Barros.
Cumprimentamos s. ex.”
ep SEO DT 7
Bom tempo
Após um frio perfeita-
mente glacial e chuvas tor-
renciaes, que nos faziam
prever uma calamidade pa-
ra os lavradores, eh vista
de ser quasi impossivel a
apanha da azeitona e mes-
mo o seu fabrico nos laga-
xes, temos sido mimoseados
com uns dias amenissimos*
Separação
Madame Boulanger re-
quereu aos tribunaes uma
acção de separação de bens
contra seu marido o famo-
so ex-general,
“| conduzir além de tres ou mais
CAMPEÃO DO ZEZERE
QUADRAS
(Roca t
“Tu deste-me uma
D’ess
Não sei se o cora
Não supponho, se
Mas se m’a deste
Que eu exa o teu
Que eu perdou-te
ES e
Velocipedes
O exercito francez accaba
de adoptar nm novo typo de
velocipedes de quatro rodas,
perfeitamente . adaptavel ao
exercito, Põem-n’o em moyi-
mento dois homens e podem
viajar em caminho plano cem a
velocidade de 20 Kkilometros
por hora. O apparelho pesa 40
kilogrammas e tem logar para
homens, 50 kilogrammas de
equipagem, mas mn’este caso
Eellar de Verolas
LYRIGAS
yranva)
roza immaculada
(ue no jardim colheste, sem abrolhos;
Pitei-a, e via-a então toda orvalhada
as lagrimas tristes dos teus olhos.
ção tambem me engana.
Que cnlpa tinha a roza que chorasses ?!
Se a roza dos jardins «não é tyranna»,
quer, que a cortasses.
para demostrar-me
tyranno. sem ser roza;
Podes agora tu tyranizar-me,
a dôr. pomba formosa.
Braulio Caldas Ê
Elias Berthet
Morreu em Paris
Berthet.
Elias Berthet era um dos
mais notaveis e fecundos
romancistas da mo dema
França litteraria.
Tendo nascido em 1815,
em Limoges, estudou n’a-
prematuramente grande
gosto, a um tempo, pelas
perde a velocidade. O mais
notavel destes velocipedes é
que tanto podem correr sobre
dimarios. é
| carris como sobre caminhos o
sciencias naturaes e pela
(litteratura. Em 1834 apre-
sentou-se em Paris, onde |
tornou conhecidas as suas
primeiras tentativas, come-
t
f
í
FOLHETIM
QUATRC DIAS…
EM
edrsgam Grande
(Conclusão)
À villa é bonita e saudavel.
A’quem e além, como que
espreitando por detraz das pa-
redes dos quintaes, aparece o
verde-escuro da ramagem viço-
sa das larangeiras, derramando
na athmosphera a urna .dos
perfumes.
Em frente dos Paços do Con-
celho estende-se um vastissimo
largo, ornado de frondosas ar-
vores, levantando, orgulhosas,
a sua cópa para o azul; e, mais
adiante, sobre um pequeno ou-
teiro, destaca a elegante capel-
inha do Calvario a quem a
neta crença popular adora
m veneração.
alinhadas e limpas, apresentam
um aspecto agradavel.
Esta formosa povoação, pelos
elementos de vida que offerece,
póde vir a ser uma terra im-
portantissima.
[x
* *
Durante o curto espaço de
tempo que lá estivemos, assis-
timos a duas «soirées» em ca-
sa de dois sympathicos cava-
lheiros, o ex.””ºS srs. Antonio
Joaquim Simões Davide Elias
da Costa Carvalho, que tiveram
a delicadeza de nos convidar.
Foram duas noites divinas, €
das mais agradaveis que têsm
surrido à nossa existencia de
rapaz. :
Estes cavalheiros, sempre
amaveis e obsequiadores, eram
incansaveis em prodigalisar to-
dos os meios para que as horas
se convertessem em instantes,
voando rapidus como cs primei-
i
|
soffocam n’uma
falsa de verdade.
As dumas vestiam com pri-
morosa clegancia e simplicida-
de.
Sempre meigas e amaveis
com a alegria fresca dos anjos
a brincar-lhes nos labios de
carmim, captivavam pelos seus
encantos. Dançava-se até quasi
de manhã; e, só quando os
primeiros alvores da madruga-
da despontavam em argenteos
raios de luz, é que nos despe-
diamos, com saudade dos en-
cantos da nonte que lugia, le-
gendo-nos apenas pratas recor-
athmosphera
quecer.
* *
Na manhã de quarta feira,
dia 15 eu e dois amigos a quem
hávia – acompanhado-— Antunio
Farinha da Yonceição e Alber-
to David, fomos torçados -a di-
zer um saudoso «adeus» aos
ros allegros da juventude.
O serviço era mimoso, e offe-
| recido em profuzão, com aquel- |
: la sincera franqueza que não,
“existe nos grandes salões onde
descuidosos folguedos e diver-
timentos que nos embriagavari
a existencia, para nos entregar-
mos à trplice «amabilidade»
Às ruas, quasi rigorosamente [os ridiculos da etiqueta nos -de tres lições de direito com-
t
quella cidade, revelando:
dações que jamais poderão es-‘
cando alguns anucs depois
à adquirir celebridade com
os folhetins publicados no
«Siécle». De 18397 para cá,
Elas Berthet publicou um
grande numero de roman-
ces nos jornaes «Union,»
«Commerce», «Patrice» e
«Constitucionel», collabo-
rando tambem em vaiãas
publicações periodicas, – co-
a «Gazette del’Infance,»
«Paris Elegante», «Revue
du Siécle XIX» e «Journal
pour tous». ai
Muitos romances de Eli-
as Berthet, sempre notaveis
pelo bem conduzido e acci-
dentado da acção, bem co-
imo pelo interesse, habil e
artisticamente sustentado,
são conhecidos do nosso
público, tendo sido publr-
|cados, quer em folhetins
de diversos jornaes,. quer
“| em volumes avulsos.
Elias
“Citaremos alguns dos
romances de Elas Berthet:
«O ninho das Cegonhas»
(1849) «Os mysterios das
familias» (1854); «A fera
de Gévaudan» (1858); «O
homem dos bosques»(1861);
«A ave do deserto» (1863),
«O filho dos bosques »
(1865). «O refractario»
(1867); «Os dramas de
Cayena» (1868); «Os dra-
mas doclaustro» (1874), ete,
— Elromos
a
CREA Lo
mercial que, adormecidas no
somno tranquilo do esquecimen-
to, aguardavam o nosso regres-
ao. ,
A’s nove horas da manhã
demos o ultimo adeus ao ex.mo
sr. dr. Accurcio, notavel juris-
consulto e cavalheiro distinctisgi-
mo em casa de quem estivemos
hospedados. A delicadeza de
sua ex.º e a nobreza do seu ca-
racter, estão acima de todo q
elogio, por isso nós, temendo
offender a sua modestia, lemi-
tamo-nos a tertemunhar-l he
mais uma vez, & nossa admira-
ção e respeito,
Assim terminaram os quatro
dias felizes que deslisaram por
entre musicas e flores.
E ainda hoje, mal desperta-
dos de tão formosos sonhos
nos parece comtemplar os ange-
licos sorrisos das gentis hermi-
manas; € escutar as notas sau-
dosas do bandolim ao desferir
o seu ultimo… a
Adeus!
18-2-.88
S. Brandão
Y
Y@@@ 1 @@@
“praia.
Auteratura
Amor!
E a palavra mais sublime e
grandiosa que se alia ao doce
e sancto nome de mãe.
Amor! balbncia a ercanci-
ha, quando o rosto angelico
d’aquelle que lhe dewo ser, lhe
sorri meigamente. :
Amor! cantun-as aves pelas
Yamarias frondentes, quando o
sol desponta no horisonte, ou
quando desapparece por detraz
das montanhas,
| Amor! segreda a aragem
branda e perfumada da noute, |
quando a natureza se veste de
gala. ú
Borboleta branca e gentil,
que volteia em torno da rosa,
suspira e soletra timidamente
essa palavra que prende, fasci-
na e arrasta. O mar quando se
levanta irado e convulso é por
‘que tem pressa de oscular amo-
rosamênte a areia finissima da
%*
“4%
– O amor, é o elo poderoso e
sympathico que une a humani-
dade e vae enlaçar-se ao thro-
po do Creador.
Que seria da creança se, ao
entrar no mundo o anjo riso-
nho do amor a não acolhesse
sob “as suas asas côr de rosa?
Que seria dos esposos, se o
amor, junctando-os, não fun-
disse n’uma só as suas. almas?
Que seria do ancião se, ao
deixar pender a fronte para a
terra, não encontrasse o braço
do filho querido para o ampa- |
rar, ou 0 regaço da filha extre-
mecida para descançar a cabe-
ça fraca e vacillante?
Amor! palavra sublime e
magnetica que desprendendo-se
dos labios divinos da Virgem
veiu cair sobre todas as almas
e iluminar todos os corações!
O amor embala os pequeni-
nos, sorri à juventude e cunso-
la a velhice. :
Reguengos
Magdalena Martins de
Carvalho É
DR
“Club Pedroguenso
Teve logar a eleição dos
corpos gerentes desta as-
sociação.
Foram eleitos para:
Dirccção
Presidente — Dr. João
Antonio de Souto Brandão.
Vice-presidente–Dr. An-
tonio Henriques Farmha,
da Conceição.
” Thesoureiro — Epypha-
nio Jose David.
Secretario— Alberto Eu-
| TA.
| azeite commum, por espaço de
principe Baudoin, diremos
que ha mais de um seculo |.
mais se accentua é na pay-
[te que respeita à França.
CAMPEÃO DO ZEZBRE
genio de Carvalho Laitão.
Vogal–Elias da Costa
Cavralho:
Assúmbica geral
Dr. Accurcio Henriques
da Conceição.
José Diogo de Lemos.
Antonio Nunes Noguei-
Seceita
MODO DE LIMPAR TULLE,
RENDAS BRANCAS, EN-
TREMEIOS, ETC.
Descosem-se as vendas, do-
bram-se em pequenos pacotes,
os quaes se mettem em bom
24 horas. Prepara-se uma agua
de sabão muito espessa c faz-se
ferver e quando está a fer-
ver, deita-se-lhe dentro as ren-
das ou tulle, mettidas n’um
sacco. Passado um quarto de
hora, tira-se e se lava bem,
enxaguando-o em agoa morna
passando depoi: as rendas por
um banho de agua gommada, «
em seguida estendem-se e dei-
xam-se secear, correndo-se de-
pois a ferro com todo o cuida-
do.
—— RIR a er
Os reis
A proposito da morte do
que a fatalidade parece pe-
sar sobre os herdeiros dire-
ctos das corõas da Europa,
e onde esta particularidade
O filho de Euiz XIV
morreu em cireumstancias
mysteriosas, assim como
seu filho o duque de Bor- |
gonha,
O Delphim, filho de Luiz
XV, morreu jovem.
O filho de Luiz XVI
morren ainda creança no
Temple.
O filho de Canost, o du-
que de Berri, foi assasina-
do por Loupel.
O filho de Napoleão T
morreu aos 20 annos de
edade, desterrado da sua
patria.
O filho de Luiz Philip-
pe, e duque P’Orléans. suc-
eumbiu numa catastrophe
terrivel.
O filho de Napoleão HI
morreu obscuramente nos
confins da Africa sobre “a
azagaia de um zulu.
O filho de Alexandre |
Niza, na edade de 22 an-
nos.
O herdeiro da corôa
dº Austria, o archiduque
Rodolphe, morreu dºum
modo ainda hoje ignorado.
O rei dos Paizes Baizos
viu morrer successivamen-
te os seus dois filhos.
Emfim, Leopoldo II, de-
pois de ter perdido sen fi-
lho, assiste 4 morte de seu
sobrinho, o principe Bau-
doim. ;
Dariedades
Uma surpreza
Um lavrador dizia para ou
tro que tinha semeado uma por-
ção de batatas em certo terre-
no, e sabeis o que resulta?
Boa pergunta, lhe respondeu o
outro lavrador, vieram batatas.
Enganae-vos, vieram . porços
que as comeram,
*
Ha homens incapazes de
sentir e que todavia estreme-
cem ao contacto de uma lagri-
ma.
*
Quando chora a virgem dos
nossos encantos, cada gota do
scu pranto nos: releva um stn-
timento. E nunca, como” então,
parece tão formosa a nossos
olhos a sua imagem.
a *
Perguntavam a Calino o que
era um cadaver
—O cadaver é um. finado
morto a quem a morte tirou a
vida tornando-o defunto.
x
Os galles nuas torres
Alguem perguntou 4 um pro
vinciano qual era o motivo por:
que em quasi todas as torres
dos sinos, punham um gallo,
ao que immediatamente respons
deu, que era tm tonsequencia
de ser muito prejudicial collo-
cu uma galinha, por que
quando esta tivesse que por og
ovos, além de ser perigoso pa-
ra quem transitasse pelas pro-
ximidades, elles se quebrariam
por catisa da grade altura em
que estava:
* Pa.
A hoite é emblema da mês
Jancholia, à
— ANEONÇÃOS
ANÚNCIO |
– PELO Juizo de Direito da
Comarca de Pedrogam Grande
e cartorio do terceiro officio,
correm editos de trinta dias;
em cumprimento e para 08
effeitos do art.” 696 do codi-
go do processo civil, citando
para asistirem aos termos do
inventario oxphanologico a que
se procede por fallecimento:
de José Henriques do Poial,
morador que foi no logar de
Pera, treguezia da Castanhei
ra, todos os: credores e Jega
torios . desconhecidos.–ou– resi.
dentes fóra da Comarca.
Pedrogam Grande doze de
janeiro de 1891. ;
=0 Eserivão=
Alberto Eúgenio de” Carvalho
Leitão.
Venfiquei a exactidão
Moita |
Es Ml Em Bias
GONTOS PERSAS, TUAGOS E GHINEZES
POR
DERVIS
MOOCLES
Obra ilustrada com bellas gravuras
Oscar Mep
E uma obra verdadeiramente extraordinaria, cheia de sol:
o de vivos aromas, banhada por uma luz saliente e my’steriosa,
a ebra c m que esta” Empreza
inicia uma serie de publicações
destinadas a causar sensações, obras-primas devidas á pena au-
thorisada de escriptores de primeira grandeza, Esta, que nos
faz passar pelos olhos deslunbrados, como num sonho produzi-
do pelo opio, toda a phantastica vida oriental, é, sem duvida,
muito superior aos contos que existem troduzidos por Galland,
pois que encerra os mysterios, as remiuiscencias do Oriente,
desde a litteratura da India até aos poemas traçados nos confins
da Ásia, como o litteratura persa, arabe e japoneza.
Em todos os paizes onde
OS MIL E UM’ DIAS tem
feito a sua apparição, numerosas edições se tem logo esgotado:
em resumido espaço de tempo.
CONDIÇÕES DA ASSIGNATURA
|
LISBOA
Duas tolhas, par semana, de 8
paginas, em 8.º grande, al.
ternadas com bellas illustra-
cões pagas no acto da en-
ATÉRA, si feio nisi EMPL OIE
PROVINGIAS
à Um fasciculo quinzenal de:
Ú quatro folhas, de oito pagi-
j nas, uma gravura, impres-
são nitida, pagamento adiz
| antado….. vis LD gear
EMPREZA EDITÕRA DO MESTRE POPULAR
morreu prematuramente em b
2273, Rua da Magdalena, 2978=-92.º .
CQLISBOA 5)@@@ 1 @@@
“CHROMOS
De
Di

E
bro
De
D. Magdalena Martins de Corvalho
O livro que brevemente váe
o titulo de VCHROMOS, e onde
liosissima colleeção de contos, vãe ter um grande sucecesso por
ser uma obra de merito, onde o
verá apreciar: se o elevado do e
A sua auctora e uma escriptora distintissima, como o attes-
tam as suas producções que são
pecialmente no Alemtejo; e o liv
uma larga extracção não só ali,
appareça algum exemplar.
Condições da
O livro CHROMOS, formará um elegante volume que,. em
Reguengos e na Certi, pode ser
Preco 300 reis
e nas demais localidades por 320 reis.
Pedidos á auctora, em Reguengos, 00 ao editor Joaquim Mar-
ins Grillo, na Certã.
CAMPEÃO DO ZEZÉRE
Companhias
Hamburgueza
MALA REAL
Portugueza
Lioyd Bre nen
Ete. te.
Cantos
ver a luz da publicidade sob
se reune uma admiravel e va-
1a
leitor vacila no que mais de-
E 15 de cada mes.
stylo, se o búrilado da phrase.
nos, um quarto de passagem; e de
muito procuradas e lidas, es-
ro que ora vãe aparecer terá
mas em qualquer parte onde
tuitas as familtas, de trabalhadores
do Brazil, d’esde Lisboa ate
assignalura
adquirido pelo modico. recehidos.
Agente na
IAM
Para todo os poatos do
rustl, Gira Orden
SAHIDA DI LISBOA, para todos os portos d’Africa, em
As creanças de passageiros, ate dois annos,
cinco a dez anos m
Para os diversos poutos do BRAZIL, em difierente
Passagens gratuitas para o
Nos magnificos paquetes da Vompanhis Ch
da Lisboa em um dose e vinte e dois dois de cada
que desjeem
ao Rijo va Janei
Verno conçede-lhes transporte gratuito alt a P
se abi são livres para empregarem a sua act
quê mais lhe convenha não contrabindo nenhum
Na redacção d’este jornal prestão-se esclar
Eextã
diarias Grillo
de ilnvepação
Chargenre
REUNIS
Messagereis
Maritimes
Etc. Ete.
tal e Oriental ate,
gratis: de tres a quatro an-
eia passagem,
“ dias dosumezes
Brazil
arguers Reunis que sahem
ez dio-se passagens gra-
ir para quasquer Provincia
ro. Asua chegada ali, o Go-
tovincia a que se distinem,
ividade laboriosa trabalho
a divida pelos beneficios re-
ecimentos,
besta 6.6 Betão
Escrivão e Tabeilião
Pedrogam Grande
ESCRIPTORIO
Rua deMiguel Leitão d’Andra-
* de:
Advogado .
“J. A. de Souto Brandão
ESCRIPTORIO FORENSE
Largo da Igreja
Pedrogam Grande
—— ong o——
Nºeste escriptorio toma-se
conta de qualquer causa civel,
erime ou prommoções quer
-dependam dos tribunaes da Co-
márca de Pedrogam Grande
quer de outros quaesquer tri-
bunaes do paiz; e tambem de
outros quaesquer negocios civis
das repartições publicas desta)
villa, ou fora d’ella.
ESSE RR VERA ET EPA EDTaS
* Mercearia e Tabacaria.
DE
Augusto. Thomaz Barreto
Rua de Miguel Leitão d’Andrade
ESTA acreditada casa acaba de
receber fina manteiga e bons assuca-
res, chá € café, que vende por preços
muito rasoaveis, assim como esta á!,
espera de magificos charutos é outras
qualidades de tabacos,
danos) Casana
Largo do Municipio
Estabelecimento de ferragens
louças ecabedal, Agente
da Companhia de
Oltrins
João Antonio Caetano
Rna do Eirádo
Abilo Nogueira David
Ep to
Mercearia e Tabacaria,
í
cernente a esta arte.
Lrrocapm
E,
4 OAQUIM Elarmrss Errto
Travessa Pires N.º 1.2 e Becco da Imprensa N.º9
CERTA
NITÍDEZ RAPIDEZ
E ã ú
Bom papel Preços modicos
Nesta typographia confecionam-se com rapidez quacsquer
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Revista Remamal, Lidie-
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cata numero 20 réis, com 16 pagi-
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Toda a correspondencia deve
ser dirigida a João ‘ Romano
Torres rua do Diario de Noti-
cias 93-— Lisboa
— EDITOR Fa
==Albano Nunes Roldão== S
Typagraphia e impressão
Travessa Pires, N.º 102
=CERTÃ=
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