A Comarca da Sertã nº644 04-06-1949
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Hepresentante em Lisboas
foãdo Antunes Gaspar
L. de S. Domingos 18 s/l – Tel. 25303
— — Febdomadário rr;gi&nall:ia. Indlpendíifi.’ defengor dos ot
.ÚÚ**#*H**HK**Ú&M*K****WWI***R*&MÃ&*&#*
Aedacção e administração:
— NEE EAA SN SR PE ME ENSNA R NSORRA KR SN LRRR
Ano XIV
Era grande demais:
KKKVI
O ar, dr., Sidónio Pats, esse mal
dormiu durante fodo o ftem o que
esteve em Beléêm. E raras noites
se meleu nàa coma., XNe ia ão tea-
tro, fogo voltana. para trabalhar
alé allat horas, com a capa mili-
tar pelos ombros e um cobertor
nosr joelhos,
Etu, como chefe do pessoal, não
dtinha que lá entrar, a 1não ser que
chamasse, e 058 contífuocs só 0 de-
viam fazer quando ele focasse
caompalrnhoa, ;
uando não Irabalhava &d se-
oretarvio, então dedicava-se a man-
dar distribuir esmoluas, muílas es-
molas. Era muito bom, muito ca-
rilativo, Para distribair algumas
eamolas auxiliava-se de seu filho
Antório. j
Não havia domingo em que não
‘ ; RE UISHOU UM hoso
ade eriançãas, Greanizava muitas
destas festos, no dJardim Zoológi-
co e em Sintra, porque . soxtovo
mnuiílo de se ver rodeado pela ga-
rotada, que, satisfeita, o aplaudia
€ alé o beijava, Pegava-lhes ao
colo, € conquistava &ssim 02 país,
TuIneniando o nunmero de admira-
. dares, porque teve realmente mui-
tos, e dedicados,
Surgiu e epidemia da pneu-
mónica, e fazia-me lembrar o sr,
D, Pedro V quando do cólero.
” Percorria todos os hospitais, cujas
lotações — aumentou, dando- Ihes
ceutonomia adminisirativa para
evilar demoras burocráticas. E
cuidavao fão potuco de se resguar-
dar de contágios que chegeu &
adoceer, com a pncumóruica, su-
punhan os medicos, Esteve des
dios sob visilância, e escapou por
milagre.
Para tomar medidas de defesa
contra q epridernmia ceiou uma co-
missão de imédicos presidida pelo
ar. dr., Ricardo Jorge.
: Depois, quando começaram a
faltar alguns géncras, criou lam-
hbém uma comissão para as sub-
sistências. E ele próprio fomou
medidas eficozes, como a de ir é
Alfâándega buscar açúcar e arroz
e oufros géneros que aoli estavam
a apodrecer sob o pretexto dos
direitos, : :
Como alguns eomerciantes abir-
edrsem, explorando as circuns-
fáncias, mandou fechar mais de
duzentas mercearios, e aplicou
muiltas por mais de quinhentos
comntos & armozenistas pganan-
ciosos,
Para defer n3 agiolas—corvos
dG espreifa que nuncam derxam de
aparecer em bandos, nestas aliu-
ras—eriou na Caixa treral dos De-
púsitos Um serviço de emprésitino
iConcla;ão na 3 pão.)
E que inuuguraruma n$opa
— Eduardo Barata
Rua Serpa Pinto
O 23,º aniversário da Revoltução
Navional foi comemorado solene-
mente, não só na capital mâãs em
muitas terros, tonto da Metrópole
como das Colóntas, ande se inha-
guraram. mellioramentos tde . valto
com vista a benefieior &s popoaolações
en transformar radicalmente as €on-
dições da vida locel. :
A fonte de águo potável, o ediff=
clo escolar, à estráda, 6 ponte, à es-
tação dos correios, o posto de so»
corros médicos, o hospital, a encrgia
eléctrica, constitairam, ora, nam-ca-
$0 0ra noutro, consoante às neces=
sidades mais prementes, à categória
€ o degenoolvimeénto das localidades,
& razho de ser, justificada < inteira-
mente comprecnsível, do acto come-
moraátivo dama Revolação, que–opós
O SOSSEGO de espírito c à frameção
das contas do caAst-veio o encon-
tro do povo para o resgatar da mMis
séria e do opróbio, insoflandoó-lhe,
na alma;, & alegria de viver.e des-
STloBdo a SDELail muscolópmatos
?%’áTh r“&ªô%?â&”ihõo, olhos fitoz no
Futuro, Srilhando sobp à loz domaã
ESPerançaque agora catáva com file
gor, rompéndo às trevoas do ceptis
cismo ç dá destlásão.
A RKevolação de 28 de Malo=—-Re-
volação de Páz, porqoe não honve
a nódoua dum fratricídio à polaí-le=
encontrou ambiente propício ao sc
triunio porque incarnava o espírito
das massas fatigadas de lotas polís
ticas, nos quais rôramente se vis-
lambrava o alto ideal que dignifica
e enorondece uma Pátria,
Aos partidos, desmoralizados <
corrompidos, restava accitar e facto
consamedo e compreender que ehê-
gara 6 momento de se iniciar ama
nóva vida, cm que à calma e o sos-
sego de espirito garentissem. o tra-s
balho produtivo e fratuoso de que o
País carecia para se crguer do raj-
na, encetande o caminho de prospés
ridade económicao c de renovação
material que se imponha paro pem
de todos, Integrando-se no conscrto
das noções, das quais, em épocas
mais felizes, fora componente mo-
delar, tanto pela suó probidáde como
pcla’ saa aeçõo profandemente h
manitária,
Durante 23 anos, Fertagal Intelro
FENOBOLIASE, Operoo umó transíor»
micção espantosê que dá n justa me-
dida do patriotismo do regime e da
sua capacidode de reafizações.
Em Carmono e Saelozar nós vev
mos as lídimas figuras qoc a Revo-
luçõão de 28 de Mnaio tepe 6 felicidá-
de de encontrar para àa eonscceação
da obra naclonal que se Impunha,
REE REEAA EE SRTTTIRES
Abastecimento público
As copitações do mês de Jonho
são a8 segaintes: açúcar, urbanos,
00 gms; rurals, 250; orroz, 200 e
sabão, 280, verificondo-se, assim,
quanto n este áltimo artigo, dm au-
tnçcnto de 100 gramas:
hirectar Editor e Proprietário
âmêndoa e Gárdigos (do concalho de Mação)
da Silva Corrôa
Publica-se aos sábados.
Sertãá, 4 de Junho de 1949
erôssas da Comarca da Baortã Comcelhos de Sertã, Olairos. Proensa-a-Hova 6 Vila-do Rel; & Fregooslas de
(Yisado pela Comissão de Consuera)
ETA ME ENEA MEN REEA ENE ES REE AN ENE SE sc Mó
— Composlção e impressão: — GRÁFICA CELINDA, Lda.
iKK***WWW*W**K**i&*W*i*ªiiiíªªªâ&ãm&íã**##ª*“*&%%%**ª#*K##&i*h#ii**i
SERTÁ N. 644
BRROMEPE-SE n língaa portugues
552 Os filólogos dizem que sim,
entre cles n professor Vasco FRotelho
de Amaral, que há anos se vem bór-
têndo pelas imanidades do idioma
com extremada comprcténcia e a por-
fla admmirável de um Pedro Ercmita.
Que. se não.corrompa no sentido
tórpido da palavro, abástardo-se,pe-
netrada de barbarismos e solecisamos
que Ihe vêm por inúmeros condotos,
h começar pela ignorância de mouitos
que fizerom dela sea ganho-pão. Tal-
vtz oO pior mal seja este. Escrever
Exige amaá demara e disciplina que se
não eonmpadece com a fafáa-lata mo-
dernea e 8 restrita paciênciao que é
àe contar hoje em dis paro & obro
pura do cspirito. – Tendlo se mecanizoo,
€ a arlte literária-é obra de técnica
mantaol, digamos, como obrar o mar-
fim’ o tecer no tenr, o velho tear de
Pentlópe- é das noóssas -nvós. aquelos
belas teias de: linho em que nascia,
nelveva, nmorris sama geração, efle
Hiono paro idióma, fenómieno pe-
Tonte.o qual o nosso &e mostrá bas-
. EBVA pano para dlaparnsçe docor.. 1Dese,
WÉÉ“H á ª#hºfe”rcôãf&%:%é%àãª&f
“íngão há me
jtas a lápis 76 DE MAIO Pela Lingua Portuguesa
tante desarmedo, Sobretado no qoue
respeitoa f terminologia científica é,
acima de tade, à indústriel 0) aotos
móvel, /h rádio/0 dviho /n elettricio
dade no qeraltrouxerem amaá- olovião
de moacábalos, que a nossaingas neeta
tou de Posmente sem aprovetiar de
nenhuma espécie «e reciprocidade
nem os submeter à vistó das acades
miss. Quentos termos de técnica ade
tomobilistica, são gentinamente abo»
rigêncs ? Apostaria que, à não serpor
coincidência, ncm am para amostra
safu do cadinho nactonol, O que nos
pvale é queê toda esta importação ma=
ciçã, originária por vin de regra de ..
cEronçao, pogou scus direitos à alifins-
degã eomam, que é o grego e o latim,
Apárte a questão dos sofixos, que não
é para desdenhar, todo isso adoptors
se-ia à morfolegia do porlagoõês, Se
não como amiaálavoa, como am quênte
de fatódor à- mão de wma-ropariga,
Mas, independentemente deste joto,
propagedo: por: (odos-os esntus bras
vos. do internacionalidade, dentro: de
àe mais naãda, impeéedir que à Cons-
* Mconelusão no 4.º pág)
CRUZEIRO DA VILA DE AMÉNDOA
Crise agricola
n nossa agricualtara vivehoras
“tormentosas, na expectativa
duma crise queatemoriza os mais
COrAjosos.
À cultura da batata falhou
estrondosamente; oatro tanto se-
cedeu com à cerealifera, à excep-
ção do milho, do qual. por se en-
contrar na infáncia do seu desen-
volvimento, nado se pode dizer
por enquanto; mas se a produção
vier à ser escassa, moito mais
graves virão a ser àas dificualda-
des na nossa região, onde a po-
pulação raral se alimenta quase
somente da broa:
Olcerecem ns oliveira um es-
pectáculo de impressionante be-
leza pela sara prodigiosa iloração,
tão densa que obriga àas rijas
pernadas à vergarem em arco,
assemelhando-se no dorso de anj-
mal gigoantesco e bravio de farto
pelo, tal o efeito da ilor amarela,
mas não nos fliemos demasiado
neéssa graça da Natureza, quêe à
oliveira não-tem no solo a hami-
dade que deveria haaurir e, antes
do S, João, todo ou a maior pár-
te do frato cairá degolado por gol:
pes desieridos pelo sol rijo e im-
piedoso. Oxalá que nos engane-
mOos nesta previsão Um podeo
(Conclusão na 2.º pág.)
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Crise agricola
desanimadora, mas nos anos em
ue o Inverno tem sido farto de
thuvas a oliveira raras vezes se
mostra generosa; pode até dizer-
se que nem sequer paga as des-
pesas do tratamento € do ama-
nho. ; n
Atribúi-se todo este descala-
bro às lrrcgalandadcs de tempe-
Tatura, único óbice que o pobre
tnvrador não pode remediar.. E é
verdade; essas lrrcgalarldades
são à causa originária da Saa
desgraça, que, contado talvez se
pudesse reduzir a proporções mí-
nimas se ele-o lavrador—-econ-
jugasse um estorço coman) para
encarar estas crises periódicas,
Fformando cooperativas para ven-
da dos produtos e aquisição de
tddo o que carece na sua activi-
dade agrícola, unificando salá-
FFios, requerendo a redução dos
“encargos tributários, que deve-
Tiam ser proporcionais à pro-
‘dução do pão, do azeite e do vi-
nho, construindo silos e depósi-
“tos para à conservação de pas-
b
Contra o ese: ravelho e
fraço do batalta « lodos
os insectos e lagartas roct=
doras das cultaras, use
e prodnto de confiança dos
agricultores,
Aº ve’nda no comércio
e nos Grémios
da lavoura.
Fednr instruções
ão concessionário:
– Garlos Cardoso
Rua do Bonjardim, 551
PORT O
O GESAROL é nnT-Gelgy
um produto
– tos e lorragens para os bovinos,
que muitas vezes descem à bai-
. xo preço por carência de alimen-
tação.
Porqac será essa rclutâncm
.—-e se não é relutância é indife-
tTença—pelas cooperativas, que
na França, na Inglaterra, na Ho-
tanda e nos Estados Unidos são
garantia não só de defesa mas
. de prosperidade da agricultura?
Não se vê que os Grémios de
* Lavoara às substituam e se es-
—Ses urganismos loram talvez
— ‘ <riados para substituir os ânti-
, gos Sindicatos Agrícolas, a ver-
dade é que na maior parte dos
— Casos os Grémios seconverteram
tm potco menos do que reparti-.
—ções burocráticas, sendo úma
dassdas poucas lunções práticas
— regular os preços de certos pro-
. datos, de consumo. corrente em
— concorrência com o comércio,
– que, sobrecarregado de encatrdgos,
tnem sempre tifra desses, mesmos
produtos um lucro remunerador.
Cernache do Bonjardim
— Vendem-se propriedades
em Pampilhal
Um casal com casà de hebitação,
barracão com forno, boas pocilyas,
72 . poços com cngcnhos a motor, ter-
ra de caltara, vinha, oliveiras e mui-
tas e boas árvores de frato.
Uma courcla de mato, pinheiros,
Oliveiras e cácaliptos, eerea de 4 hee-
tares.
Úma Ccoanrela de terra dc semea»
dura com 16 oliveiras e videiras.
Dãas courclas de mato e pinirei-
ros, cerêa de 5 1/2 hectares. .
Facilita-se parte do pagamento a
15 anos à 2 º%o. : !
” TRATAR: João Carvalho, Rua
EConde Redondo, 143-1.º Telf. 42641,
Lisboa, € Maria de Jesus Híonso
Panªxpilhal—-—(,ernachc do Bonjardim.
FENS TSS META
As cooperativas, represcn-
tando o fulcre deé ioda a activi-
dade agricola dúma região, se-
Tiam o seguro amparo do lavra-
dor nos maus anos de produção,
como, do mesmo passo, estimu-
lantes de todos os empreendimen-
tos úteis, que, generalizados, se-
Tfiam a fonte de prosperidade ‘C.
abundância.
Regularizar os preços dos
produtos e colocá-los, adquirir
tudo quanto é preciso para gas-
tos e útilização em quantidades
suficiêntes para evitar danos in-
dividuais e com garantia do cus-
to económico, estabelecer jornas
aunilormes e compatíveis com as
possibilidades do mMeio agrícola,
numa escala que estabelecesse à
justa remunteração dos assala-
riados — feitor, carreiro, traba-
lhador, pastor, ete.—evitando-se
a cencorrência desregrada, sem-
pre prejudícial, comprando, pa-
ra utilização comum, do associa-
do que disso carecesse mas es-
pecialmente do pequeno lavrador,
charruas, semeadores, debulha-
doras, motores para extracção
‘ de água e rega, juntas de bois,
carros e animais para lavras e
| transportes—que tudo seria ala-
gado a preços aceitáveis—,dan-
do a assistência técnica necessá-
ria de modo à garantir e a va-
lorizar a produção, «&is, entre
muúaitas outras que poderiamos
Ccitar-—se o tempo nos sobrasse
e à competência não falhasse—,
as vantagens das cooperativas
agncolas que. deveriam apenas
viver da lnvoum e para à la-
voura.
É acabamos por íal”ar em
cooperativas-—organizações pe-
las quais temos. a maior simpatia
porque sabemos quanto elas va-
lem quando, bem administradas
— , quando o nosso propósito:ini-
cial era apenas dizer algo sobre
à crise temerosa em que se de-
bate a lavoura, crise que há-de
ser maito difícil debelar e só em
parte se noderá atenuar pela di-
minúuição dos cncargos que a
alligem.
Nem há outro remédio se se
quiser que ela não sossobre e o
lavrador fique sem camisa!
O. mal não tem origem em
1949; vem de longe. AÀA um ano
maa, sacede-se um péssimo.
A Comarca da Sertã
Vá sa sS.
SOFRE t REUMATISMO ?
‘! — DAS ÁGUAS SULÉÚRIAS MAIS RP&DIOTXCTIVHS
DE PORTUGAL
BANHEIRAS LIGADAS AOS QUARTOS
GEMIL
INFORMAÇÕES:
PENSÃO ªrPRMAs Ê :
CALDAS DE S. GEMIL SNEA
CABANAS de VIRIATO :
A inauguraçêo da eneêrgia elécirica em Cer-
nache do Bonjardim decorreu com mvulgar
brilhantismo
(Do nosse enviado especial)—
Pode dizer-se que as festas de
inauguração da energia eléctrica
na linda e risonha aldeia de Cºer-
nache do Bonjardim trealizadás
no preiérito domindo, atingiram
um entasiasmô-imprevisto, exce-
dendo as melhores expectativas.
Não só às pessoas de maior re-
presentação, mas. a massa de
povo, da aldeia e de toda a Ire-
Quesia, exaltaram de alegria, dam
contentamento sincero, em que
transparecia, vibrante, a maior
gratidão ao Governo e à Câmoa-
ra Municipal pela notabilíssima
. obra. Na pessoa do sr. Gover-
nador Civil,.o Governo recebeua
os aplausos calorosos de toda
uma população agradecida.
Os srs. Governador Civil, vi-
ce-presidente da. Comissão Dis-
trital da União Nacional, Coman-
danteda Polícia de Castelo Bran-
co e presidente da Câmara Mu-
nicipal éhegaram, ceréêa das 17
horas, ao largo em trente do Se-
minário, onde eram esperados
pela Comissão promotora das
testas inaugurais, presidida pelo
vereador sr. António Coelho Guai-
marães, e por maito Povo, que
lhes tributou uma ovação entú-
siástica, renquanto-a Filarmónica
de Pcdregao Pequeno tocava o
hino nacional; acompanhada pe-
lo- magnífico coro do Scmmano
das. Missões.
.Dali partia depois um imponente
cortejo em direeção ao Clupe Bon-
Combata .as pulgss, pio-
lhos, percevejos, moseas,
formigas, paratas e outros
parasitas do homem e das..
habitações, aplicando
NEOCID
em pó e em líquido
Á venda nas DROGARIAS
e PARMÁCIAS,.
O NEGCID é nnT GHBY
am produto
UP
Carro de praça em Pe-
drógão Pequeno
DE 4 LUGARES, « VANGUARD»
Isidro Ferreira —
jardim, onde se realizou brilhante .
sessão solene; durante o trajecte, das
]anclns ornamentadas de vistosas e
ricas colgaduras, foram lançadas flo-
res ém profasão. Na sessão asaram
da palavra ‘ os srs. Coelho Guimarães,
qde apresentou as boas-vindas àau
ilustre Chefe do Distrito e mais con-
vidados, a todos agradecendo à hon-
ra da sãa comparência naquele diá
de tão grande jábilo para Cernache
do Bonjardim, que com à euergià
eléctrica inicia auma nova ctapa ná
súa vVvidà de constante progresso; so=
bre o importante melhoramento fala“s
ram einda os srs. P.º Luaís Augusto
Rocha, Eng.º Higino de Queirós, pre=
sudcntc da Câmara e Groveêrnador Ci-
vil, tendo o Rev.º P.º Ro?ha solicitas
do ao Governo qaue se erigisse, em
Cernache, monumento eondigno em
hbenra de Nan’Alvares, filho daqueltaà
linda terra e am dos maior&:s heróis
da nossa Pátria; e o sr. Prcs.dcntt sÃ
da Câmara pedm a constração da
via férrea regional, pela quel as po=
pulações locais aspiram há tantas de—’
zenas de anos.
Realizou-se depois à cerimónia dà
vernador . Civil fez a ligação à rede,
O povo irrompea em manifesiações
deltirantes, vitoriando o Governo, Car=
mona, Salazar € todas às outorlda—
des presentes e séndo lançados mui-
tos foguetes e morteiros. Viveram- Se
minatos de verdadeira emoção é deé
“grande sentimento patriótice.
Ás 31 horas houve lauto ban:
quete no Clube Bonjardim, quê
decorreu nam ambiente da maior
elegrio; foi servido por se-
nhoras da melhor sociedade cet-.
nacherSseê, que loram de extrema
gentileza para os convivas. No fi-
nal, usaram da pelavra, enalte-
cendo mais uma vêZ à Grande
obra do Governo ém bentlicio de
Cernache e do concelho da Sertã
e salientando. o carinho que ao
Estado -Novo merecem as aspi-
rações progressivas dos povos,
os srs. Coelho Guimarães, Rev.º
bênção da cabine e quando o sr. Gio=
P. Rocha, Barão de nlvmazcrc :
Rev.º P. Mandel Martins Canas
e dr. Flávio dos Reis e Moaurê.
Fechou àa série de discursos O
Cheile do Distrito, que confessou
a sua alegria pelas patrióticas
manifestações do povo de Cer-
nache e o seu Feconhecimento
pelo carinho com que foi recebi-
do, prometendo interessar-se por
todàãs as justas aspirações de
Cernache.do Bonjardim
Nas ofícinas da Gráfica Imprlmem- ‘se jornals para tedo 9 país
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Ministério de Economia –
Biracção Gara! dos Combustíveis
E
Diógenes Cerlos Loureiro
Macheado Falhs, Engenheiro
EChefe de 2.º Bepartição da Di-
Tecção Geraldos Combustívels:
:. Faz saber que & Socledode Macional
de Petróleos requereu liçença para inste-
far um depósito subterrâneo de gasolina
de 6000 litros de capacidade € respecliivo
homba nito-medidora incloida nh 2.º* clos-
s com os inconvententes de nerigo de in-=
céndio, sitoado na Estredá Nosionsl, 2 km.
EMEO, fm Serth, corcelho da Sertã, dis-
trito de Cestelo Branco,
í Hus termos do Regalamento das Indde-
trins Insalubres, Ineómodas, Perígosas ou
Tóxicas e dentro do prago de 30 dias,
contar da doto da poblicação deste editel,
Fodeinp bs pessons interessedas tpresentar
a5 reclamnrões per escrito, contra a cofis
Crasão da licença requerida e exominár e
Tespeclivo processo nesta FRepartição,
Avenida Miooel Bombarda n.º 6, em Lisbon.
‘Lisboa, nos 13 de Maio de 1949,
./ Q Enqenheiro Chete da 2.º Fe;rnr_l’u;* o
Diógenes Carlos Loureiro Macha-
do Palha
SA tm aaa
Publicações recebidas
. — Bo nosso pom amigo. e distinto
políuroão, sr. dr. Inime Lopes Dias,
ilustre director dos Serviços Cen-
trois da Câmara. Manicipal de L1S-
boa, recebemos am exemplar de ca-
da um dos segointes opúsculos:
silnião dos Municípios Portagueses>
e tVII. Congresso. Bcirãos, em que
faram inteligentemente deféndidas às
ses subre <As cantinás cscolares,
o anaslfabetismo e o problema £o-
Ccilals, «As estrados € 0 tofrismio na
‘Tegião. ironteiriça, daes Beiros» e <A
obra-da rega da campiona de [danha-
aisNovasr, útA
. Também à Sociedade de Geogro-
flh de. Lisbon nos, enviou, em come-
moração, da. «Semana das Colónias
de 1040, UM exceniplar – do exeeleste
opisculo «Colopizáação de. Povoags
inento», da nautorio do sr., José Cron=
enlo dé Saúta Rita, Prof. da Escola
Superior Culonlal e da Facaldade de
Leiras de Lisboa, ESA
Os nóssóos âgradecimentos,
Hoja há cinema na Esplanáda do
— Bastela _
Na Esplanada do Cástelo
cxibé-se; hoje, o fanioso filme
portágdês «O fados.
«LUZ!»
Éqrn Comemorar s inauguração de
uz elécirico em Cernaéhe do Bonjardim,
um Graupo de Ámigos de linda terra da
Núun’Alvares editou e ndmero único dum
“boletim especial—elogi—com oaliosa ed-
laboração dos &sre. dr, Flávio dos Reit e
Tuura, António Coelho Guimarães, Artar
inez, Gl Marçal, P. Lois Auqusto Rocha,
Secen Júnior, António Mendes Nunes, CLeal
do ZEézere, Jálio Marçol e Armindo Blan-
£o, do qual nos remeteo dois exermpla-
Tes gre maito agrádecemos,
«Fasta da luz sléciricas
O nrtigo que, sob este título, pablied-
maos nondmero passedo, dá aulória do nos-
o estimado colaborador e potrício ár. dr,
Antónie Nunas e Silba, distinto edroghdo
nA espital, deu entrada, nesta Redacção,
paro páblieor, em 5 de Malo, mas, por virc-
tude de absoluta fallá de espaço—eterna
tiránial—=só entio se póde iInserir, de que
pedimos descolpa 8o ódtor;, a quem já die
reetomente explieimos 035 molivas do focrse
cado adiamento,
. LRAA FEA :
Anúncio
Vendem-se os prédios rústicos e
urbanos qie foram de Annic Nick»
tless Feríceira, situúados na Roda dô
Cabeço, Cérriache, Pora tratár com
Drs. Finfiia-dos Santos; Lârgo da Bl-
blibtccã;, 16 e Albano Silva, na Sertã
1 man am to o
ANLOPAS
– à Comares da Saiiã EE
A |S
AENA Ã
ICONCLUSÃO DA 1.º PAG)
t iinã faxa tão baixca que não só
tnão. den lócroa nmaos ‘atêé caomboua
prefuizos noa deis primeiros aos.
— Entretárto, tá aumentando &
obrá da úSopa dos Pobreso, gue
chegotd á, benoficiar, didriamente,
quinze infl pessoas, E errtou fam-
Bem muitos cantinas Eexcolares, .
Apáreciam então em Belém
homens fão Wustres cono o kr, dr.
Egas Moniz e milifares tão exem-
plares como o sr, Tamaninhi Bors
bosa, em quem o sr. dr, Síidónio
País via b seu suceskor,
CDa eSertvidor de Reis o Prosidentes, de V. Fontes»)
tLHHKILA
Cernache o Bonjárdim nestio,
no prelérito do-ninio, a8 tid me-
lhores galas para feátejrar, cóm en-
fusiatmo e louçania-ceom fodo o
garbo duma princeta sempre jos
vEerI E formose, que ostenta rnia
frónte diadema rutilante–a con-
quistáa dum melhorântento notónvel:
à enersia aléecirica Não é xô luz,
Porque esta já Cernache possufa,
ainda que sem a regalaridade e
Dermanência de apora, :
. É o apareciménto da er’w;grír’:
elécirica — força . inputitonadoórá
de múltiplas acfividades indus-
triais, móta oculta dún progretso
que sê úbisinha e que e hátde
Propagar consóante qx infeigtivós
e as possibilidades financeiros in-
diviíduais ou colectivas—é qie e
festejou com defírio, assinatáncdo
a oblenção portentosa dum alto
benefício de ordem material! que
nunca se prêvira para tão cedo,
Há-de eonsideror=-se exfa per-
dade: que q encréia eléctrica, no
concelho da Sertao, serta uma fá-
gueira esperança, talvez, por/fáui-
tós únos, sê não fora à Cântara
“Hunicipal presidida pélo &. dr,
Flávio dos Reis e Woura; ela tra-
balhou incansavelmente por . este
ubjeciivo e reatizou-ó com felici-
dade e dentro dum espaoço de fem-
po tão curlo gque paáréce ingere-
ditável, ;
Já aqui o dissenos e fornamos
a repelti-do com a cohvicção abse-
duta de que fazemos justiça, de
que expriminmos & perdade, sem
nos importarmos com s opiniões
contrárias de alguns, que, infimo-
mente, estarão. de acordo contos-
co, mas fazem afirmação diferen-
té, procurando rludir-se o si pró-
prids, domíinado& por seniimentos
que a inteligência é o sénso deverm
calcar nós momentes duma critica
séria. Mais que oh homena, cem
seis defeitos e virludes, mteressom
os facióos, o palor da acção cons=
trutibá e espiírito diniómico que
tdo se prenide com feias de ara-
ãga e foge à sele pés do palco on-
de volíciam 08 arlequins,.,
Seria e Cerfiache do Bonjar-
dim podem e deverh confessar o
seu júbilo por este melherâmento
da enegrgia elécirica, dilaiado e
extenso em profundidade e efeitos
de ordém prática, que não é ve-”
Ja-se Dem [=-tomo qualquer outro,
de proporções reduzidas no espa-
ço e no fempo,
Depois—diz-se que é já para
Setembiro—eabe a vet a Pedrógão
Pequerno, vila nobre e senhoril,
que vai acordar dum longo pesa-
delo para uma vída intensíva de
trabalho, buscando, no Zérere, que
lhe banha 0b pés, grande parte da
riqueza que a Rá-de erglier aos
pincaros dumá prosperiíidade nun-
ca sóonhada para, dêe séeguida, Mar-
char Ro vdnguarda daos flérros
mindis progressívas dá regido,
ooeteulos,
ê 5′:-;;&:’:-—- se-ão oulras ít’:-:h?áf:r?r”õ!à
de certa importância ha distribitiz
ção de energia elécirica, úue thsx
cabe também o direito de uktfruir
ox plenos benefícios da civilização
e porque 6 Puís de Rhá múito eh-
trou Aauma faose de engrandecio
meirto que não se compadece vom
o rolineirisiio cencrearnte é des
sóolador, iE i
o LRL HRERE –
31 de Maio ; Fechou 6 mês com
uma bog chuvmado, depois de, em
miitos digs, núvens negras folda-
fenm n cêu, fazendo nepoças, &
prêmsagiuar tenporal! E o calor
Fucédeu frio e veênta, dando a im-
pressão que agora é Ouftóno e não
rimavera adinnfada. :
— Párece que nunça se vit um
.Ha;ía fão fratdiqueiro! E estas
andanços é contradançõe do femo
po, om saltos bruseos de tempé-
raturo, S6 nos fazem mal, q zádak
como são a espalhar pripes rebel-
des, capazes de todos 68 máleficios
físicos, E EAEA tS
FLARHEHRLÉ
FTem agora a Serlá muito bons
carros de, praça, como qualguer
das mais mportantes vilas do País
€ se n facio é sal demoónsiroativo
de progresso e borm gósto, dignos
de todo 1 elogio, por outro lado é
Larantia de que d’ora ávanie ra-
ds vezes súcederá o caso, Iinto-
nodáfivo, e irritante, de gualguer
pessoa não encontrar antomónel
que a conduza do seu destinócoua,
maldosanmente e s06 pretexiós in-
DEFOSÍNICIA, 8BE PECUOXE trananorie &
quemm se destinê a poboação Sérvi-
da por estrada, qUe, sem keras-
faltada ou de piso regular, aeja,
corntudo, praficâvel çom algum
Jeito, boa vorntlade e áe.r?rr,m por
harnda do imalorísta,
O. motorista . Anfónio Núnes
Firmino aeaba de pór 7fa práça
um belo e loxcuoso aDodges de 4
lugares, com lelefórnia, aquecedor
electrico para o fravérno e ventila-
dur, dispondo, ainda, de uúma nma-
ta amplá para bagagem, estáfos
Em couro e molas em espiral,
Lm carro calita! Por pouco
mais, poderia dizper de restauráns
Ae que servisse bons pelíseos!
SA HMAARA
Também em Pedrogão Pegue-
no já hã um óplimo edrro de alu-
guer, de que é proprietário Istdro :
Ferreira, um rapáz EITDÓliCO e
prestâvel, que estô disposto à ser-
vir o melhor pessível todos quan-
toa solicitent seus servicos.
2LÉÂMILE
Yemnos, com freguência, auto-
múóveis parados no Miradouro e
que se saiba ali não é local pora
Falta lá aora « chapa de &-
nalitação protbitiva de ÚCesso, –
mas quándo ela [á esth profiea-se
U mMesTHO GbiIsO, Cconto se ísto fora
POUBA de jronceses, ,
ELITHKALE
Automóveis e ceamionctias pas-
&am com pelocidade incrível na
rua Serpa Pinto, pondo em perígo
08 ranseuntes porque, de indis a
mais, a arléria é estreita é levatis
tando nuvens densas de poeira Gue
incomodam quem pór ali passa e,
sobretudo, os8 que irabalham com
frente para a metma rua;
Seria borm estabelecer à velo=s.
cidade máxima púra aqueles Dei-
culos e, durante & temipo &eco, re-
gor 6 pavimento, de Eárinda mnih-.
da de úreia mopeditá,
taam sendo os sócios
Tieil de
e SE SA SELLZILAE D ES LS Gooco Ji craça .
Câmara Municipal da Sertã
: RBAA aa b ; :
Sessão de 5 de Abrit
” Presehtes frês ofíciõe, sendo dois dae
regente em comissão, da escola óista de
Mermeleiro e o o0tro do presidente da
respectiva Jonta de Freguesio, n pedir am
necessárias providências cara que o edle
lício eseolar sejoimediatamente reparedo,
Deliberado encarregar a inesmoa jJonta dêe
elaborar am justo e criterióso órçamento
Pora aer subinetido oportúnamente à apres
cinção da CÂMarã. 010 100 E
, —Outro do Presidente da Junta da dis
ta Frequesin do Mnrmeléiro, remetendo
um abaixo asslnado referente à necessidãos
de imperioasa des lagáres do Hármeleico;
Sárnadas, Cntrala e Cortes serem, Abastes
clidos convententemeíte de água polável,
vISto que, em qualquer Jdeles, não exiate
umatoónte donde os séos habitantes TOSSÁM,
ser perigo paro a saa sedde, otillznroos
suas dguns. Deliberodo equardar n alturé
própria póra o cfeito de se satisfazer aquer
les pretensões. Ã :
, 1: —QOutro do presidente da Jeante de Prol
víneia da Beira Gáixoa, de Cástelo Branoo,
lembrando o conveniência de ser chamadao
n atenção dos médicos monicipéis sata &
f&colha dos cnnhdidatos às Colónias Maoris
tinias: lnlantis, que deverá der feita rTigos
rosamente, escolhendo=se em F’pg:’tu.u:h’ú lãs
gar nº crionços necessitadas de tratâmento
hélio-maritimo de entre 88 mais póbregio
fbas, e pedindo à indierção urgente do
número de crianças destée concelho que
devem fozer porte das referidas Colónias,
bDeliberado tomar ó essonto na melher
fonsideração, Indicando-se o ndámero te z
criúnças pobres do concelho para benetls
ciareirdo citado traetaménto;
—Dutro-do Director Escolar de Castez
lo Branco, regando . 0 envio do porecer e
dn informoção 6 que ê referem 68 núnmes
tros s. e 6 doarto1.º do Decreto d.º sA.IaL,
de7 de Agosto de 1942, pera efeitos de se
Poder organizar o processo de criação de
uma escolo mista em Macieira, freguesia
do Troviscel. Dellberedo olicinr àão CTeês
pectivo presidente dae Joanta, à solicitarins
farmações se já ol adquirido algum mietes
rial didáctica para aquela escola, bem cos
mo das facilidádes com que os habitaoiea.
beneficiados estão na disposição de coms
tribuir, indicando também nsº diliqências
á electondos cóm vista à consecição da
pretenção enrreterência, E FOTCTEN E
147 Deliberado essalarior,o títalo propis
SÓrio e eventúo!, até que éó assunto sejã
tómada uma delibernção definitibo, púra:
& etargyo de electricista, com o vencimento
1á estabelecido de sSO0SO0 mensaols cemao
Rcréscimo do suplemento deso/., Alberto
Lopes, natural desta vlia, ao qaoal Compes
tivão todos 05 oObrigoções alectas 80 Cars
1o0, par vittade de ter ficado deserto o
COACIrso pora o próvimento, pór Cuntrato,
de dols lugares de electricista pára todoós
03 serviços ineréntes nos postos de transe
formaeção e redes de dis’trigui.’ç’g;a de ener»
qin eléctrica nu sede do conseliio de Serta
é nn sede da Ireguesia de: Cernache do
Bonjardim,
Josá Ssbastião Marcelino e Har-
mano Ribeiro Marceliro
$otiedada Cormercial
— Por quoras
For escritora de 7 de Abril de 1O4O,
Invrade nas oetos da notária da vile de
roençasn-Nóen, Ccomerca da Sertã, Luiso
Mario Henriques de Mirnada, fó Cosscítols
do, entre José Sebestifio Marcelino e Hers
mano Ribeiro Marcelino, esbos ess dos,
comerciooles, residentes em Sobreiragqi’-
mMosa, conecelho de Proençaca-Novo, oina
sóciedade comercial por quótes de que ts
& nos tebinos có nstahs
tes dos artigos seguintes: yo d í
1.º Esta sociedade adopia n firma Jess
Sebasitio Marcelioo e Hererans Blbeiro Marcelino, tem a sua
sede em Sobréira Formoso é estobelécis
mento em local a determinar.
2 2 D seu cbjecto é .0 ekercício do cos
mércio e em especla! de indúeiria de olo-
gurer de veículos pesados.
3.” À sun dúreção é por tempo inde-
terminado, contanido-se osem começh dess
de hoje, EAA SNAA EE
4.” O capital socin! é de 16.000$00 (dez
mil escudos), corretpondente & soria das
quotas dos sócios e 5,000800 cada omao-
-. S” A soeiedade será representáda por
qualquer dos sócios, to
8.” Em todo 0 omiszo Fegularão as digs
posições da Tei de 11 de Abrit de io01,
s n o
— Esta última medida não é di-
. pôr em prática porque re-
quer potca despesa; o que exige,
aperias, é algiunao boa voniade.
– LER2HMAH
.. Quaido se taparm aqueles blis
racos do Miradouro, que já nmes
tem afliçãoP — :
“Quando é que aquele recinto
@@@ 1 @@@
Pela Linsua — O Castro céltic
Portusuesa
(Conclusto de 1.º pão.)
porque à impericio do maa cscriba e
à pechisbeque do ieónociasta,
Destodos os patrimónios comans
este é sem. dúvida o mais lídimo É
precioso, À querra. eu a cobiça mes
fistofélica de povos mais fortes pode
levar-nos um pedaço de território,
como infaustamente sacedeo, em gras
fApreciável, fora do Cont’ncnte,. Mas
f lingãon nha se perde. Essh resiste o
todas às vicissitades: é ctermao tanto
quanto / dêe infinito pode caber nos
nossos cáleolos faliveis, Acabou à
tfiélade, feita. de graça: ficon o grego,
Acabon ‘ a império romano, que párer-
cia amassodo de bronze; ficou o la-
tim. Com sobrade cozão, . 0bra cs=
crita de hoje oferece pela natoreza
dos materiais empregados é soá irrô-
discão umh resistência major aos ese
tragos do tempo q0ue o popiro 0U 698
tobuletos em que os ontigos nos lega-
rem s marevilhas do seu pensamen-
to Deve partiroge de princípio, no en-
tanto, que hoje s nacionolidades não
correm menos risco que no pretérito.
Hão esteve na iminência de sossobrar
a Alemenha sábia e orguihosa ? Mas,
taúpondo que erá riscada do mápa &
Us seus: hobitantes dispersos – pelo
Mundo, perdararia 6 idioma de Sehis
der, de Gocihe, de Kanmk, enqaanto
“Tolass&e no terra a lazgido entendi-
mento. j
For 1st0 0 ldiema, que envolve à
“prova mákxima de que se é gente, se
“teve personalidaáde, se desempenhou
um popel no Meando, tem de ser coi-
dado, vciado como 8s colsos mais sds
uridas € vtals, tánto como a água
‘das fontes, 6 pureza do or que respi=s
(TÓraos, à: scgaránça do tecto que nos
Serve-de domicília. À lingan É A ves-
Ttidara do pensamento, consoante 6 de=-
tinicão Imediata, Mas tratasse de-uma
mwestidara de espécie singolar, que tem
por objeeto nôo esconder, mos entes
Tevelar, tal ama musselina, o fantãss=
T0A eujo. nudez sem ele seria invisis
w*el; Para Isso é necessário qoue elà se
medele sobre u pensamento, acusendo
‘Seus refolhos e contornos, com exac-
to medida e propriedade, Se é longao
“demais, abafo-o; se apertadoa, contra-
fá-lo; se 05 nlizsados são tortos. des-
deia-o, ÀA vestidoara tem de ser difs
fana & túlgida, e tecida-—pois que se
trata de sóns oa singis-de palavros
“que não leve o vento,
Toda 8 eilência da lingangem es-
tá cireanscerita & estes quesitos, Pa-
ra quem-seonheee e prática o código
gramatical, qãe é mais que o cnfai-
xe da múmia, 6 sinolizoção, estobe-
lecida não deixa , errar. caminho,
Quaándo se escrepe correctamente,
por via de regro pénsa-se com jas-
teza. Felo menos nôo,se é ifo sus-
ceplivel de. erro,: quer se façaocom
Mmais ou menos próofondidade,
For todas àqs razões devemos à
íngua, em que estho vazadas as obras
Amortois de Camões, de-Gil Vicente,
.de Barros, de Flerculano, de Caâmilo
€ de Eca, à mais imoderada . véniao,
“Em consequéncia, é da nossa obri-
JAção lodvar e seconder. a nascente
Socicdade da Líingua Portuguesa, que
&c propõe fágzer guardo no sóntuário,
Não É pequena 6 tarefo, Um dos os-
— Suntos a dirimir parece que. é, mais
Umaá – vez, o que diz respeito A anifis
cação ortográfica com o srosil. Te-
ria o dr, Jáúlio Dantas na saa recente
“ Viagem resolvido estée ponto craciol?
-Está pem de ver que à língua ton-
to É de portugueses como de brósis
léeiros. Importa-lhes que se não cha=
me brosileira tendo sido 6 instru-
mento ndmirável de Machado de As-
8ls, de Euclides da Cinha, de Rui
Barbosa, de Graciliano Kamos, de
A Comarca da Sertã
de S. Migual de Amêndoa vai sar classificado monumento nacional
MAÇÃO — Possoo, por csta vila,
seguindo para Amêéndoa, deste gSon-
celho, com o delegsdo locael on Jn
ta Macional de Educação, Sr. dr. Coós
lado Rodrigues, o distinto arqueólos
go sr. padre Eugénio Jalhoy, xoaol
daquele organismo, que velo orientar
à contingeção dos trabalhos de ex-
pFloração do castro/ de S, Migosl de
Améndoa, que pertenee a0 segundo
períindo do Ferro céltico, que come-
ça à volta do ano 350 antes de Cris-
to e se cstende até bem dentro. da
romanização da Penínsala. Tem ele
grôndes afinidades com 08 de Caos-
tetla-a-Velha e outros da mescta, sa-
perior espanhola, tento na téenica €
forma das construções, Como naá ce-
râmica, que deixa ver, no, ornomen-
tação, bastantes reminiscências poste
halsetáticas, mas manifcstando 0 sem
fabrico uma época. bastante tordia,
O eastro fol, certamente, romaniza-
do, e a jalgar por um tragmento de
fivela de cinturão visigótica, colhido
numa casa exterior, contingea h ser
habitado, ainda, pelo menos dorante
os séculos Vl c VII depois de Cristo,
No nosso País,os castros que mais
se lhe parecem são 685 dos arredo-
res de Figoeira da Foz. Is806 indica
que cska civilização primitivamente
céltica segaia os valcs do Tejo c do
Douro e, mais tardé, é do Mondego,
diferençandó-=-se da ouotra corrente
dos ceastros das provinceias do Minho
e Trás-os-Montes, da Craliza e dos
Astárias, embora lhe sejao coeva,
Como são raros ox castros de
vivendas rectangalares, e atendendo
também à importáncia do espólio já
recolhido, al cete de &S fMiguel de
Gilherto Freire, de Lins do Rego?
“Uma lngue deve mauito pouco 608
homens do presente em comparação
do. que deve fiqueles que, falandoso e
escrevendo-a, à foram fabricando,
polindo, accepilhando através dos sé-
colos. Por isso mésmo, n6o temos
mais diréeitos a cla que os descen-
dentes daqueles que desde Álvares
Cobral pisaranma terra de Sonta Craz
& 6l, vivendo € morrchdo, rezaram
por ela, cantaram por elo, Servirants
se dela em suos elégrias c penos,
Uma língooa no mesmo tempo É um
prasão de fidalguia € nôo Se coims-
preenderia que om póvo novo, forte,
ambicioso como o do Erasil, desde-
nhasse desse brasão, que não é dom
nosso, mas lhe pertence de heranço.
Mas, se a questão é de nomre, desde
qte ÀA respeitem nas soos rojizes ocol-
tas € lodovio conduleras .de Sciva,
desde à tardelana e céltica até à car=
túgincsa, no sea tronco notório qree
co-latino, na folhagem que deitoa
desde OS Cancioneiros, venho eu
mão. & Poa mãe negra oa tápl com
085 Sceuas modismos e seu lingoajor,
eu porimim aceito que se ehame bra-
sileira, e está encerrado o incidente,
Aquilino Ribeiro
(D’ «O Sécalos)
Augusto Bernardo Álves
[ âvião, e na companhia de seu
filho João Argusto, chegou o Por-
tugal, em 17 do inês findo, 0 nosso
prezado amigo sr, Augosto Bergordo
Alves, pessoo muito estimeda no ci-
dade do Ikecife (Brasil), onde é sócio
da importante e conceitoado Livro-
ria Moderna,
Já tivemos o prazer de o abra-
çar e folgamos té-lo visto de sadde
c eom a melhor disposiçõão.. Está
presentemente. no Cimo da Ribeira,
de visita & Saão jomília, Os nossos
camprimentos.
Améndon ser classifieado como re0-
namento nacional,
Na campanha de exploreções agos
rà realizada descobriram-se, atém de
inuita cerámica c alquns objectos de
ferro, um sector interessantíssimo
da parte alta do castro, com grandes
eintzeiros ou restos de lareirás c uma
constracção rectanoalar no sem ex=
trlor e cirenteir no intcrlor,
HNã: quinta-fleira, vicram de Lis-
boa, de visita 80 enstro, 60s distintos
orqueólogos Ses.dre. Emílio Selgoei-
ro, ajndante – do procarador gqeral
da Repáblica: Aloes Monteiro, direes
tor de Polícia Jadiciaria; Caumbaá Sas
roiua, director do Arquivo. Aistórico
ão MMinistério das Finonças; e copi-
tão Afonso do: Paegn, inteligente. co-
laborador de sr, padre Jalhox. Admis
raram, no maoscu desta vúila, as no-
merosas eimportontes peços dos vá-
rias estações arqueológicas do con-
celho, que lêm al sido recolhidãs, €,
depois de olmoçarem em casa do s.
Francisco de Pina Carvalho EFreire
Falcão, segairom para o castro, de
onde reoressaram a Cisboa, com 68
melhores impressões da visito.
O’ sr: padre Jalhoy regressoo à
Mação na sextá-feira, acompanhado
do sr. dr. Calado Rodrigees, que com
€l eoliboroa nás cscaváções e lhe
Oferecciu um almoço à que assistiram,
além do sr. presidente da Câmara,
ontras pessoas de ceafegoria da terra,
Á tarde seqguiu pára a capital,
Os trapolhos n censtro prosse=
dutrão nó próximo mês, sop n dij«
recção do deiepado local da Jrnta
Nacional de educação,
(D U Séculos de 23 de Maie)
Quando, no *«Rigion* Rostand condoz
o filho de Napoleão à plenície de Wanrarh,
e 0 pobre ndolescente evoca 08 episódios.
idn batalha e chama es mórtos gloriosos,
npenosiherespondem os seldados sem apres
lidos, mísero é desgraçado pedestal da qló-
ria, que n glória esqueceu & & histórie
desconhece.
E’ n6 popalação enónimeoe que se ge-
trAM 05 grendes homens e é principalmente
ela que os mantém, que 08 sustentã, que
ASFeQUIEA SE Continua d perpetoidade des
naçies. é : :
Aonde a popalação anónima desepo-
Fece, desopórecem ns memorias dos qran-
des humens, lihotas isoládas no ocenno da
Histórica. j
— osé Gonçato Santa fRita
Vanda de Propriedade
Foi adiada para 19.de Janhoa
nbertura das propostas, nesta Re-
dacção, relativas à venda da proprie-
dade, no. sitio do Vale do Carro, li-
mites. da. Senhora .dos. Remédios,
freguesio e concelho da Sertã, anan-
ciada no. n.º 640, de 7 de Maio.
Agradecimento
A lamilia de Luis Alves,recente=s
mente falecido em Sabugal (O!telros),
vem, por este melo, apresentor os
Seos sinceros agradecimentos a todas
à5 pessoas que fiveram .s pondade
de acompanhar o saodoso extinto à
últimao morada, í
A todas, o sea imperecível recos
nhecimento,
Associação Humanitária dos Bom-
beiros Y. de Proença-a-Nova
Frocoça-o-Nova, 24
Vão. principiar dentro-em bréve
Os cxereíeios do corpo. activo dos
Bombeiros, tendo. sido nomeados par-
ra 1,º é 2.º comandontes, us sra, Ades
lino Inácio e António Lofsde Almeél-
da, Trata-se de crialaras competens
tes, sendo, de.esperor que o3 briosos
soldados da Poz desta Vila estejam
dentro em breve aptos à prestar os
Seus serviços. —— E.
‘secelerecelhia é que era pior.. .
As mantas vermelhas!..
S-— – oito horas e Mmeiã, .. tocãos
DO levantar… são horás deir
para à escolo… asshimome dizia a
minha boa madrinha Teresa há Mais
los anos.
Deixe-mes.estar na camma … não
posso ir à escola… dói-me maito-a…
câbeça; c ela aproximendo-se de
nmim, pôé-fme 5 mão na fronte esdiz: –
—Estas .nrder. em febre,.,, deixa-te
cstar… isso foido solt que ontem
epanhaste. . natarálmente fosteto-
mar banho à ribeiró.,1-
” Passaram-se, assim, dois dis&…
eu à deltirar, à arder em febre, com
tosse, olhos inchados € vermelhos, ..
Blé que o tio Maria dos Nozes, ma
simpática. € boóa vilhinha dae terro,
miito entendida em doenços & mésis
nhas, aperece lá pelo quario:
Então Alvarito cstá doentinhol…
deixe ver.:. lem febre, está mesmo
à arder, olhos vermelhos.e-inchados
— parece plsca—pús pelo nôriz e tos=
se:.. AMN IARI Pintas percmelhas n
cara, no pescoçol. :2
NT Fereste Feresa Veri eos -.
vocês cachopas: não percebem nada
distol… Eribrufhacme esse repaz
núina manta permelha… deprésse,..
despocha-te… Ele têem sarompo.,.
Não
€ preciso já chamar & ‘Br. Samúel,…
Ele daqui à trés dies já está são có-
mo am pero.so
Vocês caehopas não perceebem
nido disto; o que vele é o tin Mariao
das/ Nozes! Ainda vos hei-de fozer
falta!’ E com éstes ditos folt-se à sua
vida, dizendo: — Adtos meu ménino,
saddinha. Não se destápe,.. oupio€is
O ‘ pior foiuma corrénte de er
que atrapoalhou fudo, Uma brentos
Encamonia que sergia senylicença
da tia Maria des Nozes e que dea que
fazer an Dr. Samael Mirrodo —Noques
le tempo em que não havia penicilis
nao e saltamidas-já-me lépando paro
08 Gnjfinhos. .s | :
Peis, agora, apareceun-meo de wvis
sita o Sénhor Sarampo. Já tinhãá co-
nhcecimento da sa passagem por
Cardigos, Proença-á-Nova, Caâstelo
Branco & “Sobreinho dos Ciaios. A
pequenada do Chão Redondo, da Ca=
traia, ele. está a ser brindada com
uns dias de febre é amas pintos ver=-
meihas pelo corpo. Só 0s pais mais
assastados têm chamado o médico,.
Os outros usam a receita do tia Mas
rin das Nozes., Os miúdos € às mids
das são embrulhados namã manta
Vermelhia. .. : :
Há dias lal chamado pora om
middo que estava doente.., Era o
Sarempo.., Já estova, porém, en
brolhado na manta vermelha. 2
Dcepois de ter receitado um x6ro>-
po, ans papelitos de piramidão e de
ter feito às minhãas recomendações
medicamentosas é dictéticas e:de ter
dito que não valia a pena o middo
estar embralhado nà manto verroes
lha, porque o quarto erf maito es=-
coro, à avó do middo selta-me de lá
€ dizeme:—Lá qtue osenhor Dr. re=
teite o xarope, 08 papelitos está bem;
mas n mania vcermelha É gaé não
sabde cima de meunegto, Ajudaa
rebéenitar 6 sarampo Eele não regos
lhe. Já assim o dizia o velho bars
peiro, o filho tâmbém 1 diz, é té
médicos. o recomendam, . Por mais
que dissesse não ful copoz de cons
vencer & pobre mulher. Soghe que
pnassados irêés dios D Mmiddo estava
cuarodo… nõo se lhe Compraram o0s
papélitos nem o xKArope.,.. & que À
manta vermelha noancô saio de cimao
do middo. E pensando nisto : dedazi;
A cor oermeiha, que está- a ser posto
fora de moda, não poderó ser banida
totalmente, pois fíicará o menoa pa-
ra s mantas vermelhas de cora do
sarompol… :
Montes da Senhora, 20;5/49,
ÁLVARO DA CUNHA