A Comarca da Sertã nº80 26-02-1938

@@@ 1 @@@
DIRECTOR, EDITOR
Cuando Panata da Fila CQmeia
E PROPRIETARIO
RUA S
———— —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — —— |
ERPA PINTO -SERTA.
PUBLICA-SE AOS SABADOS
FUNDA D o RES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA
Composto E Impresso
NA
ERAFICA DA SERTÁ
“Largo do Chafariz
SERTÃ
=
ANO Il
N.º 80
DORA
pARRCO dias faltam para
o Carnaval, nuis a Ser-
tã, belo menos até ao momento
que escrevemos, mostra-se: alheia |.
às honras a conceder ao Rei Mo-
mo, histrião e chocarreiro, que
foi a delícia de nossos avos.
Já não achamos graça ao fo-
hão, talvez porque o considera-
mos wrisório. Mas -não, não de-
ve ser. Nos, com às preorupa-
ções de tolos os dias, com, 0. nus-
so feitio sorumbático é que o des-
tronámos dos nossos costumes.
A nossa vida cheia de ambi-
ções, mais do quê as dificuldades
materiais que ennegrecem a exis-
tencia, é que nos fez perder o
feitio folgazão, a disposição para.
a pândega. a
* Todos dizem que é necessário
haver distracções, mas reconhe-
cem, ao mesnio tempo, que falta
disposição para elas.. o
o
“tempo da
add
môços, com seus carros ornamen-
tados artisticamente, lançando-se
punhados de milho, sacos de fa-
rinha, bugalhos e laranjas ! Pa-
cientes jumentos, de grandes cha-
peus de palha, floridos, tomavam
parte no combate! E as enfari-
nhadelas das sopeiras, as mascar-
radelas de pó de sapato, projec-
tando os côcos nas ventas dos in-
cautos, os assaltos às cosinhas,
onde tor vezes, se voubavam
bons petiscos, as colheres de. pau
em que tomavam parte velhos e
fervilhando nos trazeiros dos:
pategos? Como tudo isso vai
distante… nar
Do Entrudo, hoje, não. existe
mais do que uma vecordação
saúdosa, trazendo-nos ao pensa-
mento dias de boa e sã alegria.
o ;
O) ano passado pelo Carna-
val houve muitos assal-
tos a casas particulares; áste
ano, até agora, só houve dois,
um dos quais a um prédio:
« deshabitado.
Dizem-nos que algumas viti-
mas dos assaltos têm ‘a casa em
obras… Por parhda, a
acredita nu mentira !
DART
[IO frio intensissimo, pene- |
tirante, uma ventania
desabrida tem-se feito sentir na
região. Indispõe-nos e aborrece-
nos êste tempo, e lembramo-nos
– sempre, com compaixão, dos po-.
bres a quem falta a mais peque-
na parcela de conforto, uma
manta onde se embrulhem, um
bom caldo.
Nos últimos dias tem chouvisca-
do; mas antes, durante muitas
noites; a geada cobria os campos
com o seu manto de purissima
alvura. a
As serras próximas: estão co-
dertas de neve. – à
otas…
a arbu
[go o sr. Antônio Fernan-
gente.
| pirações colectivas. . E
Helilomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses de comarca da Sertá: concelhos de Sertá
Oleiros, Prognça-a-Nova e Vila de Rei, & freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mag
AQUELA tarde, fria e húmida de
“19 de Dezembro, partimos da
Vinha Velha em direcção ao So-
bral. A neblina densa não nos
“ deixa enxergar um palmo adian-
te do nariz… Caminha-se com cautela por
cominhos péssimos, estreitissimos, escorre-
gadios; sobe.se e desce-se, galgando cente-
nas c centenas de metros. À vegetação é sem-
pre a mesma: pinheirais cerrados e hum pon-
to ou noutros alguns olivedos, as terras de
cultura rareiam, a não ser nas margens dos
cursos de água, onde existem hortas e mi-
lheirais, tratados por processos rudimen-
lares o : as
O nosso guia não apresenta sinal de can-|
çasso; conhece bem -os caminhos, percor-
re-os com a velocidade de uma gazela…
– Mais uma grande subida e logo a seguir, |
bruscamente, uma descida extensissima para.
a ribeira da Madeirã, que nesta época leva
| bastante água; são precisos equilibros de- |
stos para colocar os pés nos degra
irregulares formados pelas pedras e roche-
dos sobrepostos das margens, Atravessa-se
uma pequena ponte de madeira, -só utilizada
por peões e volta a fazer-se uma ascensão
elevada por terreno improdutivo, onde apenas
se vê algum mato bulindo ao sabor da vi-
ração. Fo
Quando passamós pe-
lo Sobral de Baixo, mal se
vê o contorno da igreja e
do casario: o dia havia-se.
fechado rápidamente; o
sol não deu: sinal de vida.
e o nevoeiro mantinha-se
espêsso, de tal modo que,
qualquer pessoa avistada |
próximo de nós parecia:
um fantásma movendo-se
misteriosamente…
Chegados ao Sobral
de Cima, procurâmos lo-
Antônio Fernantes
‘ Presidente da Junta de
Freguesia do Sobral
des, Presidente da Junta de |
Freguesia, proprietário, co- |
merciante activo e inteligente, pessoa muito
considerada pelas suas qualidades de’ carác-
ter. Já nos esperava e’por isso imediatamen-
te se colocôu à nossa disposição para mos-
trár tudo o que merecesse ser observado e
para nos dar todos os esclarecimentos sôbre
os empreendimentos levados a efeito na fre-
guesia nos últimos anos, necessidades e as-
2a a
x
“o
O Sobral está situado à 3 quilômetros
da margem esquerda do rio Zêzere e a 10 de
Oleiros, sede do concelho. A freguesia tem
como orago S. João Baptista. Pertenceu ao
grão-priorado do Crato, anexo ao patriarca-
do. Era uma aldeia da freguesia de Alvaro,
mas criada independente por provisão de 9′
de Julho de 1803. A igreja matriz foi cons-
truida em 1806. A terra é pobre produzindo
apenas milho, algum azeite e poucos mais
géneros agricolas; outrora havia bastante
castanha, hoje quási inteiramente desapare-
cida com a moléstia que atacou os soutos.
E
x x
– A sede da freguesia é o Sobral de Baixo,
onde está a igreja matriz, que não nos foi
possivel visitar, E falando-nos sôbre a igre-
ea luz entram a jorros; bom material didác-
us
ja, diz-nos o sr. Antônio Fernandes:
—Um grande amigo desta freguesia, soli-
cito e generoso, que ocorre sempre com os
seus denativos para tudo o que possa con.
tribuir para o progresso da terra, é o sr. Leo-
poldino da Silva Morgado, residente na ca-
pital; foi a expensas inteiramente suas que
há cinco anos se erigiu a tôrre e se fizeram |
importantes reparações em todo o tem-
pló, consumindo-se o melhor de 30 contos!
—Não obstante, diz o sr. Fernandes, a se-
de da freguesia ser no Sobral de Baixo, jul-
go que o melhor seria transferi-la para o de
Cima porque é nêste que se concentra todo
o movimento comercial e, pela sua situação,
o que estã mais próximo da estrada nacio-
nale cvidentemente em melhores condições
de acesso.
– Visitâmos a escola, um edifício modesto,
sim, mas tendo uma sala ampla, onde o ar
tico, em quant
dade suficiente para tôdas a:
fat q disse aaa
e
) on
balhos
se dispõem
manuais.
Diz-nos o sr.
sita: .
diversos desenhos e tra
Fernandes durante a vi-
—Também nas escolas se fez sentir pro-
fundamonte a benemerência do sr. Leopol-
dino da Silya Morgado, cuja reconstrução,
em 1932, se lhe deve. Por isso, a Junta, como
homenagem e gratidão, vai afixar uma lá-
pida em marmore na escola, que, se por um
lado póde colidir com a modéstia dêsse filho
dedicado: da terra, por outro serve de exem-
plo de altruísmo e bondade a lembrar a to-
dos, especialmente às creanças de hoje, ho-
| mens de âmanhã, estimulando-as a um de.
votado amor e carinho ao torrão natal. —
E, ainda uma bela acção, uma demonstração
iniludivel de bairrismo a ser seguido pelos
pósteros.
Prosseguindo e falando com o maior en-
tusiasmo sôbre o papel de grande relêvo de-
sempenhado pelo sr. Leopoldino da Silva
Morgádo, em tudo que diga respeito ao en-
‘grandecimento do Sobral, o sr. Antônio Fer-
nandes iz que êle é tambem um devotado
amigo da pobreza da freguesia, pela qual
distribui, todos os anos, mais de 1000 escu-
dos em dinheiro.
O Sobral não tem estação telefônico-
postal, de forma que está impossibilitado de
comunicar rápidamente com qualquer ponto
do pais. Dispõe, apenas, de uma caixa de cor-
reio na Sobral de Baixo e era justo colocar
uma outra no de Cima. para onde converge
todo o movimento. À construção de um edifi-
cio para estação de correio, fazendo a liga-
ção telefônica com Oleiros, sede do conce-
lho, seria o ideal.
Às povoações de Possilgal, Delvira, Casa-
linho, Róda e Sabugal também têm caixas
de correio.
x x
‘- OSobral, como a quási totalidade das fre-
guesias do concelho de Oleiros, não tem uma
única fonte de água potável; a população re-
corre aos poços particulares, vendo-se no
verão em sérios embaraços para conseguir
o precioso liquido, Nas circustâncias actuais
-os habitantes estão. sujeitos a graves peri-
gos, porque as águas dos poços são sempre
inquinadas, 4
Diz-nos o nosso informador que a Junta
da sua presidência já por mais de uma vez
(Continua na qº página)
26
FEVEREIRO
1938
lápi
ão )
PAS
EMBRAMOS à Câmara a
conveniencia de se fazer
a arborização da Avenida Bai-
ma de Bastos. O seu aspecto
actual é simplesmente desagradá-
vel, pela inestética das habitações,
aspecto rústico e ainda porque
muitas delas não estão caiadas.
RA
O sr. Governador Cívil pe-
diu a combarticipação
do Estado para obras no edifício
escolar da vila de Proença-a-No-
va e construção de uma estrada
destinada a ligar aquela vila
com a freguesia de S. Pedro do
Esteval.
ORLA O,
O compartics
nestas últimas semanas, para
muitas obras de utilidade públi-
ca. E a completa renovação ma-
terial do país, das cidades aos
mais modestos logarejos, do
sumpluoso palácio ao mais beque-
no e simples edificio escolar.
Por tôda a parte ha o desejo de
se melhorarem as condições de
existência e os pedidos ao Govêr-
no intensificam-se e repetem-se.
sabido que o Estado Novo dá tu-
do o que seia de iustiça, obede-
cendo a um plano madura
mente estudado.
E
EM 1937 foram admitidos a
exame de admissão aq
liceu, em todo o país, 7.012 alu=
nos, dos quais ficaram aprovax
dos 5.037 e eliminados 1.275, ou
seta IS,r a percentagem de ex
cluidos. As exclusões verificam
se, em maior número, no desenho
(23,1), seguindo-se aritmética
(12,5 Jo), ditado (TOS fo), histó-
ria, (6,4 10), redacção (5,7%),
geograria (47) e analise (0,8 fo).
ORAR
ELO Ministério da Agri-
cultura foi elaborado
um interessantissimo blano rela-
tivo ao povoamento Florestal do
pais, que vai ser submetido à
apreciação da Assembleia Nacio-
nal, preconizando-se que o Esta-
do auxiliará os corpos adminis-
trativos e os particulares que
bretendam efectivar a arboriza-
ção, com sementes, plantas e
meios de crédito.
ERRAR
E inaugurada no próximo
dia 6 a Casa do Povo
do Orvalho,
os
do Orvalho,
os@@@ 1 @@@
(A COMARCA DA SERTA’
“Carnaval
No dontingo e terça-feira de
Carnaval, realizam-se bailes no
Grémio Sertaginense e no Ser-
tanense Futebol Club, sendo os
“daquela agremiação abrilhanta-
“dos pela respectiva Tuna.
CF
Instrução
Já se encontra a funcionar; a |.
a escota da Quintã (Sernache do
Bomjardim) pela nomeação da
sr D. Ilda Moreira Ribeiro, do
quadro de professores agrega-
dos do distrito:
na
Famágia de
– VENDE-SE à única que exis-
te naquela vila, situada no
“melhor local, óptimamente
sortida e mobilada e muito
bem afreguesada, facilitando-
se a aquisição.
Para esclarecimentos diri-
ja-se a Horácio Garcia Guer-
ra-—Oleiros (Beira Baixa).
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lhor acolhimento, pois de con-
trário causa-nos prejuizos
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A todos os nossos assi-
nantes que vivem em locali-
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vel enviar recibos pelo cor-
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Saida da Sertã as 8 h; chegada
a Tomar ás 10,30 h.; saida
de Tomar às 14 h,; chegada
à Sertã ás 16,30
Entrega e recepção de mer
cadorias nos domicilios.
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EM) o ps go * | Brazil, em 1908 e 1922; Grande Préê- | sos e dignos Sacerdotes do Continen-
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tr
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CompaNHIA DE “NViaçÃão: DE SERNACHE, LiMITADA
SEDE EM SERNACHE DO BOMJARDIM
Sertã a Lisboa
Lisboa a Sertã (regrósso)
Entre Pedrógão Pequeno, Sertã e Vica-Versa
o
Entre Sertã — Oleiros
Parag. Part.
Localifade Cheg. Parag. Part. Localidáiie Cheg. Parag. Part. Localidade Gheg. Parag. Part, Localidade Gheg.
SEE. As Lisboa . o — — 10,00 |Pelrógam Pequeno . . — 690 Será . . e = 8,00
Sernache doBomjardim. 8,05 0,05 8,15) 2antarém. – 13,00 0,15 13,15|Ramalhos . . .. 6,50 0,05 Zi5lMaxeal. . 18,15 0,05 18,20
Ferreira de Zêzere 9,05 0,05 9,10fTorres Novas. – 1435 0,05 14,40 |Póvoa R. Cerdeira » 1,10 0,05 6,55 Alto Cavalo . 19,00 0,05 19,05
Tomar 9,50 0,10 19,00;Tomar . aC cd 15,80 0,10, 15,40Smta . … 7,80 10,390 Zibicesteiro . 19,15 0,05 19,20
Torres Novas . 10,50 0,05 10,50] Frea de Zêzere 16,20 0,10 16,30 |Pivoa R. Gereira. . . 18,20 0,05 18,25) Oleiros 1990 —
Santarém 12,15 0,20 12,35 | Senache do Bomjardim. 17,10 0,10 17,20 /Ramalhos . . . . 1840 0,05 18,45] AS 2.º E SEXTAS FEIRAS
Lishoa . 19,90 o — [Sertã so 14,40 + — — |Pedrógam Pepueno . . 19,00 — — loiiros de E = 6,00
NÃO SE HFECTUA AOS DOMINGO; | dig o 605 006 630
NAO SE EFECTUA AO DOMINGO Ima 710 0,05 780
CAMIONETES ENCARNADAS-4 «Companhia o ção desen he, L,d.e
toma a responsabilidade de poco OS Seus serviços.
ME Gm 2
A’S TERÇAS E SABADO
TOMARMAR@@@ 1 @@@
– edificios esco
Na campanha tanto quanto
possivel intensa, que há cêr-
ca de dez anos tenho levado
a efeito, nos jornais «O Se-.
culo», «Diario de Noticias», «O |
Heraldo de Oleiros», «A. Co-
marca de Arganil» e «O Des-
pertar da Beira»; pugnando
“pelos interêsses dos conce-
lhos de Oleiros e Sertã, e
procurando ir até junto das
entidades superiores das ter-
ras abrangidas por êstes dois
concelhos, lancei, em tempo
que não vai distante, um in-
querito aos referidos povos,
procuranda com maior am-
plitude, saber das necessida-
des mais urgentes de cada lo-
calidade.
Por êsss inquérito, obtive
numerosas respostas, e hoje,
sei infelizmente, que as pre-
tenções então formuladas con-.
* tinuam por realisar: eassim,
por ser sobre todYs os titulos
de interêsse para os referi-
dos povos, vou expôr uma
vez mais as suas legitimas
pretenções, esperançado como
sempre, que as minhas pala-
vras sejam ouvidas por quem
de direito. CeSE
Assim, por ser a tninha ter-
ra, começo pela Madeiráã, e é o
ilustre presidente da Junta
de Freguesia, Ex.”º Sr. Antó-
nio Lourenço Silva que me
diz o seguinte: — Entre ou-,
tros melhoramentos de seme-:
nos importância, e que de hã
muito veem sendo reclama-
dos, avultam em primeiro lu-
gar os seguintes: EA
1.º –Troço de estrada já
estudada do Alto da Cava à
Madeirã. oi
2.0 — Calcetamento das ruas
da séde de freguesia e da al-
deia da Cava que no inver-
no, se tornam verdadeiros
pântanos, prejudicando o trân-
sito e a saúde pública:
3.º— Construção de um la- |
vadouro coberto na sede da
freguesia e outro, na Caya..
– 4&º-— Reparação urgente dos
res, dois nã
séde da freguesia
Cava: Ee Ra no i
– 5.º— Captação da Fonte do
Vilar Fundeiro, porque a exis-
tênte, ainda é de chafurdo,
prejudicial à higiene, e as
águas sugeitas a inquinações.
6.º— Alargamento e embe-
lesamento dalgumas ruas da
sede da freguesia.
Seguimos agora a Oleiros, e
oiçamos o Ex.?º Sr. Dr. Fran-.
cisco Rebelo de Albuquerque,
ilustre Presidente da Câmara
Municipal, que nos capitula
os seguintes melhoramentos:
Viação :
a) — Continuação da estra-
da 59-2.º, troço de Oleiros à
Foz Giraldo. e
b) — Construção da estra-
da destinada a ligar a fre-
guesia da Madeirã com a es-
cipal, Em
rata e Silva, que nos disse o |
te: — Nêste concelho,
a quási totalidade das fontes,
| seguin
trada 59-2.º, no sitio do Alto
daCagas
c) —Consirução duma pon-
te no rio Zêzere em Alvaro.
d) — Construção duma re-
de de estradas «que ponham
em comunicação a sede dêste
concelho com as suas fregue-
sias rurais.
Higiene,
Construção de esgotos nes-
ta vila e consequente subs-
tituição do pavimento das
ruas,
Instrução
Construção de um edificio
escolar na sede do concelho,
onde as escolas estão fun-
cionando em casas impró-
pias, sem as indispensaveis
condições higienicas e pedagó-
gicas.
Correios
Criação de dois giros ru-
«ais na freguesia de Oleiros.
E a terminar o sr. dr. Re-
belo de Albuquerque fecha
assim a sua exposição :
«Como vê, só merrciono
aqui as principais necessida-
des, às quais é mister acudir
de pronto, pois muitos outros
existem por êsse concelho fo-
ra que, de há muito, deve-
riam ter merecido a atenção
dos Poderes Publicos».
Dirigimo-nos agora à Sey-
tã, e damos a palavra ao Pre-
sidente da, Comissão Admi-
‘nistrativa da Câmara Muni-
xo Sr, Antônio Ba-
| são de mergulho, para: onde
escorrem imundicies, tornan-
do a àgua infecta. A sua su-
bstituição por fontes de bica
impõe-se. A. sede do conce-
lho carece duma rede de es-
gotos, sem a qual as suas
condições de sanidade serão
sempre nrecárias, Há traba-
lhos encetados no sentido de
remediar êste mal, mas ainda
sejado,
se não obteve o resultado de-
RECLAMAÇÕES LOCAIS
Sintese das necessidades mais urgentes de
Maieirã – Oleiros – Sertã e Vilar Barrõco
– «Nem todas as freguesias
se encontram ligadas com a
sede do concelho por estra-
das de macadame, pelo que é
uma necessidade construi-las
para comodidade dos seus
povos.
«O caminho de ferro é uma
antiga aspiração do conce-
lho da Sertã, visto que a es-
tação mais proxima, se en-
contra a 50 quilómetros de
distância, de que resulta não
poder exportarem-se desta
região muitos dos seus pro-
dutos em concorrencia com os
de outras mais favorecidas
pela viação acelerada.
«Só na sede do concelho
e na freguesia de Sernache
do Bomjardim é que existe
telefone. As doze freguesias
restantes não possuem tal
melhoramento, e é dé maior
| justiça levá-lo até ali.
«Outras necessidades im-
portantes carecem de ser sa-
tisfeitas. A estrada Louzã—
Belver acha-se interrompida
entre Pedrogão Grande e Pe-
drógão Pequeno e noutros
pontos. A sua conclusão é
urgente porque interessa so-
bremaneira aos povos dêste
concelho.
«A estrada de ligação com
Vila de Rei também se im-
põe como defesa da integri-
dade desta comarca e por
comodidade dêste concelho.
«Muitas mais necessidades
tem êste concelho, mas aque-
las que acabo de relatar so-
brepõem-se a todas».
Retrocedamos agora um
pouco, e vamos até Vilar Bar-
roco. O sr. Manuel Lopes, di-
gno Presidente da Junta de
Freguesia começou. por nos
dizer: — «Esta freguesia que
tem estado sempre abando-
nada pelos Poderes Públicos,
carece com a maior urgencia |
dos seguintes melhoramentos:
1.º— Construção duma pon-
te na Povoa da Ribeira.
2º— Exploração de águas
potaveis nas povoações de
Povos de Cambas e Vilari-
nho.
3º— O imediato acabamen-
ta do edifício escolar.
“4º— Construção e repara-
ção de caminhos públicos.
Quanto à ponte — prosse-
gue ó sr, Manuel Lopes —. é,
de uma grande urgencia a
sua construção. A Ribeira é
ATRAVES DA COMAROA
(NOTICSIARIO DOS Nossos CORRESPONDENTES)
PROENÇA-A-NOVA, 12 — Saiu para a: Chamusca, pa-
SERNACHE DO BOMJARDIM; 8 — Muito estima-
faleceu hã dias na
– xa onde foi transferido a seu pedido, o nosso. presado. ami-
– go sr. António Marques Bernardo que durante alguns anos
aqui exerceu, com rara proficiencia, o cargo de aspirante de
Finanças, contava aqui inúmeras. simpatias, deixando por
isso numerosos amigos, Fe
— À tratar dasua saude ainda se encontra em Coimbra
o nosso presado amigo e assinante-sr, dr, Acúrcio Gil Car-
valho, distinto médico desta vila | : o
— Também para o mesmo fim se encontra naquela
cidade a Ex.ma Sr,2 D, Maria do Carmo Gonçalves Roda.
A ambos desejamos o seu rápido e completo restabe-
lecimento. ne E
— À feira anual realizada no passado dia 2, esteve
muito concorrida, tendo-se realizado inumeras transacções,
Chámamos a atenção de quem competir, para;a forma
como os veículos automoveis atravessam as ruas desta vila,
o que é feito geralmente em correrias desordenadas, pon-
do fregiicntemente em risco a vida dos transeuntes,
Novo Hospital |
À actual mesa da Santa Casa da Misericordia de há-
muito que vem pensando na construção ds um hospital;
várias circunstancias, ptincipalmente a escolha do local
para a edificação, têm demorado o principio da sua cons-
trução.
nos para, por intermédio de «A Comarca da Sertã» dar oseu
parecer quanto á escolha do local.
Por absoluta falta de espaço não o podemos hoje fazer,
ficando reservado para o próximo numero. C,’
ESSO»
PESO (VILA DE REI, 7 — Com grande regosijo da
população desta freguesia príncipiou a funcionar no edi-
ficio da escola masculina desa aldeia um curso nocturno
cujo fregiiência é já de cerca de 50 alunos—os quais são a
sua maior parte pessoas de mais de 30 anos, O consegui-
mento de tão util curso deve-se aos esforços envidados pela
Exma Direcção da nossa Casa do Povo, O ensino é minis-
trado pelo sr. professor Luiz Martins Correia, que assim
vem dispendendo uma boa parcela da sua energia para
conseguir levar a bom fim a sua espinhosa missão,
— Com a bonita idade de 98 anos, zaleceu ontem nes-
aldeia a sr? Maria Laura de Oliveira Tavares. A. extinta
que era muito considerada e a mais idosa danossa freguesia
conservou até ao último momento de vida grande lucidez
de espirito, E A :
ata
E:
ros
Pessoa entendida em construções deste género pede- ;
do no meio comercial lisboeta,
capital, relativamente ainda novo, o nosso -patrício
e amigo da sua terra Natal, sr. Alfredo da Silva,
“ A* familia enlutada, apresentamos os nossos sentidos
pêsames. ; ;
-— No preterito dia 31 de Janeiro, exibiu-se no «Tea-
tro Taborda», desta localidade, o grandioso filme portu-
guês «Revolução de Maio», que agradou plenamente.
Por informações seguras sabemos que a Direcção actual
do Club Bomjardim, fe.hou contracto com a Empreza
«Cine-Som, Ld,2», de Coimbra, para a exibição de filmes,
mensais, no referido «Teatro Taborda»,
: Bem hajam, Sernache realmente necessita já desse
divertimento.
= Foi-nos apresentado há tempo, o sr. Beato, digno
Professor Primário nesta terra, – :
Apetecemos-lhe muitas felicidades no desempenho do
seu cargo e fazemos sinceros votos para que esteja muitos
anos, com satisfação, nesta localidade.
—O Mercado «Bettencourt», desta freguesia, está em
estado péssimo de conservação. : : E
: A quem de direito, solicitamos a devida atenção para
oassunto. C
ER Gatunagem
MADEIRA, 11 — Por terem assaltado a adega da fa-
milia do falecido proprietario, sr. António Lourenço da Sil-
va, donde levaram uma porção de vinho, foram presos e re-
metidos à administração do concelho, Júlio Mendes Baptis-
ta e José Brazuma, solteiros da Madeira,
O primeiro é um gatuno incorrigivel, tendo já respon-
dido por crime de furto, pelo qual foi condenado, além de
muitos outros de que tem ficado impune, por tolerancia dos
roubados,
O segundo é,um menor, creado da casa dos roubados,
que segundo consta era quem facilitava os roubos, com a
chave que os patrões lhes confiavam,
Ê Instrução
; Por iniciativa do proessor oficial, sr: António Marques
lor, foi criada a caixa escolar em Madeirã, tendo já sido
recebidos os seguintes donativos:
Jornal «A Comarca da Sertã» …..,…, 15800
Eiizéda mais ss is A 50800
Dr, Albano Lourenço da Silva …….. “20800
Firmino da Silva Lopes. ….ae»…20,.4 20800
Total… 105500
muito grande, e em épocas de
chuvas, toma grandes en-
| chentes, impossibilitando os
seus habitantes de saírem pa-
ra as localidades circunvizi-
nhas. |
«Hã também a circunstan-
cia desta freguesia ser ser-
vida eclesiasticamente por um
paroc) estranho, o qual por
tal motivo aqui não pode vir
em certos dias que a ribeira
cresce, e o que se refere aj
paroco, aplica-se também ao
cirurgião. Já hã tempo se deu
o caso de ser necessário cha-
mar um cirurgião, em caso
extremamento aflitivo. Ia a
ribeira enorme e foi preciso
ele passar a nado, com grave
risco da própria vida. Dá-se
também o caso desta ponte
servir ainda as pessoas da fre-
guesia do Orvalho que pas-
sam muito por ali.
«Quanto às águas é tam-
bém uma grande necessidade
O Vilarinho e a Povoa de
Casulais, não têm fontes, pe-
lo que os seus moradores
têm que andar procurando
a água nos barrócos, obrigan-
do-se a bebê-la com grave
risco para as suas vidas, mas
a verdade é que não têm
outra,
«Para êste melhoramento
não é necessário muito di-
nheiro, pois a serra está cheia |
de àgua, e é fácil, depois de a
explorar, trazê-la para as po-
voações.
«Quanto ao edificio escolar,
encontra-se ainda por rebo-
car, com grave dano das pa-
redes que assim, à chuva e
ao vento, se danificam. Pre-
cisa-se tambem um «cóberto
pela frente para abrigar
quando chove, cujo melhora-
mento também não é muito
dispendioso. ; :
«Sobre caminhos estão to-
dos num estado deploravel,
não havendo uni, sequer, tran-
sitavel. São todos um amon-
toado de pincaros e rochedos.
dos, era necessária uma gran-
pe verba, pois como já disse
não há um sô que esteja so-
frivel. O que se pôdia fazer.
agora um.
era concertá-los,
e depois outro, e assim se iam
melhorando.
«Muitas outras necessida-
des tem esta freguesia, mas
bastam as que acabo de apon-
tar. Muito agradeço, em nome
de todos êstes povos, que pu-
gne sem desfalecimentos pe
las reivindicações desta re-
gião que estã tão atrazada e
desprezada.
«Por toda a parte está o
actual governo distribuindo
verbas enormes, para melho-
ramentos públicos, mas para
aqui nada vem… Bem sei
que a culpa tambem nos ca-
be, pois pouco temos pedido;
mas não sei porquê: já têm
ido daqui diversas comissões
a Castelo Branco solicitando
subsidios, e sempre são mal
sucedidos. Naturalmente co-
mo isto por aqui é muito po-
bre e fraco, as fautoridades
olham mais para as terras
grandes, como se a-final as
terras pequenas e pobres não
merecessem também o cari-
nho e as atenções das autori-
dades… Antes pelo contrá-
ric, por isso mesmo que são
pobres e fracas, é que são
mais dignas de serem subsi-
diadas. E esta a minha opi-
nião..
* À terminar o sr. Manuel
Lopes disse-nos ainda;—«Res-
ta-nos fazer os mais sinceros
votos para que da sua inicia-
tiva provenham bastantes be-
neficios para o concelho que
tão precisado está de quem
olhe por ele, criando-lhe, dia-
-a-dia, novos melhoramentos:
uma nova vida».
Num proximo artigo, pros-
seguirei na publicação das
necessidades de outras loca-
lidades, o que não faço àgo.a
por êste já ir longo.
Lisboa, 19/1/38.
João Antunes Gaspar
Para os arranjar bem a to- | deita abaixo nem de bota a cima, o
que me cumpre é pugnar defendendo
Vila de Rei, 22 de Feveiro de
1938 — Ex.Mº Sr. Director do
Journal «A Comarca da Sertã»
Ao abrigo da lei da imprensa peço
aV. Exºa publicação do que se segue:
No numero 78 vem publicada uma
carta do sr, Antonio Francisco Tava-
“tes, e uma local «FALTA DE CRITE-
RIO» nas quais me julgo atingido.
Esclirecendo dã o sr, Tvares como
muito boas as referências feitas «mea
re peito pelo correspondente da «Comar-
ca» no P>ss.
Não «iiira afinar por tal di«pasão,
porque n essão da Comissão Admi-
nistr «iva dr sua presidencia ao ser
contra” ado ni, suas exigencias pelo
Vogal sr. J)ão Nanes de Sousa, injuriou
este seihor, que em sinal de prote to,
abandoau as la e pediu a dem’ssão
do seu cargo,
Esclar:cenlo, devemos dizer que
só o estudo da «estrada Besteiros» é
da sua autoria e confirmamos tudo o
que dissemos sobre tal assunto.
O sr, Tavares se he serve a cara»
puça ese lhe ajusta que a use, nós
nada temos com isso.
Sobre a mina par: captação das
aguas para esta Vila e dada a sua
constante preocupação, devemos tam-
bém esclarecer que, numa reunião do
«Conselho Municipal» ao tratar-se des-
te assunto êsse Senhor procurando exi-
mir-se ao empréstimo e mis traba-
lhos produziu estas paavras, TRA-
TEM OS SENHORES CÁ DISSO,
PORQUE EU NÃO SOU DE CÁ, NÃO
ME INTERESSA».
Estas palavrassão magnifico. tema
para larga dis ertação:
Será ou não de direito o dever, o
Presidente da Comissão Administrativa
de quilquer Municipio interessar-se
pelas necessidades colectivas do conce-
lho que representa, ou só pelo que lhe
interessa? |
Os Vilarregenses bem sabiam que o
Senhor Tavares não é de cá por isso
estavam de atálaia o que não necessi-
tam fazer agora pois os destinos do
concelho estão em boas mãos,
Às povoacões a que já nos referimos
de Ribeiros, Lousa e Agua Formosa, a
quem as cheias levaram os pontões que
lne dão acesso para aqui, não podem
receber com urgencia socorros medicos
e espirituais em tempo de cheias,
O Milreu uma das povoações mais
populosas, de maior natalidade, de
maior frequencia escolar deste conce-
lho e de muior comercio agrícola não
tem uma fonte.
Tudo isto são necessidades urgentes.
Mas o Senhor Tavares não é de
qualquer destas povoações não lhe in-
teressavam as suas necessidades, não
lhe interessava a agua para Vila de
Rei tambem por não ser de cá.
Que lhe interessava então? É
Não tenho política de odios nem de
os interesses mais vitais do concelho de
Vila de Rei, condenando a politicaíde
VENHA A NOS. :
E temos dito, Devemos esclare-
cer tambem que o criterio que temos
“tido nesta polemica, é também o da
maioris do nosso concelho e até das
suas pessoas mais categorisadas,
Ainda também não vimos alguem
contestar o que afirmamos com argu-
mentos, veja-se «À Comarca» nume-
ros 70-72-78,
O que temos suportado é um ciclo-
ne de insultos eimproperios.
Por ultimo aparece-nos Maquiavi
aliada a Tartufo e um Amigo de pes-
soa todo agastadinho, dado o nosso
mau caratere a falta de respeito por
este jornal e mais termos que muito
bem lhe ficam,
Oh! minha cara pessoa Amiga leia
na comarca n.º 70 uma correspondencia
de Pe:o, mostre-a a quem for honesto e
im parcial que êle lhe dirá quem fal-
tou ao respeito á boa imprensa.
Para sairem deste beco, invertem.
disvirttuam e contradizem a verdade
conhecida por tal,
Falta condenada pe/a doutrina cristã,
Votam-nos pelo silencio ao despre-
zo, mas aparecem-nos de todos os la-
dos estremos defensores duma causa
perdida: -e chegam a falar aparece-nos
a-gum cento deles,
Cabe aqui a cantigi popu’ar »Qua-
trocentos alfaiates todos postos en
campanha com agulhus e tesouras p.ru
mitirem uma arinha.
Mas neste Pretório onde a perfidie
quer que eu seja reu, continuo imprs-
sivel dentro da intangibilidade que me
confere a razão lógici dos fuctos.
Argentariamente não poderei nivelar-me
com-os meus detratores, mas moraimente
não lhe receio o confronto e não quero
como medida a sua bitola
MV. Ex* Sr Director, diz-me em caria par-
ticular que a minha defesa está muito bem
feita logô não tem defeitos, tem ariterio,
Diz-me mais que o correspondente do
Pêso saiu iora da conduta razoavel empre-
gando termos pouco proprios, ficando eu
muito bem colocado perante a opinião pú-
lica,
Porem no numero 78 do jornal de que
V. Ex.“ é Director, vem publicada uma lo-
cal onde se afirma o contrario do. que me
disse. Onde estã então a coerencia?
Canso-me a procura-la e não a des-
Cortino. ei :
Na carta já cltada fui por V. Ex,” con-
vidado para correspondente aqui da “Co-
marca” lugar que aceitei. ;
Porem como no que escrevo dizem, à
falta de critério, eu não quero que V. Ex.
seja mais assediado por pessoas Amigas.
Assim não me conformando com dubias
atitudes e confirmando o meu telefonema
de 17 do corrente, declino o cargo citado
que V. Ex à podera criteriosamente entre-
gar a outra pessoa de mais critério e fa-
-«zemos ponto final.
ho Sr. Manuel Portela responderei
oportunamente como se me oferecer.
Agradecendo desde já esta pu-
blicação sou De V. Ex.
Ato Ven. e Mtº Obg.?
João Batisia dos Santostos@@@ 1 @@@
“A COMARCA DA SERTA’
fris d
a Sertã
Na reimião efectuada no domingo passado foram nomeadas as comissões auxiliar
do conselho paroquial e encarregadas de adquirir materiais, mão de obra e fundos
na vila e freguesia da Sertá para levar por diante as “grandes obras de reparação
= Como: estava anunciado,
– realizou-se no domingo tran-
“saeto a reiinião convocada pe-
“la Comissão do Culto Católi-
co para se assentar na me-
lhor forma de conseguir os
meios necessários de modo a
executar a: grandes obras de
reparação da igreja matriz da
Sertã, para as quais o Estado
concedeu a comparticipação
de 30 contos.
Pouco depóis das 14 horas
começaram a afluir ao edifi-
cio dos Paços do Concelho
algumas dezenas de pessoas
da vila e da freguesia da Ser-
tã; não eram tantas como se
esperava e como era legitimo
supôr, porquanto a C. €. C,
tinha feito o convite com
bastante antecedência para
tôdas as povoações e quási
tôda a genie da Sertã rece-
beu aviso directo. à
“Tratando-se de um melho-
ramento importantissimo pa-
ra a terra, foi de estranhar
que a reiinião não marcasse
por elevada assistência,
m’s 14,30 horas inicia-se a
reúnião na sala das sessões
da Câmara, ocupando o pú-
blico as cadeiras a êle desti-
nadas. Assume a presidencia
da mesa o sr. dr Carlos Mar-
tins, ilustre presidente do
Municipio, secretariado pelos
Reverendos Vigário P.º Fran-
cisco dos Santos e Silva, pre-
sidente da Comissão do Cul-
* toCatólico da Sertã e P.º José
Baptista.
O sr. dr. Carlos Martins
abre a sessão e seguidamente
usa da palavra, dizendo que
é na qualidade de presidente
da Câmara que foi convidado.
para dirigir a reunião : não
– por qualquer outra circuns-
tância visto haver na sala
pessoas que melhor podiam
desempenhar essa incumbên-
cia,
Não-apoiados ouvem-se de
todos os lados.
—Tem por fim esta reunião
tratar da forma mais viável
de conseguir efectuar as
grandes obras de reparação
de que carece a nossa igreja
matriz, para o qual a Comis-
são do Culto Católico havia
pedido há muito a comparti-
cipação do Estado, acabando
de ser concedidos 30 contos;
mas a entidade encarregada
das obras é que tem de dar
o resto. Essa entidade é a C.
C. €. que não dispõe de quais-
quer fundos, sendo necessá-
rio recorrer ao auxilio de tô-
da a gente da freguesia; só
com êsse auxilio se pode efec-
tivar uma obra de tanto va-
lor, absolutamente indispen-
sável, entendendo que é um
dever dos sertaginenses e de
todos os que são amigos da
sua terra prestar a melhor e
mais efectiva coadjuvação à
Comissão do Culto na restau-
ração da vetusta igreja, tem-
plo de grande valor arquitec-
tónico, por cuja conservação
e beleza devemos empregar
todos os esforços.
« —E uma rica igreja a nos-
sa, diz o sr. dr. Carlos Mar-
tinse deve ser oferecida à
contemplação dos forasteiros
como um monumento,
O auxílio que cada um po-
de prestar deve ser de har-
monia com as suas possibili-
dades; se assim fôr, como é
de esperar, tudo se fará pelo
melhor ea €C. €. €C, não terá
dificuldade em desempenhar-
se da tarefa em que estã ar-
dentemente empenhada, Não
do mosso rico templo
é sô aos católicos que incum-
be dar para esta obra; todos,
“sem excepção, devem contri-
buir para ela. A Sertã de-
ve-se orgulhar de possuir um
templo tam formoso e de tan-
to valor; êle, orador, reconhe-
cendo-o, promete, na sua qua-
lidade de presidente da Cà-
mara, envidar todos.os esfor-
ços para que a igreja seja
considerado monumento na-
cional.
Para levar a efeito as obras
convem que se constituam
comissões êngariadoras de
materiais, mão de obra e di-
nheiro; é isto, precisamente,
que está no pensamento. da
Comissão, E preciso não. es-
quecer que a comparticipação
só é concedida depois de exe-
cutadas e aprovadas às obras:
constantes do projecto; por
isso mesmo é óbvio que 9
nosso auxilio terá de;,ser
mais rápido. Ê
Uma grande salva de: pal-
mas coroa o interessante dis:
| curso do sr. dr. Carlos -Mar-
tins, que traduz: bem o sen-
tir geral da assistencia.
Levanta-se o Rev, Vigário
P.º Francisco dos Santos e Sil-
va, dizendo que a- Comissão
não dispõe de fundos para
levar a cabo as obras que : se
impõem de há muito; reco-.
nhecidas como indispensá-
veis, e que a serem proteladas
poderia originar sérios incon-
venientes. Tanto a capela-mór
como o telhado da sacristia,
estioem muito mau. estado.
—O sr. Antônio da Costa
lembra que deve ser consti-
tuíida uma comissão em cada
tes preces,
vida tora,
mado de que êsse assuntó já
foi estudado pela Comissão e
“vai ser apresentado para
apreciação da assistência.
“Levanta-se o sr. P. José
Baptista, dizendo que hã
muitas maneiras de auxiliar
a/ Comissão; se é certo que
nem todos podem dar dinhei-
ro, têm, contudo, facilidade
“em dispor de alguma madei-
ra,areia, barro, cal, trans-
porte de materiais, e aqueles
que são operários podem con-
ceder alguns dias de traba-
lho. Tudo isto representa
muito dinheiro. Afirma que
à nossa igreja nos prendem
os maiores laços, dela rece-
bemos às bençãos e graça de
Deus, a ela recorremos nos
momentos aflitivos da vida,
solicitando, nas mais arden-
todo o lenitivo
para os sofrimentos fisicos
e morais. Nela se legitimou
a união dos nossós pais, re-
cebemos o baptismo e a pri-
meira comurhão; é ela a me-
lhor testemunha das alegrias
e tristezas que sentimos pela
Devemos por is-
so, amá-la enternecidamente
e estimá-la,
“É de esperar que todos
contribuam para a restaura-
ção de tam belo templo.
“, Lê seguidamente os nomes
daqueles que devem consti-
tuiras comissões auxiliar do
conselho paroquial e anga-
riadoras de donativos e ma-
‘teriais na vila e nas diferen-
tes capelanias; submetidas à
apreciação da assistência, fo-
ram aprovadas por aclama-
ção.
guintes:.
COMISSÃO AUXILIAR DO
CONSELHO PAROQUIAL
Dr. Carlós Martins, Dr. José
Carlos Ehrhardt, Dr. Asgelo
Flenriques Vidigal, Olimpio Cra-
veiro, Augusto Justino Rossi,
João Esteves.
COMISSÕES ANGARIADO-
RAS DE FUNDOS E MA-
TERIAIS:VILA DA SERTA
P. Antonio Pedro Ramalhosa,
António Barata e Silva, José
Tavares, Joaquim Pires Mendes,
António Laurenço, Manoel An-
tônio, Anibal Carvalho, Eduar-
do Barata, José Crisostomo, Joa-
quim Francisco, José Ferreira,
Antonio Manso, António da
Costa, Alcino Barata, Gustavo
Bartolo, Carlos Santos, José
Ventura, João Antonio Martins
da Silva, José Tavares Mouta.
SENHORA DOS REMEDIOS
P. Guilherme Marinha, José
Flerdade-Mosteiro S. R., José da
Silva-Monte de Baixo.
OUTEIRO DA LAGOA
Antonio Vaz, João António
Martins.
S. MIGUEL DOS CALVOS
José Mendes e Antonio Ferreira
S. TIAGO (Codiceira)
José Farinha Leitão, Antonio
Pires Terrivel.
SENHORA DA PENHA DE
FRANÇA (Passaria)
Manoel João-Cimo da Ribeira,
Manoel Ferreira-Passaria, José
Ferreira da Silva Junior, Abilio
Marques-Venestal
S. DOMINGOS
Manoel Nunes Roupiço, Manoel
Herreira Junior, José Martins-
ÁAmioso
S. FAGUNDO
“Firmino Martins-Casal, Luiz
Antonio Martins — Maxialinho,
Luiz António Martins— Aldeia
Fundeira
Fala, depois, o sr, dr. An-|
gelo Vidigal; estã certo de
que o êxito desta empreza
irá ser o
igreja e põe em destaque a
afectividade dos laços que a
“melhor possivel. |
Tece um hino à acção da
uma das povoações; é infor-| Essas
comissões são as se-
ela nos prendem. O Govêr-
A FREGUESIA DO SOBRAL .
(Continuação da 1.º página)
pediu, superiormente, a construção de fontes
e lavadouros, uma no Sobral de Baixo e
outra no de Cima.
x
E a
O Sobral está ligado à E. N. Oleiros —
Sertã por uma estrada com a largura de 5
metros, que se concluiu em 1935. E a prepó-
sito, diz-nos o sr. Fernandes:
—O empedramento da estrada é que vai
somente até ao Sobral de Cima, e era de tôda a
conveniência que se estendesse ao de Baixo;
a Junta tem insistido pela conclusão dêste
jtrabalho, que a não fazer-se rápidamente,
pode prejudicar muito O troço por virtude
das grandes chuvas de inverno; depois será
preciso gastar muito dinheiro com o empe-
dramento com o qual agora se: dispenderia
uma pequena importância. Não nos temos
descuidado com isto mas na nossa mão não
está o remédio de evitar êstes males, por-
que a Junta daqui, exactamente como tôdas as
outras, segundo deve saber, não tem um cen-
tavo. Foi uma telicidade para tôda esta gen-
te o Estado Novo adoptar o sistema das com-
participações, porque de contrário viveria-
mos aqui como as tribus mais selvagens do
continente Africano, arredados do mundo
culto, alheios por completo, a qualquer ma-
nifestação de progresso, –
A clareza com que o sr. Fernandes apre-
cia o progresso da sua terra, conseguido há
uma duzia de anos—que bem entendido, es-
tá ainda muito longe de satisfazer integral-
mente as aspirações da freguesia—a orien-
tação que a Junta tem seguido no tocante à
coisa bública, o entusiasmo manifestado por
tudo o que se prende com os interêsses da
freguesia, levou nos a concluir que o sr, Fer-
nandes é o homem que, na sua freguesia,
está à altura do momento para levar a cabó
uma série de melhoramentos que se impõem
em tôda a sua objectividade. Está na presi-
dência da Junta porque dedica à sua terra
uma afeição especial e quere que do’seu es-
uso resulte alguma coisa de bom para
todos, 4
O sr. Fernandes não se cança de nos
esclarecer e prossegue:
—Estamos muito empenhados em conse-
guir o concerto da algumas pontes que ligam
diversas povoações de freguesia; por agora
é essencial a reparação das pontes do Vale,
Gualdim e Lagar Novo,
E depois:
—A freguesia do Sobral não tem pároco
privativo; tôda a gente gostava que para
aqui viesse um padre, um guia das almas,
porque esta gente é muitó religiosa; ter de
ir longe ouvir missa, ou quantas vezes isso
sucede, não se poderem prestar com urgên-
cia os socorros espirituais aos doentes e mo-
ribundos, é um aborrecimento incalculavel.
Mas como conseguir resolver êste assunto?
Construindo uma moradia decente e algum
tanto confortável, visto não haver, nesta
ocasião, casa alguma em condições. Ora a
Junta não se tem descuidado com êste caso e
procura levar a efeito a construção de um
edificio próprio para residência paroquial e
que disponha, também, de uma dependên-
cia para sede do mesmo corpo administra-
tivo; não há outra maneira de o conseguir a
não ser por subscrição; foi o que se fez. Até
agora conseguiram-se 3:900 escudos; por en-
quanto é muito pouco, mas temos fé de que,
com o auxilio e boa-vontade de todos e da-
queles que vivem ausentes, se conseguirá le-
var por diante a obra. Para melhor êxito a
Junta agregou a si uma comissão de senho-
ras e alguns lavradores, que procuram entre
todos os conterrânos arranjar fundos.
Estava terminada a nossa missão no
Sobral.
Por falta de transporte não era possi-
vel regressàãr à Sertã nessa noite; ficâmós em
casa do sr, António Fernandes até à manhã
seguinte. Receberam-nos e trataram-nôs, o
mesmo sr. e sua esposa, com as mais ine-
quivócas provas de deferência e amisade,
que muito nos sensibilizaram.
Agradecemos-lhes sinceramente.
E. BARATA
no já deu para as obras
uma comparticipação valio-
sa; como ela está longe de
chegar para reparações de
tanto tomo, é preciso que nós
demos o quefalta; todos têm
obrigação de cooperar para o
engrandecimento da igreja
pelo muito que ela vale.
Aquilo que de bom reçebe-
mos dos nossos antepassa-
dós, devemos transmiti-lo s0s
vindouros, se não em melhor
estado do que aquele em que
nos foi legado, pelo menos
em condições iguais. |
Todos os “discursos foram
muito aplaudidos,
O sr. Manuel Ferreira, do
Picoto, oferece e põe, desde
já, à disposição, tôda a ma-
deira de pinho e eucalipto
necessária para as obras, de-
clarando, ainda, que fará o
transporte à sua custa.
E um tributo importantis-
simo, que representa alguns
milhares de escudos.
A assistência recebe a de-
claração do sr. Ferreira com
calorosos aplausos, elogiando
a sua magnanimidade.
O sr. Augusto Rossi pro-
põe um voto de agradecimen-
to ao sr. Engenheiro Barata
Correia, autor do projecto
das obras, elaborado gratui-
tamente, o que originou no-
vos e prolongados aplausos.
Correu a sessão na melhor
ordem e com o maior respei-
to e interêsse e cremos que
todos compreenderam a ne-
cessidade de as comissões en-
trarem já em exercicio, agin-
do de forma a satisfazer o
fim para que fôram consti-
tuidas,
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Embarcaram na dia 12, no
vapor Ganda, para Quelimane, o
sr. Jose Marques, empregado da.
da Campanhia do Boror.
mm Parte hoje para Luanda,
f
a bordo do vapor «Quanza», o
nosso estimado amigo e assinante
sr. José Joaquim Pedro, 2º sar-
ento do Fixército, em serviço na
Colónia de Angola.
um Asteve na Sertã, o sr. An-
tonio Nunes e Silva, advogado
em Lisboa.
mm Partiu para Lisboa o sr.
Eutiquio Belmonte de Lemos, re-
centemente dee a 3.º ofi-
cial e colocado na Direcção de Fi-
nanças daquele distrito.
Do
Dr. José Real de Canedo
Esteve gravemente enfermo o
sr. dr. José Real Canedo, ilustre
cirurgião, direcior da cast de
saúde da Frazeira (Ferreira de
Zésere), que nos últimos dias tem
alcançado sensíveis melhoras.
Fazemos votos pelo seu vá-
pido restabelecimonto,
000000B600G9D0aD0OD BG oDsgBDB0DaDDaDDO
Novo consultório médico na Sertá
O nosso amigo sr. dr. Fran-
cisco Nunes Corrêa, que há pouco
concluiu a formatura em mede-
cina na Universidade de Lisboa,
va bevemente abrir na Sertã um
consultório de clínica geral.
f Desejamos-lhe os maiores triun-
OS,
069000 DOBDOO 0000000D00D00D00000000n00
“Nova indústria local
O nosso amigo Celestino Men-
des projectou montar, na Ser-
tã, uma fabrica de pomada para
calçado, cuja marca será regis-
tada sob o nome de «Celinda».
AEE O AO
Alberto Nunes de Oliveira
Foi nomeado professor da La-
goaça — Freixo de Espada – a-
“Cinta, o nosso amigo e assinante
sr A. Nunes de Oliveira, de
Pampilhosa da Serra, a quem
apresentamos sinceras felicitações,es,