A Comarca da Sertã nº435 07-04-1945

@@@ 1 @@@

 

DIRECTOR, Eulíún E FRDÉHIEÍÉRID
— Eduardo Barata da Silva Correia

A V ENCADO

-—-Rl’—.D.ªLCà.AÚ Ã ª.f’.l”rllhl:-TEt.l’l.L.ª.E”‘-

RUA SERPA. PINTO

PUBLICA-SE AO0OS SÁBGADOS

TaNo X
M. 435

Ser

LDr.

ZST UNDADORES —

— Dr jJosá Cnrloas Ehrhardt —
Angalos Henriques Vidigal
——A RItOnNio Baretée e Silva TE
Dr. José Garets Corrje e Sllv-‘.
Eduscio Barata dre Silvo Corrés

Hebdomadário regmnaltsa independento, defefisor dos mturessas ria numarnud Sarta unnnelhaad&%artà í]imrus
=== Progaça-a-Nova 6 Vila de Rei; & freguesias. de Ambndoa e Cardigos (do concelho

Lomposto é m-
présso nas
Ofiemas Grafeeas
da Ribeira de Pe-
ira, Lí:’rzrl’a:*íd &

EASTMHEIM
DE PERA

% Tualefore1ie E

| ABGBRIL
| 1845

MASSABIELLE, LUGAR DE MÁ
REPUTAÇÃO

Á ROUA ades Felites Fos-

SéeSoa, HnA das vielas minis

estreitas que rodeiam o burgo :

rochoso de Eurdes, sobe sinHoSA-

mente até desembocar na praça |

de Marcadale.

Jd era diá; entretanto, sopo

cêu de chumbo, mal se encherga-
VA q alguns passos. ma corfina

de ciura e neve envolven om

birous, fustigando-lhe 0 rosto.
Q mundo parecia vasio e mudo;
só os clarins do estwadrão de
dragões, no Castelo e n0o quar-
tel de Némonrs, anitaram esses
deserto, com 68 seus estrídulos

ainais matutínos, Embora cd em”
baixo, no vale do Gave, HÃO OH=.-
– Fesse neve, O Frro gía’:-:’í-al penco
Irava alé os ossos. Era o sopro,

gelado dos Pirenéus, esftuimados
para além das nuvens, a gélida
mensageira dos crinos nevados,
desde 6 Pic dê Midi, até qo te-

mivel Demôónio, de Vignemale,

entre q Pranca e a Espanha,
Soubirous sentiga ds Mãos
arroxceadas e dormentes, as fa
ces molhadas, 65 olhos em fogo.
CAinda asstmm, parou por nungto

— tenmpo, indeciso, anies de entrar

na padaria de Maisongrosse,
Sabia que seria inutil, Durante
o nltíimo carnaval, o padeiro

empregara-o várias reres comao

carregador, Pelo carnaval, às
comnfrarias e às corporações da-
VA as suas festas, como por
exemplo o grande, baile dos al

“faiates e das costureiras, que.
finham como padroeira de Santa :

Luzia, O baile realizarça-se no
sede do posta, e a firma Moison-
KFosse fornecera tódas ds Mmas-
sãs, desde o pão até aos sonhos e

ds finas tortas de creme. INessa

Ocdiido Sowbirous ganhara &
solrna considerável de cem soldos
e, ainda por cima, levara in

saguinhos de doces qos peguenos: –

Griando animo, entroyu mo
armaçõin, O cheiro azradável do
pão fresco . envolveico, embria-
gou o, dew-lhe pontaide de ckorar.

Nó centro da casta,ço gordo pa-.

deiro, de avental branco sobre o

VFentre enorme, dirigia o5 dois

ajudantes que, armados de pás

de falha escura, ::’esmfarnavm

o pas: E

1Do romancé «A Canção de Ber
nardetites, Franz Werfel),

0S

NÚ nº t30, dê 22 de Feves

reiro, publicámos q pris

j?resença que se

tnpõe

‘[EISEI J[il .[(llllillfltíl Jlíl Slltll’lílª dBAA ILISILIIEI

Uma entrevista com
ONTINUA sa Comarca da Sertão a

ouvir, sóbre a idéia da criação em
Lisboa da «CASAÁ DA COMARCA
DA, SERTû, alguns dos mais ilus.
tres, conhecidos e valiosos representantes

dos quatro concelhos a que a sua acção se

estende,

Assim procurámos hoje um representan-
te do coricelho de Oleiros, para nos confiar
as suas impressões, sóbre êste problema,.

‘ O dr. José da Silva, pessoa que se tem

interessado pelo pmblf:ma do Regiónalismo, .

quis escusar-se ao nosso convite, alegando

que muitas outras pessoas estavam mais in-.
. dicsdas ‘ para, em nomê de Oleiros, emitirem

opinião nêste inquérito. Mas considerando
hosso pedido como um dever e imposição
feita em nome do Regibnalismo acedeu em
nos confiar as ideias que sesuidamente re:
produzimos, ‘

‘A nossa primeira pregunta: — Como
énicara à criacão da <Casa da Comarca da
Sertãs — respondeu-nos o nosso entrevista-

“do;-—O Regionalismo é, indubitávelmente

um meio poderoso de estreitar os laços culs
turais, socials e económicos entra 03 habi-
tantes duma região, Quanto maiores e me-
lhores forem as instituições resionalistas

tanto mais ampla poderá ser à compreensão

que una 08 naturais duma circunscrição re-
sidentes dentro ou fora dela. E se êsses la-
ços forem “mais profundos maior será a
coesão: nacional. Isso nos leva a saúdar o
aparecimento de tódas as novas organiza-
zões representativas da Provincia, de cujo
trabalho esparamos algo de óútil ao desenvol-
vimento das terras e dos povos. –

A «Casa da Comarca da Sertão é ne-
cessária e indispensável,

Notando que-o nosso entreulatadú con-
cordava com a idéia em curso, oreguntamos
de novo: — E como lhe parece que se deve«
ria organizar essa <«Casa>s ?

— Fensámos que na sua base dcvenam
estar os 4 concelhos, escolhendo-se entre os
tiaturais. de cada-um;, residentes em Lisboa,
dois representantes para a Direcção. Para
início dos trabalhos julgamos necessário con-

vocar uma reúnião de naturais da Comarca,

da qual sairia a Direcção provisória, com o
encargo de elaborar estatutos e proceder à

sua aprovação pelos futuros associados e

,pe]aà autoridades. Depois… Cumprir-se-

am os estatutos.

À nová pregunta — que f’lFI’S’ pnncapms :

o sr. dr. José da Silva

deveria ter a «Caga da Comarca da Sertão ?
responden-nos proritamente: — O progresso

das terras da Comairca e o estreitamento,
cada vez maior; das relações entre 08 seus’

naturais residentes dentro ou fora da regdião,
não esquecendo a necessidade de aproxsima-
ção com todos os Portugueses, especial-
mente os que vivem em Lisboa, e que deve.
riain ser interessados pelas belezas e rique-

“zas da Comarcaá da Settã.

= Parece-lhe que a «Casa da Cormarca
da Sertãs poderá viver por si própria ou
precisaraá de auxilios estranhos ?
“ — De princípio só haverá que contar

com a eotização dos associados, mas depois –

poderiam surgir novas fontes de receita co-
mo festas na sede ou leilõê&s de produtos da
Comarca. E” nossa conviceção que melhor
Seriá áproximar a «Casa da Comarca da
Sertão da «Casa das Beirass, pois assim po-

deria ter vida mais fácil e eficiente. Na « Ca-
sa dás Beairass deveriam existir aCas.as de
Distritosa, nestas estariam abrangidas as

«Casas Comarcããs» ou até “Casas Conce-

lhias,, Assim se obteria uma hierarquia de
organismos . regionais — com ,sedes iguais
ou diferentes — visando os problemas de ca-
da concelho em especial e das Beiras em
geral. Todos unidos c interdependentes cons-
tituiriamos uma fôrça consciente e eficaz,

Em seguida levantámos a questão da
entidade que deveria tentar a úrgamzaçãu
da «Casa da Comarca da Sertãs, pois o
«Grupo de Amigos da Madeirã» se propõe
tratar dessa criação precisamente no mo-
mento em que outros nalurais da Comarca
apresentam igual idéia, já expressa em edi-
torial deste jornal. A resposta vejo pronta e
convicta : — As duas fórças podem e devem
trabalhar em comuro. E’ indispensável sobsti-

—tuir as rivalidades mesquinhas e Incompreen-

síveia, que infelizmente surgem várias vezes,
por uma ampla harmonia êntre todos. Só a
União faz a fórça e não se pense queêe e pos-

sível. realizar qualquer tarefa déste dênero –

apenas com o esfórco individual: O «Grupo
dos Amigos da Madeirão surgiu em boa
Dpurtunídade e tem vontade de trabalhar;
a experiência que a sua Direcção já possuoi
só pode ter vantazens para a tundação da
«Cisa da Comarca da Sertão.

À concluir, diga-nos: Hayerá no. seu
Concelho embiente: favorável a esta ideia?

— Não podemos iresponder -com- preeisão

absoluta pórque não temos estado em con-
tacto recente/ cóm os seus naturais. Mas é
convieção nossa que todos aceitarão com

entusiasmo a fundação da «Casa da Comar- .

ca da Sertãs, dela esperando certo progtesso
material e espiritual para a região, .

Josê Pêedro

-…a a lápis

eIFA entrevista .:i’.a série orga-
mmIAda pelo nosso estinado pd-
tritto e colaborador José Pedro,

atéria da fúndação da « Casa

da Comarca da Serlãs em Lis-
boa, Fot então ouvido 6 SE dr.
António Nunes é SIlDa, advoga-
dao na capital, coimo uma das
Pessoas que inelhor sê podia pro-

: HINCIAT SObre o dassunto e ém re-

Eresentacão aão concelho da Ser-
t,

Fala foje o nosso pregado
amigo se. ar, José da Silva,dis-
finto professor do ensino secunms.
dúrio, que José Pedro inuilto
acertadamente escolheu para re-
colra dum deportinento valioso é
de allo inferésse sob o aspecto
regtonalista porque o de. Josê
da Edrva um granae bairrista &
quete tanto a Madeira, donde é
naleral, como & mnénina dos seus
Glhas: «

baáemos que Joscª Pedro _;l:í
conseguia Eambém a entrevista,
a única que lhe faltava obler,
com tma das pessoas de maior
Felivo mássida no comncelho de
Vila – de FReiz tambérm residente
em L1sbod,

Este assunto da crínção da
úlasa da. Comarea aa serlão
HA Capital não tem merecido, de
parte dos noalurats da comarca,
interésso ou atenção diínos de
Fegisto, Pelo mmenos, até nós,:
mal tem chegado, até arora, 05
ecos ae opiniões comprovativas
de quê fão stnpálica çomo exce-
lenta idéia haja sido acolhida.
com o êntusiasmo que serfa !egi!’—
fimo esperar:

Frutuoso Piíres acaba .:;lL- se.
man!’fe:f.zr’ HNUHEA E-‘IJV’IGEII É ESFP
rFiluosa « GCaria de Lisboar dacêr-
ta de assunto de fanta magnttaos
de, a que prestou a sua melhor
atenção exactamente por esta-
tarem em jógo o5 destíinos é bom
none da sua terra, Bssa carta
vA ser publicada deniro em bre-
F2 e consStilui, Inegavelmente, Hm :
depoinento dê alla valia no de- –
bate que se Irava à volta da or.
ganisação da nossa Casa Regio-

nalista.
20

PAREGCELC no mercado lt
PPrEICO HHA NorA EAição

do «Calcanhtar do NMundos,
consagsrado romance de Vergitio
Godinho, E da Portugália Kdi-
tora, de Lisboa, e custa IBX%5O.
Os exemplares que Fecêbeinos

há dias espotardi-se AHTHAL abrir
e fechar de olhis, o que prova

(Conclui n 4º pag)

 

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ACOMITCa da-Serta

 

iPitqlumm , anlolngin

 

 

dos humoristas portugueses
: LINO FERREIRA

Nasceu em Lisboá em 26 de
Agôósta de 1894 e em Lisbos
morreu em 29 de Abril de 18:19,

Fot um dos homens de Teêeatro

mMais / actlvos, dedicando-se cspe-
clalinente uo pénero ligeiro, s&
UU CmM parceria e estreou-se. como
antor em 1907 no Teatro Princi-
pe Real, hoje Apolo, com a re-
vista eNio apertem à tarrachas,
Da sua basta obra teatral cons-
aam 06 fevistas e mais de 55 tra-
duções. Humorista de raco espí-
rito, deixou dispersa pelos * jor-
nais e revistas uma obra de gran-
de interésse. Lino Ferreira [oi
entre nós um verdadeiro cultor
da ancdota.

ACOMPANHANDO
O ENTERRO
DE UM AMIGO

Lopes—E & Isto a vida .
Sargedas =E é isto a morte |
Lopes—Tão novo!
Sargedas—LUma criança!
Lopes—Ainda me custa à erer!
Sargedas–Fareçe um sonho !
Lopes—Tão borm capaz!
Sargedas—Lros jota !
Lopes—Forte !
Sargedas —Saudável !
Lopes—Fino! :
Sargedas — Inteligente |
Lopes—Llim cavalheiro!
Sargedaás— Um «gentlemarna!
Lopes—Bom Filho !
Sargedas —Bom Fai!
Lopes—Borm amigo !
Sargvedas=—Bom camaracda !
Lupes-—Adorado por todos!
Sargedas—Até pela mulher !
Lopes—E é isto a vida!
Sargedas — E & isto à rmorte |
Lopes— Lm exermplo !
Sargedas —Lim Santo!
Lopes— lm homem excepeiona! !
Sargedas — Excepeional !
Lopes— Um cuaracter !
Sargedas—Impoltto 1
Lopes— E hoje o luto !
Sargedas—A dor!
Lopes-—E é isto a vida!
Sáargedas =E é Isto 4 morte !
L.opes—Honrado!
Sargeédas— Honesto !
Lopes—Bom pagador !
Sargedas — Generoso!
Lopes—Um simãos largas ”
Sargedas- Um srande amigo!
Lopes—(Que desgraça :
Sargedas— Que Intalidade !
Lopes—E tão novo!
Sargedas-—Uma criança”
Lopes—Fiell —
Sargedas—Dedicado !
Lopes—E lãá vai!
Sargedas—La vai élte!
Lopes—NMorto!
Sargedas=—Cadaver!
Lopes—Terra!
Sargedas—Cinza !
Lopes— Pó 1
Sargedas — E nada!
& dois amigos. calam-se por
UMm . mmumento,
Lopes—E é jsto a vida!
Sargedas—E é isto a morte!
Lopes—OQue Ele tinha um feitio
muito esquisito !
Sargedas——Muito especial ‘

s

Lopes— Lm neurasténico !
Sargedas— Lmm maniaco!
Lopes—lescontfiado!
Dargedas—Suvina |
Lopes—LUm unhas de fome !
sSargedas— Lm selvagem!
Lopes-—I3atia nos filhos. ..
Surgedas—E; nã mulher,
Lopes—Matou & pai com des-
ES –
Sargedas-—E a sogra à fome.
Lapes—lJogara,
Sargedas—E Jazia barora.
Lopes—A’parte 1sto, bom rapaz *
Sargéedas-—Dedicado 1
Lupes—Serviçal !
Sargedas-— Amigo !
Lopes—E é [sto à vida!
sargedas—E & to a morte !
Lapes—E que habilidoso!
Sargedas—(Oue artista!
lLopes—GChegou a fazer dinheiro
falso:
Sargedas-—Mas muito bem feito,
Lopes—Quando foj das partilhas
do sogro roubou os cunhados,
mMmargedas—Mas não lhe. puderam
FOÇar,
Loapes— Trabalho, bem feito,
Sargedas—Ainda lhe ficaram a
dever dinkeiro, !
Lopes— Lm canalha !
Sargedas—Catuno !
Lopes—Coitado !
Sargedas—lá pagou tudo ”
Loupes— E é isto à vida :
Sargedas—E & isto a morte!
Lopes—Yiste a viuva ?
Surgedas—[1á estava.
Lopes— Tôda de preto: :-
Sargedas—Fica-lhe bem.
Lupes—E’ bem bonita!
Sargedas— Um bom partido.
lopes—Solreu muito. : –
Sargedas —Lma minfeliz ?
Lopeslima escrava!
Sargedas— ma mártic |
Lopes — Naturalmente volta a
Casar, :

— eargedas— Dizem que ela. :

Lopes — Mãs linsuasioo.
Sargedas— Quando se fala. ..
Lopes—Ela é um-bocado presu-
inida, ;
Sargedas . – Yaldosa !
Lopes-— l eviana |
Sarszedas —Uma doida !
l.opes—YVYolta a casar.oo
Surgedas — Vambeém digo. Mais
um desecaçado L ;
Lopes—Mais uma vitima!
Sargedas—Como o primeiro ma-
rido não ençontra cla vutro.
Lopes—LPobre rapaz !
Sargedas—Fobre amigo !
entérro chega ao cemitério,
Lopes—Já cá estamos,
Sargedas— A vem o coche. s –
Lupes—Olha para aquilo.
Sargedas—O que é ?
Lopes —Sempre foi um hipócrita.
Sargedas— () que é 7
Lapes — Sempre toi um hipócrita.
Sargedas—Porque dizes 1850 7
Lopes—Repara, Em vida- sempre
– disse que era republicano e
ÉI.gUT’H— ..
Sargedas—E agora ? i
Lopes — Vem ali carregado de
coroas. E é lstó a vida.
sargedas—E & Isto à morte!

 

EGSA
Hgradccimcnto

Jerónimo da Silva e seus fi-
lhos vêm apresentar o6 seus sin-
ceros agradªcimenlaa a tódas 8s
pessoas que se dignaram acom-
panhar à última jazida sua muito
chorada mulher e mãe, Ádelina
da Conceição Costa, agradeci-
mento que tofmam jaualmente
extensivo Aquelas que se ióteres-
raram pela falecida durante o
perísodo da doença.

&h tõdas, 6 seu nprófuúdo e
inolvidável reconhecimento,

Cimo da Ribeira (Serrã), 31
de Março de 1045
— AAAA LS

Imposto de consumo
(Rrenl de água)

Durante o praxo de 3o dias,
a contar de e do corrente, esta
aberto o cofre da Tesoucaria da
Cámara Municipal dêste concelho
para o pagamento volontário da-
quêle impósto, respeitante ao s/”
trimestre do corrente ano,

Findo aquele prazo e einda
durante mais 15 dias a cobrança
far-se-á com juros de mora, re-
laxzando em seguida,

NE e U RL ec

 

 

 

EÉste número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

Estreda da al

Contintamos. hbowe 4 publicar
a Jlista dos donativos recebidos
pela Comissão de Melhoramentos
da Cava para à construção da
estrada da Cava, melhoramento
notável que principiou a exectr-
tar-se em Novembro lindo aob a
orientação daquela Comissão, que
tem trabalhado, incancâavelmente,
para o levar & éleito o mãais ráe
pidamente possível, satisfazendo,
ussim, uma das mais caras aspr-
rações da Cava e de tóda a fre-
auesia du hladeirã.

Aquela Comissão procura
correspoader à confiança que em
si depositam todos os patricios,
lutando, sem desfalecimento, pe-
los progressos da parcela da nos-
sa região, de que tiíou o home:

L
* n

Norberto Sequeira, S0S A
rélio Antunes Barata, 2008 An-
tánio Duarte da Silva Alves, 1O0;

Mário Antório Segqueira, LO0S: ,

Libâánio da Silva Morgado, 1600h6;
Yitor das Neves, 108: Antôónio
Antunes, 20ks; Antónmio Kodri-
gues, SOS: Firtmino da Siva Lo-

‘ pes, ó0; Josê Barata Dius, 208;

Ahtónio Dias, 2008; José Lopes
Fibeiro, IÚU’à; António Roódri-
gues Lhas, 008; Armindo: Roódri-
gues. Dias, ZOs, Adelino Rodri-
ues Dias, 308; Josée’ Fernandes,
ZoO0S: , L. Mendes Barata, BOS:
João Gabrita, 204: Allredo Men-
des Jorge, 1098; Anôónimo, 10S:
Augusto A. BHarata, 508; Davie
Antunes, 206%; Francisco. Mar-
uns, 1008 Libânio Girão, 100A;
Jacinto Cromes, 1008 Anibal An-
tunes, 100A Abel Antunes, LOGAÃ:

* Maria de Jesus Lopes, 1008 Ma-

riu’ de Jesus: Deniz, / 1008: Aneó-
nio Mendes Barata, 208 António
Mateus, 57%05; Herculano. Costa,
1005; / Albano Ferreira – Couto,
100A; Ana Rosu, SS Cristins
Maria Crarganta, D António
Pereira dos. Santos, 1008: Au-
gusto Matéus, 1503 Acmindo Alb-
ves, aU0S: Gapitão Joao Rodri-
nues Carvalho, H: Hilírio / Se-
queira, 1005; Epifinio Dias NMa-
teus, ól João Antunes Caspar,
Dis: Nitor Bapusta Fibeiro Ba-
rata, OS; Francisco Barata Dias,
S0S António Mendes Barata, 205;
Albano Martins, 208: Jose Ro-
drigues da Fonseca, 2008; Esatê
vão — Feixeira, 1008, Dr2: Pedro
Pita 100

Na última lsti publicada
atribuíu-se ào se. Manuel HBarata
100A enosr: Carlos Gareias 2003,
quandudãeve ser respectivamente;
250 e pODA. :

Tl amrvemeerae a o

Vai construir-se

um edifício

BPoró a escola do Va.-
te da salega

O nosso amico sr, José An-
tunes ÁArnaro da Yárgea Fundei-
ra, Ireguesia de Pedrósão Peque-
no, tomou a iniciativa de formar
uma comissão para conseguir &
tonstrução, no VYale da Galega,
daquela freguesia, dum edificio
para à escolá primária, visto que
ela fúnciona, actualmente, numa
sala açanhada e, por conseguinte,
fara de tódas as condições higié-
nicas e pedagógicas notmais.

Além do sr. José Amrmaro fa-
zem parte da comissão os &rs,
António Antunes Fernandes Ba-
rata, do Casalinho, Manocl Fer-
nandes, do Yale da Calega e Je-
ráónimo Martins Nunes, do Cimo
daá Lomba.

Q ar, Jose Antunes Amaro:

não aprecia nem precisa de elo-
gros porque tudo quanto faz não
é para alimentar vaidades, senti-
Inento .que não possul, mas sum
para dar largas mo seu espírito
de contribuir para o bem cómum
e auxiliar dentro do poóssivel, os
infortunados da sorte,

E* isto que queremos salien-
tar, ainda “que não seja Hosso
proposito ferir a sua modéstia.

Câmara Munici-
pal dla; Sertã

Retintão ext%*aord_,!ná—
ria de I8 de Março

(Contingação)

Presente um requerimento de
António Joaquim da Silva, cása.
do, proprietário, residente no lo-
sar do Pampilhal, feeguesia – dae
Sernaçhe do Bornojardim; cómuo-
nicando: que pretende fazer o 0i
velamento da : rva de livação à
capela daquele logar e também
O [isó em caiçada à portuguesa
pára evitar à estrimíeira queo é
costume aquela via possuir, que
torna o local insalubre, cujo or-
cároento é, aprosimadamente, de
6.00000, é pedindo a comparti-
cipação da Cimara
balhos a levar a eleito, cóm a
importáncia que foc julgada pos-
Sivel e Justa, À Câmara tomoau
conhecimento e deliberou autork
7TAr O requerente a efectuar a
ubra referida, agradecendo-lhe a
sua nobre -acção no melhoramento
em causa, e compartieipar à obra
com a quiantia de 1500%00, que
será paga regularmente,

— Qutro de António Lopes,
solteiro, maioór, do Outeiro, tre-
guesia da Yárzea dos Gavaleiros,
requerendo que, por apreciação
e “deliberação camardria, deva
ser eonsiderada de interêse públi-
co a conclusão da roina embarisa-
da em Janeiro findo por . êste
municipio, situada no Pôrto do
Uuteiro e, consequentermente, ao0-
tarizados os respectlvos trabalhos
de aberfora, À Cámara tomou
conbecimento e deliberoy visto-
riar 03 traábalhos embarsados e o
rêspectivo local no próximo dia
15 do corrente, a-fim de poder

ronunciarse oportunamente sô-
rêo assunto, :

— Qutro. dos habitantes da
povoação do OQuteiro relerido
e do Duteirinho & Cabeço,
dá “ mesma Treguesta– da – “Vár-
zea dos Cavaleiros, requerendo
que esta GCiámara delibere: Que
a mina projectada pelí Júnta de
Freguesia de VYárzea dos Cavas
leiros, no sitio do Vale da Pedra,
para abastecimento de áeva às
povoações do Peéreiro e Yale do
Pereiro; prejudica / necessária-
mente ou pode prejudicar 0 cau-
dal da mina que abastece a três
povoações dos reclamantes e sua
única fonte pública ; Que à mina
tm construção, e oca combargada,
na propriedade dencrminada e Pôr-
ta do OQuteiros, 5e destina ao
abastecimento público das
MesmMmas povosções reclamantes,
em suprimento do deficientíssimo
caudal da actual; Que sejá auto-
rizado, imediatamente, por isso,
o prossesuimento dos trabalhos
émbargados. -A Cãámara tomou
conhecimento e delibercu pronuo-
clar-se na sua devida opoctunída-
da, após a vistofia supramencio-
nadas, :

— Entre outras, foram toma-
das as seguintes deliberações por
unanimidade: Oficiar aos muni-
tipios de Prosença-a-Norva « Vila
de Kei, informando-os de que a
Câámara está contando com o pã-
gamento das importâncias men-
cionadas no seu actual orçamenas
to, relativas às comparticipações
daqueles municipios para à cons-
trução da ellasa dos Migistra-
doss desta comarca, devendo pe-
dir-se que a liquidação a efectuar
0 seja êste ano e nuíoa altura tão
próxima quanto poessivel, para,
assim, se acodir à difícil situação
financeira dêste corpo administra-
tiva e lembrac-se também . que
áàquelas Ciúmaras ainda não,.com-
participaram, regulacmente, no

vencimento do csrcereito das ca-

deias comarcãs da Sertã: Promo:
vrver que os trabalhos de reparação
du edifício escolar do logarda 1*as-
Saria, desta Írepuesia, se execu-
tem durante as fêrias próximas
da Páscoa, por ser ocasião mais
apropriada ; Que em face da in-
lormação prestada pelo vereador
Lúcio, Edmundo Graça sóbre a
inexistência de bens da louca Ma-
ria José, do logar dos Carvalhas,
freguesia de Scernache do Bom-

ara os trds.

D desastea de avlação

ocorrido oróximo do
Fale do Pêretro, nês-
te concelho

O sr. vice-presidente da Gi
mara Municipal da Sertã recebeu
o seguinte honroso oficio, datado
de 24 de Marco, do sc tenente-
-«coronel — António Dias Leiteé,
Comandante da Bize Aérea 6n/º E
de Tancos!

«Ex.= Senhor, —Conhecedor.
das. homenagens que Y. Ex?*’se
dignou mandar prestar ao corpo
do mfortonado . 1:º .cabo piloto
Rodriguez, desta Base, que num
vôo de treino encontrou a morte
próximo da/Serrã, compre-me,
mMuita, reconhecido, apresentar a
NV., Ex.* os meus agradecimentos
por essas. homenagens, já que
elas, além de representarerm um
alto espirito de civismo, bem de-
notam à simpatia & O respeito
pela nossa Árma;:

Fui devidamente. mformado
do. auxíilio valicao, moral e ma-
terial, al prestados; neste meuy
agradecimento peço licença para
englobar, com tóda a minha gra-
tidão.

O Delegado de Saúde, se. dr.

Angeloa Yidigal :

O Professor Alves: Manso e

OComandante dos Bombeiros

se. Emanuel da Silvas. 7

AA m a ee

Vida religiosa

Ás cerimónias du Semana
Santa, Áleluia é de domingo de:
Fiúscoa, na Sertã, decorreramo, :
êste àno, com o afamado esplen-= :
dor, possivelmente, até com mais

brilho do que o habitual, obser:

vando-se absolouta ordem e os
malores respeito e devocão,

As procissões marcaram cómo :
manifestações de Fé de jnexce-”
divel sgrandeza, sobrelevando tô-
des a do Enterro do Senhor, que –
maravilhou pela’ solenidade ; im:-
ponente pelos mulhares de Jumes
distribuiídos em extensissimas fc
las, extraordináriamente bela é de
efeito Impressionante em todo o
seu conjunto. Se esta procissão,”
que é”de penitência, tem um
cunho acentoadammente . triste e
comorvrente, à da Eessurreição.
destaca-se pela alegria, que não.
extlue tôda a solenidade. E que :
uma tem um significado toral- .
mente oposto à ouitra, s

Era . também: curioso e digno
de admiração o espectáculo que .
ofereciam algumas jánelas, va-
randas e muros durante a passa-
gem das procissões nocturnas. de
5.º e 6 feira -Santa, com longas
e cerradas filas de-luminárias de
lindo eféito, : e ;

Os sermões de tôdas estas.
cerimónias loram prégados pelos.
srs. . P, José Baptista e Eduar-.
do E, Fernandes, respectivamen-
te, paraco é coadjutor: desta fre–
guesia,

c S ET UA aA L o am sa n o

José Nunas da Silva

ADVOCADO
Rua do Crucifixo, 31, 8 rloja
LISBOA

iardim, e bem assim à lalta de ”
Lens dos seus ascendentes, foi:
deliberado providenciar désde já
0 -8eu internameénto em estabele- :
cimento adequado, assumindo es- .
ta Câmara o cncargo das despe- :
sasz que lhe competero, iIsto é
metade (einco escudos diários)-o
segundo indicação dada pelo Di, –
rector Craral de Assistência em
seu oficio de So/12/044:

 

@@@ 1 @@@

 

ESA

J

D

A Comarcea da Serti

MEm ao ma TematmEe aa ta lA taa eeA UNm e ee RZA NE ME CRE A MEn o EE c mé RSETEs ME m mmn T MBN OSo o

( Secção Literária
Q

O amor e o tempo

Pela montanha aleantilada

O Amor, o ‘Tompo, a minha Amada
E eu, sublamos um dia.
Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indicios de cansaço;
E o Amor passava nos adiante
E com o Tempo acelarava o passo.
— « Amor! Amor, mais devagar|

É Todos os quatro, em alegre companhia,

A minha doce companheira| »

Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não póde, com certeza, caminhar.

Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,

Oride vos dirígis ? » — N’este momento,
Volta-se o Amor e diz com azedume:
— «Tende paciência, amigos meus !
Eu sempre tive êste costume

Abrem as azas trémulas ao vento…
— «Porque voais assim tão apressados ?
4 De fugir com o Tempo…

Adeus! Adeus!| >

Antônio FelJjó

::á&êê:meéârékªé—Q

Necrologia

No dia 27 do mês findo, na
casa de residência do sr. José
Ferreira Júnior, desta vila, fale-

ceu a sr.º D. Maria Carlota de

Almeida Maio Figueiredo, de

77 anos, natural da Sertã, viúva
do sr. Antônio Nunes de Fíg_ueí-
redo, senhora de primorosa

educação e dotada de excelsas
“virtudes. –

Era prima da srº D. Ema
Maio Martins Ferreira, espôsa
do sr. José Ferreira Júnior, a
quem apresentamos o0s nossos
pêsames,

O funeral, que teve grande
acompanhamento, efectuou-se
no dia imediato.

No logar do Labrunhal Fun-
deiro, freguesia e concelho de
Proença-a-Nova, faleceu, no dia
1 do corrente, o sr. fosé Mar-
fins, estimado proprietário, mui-
to considerado pelas suas qua-
lidades de carácter, de 86 anos
que deixa viúva a sr.º D. Maria

Joaquina de Jesus. Era paí dos-

srs. dr. Carlos Martins, advo-
gado nesta vila, dr. Francisco
Dias Bernardo, advogado em
Tomar, da sr.º D. María do Ro-
sário Martins, espôsa do sr.
António Martins, da Póvoa (Vár-
zea dos Cavaleiros), da sr. D.
Adelaide de Jesus Bernardo,
espôsa do sr. Joaquim Dias
Bernardo, da sr.º D. Domitila
Bernardo Marques, de Proen:
ça-a-Nova e da sr.º

sr. Joaquim Fernandes, do La-
brunhal Cimeiro, sogro da sr.º
D. Lídia de Moura Martins, da
Sertã e avô dos srs. Elias Ber-
nardo Fernandes, protessor no
Cabeçudo, das sr.º D. Alzira e
D, Edite Bernardo Marques, de
Proença-a-Nova e da menina
Maria de La Salete Moura Mar-
tins, da Sertã.

— O funeral efectuou-se no dia
imediato com grande acompa-
nhamento, nêle tomando parte,
além de muitas pessoas da vila
e freguesia de Proença-a-Nova,

. elevado número de senhoras e

cavalheiros de Sertã e Sernache

do Bomijardim. No trajecto or- É

D. Emília
de Jesus Bernardo, espôsa do

«Grupo de Amigos da
Freguesia da Madeirã»

A Direcção reiiniu-se no dia

14 de Fevereiro, pelas 21 horas,
na «Casa das Beiras>,

Estavam também presentes
os srs. Izidro Dias Garcia, te-
soureiro da Junta de Freguesia
da Madeirã e António Mendes
Jorge, sócio do «Grupo».

Em face da presença a esta
reiinião do digno consócio e te-
soureiro da Junta de Freguesia,
a sessão foi ocupada em grande
parte pela ventilação dos vários
problemas de interêsse do «Gru-
po» e da freguesia da Madeirã,

— Entre outros, tratou-se do pro-

blema de uabastecimento de
águas à Madeirã, acordando-se

em iniciar imediatamente os

respectivos trabalhos.
Exarou-se na acta um voto

de pesar pelo falecimento de

uma filha do sócio n.º 38 sr,

João Lopes Barata.

Em conseqiência de se en-
contrar hospitalizado há bas-
tante tempo o conterrâneo sf,
António Garcia, e sendo precá-
rias as suas condições mate-
riais, e tendo em vista o dispos-
to do $ único do artigo 8.º do
«Direito dos sócios» resolveu
a direcção oferecer-lhe a quan-
tia de 40$00 em dinheiro.

A seguir foi encerrada a
sessão.

António Simdes
Ferreira

== CORUCHE ===
Livraria e Papelaria

OFICINAS DE TIPOGRAFIA

E ENCADERNAÇÃO
— Representações e Conta
própria

ganizaram-se diversos turnos,
sendo a chave do caixão con-
duzida pelo sr. General Antó-
nio Gorjão Couceiro de Albu-
querque,

A tôda a família enlutada
apresentamos as nossas senti-
das condolências.

Notas…
..A lâpis

(Conclusão da 1.º página)

que aquela obra tem grandes
admiradores e merece logar hon-

roso, em tódas as bibliotecas, ao

lado dos melhores romances,

20

O «SECULO» de 30 de Mar-

– co pablica um interessantis-
simo acórdão do Tribunal Colec-
tivo do Quarto Tribunal da co-
marca de Lisboa a propósito
duma acção movida por um fa-
migerado padre chileno contra
aquêle diário, que publicamente
o acusou de graves escandalos em
Lisboa, que, a-final, foram pro-
vados.

Um dos juízes que firma o
notável acórdão é o sr. dr. Cus-
tódio de Castro, que ainda há
poucos anos serviu esta comarca,
vincando a sua personalidade de
magistrado dzgno, recto e sabe-
dor.

E por esseacórdão se demons-
tra: «E”” que a Imprensa que
exerce uma função de carácter
público»r (art. 23.º da Constiui-
ção) que tem uma lárga e pri-
macial missão educativa e. de
crientação, não pode, sob pena
de não poder atingir os seus fins,
estar dependente da mator ou

menor susceptibilidade das pes–

soas a quem se refira. Tem que
ter liberdade de expressão, em-
bora cond$icionada a uina maior
responsabilidate quando se exce-
da ou se afaste prepositada e in.
tencionalmente da sua função e
do respeito à honra e corzsz’dera-

” ção-de alguém, .».

Pena é que muitos vejam na

Imprensa apenas um azorrague

ou o espelho das suas vaídades e
não à sua verdadeira função,
que é educar e moralizar a so-
ciedade e prestigiar e enaltecer
as causas nobrus.

SIAM TVA
) W

APROXIMA -SE o
É guerra ?

é Veremos conf»rmar -se den
tro de pouco à opinião do famo-
so marechal britânico Montgo-
mery que classifica esta arran-
cada na frente ocidental, depois
de transposto o Reno, como últi-
mo round ?

Esta pitoresca designação diz
tudo, mas não nos precipitemos
porque o homem põe e Deus dis-
poe… Contudo, o recuo dos
alemães assenmelha-se a debanda-
da porque não dispõem de foórcas
nem de material para conter as

fim da

“vagas gigantescas aliadas de um
. e outro lado, nas duas princt-

pais frentes ; elas convergem só-
bre a capital gerimânica com uma
velocidade que estávamos longe
de imaginar.

0

Ú TRISTE caso do desafio
de futebol, largamente tra-

tado néste semanário, exacia-
mente por ser iriste e aborrecido
incomodou muita gente e houve
quem discordasse de darmos gua-
rida a tantas cartas sóbre o as-
sunto, achando preferível que lo-
go de princz’pio cortássemos o
mal pela raiz.. —
“São opzmoes discutíveis. A
verdade é que, por uma questão
de lialdade, que pomos acima de
quaisquer ouiras ragões, não po-

Biblioteca P()pu-
lar da Sertã

Duas pessoas amigas da ins-

trução e cultura populares tive-
ram.a gentileza de presentear a

! iblioteca com algumas obras li-
terárias, facto que registamos
com muito prazer.

Temos a notar o oferecimento
dos seguintes livros: por parte
da sr.º D, Esusta Soares Costa,
desta vila — O casamento da Fifi
Antunes, O baile dos Bastinhos,
Glória, de Armando Ferreira;
Ruinas (romance), de Helena de
Aragão; À dama das camélias,
de Alexandre Dumas (filho); Arte
de dizer mal, de Ludovina Frias
Matos; e Males de amor, de Emi-
lia de Sousa Costa ; por parte do
nosso patrício e amigo sr. Fru-

tuoso Augusto César Pires, de.

Lisboa — A. D, 2230, de Amil-
car Mascarenhas; Doa a quem
doer, de Capitão David Neto;
Almas dêste mundo (contos e no-
velas), de Bourbon e Menezes;
Poetas e Prosadores, de Ferreira
Martins ; Inferno branco (roman-
ce), de Eduardo Frias; e o Grilo
do moínho, de Ponson du Ter-
rail. :

Os nossos melhores agrade-
cimentos.

aa a o
Baile

Realizou-se no domingo de

“Páscoa, no Grémio Sertaginen-

se, promovido pela respectíva
Direcção, um baile, que decor-
reu muito animado até de ma-
drugada.

De fora, viam-se ali bastan-
tes senhoras e cavalheiros de
Pedrógão Pequeno e Sobreira
Formosa, Foi abrilhantado pelo
Quinteto Típico Sertaginense e
era excelente o serviço de bu-
fete.

= ss )

Atrazo das malas do
coreio via Tomar

No n.º 43o, de 3 de Março,
inserimos uma comunicação do
sr. Administrador Geral dos C.
T. T àcêrca da reclamação
que haviamos publicado em 19
de Agosto do ano findo sôbre os
inconvenientes resultantes do
atrazo que, por vezes, sofrem as
malas do correio que se desti-
nam à Sertã por via Lomar.

A Administração dos Cor.
reios elucidou_que os factos apon-
tados não são da sua responsabi-
lidade e que êlês se devem ao
combóio 3, por motivo de atrazo,
não .enlaçar no . Entroncarnento
com o combóio 567 no qual é
conduzida a mala destinada à
Serta. Entretanto, — acres:enta
— no intuito de obstar aos incon-
venientes citados, solicitou-se à
C. P. um pequeno retardamento
na partida do combóio 567, de
maneira a efectuar-se a néces-
sária ligação com oc ombóio 3.

“Depois dum período de notó-
ria regularidade na recepção das
malas, verificaram-se novos atra-
zos na 6.º feira e sábado (dia em
que escrevemos estas linhas) da
semana finda, motivo porque
chamamos de novo a atenção do
sr, Administrador Geral dos C.
T. T. para o assunto, visto tais
atrazos causarem, como é óbvio,
grandes prejuizos ao público.

diamos negar a publicação den-

tro de certa inedida, deixando,

por outro lado, campo aberto.

para defesa e ajuste de contas
âqueles que entendessem dever
FSaze-los.

Dirigimos o jornal, sim, mas
nem só podemos publicar o que
nos agrade !

São ossos do ofício, que os
não há sem ossos!

Obra meritória

Nas PIOTCS c1rcunstanc1as ma-

— teriais ficou há cêrca de três anos, .

uma pobre mulher da Várzea
Fundeira, fregue51a de Pedrógão

Pequeno por virtude da morte
do marido ; sem quaisquer recur-

SOS, a infeliz viuva estaria con-
denada a sossobrar à mingua,
bem como seus oito fllhos, todos
pequenitos, dos quais três surdos-
-mudos, se não lhe valessem mui-

tas almas caritativas, que pron- –

tamente se disposeram a coadju-
var o nosso amigo sr, José An-
tunes Amaro na iniciativa de
construir uma pequena casinha
porque nem sequer dispunham
de uma choupana que os abrl-
gasse da intempérie.

Trata-se de Maria de Jesus,
“viúva de José Jacinto Duarte.

AÀ casa está feita há dois anos,
mas o dinheiro recebido ainda
não chega para satisfazer a tota-
lidade dos encargos da constru-
ção. Gonta, por 1sso, o sr. José
Antunes Amaro com o auxilio

monetário de todos aquêles que,.

não tendo concorrido ainda para
esta obra de caridade, o possam
fazer, convindo que a entrega dos
óbulos se verifique o mais .de-
-pressa possível, sobretudo “por
parte das pessoas que manifesta-
ram a maior simpatia pela inicia-
tiva. Deus lhe pogará.

Até hoje foram recebidas as
seguintes importancias dos srs.
António Jacinto Duarte, 5009—55

Jaime Antunes Amaro, OOô Frane

cisco Antunes Amaro, 505 An-
tónio Antunes Amaro, õOó João
Antunes Amaro, 505; Artur Fer-
reira Vidigal, 30%; “Adelino E.

— Costa, 208; João de Bastos. 208;

Duarte dos Santos Midões, 20;550
António Antunes Amaro (Vilar),
20850; José Augusto Amaro, 153;
Júlio Vidigal Amaro, 105; Antó-
nio Nunes Amaro, 20:3 Ântónio
de Sousa, 105; J Jacmto Júnior,
105; Manoel Martins (R. da Es-
cóla Politécnica), 1008; António
Henriques Santana, 5058; João da

Cruz David e Silva, 00«55 Fran-

cisco David e Silva. 508; Eduar-
do David e Silva, 505; D: Eduar-
da David e SllVa, 50,5) Dr. An-
gelo Henriques Vldlgal -1008;
Ántónio da Costa, 408; Domin”
gos da Costa, 508; Francisco
Fernandes 405. — Soma. 1.5708:

Da sr.º D. Angela Vidigal Ma-
rinha, dois eucaliptos ; do sr. Jo-
sé Antunes Amaro, tôda a ma-
deira de pmho :

TEc Eh

AGENDA
Estiveram na Sertã, a pas-

sar a quadra festiva da Páscoa,
os srs. General Couceiro de Al-

bugquerque e espôsa, Lauriano.,’
Martins Ferreica e António Mi- –

lheiro, de Lisboa, dr. Alexandre

A. Veiga da Gama Vieira, es–
pôsa e filho, de Coimbra, Ade- :

lina Vidigal Marinha, de Lelrla
e os meninos António Joaquim

da Silva Barata, José de Almei- –

da M. Ferreira, Carlos Moura e
Luiz de Magalhães Correia, de
Coimbra, Vítor Manuel de Bas-
tos, de Tomar e D, Francelina
ga Conceição Marrafas, de Lls-

oa.

ceição Nunes,
Luiz, da Covilhã.

Telefone 2 8543

Mercearias. LISBOA

-— Vimos na Sertã os srs.-“:’
Aníbal Farinha e José da Con- .
de Lisboa José