A Comarca da Sertã nº445 23-06-1945

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FUNDADORES —

– Angelo H«.ar.míqúes Vidigal
António
7. José Darats Corrêa e Silva

— Dr José Carlos Enrhardt —
D:

% D

Í Edaardo Barata d Silva Corrês

Earata e Silva —

o DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO Cº?iª:;ºn:s –
2 Eduardão Barata da Silva Correia Oficinas. Gráficas
= : < i – da Ribeira de Pe-
ª — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — : ra, Limitada :
ml | RUA SERPA PINTO — SERTÃ CASTANHEIRA
> : DE PERA
<| | PUBRICA-SE AOS SÁBADOS Telefonet6
ANO Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarcça da Sertã: concelhos de Sertã, Oleiros, ]Ugf” o
N. 445 eAA Prnença—a-Nnva g Vila de Rel efreguesms de Amendoa 8 Carmgos (do cnnselhn de Maçau) 1945

NOtaS eoo

Um jantar de circunstância

LÓRIA ainda usava carra-

pito, repuxando os escas-

sos cabelos dos seus quarenta e
vários anos, o que lhe alongava
o lango carão. Era feia, mas
sorria. Pelo calor dos fogões, o
— corpo, para baixo da cintura,
dilatara-se lhe, e o ventre, per-
—nas e pés, eram desproporciona-
dos para o capitel. Naquele dia
estava em pleno campo de bata-
lha, comandando, da rectagu-
— arda, a arriscada operação ali-
mentar. Tódas as panelas, os

— tinham vindo abaixo do escapa-
” rate quadriculado da cozinha.

talica mzgada que parecia

 

— fogão, e os fogareiros a peiró-
— leo.

nava o perú como se desfolhasse
malmequeres, e enchera a cozt-
nha de peninhas cinzentas, e do
Tónio que andava a abrir gar-
rafas de Colares e as provava
pelo gargalo, para que os senho-
res não fóssem enganados, o es-

 

tado menor fôora aumentado com .

i a senhora Mariana, a porteira
e do prédio, que escamara a pes-
o cada e acabara por escamar a
cAdelaide pela porcaria em que
deixara a marquisia; e Mmais o
chauffeur, o ©omingos Vicente,
que já fóra doze vezes à rua bus-
car pimenta e amêndoa, manteiga

. e pão ralado foru duas passea-
“:Etasgºãe automóvel, à baixa para
* comprar ginjas cristalizadas e
?bqz mascada,

(De «Glórla» Armando Ferreira).

o A
20
e w

UMA 1ula de geagrafza,
—um giarofo levanta-se e

pregunta ao mestre :
|, — Senhor :professor! O que
é mais: um marquês ou um dina-

tnarquês ?

20

STÃO os exames de insíru- .

cão primária à porta e
não tarda que a Sertã seja inva-
dida por uma multidão buliçosa,
alegre e prazenteira de garotos
o vinda de todos os pontos do con-
— —celho, para prestar as suas gran-
– des provas literárias esbôço de

um futuro curso e apetrechoӻsim-
— ples, mas nem por 1sso Inenos
— vahoso,paraa-vida prática fu-
tura, quer esta se confa_m, a essa

?

a

 

LSA

‘”![ªasa da ‘[um:nnm da gem&””

Foi convocada uma reúinião magna dos naturais.

dos qualro concelhos para o- próximo dia do.

A Comissão Organizadora da «Casa da Comarca da Sertã» em Lisboa reú-
niu -se na passada 4.º feira, resolvendo levar a efeito, no próximo dia 30, pelas 21,30 horas,
na Casa das Beiras, uma grande reúuião, na qual serão tratados diversos e importantes
assuntos quese prendem coma criação daquela nossa Casa Regionalista, esperando, por isso,
a comparência do maior número possível de naturais dos quatro concelhos, que, dêste modo,

ficam desde de já convidados.

tachos e caçarolas de alumínio,

_nados Séneros alimentícios quée,

da roupa havia
No. alguidor. sda. roup | neiro, vem sendo seguldo na Serta e outme

para criação, na chaminé ardiam | 98
fornos efornalhas a eslufa do .

Além da Adelaíde qué depe- :

[ON

O sistema de racionamento de determi-

“ob]ecto de ]ustos reparos, sendo mcompre—*

ensível que se presiste em manter o que
está provadamente condenado pela prática.

À ideia de impor a um concelho inteiro
uma capitação geral e uniforme para o efeito
da distribuíção dos géneros racionados, se-
ria, na verdade, a mais razoavel e equitativa
se os povos respectivos fôssem também ge-
ralmente uniformes nos seus hábitos e cos-
tumes.

Nada disso porém acontece. O açúcar e
O arroz, por exemplo, que, para muitos, são
artígos de primeira necessidade pelo gasto
intenso que sempre lhes deram, constituindo,
por assim dizer, a base da sua alimentação,
não são o mesino para a grande maioria que
só os consome em dias de festa ou por
doença, dispensando-os sistemàâticamente nas
suas refeições ordinárias.

Assim, o racionamento nas quantidades
certas e iguais por indivíduo indistintamente,
como se está executando neste concelho, não
satisfazendo as necessidades de uns, excede
as carências de outros, dando logar a esta
coisa inconcebível : acomularem-se nas casas
de venda, no fim de cada mês, os géneros
rejeitados por aquêles a quem foram desti-

nados e dêles não precisam, sem vantagem.

alguma para os que sofrem a sua falta e em
vão os solicitam.

Referindo-se apenas à freguesia da Ser-
1ã, ouvi a um comerciante desta vila compu-
tar em centenas de quilos as sobras do açú
çar racionado que, em tais condições, ficara
por levantar.

Está isto c

Pregunta-se àgora : iPorque.não se tem
rateado áquelas sobras pelos que as preci-
sam e desejam, atendendo, até certo ponto,
as queixas e reclamações que o facto vem
sugerindo ? —

-desde Ja-

MENTO

gNão* velo O açucar pára o abastecimento
— ainda que. d1f1c1ente—do concelho ?
Que destino se. lh : :

* benehcxo nas medldas restntlvas do consumoª

dos comestíveis racionados.-Mas não aceita
também, sem relutância limitações que, ultra-
passem o indispensável. E a verdade é que,
no concelho da Sertã, os que sentem a mín-
gua desses géneros podiam ser melhorados
se lhes vendessem como é legitimo, os que se

amontoam recusados por quem deles não,

necessita.
. «Que tem feito a Comissão reguladora
do comércio local para atalhar um mal que

afecta, mais do que os direitos prejudicados;

o prestígio da sua organização ?

cSabe, porventura, se em tôda a parte o
racionamento se está fazendo por capitação
única dentro de cada concelho ?

éSabe ainda se nas terras da classe da
Sertã (Fundão, Ferreira de Zêzere, Coruche
e outras) a distribuíição do açucar se faz,
como aqui, à razão de trezentas gramas por
indivíduo ?

Se não sabe, será interessante que o inda-
gue e conheça como por lá decorrem os servi-
ços do racionamento; como se repartem os
contigentes dos géneros atribuídos a cada-
concelho e sua relatividade com as popula-
ções ; até que ponto essas localidades parti-
lham das privações impostas pela guerra, con-
frontando-as com as que são suportadas por
esta vila, colhendo, emfim, os possíveis ele-
mentos de elucidação para reclamar se hou-
ver motivo de reclamação, e dar ao abasteci-
mento racionado, em que actua, o ajusta-
mento devido ás necessidades de cado povo-
para o que — quero crer — encontrará na-
quelas regiões padrão adequado.

A questão do racionamento do Concelho
da Sertã, que entrou no fôro da consciência
colectiva, tem de ser suficientemente escla-
recida, não havendo silêncios nem absten-
ções que ponham sôbre ela a pedra do es-
quecimento. Silvânio

lapls

preparação, quer se dilate pelos
horizontes incomensuráveis da
ciência nos seus diwersíssimos
ramos.

Por prática e porque é muita
gente a afirmá-lo, sabemos que
uma boa e cuidadosa prepara-
ção na Escola Primária é o es-
sencial na vida. Diste modo, e
acima de qualquer outras consi-
derações, o professor primário
tem de preocupar-se, sobretudo,
com a sólida formacao dos seus
alunos sob qualquer dos aspectos,
educativo e insirultivo.

X

tumam visitar a Sertã mutltas

‘ famílias de Lisboa e doutros pon- –
tos, ansiosas de repouso e de mu- *
dança de ares durante umas pe-.
quenas férias.

Aqui encontram, de facto, um
belo clima, lindos panoramas,
águas puras e cristalinas, deli-
ciosas frutas e, para se instala-
rem convententemente, trés pen-
sões, sendo essencial que estas
atraíam os hóspedes, proporcio-
nando-lhes boa e variada alimen-
tação e um confórto compatível
com as possibilidades do meio.
Por outro lado, a vila, para
atraír, deveria limpar-se conve-
niente, proceder. ao arranjo des-
sas ruas e passeios, terminar
as caiações que faltam e banir
da periferia todos os focos gera-
dores de móscas e mosquitos,
como elementos periígosos, que
são, contra a saúde e moltivo
para repelir todos que não estão
dispostos a suportar tão nojentos
coemo enfadonhos tnsectos,

Além disso, deveriam propor-
cionar-se a essas famílias certas
diversões que lhes agradam e que,
por sua nalurexa, não se tornam
dispendiosas, como passeitos ou
excursões aos arredores, pic-nics,
bailes, etc., mostrando-lhes, tam-
bém, tudo o que a Sertã conta
de belo, como a Carvalha, o
Adro, a mata do Hospital, o
Miradouro, o Castelo, a Igreja
Matriz, os Paços do Concelho,
elc..

E os gerentes das pensoões,
melhor do que ninguém, porque
nisso está o seu interésse directo,
podem tomar a seu cargo a or-
ganização désses programas de
atracção e divertimento, que dei-
xem a melhor impressão no espí-

rito dos quem nos visita.
Conclui na 4.º pág

 

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RESTAURANTE
= Estrôla Valmor

Rua Áctor Taborda, 24
Avenida Casal Ribeiro, 37-s/L.-E.

LISBOA

K

Êste maghífico Restaurante fornece, por preços conven-
cionais, jantares aos domicílios, em tôda a área da cidade,
assim como se encarrega de jantares para festas a realizar
noe seu modelar estabelecimento ou em casa do cliente

Recebe comensais a preços módicos,
apresentando um serviço de primeira
ordem e com o meis esmerado asseio
como-o próprio freguez poderá constatar

Serviço permanente
nos gabinetes reservados

ABERTO TODA A NOITE ‘

_Auré]io Antunes Baraíâ

 

“EMISSÕES DOS ESTADOS UNIDOS
EM.LINGUA PORTUGUESA

(Recorte esta Tabela para referência futura)

Heras Ondas Ondas Ondas Ondas
20;30 16,7 19,5 19,7 23)3
22,45 19;5 233
23,00 19,5 2513 20)9

Ouça o locutor JORGE ALVES às 21/,45

A «VCZ da AMERICA» em português pode ser também escutada

por intermédio da «B. B. C.», das 21,30 às 21,45 horas.
Fimissões diárias

OIÇAaVOZ da —

A Comarca da Serta

EMPRESA
CULINÁRIA

Telef. 4 1559i

A Companhia de Viação de Sernache, L.ºº, avisa o
Ex.” Público que recomeçaram a vigorar as seguintes carreiras:

Castelo Branco-Sertâã-Figueiró
dos Vinhos-Coimbra:

A’s Têrças, Quintas e Sábados

Coimbra-Figueiró dos Vinhos
Sertãá-Castelo Branco:

A’s Segundas, Quartas e Sextas
Sertã-Coimbra– A’s 3” e dias 53 (ida e
e volta) nêstes dias.
Sertá-Castelo Branco —Aos Sábados

Castelo Branco-Sertã— A’ 2.”-Feiras

Lisboa-Seriã de:

Oleiros —Diária—excepto aos Domingos
A’lvaro— A’s Segundas-Feiras

Pedrógão Pequeno —A’s 2.º, 5.”* e Sábados
Proenca-a-Nova- A’s Segundas e Sextas

Lisboa-Sertã para:

Oleiros — Diária — excepto aos Domingos
A’lvaro —Ãos Domingos

Pedrógão Pequeno — A’s 4.º*, 6.º* e Sábados
Proença-a-Nova—A’s Quintas e Sábados.

Esta Companhia pede ao Ex.”º Público o favor de se fazer acompanhar de um nú-
mero de volumes o menor possível, pela dificuldade em adquirir pneus.

FELECCTECS CLLLELTL EE LL FL LPLLLELLCEL EP
BALOCOOE S OSOSOSOO0ESOS ODIS

Comarca da Sertã

(Secretaria Judicial) êrll’ã — : : Áliõ
* * PEDRO DE OLIVEIRA É
‘ a ! : a
Anúncio e DOURADOR e PINTOR S
a : .a &
(1.º publicação) al -= SERTÃ -:- %S
No dia7 de Julho próximo, SR e
por doze horas, á porta do Tri- l : : í e
bunal Judicial desta comarca, (%T:: OURAM-SE e pintam-se todos os trabalhos cfçncememes à arte 2
se há-de proceder á arremata- e ã?ll;ãloiã’orgg㪪nªeIl])[r?lne’rãoªltªreS” a ouro fino, prata e doura- %t
= e : idos. :
ção em hasta pública dos pré- ª]ª TODA AÀA OBRA DE TALHA — Tribunas, altares, castiçais. ªlâ
dios a seguir designados epelo * tocheirosá banquetas, cadeiras paroquiais, estantes para missal, cadei- 4
; õ i ras, guardaventos, etc,., ete. –
Ãnâ:,g; %I;)esçova?greesfo:eªíe;:ãcªo ::]LlI% F[NGIDÓS : à todos os marmores e cadeiras. ª
s i : N
mente indicados. a ; s : : E
àl_f,:, INTURAS: Bandeiras em sêda com artísticas pinturas para 1ir- êl&v
rar Gm mandades; IMITAÇÃO a damascos a côres próprias e esto- im
Prédios : e lhidas Pinturas em Tabuletas de Vidro, Madã:íra ou Pedra ‘gllt’
NJA PINTURAS e retoques em imagens com esmerado acabamento . f
1.º — Uma terra de cultara ES ds
: E á e á 7
com oliveliras, mato e pinheiros “ã; = ; :NIIIIÉ.
casa da eira e adega, inscrita a6 Pessoal habilitado que se desloca a qualquer ponto do país à&
na matriz sob’ os artigos SBA E a e
é 5./88 Vae pela primeira vêz – l —— : ; a6
á praça no valôr de — 8 500880 .’5′:8 Auto-pintura à pistola, pintura e reparação em autos e mobílias. Tra- e
— 2º Uma terra de mato e * — balhosà provano distrito de Castelo Branco, Santarém, Coimbra, |
o ivê; e ÉIÉ Guarda. Trabalhos na Exposição do Mundo Português e na,Na- &Iº-.
pinheiros e oliveiras, no síitio € portugal. Executam-se todos os trabalhos que respeita n à arte religios. gm
: e 8
denominado Valongo, limite da àG — e

Relva, freguesia de Vila de Rei,
inscrita na matriz sob o artigo
3.587. Vae pela primeira vez á
praça, no valôr de 814800

DOSEME EMA BA EAA MAA NA EMAA NAA AAAA

Edital :

DOCCOOCCOOONONOCCCO
Acabou a Guerra!…

Benvinda seja a Paz t…
Era a notícia que tôda a gente de há muito esperava

A YLOR DE ABRIL

Ezequiel Lopes Ribeiro
Eªã%âªEHÇH – R- NOVA

desejando colaborar na paz que agora se avizinha, conti-
nuará a seguir os rigorosos princípios de BEM SERVIR,
SEMPRE AOS MAIS BAIXOS PREÇOS, acompanhando
sempre tôdas as descidas de preços
dos artigos do seu comércio
Completo e variado sortido de : Fazendas, Ferragens, Mercearias, Pape-
laria, Miudezas, etc. Tenho sempre em Stock um variado sortido de Fa-
zendas Tabeladas, tais como Popelines, Riscados, Cotins, Panos crus,
Panos brancos, etc.
Depósito de Linhas, fio de sapateiro, etc. Grande e variado sortido de
artigos para revenda, aos preços dos Armazéns de Lisboa e Pôrto

—pRe

Envio tabelas de preços a quem as pedir.

SECÇÃO DE VIDROS
BAR CAFÉ . . CERVEJARIA

Aqui encontra V. Ex . os vinhos das melhores regiões do país, e o já
tão afamado vinho da QUINTA DA CARDIGA
o melhor entre os melhores

““3.º— Uma terra de cultura

com olveiras e máto, no sitio
denominado Horta das Freiras,
freguesias e concelho de Vila
de Rei, ínscrita na matriz sob
o artigo 3 607. Vae pela primei-
ra vez àá praça,

no valor de
1.8048900,

4,º — Terra de mato e pi-
nheiros é oliveiras, no sitio do
Vale da Horta, freguesia de
Víla de Rei, inscrita na matriz
sob o artigo 3.953, Vae pela
primeira vez á praça, no valôr
de — 360g80,

5.º — Terra de mato e pi-
nheiros, no sitio denominado
Vale da Relvas, limite das Rel-
vas, freguesia de Vila de Rei,
inscrita na matriz sob o artigo
5.932. Vae pela primeira vez á
praça, no valôr de — 136$40.

Penhorados nos autos de
execução, que o Ministério Pú-
blico move contra Manuel Xa-
vier Tavares da Mata e Luíza
Filomena Xavier Tavares da
Mata, filhos de D, Rosa Xavier
Tavares da Mata, falecida, do-
miciliada, no logar da Relva,
freguesia de Vila de Rei.

Sertã, 13 de Junho de 1945.
Verifiquei O Juiz de Direito
Eduardo Marques Coelho CGor-
reia Simões.

O Chefe de Secção

José Nunes

Chagéo “AGNAR””

Vale mais
do
aAaue custa

JORO MARTINS PINHEIRO

Praça da República
— SERTA —

Joaquim Crisóstomo aspiran-
te servindo de Chefe da Secção
de Finanças do Concelho de
Serítã. —

Faço saber que nos têrmos

do art. 18.º do Decreto-Lei n.º.

26,338, de 5 de Fevereiro de
1936, todos os proprietários,
usufrutuários ou possuidores
por qualquer título de prédios
urbanos são obrigados a entre-
gar durante o mês de Julho, na
Secção de Finanças dêste Con-
celho uma relação, em dupli-
cado, por cada prédio com os
nomes dos inquilinos e impor-
tâncias das rendas anuais pagas
por cada um.

Os proprietários, usufrutuá-
rios ou possuidores, por qual-
quer titulo de prédios urbanos
que não apresentem a cilada
relação, incorrem na multa de

-2 por cento sôbre o valor loca-

tivo do prédio a qual não pode
ser inferior a 10800 (S 2.º do
art. 18.º do Decreto n.º 26.338).

A relação só é de apresen-
tar quando haja modificação nos
elementos constantes da rela-
ção já apresentada ou quando
ainda não tenha sido apresen-
tada relação alguma em rela-
ção ao prédio.

E para constar, se passou o
presente e outros de igual teor,
que se mandaram afixar nos
lugares mais públicos dêste
concelho.

Secção de Finanças do Con-
celho de Sertã, 11 de Junho de
1945. :
Servindo de Chefe da Secção,

Joaguim Crisóstomo

Moradia Nova
completamente mobilada, com

rés-do-chão, 1.º andar e sótão, |

quintal anexo com arvoredo, tudo
com a área de 400m2 e ainda,

: próximo, um pedaço de terra de

cultura com água para rega, sitos

nos Faleiros. Tratar com :
António Luiz Rita
Faleiros-(Cabeçudo)

Joagquim Crisóstomo, aspi–
rante servindo de Chefe da
Secção de Finanças do Concelho
de Sertá. :

Faço saber que, de harmo-
nia com o artigo 5.º do Decreto
n.º 25.300, de 6 de Maio de
1935, todos os contribuintes,
sujeitos a contribuição indus-
trial, Grupo AÀ e C e impostos –
profissional-profissões liberais e
empregados por conta de ou-
trém, devem renovar durante o
mês de Julho do corrente ano
na Secção de Finanças dêste
concelho as suas declarações,
dos modelos anexos aos decre-
tos 16.751, de 13 de Abril de
1929 e 24.916, de 10 de Janeiro
de 1935, desde que as respec-
tivas actividades tenham sofrido
alterações. — :

No mesmo mês, as entida-
des ou pessoas, que tenham ào –
seu serviço, empregados Sujei-
tos a imposto profissional, de-
vem renovar as ielações nos.
têrmos do artigo 67 do decreto
16.731, desde que as ultima-
mente entregues, tenham tam-
bém sofrido qualquer alteração,

E para constáf e chegue ao
conhecimento dos interessados
se passou êste e outros, de

“igual teor que vão ser afixados

nos lugares de estilo. :
Secção de Finanças do Con-

celho de Sertã, 11 de Junho de

1945.

Servindo de Chefe da Secção,

Joaquim Crisóstomo .

Francisco da Silva Tavares
‘MÉDICO
= Clínica veral —
Consultório em Lishoa:

Rua Barata Salgueiro, 1
(a Santa Marta)

 

@@@ 1 @@@

 

Á

Santos Populares

umzenys festiva,,, GBalões
acesos pairando no espaço imen:
“so, bormbas, morteisos x fogue-
te estralejando na noelte escura. . –
Nas praças iluminadas onde as-
sim se comeroram os bons san-
tos popuolares, bandos de rápari-
gas cspalham com os scus risos
de cristal uma irradiação de jovia-
Tidade, de doçura e de faceirice-
Noites. alesces, noltes Iméelgas,
noites santas, Loje 14 não têm s
alacridade, o encanto, à poesia
Que noutros. têempos as. tochavam
tão querides dos corações ena-
marados. E’ a fé que falta 7 Não
sei bem se no meu tempo de ra-
pág, quando à gentée o se derrios
rava n quelmear, em suave com-
panhia, esses finos cartuchos. que
se desfazem em lindos chuveiros
iuminosos, erá é sentimento reli
giOso) que cintilava nos ossos
olhos, em busca da cariícia ave-
ludada e penetrante de outros.,.

Fode-se bem dizer que nio
éra a piedade cristá que nos coo-
aregava em tórno de vuma grande
fogueira, ou do cesto onde estarvam
os papelinhos dobrados cormyvarios
homes de raparigas casadoiras,
Era uma espécia de sorlelo, e à

– Ccerimónia, consistia em tirae do
cesto um paselinho onde se de-
viá ler o nome da holva que nos
estáva destinada,

Não era por amoóc do Santo
“que se ateava 2a grande fogueira
crepitante, alimentada a rosma-
ninho coja fumarada nos cegava
por vezes, mmas que cspalhava

pelo ar o perfume caractieristico:

dos campos,

Não era por. gratidão às suas
profecias, que pela noita adiante
se brincava, jogava, comia, bai-
“Jlava, vindo, de vez em quando,
vêr com às 1hdãos entrelaçadas
ToBiras cmacias e treêmulas,. as
estrelas que laiscavarm muito dis-
tante no c eacuro para onde
subia, em balões, a alegria des
preocupada dos mortais.

— Se nessa hora (eltz, alguém se
lembrasse de 4. João. da sua vi-
da, do seu gênio, dos seus pade-
cimentos, adeus expansão alegre,
adeus aorrisos fascinadores, adeus
wventurada ósite ruidosa luminada.

“Esse S, João, em cuja honra
estalam tantos morteires, é uma

Muito obrigados, amigo R.
: Laranteira

) nosao bom amigo sr, ,
Laranjeira, antigo jornaliata, que
já por mais duma vez nos tem
honrado com à sua preciosa colabo
ração, devoltado à boa causa do
Fegionalismo, pela qual tiem pro-
pugnado sero descanso € com um
cntusiasmo que poucos igualam, &
Ppropósito do recente aniversário
da aComarcas, publica na «liemo-
crácia do Suls. de E’vora, de 31
de Maio, um artigo em que exalta
à NosSSA acção na delesa da regiao
de que termámos e nome, focando,
sobretudo, o seu aspecto regicna-
lista na verdadeira acepção da
palavra.

Tlesculpe de lhe falarmos com
tóda a franquerza de beirão ; dis-
cordamoa. dos elogios e louvores
que nos dirige, pois que, se nem
por um Fn.umrnTú, sequer, temos
ó direito de dovidar da sua gince-
ridade, a verdade é que reconhe-
| deêmos quão apagado há sido, até
agora, & nosso papel nessa alta.
missão de servic 05 povos da Co-
marca, não só pela pobreza de
conhecimentos e falta de aptidões
necessárias ao bom Exito, mas
c também pórque tein sido escasso
ou quási nulo o auxílio de muitos
que no-lo pódiam dar porque o
seu espírito se arreda do verda-
deiro amor baitrista, que em nóa,
“a-pesacede tantas contraciedades v
desilosões, nunca faltou,

Excluindo boa vontade de
acertar e ger últil à terra € à re-
gião, falta-nos tudo o mais peceês-

dJ O AÀ D ==m——

das Tiguras mais sombrias . do
agiológio, em guerra contra tôda
à alacridade dos homens, contra
tudo que espalho na existência
uma doçura, uma consolacão UM
fugitivo bem , .. :
Têôda a alesria se lhe afigu-
Tava pecadora… 08 Mais sin
ples mogos eram para 6le abomi-
nações, GCobriasse de’ peles de
camelo, sujas e fedorentas, Yi-
via rugindo, desvairado, no de-
serto, ém tremendas imortifica-
qbes da carne. Quando a tome o
alanceava, ensolia gatanhotos.
[epois, trovejando contra & im-
piedade dos homens, contra as cor-
rupçõoes do mundo, contra os
deleites da meza e contentamento
do atmor, éle saiv do seu écmo
€ desceu àao porvoado anunciando
o Messias. Por onde passava com
n sen verbo flamejonte de indi-
gnações, as almas entristeciam
com um frémito de terror,
Prenderam-no. O tetéarca oc
deriou. que o degolassem, a pe-
dido da airosa, lúbrica e eston-
teante Salome. ‘
Tal era o Baptista. Tal fo’
sua bistória. À ideia desse ermi
tão sêco, hitsuto, atribiliário, para
quem as caricias da mulher eram
réptigoantes. como o contacto das
lesmas, inimigo de todo o pra-
zer, cego aos esplendores da cria-
ção, só podia Ffazer esfriae o bu-
licio dos festejos úessa noite tão
grata aos corações onde o amor
começa docemente a florir. Para
em se satidar o S, João é pre-
ciso antes de tudo, desconthiecê-dlo,

: Quem v evocasse ná sua reall-

dade . de. profecta ameaçador,
sentiria desfalecer o Iimpulso da
diversãdo.

Não estamos portánto diánie
de um sintoma de amorctecinmento
da fé. O) que em nos, na reali-
dade, escasseia cada vez mais É
a alcgria, Péerdemos a esponta.
neidade a simplicidade, a frescura
das emoções, Felizes aquêles que
COnseguem reagir contra essa 1D-
vasão da tristêza, que se não en-
vergonham cdaes velhas e joviais
lolias, que cnchem o ar, nessa
noite, do estalido petulínte das
bombas e ésgm]ha[n na treva o
lampejo dos fogos de artifício,

Tomar, Junho de 1045

PATO DA LIZ

Agenda

— Regressouy . de “Combra,
om suda tilha-Lidia, ajdseo D,
Yirginia Baptista Manso, espôsa
do se. Anttónio A, Lopes Manso,

= Encontra-se no Cabeçudo,
com sua ‘ cspósa e filho, o sr;
Joto Taulo de Matos; de Lisboa,

— Esteve na Serfra o sr. Joa-
quimm Martins, de Cimadas (Pro-
ença-a-Nova,

mP

Asilo António PDPer-
reira Aiherto

Abriu, nodia 12, o Astilo da
Sertã, a qdue a Mesa da Santa
Casoe da Miscricórdia deu o
nomeé do grande benemérito
f9eu dosdor e nosao soúdoao
patríicio sr António Ferreirea
Alherto-

O legado é constituído pelo
magniífico e espaçoso edifício
sito nas proximidades do Adro,
todos 08 móveis do seu recheio,
jerdim e guintal anexoa e um

cernficado de renda perpétua.

sário, que muito é, para nos im-
pormos como boás arantos da
propaganda da nossa terra.

E muito obrigados, amigo
Laranjeira, pelas euas palavras,

que – profundamente calaram no

nOsSo COração,

Comarca da: Sertaá

Casa para tôda a
– gente

São: nUMerosos & imeénsos s&

problemas que enfrentam à Crrá–

Bretanha, para os teropos pró-

“xumos. [futuros. NAas aquele pajs

tero recursos, tem liomens tem
coesão espontánca e livee, e por
isso conta com à boa. vontade, a
solidariedade, a compreensão e a
colaboração de cidadãos tão cons-
cientes da sua diguidade e liber-
dade como dos seus deveres e
responsabilidades.

As destruições causadas pelos
bombardeiros e pelas bombas
voadoras germânicas não podem
ser fácilmente imaginadas por
quem está longa. Ois inolêses não
perdem, porém, termpo d Ocu-

pár as aténções Utiversais com o *

imenso estendal de ruíinas de tan-
tos lares, lavrado ali pelo furor
maldita da guerra. O que lhes
importa é arracijar casa para tôda
a gente, lratize de produzir
casas pré-fabricadas como, de
facto, [á estão a sec próduzidas,
à razão de vários milhares por
semana, para serem prontamente
transportadas para onde fôr pre-
ciso, Não se pode dizer que não
Yejam as colsas de maneira objec-
tiva e pratica. Bem triste é pen-
SAl que n& guerra se tem gasto,
em pura perda, o suliciente para
que, todos 05 homens tivessem
pão, casa, saúde, educação e com
tentamento, Espereinos que a luz
da razão um dia Wumine todos cs
homens, e -todos 08 povos, para
que possam, como pessoas sen-
setas e decentes, ser [elizes no
mundo de abundáncia que à clên-
cia lhes oferece.

À única colsa que, com segu-
rança, podemos considerar pro-
priedade nossaç & fesouro: que
nenhum poder: do Mundo pode
roubar O0s É Que consegue dor-
nar-nos felizes, como nada máis
fia vida —— ê a consciência limpa
que resulta do dever coumprido
honradamente, —

Max Plank,
AA === s =

«Lirupo de amigos da
Freguesiada Madeirã-

O “Grupo de Amigos da
Freguesia da Madeirã* reú
niu-as pora apreciar o relató-
rio e contas do primeiro ano
de gerência, que foi aprovado,
e proceder à eleição dos corpos
serentes, cujo resultado foi o
sesuinte : Assembleia Geral —
Dr. António Lias Barata Sal-
gueiro, presidente; António
Nunes, António Macieira e
António Barata ; Direcção En
sgenheiro Firmino da Silva,
presidente ; João Antunes Gas-
par, Vítor Barata e Júlio Al
meida ; Conselho Fiscal — dr.
José da Silva, Acúrcio Barata,
Epifânio Mateus e Ántônio
Barate-

E E —

Poaor bem fazer …
Mal hover .-.

E’ facto. que ócolre a cada
passo! Os proprietários Alberto
Auguato Areios e sua espôsa D,
liemocrata Cándida Ventura Mes-
quita, da cidade do Pórto, viviam
desconsolados pór não terem Fi
lhas e, para obstarem à Esta io-
consveniente, peribharam o056 filho
duma serviçal, mandando-o regis-
tar como seu filho legitimo [ôsse-
Conhecedora do caso, a autóri-
dade instaurou-lhes um processo,
tendo, para não licarem prêésos,
de ser afiançados, os falsos pais
em 20 contos é à verdadeira mãe
em dez contos :

Jã se não pode ser bom neste
mundo de egolsmos.

Câmara Municipal da Sertã

— Presente um ofício do En-
genheiro-Director dos Serviços
dae ” Urbanização. do Centro, de
Cormbra, infórmando que à obra
de rAbastecimento de Áágua às
povoações de Ramalhos e Ses-
mos, 22 fase — explotação: de
água para a povoação de Sesmosv
foi ineluída pelo Minmstério das
Qbras Publicas no Plaoo de Me-
lhaoramentos. furais pára o cor-
rente ano de agis, convindo
que sejarm remetidos áâquela: Di-
recção, em triplicado, 05 projece
tos e todos o5 elementos indis-
pensáveis ao estudo dá obra e
da comparticipação a conceder
pelo Estado, no caso de tais ele-
mentos não tecem sido apreseo-
tados pela Câmara em devido
tempo. Deliberou=se inforrmar jue,
segundo 0 averiguado, os citados
projectos dessa obra não se en-
contram ta Secretaria porque fo-
ram oportunamente remetidos à
repartição competente, devendo
aproveitar-se o ensejo oflerecido
para esclarezer que os trabalhos
de eXAbastecimento dé ásua à
povosção de Ramalhos — 1,º fase,
já há muitao se encontram conelui-
dos,.

— Qutro do Engenheiro-Ches
fe da Repartição de Abasteci-
ments de Agua & Saneameénto,
de Lisboa, informando que, por
portaria de &6 de Abril último,
Ím profrogado até o fim do pre-
sente ano & prazo fizado à Gã-
mara para a concluzsão dos tra-
balhos da ebra de « Abastecimento
de dguas à esta Yilãs,. A Cimara
túmeou conhecimento de que em
19 de Abril haviasido acusada

.a recepção.

= Qutro da mesma entidade,
informando que o Sub-Secretário
de Estado das Obras Públicas;
por despacho de 13 de Abril fin-
do, se dignou conceder & Câmara,
uma comparticipação, pelo Fundo
de Desemprêgo, de g.91 1850 para
a obra de melhoramente da ca-
ptação 12º 37 destinada ao abas-
tecimmento desta vila; o orçamen-
ta-base da cormparticipação des-
dobra-se. em: mão de obra,
TO.Sgdgoos maleriais, 3.430$oo;
total, 109,525%00, podendo, pára
esta obra, serem fixados 05 se-
guintes prazos : inicial, dois me-
ses : da obra, doze meses e,da

comparticipação, calorze mescs,
trabalhos estes que poderão, ser
executados em regime de admi-
itistração directa, caso à Cârmara
& julgue conveniente, fl omou-se
contiecimento e delibergu-se exe-
cutar pelo sistema apontando: a

obra referida,

— Qutro da Junta de Fregue-
sia do Marmeleiro, informando
necessitar. de 2 metros . de cano
de ferro galvaánizado, de polega-
da, para a [onte das Naves, e
pedindo informes se pode contar
com êle, Delibercado informar que
presentermente não é possivel
fazer é fornecimento, devendo
contudo, indicar-se-lhe o Comis-
sariado de Desemprégo. como a
eotidade a que se deve dirigir
para o efeito, j

— Prescente uma cireular do
Govêrno Civil do distrito, trans-
crevendo om oficio da Dirécção
dos Serviços de Urbanização do
Centro, que dá instruçõêes sóbre
apresentação dos pedíidos de com-
participação e apresentação dos
projectos de melhoramentos e sua
vrgabização. Temou-se conheci-
mento,

— Qutra do Inspector de In-
cendio da Zona Sul, de Lisboa,
apelando para a elevada . coro-

. preeosão dos deveres do Nunici-

pio para que, por s1 e pelos m=
nicipes que representa, coadjuve
aquela inspecção na Campanha
que pretende efectivar a favor das
Associações dos: Bombeiros.. To-
mado conhecimento, deliberao-
do-se informar que confitria o
seu oficio de 5 de Ábril findo,

‘dirigido àqu’uh-t cotidade,

— Cutra do secretário dos
Ilospitais Civis de Lisboa, corcu-
nicando tererm sido alteradas as
quotas diárias a que ficam obri-
gadas “as Câmaras Municipais
pelo tratamento, naquêles estabe-
lecimaentos, dos seus rmunicipes
pobres : a1$00, em secção Ecor-
gica ; IBitvo, em secção médica
e r2%00, no Manizómio Eombar-
da, tabela esta a vigorar desde L
do corrente, aos docotes que na-
quela data se encontrem interoa-
duos e tenham sido ad]mitidos an-
teriocmente a 3 de Abril último,
A Câmara tomou conhecimento,.

ECortirid)

TGAA RRR MRA TSS ET COLDETA R SR REEAA ET 25M FTA

Edifício para à ESCOÍA QO
Fale da Galega

Como disgemóos no Aº 436,

constituin-se na freguesia de PDe-
drógão Pegneno uma comissão
para levar a efelito a censtrução
dum edifício escolar do Vale da
(ralega.

Agregada a esta comissão, for-
inou-se oulra em Eisboa, traba-
lhando, ambas, em comum, pára
o conseguimento dessa iniciativa
que, pelo£ seus fins de indiscuti-
rvel ulilidade, merece todaos os lou-
vores é máximo encorajamento €
por isso deverá ser acarinháda e
auxiliada materialmente por todos
1m pedroguenses, consoante as
sUAS POSSES,

A comissão de Lisboa, à qual
mais lâcilmente se podem dirigir

ds naturais da [reguesia de Pedró- –

gão Fequeno residentes na capi-
tal é composta de Jorge Antunes
livarte — EFraça Brasil, 14,
camo presidente, Manoel Martins,
R, de: Artilbariá Um, 4 r6: E
Antóbio Antuúes Aroaro, R. das
Túinas, 107 e Ántónio Antunes
Norgado, R. da Arrácida, 20

o

Escolas vagas

Estão vagas as escolas:
masculina de Várzea dos Ca-
rvaleiros, feminina de A lvaro
e mixta de Froviscal

Oficina de Corra-

Iharia Civil
du t| e f ds

ASSIS LOPES

Encarrega-se de todos os traba-

lhos da sua arte, incluindo cons-

trução de fogoes, porlies, gradea-

mentos € queaisquer consêrlos em
ferro:

Llunto à capélo de Sis Amaro)

CRERTA

Fste número foi visado pela
Comissão de Censura
Castelo Branco

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…
..a lâpis

(Conclusão da 1.º página)

0 calor tem sido tão violento

e a estiagem tão prolon-
gada, que as nascentes e poços
estão quási exauridos, sendo es-
cassas as probabilidades de sal-
var o milho de regadio. Tanto
assim que nalguns pontos da fre-
guesia os lavradores promoveram
a sua venda, exactamente como

agora se encontra, para pastos,.

206
VAI sendo tempo de acabar
com o maldito hábito de
SJazer das ruas logradouro pú-
êlico, onde, nos passeios e em
qualquer canto, se arrumam car-
rocas, escadas, madeiras, elc.,
quando a verdade é que toda a
gente que possuí esses veículos e
materiais deveria ter onde os
arrecadar.

Tudo 1sso, por aí disperso,
interrompe ou difículta o trân-

sitlo e causa mau aspecto.

205
NA rua Serpa Pinto, para os
lados da ribeira, há, se-
gundo nos dizem, uma moradia
que tem um cano que conduz os

esgótos à superfície da terra do

quintal anexo, de que resulta
uma cheireta levada de mil dia-
bos e, por 1sso, a impossibilidade
de abrirem as janelas daquéle
“tado os vizinhos da tal habitação.
Pola fórça do calor, então, é um

petisco de se lhe tirar o chapéu!

— ,Porque não há-de o dono

dessa casa fazer a ligação à rêde

– de esgótos! —
— 2os

: ALGUEM que se nos dirigiu,
falando a propósito da
Jfalta de água no depósito de
abastecimento público, pregun-
ta — Porque não se há-de captar
a água do Gonçalmógão, o que
é fácil porque está em nível su-
perior às minas da Bica, e con-
duzi-la ao depósito? Há grande
abundância e é da melhor quali-
dade, tão boa que se considera a
melhor dos arrabaldes da vila.
Sob o ponto de vista técnico
não temos competéncia para nos
pronunciar-mos ; mas abstraindo
essa circunstância, a ídeia pare-
ce.nos aceitárvel.

: S
HÁ dias, alguém foi tocar o
sino de alarme por ver
sair grande. fumarada da cha-
miné de José Barata, causada
pela combustão de papéis.

Correr e dar ao badalo fui
obra dum momento! Sobressal-
tou-se muita gente, os bombeiros
acorreram rápido ea-final,..não
era nada !

Entenda-se, porém, que com
coisas sérias não se brinca e o
alarme só deve ser dado quando
houver razão justificaltiva.

O Tempo.

No domingo trovejou e cairam
uns ligeiros borrifos que apaga-
ram o pó, mas na madrugada
de 2,º feira choveu bastante e
durante todo esse dia o céu per-
maneceu toldado de grossas nu-
vens deixando de se fazer sentir
o calor tropical que nos sufocou
durante tôda a semana anterior.

A Comarea da Serta

A grande vaga de
Ccalor

Dos dias 9 a 16, em que esta-
mos escrevendo estas linhas, 1sto
é, durante o relativamente longo

“períoillo de otto dias, uma pavo-.

rosa e terrífica enda de calor as-
solou esta região, escaldando os
milhºs tenros, derribando e fa
zendo murchar as outras cultu-
ras; a terra mais pulverizada se
tornou porque o sel. era como
lume candente e oOs poços, nas-
centes e cursos de água ficaram,
de um para outro momento, re-
duzidos a gôta de água simples,
insignificante, que nem sequer
dá para banhar o pé da planta
mimosa do hortejo,

E o milho? Desespera de sê-
de, fenece à mingua de Áágua,
quando, agora, precisamente, ela
deveria ser abundante e correr
livre até fartar a raiz fasciculada,
porque a espiga começou de en-
grossar, a tomar forma. Mas,
nada! AÀ violência do calor tem
sido tal que as pontas se queima-
ram e as fôlhas cairam derriba-

das, crestadas, como a presagiar’
fim torturante que não tarda, E,

o vento suaão que soprou durante
três dias e três noites consecuti-
vos, em baforadas de lume escal-
dante, foi tão brutalmente dani-
nho que parecia o verdadeiro
simoun — O. vento abrasador que
sopra do meio-dia ou do interior
da A ‘frica e que se entende para
o norte, o mesmo que levanta as
areias do deserto e algumas ve-

—zes sepulta nelas caravanas intei-

Tas. :
—Três anos seguidos de estia-
gem, com invernos escassamente

chuvosos, reduziram quâsi a zero

as nascentes ; outra coisa não era
de esperar, mas o calor brutal e
inesperado de agora veiq tornar
mais angustiosa e periclitante a
vida rural da região, pois que
não é o centeio e o trigo, ainda
que em regular produção e de
boa qualidade, êste ano, que po-
dem garantir o passadio, de tan-
tos meses, visto ser reduzida a
cultura.

O milho sim, o milho é o
único cereal, a-pesar-de pobre,
que entre nós se dá melhor e
por isso mesmo o alimento bá-
sico do rural. Sem milho, como
pode êle manter se durante lon-
gos meses? Importando o dou-
tras regiões ? E elas tê-lo-ão com
abundância para o vir a dispen-
sar? E ainda que assim seja, não
custará muito mais e não terá,
forçosamente, de ser limitada a
distribuição ?

Por outro lado, como se sabe
também o milho e batata de se-
queiro falharam por completo e

Novo atentado contra a
a nossa soberania

Mais uma vez a nossa infor-
tunada colónia de Macau foi al-
vejada por bombas largadas de
um quadrimotor. causando, deste
vez, um morto e dois feridos.

Não se sabe a que nacionali-
dade pertence o avião, mas há
que registar o fecto como aten-
tado grave contra a pequena co:
lónia dum País que nas guerras
da. Europa e da Aºsia manteve

isempre o costumado e tradicio-.

nal respeito pelos tratados inter-
nacionais, que cumpre à risca os
seus deveres de neutralidade e
que durante a luta no velho Mun-
do procurou suavizar, muitas ve-
zes com sacrifício, a situação de
milhares de refugiados na sua
passagem pela Metrópole, so-
mente em obediência a inegáveis
principios humanitários e com
exclusão da simpatia pelos natu-
rais de qualquer país.

Dada a repetição dos ataques
a Macau, é doloroso concluir que
há, por .certo, qualquer fim oculto
de-agravo e isto não pode passar
sem o máis veemente protêsto de
todes o5 portugueses.

E

Proença-a-Nova, 12

Devido à falta de limpeza
na chaminé da casa do Snr.
Francisco Martins, motorista e
residente nesta vila, declarou-se
incêndio na mesma (casa que
se não fôsse a pontualidade
dos esforços do povo, teríamos
a lastimar enormes prejuízos.

No incêndio ardeu alguma
carne de porco e madeiramen-
to A casa não estava no seguro.

ESA

Com 8 dias de tratamento
na Casa de saúde de Abrantes,
onde sofreu uma operação de
um quisto na perna, regressou
a esta vila a Snrº. D. Maria
Rosa Sºequeira, espôsa do Snr.

Ezequie! Lopes Ribeiro, ben- .

quisto comerciante nesta loca-
lidade. ÀA enferma encontra-se
em franca convalescença.

E :

a batata de regadio, êste ano,
fica muito àquém do normal O
que vai fazer, nesta situação ver-
dadeiramente calamitosa, o po-
bre lavrador ?

Aproxima-se um ano de fome,
salvo se algum milagre afastar o
fantasma negro que surgiu, sinis-

tro, no inverno e tomou corpo.

com a. vinda da primavera; fan-
tasma negro, sim, à seca deses-
peradora, que muita gente do
povo atribue a falta de chuvas
a perturbações atmosféricas ori-

ginadas pela deslocação de enor- –

mes massas de ar, que os gran-

des bombardeamentos fatalmente .

motivam. :

E o povo simples raciocina
sempre com uma base filosófica
que é digna de estudo e de pon-
deração.

Madeirã! 10

Há algum tempo que esta
freguesia se encontra sem pá-
roco; para resolver o assunto e
afim de organizar a côngrua,
foi nomeada uma comissão, a
qual encontrou a melhor boa
vontade do povo desta fregue-
sia, que se subscreveu com olo-
vada importância; sexalá que
da parte das entidades eclesi-
ásticas haja uma boa vontade,
nom ando imediatamente um
pároco nara esta freguesia.

C:

* Estamos numa critica situação
com a falta de água; devido à
grande estiagem as fontes estão
quási sêcas, apenas se encontra
uma a deitar pequena quantidade
do precioso líquido. Bom seria
que se fizesse provisôriamente o
aproveitamento da água do Ribei-
ro = Público, pois fica à mesma
distância da fonte antiga e sendo
a única que ainda se encontra com
água, com uma pequena despeza
evitava se esta crítica situação, ca.
nalizando a água para onde se
pudesse . aproveitar; há também
um único local para bebedouro
dos animais, e é de lamentar que
as respectivas pias sejam despeja-

das diversas vezes ao dia, indo os –

animais para beber e nada encon-
trando. ‘

Pedem se urgentemente pro-
vidências ás autoridades compe-
tentes.

C.
Madeirã, 14

Quando apanhava uma bom-
ba de foguete, esta explodiu e
esfacelou a mão direita a An
tónio Lopes, de dez anos de
idade, filho de Henrique Lopes
dos Santos e de Emilia de Je-

sus Lopes. O Sinistrado seguiu

imediatamente para o hospital
de Pedrogão Pequeno. :
: C

Caído dum eucalipto

Deu entrada na 4.º enfer-
maria C. H. dos Hlospitais da
Universidade o trabalhador
José Gil Concheira, de 28
anos. casado, natural de Alter
do Chão, que em Sernaehe do
Bomjardim caíu de um euca-

lipto que andava a derramar,

sofrendo contusões e escoria-
ções pelo corpo e fractura da
perna esquerda.

FSAn

Pedido de casamento

Pela sr.º D. Ana dos San- —

tos Almeida, de Castelo Bran-
co foi pedida em casamento,
para seu filho sr: Joaquim dos
Santos Almeida recentemente
chegado dos Açõres, aspirante
da Secção de Finanças dêste
concelho, a mão da menina
Emilia Tavares de Sousa, gen-
1il filha da Sr.º D. Otilia Ta-
vares e do Sr. José Eradique
de Sousa daquela cidade.

À NMARGEMN
DA GUERRA

O despôórto ao ser-
viço da guerra. Es-
quiadores aliados na

Cdmpanlza de Inverno

naiFrente Germânica.

Estrada da
Madeirã

«O Grupo de Amugos da Fre- —

guestia da Matuira, conjunta-
mente com a Comissão abaixo
indicada, fez distribuir larga-
mente a seguinte circular, para
a qual a “Direceão daquele
«Grupo» nos pede publicação,

ExteSnr.

Como é, pcr certo, do co-
nhecimento de V, Ex foi, em
1942, construída uma estrada
ligando a Madeirã ao Alto da

“Cava, a qual, aberta então ao

tráfego público, tem sido per-

corrida por tôda a espécie de

veiculos. ;

Esta construção foi condi-
cionada pelo produto de suúbs:
crição pública, ab.rta para tal
fim, e, dada a falta de fundos,
tornou-se necessário fazer liga-
ções provisórias entre alguns
troços já concluídos, as quasi,
embora deficientemente, têm.

servido até agora muitas pes-

soas da Madeirã e de outras-
localidades visinhas que fre-
qitentemente a percorrem.

E porque, decorridos três
anos, é urgente pôr côbro-a
esta situação provisória e se
impõe a reconstrução dêsses
troços que se deterioraram bas-
tante e, ainda, nor ser, ao mes-
s o tempo, opertuno proceder-se
a uma reparação geral mais

uma vez se ternou necessário .

apelar para a generosidade da
quêles que já antes se subscre-
veram e de quantos se encorn-
tram materiai ou espiritualmente
ligados a esta região.

Para dar vida a êste objec-
tivo o mais râpidamente possi-
vel,. está criada a Comissão
abaixo indicada que antecipada.
mente agradece a contribuição
de V. Ex.º a qual tornará reali-
dade a aspiráção formuláda. –

António Lourenço Silva, Ma-
deirã;. Lourenço Antunes da

—Silva, Madeirá; [zidro Dias Gar-
cia, Madeirã; José Almeida e
. Silva, Mad.irã; Edgard Dias —
“ Garcia, Madeir:; Venâncio Men-

des Alves, Madeirã; António
Martins da Silva, Oleiros, Dr.
Albano Lourenço da Silva, Ser-
tã; Grupo does Amigos da Ma-
deirã, Lisboa; Dr. José da Sil-
va, Lisboa; Viraílio Dias Gar-
cia, Lisboa; António Mendes
Jorge, Lisboa; Acácio Barata
Ribeiro, Lisboa.
Maio de 1945.

N
— me

Necrologia.

Eim Oleiros, donde era natu-
ral, faleceu, no dia 7 do corrente
o sr. Artur Maria Romão, anti-
go chefe da Secretaria da Câ-

mara daquele concelho, logar que .

exerceu de 1896 a 1939. =

O extinto, pela sua bondade
e cualidade de carácter, goZzava
de grande estima em todo-o con-
celho, motivo por que a Sua mor-
te causou proefunda impressão,
constituindo o funera! uma gran-
diosa manifestacão de pesar.

O sr. Artur Maria Romão
deixa viúva a sré D Teresa
Martins Romão, era pai do sr.
dr. EFrancisco José Romão, notá-
rio em Santa Comba Dão e das
sr.º** D. Clotilde Romão Machado
da Silveira, espôsa do sr. dr, Ar-
naldo Melo Machado da Silveira,
farmacêutico, de Viseu, D. Celes-
tina, D Arminda, D Aura, D:
Herminia, D, Gracinda e D.
Guiomar Romão e irmão do
Rev.º Cónego Augusto António
“Romão, de Oleiros, a quem apre-
sentamos as nossas sinceras con-

“dolências.

Anunciai
na «Comarca da Sertã»