A Comarca da Sertã nº62 23-10-1937
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am
DIRESTOR, EDICSTOR E PROPRIETARIO
Eduardo Barata da Tilva Qneia
RC REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA. SERPA PINTO- SERTA
PUBLICA-SE AOS SABADOS
sa
ANO Il
Nº 6
Notas…
o INADO a assegurar
com justiça e eficiência,
o bom funcionamento dos serviços
de instrução, publicou o Govêrno,
no passado dia 9,0 Decreto-Lei
n.º 28.801.
Néle se determina que emquan-
to se verificar a insuficiência de
edifícios escolares, que de outro
modo não possa ser suprida, po-
derá ser autorizado o funciona-
mento de dois lugares na mesma
sala de aula, em horas lectivas
diferentes.
Consideram-se para todos os
efeitos como pertencentes ao qua-
dro geral as professoras das es-
colas do ensino infantil, e estas
podem ser extintas ou convertidas
em escolas do ensino. elementar.
Os professores de lugares ex-
tintos serão imediatamente provi-
dos em escolas de terra de igual
categoria, no mesmo distrito es-
colar sendo possivel, sem prejui-
O “gerais,
* Quando E escola não possa
“continuar em funcionamento por
deficiência de instalação, 0 direc-
tor do distrito escolar, verificado
o facto, colocará imediatamente
em comissão o professor em esco-
la de terra de igual categoria, e
enviará no prazo de quinze dias
à Direcção Geral do Ensino Pri-
mário, devidamente organizado;
o processo de umpedimento pro-
visório.
São criados, em cada distrito
escolar, os quadros de professo-
ves agregados e de regentes
agregados, respectivamente cons-
tituídos por diplomados com o
exame de Estado do magistério
* primário e por indivíduos habi-
“titados com o exame de aptidão
para regentes de postos escolares.
que néles requeiram o seu in-
gresso.
Os directores dos distritos es-
colares. proporão a colocação pro-
visória. dos agregados que se tor-
– nem indispensáveis, a qual será
valida por um ano e dentro de
cada distrito, e, chamá-los-á
“imediatamente, por ordem de cla-
sificação, começando: pelos pro-
fessores.
Os professores e os regentes
«agregados terão direito a remu-
neração desde a entrada em exer-
cício e pelotempo em que servi-
rem, na base da gratificação de
450800 mensais, para os primei-
ros, e da que compete aos regen-
tes dos postos escolares, para os
últimos.
Os professores agregados cu-
o serviço fôr qualificado de bom
doderão concorrer às vagas do
quadro geral e a partir da ex-
tinção do quadro auxiliar, serão
providos nos lugares cujo com-
«curso fique deserto, nas mesmas.
“Condições em que o são os déste
quadro.
Podem ser criados postos esco-
lares nos meios rurais, a qual-
quer distância de uma escola ofi-
cial, sembre que, tendo-se em
conta a. capacidade dos lugares
existentes, se justifique a necessis
dade daqueles. |
Oleiros, Progn
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT |
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO. BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DA SILVA CORREA
Composto & Impresso
NA…
GRAFICA. DA: SERTÁ
Largo do Chafariz
| “SERTÃ
Hebdomadário regionalista, inlependente, iefensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de dertá,
ca-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa E Gardigos (do concelho de Mação)
SNSNSNSNNNINNR INSANA sa
UEM se propuzer orientar os destinos
duma região, com aplauso e reco-
nhecimento desta, só tem um ca-
minho à seguir: integrar-se na po-
P ‘* Jlítica que lhe proporcione as rea-
lidades palpáveis na esfera das suas legi-
timas aspirações. De resto os altós gover- |
nantes, nas fregiientes digressões pelo pais
auscultando e satisfazendo as suas neces-
sidades, não praticam outra.
Nunca como actualmente as pessoas de bôa
vontade e iniciativa tiveram ambiente mais
favorável ao desenvolyimento de uma acção
coletivamente proveitosa. Nunca, tambem,
como agora, O comodismo e a inércia esti-
veram tanto a descoberto através duma si-
tuação excepcionalmente favoravelaos gtan-
des empreendimentos materiais. São disso
testemunho incontestável os magníficos me-
lhoramentos que determinadas terras ofe-
recem à admiração geral e à decadência e
estacionamento que outras desoladoramente
atentei
O para se avaliar com precisão—diga-se até
com tristeza — quanto estas teem perdido
com a negligência dos seus homens.
– À opinião pública observando, com a
sua intuição natural o impulso que o Estado
Novo vem dando à Nação, fomentando e
auxiliando o seu progresso com um ritmó
que tem assombrado os menos otimistas,
fixa os factores determinantes da desigual-
dade em que êsse impulso incide sobre os
seus diferentes departamentos. E como sabe
que a culpa não cabe ao Govêrno que aten-
de, sem preferencias, todas as solicitações
justas dos povos, tira as conclusões lógicas
que aprecia no fôro soberano e inapelável
da sua consciência.
Aplaudindo ou condenando pelos meios
de que se serve consoante as circunstâncias
casionais, a opinião pública não se detem
na sua tarefa julgadora sejam quais forem
os individuos que caiam sôb a sua alçada.
Quantas vezes ela exteriorisa a sua repro-
vação mais formal simulando uma indife-
rença resignativa que não é senão o vacuo
inexoravel e mortal para as veleidades des-
denhosas da sua fórça. .
Já lá vai.o tempo em que tudo se podia
fazer e consumar à sombra duma apatia co-
letiva sempre generosa e absólvente. Os que
por ventura, ainda pensem dar largas às
COMO TAROGAEA DORA A HS O) O DODRER ORAR ARE AGP DDD COF
suas fatuidades improdutivas na atmosfera
renovadora que o pais respira verão mais
cedo ou mais tarde, ruir a sua ilusão.
A política de hoje não pode refletir a do
passado porque alguma coisa de novo se pas-
sa em Portugal.
Os idolos ôcos de ideias e cheios de vai-
dade teem de recolher ao seio da sua propria
inutilidade,
O tempo que decorre não se compadece
com preconceitos e velharias sem sentido
prático perante as grandes necessidades pú-
| blicas.
Só os cerebros cerrados à luz das eviden-
cias que se destâcam efirmam no panorama
da revolução nacional poderão continuar a
fazer das razões de ordem pessoal a base do-
gmática dassuas inclinações idiológicas.
Seguir ou gravitar à roda de homens
só porque são padrinhos, atilhados, compa-
dres ou amigos é o direito de cada um no
âmbito caseiro do seu convívio. Mas no
largo. j
mpo da luta em eos pov O=
E Sus destino 8 dão pl
nente, só os inconscientes da hora que pass
poderão persistir no êrro criminoso de su-
tias pessoais, esquecendo que apenas podem
impor-se à consideração dos seus conterra-
neos os que derem provas irrefutáveis de
ter cabeça e ideias sôbre os problemas vi-
tais coletivos e possuirem espirito de abne-
gação, sacrificio e coragem para dar a êsses
problemas a importância que requerem.
Não básta afirmar ser adepto das doutri-
nas próclamadas por Salasar. W’ necessário
que quem assim o diz, por boa pessoa que seja se
dispa previamente das teorias, costumes e
vícios incompativeis com elas e a par da
isenção e sinceridade que o Chefe eminente
do Govêrno exige aos seus cooperadores, pos-
sua tambem, se ocupar posição de comando a
acção, tacto, critério e visão issenciais e jn-
dispensáveis para conduzir com acerto dentro
das normas políticas da situação, os interês-
ses legítimos das populações submetidas à
sua influência.
A” márgem desta regra não existe coisa
que moya a curiosidade ou desperte a
| atenção dessas populações.
E” assim mesmo, por muito que pese aos
que vivem à margem desta realidade,
NIOTA
bordinar as conveniências gerais às simpa-
R=
OUTUBRO
O,
A designação dos regentes dos
lha do Ministro, de entre os pro-
fessores do ensino primário ou
regentes de postos escolares, pro-
fessores ou regentes agregados, e,
na sua falia, de entre os diplo-
mados para o magistério primá-
rio particular, todos de compro-
vado espírito nacionalista…
Os professores dos quadros
geral e auxiliar cujos despachos
de transferência, nomeação ou
permuta sejam anteriores a 30 de
Setembro último, entrarão em
ao fim do mês decorrente.
Este decreto-lei entra imedia-
tamente em vigor, e o Ministro
da Educação Nacional resolverá
por despacho as dúvidas que a
sua execução suscite. ne
quo
grande percentagem de
crianças atacadas pela tosse con-
vulsa. Tossem, tossem, com uma
violência que mete dó. e
Há quem diga que muito con-
tribui para a cura um xarope
fabricado com as folhas de pi-
teira. é ni
at :
STA-SE acentuando aqui
uma grande falta. de
braços para os serviços de casa
acaba de se ocupar nas vindi-
mas, prepara-se para abalar
com destino ao Ribatejo, onde
a apanha da azeitona está à
porta; a regular produção déêste
ano garante-lhes trabalho duran-
te bastante tempo com uma’re-
muneração mais compensadora
do que na nossa região.
ASR EE
parte vem-se notarido
uma grande falta de pão na
| padaria local, Sucede que em
muitas tardes as donas de casa
véem-se embaraçadas para aq
|adquirir, e quando ali o mandam
procurar, wma emais vezes, são
informadas, simplesmente, de que
to pão acabou,
Ora isto não pode ser, Se
aquele é o único estabelecimento
que livremente pode fazer a ven-
da de pão de farinha de trigo,
deve ter o cuidado de fabricar, a
quantidade suficiente para o con-
sumo, evitando, tanto «quanto
possivel, a escassez “esse produ-
to indispensável. fio 6
do
NTRE nós o preço do
azeite regula por
58800 o decalitro, com tendência
para uma grande baixa dentro
“de pouco tempo. –
Alguns lagares da região “co
“AJ meçaram já a laborar “vs
cursos nocturnos é da livre esco–
exercício no seu novo lugar até.
eda lavoura. Essa gente que .
o há um tempo a esta :
E
ai
ai@@@ 1 @@@
ANUNCIO
No dia 31 do corrente mez
de Outubro, pelas 12 horas,
“à porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se há-de pro-
ceder à arrematação dos pré-
dios abaixo descritos, penho- |
rados nos autos de execução
– por custas e sêélos, em que é
exequente o Ministério Pú-
‘ blico e executado David An-
“tónio, viuvo proprietario, do
lugar da Foz da Sertã, fre-
guesia de Sernache do.Bom-
jardim, desta comarca, a
“saber: Ea
1.º— Metade do direito ao
prédio de uma óliveira, com
– mato e pinheiros, sita no lo-
– gar do Salgueirinho, fregue-
“sta de Sernache do Bomjar-
dim, Vai pela segunda vez à
praça no valor de quinhentos
escudos. — 500800
2— Metade do direito ao
– prédio de’uma oliveira, no si-
tio da Abiceira, limites da
‘ Foz da Sertã Vai pela segun-
da vez à praça no valôr de
– vinte escudos, —20$00
– 8º — Metade do direito ao
* prédio de uma terra de se-
meadura com oliveiras, pi-
nheiros e mato; atravessada
por um ribeiro, sita no lo-
gar da Abiceira, limites da
Foz da Sertã, Vai pela se-
gunda vez à praça no valor
de tresentos setenta e cinco
escudos. 375800
4o— Metade do direito ao
prédio de uma terra de se-
meadura, com oliveiras, vi-
deiras e uma larangeira, um
sobreiro e uma casa terrea,
sita na Revessa, limites da
Foz da Sertã. Vai pela segun-
‘ da vez à praça no valor de|
‘ setecentos e cincoenta escu-
dos. — 750800.
5º— Metade do direito ao
prédio de uma terra de se-
““meadura com quatro olivei-
– ras, videiras e uma macieira
é figueiras. nos limites da Foz
da Sertã Vai pela segunda
vez à praça no valor de du-
sentos escudos. — 200800
6.º—Metade do direito ao.
prédio de uma terra de se-
meadura, com três oliveiras,
videiras e uma larangeira,
sita nos limites da Foz da
Sertã, Vai pela segunda vez
à praça no yalor de setecen-
tos e cincoenta escudos. —
750800.
1.º—Metade do direito ao
prédio de uma casa terrea,
que serve de adéga, no logar
do Vale, limite da Foz da Ser-.
tã. Vai pela segunda vez à
praça no valor de trinta e
dois escudos e cincoenta cen-
tavos. — 32450. a
8º-—Metade do direito do
prédio de uma casa de altos
“e baixos que serve de habi-
“ tação, sita no logar da Foz da
– Sertã. Vai pela segunda vez
à praçàã no valor de setenta
e cinco escudos, — 75$00
9.º—Metade do direito ao
rédio de uma casa de so-
rado, que serve de habita-
ção, sita no logar da Foz da
Sertã. Vai pela segunda vez
à praça no valor de sessenta
escudos. — 60800
100—Metade do direito ao
prédio de uma casa terrea de
arrecadação, na Foz da Sertã,
Vai pela segunda vez à praça
no valor de vinte e cinco es-
cudos,—25800
11.º—Metade do direito ao
prédic de duas casas terreas
de arrecadação sita à Eira
dos Palheiros. Vai pela se-
gunda vez à praça no valor
de vinte escudos. — 20800.
12.0— Metade do direito ao
prédio de uma casa de sobra-
do de arrecadação; sita na
Foz da Sertã. Vai pela se-
unda vez à praço no valor
é quarenta e cinço esçudos, |
RBD, ms
—45800.
13.º– Metade de direito ao
prédio de uma terra de cul-
tura com oliveiras, sita no
logar do Prazêdo. limite da
Foz da Sertã. Vai pela se-
gunda vez à praça no valor
de quatrocentos escudos. —
400800.
14,º – Metade do direito ao
prédio de uma courela de
mato, oliveias e pinheiros,
no sítio de Cavalinhos, limi-
te da Fóz da Sertã, Vai pela
segunda vez à praça no valor
de cento e vinte cinco escu-,
dos.— 125800.
15.0—- Metade do direito ao
prédio de um olival. no lo-
gar do Poço Negro, limites
da Sertã, Vai pela segunda
vez à praça no valor de cin-
coenta escudos —50800.
16.º— Metade do direito ao
prédio de um olival com pi-
nheiros e mato, sita do logar
das Púticas. Vai pela segun-
da vezá praça no valor de
duzentos e cincoenta escudos.
— 250800
São por este meio citadós
quaisquer credores incertos
pará assistirem à arremata-
ção.
Sertã, 4 de Outubro de 1937
– Verifiquei
O Juiz, 1.º Substit.
Carlos Mártins
O Chefe da 1.º secção
José Nunes
998000 002800 000000908080 000000000000
ANUNCIO
(2.º Publicação)
No dia 31 da corrente mez de
Outubro, pelas 12 horas, no es-
tabelecimento comerçial que
foi do executado Joaquim Fer-
nandes da Silva, situado na
Rua dos Combatentes da
Grande Guerra desta Vila, se
ha-de proceder à almoeda dos
bens moveis abaixo descritos,
pelas doze horas e trinta e
cinco minutos à porta do Tri-
bunal Judicial desta comarca,
à arrematação dos bens imôó-
veis a seguir indicados, cujos
bens se acham penhorados
nos autos de acção de extrato
de factura, com processo su-
mário, que estabelecimentos
Alves Diniz & Companhia,
sociedade anônima de res-
ponsabilidade limitada, com |
sede e domicilio na Rua dos
Douradôres. numeros dezas-
sois e trinta e seis, da cidade
de Lisboa, movem contra Joa-
quim Fernandes da Silva, co-
merciante e mulher Ernes-
tina de Jesus, da vila da Ser-
tã, a saber:
BENS MOVEIS
A armação existente no
estabelecimento e dois barriz
que lhe dizem respeito, ten-
do um licôr, e um balcão com
duas gavêtas, no valôr de
cento e vinte escudos: um
biombo de madejra de pinho,
envernizada, no valôr de trin-
ta escudos; vintee uma gar-
rafa de vinho da Porto, de-
sete decilitros, no valôr de
cincocnta e dois escudos e
cincoenta centavos. — Trez
garrafas de vinho gazôzo, no
valôr de nove escudos; Trez
gârrafas de litro, com vinho
abafado, no valor de nove es-
cudos, Uma garrafa contendo
dentro meio litro de ginja,
no valor de dois escudos e
cincoenta centavos; Seis gar-
rafas de xarope, no valôr de
vinte e quatro escudos; Uma
botija contendo «Vermelhi-
nha», no valor de cinco escu-
dos; Seis garrafas de «Moran-
“guinha», no valór de vinte e
quatro escudos; Duas garra-
fas, contendo licor «Mata Bi-
cho», no valor de seis escu-
dos; Duas garrafas conten-
do granito, no valor de dez
A COMARCA DA SERTA’
escudos; Seis garrafas de xas |
rope, no valor de vinte e
quatro escudos; uma garrafa
com hortelã pimenta, no va-
lôr de cinco escudos; Duas
garrafas, contendo Ponche
«Bairrada», no valôr de do-
ze escudos; Três garrafas de
licor «Frutiquina», no valor de
doze escudos; Uma garrafa de
xarope grozelha, de Anadia,
no valôr de quatro escudos;
Uma botija vasia, no valor
de um escudo; Cinco garra-
fas, contendo dentro xáropes,
mas não se encontrando
cheias, no valor de sete es-
cudos; Oito garrafas de litro,
vasias, no valór de cinco es-
cudos; Dôze garrrfas de qua-
tro decelitros, vazias, no va-
lor de cinco escudos; Um
tanque de folha, com tor-
neira e chuveiro no, no va-
lor de sete esdudos; Duas me-
didas de litro, em lata, no
valôr de um escudo e cin-
coenta centavos; Quatro me-
didas de meio litro. em la-
ta, no valor de dois escudos,
Dois funis pequenos, no va-
lor de dois escudos; Cinco
copos e trez calices. no valor
de cinco escudos; Duas latas,
contendo uma cem gramas
de pimentão dôce, e outra
quinhentas gramas de pi-
menta no valor dê dez esçu-
dos; Cinco latas de sardinha
Cine, no valor de quatro es-
cudos; Onze latas de sardi-
nha, sendo dez da marca Ju-
ventude, e uma «Mascote»,
no valôr de sete escudos; Se-
te caixas de palitos, nó va-
lor de um escudo; uma mesa
de madeira de pinho, no va-
lor de dez escudos; Um ban-
co comprido, no valor de
cinco escudos; Um pipo da
medição de cinco almudes,
no valor de vinte escudos;
Uma bomba de borracha,
para tirar vinho, de um me-
tro no valor de um sscudo;
Uma lata vazia e um pucaro
de lata, no valor de cincoen-
ta centavos; Um pêso de quilo
no valor de cinquenta centa-
vos; Dez vassouras. no valor
de dois escudos.
BENS IMÓVEIS
NUMERO UM—Uma cou-
rela de mato, com óliveiras.
no sítio do Vale Feitôso, li-
mite do Maxialinho. Vai pela
primeira vez à praça no va-
lôr de cento ecincoenta es-
cudos—150800.
NUMERO DOIS=Um terra
com oliveiras e Mato, nã To-
jeira, ou Vale de Vinha, li-
mite da Aldeia Cimeira. Vai
pela primeira vez à praça no
valor de cento e trinta escu-
dos,–130800.
NUMERO TREZ—Uma ter-
ra de mato e pinheiros, na
Portela da Vinha, ou Cimo
do Braçal, limite de Aldeia
Cimeira, Vai pela primeira
vez à praça no valor de cin-
coenta escudos. — 50808.
São por êste meio citados
quaisquer credores incertos
para assitirem à arremata-
ção.
Sertã, 6 de Outubro, de 1937.
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe de 1.º Secção
José Nunes
S00D00DOS9DADDADDGODADDODDOcandaDDse
ANUNCIO |
(2º Publicação)
No dia 24 do cor-
rente mez, por 12 ho-
ras, à porta do Tri-
bunal Judicial desta
Comarca, se ha – de
proceder à arremata-
ção dos prédios abai-
xo descritos, pe-
nhorados nos autos
de execução por cus-
tas e sêlos, em que é
exequente o Ministé-
rio Público e execu-
tado Luiz dos Santos,
casado, propriétario,
Verifiquei—
do Logar do Vilar|
Chão, freguesia de
Vila de Rei.’a saber:
1. — Uma courela de
mato e pinheiros, no
Sítio do, Virginho,
limites do Vilar Chão.
Vai pela terceira vez
à praça, por qualquer
valôr.
2.º-—Uma terra com
treze oliveiras, ma-
to e pinheiros, no sgí-
tio dos Carvalhinhos,
dimites do Vilar
Cnão, pela terceira
vez á praça, por qual-
Quer valor.
São por êste meio ci-
tados quaisquer cre-
dores incertos para
assistirem à arrema-
tação.
perita, l2 de outu-
bro de 1997.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2.2 Secção
Angelo Soares Bastos
RODEADA AAA
ANUNCIO
(2.º Publicação)
Por êste se anuncia que no
dia 31 do corrente mês de
Outubro, por 12 horas, à por-
ta do Tribunal Judicial dêsta
comarca, se ha de proceder à
arrematação em hasta públi-
ca dos prédios a seguir desi-
gnados e pelo maior preço
que fôr oferecido acima dos
valores respectivamente in-
dicados.
PREDiOS
1.º— Um olival no Vale das
Carvalhas e Covões, limite
do Almegue, freguesia de
Sernache do Bômjardim. Vai
pela terceira vez à praça, por
qualquer valor oferecido.
2º—Um olival e vinha. na |
Sardeira, limite do Sambado.
Descrito na Conservatória
desta comarca sobo n.º 15939
Vai pela terceira vez à praça
por qualquer valor oferecido
3º—Um olival no mesmo
sitio. Descrito na Conserva-
tória desta comarca sob o
n.º 15.940. Vai pela terceira
vez à praça por qualquer va-
lor oferecido.
4º—Uma terra com olivei-
ras e mato, sita à Fontainha
limite do Sambado. Descri-
ta na Conservatória desta
comarca sôób o n.º 15.941. Vai
pela terceira vez à praça por
qualquer valor oferecido.
5º—Uma terra com duas
oliveiras e mato, na Fonta-
nheira ou Vinharias, limite
do Sambado. Vai pela ter-
ceira vez à praça por qual-
quer valor oferecido.
6.º— Uma terra com olivei-
ras, ao Sevedal, limite do
Sambado, Descrita na Con-
servatória desta comarca, sob
o n, 15.943. Vai pela terceira
vez à praça por qualquer va-
lor oferecido.
7.º— Umas casas de habita-
ção e terra de cultura com
oliveiras, sobreiros e mato,
no Vale de Aninha, . limite
do Sambado. Descritas na
Conservatoria sob o n.º 15,944
Vão pela terceira vez à praça
por qualquer valor ofereci-
do,
8.º—Uma terra com clivei-
ras e mato, no Couto Ferrão,
limite do Sambado. Descrita
na Conservatória sob o n.º
15.945. Vai pela terceira vez à
praça por qualquer valor
oferecido.
São por êtse meio citados,
quaisquer crédôres incértos
para assistirem à arremata-
ção,
Sertã, 4 de Outubro, 1937.
Verfiquei— O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
0 Chefe da 1.º Secção
José Nunes
ANUNCIO.
(2º Publicação)
Poreste Juizo e car-
tório da Segunda sec-
ção correm éditos de
trinta dias, acontar
da segunda e ultima
publicação do res-
pectivo anuncio, ci-
tando os interessados
incertos que se jul-
garem com direitoaos
bens deixados por Pa-.
dre Maximiano Rafael
Batista, falecido em
São Paulo de Messano,
Circunscrição de Bi-
fone; aistrito de
Lourenço Marques fi-
lho de João Rafael Ba-
tista, já falecido e
de Maria Izabel, que
tambem é conhecida
por Izabel Maria viu-
va, davila da Sertã,
parano prazo de vinte
dias, findo que seja
O prazo dos éditos,
impugnarem querendo
a mesma acção de nha-
bilitação, sob pena
da mesma correr seus
termos , e não pode-
rem apresentar qual-
quer oposição findo
que seja êste prazo.
Sertã, Ia de Quiu –
bro del9s7.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2.2 Secção
Angelo Soares Bastos
0000000000008Ga090sBasDaD0cD00000000
ANUNCIO
(2º Publicação)
Por este se anuncia que no dia
vinte e quatro do corrente, por
doze horas, à porta do Tribunal
Judicial desta comarca, se ha-de
proceder à arrematação em hasta
publica do prédio a Seguir desi-
gnado e pelo maior preço que for
oferecido acima do valor abaixo
indicado.
PRÉDIO
Uma casa de habitação com
andar e lojas, abrangendo um fôr-
no proximo para coser pão, e um
pequeno quintal, no logar da
Ponte da Froia. Descrita na Con-
servatória sobo n,º 24.832. Vai
pela segunda vez á praça no va-
lor de mil e quinhentos escudos,
—1.500800.
Penhorado nos autos da execu-
ção por custas e selos, em que é
exequente o Ministério Público e
executada Maria do Carmo Toca,
solteira, maior, do logar da Ponte
da Froia, freguesia de Sobreira
Fermósa, desta comarca.
São por este citados quais-
quer credores incertos para assis-
tirem à arrematação neste anun-
ciada. so
Sertã, 4 de Outubro de 1932,
Verifiquei
O Juiz de Direito, 1.º Ss
Carlos Martins
& Chefe da 1,º Secção,
José Nunes
sotgRagIS Doe ecoa ng| soco eccpmisaco
FLAVIO DOS REIS E MOURA
Advogado -SERTÃ |
000006000 980000000 S00B8GABs 000004008
Este número foi visado pela
Comissão e Censura
de Castelo Brangongo@@@ 1 @@@
Ç
ANUNCIO
(1.º publicação)
Por êste se anuncia que no dia
sete do próximo mês de Novembro,
por dôze horas, à porta do Tri-
bunal Judicial desta comarca, se
há-de proceder à arrematação em
hasta pública dos prédios a se-
guir designados e pelo maior
preço que fôr oferecido acima dos
valores respectivamente indicados.
PREDIOS
1.º—Uma terra de cultivo e
duas oliveiras, no sitio da Por-
tela do Pêzo, limite do Estevez,
descrita na Conservatória sob o
número 26.880. Vai pela primeira
vez à praça no valôr de duzen-
tos e sessenta e seis escudos e onze
centavos. — 266811.
2º-—Uma terra de cultivo, no
“sitio da Tapada do Pêso, limite
de Estevez, descrita na Conserva-
tória sob o uimero 26.879. Vai
pela primeira vez à praça no va-
lôr de duzentos e quarenta e seis
“escudos e quarenta centavos. —
246840.
Penhorados na execução fiscal
administrativa. em que é exe
quente a Fazenda Nacional. e exe-
cutado Francisco Martins, repre-
santado por Maria Joaquina, do
lugar de Estevez, freguesia do
Peral, concelho de Proença-a-No-
va, desta comarca.
São por éste citados quais-
— quer crédores incertos para assis-
tirem à arrematação néste anun-
criada.
Sertã, 13 de Outubro de 1937.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
– O Chefe da 1.º Secção,
José Nunes
DOODOL )00000002000000000090200000U
“ANUNCIO
(2.º Publicação)
| Por este se anuncia que no dia
24 do corrente mez, por doze
horas, à porta do Tribunal Judi-
cial desta comarca, se ha-de pro-
ceder á arrematação em hasta
pública do predio a seguir desi-
gnado e pelo maior preço que for
oferecido acima do valor abaixo
indicado.
PREDIO
Uma casa de habitação, em
Vila de Rei, Descrita na Conser-
vatória desta comarca sob o n,
26,521. Vai pela segunda vez á
praça no valor de duzentos e se-
tenta e cinco escudos. — 275800,
“Penhorado nos autos de exe-
cução por custas e sêlos, em que
é exequente o Ministério Público
e executados João da Silva e mu
lher Maria Antónia Viana, de
Vila de Rei.
São por estes citados quais-
quer crédores incertos para assis-
tirem à arrematação neste anun-
ciada,
Sertã, 13 de Outubro de 1931.
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2º Secção
Angelo Soares Bastos
É exigenteem
trabalhos
tipograficos?
*- Confie-os á
“Gráfica da Sertã” |
franés da
É COMARCA DA SERIA
Comarc
(NOTISIARIO DOS Nossos CORRESPONDENTES)
PALHAIS, 18–Já sz encontra nesta localidade a pro-
fessora sr? D, Autora Dias Borges, a qual entrou logo no
exercício das suas funções.
O povo encontra-s= satisfeitissimo coma abertura da
sua escola, que há longos 9 anos estava encerrada.
v DBoDDaDoo
MADEIRA (OLEIROS), 18— Realizou-se no lugar da
Cava a tradicional festa em honra de S, Miguel e Santa
Justa, que foi muito concorrida. Abrilhantou os festejos a
Filarmónica Oleir-nse, que foi muito aplaudida,
0968900000
Várias noticias
AMIEIRA (OLEIROS), 18-—Com a solenidade dos anos
anteriores efectuaram-se no dia 4 do corrente mês as festas
de S. Francisco de Assis, orago desta freguezia. Foi bas-
tante concorrida, vendo-se entre os assistentes bastantes
pessoas residentes em Lisboa, entre os quais pudemos to-
mar nota dos srs, José Lopes, empregado na Companhia
dos Tabucos; Augusto Afonso Colarinha e Familia; Joa-
quim Mendes e Familia, etc.
—Na quarta-feira, dia 6, teve logar nesta localidade, a
reiúnião do clero do arciprestado de Oleiros, à que assistiu
quasi todo o clero do concelho,
Seguiu já para o seminário de Evora o seminarista
José Domingos Fernandes, e brevemente seguirá tambem
para o de Alcains o seu irmão António Domingos Fernan-
des, ambos da Abitureira,
—Encontra-se já nesta localidade a Exa Sra D, Ana
“de Carvalho Ribeiro, ilustre professora oficial desta fregue-
sia,
—Para Montfortinho, onde vai “azer uso das águas da
Fonte Santa, segue hoje o pároco desta freguesia,
oDooDaDDO
ALVARO, 18-— Realizou-se aqui, ontem, a eleição dos
membros da Junta de Freguesia local, que recaiu sobre os
cidadãos; José Moreira, Antonio Augusto Alves, Antonio
Domingues da Gama, José Alves da Silva, José Serra e Ma-
nuel Barata Heuriques Pirão, sendo os três primeiros efec-
tivos e os últimos suplentes,
Go0905000a
—PROENÇA-A-NOVA, 7 — A-fim-de continuarem os
seus estudos sairam para vários pontos do país, os estudan-
tes que aqui se encontravam em goso de ferias,
—Tem estado nesta vila em serviço oficial q engenheiro
Sr, Elias Dias Cravo, E
Tambem se encontra nesta vila, acompanhado de sua
esposa e filhos, o nosso amigo sr, Carlos Queiroga Tavares,
distinto desportista da capital e Director do Sporting Clnb
de Portugal,
— Para o Peral, acompanhada de seus filhos, saiu a Sr?
D. Maria do Carmo Sequeira M. Alves;e para a Pedreira
(Tomar), saiu a Sr.? D. Leopoldina da Costa Barata, di-
gnissimas professoras naquelas localidades,
— Encontra-se na sua casa do Labrunhal, a restabele-
cer-se da grave doença de que há pouco tempo foi acome-
tido, o nosso amigo sr, Joaquim Dias Tavares, professor
em Sernache (Coimbra), Ecs
—=Tomou possz de Tesoureiro da Fazenda Pública o
sr, Joé Raumalho K, Serrão.
DÓnDDaDoD
VILA DE REI, 19-Quando as colheitas são boas e os
olivais despejam, a barris cheios, o amarelo azeite nos
potes de barro; quando pelos campos e caminhos o carro
carregado de molhos de trigo chia, dá solavancos e tóca
em todos os lcdos com a sua fronte altiva; quando chega
Baco, nú, vigoroso como um lutador levando homens e mu-
lheres às vindimas quando a abençoada bebida, sob as per-
nas cobertas de môsto sobe e ferve espumante no lagar há
então fartura e alegria, (O poeta provençal Francisco
Mistral, no seu poema «Mireia). : :
Estamos, pois, na azáfama das vindimas, mais compen-
sadoras que no ano transacto,
Para a azeitona são procurados homens e mulheres, ofe-
recendo-se-lhes boas jornas, e E
Até que enfim, depois de escassas colheitas, vão encher-
se talhas e potes do precioso liquido !
– Visitou ontem, esta terra O sr,
districto. E
— À serem concretas as informações que colhemos, po-
de S. Ex.? orgulhar-se de conseguir o que esta terra mais
necessita: Paz,
Os vilarregenses podem também felicitar-se por tal facto
que talvez seja motivo para uma nova era de prosperidade
de que esta terra tanto necessita.
Nos passados dias 26e 27, realizaram-se grandes feste-
jos na freguesia de S. Tiago de Monte Alegre, do vizinho
concelho do Sardoal, abrilhantados pela nossa filarmónica,
que também no dia 3 do corrente foi ao Carvoeiro, do con-
celho de Mação, abrilhantar as festas ali realizadas,
Todos os componentes da banda vinham penhorados pe-
la forma como foram recebidos e tratados pelos carvoeiren-
ses.
Governador dêste
Da nossa parte daqui lhes enviamos os nossos sinceros
agradecimentos, tendo em conta o aforismo: «Quem meu
filho beija, minha bôca adoça»,
0vno0o608090
VILA DE REI, 12 — Chegaram as primeiras chuvas que
muito vêm beneficiar a agricultura,
—Terminaram as vindimas que foram mais compen-
sadoras que o ano passado.
À colheita da azeitona parece ser geral, notundo-se
uma grande azáfama, pois os homens e mulheres para a
apanha, escasseiam, :
—Bom seria que a Câmãra mandasse varrer as ruas pe-
lo menos uma vez por semana, :
—Quando recomeçarão os trabalhos para captação de
água na nova mina que ha-de abastecer esta vila?
— Quais os componentes da Comissão Admini-trativa da
Câmara Municipal de Vila de Rei que querem apoiar a
tepresentação a dirigir ao Sr, Presidente da Junta Autóno-
ma das Estradas, p-la Câmara de Mação, para que a es-
trada 54-2,2 siga o itinerário descrito no jornal de 9?
Agressão Mortal
Motivada, ao que parece, por a vitima não querer pa-
gar um copo de vinho ao agressor, No dia 3 do corren-
te Joaquim Domingos, do Ponto, foi á Silveira falar com a:
namorada com quem tinha o casamento combinado.
Em dado momento, ou porque fôsse tarde ou porque ti-
vesse necessidade de ir para casa, despediu-se e saiu.
Percorridos ainda poucos metros encontrou um rapaz ami-
go, Manuel Ferreira, das Sobreiras Altas e convidou-o a
ir para casa, pois iriam juntos visto O caminho ser o mes-
mo. O Ferreira anuiu aos seus desejos, mas achava me-
lhor irem primeiro beber a vergasta, pois era o último vinho
que bebiam, e, em face de tal, entraram em seguida numa
taberna onde se encontrava José Lourenço: mandaram vir
vinho e beberam, De lado o José Lourenço pediu-lhe pa-
ra pagarem um copo de vinho, porém o» Ferreira retor-
quiu, que quem queria beber vinho mandava vir e paga-
va, e dando o assunto por liquidado e sem mais troca de.
palavras sairam, Mas o Lourénço, espírito perverso,
useiro e veseiro em casos desta ordem não “e. conformou
com a resolução e resolveu fazer-lhes uma espera.
Escolheu para local o caminho que os havia de condu-
zir às Sobreiras Altas e Ponto, sitio que fica entre a esco-
la de Silveira e as Sobreiras Altas, e, no momento em
que passavam, começou a vibrar-lhe pauladas sem pensar
nas tristes consegiiências que podiam advir, Estibelecen-
do-se confusão, procurando o Joaquim Domingos e o Fer-
reira defender-se, mas as pauladas certeiras vibradas pelo
José Lourenço prostraram o Joaquim Domingos e puzeram
o Ferreira em fuga, Passados momentos acudiram vários
populares entre êles Manuel Lourenço, irmão do agressor,
que verificaram encontrar-se o Joaquim Domingos em esta-
do grave pelo que resolveram çonduzi-lo a casa,
O José Lourenço apresentava também um profundo gol-
pe na cabeça, mas como julgava tratar-se de coisa passa-
geira, assim que chegou a casa pediu para lho coserem, ao
que pessoa bárbara e anti-humana anuin sem hesitação.
No dia 4 foram pedidos os socorros do médico mas a
gravidade dos ferimentos a mada cedia e no dia 5 ás 22 ho-
ras o agredido sucumbia, :
Perante tal foi preso o agressor e o irmão que deram en-.
trada na cadeia desta vila, Momentos depois era o agres-
sor conduzido a casa do sr. dr. Ponces pira se verificar à
gravidade do golpe, e qual não foi o seu espanto ao depa-
rar com o golpe cosido com uma linha preta e sem ves-
tígios de desinfecção. Verificou então ser necessario uma
intervenção cirurgica, pois era urgente proceder-se á tre-
panação.
Por ordem do Juiz da Comarca seguiu o morto para a
Sertã afim de se” autopsiado, bem como os presos: dando
o Manuel! entrada na cadeia e ingressando o José no hos-
pital, O Joaquim Domingos era rapaz ordeiro e dotado
de boas qualidades causando a sua morte geral consterna-
ção entre aquêles que o conheciam e e-timavam,
Causa-nos calafrios a forma hedionda e repugnante co-
mo o José Lourenço descreveu o cinismo das suas faça-
nhas, lastimando não ter morto o Ferreira que por acaso
escapou, é
— Pairou hoje sôbre esta vila uma forte trovoada acom-
panhada de descargas e chuva, transformando as ruas e re-
gatos em ribeiras caudalosas,
Receiam- :e deslocações de terrenos nas margens das
ribeiras, DD0D00900
CARDIGOS, 17 — Foram eleitos vogais da Junta de Fre-
guesia os srs, efectivos, Alberto de Oliveira Tavares, indus-
trial; António de Oliveira Viegas Tavares, professor primá-
rio; Pe. José Ferreira, pároco; suplentes, Pedro António
Aparício, Francisco de Assis Alves Cardoso e António
Pires de Oliveira, proprietários.
À eleição decorreu na melhor ordem,
ciante em Alferrarede.
NECROLOGIA
Professor José Maria de Azevedo
No Sobral de Cima, conce-
Iho de Oleiros, donde era na-
tural, faleceu no dia 8 do cor-
rente, o sr. José Maria de Aze-
vedo, que ali exerceu o ma-
gistério com a maior pro-
ficiência e dedicação durante
38 anos.
Foi vitima de um desastre,
que todos os qué o conheciam
lamentam profundamente; na
tarde do dia 7, como era seu
hábito, dirigiu-se para o quin-
tal anexo à sua residencia e
pouco depois encóstou-se a
um engado para colher umas
folhas de videira; partindo-se
uma haste, o sr. Azevedo per-
deu o equilibrio e caiu de-
samparadamente, e com tôda
a violência bateu com a ca-
beça no solo, sofrendo ainda
fractura da espinha dorsal;
levado para o leito, morria
24 horas depois no meio de
atrozes sofrimentos.
O sr José Maria de Azevedo
era sinceramente estimado
pelas suas qualidade, de ca-
rácter e afabilidades contan-
do um amigo verdadeiro em
cada habitante do Sobral.
O funeral teve logar no dia
9, às 11 horas, para o cemi-
tério paroquial e traduziu
uma manifestação de profun-
do pesar, encorporando-se
nêle toda a população do So-
bral e das freguesias circun-
visinhas,
Deixa viúva a sr.? D. Maria
Fernandes de Azevedo, do
Sobral e era pai dos srs. Ar-
mando e Eduardo Fernandes
de Azevedo. empregados do
comércio, da cidade da Beira
(Africa Oriental), da sr. D. Ma-
ria Fernandes de Azevedo,
de Lisboa e sogro do sr. José
de Jesus Fernandes, comer-.
A’ familia aprentamos as
nossas sentidas condólências.
x x
No dia 17 faleceu no Seminário
Apostólico, freguesia de Macieira de
Cambra, João Alves Mateus. de 71 anos,
presbíterio, natural da freguesia da
Várzea dos Cavaleiros.
2990200908 000000000 60090098€ 000004008
QUEIXA
O sr. Júlio Mendes Delgado,
motorista desta vila. apre-
sentou queixa na adminis-
tração do Concelho, em 18 do
corrente, contra um indivi-
duo de nome Manuel Fer-
reira da Silva Casebre, que
desapareceu da Sertã com di-
versas “ferramentas do seu
carro, no valór de 150800; o
Casebre permaneceu alguns
dias aqui, declarando exer-
cer a profissão de serralheiro
mecânico.
Eleições das Juntas
de Freguesia
Em tôdas as freguesias do
concelho realizaram-se as elei-
ções das respectivas juntas
para o triênio de 1938/1940,
sendo votadas, com uma’per-
centagem muito elevada, as
listas da União Nacional. :
Os eleitores manifestaram
grande interêsse pelo acto,
que em tôda a parte correu
na melhor ordem.
No proximo número publi-
caremos o apuramento final.
ARRODARARADAEL AEE DODGE ODOR OO
Morte súbita
guesia do Nesperal, foi encontra.
do no dia 18 o cadáver de Raúl
Gonçalves Lopes, solteiro, de 20.
anos de edade, filho de Francis
co Lopese de Maria de Jesus,
que faleceu repentinamente. |
990000006200000000900000b05000006008
ANUNCIO
(2º Publicação)
Por este se anuncia que no dia
24 do mez corrente por 12 horas,
á porta do Tribunal Judicial des-
ta comarca, se ha-de proceder à
arrematação em hasta publica do
prédio a seguir designado e pelo
maior preço que for oferecido aci-
ma do valor abaixo indicado.
PRÉDIO
Uma casa com andar e lojas,
no logar do Pucariço. Descrita
na Conservatória sob o n.º 26.833,
Vai pela segunda vez á praça no
valor de setecentos e cincoenta
escudos. — 750800. E
Penhorado nos autos de execu-
ção por custas e sêlos, em que é
exequente o Ministério Público
e executados João Diôgo Juni r e
mulher Prazeres Ribeiro, pro-
prietarios, do Pucariço, freguesia
de Sobreira Formósa. gd
São por este citados quaisquer
crédores incertos para assistirem á
arrematação neste anunciada.
Sertã, 13 de Outubro de 1937.
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2,2 Secção,
Angelo Soares Bastos
Org
ANUNCIO
(2.º Publicação)
Por este se anuncia que no dia
24 do corrente mez, por 12 horas,
à porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha-de proceder
à arrematação em hasta pública
do prédio a Seguir designado e
pelo maior preço que for oferes
cido acima do valor abaixo indie
cado. :
PRÉDIO ;
Uma morada de casas de has
bitação e um forno de coser pão
junto á mesma, no logar dos Con-
Formósa, Descrita na Conserva-
tória sob. n.º 26,847. Vai pela se-
gunda vez à praça no valor de
mil duzentos e vinte escudos, —
1.220800 e
Penhorado nos autos de exe-
cução fiscal administrativa, em
que é exequente a Fazenda Na-
cional é executado João Dias, do
logar dos Conqueiros, freguesia
de Sobreira Formosa. –
São por este citados quaisquer
credores incertos para assis-
tirem à arrematação neste
anunciada.
Sertã, 13 de Outubro de 1937
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Lopes de Castro
O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos
‘
No caminho do Molhapão, fre- |
queiros, freguesia de Sobreira,
(= +
j Rs;
antiga
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Hm
de A e ed o
à
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a
“ CAMARA MUNICIPAL
Sessão de 16 de Setembro
—Tomou conhecimento da
carta do agente técnico de en-
genharia Pedro António Ga-
mito, informando não lhe ter
sido possivel, ainda, fazer as
alterações do projecto de dis-
“tribuição de águas à vila da-
Sertã, mas prometendo tratar
do assunto durante o mês de
Outubro.
— Presente o oficio do Ex.mo
Delegado da Casa das Beiras
no Distrito de Castelo Bran-
co, convidandoa C. A,a assis-
tir, no próximo dia 26, a uma
sessão solene promovida pe-
la Casu das Beiras para en-
trega das insignias da Co-
menda da Ordem de Cristo
com que foi agraçiado pelo
Govêrno o ilustre beirão, sr.
dr. Jaime Lopes Dias, Toma-
do na devida consideração,
resolveu fazer-se representar
pelo distinto causídico, sr.
dr. Vergilio Godinho da Silva,
de Castelo Branco.
—Presente um ofício do Go-
vêrno Civil de Castelo Bran-
co informando que não há
inconveniente em que as ba-
ses do orçamento ordinário
sejam aprovadas em Novem-
bro próximo, submetendo por
agora à aprovação do Conse-
lho Municipal as percentagens
adicionais às contribuições
gerais do Estado,
-—Compareceram a esta ses-
são os cidadãos Manuel Fa-
Tinha Júnior, José Antonio
Cardoso, José da Eira, Jósé
Farinha Alves, João Farinha
Tomé, Antônio Farinha da
Silva e Antônio Lourenço, re-
presentantes do povo do Ca-
sal da Isna, freguesia da Var-
zea dos Cavaleiros, a solici-
tar da C. À. um subsídio pa-
– ra a construção de uma fon-
te naquele logar. Deliberou
– conceder o subsidio de 300400,
“que será entregue após a con-
clusão das obras.
—Por proposta do sr. Vice-
Presidente, deliberou conce-
der o subsidio de 300800 para
auxiliar as obras de repara-
ção da fonte do lugar da
– Várzea de Pedro Mouro, fre-
uesia de Sernache do Bom-
fardia
—Por proposta do mesmo
8r. que foi aprovada, conce-
deu-se o subsidio de 500800
para a reparação da estra-
da da Roda do Brejo da Cor-
reia, da mesma freguesia de
Sernache,
Sessão de 23 de Setembro
* Apresentou -se nesta ses.
– são, reassumindo as suas fun-
: Ções o vogal sr. Adelino Lou-
“Chefe de secretaria,
“renço Farinha, que se eun-
“ contrava de licença-
—O sr Presidente informa
– Que tendo adoecido o aspi-
rante sr. António Craveiro,
que exercia as funções de
entre-
“gou a mesma, secretaria ao
aspirante sr. Anibal Correia,
Reconhecendo-se que os ser-
* NViços são muitos e que o pes-
soal, actualmente, é insufi-
ciente, lembrava a conveniên-
cia de se contratar pessoa
idónea para assumir a che-
fia da repartição de forma a
dar-se satisfação cabal ás exi-‘
gências do serviço; propunha.
que se contratasse o sr. João
“Esteves, desta vila, para exer-
£er as funções de. Chefe de
“Secretaria da Câmara até ao
rovimento definitivo dêste
ogar, A, C. A, tomando na
devida consideração oexposto
pelo sr. Presidente, aceitou a
proposta e deu-lhe plenos
poderes para tudo resolver a
bem do Município.
— Presente o oficio n.
141-E; P. da Zona n.º 6 de
Castelo Branco, enviando 4
| exemplares do auto de v isto-
ria e medição dos traba
lhos executados na obra de
construção de um chafaris em
Nesperal e Folgaria, para se-
rem assinados e devolvidos à
mesma Zona. Para satisfazer.
—Deliberou chamar a aten-
ção dó fornecedor de carnes
verdes para a forma como é
feita a venda de carnes em
Pedrogão Pequeno, lembran-
do-lhe as cláusulas contra-
tuais,
—Requerimento da regen-
te do pósto escolar da Foz da
Sertã, Ilda Bravo Lima, pe-
dindo com bastante interêsse,
que se iniciem já as obras de
que tanto carece a sua escola;
Tomado na devida considera-
ção, resolveu subsidiá-las com
a mão de obra.
Sessão de 30 de Setembro
—Presente um ofício do
sr. Presidente da C. A. da
Câmara de Vila de Rei comu-
nicando que aC. A. daquele
concelho deliberou dar todo
o seu apoio moral à repre-
sentação a dirigir ao.sr. Mi-
nistro das Obras Públicas e
Comunicações sobre a con-
clusão da estrada n.º 54-92,»
(antiga estrada Louzã-Belver)
lnieirado.
—Oficio de Presidente da
Junta de freguesia de Palhais,
informando que a escola da-
quela freguesia, não tem cami-
nho de serventia exceptuando
um para o Casal. Devidamen-
te apreciado, ficou na mesa
para estudo.
—O sr. Vice-Presidente faz
uma exposição da situação
ruinosa e prejudicial à saúde
pública em que se encontra a
fonte de Milheiroz, lembrando
que há tôda a conveniência
de a melhorar até para próprio
interêsse do Município; propu-
nha o subsídio de 500800 pa- |
ra a referida obra; a-pesar-de |
esta verba ser insuficiente,
êle se encarregaria de conse-
guir o que faltasse, entre os
habitantes: concórdando -se
com a exposto, foi aprovada
a proposta.
—Nesta altura e a-fim-de
se assentar na exposição e Te-
presentação « fazer a S. Ex.
o st. Ministrô das Obras Pu-
blicas e Comunicações quan-
to á conclusão da estrada
54-2.º (antiga estrada Louza-
Belver), e para a qual já se
havia trocado correspondên-
cia entre as Comissões dos
Municipios interessados, en,
traram na sala das sessões.
além das forças vivas desta
vila, que se encontiavâm re-
presentadas, os srs. dr. Abilio
“Tavares, Presidente da Camára,
e Presidente da U. N. de Mação;
Mário Viegas de Oliveirá Ta-
vares, Vice-Presidente do mes-
mo Município; dr. João Cala-
do Rodrigues, Conservador do
Registô Civil e director da
Revista «Terras do Tejo», An-
tónio Viegas Tavares, Presi-
dente da U. N. de Cardigos e
Professor Primário; Alberto Ta-
vares, Presidente da Junta de
Freguesia de Cardigos e mem-
bro da Conselho. Provincial
do distrito de Castelo Branco
“Manuel Farinha Portela, Pre-
sidente da Casa do Povo,
do Peso e vogal do Conselho
Municipal de Vila dé Rei e
Ernesto Dias, Presidente da
Junta de Freguesia do Peso
e vogal do Conselho Munici-
pal de Vila de Rei.
—Pelo sr. Vice-Presidente
foram dadas as boas vindas
aos ilustres apresentados, ma-
nifestando a boa vontade e
grande desejo, quer da Co-
missão, quer do povo de todo
o Município em ver efectivar-
se tam magna aspiração dos
concelhós limitrofes, Sertã,
Vila de Rei, Mação qual, seja
o da conclusão da antiga es-
trada Louzã-Belver. Colocava
incondicionalmente ao lado
da solução do problema to-
nos os bons esforços e inte-
rêsses do Município.
A COMARCA DA SERTA’
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AGENDA;
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tt? GP HP HP ae” Tod?
s88D000
o
No próximo dia 27º embar-
cam para o Brazil, Santos e Rio
de Janeiro, respectivamente, os
nossos presados amigos e assi-
nantes srs. José Dias Cardoso e
esbtosa e Manuel Martins, das
Córtes.
Desejamos-lhe uma optima via-
gem e tôdas as prosperidades.
mm Zncontra-se na Calvaria
(Sernache), o nosso estimado as-
smante sr. José Coelho, digno
2.º sargento do Grupo Mixto de
Infantaria, de Macau, a quem
apresentamos boas-vindas.
mu Zeetiraram : para Lisboa, a
Senhora de Couceiro de Albu-
querque, Carlos P. Tasso de Fi-
gueiredo e Fernando Marinha
Mendes; para Tomar, o sr. Coro-
nel Alberto P. Tasso de Figuei-
redo.
un Lsteve no Maxial da Es-
trada, de visita a sua familia, o
nosso amigo sr. José Nunes Car-
doso, de Lisboa.
ui Partiu para Coimbra a sr.º
D. Maria do Rosário dos Santos
Rocha.
um Com curta demora estive-
ram na Sertãos srs. Mário de
Oliveira Tavares, industrial de
Cardigos e Antonio Ventura, co-
merciante, de Lisboa.
nmn//22e7-070 anos: em 18, o sp.
Manuel Arnauth, de Lisboa; on-
tem,a menina Ferminia de Jesus.
wu Fazem anos;em 26, os srs.
Conego António Martins da Sil-
va, de Lisboa, Carlos Ferreira
David, de Pedrógão Pequeno e
Fernando Marinha Mendes, de
Lisboa; 27,0 sr. José Serra.
Parabens
RR
EXAMES
Transitaram para o 4º. ano
de agronomia os nossos patrícios
e amigos srs. Reinaldo Lima da
Silva e António Ferreira de
Matos. :
“As nossas felicitações.
APAE OO)
MISERICÓRDIA DESTA VILA
– Donativos recebidos em Setembro
Do sr. António Farinha re-
sidente no Rio de Janeiro,
actualmente nesta vila, a im-
portância de 500800; do sr.
Olimpio Alberto Craveiro, re-
sidente nesta vila, uma plan-
ta para’a construção dum bar-
ração na cêrca do Hospital;
do sr. José Diogo da Concei-
ção, residente no Trovisçal,
um carimbo em borracha pa-
ra marçar roupa; e do sr. Co-
mandante do Pôsto da Guar-
“da Nacional Republicana dês-
te concelho, um coelho bravo,
O Provedor,
a)Manuel Milheiro Duarte
CR
ORGANIZAÇÃO NAGIONAL
““DEDESA DA FAMILIA”
«… O homem tem como
caractiristica únicamente sua
o podêr de ser capaz. de pro-
gredir indefinidamente —
graças às aquisições sucessi-
vas da humanidade anterior.
Por muito perfeita que se-
ja a organização social dos
formigas e por muito inte-
ressantes que sejam as col-
meias das abelhas, todos nós
sabemos que não nos mos-
tram nenhum progresso após
as mais antigas descrições…
-..O peixe não nada hoje
melhor do que ontem, nem
as aves vôam melhor que an-
tigamente..,
Só as sociedades humanas
são susceptiveis de progresso
continuo e indefinido… |
-..por isso cada geração
humana tem a responsabi-
lidade da geração que a
segue…»
Dr. Crasset
Terminaram às festas dos
bombeiros voluntários da
Sertã que em 3 domingos su-
cessivos se realisaram nesta
vila, dando-lhe um ar alegre
e animado que não terá dei-
xado de impressidnar, agra-
davelmente, os seus habitan-
tes.
Seja qual for o prisma por
que sejam olhadas, as festas
dos bombeiros decorreram
de molde a louvar uma ini-
ciativa que honra a respecti-
va associação, pondo em des-
taque, sobretudo, um pensa-
mento feliz que queremos
acentuar pelo significado que
encerra e merece ser consi-
derado por quantos se inte-
ressam sinceramente pela nos-
sa terra.
Não sabemos, ainda, qual o
lucro material que delas terá
resultado para a benemérita
coletividade. Seja qual fôr,
será sempre incomparavel-
mente inferior áquele que
alcançou no âmbito patrió-
tico em que fez desenvolver
a sua ideia.
Até onde lho permitiram
as reduzidas possibilidades
de que dispõe, a Associação
dos Bombeiros Voluntários
fez, durante algumas sema-
nas, através dos anúncios
das festas realizadas e do seu
noticiário, uma intensa pro-
paganda da Sertã. Os prospe-
ctos respectivos falam alto a
tal respeito e achamos, por
isso,
ciar o facto doutro modo.
Quem os lêr encontra, nêles,
sem esforço, a preocupação
Plausivel e justa dessa pro-
paganda que, —diga-se,—teve
um êxito qué ultrapassou a
nossa expectativa. Centenas
de programas foram espa-
lhados pelo pais. O nome
desta vila e algunas das suas
paisagens, aspectos e vistas
panorâmicas chegaram ao
conhecimento de muita gente
que as ignorava ou conhecia
a Sertã, apenas, duma rapida
passagem pelas estradas que
a servem,
Debaixo dêste ponto de vis-
ta, as festas dos bombeiros
constituiram uma inovação
dicna de ser mantida, aper-
feiçoada e seguida quando
outras, similares, venham
a efectivar-se, qualquer que
seja a entidade ou corpora-
ção que as promova.
As FESTAS vos BOMBEIROS
desnecessário eviden-.
Nunca será de mais apro-
veitar os ensejos que se de-
parem para falar e escre-
ver sobre a nossa terra e
divulgar o que possue de
bom e interessante, e não
receia confronto com o que
outras localidades apresen-
tam é expõem com justificada
ufania.
. Se quem desaparece esquece a
Sertã tem de movimentar-se
e mostrar-se por tôdas todas
as maneiras a que possa re-
correr, num aproveitamento
metódico e persistente dos
valores e da sua favarável
posição geografica.
Outra novidade caracteri-
zou as festas dos bombeiros.
A kermesse, de uso e abuso
como meio directo de assegu-
rar receita, foi posta de par-
te. Numa região em que são
sempre as mesmas pessoas a
suportar os encargos deriva-
dos das variadissimas exi-
gências sociais e coletivas,
devia procurar-se um campo
mais largo e menos explo-
rado para obter do público o
auxilio indispensável dentro
duma voluntariedade mais
livre e expontânea,
Assim se fez,
A associação dos bombei-
ros organizou as suas festas,
oferecendo a êsse público al-
gumas distracções e diverti-
mentos que o atrairam a
troco de uma quantia acessi-
vel a qualquer bolsa. Das
impressões colhidas, tiramos
a conclusão de que ninguém
deu o seu dinheiro por mal
empregado. O escudo da en-
trada no festival foi retribui-
do com umas horas de recreio.
E é inegável que satisfez
porque nas 3 noites da sua
realização foram ali vistas,
não diremos as pessoas da
Sertã que, duma maneira ge-
ral, nunca faltaram, mas as
que, de fóra, o freqientaram
numerqsamente no primeiro
domingo.
E’ verdade que as festas
dos bombeiros tiveram o su-
cesso verificado devido à va-
rios factores qne conjugaram
as suas boas vontades em
tal sentido. Mas esta razão sô
depõe a favor de úma terra
que a-par-dos seus defeitos,
possue qualidâdes e virtiúúdes
que outras não excedem.
À Sertã foi, é e será assim,
NIOTA
E oa o as ee rc e
Casimiro Freire
Passou no próximo dia 20
mais um aniversário da mor-
te dêste nosso ilustre patri-
cio e grande apostolo da ins-
trução popular.
Fundador da Assóciação
das Escolas Móveis em 1881,
que algumas missões reali-
zou: nô nossó Concelho, à
sua expansão e engradeci-
mento se dedicou durante a
sua vida, como tesoureiro e
depois como seu presidente
honorário. |
Foi também um jornalista
distinto, que pôs sempre a
sua pena ao serviço da ins-
trução do povo e tratando de
questões económicas em que
era muito versado.
Prestou relevantes serviços
à sua terra natal, coadjuvan-
do todas as iniciativas do
grande pedroguense que se
chamou Angelo Henriques
Vidigal.
– Recordar o seu nome hon-
rado. é pois cumprir um de-
ver a que não desejamos tal-
tar,
Jaz em modesto jazigo no
Cemitério de S. Angelo, em.
Pedrógão Pequeno,
000000000 soaboa0D90 LONDddo oa bDonosbao
Bilhetes de Visita
“Gráfica da Sertã”
Casamento de um surido-mudo
Na pretérita 3,2 feira efectuou-se na
Conservatória do Registo Civil, 0 casa=
mento do surdo-mudo Joaquim Simões,
de 42 anos, jornaleiro, da Herdade,
com Alzira Adelaide da Conceição, de
17 anos, do Venestal, tendo servido de
intérprete, por nomeação do respecti-
vo Conservador, Manuel Martins, casa-
do, proprietário, da Herdade, em vir-
tude de o noivo não saber escrever.
A noiva, por Ser menor, foi por sua
mãi, Maria Adelaide, casada, autori-
zada, verbalmente, no acto, a realizar
o casamento.
O nubente manifestou, por mímica,
vontade de se casar,
HRDODODDA HAD ERES ORAR EO CASOS SA
Feira das “Varas”
Com extraordinária con-
corrência, como. já há anos
não se notava, efectuou-se no
dia 15, na Sertã, à feira tra-
dicionalmente conheçida por
Peira das «Varas».
DOADA ORA O AO OO
Comunica-nos o simpático José
Dubimis que, com a sua «tornêe»,
tenciona vir à Sertã, dar os seus
espectáculos nos próximos dias
30 e 31.
Com excepção do «director; ida
| «tournée» e sua esposa, a apre-
ciada artista Ondina Dubinis, o
| elenco é inteiramente diferente do
que aqui se apresentou em Junho
passado.
4
E