A Comarca da Sertã nº472 19-01-1946

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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIFETÁRIO

Eduarao. Barata da Silva Correta

— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —

RUA SERPA PINTO — SERTÃ

AVENÇADO

PUBLICA:SE AOS SÁBADOS

A

ANO 3
N. 472

. Notas…

ee i

E tES TAÁ nas Possas mãos fager

: ; tH desfaçer a felecidade
de milhões de homens vossos dr-

mãos e de milhões ainda por nas-

cer. . Compele-vos flancar es ali-

cerces de um norvo Mundo, onde

e A o E e E TE A RÇ R NNA PA A é Pa T o Ç M Aa._uu
aa e t, a EAA Uh o a aa E a 2P a A T EA

mente jevom n Hosso Mluando à
beira do precipicio HHCA Se pot-
&a Fepelir, onde 08 Momens e às
— tulheres possam encontrar epor-
“tunidade pará compreender ple-
namente o bem que restde em cê-
da um deles, Esse é um teabalho
—nobre. E fendes na Caria das
: Nacões Cnídos um insirimento

– Hobra, Su E
s E aro que tets vostas dis-
VeussÕES, na Astembloica Geral da
: Liga dos Nocões Cnidas, 0 pro.
o o blema capitat da segurança exi

ETA RE lA RETA D REAA o aaA a o

do Enh

“ ecanee para tralar. de outros
Qquestoes. de NpDorfâNCIO MãoO fne-
nor Dó priímeiro depende, em

cErande paárie, o êxita da vossa

acrão para a tégurança, enquans

tados amantes da pog podein estis
mular q extensão do Gurerno
Próprio à pober de tedo o Mimdos

[Palavras do S. M. o Rei Jorge VE
no banquete, que, no palácio
de Suint James cm Londres

4 Ti olerecido: anz delegados
das Nhações Unldas.)

: 0 Grémio da Lavoura já está
: u distribuir nílrato me-
diante à aprisentação da quota
Faga de in4o e de conformidade
COm a importância desta,

S

: ERÃO sínceros os dessios de

Paz por parte dos delea-

gados dos 537 Nações Cinidas
ugora reunidos em Lundres ?

Ets a períunta que natural-

inente surge aus fdótos de fodos

os Aomens anslosos por que 05

Crovernos das Nações encontrem

a fórmula desejada para sº en-

j irar no caminho da Paz, que fan-

| to É diger, da prosperidade co.

— thtan, que não poderá existir em
quanto se maánitver a desconfian-

_ Ça reciproca.

h —— Não havera dificuldade neirm
problaema, por mais dtficil e com-
plicado, que não se possa resol-
ver a luz dum puro eplimiístio,
com o coeração livre dê rancores
e de malquerentas. A Pág e
Felicidade do Mundo fém de ser
edificadoas com a boa vontade

– com intencões puras é Sem reser»
vas, Lm poderto milifar esfasca-
dor nada resolee, antes faz mais
carar ódios profundos, aculando
tnstínios de ringancas e predoá mlnto,

É Naturalinente, fodos fomem
: uma novo caltâsirofe, que seria e
E fim irremidiárel da nossa GCror-
FR lização, mas resta saber se op

to, por meto do segunidto, 05 Es-

um conflito como o que última-

rece opertuni!ades Te rande al

FUNDADORES

— Dr Josá Carlioa Elhrfrhardt —
Dr. Angolo Henriques Vidigal
António
Dr. José Beaerats Corràáa e Silve
Eduardo Barsata da Silva Corrês

Harata & Silva —

NE Ex

É

Gomposto € il’n.-l
présso nas
Oficinas Gráficas
da Ribeira de Pe-
: ra, Limiteda :

GASTANHEIRA
DE PERA:

mee

Teleio nlull
E EA o o s

Há um ano que se finou na linda vila de
Gardigos o nosso querido amigo sr, Jusé’ de Oli-
veira Tavares Júnior,

Hecordar o tristº acontecimento, quê não
&.& mergulhou em praofluoca tristeza a sua família
&. amigos, mas foi tma dura perda para a tetra
que tanto amava e esticinecia, é dever nosso, que
;umpril.qos honcosamente, porque sabemos Bem
quento calór e energia o fespeitabilissimeo ancião
purdba 1n1s intrêpidas lnjas em defesa do seu tor-
rão úatal, a:que dedizvas inexcedivel carinão,
tliveira Tavares, Nomem de carécter e

O ar. José de Cliveira Tavares entre os netites
& às pormbinhas

convicções flirmés e sincéras, bairrista devotadis-
simo, português doa rija têmpera é crente fervoro-
so, tabalhou à vila inteira pelo progresso de
Carligos e bermn-estar dos seus Púbrícios com o5
olhes postos na [elicidade comem, sem valdade,
sem e:xperae honrarias e glórias, animado, apenas,
do entuslasmo de ser útil à terra de seus maiores,
que era jambérm sua pelo niscimento < pelo cora-
ção. E nós conhecemos de sobejo quão grande
era o seu a:nor por Ciardigos, Notátiodo cominva-
mente al”a-‘mãs dêe artigos e cocrespondências, pris
morosamente redigidos, em que o senfirmento baiés
fista se casáva com orga alta devoção patriótica,
em que 5 pelido dum beseficio material tinha o
“cunho expressivo dum3 justa aspiração . scetal,

ã Hebdomadário regionalista, i’nnaplendenía’, -deíah’snr’n:ús interôsses da comarca da Sertã : nnnne[hus de Sertã, Oleiros,
| | === Prognça-a-Nova 6 Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do voncelho de Mação) ===

FPreito de Homenagem e Saudade

José de OlivTeira Tavarecs Júnior

CARDIGUENSE

ILUSTRE

mais poderosa nos seus efeitos. Notímo=lo nessa
prosa colorida, que rescendia ao perfume das
csas do jacdim da easinha acolhedora onde vívia,
que era todo um relicário dos seus mais puros
alecios, é nas suis maravilhosas e encantadoras
pócsias, porque estas não erim sómenote o prito
dé alma dum crente, que vívia em êxtase, maás, um
hino vib”ante e eaternecedor às belezas e ansclos
da pequenina terra que teve à felicidade de o con-
tar como um dos filhos mais dilectos das últimas
Eeráções,

GClireira Tavares foi um bomem de requin-

4 tada senmsibilidade e ela teaduz se nas focmosissi-
“ mas poesias que nos legou, donde se ressume o

colto. permanente pelo que é Divino, Belo e Gran-
ªj’-:’:’;ã’ãfi; “FortioumEntemente-superios: « trámeess
condente, que abarcava o espleito do posta em cá-
jdas de 1 ndade e de Amor.

AÀ «Tormentas; «L£éphiros e Aquilõeso é
«Púótalass, entre muitas outras, são poeslas ma-
giStcdis, que tiveram a merecida e dévida consi-
dleracão da critica não só pelo superior quilate
literária que as enformoa mas principálmente pela
Beleza e Sentimentalismo que respiram, pujantes
da formosura e divinamente belas,

F. para cenfirrmar o talento supertor de
Diiveira Tuvares, basta dizer-se que nem sequer
passola o curso dos licru, Írequentara, quando
muita, qualquar aula de portuúguida é latim nà sua
mocidade: simples. autodidata, dedicara-se ao
culto da pocsia nas cscassas horas que lha sobra-
vam da vida comerbal e Industrial ate que os
filhos puderam substitoílo no duro grangeio do
não,

EA

Pessoa — extremamente bondosa, coração
diamantino, aberto à todas às desventuras, crente
sincero, vibrando o entusiasmo duma Fé relisio-
a que jamais se masulara nas baixezas terrenas
e tinha como expocnte máximo o amor a Deits e
a felicidade des homens, chefe de tamilhia exem-
plarissimo, pela / qual notrla devoção quase mie-
tica, bitirrista cxeslio e portugoêés da velha puarda,
ufanando-se do prófundo e maltéerável amor que
consagrava à sua Pátcia, José de Oliveira Tavos
res deixou este vale ds lásrimas com a consciéns
cia de haver sempre prauicado o Bem, À vasa
que deixou não será fácil de preencher por múuito
que se diga não exietir ninguém insubstituível,

Nestas simples linhãs, que são de amigos,
nó: queremos prestar comovila hkomenagem à
memória de quem nos honrou sempre com ime-
recida dedicação.

Edugordo Boroto

15
JANEIRO
1946

nosso querido colega Chur-
ch — como sabem, éle
também & jornalista — parliu
agora para os Estados Cinidos
no excelente poguele ellucem
Elizabeiha,
Um simples rFiagem de die
Eressão é visita dos amigos,
Luito ele gosta da pândega!

0E

A delegada da Liga das So-

ciedades da Grug Osrmne:
dlha, que se encontra em Portu-
gal, pedinu às criancos dos esco-
tas que auxiliam aquelas que por

de morrer d forie é de feio,
AÀrs criancas portugkesas, dis-

Princíotos crissãos, que contam
d Carídade com uma das mais

de olro, agora que se torna fof-
cosanente necessário acelerar o
socorro a lanftos milhares de pe-
quenitos, PitínOS da Hals parvos
rosa, catásirote de fodos v$ ferm-
pus,

AIS de 26052 contos alim-
giu 4 subscrição nacio-
tal para o Socorro Sotial,

20

nosso Revº Vigário, E,
José Baplista, não sossega
enguanto não se descartar da íris-
te herança que recebew: capelas
EN THITTAS, 99D à Sud orientação
E com o ausírio de poroquianos
E amigos, serdo fodas restaura-
das,
cA primeira fn a do Sanlo
António, f prontai para & da
Senhora dos Rzmêdius Fi pedida
q C’-“JHJ’FJI””-ÉÍPHÇÃU do Estado, dês
pois de elaborato o profeclo; e
agora está em obras d de S, Se-
bastião.
Afinal, vendo bem, com sa-
crffisio é boa rontade tudo se
CONSeguê,

2o

0 «drio Populare frouxe a

netícia da avpentura duma
rapariza portuguesa, de 17 4noOs,
que tendo sido sarpreendida pela

chefes Fesponsáveis estão anima-
dos da corágem preciso para, na
mêsa redonta de ELondrês, ex.
Porem clâramente 03 sems FPor-
tos de pisio,

Af’r’ TE que esqueca, Nóx que-
h Fremos elucndar 05 nossos
estrmados assinaántos e léilores
que, em 20 de Degembro, não se

Fpublicou o jornal em consequén-
cia dos preparativos para os jan-
tares das criaHcas – no vatal e
Ano Noro —— nus lerem tomado
tempo precioso e que o de 3 do
COPFCHIE Sota Com alraço muito

H

Fora do acrmal em vista de ines- ,

pérada avaria na máguina onde
É impresso, : f
— Cómo vêem, contratempos que
não esfara naã nosta mM4o remes
1LA ;
Damos estas explicações por

dever elementar e para alender
teclamações já fetlas e emtar ou«
fras,

3x

E interessante saber que da

delegação amerícana &
reunião da Eiga dos Nacões
Ffag parle a Senhora eoinierel!,
Pihra do grande presidente que
tanto é fanto Tulou por emtar d
última guerra.

guerra na Hungrio, pátria de
Seus pals e avós, púra 8e escapar
à tragé dia correu grandes riscos,
passando dias e dias sem comer,
Qquase sem ruupa para se cobrir
é Fff farcada & peércórrer mais
de 160 quilómelros a caralo,

Mas o «Trário de No’fiiase,
que antes se referiva do cáso,
acrescentara que a pobre peque-
na chegora a ser deportada, para
a Sibéria é percorrera nada me-
nos de Goo quilómetros a pê l

– Que grande aldrabice ;

(Eontinua 12 quarta pàgimj

esse mundo fora corremo o rieco
: esfaamos copetçaÇç a dustadaç noEoo

belas vivtudes, vão ter ensejo de –
mosirar que o seu coraçâoginho €

 

@@@ 1 @@@

 

Comarea da S

Exclusivo do forneci-
mentoe vende de carnes
verdes no concelho

foi concedido ao negócianté
António da Silva, da Sertã

A Câmara Municipal, em
sua sessão de 19 de Dezembrec,
resolveu conceder o exclusivo
do fornecimento e venda de
carnes verdes ao concelho, por
30.100$00, ao negociante À
tónio da Silva.

Segundo as cláusulas do
contrato, a carne a fornecer
será das espécies bovina, ca-
prina e ovina, podendo tam-
bém fornecer carne de porco,
mas, quanto a esta última, sem
exclusivo. E’ obrigatório o for-
necimento de carne das espé-
cies bovina, aos sábados na
Sertã, e domingos em Serna-
che de Bomjardim; de car-
nelro oucapado, aos domingos,
3.º* e 5.º* na sede do concelho
e aos domingos e 4. em Ser-
nache. Nos meses de Janeiro
a Abril eem Novembro e De-
zembro é facultado ao arrema-
tante poder vender carne de
cabrito ou borrego, até à ida-
de de três meses, nos dias em
que é obrigado a vender car-
neiro ou capado, mas quando
fornecer cabrito ou Dborrego
não pode deixar de ter à ven-
da carne das espécies adultas.
Nos meses de Junho a Setem-
bro a ocisão. das reses deverá
ser efectuada à hora o mais
adiantada possível com vista à
melhor preservação das car-
nes. No matadouro apenas é

permitida a venda de estôma–

go chibato e carneiro a 2800
cada.

O arrematante não poderá
alterar os preços das carnes,
trocando pelos das classes in-
feriores os das carnes superi-
Ores e as carnes estarão em
exposição nos talhos conveni-
entemente separadas, por ma-
neira a não induzir o público.

À venda de lombinhos de
vaca, até 2 horas após a aber-
tura do talho, não poderá ser
feita em porções superiores a

meio quilo a cada pessoa, sob

pena de multa de 20%$00. À
falta de fornecimento de carne
bovina nos dias indicados, será
‘ punida com a multa de 20000
por cada infracção e das res-
tantes espécies com a multa
de 50$o0o. Em cada talho é
obrigatório a afixação da ta-
bela de preços e a afixação das
horas de abertura e de encer-
ramento s:ndo a abertura às 7
horas nos meses de Abril a
Setembro, inclusivé, e às 8
horas nos restantes meses e o
encerramento nunca antes das
12 horas.

O público será servido se-
gundo a ordem de chegada ao
talho depois de abrir, não ten-
do preferência, em cada dia
de talho, as pessoas que antes
da abertura se encontrarem à

porta. Os talhos terão sempre,

—eaté à hora do encerramento
carne suficiente para abaste-
cer o público, não sendo pos-
sível interceptar, por qualquer
motivo ou maneira, a distri-
buição dentro das horas regu-
lamentares.

À proporção de cabras e
ovelhas a abater não poderá
ser superior a z/3 da totalida-
de da respectiva espécie de
reses abatidas. O arrematante

VE RRR RRR RRR RE EOR MR

A NOSSA TERRA

Minha terra! O* meu berço de criança,
jardim florido em plena mocidade !

é grande a minha ingénita saúlade

por ver que foges e não mais te alcança.

– Cardigos, Nov, 1943.

Assendeav

Estiveram : na, Sertã, os srs.
General Couceiro de Albuquer-
que e espôsa, de Lisboa; D-
vid Ramalhosa, de Cucujães;
Ernesto de Carvalho Leitão, es-
pôsa e filhos, de Lisboa; Joa-
quim .de Matos Arraiano e espô-
sa, de Carvoeiro; Mário José
Ribeiro, de Amadora; Manoel

Nunes Corrêa, de Vila Praia de .

Ancora;: Mário Nunes Corrêa,
do Porto; dr. Alexande da Ga-
ma Vieira, esposa e filho, de
Coimbra ; Ricardo Moreira dos
Reis, de Penamacor:; Anibal
Farinha, de Lisboa; Alexandre
P. da Costa Pinto, de Silves ; no
Venestal, o sr. José Manso, es-
posa e filho, de Lisboa;,no
Chão da Forca, o sr. José da
Conceição Nunes, de Lisboa e

na Póvoa da Ribeira Sardeira, a

sr.º D. Maria do Carmo Blanco
Mrendes, de Lisboa.

— Vindo dos Açores, encen-
tia-se em Lisboa o Furriel sr.
Custódio Nunes, que tivemos o
prazer de .cumprimentar na
Sertã.

— De Cebolais de Cima, re-
tirou para Lisboa, onde fixou
residência, o sr. César Pires
Santana.

— De Carnapete, onde este-
ve algum tempo em tratamento
de saúde, regressou a Lisboa o
sr. António Martins. ;

— De Santa Rita (Arnoia)
retirou para Lisboa; com sua
esposa, o sr. Jorge dos Reis
Paixão.

— Encontram-se: no Pinhal
(Sertã), o sr. Fernando Delgado
Mescquita e no Seixo, o sr. Joa-
quim Martins, de Lisboa.

ANUNCIAI NA
COMARCA DA SERTÃ

E
Si TA F5

será obrigado a fornecer a

carne mais barata parao Oos-

pital da vila da Sertã, com
25 /o de abatimento nos preços
gerais tabelados. :

Onde vão os meus dias de esperança
no olhar de minha mãe todo risonho,
a espelhar se em mar calmo de bonança,
a transmudar a vida em lindo sonho ?

E a poesia do lar ? as suas doçuras ?

As festas santas ? Procissões ? Romagens
às capelas das cândidas imagens .

que alvejam nos planaltos das alturas ?

E’os bailaricos loucos, estonteantes –
da gente moça a pular febril ?

E as guitarras a fremir. cantantes
nas noites de luar em céu de anil :

E as belas tardes do verão ardentes,
as raparigas no tratar das hortas

(hoje vêlhinhas, ou talvez já mortas) *
sorrindo meigas a cantar dolentes ?

E os magustos ? castanhas a estalar
na fogueira que túrgida crepita ?

E o vinho novo? as provas ? a saltar ?
E os festejos à Virgem Rebendita !

Se bem me lembro..,! E o trabalho abençoado
com alegria e paz num Ed.n santo,
“companheiro leal e dedicado,

amigo bom de salutar encanto?

E através horas Loas de ventura
passam os dias tristes e de dôr, .
séculos de cruciante desventura, ;
eternidades cheias de amargor |

Tudo passa!… Mas não esta saudade
que proveio do berço e ainda dura!

— Amo-te, ó minha terra, com vaidade!
Tu hás de ser a minha sepultura !

Oliveira Tavares Júnior

FLAn o

ÀA luz eléctrica na Serta

A Câmara Municipal, em sua |

reunião ordinária de 5 de Dezem-
bro, sob a presidência do sr. dr.
Elávio dos Reis e Moura e em
que estavam presentes os vogais
srs, Adelino Lourenço Farinha,
Lúcio Edmundo Graça, António
Lopes e José Fernandes, Rioeiro
da Costa, «tendo ouvido o relato
feito verbalmente, na sessão, pelo
gerente da «Emprêsa Eléctrica
Sertaginense», das razões por
que se têm verificado últimamen-
te colapsos na iluminação pública
e particular, deliberou:

1.º — Convidar a Empresa a
oferecer por escrito essas razões,
afim de elas ponderamente serem
apreciadas e estudadas em futu-
ra sessão.

2.º — Convidar a mesma Em-
presa a fornecer a esta Câmara
elementos comprovativos do seu
estado financeiro, com refºrência
aos anos de 109º09 em diante até
ao corrente ano, isto, em ordem
a verificar se até que limite 2. afir-

muição feita de como as circuns-.

tâncias actuais da vida, per mo-
tivo de encarecimento de materi-
aíis emão de obra, dificultam o
rigoroso cumprimento das cláu-
sulas contractuais existentes entre
a Câmara e Empresa.

3.º — Sugeri:1, se assim o en-
tender e tiver por conveniente
aos seus interêsses, quaisquer mo-
dificações nas relacões contrac-
tuais, mas por forma concreta e
precisa»,

NE
«Semana Tirsense»

— Entrou no 47.º ano de exis-
tência o nosso estimado con-
frade «Semana Tirsense», que
se publica na linda vila de San-
to Tirso. :

Ao seu corpo redactorial
apresentamos o0s nossos cum-
primentos de leal camaradagem.

Mfravés da Comaraa |
Peral,. T

No dia 25 do próximo
passado mês de Setembro fa-
leceu, na Rua do Funcbal, ,
1.º, em Lisboa, o sr. João
Martins, de 54 anos, cobrador
Banco Pinto & Soto Maior, na-

. tural desta aldeia, solteiro, ir-

mão do sr. José Martins e das
sr.º Maria Cardoso, Ana Car.

“doso, e Gertrudes Cardoso,

todos residentes nesta fregue-
sia. C.

Lamentando. profundamen-
te o falecimento do seu bom
amigo sr. João Martins, <À
Comurcea da Sertã» apresenta
sentidos pêsames » toda a fa-
mília enlutada,

Pêso, 4

Com a bonita idade de 86
anos, faleceu, no dia 25 de
Dezembro, em Sesmarias, don-

de era naturaál, o sr. Jose Pi-
res pessoa muito estimada pe-

las suas qualidades de caráce-

ter, Deixa elevada prole entre
netos e bisnetos e cinco filhos,
três dos quais na América do
Norte, para onde emigraram
há muitos anos. –

s

, Cardigos. 4

Falecimento

: : DAeão: X

“Faleceu nesta vila o sr.
Amilear Viegas Cardoso, filho
de Sebastião M. Cardoso e de
D. Ernestina Viegas Tavares
Cardoso, neto de José de Oli-
veira Tavares, já falecido e

– sobrinho dos srs. António e

Mário O. V. Tavares, José
Pedro C. Tavares e Dr., Joa-
quim Alves Martins. — ——
Frequentou o colégio « Via
sacra» de Vizeu, onde era
considerado um dos melhores
alunos. :

Há um ano que vinha so- :

trendo, sempre com verdadei-
ra resignação cristã. Recebeu
os últimos sacramentos.

C.
Fundada, 3o

Foi encontrada morta nu-
ma das dependencias da casa
de José Portelinha no lugar
da Fonte desta freguesia, Ro-
salina da Conceição.de 18 anos
de idade, filha de José de Oli-
veira do lugar de Fonte das
Eiras. O cadáver foi autopsia-
do em Vila de Rei e enterrada
depois no cemitério desta Ífre-
guesia, não havendo suspeita
de crime, C.

o ==c

Vice-presidente da Câmara

Tomou posse do lugar de
vice-presidente da Câmara o
nosso amigo sr. dr. António Pei-
xoto Corrêa, proprietário, da
Arnoia (Castelo).

——A
Esclarecimento

E’ da autoria da sr.º D. Fer-
nanda Tasso de Figueiredo O
editorial publicado no último
número — A Cruz Vermelha
Portuguesa — -.

. pensar — e oblençãe
trumental preciso. .

A velha Filarmónica
da Sertã

vai entrar numa fase
progressiva

A velha Filarmónica da
nossa terra, que tem atraves-
sado longos períodos de abso-
luta de decadência, manten-
do-se, em crises mais agudas,
apenas sob o influxo da von- .
tade férrea da sua Direcção
e de alguns executantes, vai
entrar numa fase progressiva,.
mercê, digamos, da feimosia
de quem a drrige e de que é
justo destacar — ainda que
esta afirmação fira a sua mo-
déstia — o nosso amigo Anf-
bal Nunes Corrêa, que tem
quebrado lanças para que
a gloriosa sociedade não sos-
sobre de vez e irremediàvel-
mente.

“Temos, pois, a dar a boa
notícia de que foi contratado
um regente, que deve tomar
posse no próximo dia | de
Fevereiro, condição sine qua
non para admitir aprendizes
e depois preencher os lugares
vagos e substituir os execu=
tantes mais idosos e cançados.

Tal aquisição era primor-
dial para insufílar à Filarmóni-
ca a vida de que ela carece
para se manter com dignida-
de e cumprir a missão que.
lhe compete. o

Está aberta a subscrição –
para aàs despesas cem ore-..
gente, aquisição de um novo
fardamento de cotim—-porque —
em um de pano não se pode –

doins —

Para estas despesas, a Di-

recção, inciuindo o saldo de

1944, para o mesmo fiim, Esc. .
1 200%00. e mais os seguin–
tes donativos: —— :

Produto da venda de um

serviço de chá, realizado pelo

dedicado Sertaginense Amiíl-
car Francisco de Oliveira
642800; da Ex” Câmara
Municipal da Sertã 2.500800,;
de Eliseu Quaresma de Oli-
veira, da Sertã 50800;.de

João Ferreira Pinho, de To-

mar 50%00, Até 31-12-045
4,442800 – |

Mas tudo isto pouco é,
impondo-se não só que a Di-
recção obtenha, desde já, do-
nativos especiais para fazer.
face aos grandes encargos
que é preciso satisfazer logo
após a entrada do regente,
mas também a actualização .
das quotas, sem o que não é
possível fazer face às despe-
Sas Vulgares. :

A existência duma Filar-
mónica em qualquer terra não
é artigo de luxo, mas meio
indispensável de cultura artís-
tica e de propaganda. :

Que os Sertaginenses, que
noutros tempos se orgulhavam

-da sua prestigiosa Filarmó-

nica, considerem que da sua
parte existe o dever de a au-
xiliar por todos os meios, so-
bretudo, tendo ela à sua fren-
te, como tem, pessoas de boa
vontade e dispostas a todos
os sacrifícios, que nunca desa-
nimaram perante as maiores
dificuldades. :

20m
Escola vaga

Encontra-se a escola mista .
de Palhais, deste concelho.

 

@@@ 1 @@@

 

— LISSOA – : A mélhor desta CIDADE
RRA NS L RSIRNCr a f EANEs El Grrência Ea.:dcírn
SERIÓNS CO AquaNIntoo SAA UN S SRA PEA

. E,nsino-‘ Primário

Ac GComaercçaoda nSerra

Sociedade Dortuguesa de Gonteltartas

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E O AFAMADO BOLO REI,

‘ Fornecedora das principais cesas do País e do Estrangeiro.

LISEGA,

Enderêço Telegrático «Confeitarias»

IARCADIA

O Dancing Nº | da capital

Manoel Esteves Júnior

Vendas, por atacado, de Carvão,
lenha e castanha pilada.

— Preços de concorrência —— ! Ç’l

Apresenta um grandioso progra-
ma ide alruaceoes interoascionais e
duss orquestras de ritmo moderno

&

Fojo da Serra — Sardeiras. de
Baixo — Oleiros

– «HENRIQUES:

= om a vedota de afarze —
O teu Grupo Onomástico
precisa da tua presença, inscere- The Dixie Boys
ve-te hoje méêsno, Di a ‘tua ade- S
são perfelta; conseguirãs assim :
auxiliar a nossa Comissão Or-
ganizadora numa obra que tam-
bém pode ser tua “.. 2
Tódas as adesões devem ser
enviadas para à Séde provisó-
ria na Calçada de 8. Fraficisco,
1 DS LISBOA, :

: Mary=Merche
e ACrTCCAaAdizca

“Asseio, tonfôrto, Bom Ser-
viço de Mesa, Optimos Qu
artos e Casas de Banho.

NORBERTO PEREIRA
— CARDIM
E;ÚLIC.IT.FILD’DR ENGARTADO

“Ne desejá almóçarou jantar
hbem & dormir tranquilo,
mProcure esta BPensão —

Pensão IDEAL

f AUI:’E’!,, E FD
Teleíonas ETH).

Extintores de incêndio <Fectos
— Companhia de Seguros —
“ Soharanas
àgente na Serra:
EDUARDO BARATA

R. dos Prazeres – Tel. 226
CASTELO – BRANCO

Frencisco da Silva Tevares
“ MEÉDICO
Consultório em Lishboa:
“”Rua Balrat.a Salsueiro, 1
Residência :
R. Bleck, 4 — Dafundo

Professor diplomado bebi-
lita para exames de Instrução
Primária e Admissão no Liceu:

Informa-se nesta Redacção

Companhia de Viação de Soreache, L.da

: SERNACHE DO BOMIARDIM
‘TEI_EFDNE 4 AVISO nº 102/45

Torna público que, devido a ter recgebido alguns pnenmá-
ticos, àas .carreiras abaixo discriminedas passam a efcetuar-se
nos seguintes dias. :

U presente aviso anula os anteriormeute aprovados.

CARREIRAS DIAS
Serta—Lishoa — Etectua-se diiriamente, exce pto aos

Dumingoe.
—Efectua se dijriamente,
— Efecmam se ds sesundas-feiras.
— Elfectuam-se aos Domingos,

Lishboa—Sertã
Alvara—Sartã
Serti—Alvaro
Gerti— Dleiros
Oleiros—Sertã
Sserta— Tomar
Tumar— Sertã
Sertã —0 Branco
C. Branco—Sartãa –
Serta- Coimbra
Coimlira— Sertã

— : Electuam-se diiriamente,

— Efectuam-se diáriamente.

== Electiam-se diáriamente, excepto. dos
demingos.

— Efectuam-se 3 dias por semana (horário
úntico), mantendo-se as carreiras das 39

; feiras & diag 23 de cada mês,

Serta- Pedrógão Pequeno— Efectuam-se 3 dias por semana (hotário

Fedrógão Pequeno-— Sertã— antíso). :

Serta-—Proença – à – Nova— Efectuam-se 2 dias por semana (horário

Procençãa- a – Nova—BSertão antigo). :

Ferreira do Zêzere-To- — Kfecruam-se 3 dias por semana (horário

mar à vice-verse antige). ;

NOTA— Cada passagelro pode fazer-sge ac-úmpanha: de 20 quilos
cIg bagagem (portes gratuitos)- :
HESPACHOS — Só se efectuam até 10 quilos. : TAA

: é AGERÊNCIA.

JOÃO NUNES LOPES

Earpinteiro e Marcensiro

Enrarreda-se de todos 682 tra
balhos de construção
e mobiliário

—Carnapete=Sertã —

Dficina da Cutelaria

Fahrico de ferramentas de corte
Mário Farinha’

Miouguelra-SERTÉ

id

Escrituração-Comercial —
Aceitam se alunoas Ensino
Prático
lInforma-se nesta Redacçâu

Marti ns ê&
Martins, L.da

— com —
Estabelecimento de Fazen-
das, Mercoarias, Loucos,

Vidros o Miudeznsa, Eto,

Dus Cásdido doas Reis
i SERTA
Anúncio

Jasé Lapa, restlente no lugar
da Ribrira da- Tôrre, D queildas
de- de depositário Judicial das
lenhas que a cequerimento de
Mário Quaresma. Ferreira foram
Acrestadas a Joaguim Erimeisso
Loprs, de Caxirias, lenhas estas
que se enscntracmm na mata da
Beoucãa do st. Padre Facinhas re-
cebe propostas para à venda dess
ta lenha que é de pinho e de eu-

calipto j félta em cavacas, poo- *

posla estás que devem sec Jleitos
em carta fechada ervegistaida até
ao oitavo dia após o do segundo
& últicmo anúncio.

Concurgo para admis-
seêo de Álunos Biarkt-
: nheiros

O Ministério da Marinta,
por intermédio da Escola de
Alunos Marinheiros, abriu con-
curso, desde 6 dia 3 de corren-
te até 0 próximo dia 2 de Feve-
reiro, inclusivê, para admissão
de 120 alunos marinheéiros € ao
qual, nos termos do Despacho
Ministerial de 28’/de Novembro
E p., Podem concaorrer mance-

bos que tenham nascido em
qualgquer dos anos dêe 193-, 1920
OU 1930 e que satisfaçam às rês-
tantes condições deadmissãoao
Cconcurso.

s esclarecimentos relativos
à este concurso, imcluiddo as
condições de admissão. estão
patentes nã Escola de Alunos
NMarinheiros, em Vila Fratica de
Kira, onde podem ser prestadas
Qquaisquer informações, e corns-
ta dos Impressos afíixados nas
Capitanias e Delegações Mari-
timas do Continente, no Corpo
de Marinheiros da AÁrmada, n1o
Alíeite, à porta do antigo Arsc-
nial da Marinha, em Lisboa, e
nas Câmaras Municipais de to-
dos 05 concelhos-

testa à &8 Secbastião

No próximo dia 20 realiza-se,
nesta vila, a festa à S, Sebas-
tião.

acrulugla

No dia 7 do corrente faleceu
em Idanha-a-Nova, o grande
pitoptictario sTr, &F. Antózrio Au-
rusto de Senng Felo, de 650 anos
de. idade, individoalidade de
grande prestigio e influência no
distrito de Castelo Branco, ten-
do exerceido em Idanha-a-Nova
08 cargos de administrador do
concelho, presidente da Câma-
ta Murnicipal e provedor da Sam-
ta Casa cda Misericórdia e no
distrito de Castelo Branco, 19605
e 1607, foi governador civil nó
Govrérmo da presidência do sr.
Conselheiro João LFranco, de
quem foi intínio amigo.

Também foi chefe do Parti-
do Monárquico no mesmo dis-
trito é o Úúltimo carso foi o de
presidente da Linião Nactotial
Distrital cm Castelo Bránco.

Era pai dos srs dr. Joa-
quim da Cunha Firnateli Senna
Belo, presidente da Câmara

. Municipal de Idanha- a-Nova,

Luís da Cunha Pienateli Senna
Belo, D. Emilia da / Cunha Pi-
gnateli Senna Belo Queiroz, caá-
sada com o sr. dr, Menrique
Queiroz de Lemos e Ataíde, D.
Maria da Luz da Cunha Pigna-
teli Senna Belo Mogre, casada
com o sr. dr, Jojo Ferraz de
LGarvalho: Mesre, D. Filomena
da Cunha Figuateli Senna Belo,
religiosa, D, óhMaria da Conceéi-
ção da Cunha Pignateli Senna
Belo- relisiosa e D Maria Rita
da Cunha Cignateli Senna Belo,
religiosa.

Liesaparece uma figura que
prestou erandes serviços a Ida-
nha-t-Nova e dispensou duran-
te a sua vida o bem tanto à po-
breza encoberta como a6 ope-
rariado ruval, que em ocasiões

. detrise, lhe acudia deboa vojt=

tade é com o maior carinho.

À túda a ilistre famoliá en-
lutada apresenta «A Comarca da
da Sertã= sentidas condolências,

Faleceu nesta vila, no diá 11,
1 Sr, foaqguim Péres, de S6 .anos,
casado com a sr.* Ealbina de
Jésus, irmão do nosso estimado
assinante srF, Manoel Peres, in-
dustrial, de Lisboa, O funeral
Tealizou-se no dia sesuinte com
Erande acompanhamento.

A’ familia dorida, sobretudo,
ao nosso amigó sr, Manoel Pe-
res, apresentamos sentidos pê-
Sames,

— taa

Na Codeceira, desta fresne-
sia, faleceu, no dia 7 próximo
passado, a seé D Maria fog-
quino EFerreira, de 75 anos de
idade, casada com. o ser, Lujs
Francisco, mãe dos srs- António
e Josê Francisco Ferreira, rest-
dentes em Angola e Joaquina
Ferreira, da Codeceira e sogra
dos srs. Antómio Fisueiredo
Famos e António Ferreira, da
Codeceira,

A’ familia enlotada, desiona- .

damente ao nosso assinánte sr.
António Fraucisco Ferreira, de
Ambriz tAnsola), apresentamos
OS NOSSOS pêsames.

[ast fc fn Lri

Dr. António À. de
Mendonca David

PFassou bastante inçomodado
de saúde no dia 7 do corrente,
Eencontrando=se agora, felizmen-
te, um pouço melhor, o sr. dr.
António : de Mendonça David,
de A’lvaro. f

O seu restibelecimento ime-
diato é o que sinceramente de-
Sejamos-

Pa

Efias Sequeira

Embarcou para Lourenço
NMarques o nosso estimado assi-
natnte sr. Élias Segueira, de Pro-
Ença-àa-MNova,

Desejamos-lhe boa viagem e
prosperidades.

Justificação

Dois anos de agradável
::.mwívíu, foram o sufieiente

: pará apreciar as vYirtudes da

população desta linda terra,

Não poderet, de maneira
alruma, esquecer eomo Ífui
sempre tratado, ÀA essm atabi-
lidtle correspondi eu aempre
o melhor que pôda e soube,
procurando . tornar-me digno
dela,

Infelizmente, um expedi-
ente próprio de tôda a gente
que Ítrequenta pensóes, oujas
dependencias desconhecçe, veljo
quebrar o encantamente em
que eu vivia nesta hinda terra,
Be nlruém magoel, sintoo,
mns também por mim, que
descaí na gregae que destrutal
vmA Lnamento. não peço deseul-
E de um gesto ou pensamento
que jamais tive, Fot um errao-
do eslenlo de arremeço, sonhbe
utgora que não atingi o alvo
dae ribaira como era minha
mtenção,

Ferdoo. ns apreciações e
comentários malévolos e pre-
cipitados que se poderiam ter
feito. Hoje mesmo me despeço
da Sertã e das pessoas minhas

“Amigas a quem ofereco a minha

inutilidade em Tomusr,
. Bertã, 12 de Janciro de 1946

Pato da Luz
Wg«nwm
Informações úlcis

E’ durante o mês de Ja-
neiro que na Câmara Munici-
pal se devem efectnar os regige
toa, pagar 08 impostos e obter
na licençaãs que a sesuir se
indicam : Registo de veíeulos,
inceluindo bioieletas; Licenças
de cantdeoa, policinis, de enca,
de uso e porte de árma de ca-
ch, para bombas abastecedoras
de gasolinas e & vendedores
umbulantes,

— Aré o dia 30 de Janeivo
procvede ee na Tesonraria Mus
nicipal, ao pagamento do Im=
posto de Consumo (Real de
Á’gua), reapeitante o 1,º tri-
mestre de 1946 : findo aquela.
prazo o ainda durante mais de
15 dias & cobrancça fnr ae-á
com Juros de mora, relaxando
em seguida,

— LDurante o mês de dJa.
nEiro, a8 mmatrizseg prediais
TÚústicas e urbanas déste con-
celho estarão patentes para.
exame dos eontribuintes,

— De [ a 15 de Janeiro, .
perante 08 Regedores das fre=.
guesias, todos 05 cidadãos são
obrigados a manifostar a exis
tênceia, à meia-noito de 31 de
Desembro, de qualquer núme-
ro de cabeças de gado cavalar,
muar, astnino, bovino, exprino;
oTINo e suino e de animais de
eapoeira foalináceos, perus.
patos, porubos e ceoelhos). Os
HRegedores fornecem o8 impres-
soós próprios. ;

renceoselifocoqiore
Fernando Delgado Mes-

quita

Conclulu o curso de radio-
teledrafista, devendo, dentro em

breve, principiar à prestar ser-

viço na Marinha Mercante, o
nosso estimado patrício se, Fegs
nando Gelgado Mesquita, filho
do nosso amido sr. Josêé Antoó-
nio Delgado.

As nossas felicitações.

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…
— . alâpis

iConclagão da 1.º página)

Ú TIêgócio da sardinha, no
nOSSO MMercado, assumiid
aspectos de escândoatlo epena é
Ne estas colsas passem desperce-
idas à que compete veríficá-las
Faora defesa do consumidor,
Uitimamente, lem-se vendido
sardinha miíusto fresca e bog, em
Pequenissima percentagem, de
Niúsfura com sardinha infragável,
que devia suimplesmente ser qguei-
mada com petrójeo |
Mas ao que parece, foda &
gente se cala, esnegociantes poy-
[ ESCPCUPUlOSOS Aprovetiameose da
ntcessidade alteia! Da necesst-
dade é da parrvoiíce!

ES TAÃ pPara breve à fundo-

cão, em GCostelo Bransco,
de tma Escóla de Aviação Civil.

– .”
E Eso

CÚM a publicação do seu re-

guiomento estatuário mnos
JForndis oficiais dos dows paises, o
Acirdo Ortográfico tere, por
ssm diger, 4 consagrocão defi-
nitíva. Passou d 5er umo grande
realidade, de singuiar projeccão
no fuluro e — pAarammais c com
Frepurcussão efecitra n42 lingua-
gem escrita,

AÀ sua chegada a0 Grasil, os
acadêmicos aa Hacão (riná, que
nog Aavíam vistado, figéram ex
pressivas declarações, revelado-
ras do fubilo com que se afíingi-
rair as conclasções finais.

Pode constderar-se um triun-
Fo pará a untdade de vistas luso:
brasileira a realizacão preádtica
do Acordo. Mas 飗o também —
não esquecamos — para às duas
Academias ITmAas qQue se 1aentife-
Caraih agora, em comam esforco
e em comium resuliado — à frente
de. ambas . o5 nomes prestigiosos
de fJufio Dantas e Pedro Calmón-

to p EE t

Tóda arenlão sofreu os
terriveis efeltor do
ciclone

Todo 6 País, de norte a sul,
sofreu os tertíveis e calamitosos
eféeitos. do temporal, a que 05
jornais fizeram larea referência,

À nossa recsião foi tainbém
duramente fustigada pelo ciclo-
ne queêe, principiando na macdru-
gada de 19 de Dezembro, : se
prolongou até o dia sesvinte,
arrancando ou derrubando ár-
vores, destelhiando casas, des-
truindo plantações,ete, Choveu

torrrencialimente, caio. granizo”

com uma fária louca, interrom-
Peráin=so às comunicações tele-
Bráficas e telefónicas, 0% cursos
de água avolumaram-se desme-
didamente, invadindo as bhortas
mMaárginas e ao mesmo tempo
arrastando muroside suporte e
as ferras,

Párecia que o diabó andava
à solta!

são principalmente muito
importantes o5 prefuízos em
olivais e pinhais: proprietários
houve que ficaram séem olivei-
ras no valor de dezenas de con-
taos. Uma verdadeira calamidade.

ÀA muitos meses de seca if-
fernal, sucede-se uma invernia
desaustinada.

ANUNCIAIL NA COMARCA
“DA SERTA

Serões : culturais. e re-
CESAUANOS::

s serões culturais e recrea-
tivos para trabalhadores são,
indubitâvelmente, das manifes-
táções de actividade mais inte-
ressantes da 1: N. A T e que
não só em Lisboa mas em toda
a Província tem alcançado um
êxito digno de resisto, bem fora

“do vulgar, visto que os artistas

são de primeira plana e & esco-
lha dos prosramas preside uma
selecção rigorosa,

Flá, talvez, mais de quatro
anos quenenhum desses stupos
voltou à «Sertã e agora, em que
tanto se afirma a reabertúra-do
nosso Cine-Teatro, era o mo-
mento próprio de dar’ os passos
Necessários para uma visita pró-
xima, notícia que 0 povo da
vila de todas as camadas soci-
ats, receberia com. júbilo, tão
asradável lembrança: lhe ficou
dessa última & cremos que pri7
Mmeira visita,

E ssc

A Lingua de Camoões

Berilh Neves— escritor e
jornalista bráasileiro — publicou
em sA MNoite>s, de S, Paulo, um
belo artigo : <«Para todos 05 que
amamos 6 idioma vetnáculo
que nos lêgaram os nossos avós
lusitanos, a notícia que vém de
de Washingston é deveras sus-
piciosa e animadora; à – língsua
de Camoes ensiná=-se hoje em
102 colérios. e Universidades
dos Estados. Unidoss. Assim
começa. Gerilo. Neves o seu ar-

tizso. E é com estas palavras,.

entre. outras, que e terminva:

eRefFoSIjemo-nos de que a
lingua portugsuesa téndo foros
de cidadania em países ilustres
como 05 Estados Unidos, cuja
verdadeira força está no erau
altissimo de instrução do seu
pPovo — Mmas, do mesmo passo,
Hão esqueçanos os deveres que
temos para coim essa lingua ma-
viosissima, que herdárnos rica
dos nossos avoentos e deévemos
transmitir, porventura indeéne e
asseada, às serações vindouras.s

Fis as palavras que ficam
betm ta pena dum escritor cotmo
Berilo Néves e não ficam mal
nas colunas dum ioroal como
1A Noites, de &s Fanlo. Pala-
vras que corfrréspóondem a um
sentimento que é o de todos 05
que por-esse Mundo não se cor-
tentim eom à honra de falar a
lingua de Canmões: sabem que
podem honrar-se,

Comarca da Séerrtaã

Resposta a uma infâmia

No. n.º / 467, de & de De-
zembro, do jornal <A Comar:-
ca da Sertão, foi publicada
uma exposição assinada pelo
sr. Custódio da Cruz em que
se pretende dencegrir a minha
reputação.

Toda essa exposição é um
conjunto de inexactidões, e se
pretendêssemos rebater todas
e cada umadas falsidades que
alit se contêém, terlamos pano
para mangas e nem toda a
cComarcas chegaria para a
resposta, mas não vale a pena
gástar muita cera. ..

Osr. Custódio da Cruz,
apesar de não ser capaz de
dizer meia dúzia de palavras
sem dizer ao mesmo tempo
uma duzia de disparates, teve
sempre a mania de censurar
tudo e a todos fazendo da sua
tasca eseu comeércio tribuna
de propaganda, Nem admira,
a ignorância sempre foi atre-
vida. .. )

Diz. «não serem precisos
três metros de tazenda para
me cobrirem « mas repare meu
caro st. que os homens não se
medem aos palnos etodaa
gente sabe que existem cor-
pos com volume acima do vul-
gar, mas que são, no entanto,
enformados por almas bem
mesquinhas e vis, insensíiveis
a tódas as necessidades e mi-
sérias alheias e são uma porta
hermeticamente fechada a tu-
do que represente beleza ou
nobres ideais — sabe-se tam-
bêm que existem pequenos
corpos que são a morada de
urandes almas, sempre gene-
rosas e prontas a sacrificarert-
-se quando 6 exija o bem do
seu ‘semelhante,

Compreende ar, Custódio?

«Que estou ilegal e abu-
sivamente, como Provedor da
Misericórdiaz: E’ preciso ter
coragem para fazer tal afir-
mação. Qu ferá o sr, Custó-
dio alguma procuração do sr.
Ciovernador Civil do distrito?
ÀAs eleição toram feitas quando
superiormente foram ordena:-
das cvoltarão a fazer-se quan.
do essas ordens nôvamente
sejam dadas.

E’ casó pára se dizer : não
suba o sapateiro acima da
chinela.

OD0O0O00OI0O90000660

Lm aviador emericano a bordo de um selve-vidas de borracka,
forna potável & Tu do NF CoT UMm oporelho especeat.

ODODOOONODODOO0OCO0D0O0SO0NVONOS

Quanto à questão do muro
da Misericórdia e da casa que
possui na tua do Cabril, devo
dizer-lhe que está laborando

em completo er o. O muro

foi reconstruído e recuado
um metro com à necessária
autorização é de harmonia

com a respéctiva deliberação:

da Mesa exarada numa acta
que pode ser consultada, De
resto, qual foi o meu crime 7
Reconstruir um muro que es-
tava por terra e alargar a via
pública. É eis o grande crime.
Toda a gente que tenha um
pouco de senso e de visão re-
conhece a grande vantagem
que oferecem as ruas e camij-
nhos amplos, mas o sr. Cus-
tódio vê as coisas por um
prisma diferente e vem acu-
sarine públicamente e até

ameaçar.me com tribunais e

não sei se também com de-
gredo,

Valha-nos Deus. ..

Diz.que sou seu inimigo e
Jurei vingar-me da sua pessoa.
Como vive iludido !

Nunca fuli inimigo, Posso

ter errado porque o êrro é

próprio do homem, mas tam-

bém pnosso garantirlhe que

nunca o fiz deliberadaimente,

Ass’inera reclamação que
tinha por objecto a stua casa
da rua do Cabril mas creia
quê a assinaria ainda que essa
casa perlencesse ao men maior
amigo eassiná la-iana convic-

ção de que se essa cása recu-:

asse, Pedrógão Pequeno rece-

beria um melhoramento Como

vê, não são questões pessoais
Como supõs, mas sim questões

de interesse colectivo. E, pos- –

to isto, pernita que lhe diga
quéê épena que não compreen>
da beim as minhas intenções
e queveja em tudo iná vontade
e até ódio, sentimentos estes
que sempre detestei. É’ penaá
porque como diz 0 nosso
Chefe Salazar, também pode-
mos dizer num sentido mais
restricto : todos não sormos de
mais’para fazer alguma coisa

a favor de Pedrógão Pequeno.
E já que estaímos coim as –
‘mãos na massa e o ae. Custó-

dio se mMostra tão acérrimo
defensor dos interesses da
Misericórdia, devo lembrar-
lhe a conveniência que háã
em entregar a chave de umas
das lojas da casa do hospital e
que já há quatro anos está uil-
lizando como casa de arrecada-
ção sem padar renda alguma.
Possul também uma chave da
porta da casa do capiítulo e se-
rla pom entredar,

E ponto final.

Várzea, 24 de Dezembro d

18945, o

FTosé Antunes Amaore

<O Educador»

Acaba de entrar ono 014.º ano
de publicação o semanário peda-
sógico «O. Educadors, com sede
em Lisboa, um dos melhores pe-
riódicos do género, eem favor al-
gum, em tas apr’eí.n tem Os trane-
cendentes e complexos problemaãs
do ensino primário, que disserta,
aprecia e anaslisa com superior
critério, prestando, assim, UM
alto e valioso serviço ao ensino e
seus agentes.

Que cónte inuitos anos Mais,
cheios de prosperidades, são o5
nossos voOtos amigsos.

)
2os
Gineficência

Dos nossos prezados amigos
srs. José Dias, Custódio Nones,
de Lisboa, é David Harrialhosa,
de Cucujães, recebermos, respecti-
vamente, 25 quantias de 2o, 202
e Jom para o5 pobres nóssos pro-
tegidos, Agradecemos, —

Gosr. José Farinha Tavares,
desta vila, concorreu com o ele-

vado óbulo de 1o0%00 para às
caixtas escolares da Serta,

20
Os amigos da
SN STA :
EX Juªq-ui:l:lll Matéus, de

Lisboa, indicou, para assinante,

o sr, Antóénio da Siva Teixeira,
da mesma cidade, 6 sro Daniel
Mateus Muralha, da Povoinha; o
asr. Aníbal Martins, de Lisboa; o
&r. Luis Martins Tavares, do F-
ral, a ar. Jóorxé Cardoso Alves, de
Lisboa = o 8r. Josée Antunes Ama-

ro, de’ Pedrógão Fequeno, 0 ac
Lustodio Nunes de Figúueicedo,

da Marinht do. Vale’ Carvalho. —

aaa EE ma o

Recebemos os seguintes dos –
nativos de auxilio ao Jornal:do

&F. Aurélio Barsta de Lisboa,

Som;aerodose C. MarunsJeitao, 0
47; edo sc, Serafim dos ánios —

Serra, cde Pedrógão Pequeno, sot,
que asradecemos com sincera
reconhecimento, f

Lagar de ,H-Iélte.

BEM AFREGUESADO

. Yende-se (metade) situado mo
da ‘ Moita, com: duas :

ribeiro Í
prensas hidráolicas, duas vasas
com 3 galsas, A

dgga, um moinho de fazer fari-

nh a, terra de semeadura € testa- =

da de pinheiros e mato.

Tratar com o proprietário:
Wenceslau Joaquim EFerreira
em Sernacha EBomiardim.

AVISO
Companhia de Viação
de Sernache, Ld —

Sede — Sernache do Bomjardim
TELEFONE 4

Avisa o Ex.º* Público de que
as marcações de logares devem
ser pedidas pára à sede, pof . és-
crito ou pelo telefone,

Trodo aquele que não fizer
ctomo acima se deterinina—o que
não é dificil ==não se lhe podera

j assezurar a passagem,

A grande influência de passa-
geiros reclame se adopte dste
Sisterra,

“Sernache 8-8 q45.

“Co- –

º mordo a

205 . À GERENCIA
E | 5 I]E I’ RM ANTIGUIDADES
ªzª P COMPRO E YVENDO ;
Rua Campo de Durique, 174 AOS
LISBOA ” MELHORES PRÉÇOS
Úml:lpr’í.m&mta ;P’atrí(:iús f C1 o ;º Teldoar
Amigos, garantindo-lhes os
melhores preços dos saus — 9880m
artigos ‘Correspondência :
FRATIQUENMNOS O E, da Escola Politecnica, =1:+23
“EINTERÇCAMBIO STS RA