A comarca da Sertã nº7 30-07-1936

A V E NÇ A D O
“..,,”
“r :::.-.::;:l””.; F U N D A’ D O’ R E S”
“1 -‘] Dr, .José Carlos Ehrhardt”
Dr. Angélo Hen r iq ues Vidigal
“António Barata e Silva –· Dr. ,José Barata Corrêa e Silva ·”
Eduardo Barata da Silva Corrêa
D I R E C T O R E E D I T O R
E D U A R D O B A R A T A D A S ll V A C O R R Ê A
REDICÇf.O E IDl’INISTRIÇf.O
R U A S E R P A P 1 N T 0 – S B R T Ã
; Propriedade da Emprêsa Editora d’ll COMARCA Dll SERTÜ.(em organização)
Tip. Port_ela’ Fe_ij_ão. .
“TELEPONE :1. :1. 3· “””
“A N O 1
N.º 7” “TttHYiensa l ttegionalista, independente, defenso11 dos inte11êsses da eoma rrea da Setitã :eoneelhos de Se11tã, Oleiiros, Ptroença ..a .. Nova e Vila de Rei; e fttequesias de B!Jlêndoa e Ca ttd igos ( d o eoneel ho de MaGão )”
Not a s • •

1 ESCOLA                              PRIMARIA
30
J U I…. HO
.l. 9 3 6
•• • a lá pis
O Governo criou e mandou abrir à erploraçã.o os pos­
tos telefonicos públicos nas se­ des das freguesias de Amendoa
EX A MES DO 2.0
-11/1=
GRA U
“N O dia 1.0 de Agosto comç:,.. çam as ferias · judiciâis,”
que se prvlongam até 30’de .
“Setembro, ·”
e Cardigos.
AIS um ano tectivo foi vencido pelos alu­
“na escola agrícola, comercial e ind ustrial, con­”
-+e-o…..
. I
“AQUEL E resto de arvores ve- lhas, inestéticas e esqudli.,”
“das que e.ristem ua A venida Baima de Bastos estão a pedir m’iséricordia.’ A rrancd-las se­ ria uma acção louvavel, subs­ tituindo-as por rubineas ou outras arvores . de pequeno porte, como as Obras Publicas Mm feito em alguns troços de estrada.”
-+t-0-t+-
À.S /estas da Misericordia de- correram brilhantes. Aque­
“les que não dispõem de dinhei­ ro para gastar , aproveitaram­ nas para dissipar o tedio que”
“- lh.es ensombra a eristencia, preocupados com ·o dia de à­ manhã. !’empor isso deirara m de. ser alegres · durante algu­ mas horas, fugazes como tudo o que é bom.”
· .A seu tempo descreveremos
“nos que frequentarara m a últi rna classe de instrução pri mária, uns com 1suf icien­”
“te e outros com deficien te aproveita men to’. O e­ xame do 2.”” grau, como resul tado da frequencia da quarta classe, põe pon to f inal ao es·tudo de m uitas crianças, que, por circunstancias de or­ dem ma terial, não podem coutinuar a estudar, ainda que muitas delas, durante a sua vida esco­ lar, tenham · revelado especiais aptidões para o estudo ou uma tendencia acentuada men te artísti­ ca. q uand o o professor mantem u m zelo especial pelos trabalhos ma n uais, considerados hoje in­ dispensá veis na escola pri mária. E’ pena que ao professor não possa m ser dados todos os ele­ mentos pa ra bem se d sempenhar da sua missão no capitulo das artes e ofícios; um aluno pode ser um fraco estudan te de português, mas pode revelar-se u m carpin teiro habilidoso; ter negação absoluia pela aritmética, mas demonstra r u ma a­ ptidão especial pela arte de trabalhar o ferro, amolda ndo-o, tra n·sformando o, dando-lhe uma forma capaz, útil e aproveitável.”
“Para tal se coneguir serie. necessá rio que, não só o Estado facu ltasse todos os meios mate­ riais à escola, dotan do-a com of icinas especiais, mesmo rudimen tares, mas tambem que o d iri­ gen te da educação mora l e intelectual agregasse aos seus conheci men tos com petencia e prepara­ ção artisticas, que in felizmente, salvo raríssimas”
“soante os casos. Era o na tural aproveita men to das competencias, pondo-se, assim, ter mo, á ano­”
“m alia existen te na sociedade actual, em que só os abastados podem estudar e desempenhar pro­ fissões liberais, a que são ineren tes cargos de mando e orientação dos povos, desviando-se ela, quantas vezes, da sua natural tendencia, da sua revelaÇão nata.”
“Não será certo que, em determinados ca­ sos, o individ uo que abraçou u ma prof issão li­ beral , por errada influencia no meio onde se for­ mou, daria um artista há bil, e que u m med íocre mecanico, por exemplo, seria u m agrónomo com- peten tissimo ? ‘ . ·”
“Reatando o fio inicial da nossa exposição, achamos, todavia, indispensável, que o professor primário procure dar á cria nça a maior soma de conhecimen tos intelectuais, aden tro dos progra­ mas vigentes, com plexos sem dúvid a, de forma que ela, con tinuando ou não o alargamento dos seus astudos, adquira u ma base sólida, u ma pre­ paração mod elar na escola, que m ui ta u tilidade terá na vida futura, e se evite o caso deprimen te de se apresentarem ao exame elemen tar, algu rnãs vezes, candid atos de deficien te preparação, vi­ sando-se tão somente alcançar u m nú mero eleva­ do de aprovações, quando se deveria, sim, pro· curar conseguir uma ada ptação perfeita e racio­ nal das ma tt’.rias consta n tes dos progra mas.”
-+t-tt-t+-
“TERMINOU no dia 19 o pr,a”
“zo de concurso para o preenchimento d0 lagar de rzo , tario na sede dêste conce/ho, aberta pela aposentação do sr. , Dr. Carlos Ferreira David.”
A toalha de chá rifada pela
/ uventu’de Católica Femi:.
“nina da Sertã, em seú benefi- . cio, foi sorteada no dia 27 de junho, e coube ao·sr; josé F. · Tavares.”
-.+tt-t+-
()H A M A M a nossa atenção .
“para o facto de haver nq Sertã quem utilize as ribeiras . par a lançar animais mortos, inquali/icavel / alta de senso, além de uma refinadissima · porcaria. Sucede que, não ra• ras vezes, algumas pessoas que nelas se vão banhar, en:. contram um cão ou um gato”
“o que foram esses feste jos em be.neficio da M tsericordia, ins· tif uiÇão de bene/icencia de lar­”
“go alcance, concebida pelo co­”
I r.ação magnanimo da Rainha
D. Leonor.
-+t-0-t+-
“I DUMA casa cujas trazeiras ficam em frente do consul­ forio · do . sr. Dr. Vidigal, vem um cano que despeja na via pul)/ica aguas sujas, e não sa hemos que mais, /d que o se­”
“excepções, não tem. E . daquele modo o aluno sairia da escola com u ma noção geral da arte que preferisse, e que abraçaria na vida prática, ten­ dencia que seria acompanhada con tin uamen te”
pelo mestre emquanto o discipulo frequen tasse a escola.
“Se á criança rareassem os recursos materiais para aprovei ta men to da capacidade fécnica no f u­ turo, ou para con ti nuação dos seus estudos su­ periores, fosse qual fosse a sua natureza, o Go­ verno facilita ria, e estimularia mesmo, o ingres­ so da criança nas oficinas do Estado, no liceu,”
“Despresar os meios para atingir os fins, é”
um erro úe péssimas consequencias.
A Aillii.
“V ,-”
“Na sua passagem pela Sertã, em 18 do cor­”
“ren te, com destino a Cortes de Alvares, a filar­ mónica de Vila de Rei, cumpri mentou a sua con­ genere local e o Sertanense Foo1-Ball Club.”
Está aberto concurso para o preenchi men to dos togares de professores das escolas de Ermi­ da e Palhais.
“morto nos seus erercicios na• tatorios, e recuam enojadqs pelo aspecto e incomodados com o cheiro nauseabundo e pestilento que e.rala o bicho.”
Com vista às autoridades competentes. ·
“_.,..”
“1’ERMINA RA M no dia 28 os ..· ‘ exames do 2.” grau na se- ·· de deste concelho, de que da­ remos relato circunstanciado na primeira oportunidade.”
“nhorio desconhece a utilidade doa ‘Canos de esgoto, não seria mau que a Camara lho lem:­ brasse, aplicando-lhe u ·m a”
“multa para eremplo, e mos­ (rà’ndo, assim, que a saude pú­ blica não deve ser desprezada.”
ção confirm ado o que nos rem . a .importancia das suas as­
MELBOHAMENTO BDHArn foi dito sobre 0 seu proposi- sinaturas em selos do correio.
to de patroci nar as legiti-
Pelos jorn ais d a capital mas aspirações de todos o
“tive mos conheci m ento de concelhos do seu districto, As pessoas que devolvera m o”
…………
PA SS OU nc: preté ito da 2S
“o 21.0 aniversario da mau.. . guração do ·novo edi/icio do ‘1- Gremio Sertaginense, tendo-se ·;”
1 que o Ex
Governador Civil nosso jornal depois da publica-
“então, organizado solenes · e ·”
m?
“do nosso Districto pedi u a e, animad a”
esperança
“.de ção do n.º 5, e que até então o”
grandiosas fes.ta.s…. ·
“‘ compar ticipação do Estado que outro projecto em curso, recebera m com regulariqade, de-”
“_.,..”
“VA,RIAS l?essoas fazem co-”
“,· . mentartos asperos, e com”
para a. reparação da estrada de in teresse par a esta
.
“região,”
“verão enviar-nos 2$50, porq ué não lhes damos o direito de nos”
“rpzilo, ao facto .de muitas ve­ ies, principalmente às 3.as fei­ ras, -não conseguirem adquirir rio talho local, carne suficien­”
“de Sernache do Bornjard im terão t’am pern a sua i u sta lesar. Porq ue ter à borla, quan- ao Nesperai e construção d a finalidade. do a man utenção do jornal custa”
“estrada de ligação da fre. pesados sacrificios . • . temos con- guesia de Cu moa da com …..,..,…_ versado, Se o·devolvem togo de-”
“E.ste numero foi visad péld,. ‘”
“Comissão de Censura de ,. fj”
Cmtelo Branco 1 ‘· ‘ ‘r; ·
ti para os seus gastos; não se­ ria isto o pior se os arrema­ tlintes não usassem por vezes
® dma linguagem desabrida
“, . pois de receberem o 1.º exem- Palhais com o iniciàd a liga A Junta de Freguesia d o piar, está bem ; mas fazendo-o”
“ção d’esta com a séde do seu Or v alho f u i concédida a f depois de recebidos alguns, não concel ho. , . ‘. E d 1 tendo escrupulb em prejudicar-”
não
·forem pagas até 31 de Agós•1
“parà os fregueses, recusando­ se a fornecer as porções e qua­ lidades preferidas. –. Francamente, ter de gra· mar :ama perna, uma perna só, é foTte l”
“Havia m .:.i do rem etido si os compai t101paçãci do sta o nos, é acção censuravel que não”
“n a i m por tancia de E uudos, corresponde á hom br,idade de respectivos projec os ás es 39:699SOO para calceta m en muita gente, que prega morati- ta.ncias com petente s, pela · d f dade . .. para os 011tros• .”
omissão administrati va d a to d as r uas a mesma · re-
“Camara, em principio de .Ja- guesia. neh·o ulti m o,- sem que se”
“to proximos,· serão suspensaS,”” porq ue a expedição para fora db!,”
Continente traz-nos elevados en-:’1 cargos.
Como o jornal sai agora 3 ve­
“O fiscal do M uniciplo tem o dever de pôr cobró a esta in­ sensatez , que não é de agora, e , a Gamara tem de velar pelo cumprimento dos seus contrac·”
“8oubsse, até ha pq ucos di M, 1”
os _trami te .q n e estava m s- gu indo . F1hz rn ente qu e J á.
d’elos ha ll’Jticí a ; e com o esta
“Aos O’Ossos assinan tes residen­ tes nas Colonias, Brazil e Es­ trangeiro alvitramos o paga men­ to das suas assinaturas por in­ termedio de atguem que resida”
“zes por mês, resol vemos fazer a cobrança no Continente e ‘Ilhas, por series de 18 n umeros, a tô;. dos os Ex.m 0 • Assinantes que ainda não pagaram a sua assina”
“tos, na certeza de que o públi- co não pode, nem deve ser o bode erpiatorio de gente que de onhece a sua posição e os 1 11zs devers.”
“,;”
(.
“j,”
no’i ch0ga a pouca distancia
“da posse de Sua Excel encia do alto cargo qu e está ocu­ pà’ldo, vemos 1 com satisfa-”
Aos nossos presados assinan­
“tes que residem em localidades ond.e não ha estações postais, pe­”
.Q.imos o obsequio de nos envia-
“no Continente, ou a remessa em cheque, quando o não possa m fazer em Escudos, sujeità ndo-se, naquele caso, aos descontos de transferencia. As assinaturas que”
“tura, com a taxa de $99 de des.i pezas do correio. :”
“Agradecemos desde já o me.;· lhor acolhimen to a odos os no..,·”
·sos ..amigos · ··
·f··
···
dim viçoso e florido que nossos passs trilha m. Sempre unidos
A. Oo:cna.roa. da Sertã.
“co!,!he º:.d A oe ã (OfaOtifl RHlNTOS DI llSBOl”
Secüo lilerário . ..
····. ··’
TER NO BEJ JO DE OURO
“estreita mente penetramos no po­ mar sombrio em cuja pen um bra carinhosa erra vam perf um es sà­ dios de frutos e f lores. Deseja­ ria, Fernando -ciciou Gizete”
APROVEITAMENTO ESCOLAR 1935-1936 Um trecho de Drama .
· ·DeDeres para com o Patrrn
“A luminosidade do sol puzera em festa a tranq üilidade do vale. Tudo sorria nesse dia claro, tudo sorria e cantava hinos ao”
amor trillnfante.
“Gizete sentia na alma aquela alegria subtil e intraduzivel que aflorando ápenas um sorriso, se insinuava levemente nos labios e resplandece radiosa nos olhos conten tes.”
“A doce pressão do meu braço enlançava-1e a cintura e condu­ zia-te carinhosamente atravez dos campos floridos, pertubava-te um pouco; a voz do namorado pa­ recia-te mais atraen te e os meus olhos e preitando os teus olhos as ternas mais inti mas, acendiam­ te ilas faces subitos ru bores.”
“Aventura desejada, quási sem”
“brandamen te – dizer tudo quan­ to mih alma contém de dôce, de caric1oso, de terno, mas não sei, faltam-me as palavras.”
“Porém, tu adivinhaste-me a distancia, não é verdade ? Me­ lor me adivinharás agora que tao perto estou do teu coração. Ha uma palavra que encerra todo o meu sentir : Amor. Amo­”
“te, Amo-te, Amo-te .• •”
“E dos teus labios finos a amo­ rosa confissão, murm urada a mê­ do, irradia va suave e leve como um incenso subtil elevando-se aéreo, tra nslucido, na atmosfér calma, como perf ume perturban te desprendendo-se dà carola rubra de uma flor.”
“Sentamo-nos silenciosos num tosco banco de pedra, recolhidos”
1.ª CLASSE
Eduardo Graça -12 val. Hermenegildo Silva -12 > Ansel mo Farinha -11 > Lucila Batista Manso -11 > Maria Helena Guimarães 11 Maria de Lourdes Lima -11 > María do Céu Pontes -10 > Perpét ua Patrício – 10 > Raul Curado -10 ‘ >
2.ª CLASSE
Manuel Alcobia – 13 > Augusto F. Farin ha -12 > Mar1ia Violan te Queiroz-12 > Anibal N unes Correia – 11 > Tito Vi torino _ 11 > Vasco Rodrigues Silva -11 > josé Nu nes.Costa – 10 >
3.ª CLASSE
POR JORGE DOMI NGOS
Aluno da 4.ª classe da Escola Mixta de Outeiro da Lagoa –
“Sertã, de 14 anos de idade.·”
“‘ A Pátria é o lugar onde nas­ cemos, onde vivemos, onde nos criamos, onde vive a nossa fami­ lia, onde se fala a nossa lingua que nós falamos, onde vivem os nossos amigos, onde brilha a his· tória das tradições mais belas, é”
“a nossa Pátria; os deveres para com ela são : devemos def endê-la quando ela esti ver em perigo, au­ xiliá-la, até á hora da morte e tambem devemos respeitar as leis que ela nos manda cumprir, quan­ do ela estiver em caso -de guerra devemos lutar com coragem para a tornar forte e livre e se alguma”
“Num destes dias, cerca das 8”
“horas da manhã , passa va eu no Largo do Picadeiro desta mui no­ bre
-10 >
-10 >
“vez tivermos muito dinheiro de­ vemos dá-lo aos pobres para ela se tornar mais forte, mas o que nunca se consegue, a qual sem­ pre foi a minha ambição e a qual”
“quem aqui até logo ; brinquem,”
“m 1s.cuid ado com os carros. Olha tu · pelas tuas irmãs, se alguem per .”
“guntar o que fazais aqui, diz: -a”
cobrir-te neste esconderijo dis­
men te.
4.ª CLASSE
sempre será.
nossa mãe
j . ganhar o dia aqui
creto.
Os nossos destinos havia m de encontrar-se.
As nossas almas caminhava m cegas e instintivamene u ma para a outra.
“E premido mais contra o teu flanco esbelto a cin tura flexível de Gizete, eu m urm urei na tua voz branda como a carícia do sol de Maio. São tão irmãs as nossas almas que julgo sentir”
“Eram mais doces os nossos sorrisos do que tôdas as frases de amor. Olhos nos olhos, em mutua contemplação, conserva­ ram-se enlevados durante alguns instantes. Os cabelos loiros de Gizete roçavam o tostado rosto de Fernando. •”
“Atraídos, fascisnados, os la­ bios finos de Gizete aproxima­ ram-se dos labios de Fernando, carnudos e sensuais. E, em si­”
Joaqui m Crisóstomo -15 • Maria Celeste Dias -13 > Alvaro Patrício -10 • >
R EGIMEN DE DISCIPLINAS
“Albino Herdade- Port. 10 val., Franc. 10, Matem. 11; Maria de Lourdes Guimarães -Port. 11, Franc. 12; Maria de La Salette Guimarães -Port. 11, Fratic. 11.”
“Sernanhe do Bonjardim, 10 de julho de 1936.”
….o…..
f estas e f eiras
“Realizaram-se as seguintes : Dia 12, na Sertã, a festa a”
“São João, inaugurando-se a sua capela reconstruida, ao Castelo, e sendo cond uzida em procissão solene, da Igreja Matriz ali, a”
“perto e como nós não podiamos ir , ·'”
“ficamos aqui a espera.la, porque”
não temos casa :-
“-Depoi11 prometia: Logo á hora: · dn hos de rapaz.
“.” An tes de conhecer-te, de sa­ ber que me esperavas já eu te esperava e trazia avaramen te guardada no coração. O nosso encontro, meu amor, foi apenas o incidente feliz que pôz em contacto as nossas vidas uma á outra destemidas. Primeiro vivia cada um de nós no coração um do outro num vago anseio.”
ra ção femeni no enganara-se de­ certo. Fernando não te queria como tu -pobre romântica 1 – ima ginei. ·
E lamento-me de me ter con­ fiado no seio acolhtdor de uma enganadora quimera.
“O teu belo sonho dessa ma­ drugada, expressão eloqüen te dos teus juvenis anseios, perpas­ sou-te triste ante os olhos humi­ dos.”
“tremec1a ,ao sabor dos teus ner· Deus. Fehc1tamos o sr. Fa rinha te o Mt nisterio Publtco, e exe;. vos agitados pelo vendaval im- pela sua aeçào filantrópica; e cutado o menor Abel Zuzi mos ‘ petuoso da paixão. perdoe-nos se acaso of ende-mos Lourenço Correia, representado”
“Os primeiros raios do sol en- a sua modestia. por sua mãe Margarida de Jesus · trara mte silenciosos, discretos, _ Dias 9 e 10, em Oleiros, Correia, e cujo deposito s acha · pela vidraça transparente, trepa- os festejos anuais a Santa Mar- represen tao elo conhec1ment”
“ram a ed_o pela colcha e fora garida, havendo importa n tes so- numero ‘?ti qunhentos e stentl pousar 11m1damente um terno be!· lenidades religiosas, iluminação e sete, ltvro oito, folhas vinte e”
“JO de ouro nos teus cabelos 101- fogo de artificio, corridas de sa: trez.”
“ros q e .manchavam a almofa- cos e bicicletes, leilão de fó’ga- Sertã, 17 de Julho de 1936. da alv1ss1ma… ças, atribui ndo-se premios ás de”
“maior valor. Presta o seu con- Verif iquei:-0 J uiz de Direito,.”
“A realidade ju ntou-nos agora no mesmo caminho de ventura,”
!ãó lindo como a verêda do jar-
. Nunca o devaneio te pareceu tão cruel e men tiroso. Deixaras­ te arrastar sem resistencia pelos
“Lisboa, J ulho de 1936.”
Francisco Pedro
curso a filarmonica daquela lo- -lopes de Castro ·s.· ‘
calidade. O Chefe da 2.ª secção-B. 1 ··
s DA CA SA
V A Z
SÉDE EM SERNA CHE DE BONJARDIM – BEIRA BAIXA .. TELEFONE 4
”-
“A zeites, Etra-Fino, Consumo e em latas estampadas de 1 e 5 litros, Marca (L. v. S.) “””
Vende para a Praça e Exportação aos melhores preços do mercado
“Vinhos engarraf ados exeusivos das suas propriedades (Marca Registada), grande vinho de f.Jlesa L. V.S. Fornecedor dos pri ncipais Hoteis e Restaurantes Fá b r i c a s d e Mo a g em Se r r a çã o e O f i c ina d e R ep a r a ç ã o d e Au t om óve i s em SERNACHE DE BOMJ ARD! M”
“·,”
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A Oo:i:na.roa. d.a. Sertã.
“””ll’Si’hS: ., . … –”
a;ae .’1f J.t;:: :!111 11IlllillllWllllllll llllillllllllllll!!·
“””U e “” §L u1 z LO uR E N çom”
“;, ‘ Jose’ F..r..a. nDEc·1.s..c..o da S1º l·va. 1 o enm ,az urra = “”””””‘””- COM – =”
“1””j n y”
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= ESTABELEC IMENTO
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“DE MERCE AR I AS,”
“…………, cg. .”
= VI NHOS E LOUÇAS ESM ALTADAS AOS MELHOR ES PREÇOS.
“:-Q. .7/ 111ais luxuosa da Sertã, situada no seu –”
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“IJOnto mais central, e a melhor da re,.,ião.”
“(!SJ CURSO GERAL DOS LICEUS Pensão Fam iliar: Comida bem pr ;,pa rada e quartos a m p1os e asseados .·.'”
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“””7″”‘-* ;:”
“§ …………,<8> .      ”
8 S E R N A r H E B O NJ A hDIM $ L A R G O D E s SE B A S T JLA O 5
“· ,,- S E R T Ã -,.., 1s S         ”
1 = S E :R T Ã 9 =
“1e'””i Rua Candido dos Reis -(Junto ao Largo do Chafariz) ti DO · 1(”
. (Um dos bairros mais pitorescos da Sertã) –
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“ti……..J..A…R…D..I…….1.1.:.. “”…”
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Largo Ho Chaftlri’ – Sertã
“•:•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• :· …… ..,…,…..,……,..,…..,.1,1.11.1…””11111. i …..”
“….11111….111 .. ·”””
“3 IOeD88 8m OS “” Ruy Pura i”
“M Fazendas, 117 ercearias, /ou- fif . ·”
“as, vidros, ferragens, per-”
·- ···..EJ ·.. ···
“fumarias, livros, etc., etc. a”
)’lovidaáes para brindes. a
T e r e i s á g ua a b unda nt e
“eom a maior eomodidade e pouea despesa,”
‘f A DQ U I R IN DO A
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4 .A. Oon:ia.rea. da. Sertã.
.Çatta de Lisboa l ATRAVÉS BA 6MAR A
“· . O ap arecimento de A · Co marca da Sert ã, tem consti­ tuído entre os naturais dela”
“com residencia fixa ou de pas­ sâgem nesta pacata Lisboa , um acontecimento a todos os títulos”
“Ou.r.neada, ie”
NOTICIAS DIV ERSAS
{Noticiaria dos nossos Correspondentes)
“-Ul timamen te a vinha tem sido bastan te atacada pelo míldio. A azeitona tem-se perdido muito, e contra o que se chegou a esperar, have­ rá tambem pouco azei te este ano; trigo e centeio”
“Regressou á sua casa de Ai­ varo a sr.ª D. Maria M adalena de M endonça David, esposa do sr. A lfredo de M en,donça Da­ vid, que em Coimbra e no Lu­”
honroso pai·a os seus fundado ·
“res; todos louvand o com muito amor p atricio, a sua iniciativa”
A 119ura iie ao novel paladin ‘)
d.o regionalismo beirão e d os
“Ínteresses materiais da nossa comarca, um bom tuturo se não se transviar, é claro, do cami nho traçado, do seu programa inicial.”
“N6s, que conhecemos m·1üto de pe1 ·to, porque muito de per ­ to pri vamos, os fundadores de”
“Celebrou-se no dia 1 deste mês a MiSsa Nova do Rev.º p.e An ton io Nunes Farinha. Pregou o Rev .º P.e Augusto Antonio Ribeiro. Seguiu-se a benção do Santissimo, e a tocan te cerimonia do beija- m ão; o povo da Cumeada re­ tirou-se alegre por lhe ter sido dado assistir a um a{:to que muito o impressionou. Houve jan­ tar of erecido em casa dos pais ao clero e ami­ gos da familia; no final do ja ntar brindara m os Srs. Padres Isidro Parin ha, Presbitero Assisten­ te, Augusto Antonio Ribeiro, Joaqui m José de”
“Freitas e ainda o Sr. José Ferna ndes, q ue dese· jaram ao neo-sacerdote um apostolado fecundo, brindes que o Sr. Padre Farinha agradeceu co­ movida mente.”
a igreja da nossa terra andado em
“existem em pequenas quantidades . Por isso esta bôa gente anda apreensi va e receosa. Mas lá diz o Manoel Teixeira : e Deus super omnia,.”
e.
‘7’ila. de Rei
“Continua m os trabalhos de pesq uizas na região aurífera de Vila de Rei, constando-nos que se radica a esperança de termos nesta regi ão um movimen to valioso de trabalhos remunerados.”
INSTRUÇÃO
Começara m no dia 15 do corrente os exa­
“so obteve lenitivo para os seus sofrimentos, com o que muito folt;amos. ·”
“-Esteve na Sertã, de pas· sagem para Oleiros, o sr. Ar­ mando Gomes dos Santos, ad._ junto do Dzrector do Distrio Escolar de Castelo Branco.”
“-Em serviço profissional esteve na Sertã o snr . Dr. / ()· sé A ntonio Ferreira, ilustre advogado em lisboa.”
“-Faz anos, no dia 2, a sr.”””
D. Maria dos Anjos da Graça Craveiro. –
um parto feliz a sr
“, -Tem”
-Teve .ª
“A Com arca, pessoas de inicia­”
“tiva comprovada, sempre fi na ­ lizáda com êxito, não temos u direito de dnvdar de que o pro · grama em referencia será cum­ prido nás suas linhas gerais; que a luta que venha a travar­ se em beneficw do regionalismo”
“ouras; reconstruída em 1922, o ano passado fo­ ram doirados dois al tares laterais; este ano será o resto da igr j a, para o que está contractado o Sr. Pedro de Oliveira, pi n tor e doirador de me­ recimento. Para o êxito desta obra muito tem contribuiído o pároco local.”
“-No dia 2 de Agosto tem aqui togar a festi vidade á Senhora de San tana, padro ira des­ ta freguesia, a que < A Comarca da Sertã> fez re­”
0
“mes pa ra o 2.º grau , foram propostos 60 candi­ datos, fizeram exame 58 havendo 9 distinções. Tendo feito parte do juri, D. Maria da”
“Cruz Çardoso, D. Conceição de Lóurdes Pina de Oliveira e José Lucas Marti ns.”
FALECIMENTO
“Com 54 anos faleceu no dia 25 em Boafa­ rinha, o Senhor José Maria Froes, capita lista e”
D. M aria Vitorina de Oliveira Barata.
Exames
“Completaram: o 2.0 ano de Agronomia, o sr. Ramal{fo lima da Silva; o 5.ª ano do li-:­ ceu, o sr. jorge B. Ferreira”
beirão e ,”
. bu n danci a e licença . Ç) bar baro crime é feito breve possível.
ca8a d e arrecad ação. do sgu!n te modo: arnarrarn·s.e 1 Esperando que serei atendido
A N U N C IO
“Sertã, 21 de J ulho de 1936.”
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“Mostra A ntonio Caet ano, os animais com uma corda uma i no meu pedido de pu blicação,”
.. t t S fi p· pedra bem pesad a e assim se11 antecipadamen te agradeço a V e r a a era m i res eitam para que ningem os ve- . ‘
“,,f edróga Peq-ueJlo, . 1a- lá -no_ fundp dehndo..se .em ! (a) Manuel da Silva Nunes”
“Proximo da Sertã. ven Verifiq uei:a…O J uiz de Direitq ,”
. . . . -l opes de Castro :
“dem·se oh ve1ras e pmhe1ros. o Chefe da 3.ª secção,-/os””é”
“ln.forma·se uesta l’edaçao. · Botelho da·SiJyq-Mour ãQ . , – J”
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