Beira Nova nº3 15-05-1932

1
A Premio Lares pimewre

ANO “I-NUMERO 5

Lat
Domingo, 15 dejMaio deftl952

PEIR

QUINZENÁRIO

PRÓ DEFEZA DOS INTERESSES DOS CONCELHOS DA SERTÃ, PROENÇA-A-NOVA, OLEIROS, VILA DE REI E PEDROGÃO GRANDE

Director e Editor: NUNES COSTA

Propriedade do Grupo “BEIRA NOVA” (em organisação)
Redacção e correspondencia: RUA DO DESTERRO, 23, 3.-E.

LISBOA

Composição e impressão : Rua Antero do Quental, 16–Tel. N. 3097

ASSINATURAS
ADO Ss e STS cai rio 2 LA ADO,
Semestre. …. A TÃS 6800
Trimestre… ….. 3800

Administrador: GUSTAVO ÁLVES
Administração : Pedrogão Pequeno (SERTÃ)

Corpo Redatorial :

AmeriCO REBORDÃO, MARIO TAVARES E MARTINS MOREIRA

Carta de Lisboa

FORAARADAAARARAELAA EA

A salvação moral do homem, em
qualquer parte do mundo está na sua
reputação na sociedade.

quem ergue esta reputação, este
esplendido baluarte de defesa por
uns e agressões para os outros, é a
opinião publica.

À opinião publica é atal força po-
derosa e misteriosa que destroe e
constrve, derrota e aviventa os ho-
mens na vida, E

“No seio dos grandes centros a opi-
nião publica é o Juiz supremo que
lança a sua.sentença em uliima ins-
tancia e contra ela não.é possivel ne-
nhum argumento, No entanto, quem
se der ao trabalho intelectual e filo-
sofico de indagar a origem dessa
força cega que de repente surge para
abater os tronos e conspurcar credos,
com egual capricho como escolhe no
enxurro das cidades os valores mo-
rais e mentais, consagrando-os € ito-
pondo-os ao respeito e á consídera-
ção de todos, vê-se constragido e ater-
rado deante da ingenuidade de uns é
a malicia infernal de outros que a tal

“veneno mortal deram origem, Isso da…

opinião publica, escreve um pen-
sadór inglez, depende de um momen-
to e num abrir e fechar de olhos o
escorcéu se forma, a celeuma, o es-
canda-lo, a algazarra vermelha toma
as proporções de uma fatalidade, E’ a
sp anio publica! O que ela quererá
afirmar? A verdade? A mentira? O
publico, o grande publico não se
atreve a fazer essa pregunta e assim
muitas vezes os aventureiros como
Al-Capone passam á categoria de he-
rois. E quantas vezes nos sucede a
propria inocencia convencer-se, pe-
rante o veridictum da opinião publi-
ca, de que praticou o crime que na
ST não praticou ?

A proposito lembro-me de ter lido
algures o seguinte—um inocente con-
denado á morte, ao atravessar o pá-
teo tragico da pena capital, quando
ouviu o grito do povo que clamava
pela sua morte, disse, ao subir ao ca-
dafalso, voltando-se para a multidão:
depois de a opinião publica não acre-
ditar na minha inocencia, morro qua-
si convencido de que sou o autor do
crime que não me lembro de ter
praticado. — x

*

Lisbôa, que sempre foi o fervedou-
ro dos escandalos e com isto só ela
afirma a sua qualidade de ser uma
capital reclamada pelo seu tumultuá-
rio viver, necessita hoje mais do
que nunca uma vigilante e persisten-
te atenção sobre o que se diz e o que
se escreve, para não ocasionar tais
erros de condenar os inocentes e
deixar passear livremente os crimi-

nosos.
E. M.

Imprensa

Noticiaram tambem o aparecimen-
to do nosso jornal, em termos que
nos penhoram, o «Heraldo de Olei-
ros», nosso irmão mais velho na
causa por que nos batemos, o «Bei-
rão», incansavel defensor das Beiras
e a «Regeneração», valoroso semaná-
rio de Figueiró dos Vinhos.

A todos os colegas, os nossos

gradecimentos,

 

Hábitos que não cansam

Quem viver na pacatez de uma vila ou aldeia sertanejas, se
não lhe falharem medianas qualidades de observação, consegue
forragear ensinamentos preciosos, no exame sereno de alguns as-
pectos da vida local. i ;

Entre muita coisa, há-de apurar que, nêsses burgos de pouco
fôlego, se tende incorrigivelmente para a segregação dos grupos,
por via exclusiva de idolatrismos pessoais. !

“Os personalismos—e tomamos o termo na sua significação pe-
jorativa — encontram: em nossas terras excelente caldo de cultura
para seus malefícios, i

Influências atávicas, que não desarmam ao primeiro golpe, as
proprias condições do meio empobrecido de recreações viris, on-
de o «dize tu, direi eu?, da porta das farmácias, chegá a constituir
exigencia fisiológica de espíritos desocupados, concorrem eviden-
temente para assoprar a proliferação dessa praga daninha.

Junte-se a isto a ausencia de uma educação criadora de bons
costumes, e obter-se-á, para o facto, a explicação que mais satisfaz.

Raro se atende, quando se trata de escolher um chefe, aos
seus méritos reais, à sua maior ou menor contribuição para a boa
marcha das coisas públicas.

k Não se procura um mentor, não se pretende o colector de uma
corrente de opinião. Cura-se apenas de saber se o individuo em
questão -promete-distribuir-benesses-ou-lisongear vaidades. –

Fulano leva a palma em subtrair o maior número de mance-
bos à militança ?

E’ ele que me convem. E’a ele que sigo. Beltrano não aprontou o
favorzinho que lhe roguei e que—vamos—não era lá muito legítimo?

Vá de crivá-lo de nomes feios e de deitar achas para a foguei-
ra da sua impopulariedade.

Assim se laboram reputações e se arrazam créditos. Assim,
por este processo vicioso, se extremam os campos e deflagram as
lutas pequeninas, estéreis, — as clássicas contendas de campanário.

Se sucede que a terra, sonolentamente acalentada pelas falá-
cias dos desavindos, não anda um passo para a frente, está hoje
onde estava ha dez anos, e daqui a dez anos onde está hoje, logo
rebentam de todos os lados os acusadores, como títeres, incrimi-
nando as próprias pedras das calçadas do lesivo improgredimento.

Tudo isto é muito triste, na verdade. E mais entristece ainda,
se consideramos que se trata de um mal dificilmente combativel,
um mal que vem de longe e deitou raizes no sub-solo.

Devemos, então, cruzar os braços, numa confissão de impo-
tencia contra esse mal?

Decerto que não.

Façamos ao menos o que em nós couber para que os seus

(Continua na 4º página)

O CABRIL
(Cliché gentilmente cedido pela senhora D. Maria Gabriela de Salis Amaral)

Miradouro …

Esta primeira quinzena de Maio,
que todos nós previamos que passas-
se pela face da terra com pés alino-
fadados, por entre flores e gorgeios
de passarada, só deixou, afinal, por
esse mundo, alem, pégadas de des-
graça.

Em Paris, mãos desvairadas pros-
tam para sempre a veneranda figura
de Doumer, ferindo a nobre França
em pleno coração.

Lyon é teatro de uma grande tra-
gedia, onde perderam a vida, em con-
dições horriveis, mais de duas deze-
nas de pessoas,

No Porto, um desastre marítimo,
sepulta no oceano algumas vidas pre-
ciosas.

E para fecho deste balanço maca-
bro, a imprensa noticia-nos o apare-
cimento do pequenino cadaver do fi-
lho de Lindbergh, obra de banditismo
requintado, que faria corar de vergo-
nha as próprias hienas.

Doce Maio! Que fizeste dos teus
clássicos encantos ?. .

E’ hoje que se realiza, na capital, a
festa das Beiras,

Do seu programa fazem parte uma
sessão ne Teatro Nacional, em que
se exibem alguns motivos regionais,
e uma sessão solene na Sociedade de
Geografia em que serão expostos,
por representativas individualidades,
os maiores problemas da nobre Beira.

Associamo-nos, de alma e coração,
a esta simpática festa, fazendo votos
para que ela resulte uma vibrante
afirmação de regionalismo, entre, as
muitas que tem sido levadas a efeito
pelos nossos comprovicianos,

Lembramos à ilustre Comissão Ad- |
ministrativa da Camara da Sertã a
conveniencia de, a exemplo do que
já fizeram outros municipios visinhos,
mandar caiar as casas de habitação
dos principais centros urbanos do
concelho.

Não ha ninguem que não aceite de
boamente essa determinação, desde
que lhe marquem prazo suficiente
para lhe dar cumprimento.

E’ preciso darmos ás nossas casas
o aspecto acolhedor que elas, na sua!
grande maioria, infelizmente não apre-
sentam.

Mão amiga de conterrâneo envia-
nos um opúsculo em que se rende
preito 4 memória de Casimiro Freire,

Poucos conhecem o exemplo for-
midavel da vida desse apóstolo da
instrução e da democracia, que dá o
seu nome a uma rua de Lisboa e a
outra de Pedrogão Pequeno, terra
que lhe foi berço e túmulo.

Aguardamos o momento oportuno
de exaltarmos nas nossas colunas a
obra do grande português e conter-
râneo querido.

Por agora, limitamo-nos a evocar-
lhe a memoria, com enternecida sau-
dade, dirigindo os nossos agradeci-
mentos á pessoa que gentilmente
nos ofertou o opúsculo biografico.

2
A MULHER E à
INSTRUÇÃO

No elevado número de anal-
fabetos que infelizmente se con-
ta nosso país, cabe 4 mulher a
maior percentagem porque em
todos os tempos foi encarada
como ser que dispensa instrução.

Nas gerações passadas, a mu-
lher verdadeiramente instruída
era uma excepção e, na genera-
lidade, a instrução mais rudi-
meutar constituia um previlégio
daquelas a que a sorte permitia
esse luxo.

Modernamente este errado
conceito vai desaparecendo. Já
não ha apenas um ou dois no-
mes de mulheres que na socie-
dade actual têm um lugar de
superior categoria, devido unica-
mente á sua ilustração, e nas
escolas médias e superiores, a
frequência das raparigas é uma
animadora esperança do nosso
desenvolvimento intelectual no
futuro.

Mas, se nos consola o reco-
nhecer a disposição estudiosa de
algumas raparigas de hoje, com
tristeza observamos também,
que, principalmente nas nossas
provincias, onde a ignorância é
mais crassa, existe ainda um
grande atrazo quanto ao valor
da instrução em geral, e mais
acentuadamente no que respeita
á educação da mulher. Disto se
ressente o limitado número de
crianças do sexo feminino que
frequenta a escola primária e,
entre estas, muitas ha que mal
chegam a aprender a fazer º seu
nome.

Na maior parte, as raparigas
— e os»próprios. pais —vivem
ainda persuadidas de que não
precisam cansar a memória a
estudar; isso é bom para os
seus irmãos, para aqueles que,
tendo necessidade de ganhar a
vida, se destinam a profissões
liberais.

Nesta acanhada maneira de
entender, a rapariga depois de
sair da escola acha-se liberta
dos livos de estudo, e, em vez
de procurar desenvolver os co-
nhecimentos que ali adquiriu,
muitas vezes simples noções
que são como que o desbastar
da sua ignorância, desinteressa-
se de tudo o que diz respeito
á cultura do espirito, péssima-
mente convencida de que na
vida doméstica a que natural-
mente se destina não carece de
vastos conhecimentos.

E’ justamente o contrário do
que se devia entender-se.

A vida do lar não é isenta de
problemas difíceis, de graves
responsabilidades, e a acção da
mulher será tanto mais profi-
cua, quanto menos ignorante ela
fôr. Quantas vezes é a ignorân-
cia a causa únicada sua infelici-
dade e daqueles a quem ela
mais quere.

Se profundarmos o valôr mo-
ral da mulher mãe de família,
compreendemos que ela neces-

– sita e merece ser muito instrui-
«da para que seja uma boa cria-
dora e educadora dos seus fi-
lhos, para que mantenha dentro
do seu lar aquele ambiente de
paz e de felicidade que, indubi-
tavelmente, influi no bem-estar
da grande familia, — a humani-
«dade, Maria Celeste S. Alves

reio da Beira”,

Quem escreve para o público
tem por fórça que contar com

“os precalços da polémica,

Não há ninguem que não se
julgue claviculário da verdade,
mesmo que se trate de uma ver-
dade para seu uso. Sôóbre um
minúsculo ponto de apoio que
a nossa subjectividade facilmen-
te avoluma, constroe-se, sem
custo, uma certeza.

Que ninguem lhe toque! O
que lhe deu vida e a alimentou
bater-se-á por ela ciosamente.
Mobilizará tórças inexauriveis
para a manter.

A’s vezes não é por teimosia,
por obstrucionismo puro que
o faz.

Procede por uma defeituosa
visão das realidades. Culpa do
tal ponto minúsculo, que a sua
fantasia agigantou.

x

O nosso presado colega «“Cor-
pela pena do
seu ilustre director, opõe ao ar-
tigo aqui publicado—<O mag-
no problema da
«maior formal e veemente dis-
cordância?.

Era-de esperar.

Quere-nos parecer, porêm,
que o «Correio da Beira» não
foitão feliz em justificar essa dis-
cordância que consiga levar-nos

«de vencida, ao primeiro impul-

so.

Serenemos, caro colega.

Não turvemos, com fáceis en-
tusiasmos, a transparência cris-
talina dos factos.

A verdade é, muitas vezes,
como moeda em pôço: só se
vê, se não agitamos a água.

A «Beira Nova? não deu mor-
ras ao caminho. de ferro trans-
zezeriano. Quem lhe déra, até,
que êsse melhoramento se con-
quistasse.

Quod. aunbdat, non nocet, di-
ziam os latinos, e“ aceitamos
nós.

Não nos insurgimos contra a
pretendida construção do cami-
nho de ferro, como não nos in-
surgiriamos contra o estabeleci-
mento de uma carreira de aviões
para servir a’ nossa região, se
alguem se desse a concebê-la.

Do que duvidámos—e duvi-
damos-—é da viabilidade de exe-
eução do projecto, encarado sob
o duplo aspecto económico e
técnico, que tanto vale por di-
zer, joeirado de romantismos
bairristas, absolutamente incom-
pativeis com as dificuldades e
circunstâncias da época presen-
te. E porque assim pensamos, é
que entendemos cumprir um
dever, alvitrando que se acuda
primeiro a outras necessidades
bem mais avultantes da nossa
terra.

Não vê o colega em que é
que o desenvolvimento, quási
vertiginoso, dos transportes me-
cânicos possa contra-indicar, em
certos casos, construção | de vias
férreas.

Pois vemos nós.

Quem pode negar que os
nossos caminhos de ferro não
estão suportando uma concor-
rência asfixiante por parte das
carreiras de camionagem ?

Não é leal essa concorrência,
como alguns pretendem ?

Beisa Nova feá

região»-—a :

Não curamos de sabê-lo: Basta
que constatemos o facto.

Os sintomas estão á vista.

A €, P. acaba de estabelecer
carreiras de auto-car numa das
suas linhas, em contra-partida
de competição.

E imagine-se o que sucederá
quando se generalizarem entre
nós os motores a óleos pesados
quando o carvão, o aleool, ete.
se usarem na nossa viação me-

cânica, embaretecendo ainda
mais os fretes.
As companhias ferroviárias

não levam vida desafogada, to-
dos sabem.
Ao que nos consta, o C. F.
da Beira Baixa acusa déficit.
Dizem-nos tambem que o
próprio ramal do Entroncamen-

to a Tomar se encontrano mes»

mo caso..

Perspective o leitor, agora, a
construção da linha pela nossa
região.

Está a vêr, em primeiro lugar,
quanto a engenharia há-de es-
falfar-se para a fazer transpôr
o vale do Zêzere.

As voltas que ela há-de descre-

ver para fugir à abrupteza das
suas empinadas ravinas.

À quantidade de obras de
arte—pontes, aquedutos, túneis,
etc.—que será mister construi-
rem-se para êsse fim.

E diga-nos, com franqueza,
onde está a companhia que
queira tomar sôbre seus ombros
essa empreza formidável.

Objectar-nos-hão: o Estado
que-faça, o Estado que auxilie.

Sim, o Estado tem as costas
largas. Mas nem sempre se de-
cide a suportar todos os fardos…

E as nossas madeiras, OS nos-
sos vinhos, os nossos azeites, as
nossas frutas:e hortaliças-—quem
há-de carrear tudo isso para
os mercados ? pregunta o «Cor-
reio da Beira?.

Nós respondemos que as nos-
sas madeiras, sôbre serem
de dificiente qualidade, não
alimentariam, por muitos anos,
otráfego, se não euidássemos
de repovoar os nossos pinhais,

E o impetúoso Zezere ainda
é um meio de transporte fóra
detoda a concorrência de preço…

O azeite exportado. pela nos-
sa região é realmente finissimo,
mas em quantidade insuficiente
para pesar, mesmo a títuio de
colaboracão, no volume do trá-
fego.

Quanto-ao vinho, se houves-

se de movimentar-se, sería em
sentido ascendente, pois aínda
importamos algum.

Às nossas frutas… as nossas

hortaliças…

Mas as nossas hortoliças mal
chegam para compor o magro
caldo do-nosso camponês e as
frutas só de longe em longe
assomam de alguma quintarola,
desafiando o apetite do vian-
dante, delas desavezado.

E” a nossa região, ao menos,
uma região industrial?

Não nos iludamos.

A nossa terra figura entre as
mais formosas, mas tambem en-
tre as mais pobres do nosso
país.

Não lhe chamem rica, que a
ofendem com essa ironia!

À propósito dúma
entrevista

Pela entrevista concedida pe-
lo sr. capitão Farinha Mateus ao
nosso jornal, vejo que alguma
coisa de util é proveitoso se tem
feito em prol do Concelho. Fe-
licito pois o sr. capitão Mateus,
não esquecendo tambem a ac-
tual Comissão Administrativa
que tão atincadamente tem en-
vidado os seus esforços. ém
prol das necessidade e do em –
belezamento da vila de Proença.

E sem a pretensão de que
estas palavras se tomem como.
lisonja, eu desejaria que elas
servissem, apenas. como estimu-
lo no empreendimento. doutros
melhoramentos que carecem de
atenção imediata. Quero-me re-
ferir às fontes, e em especial à
Fonte Velha e à de St.” Marga-
rida. Pois, muito embora aque-
las fontes “fossem — como diz
o sr. capitão F. Mateus—limpas e
defendidas contra as inilitrações,
não foi suficiente tal reparação,
E digo que não foi suficiente,
porque se fossem, não eram as
primeiras águas ou batega mais
forte que iriam conspuscar a
água nascente da fonte. Isso só
seria possivel se a nascente fos-
se muito superficial.

Ora, em qualquer delas, a nas-
cente encontra-se a alguns me-
tros de profundidade.

E ainda a respeito de limpeza
eu lembrava que se puzesse em
execução esse tão discutido pro-
jecto do tanque lavadouro, isto
é, que se mudasse para um lo-
gar onde o seu mau cheiro se
não fizesse sentir, pelo menos,
na via publica.

E’ lamentável, para não dizer
condenavel, a existencia de tais
depositos junto de fontes que o
vulgo, pelo menos, considera
medicinais.

E pondo já de parte o seu va-
lor terapeutico, se: é que ele
existe, creio que é razão sufici-
ente para retirar dali o referido
deposito, o mau cheiro, o fetido
impestavel exalado pelo – dito
tanque. s

Chamo. pois atenção de quem
competir para este caso crente
de que alguma coisa de util re-
sultará em favor desse povo
trabalhador e bondoso — o po-
vo proencense.

; M. T.

VISADO PELA COMISSÃO
DE CENSURA

Honrada e bela, sim!

Mas pobrezinha — que que-
Femipa is

Apesar disso, nós ‘queremos-
lhe enternecidamente, como se
pode querer a uma mãe dedi-
cada, embora humilde.

O sr. dr. Virgilio Godinho é
um homem incapaz de ofender
alguem. y

Se o não soubessemos, sen-
tir-nos-iamos molestados com
a interpretação que deu a certa
expressão . nossa, – supondo-a
desdenhosa para a nossa terra.
Não. Nós não desdenhamos da
nossa terra, porque não teria-
mos coragem para desdenhar da
nossa mãe,,,,,,

3

Beira Nova

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4

Beira Nova

 

A “Beira Nova” e os
seus amigos

Meu caro Martins Moreira:

Mostrou-me a tua mão amiga o
primeiro numero da Beira Nova — e
eu pressenti logo, atravez do teu en-
tusiasmo pela obra que lá se prome-
tia, que na verdade nos estava pro-
gnosticado, a ti e ao belo quinzenario
de que és redactor, um caminho glo-
rioso de triunfos. Não é impunemente
que se tem sensibilidade, A tua, obje-
ctivando-se num entranhado regiona-
lismo, escancara a serenidade dos
teus afectos á terra, os mais humanos
de todos, atravez dos artigos que es-
ereves-te. Para mim, que te conheço
bem, para quem a quietação da tua
puresa intelectual não tem segredos
— encantou-me saber que te tinhas
proposto, num amplo e humanissimo
sentimento, executar as tuas muitas
possibilidades em beneficio da tua
região. Amar a terra que nos viu nas-
cer é tão signaficativo como o amor
que nos liga a nossos país. Se, atra-
vez dos passos trémulos da nossa
vida, outra verdade maior não apare-
ce que a da saudade pelas verduras
triunfais da nossa aldeia, com todo o
acompanhamento das recordações
que a caracterisam, é como não lou-
var o teu gesto formoso da dedicação
de uma parte da tua inteligencia e do
teu trabalho á tarefa de pugnares
pelas prerrogativas, pelas necessida-
des e pelas belesas da tua região ?

O regionalismo, sendo necessaria-
mente o gerador do puro nacionalis-
mo, do nacionalismo sem camouflages
politicas, as mais das vezes preten-
ciosas e falsas — interessa pelo indice
de beneficios que acarreta. Faço votos
sinceros para que Beira Nova, que
tão galhardamente se apresenta na
liga da imprensa portuguêsa, não
esqueça jámais que o seu dever terá
de ser únicamente o de nunca transi-
gir com os inimigos da região de que
se propôz arauto: de indefectivel.
mente trabalhar para que todas as
mais Instantes reclamações sejam
atendidas e de pugnar para que uma
nova consciencia nacional se forme,
com mais nitidês e precisão que a de
hoje; já descolorida como as glicinias
que, dias e dias, se demoram nas
jarras… E! necessario que os movi-
mentos de renovação inteligente
substituam o figurino velho e anti-
humano das revoluções improfíquas.
Destas nunca fica nada, a não ser o
sangue martir do ideal, Urge que as
ideias se vão amoldando sempre ás
diferentes necessidades sociais.

A Beira Nova conta com o teu va-
lor, com a sinceridade do teu regio-
nalismo. Estou certo de que nunca
desmerecerá da sua confiança, Faço
votos ardentes para que isso aconte-
ça, — afim de que Portugal saiba com-
preender, atravez das reclamações do
teu quinzenario,as palpitações duma
das suas mais belas regiões.

Teu, sinceramente:
Lisboa, 10 de Maio de 1952.

Manuel Anselmo

N. R.— A carta queo sr. dr. Manuel
Anselmo enviou ao nosso reda-
ctor, de quem particularmente
é muito amigo, vinha acompanha-
da duma outrem que éle com
muito prazer nosso, nos promete
a maior assiduidade na sua fu-
tura colaboração,

O sr. dr, Manuel Anselmo é um
dos mais altos valores da moder-
na geração, cuja cultura eindiscu-
tivel preparação intelectual € já
conhecida na imprensa portuguê-

sa,
Felicitamos os nossos leitores
pela sua brilhante colaboração.

PROGRESSO –

Sobreira Formosa, 26/4 — Formou-
se nesta vila a «Empresa de Trans-
portes Sobreirense Lt.º que se pro-
poz fazer as carreiras entre esta vila
e Alferrarede todas as terças-feiras,
quintas-feiras e sabados.

Assim têm os nossos conterranios
residentes em Lisboa e arredores um
meio dz transporte rapido, comodo
e economico para quando quizerem
visitar a sua terra natal.

Que tenha longa vida acompanhada
das maiores prosperidades,

DE TODOS OS CANTOS DA REGIÃO

Pedrogão Grande

Foi inaugurada no dia 2 do corren-
te mês a nova feira mensal de gado,
Os dias marcados são os mesmos da
feira que já existia na primeira se-
gunda feira de cada mês,

Afeira que regularmente se efectua
todos os mêses aflue sempre muito
povo, na maioria lavradores, de re-
giões muito distantes. Foi éste o mo-
tivo que presidiu à iniciativa de am-
pliar, de acordo com os interêsses
mais importantes, a número de tran-
sações.

Lançou-se um apelo a todos os la-
vradores neste sentido que teve o
melhor acolhimento.

Apezar de não se realizar a propa-
ganda fóra desta localidade foi digna
de nota a quantidade de animais ex-
postos.

Destacou-se principalmente a con-
corrência do gado bovino; calculando-
se em cem o total de junta de bois.

O restante gado, especialmente
muar, e lanigero encontrava-se em
proporções apreciadas.

No gado cavalar apareceram alguns
exemplares que merecem especial
atenção.

As transacçõesefectuadas atingiram
cifras avultadas.

*

O Municipio recebeu a quantia de
10000800 para ultimar as obras na
escola primária da Freguezia da Gra-
ça. A empreitada foi adjudicada ao
sr. Antonio Marcelino que em breve
espera concluir o trabalho.

x

Faz-se sentir, cada vez mais, a falta
duma ligação telefónica com esta vila.
As constantes reclamações desta
vila não têm merecido a devida aten-
ção. A! pouco tempo considerava-se
um facto em via de realisação a mons
tagem da rede,
A única dificuldade que surgiu era
a adquisição da casa para a Cabine
Pública sendo finalmente escolhida
para êsse fim uma dependancia do
edificio dos Correios e Telegrafos
pue é pertença do Municipio.
Depois de desaparecerem as difi-
culdades abandonasse uma obra de
tão grande utilidade para tantos’po-
vos que reclimam os beneficios a
que legitimamente têm direito.
Pedrogão Grande encontra-se cir-
cundado por terminus de diferentes
linhas telefónicas que distam apenas
aproximadamente duas leguas o que
bem demonstram as despeza insigni-
ficante que exige uma obra de tão
grande proveito regional,

Pedrogão Pequeno

Em visita de estudo estiveram no dia
2no Cabril um grupo de oficiais do
exercito, visitou, que, segundo nos
informam, se prende com a constru-
ção da estrada N.º 54 —. 2,9

x

Conforme as reclamações de que «O
Seculo» se ocupou, foi adjudicada em
arrematação a repareção dos muros
da actual estrada do Cabril, assim co-
mo o alargamento de uma das mais
perigosas voltas da referida estrada.

Sertã

Faleceu na sua casa da Coviceira
(Sertã), o sr. Farinha Leitão; os nos-
sos sentidos pêsames.

*

Realisou-se no dia 5 o funeral da
sr.* D. Maria José Miranda, extremo-
sa esposa do sr. Luiz Antonio, ofi-
cial de deligencias aposentado, e avo
do nosso presado assinante srs. Ar-
mando Antonio. A” familia enlutada
os nossos pesames.

*

Fez anos no dia 6 a menina Maria
Helena, gentil filhinha da sr.º D. Er-
melinda da Silva Godinho e do sr.
Dr. Virgilio Godinho. Os nossos pa-
rabens.

*

Estiveram na Sertã os senhores :
Coronel Conceiro de Albuquerque,
general Ferreira Martins, coronel
Maia Magalhães, coronel Pereira dos

Santos, coronel Miranda Cabral, Ma-
tias de Castro, coronel Anacleto dos
Santos, tenente-coronel Barros Ro-
drigues e capitão Carvalho, Bernar-
dino Moreira, Américo da Paixão,
Angusto Dias Lourenço e esposa, dr.
Acacio Lima, dr. José Garcia e dr.
Branho Afonso.

Encontra-se nesta vila a sr.* D. Ju-
dith Tasso de Figueiredo Conceiro
de Albuquerque.

Xe

Regressou de Coimbra o sr. Dr.
José C€, Ebrhardt e sua ex.ma esposa.

*

No dia 22 do mês passado, fizeram
anos a menina Irene Carveiro de
Moura e o sr: Eduardo Barata Corrêa
e Silva.

*

Estiveram nesta vila, tendo já re-
gressado a sua casa de Alvaro o sr.
dr, António Mendonça David e o sr.
Alfredo Mendonça David, esposa e
filhinho,

x

Regressou a esta vila a gentil me-
nina Maria do Carmo Farinha, que
em Lisboa esteve a tratar de sua sau-
de. Era acompanhada pelo sr, Joa-
aum Nunes e sua esposa D, Laura

unes.

*

Encontra-se doente um filhinho do.
sr, Anibal’ Corrêa cujas rapidas me-
lhoras desejamos,

*

Deu & luz uma creança do sexo
masculino, a sr.* D. Maira de Lour-
des Campino, esposa do sr. Pompeu
Nunes Campino, tendo o neófito re-
cebido na pia baptismal o nome de
Antonio Mario Pinto Campino.

*

Encontra-se desde ha tempos uma
vala aberta no fundo da Rua do Vale,
supondo que seja para colocar o fa-
lado colector para os esgotos da
mesma rua.

Alvaro

Está nesta vila, de visita ao sr. Dr.
António de Mendonça David, seu cu-
nhado, o sr, António Augusto Neves,
sua esposa e filha.

*
Vindo de Lisboa, chegou a esta vila
o sr, Firminio Lopes, a-fim-de tratar
de negócios, tendo acompanhado até
à Sertã, seu sobrinho sr, Dr, Isidro
Lopes, advogado na capital.

Vila de Rei

Tambem se encoatra fazendo serviço
na estação Telcgrafo postal desta vi-
la, o nosso Ex.m> amigo sr. Joaquim
Baptista Mendes, dignissimo oficial
de 1,2 classe da Secrstaria dos Cor-

– reios e Telegrafos de Castelo Branco,

x

Como nos anos anterisres, realisa-
se no próximo dia 22 a festa da Rai-
nha Santa Isabel que éste ano será
abrilhantada pela filarmonica do Sar-
doal.

*

Por se terem agravado os seus pa-
decimentos, saiu para Lisboa, o sr,
Cesar Santana, natural de Valadas–C,

*
“Tomou posse do lugar de Tesou-
reiro da Fazenda Pública, o Ex,mo
Sr. António Mendes Ferro.

Proença-a-Nova

Cumprimentamos ha dias nesta
vila os srs, Carlos Alves Catarino
sub-iuspector dos Correios, Dr. Ma-
noel Alves Catarino e esposa e Carlos
Queiroga Tavares, comerciante em
Lisboa.

Tambem estiveram ha dias nesta
vila a sr% D, Amelia da Conceição
Lanz Reis e sua filha Adozinda, de
Aldeia Gavinha.

A mesa Administrativa da Santa
Casa da Misericordia nomeou seu re-
preseutante ao IIL Congresso das Mi-
sericordias, o nosso particular amigo
e conceituado comerciante em Lisboa
sr. José Lopes Ribeiro Tavares,

Hábitos Que não cansam

(Conclusão)

efeitos não vão mais longe, no
tempo e no espaço.

Poupemos os nossos filhos a
uma tal herança.

Eduquemo-los no amôr à ter-
ra e aos princípios, fazendo dê-
les cidadãos conscientes, e não
barro amorfo que o primeiro
aventureiro possa maniptlar a
seu belo talante.

Saibam os pais e a escola
cumprir escrupulosamente a sua
missão educativa.

Só assim, com a formação de
uma mentalidade nova, abolire-
mos processos velhos,

DOENTES

Já se encontra quasi restabelecido
da sua longa doença o pai do nosso
redactor Dr. Martins Moreira.

Todos quantos trabalham neste jor-
nal fazem votos para que recupere o
mais rapidamente possivel a sua in-
vejavel saude anterior.

EM LISBOA

Encontra-se melhor da doença que
a reteve no leito durante algum tem-
po, a ex.ma sr, D, Casimira Fialho,
tia do nosso amigo dr. Alberto
Amaral,
As nossas felicitações.
a

Passa hoje o aniversario da st. D.
Maria Angela Vidigal Morinha,
ha tempo se encontra na Pontinha,
de visita a seus tios.
Parabens.
*

E’ esperado em Lisboa o nosso es-
timado conterrâneo e amigo, sr. dr.
Angelo Vidigal, ilustre clinico na
Sertã,

*

Realisou-se no dia 7 do corrente o
casamento da ex.ma sr 2 D. Maria An-
tonia Dias David com o sr, dr. Abel
Moura Pinheiro.

Aos noivos desejamos muitas ven-
turas, enviando especialmente o nos-
so cartão de felicitações aos pais da
noiva, a quem nos ligam relações de
amisade,

*

Cumprimentámos em Lisboa o nos-
so amigo e conterrâneo sr. Nuno
Conceição e Silva, que ha pouco re-
gressou de Africa, e mais recente-
mente de Pedrogão Pequeno, onde
passou uma temporada,

x

Teem-se acentuado as melhoras da
sra D. Maria dos Anjos da Silva Fer-
nandes, extremosa esposa do sr,
Francisco Fernandes,

*

Vimos nesta cidade o sr. Dr. Anto-
nio Victorino da Silva Coelho, da
Póvoa, Sernache de Bomjardim,

*

Encontra-se nesta cidade, o sr. Ade-
lino Farinha Lourenço, do Pampilhal,
Sernache de Bomjardim, que, segun-
do nos informam, está de visita a seu
irmão, o sr, P. Antonio Farinha Lou-
renço. E

x

Encontramos já tambem restabele-
cido da ligeira doença que o deteve
alguns dias no leito, o nosso amigo
sr, José Nunes Ribeiro,

*

Acompanhado de s, ex.Ma esposa é
gentis filhas regressou ao Redondo o
nosso estimado patricio e conceitua-
do esmerciante sr, Antonio Augusto
da Costa,

*

A tratar “dos dentes encontrou-se
entre nós o nosso amigo sr. Alvaro
Luiz Pereira,

*

Para tratar da sua saude que se en-
contra um pouco combalida chegou
ontem a esta cidade a sr. [), Leopol-
dina da Costa Barata,

Desejamos-lhe rapidas melhoras,