A Comarca da Sertã nº43 10-06-1937

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EDUARDO BARATA
DA SILVA CORREA
> REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
=—— RUA SERPA PINTO – SERTÃ —
Propriodade da Emprêsa Editora d’A COMARCA DA SERTÃ (em organização)
omarca
DIRECTOR E EDITOR
da Se
AVENÇADO
Dr. José Barata Corrêa e Silva
FUNDADORES
Dr, José Carlos Ehrharat
Dr. Angelo Henriques Vidigal
-—— António Barata e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
rita
A É
Tip, Portela Feijão
COSTELO BRANCO
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a» Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação)
10
JUNHO
1987
10 de Junho de 1580 mor-
reu Luiz de Camões,
ado cantor das glórias
ias nêsse livro que encer-
a uma epopeia-os «Ly=
erro
dos muitos importan-
es assuntos debatidos na
ão do nosso Conselho
incial foi o dos salários
mos nos serviços agricolas
ndo reconhecido a inviabi-
ade de os tornar uniformes
odo o país, por serem acen-
damente heterógéneas as
ndições económicas de região
ra região, aprovou, no en-
to, a fórmula da Junta Pros
cial em que. dada a possivel
unstância de os proprietá-
esquecerem o espírito de
dariedade que deve anir to-
mília agrícola, pagando
S que não estão em har-
com as necessidades
unicas dos assalariados,
mara municipal, onvida a
“Casa do Povo da freguesia,
on na jalta dela o Delegado
le 1 N. T. por meio de pos-
Epa ara os salários
colas da dita freguesia,
de maneira a estabelecer a sua
o) al dade no concelho, com
penalidades severas para os
nsgressores,
amos perfeitamente de
cordão com esta medida, por-
RE repugna a exploração
naleiro, e ainda porque
“Sem trabalho não pode estar
aço? às leis de oferta e pro-
ES,
nossa região não se ex-
0 trabalhador rural, ao
io do que sucede nou-
do distrito; e, sendo as-
Q medida tem grande im-
cia e denota uma alta
nsão de sã moral,
o
pera MOS gosando dias
— magnificos de sol, anou-
do almejado estio,
ição das saborosissimas e
das frutas, em que co-
êm os mais variados proda-
RR solo fecnndante nos
digaliza, Os campos têm
specto alegre e encanta-
Que atraem as pessoas
: ‘s de sensações novas, de-
– s de se porem em con-
à Com a Natureza, satura-
do ramerrão dos centros
sos, onde a vida é abor-
a e incómoda por tam ar-
al que passou q ser,
Bro
À ilustração «Renascença»,
“insere, num dos seus úl-
números, um artigo em
, e Re) , e
ecem elogios aos bur=
e ka Propósito, apresenta
SO, mostrando que em
havia em
0.300 asininos.
og lar 08 burros nunca tal
4! Mas isso é o menos.
O senso é que não con-
tos! Burros há mais,
Portagal
Notas…
LUIS DE
«AMOR
Sa all sa
AO me abunda o tempo pata a elaboração
não só de desenvolvido artigo sôbre a
personalidade do nosso épico, como dum
estudo das suas obras, Quero, todavia, afirmar
que o farei muito em breve, apaixonado como
sou pelas figuras admiráveis da nossa Raça —
evidentemente que será longo e árduo o trabalho
a encetar, mas que não faremos nós, os novos,
com a nossa vontade indomável ?
As breves palavras que ídes ler, conside-
ro-as eu apenas como simples apontamentos dês-
se trabalho, e, embora a sua modéstia, nélas se
encontram todo o meu entusiásmo e amôr pelo
inigualável cantôr da nossa Raça |
+ 4
Se a nossa Pátria bendita não fôsse, logo
após a sua independência, imortalisada a golpes
de fórça e de talento, pelos feitos heroicos do
seu primeiro Rei, Luis de Camões imortalisa-la-
ía nos cânticos inspirados e admiráveis dos Lu-
zíadas !
Todo um passado glorioso da gente por-
tuguêsa surge indómito, pletórico, no poema de
Camões, mercê do seu indomável genio de ale-
vantar, até junto de nós, de geração em geração,
os Maiores d’outrora, no pintar colorido por
tôda a diversidade de emoções, na manifestação
incessante do seu talento inconfundível !
Mártir, como todos os homens de valôr,
para quem o vida não se resumia apenas no ra-
merrão diário e irritante dum materialismo obje-
cto, Luís de Camões, talvez porque muito amas-
se o Ideal e amparasse a Verdade, percorreu as
mais diversas e mais dolorosas estradas do Mar-
tírio; ninguem como êle, disputou as honras da
Fome e as garras da Miséria; os galopes desen-
freados da maldade d s inimigos; a ingratidão
dos considerados amigos e as calúnias tôrpes de
invejosos |
Ele soube, porém, enfrentar o perigo de
tôdas as tempestades da Vida, sem nunca des-
crer da Bondade Divina, nem de si próprio:—um
dia surgira no seu cérebro, em perfeita liga-
CAMÕES.
DA PATRIA NÃO MOVIDO DE PRÉMIO VIL»
Por Manuel Marques Gastão
ção com o coração, uma idéa admirável—os Lu-
ziadas! — essa idéa alimentada com forvoroso
misticismo, vinte e cinco anos de trabalhos, an-
cioso por escrever, por deixar, a nós, ás gera-
ções que se seguiram, que se seguem, a mais
valiosa, a única epopeia da nossa Raça !
E cumpriu a promessa; ou melhor, exce-
ceu até tôda a espectativa |
Schlegel na sua «História da Literatura
antiga e moderna», alirma com referência aos
Luzíadas :— «é por si só uma literatura 1n-
teira».
E” certo que os cânticos do poema não são,
para tôda a gente, de fácil assimilação e que, di-
ficuldades sem número se deparam para com-
preensão, tanto quanto possivel exacta, dos pen-
samentos do cantôr das glórias portuguêsas. Mas,
profundados com persistência de estudiosos, e
rasgadas as túnicas do seu estilo característico,
que mundos de Belêsa, de Verdade, de Luz, de
Génio, de Dôr, de Fome e de Miséria, não nos
aparecem, passo a passo, quais alvoradas riso-
nhas, radiosas ?
Que de mundos maravilhosos se não des-
cobrem, perante nós, na emoção do Poeta: nas
lágrimas do Poeta; na sua Fé vibrante e emoti-
va nos destinos da sua Pátria, que é a nossa
tambem ?
Dizem-no igual a Homero e a Virgílio; que
os poemas «lliada», «Odisseia e «Eneida» és-
tão, lado a lado, com os «Luzíadas», Ora eu, to-
dos nós portuguêses, temos dastas razões para o
considerarmos superior ás explendidas obras gre-
gas e latina, S
Homero cantou a cidade e o amôr dos seus
lilhos; depois apresenta-nos Aquiles no luctar
pela hegemonia da Pátria, Camões não viu a Pá-
tria, no particular — abrangeu-a, o seu génio,
no geral, no infinito, digamos ! No seu poema —
recordo-me vagamente de ter lido não sei onde—
Vasco da Gama não é, por assim dizer, a sua
porsonagem primordial: — sesnão parecer exas
gerada esta afirmação, e não parecerá, estou cer
(Continua na 4.º pagina)
É TERRAS DA COMARCA
CARDIGOS — Vista parcial da formosa, ridente e progressiva vila do concelho de Mação
Foi tirada do terraço da Igreja Nova, na altura de
Nela se vê parte do telhado da Igreja e a respectiva cruz; um pouco mais adiante notam
velha — hoje convertida em Misericórdia —- com a sua torr:
vê-se o gracioso largo da Praça, onde am belo marco
população de águas paras Estas ágaas foram captad
malizadas há poúco tempo, ainda para Cardigos,
saa torre, o panorama que se desenrola á vista,
inaugoradas há cinco para seis anos,
lados de Evora e Portalegre, dr.
sa
A Igreja
Lino Neto, e oatras
Tem médico, telefone, e duas carreiras de camionetas
por maito tempo.
É porque não ha de ser assim 0
Tais, ainda que se jul-
cont ário,,«
(Fotografia é elementos descritivos enviados gentilmente pelo Exm,º Sr,
é sarpreendente,
tendo o neto revestido grande solenidade com a comparência dos Exmos Pre-
personalidades em destaque.
Cardigos tem progredido maito, devido ao Estado Novo e ao earinho
diárias: ama diárna —
na o RR ndo, Falta-lhe ema ligação directa por estrada com a Ser
speramos que tado se harmonizará de forma que,
30 metros,
se a Igreja Matriz
e, Foi construída em 1525, salvo êrro. Mais para a frente,
ontenário — com o brasão da vila escalpido — abastece a
3 000 metros nos montos que se vêem a Nascente, e cax
Nova —hoje matriz — é am templo grandioso. Do Alto da
vasto e pitoresco; tanto esta, como a Igreja, foram
qe algans de seas filhos lhe dedicam,
Alterar Eden Carlos; — e oatra noctar-
tã, que esperamos se não fará esperar
sem criar sasceptibilidades, todos fiquem bem.
“ad lápis
NESTA época, um dos
maiores flagelos das
nossas terras são as môscas,
enfadonhas e irritantes, que
tudo sujam, que em tudo se
pousam, mais prejudiciais à
saúde de que os mosquitos em
Africa.
E para morder, estão por
ali! Que o digam os carecas é
os burros, que mais sofrem os
racores do antipático inses
ctol…
Na sertã, onde as estrumei-
ras abundam e a higiene é um
mito, elas pulnlam com um
desaforo inaudito. Desconhece
muita gente daqui que a me-
lhor forma de guerrear as
moscas é ter asseio nas casas
e nos quiniais, e evitar deitar
porcarias e despejar águas
para asruas, eterno vasadonro
público.
Mas essa gente, que nascem
e se criou em meios anti-hi-
giénicos, continuará habitos
ancestrais adquiridos e mor-
rerá no meio da sujidade. E
só com medidas rigorosas, de=
terminadas pela Junta de Hi-
giene e feitas cumprir pela,
Câmara, se pode pôr cobro a
muitos costumes queisó hon-
ram os abexins e pouco mais,
ap
AS oliveiras, nesta região,
encontram-se carrega-
das de flôr, e tndo leva a crer
que, se o tempo lhes continuar
propício, êste ano haverá farta
produção de azeite, que nos
últimos meses atingiu um pre-
go incomportávei, com grave
prejuiso, sobretudo, para à
economia das classes pobrês.
O precioso produto oleifi-
cante está sendo substituido
pelo óleo de amendoim, e não
resta duvida de que o uso
dêste em larga escala, num fu
turo próximo, pode compro
moter seriamente os produto»
res do nosso magnifico azeite,
que não tem rival, e tudo em
consequência da ganância dos
revendedores.
Porque o azeite passou de
género de primeira necessida-
de a artigo de nro!
EA pt
À recepção à embaixada
académica brasileira,
em Coimbra, por ocasião da
festa das «Queima das Fitas»,
constitaiu uma formidavel
apoteose, e prova bem o guan-
to são fortes os laços espiri=
tuais que unem as mocidades
de Portugal e Brasil, países
irmãos, que no Mando estão
destinados q desempenhar uma
missão altamente preponde-
rante paraa Civilização Cristã.
Engraçada e curiosíssima q
saudação que os estudantes
do grande e formoso país da
América do Sul levantaram ao
sr, governador civil de Coim-
bra: «E para o sr. governador
civil, nada? Tudo. Então cos
mo? Então como? Então co«
mo? Eº. E?. E?, Pie. Pic. Pic.
Meihá! Meihá! Meihá! Rá,
Rá. Rá. Tchim. Pim. Gover
José de Oliveira Tavares de Cardigos)
nador civil»,)
nador civil»,@@@ 1 @@@
=
Instrução
“Exames de ensino primário elementar |
– Segundo o decreto-lei n.º
27.735, de 27 de Maio último, o
exame de 4.º classe desaparece
do âmbito do ensino primário,
inda que êste ano seja permiti-
fa nas condições da legislação
actual. Foram instituídos, pelo
mesmo decreto-lei, os exames do
énsino primário elementar, que
êste ano se iniciam no dia 1 de
Julho, devendo estar concluídos
em 14 do mesmo mês, enviando
os directores dos distritos esco-
lares aos presidentes dos juris,
de 25 a 28 de Junho, as relações
dos candidatos propostos; e nos
futuros anos, iniciam-se em 15 de
Julho, devendo findar até 31 do
mesmo mês, e sendo as relações
dos candidatos remetidas aos
presidentes dos juris, de 5 a 10
de Julho, :
Os directores das escolas ofi-
ciais e os agentes do ensino par-
ticular ou doméstico, enviarão às
direcções dos distritos escolares,
de 1 a 15 de Junho, a relação dos
alunos habilitados para o exame
(segundo o modêlo nº 1, anexo
ao referido decreto-lei), acompa-
nhada das respectivas certidões
de idade, Os individuos maiores
de 18 anos que pretendam ser
admitidos a exame deverão re-
querê-lo, no mesmo praso, ao di-
rector do distrito escolar, E” de
9 anos a idade legal mínima pa-
ra a admissão ao exame do en-
sino primário elementar, referida
a 1 de Outubro do ano em que
êste [ôr requerido e em caso al-
gum dispensada. Cada júri é cons-
tituído pelo director do distrito
escolar ou por um professor seu
delegado, que será o presidente,
e por um professor das escolas
da freguesia onde os exames se
realizam, ou de escola que não
diste mais de 5 quilómetros, o
qual servirá de secretário. (Por
esta última disposição se verifi-
ca que os exames são feitos nas
sédes de freguesia).
O exame consta de provas es-
critas e orais, a realizar sempre
no mesmo dia, € inicia-se às 9
horas. Ás provas escritas cons-
tam: a) De um ditado, de 8a 10
linhas extraído do livro de leitu-
ra; b) De uma redacção, muito
simples, sôbre assunto da vida
da criança, com um mínimo de
4 linhas; c) Da resolução de 5
problemas de uso comum, cada
um dos quais não poderá envol-
ver mais de uma operação, Con-
cluídas as provas escritas, o jú-
ri eliminará os examinandos que
tiverem à nota de mau numa
prova escrita, pelo menos, e admi-
tirá à prova oral os restantes, Se-
rá dispensado da prova de ari-
tmética o aluno que tiver resol-
vido bem todos os problemas
propostos.
Será classificado de mau: a)
Com mais de 5 erros de ortogra-
Ha, a prova de ditado; b) Com
mais de 5 erros de sintaxe, a de
redacção; c) Com mais de 2 pro-
blemas errados, a de aritmética,
Por cada 4 faltas ou trocas de
acento contar-se-á um êrro, e não
deverá considerar-se solução er-
rada de um problema a evidente
deficiência de cópia ou troca de
algarismos. As provas orais cons-
tam de leitura e interpretação de
um trecho do livro do aluno e
“da resolução, no quadro preto,
de alguns problemas que não en-
volvam mais de uma operação.
E* de 15 minutos, o tempo má-
ximo destinado à prova oral de
cada examinando,
Aos alunos que no actual ano
lectivo frequentam a 4.º classe é
Pia a admissão ao exame
O ensino primário elementar re-
gulado pelo decreto aludido
o
Regentes dos postos escolares
– Fol publicada uma portaria que
organiza os exames dos regen-
tes dos pa escolares, os quais
constarão de provas de cultura,
Mais notas…a lapis
AS Relvas, freguesia da
N Ermida, há 171 habi-
tantes, dos quais só 6 sabem
lêr e escrever, e dêstes, são 3
adultos e 3 menores.
Há, por conseguinte, 96, 5º/o
de alfabetos!
Uma bonita percentagem de
gente que vive na mais crassa
ignorância, na estupidez mais
condenavel.
ne
GOM a assitência de diver-
sos funcionários supe-
riores dos Correios, Telegra-
fos e Telefones, entre os quais
o sen ilustre administrador
geral, foram iniciados na im-
portante viia de Alcobaça, em
princípios do mês passado, os
trabalhos para a construção
doseu novo edifício dos (.
Teo É ‘
O acto, como é natural, cau-
sou geral contentamento em
tôda a população, que tribu-
tou aos visitantes uma enta-
siastica e expontânea recepção,
juntando-se o pôvo no terreno
onde vai ser construído o novo
edifício; e após a sua entrega
ao empreiteiro construtor, o
presidente da câmara pegou
na picareta e inicioa os tra-
balhos, o que foi coroado por
uma enorme salva de palmas,
Alcobaça, consciente dos
seus destinos, procura engran-
decer-se e progredir, com a
convicção plena e absoluta de
que parar é morrer, e de que
as terras que nada pedem é
porque nada precisam.
rss
A actriz Ilda Stichini anun-
ciou o seu espectálo na
nossa terra para o dia 2, mas
exactamente como outros ar-
tistas têm feito, faltou, apre-
sentando um protexto, sem
fundamento, em lacónico tele-
grama. E ainda bem: porque
assim ficámos a conhecê-la, e
por outro lado, nessa noite,
qualquer motivo fortuito obs-
tou que a vila tivesse luz elé-
ctrica durante toda a noite.
Mas o seu gesto fica de re-
missa,
HO
O nosso 1.º aniversário
Os brilhantes confrades regio-
nalistas «Noticias de Mação» e
«Castanheirense», que se publi-
cam, respectivamento, em Mação
e Castanheira de Pera, tiveram a
deferência de nos endereçar Feli-
citações pe o 1.º aniversário da
fundação dêste jornal,
Retribuindo os seus amaveis
cumprimentos, agradecemos,
muito reconhecidos, tantas pro-
vas de amisade e de boa lial ca-
maradagem,
oe :
Homenagem ao sr. dr. Jaime
Lopes Dias
Subscrição para a aquisição
das insígnias da Comenda
da Ordem Mil.tar de cris
to com que o ilustre bei
rão foi agraciado pelo sr.
Ministro do Interior:
Transporte, « 400800
=—”””[D””——
provas de aptidão pdagógica,
As provas de cultura são escri-
tas e constam de um ditadn de
12 a 15 linhas, de um exercício
de redação e da resolução de 6
problema, E a priva de : pridão
constará de uma lição dad: a uma
classe durante 30 minur s. Os
exames electusm-se nas sédes
dos distritos escolares. princi-
piando no dia 14 du cerrente, às
9 horas,
Por portaria de 13 de Maio,
foi transferida para a escola de
Aldeia do Carvalho, concelho
da Covilhã, a distinta professo-
ra da Codeceira, sr.º D Maria
Herminia Louro Monteiro.
—Por portaria da mesma data,
foi transferida para a escola de
Peniche, a professora do Cabe-
incidindo sobre oa ireram
! as do
ensino primário elementar, e de
qudo, sr.” D, Laura Maria,
A Comarca da Sertã
EMEA a
AGENDA:
na a a a
Encontram-se em Castelo,
o sr. forge dos Reis Paixão:
na Costa da Caparica, com
sua família, o sr. Adelino
Lourenço Farinha, do Pam-
pilhal, É
—Com pouca demora estive-
ram na Sertá o sr. Brigadeiro
Couceiro de Albuquerque é
sua Ex.”s Esposa. À
—fá retirou para Lisboa,
com sua Ex.”* Esposa e fi-
lhos, o sr. Ernesto Leitão.
— Encontra-se em Lisboa o
sr. dr. José da Silva Bartolo.
— Regressou da capital o sr.
Henrique Pires de Moura.
— Encontra-se, completamen-
te restabelecido da grave en-
fermidade que durante muito
tempo o reteve no leito, o nos-
so amigo sr. laime Mousinho
Almadanim, e reassumiu as
suas funções de fiscal do Tra-
balho, tendo sido transferido
para Coimbra, onde já se en-
contra.
—Com curta demora esteve
na Sertã e em Alvaro o sr.
Engenheiro J. Barata Corrêa,
de Faro.
— Tambem esteve na Sertã,
de visita a seu irmão o sr. dr.
Pedro de Matos Neves, Made-
moíselle Aurora de Matos Ne-
ves, do Carvoeiro.
*
Fazem anos: âmanhã, o sr.º
D. Fernanda de Cavalho Tas»
so de Figueiredo, de Lisboa;
12 os srs, dr. Bernardo Fer-
reira de Matos e Ernesto Nt-
nes Amaro, de Lisboa e a me-
nina Lídia Manso; 16, 0 sr.
Ernesto Leitão, de Lisboa.
ro
Excursão de professoras &
alunas do Liceu de D. Fe-
lipa de Lencastre, de Lisboa
quuunasa
Em direcção a Castelo Branco,
deve passar na Sertã, no próxi-
mo dia 14, uma excursão de
professoras e alunas do 5.º ano
do Liceu de D. Felipa de Len-
castre, de Lisboa,
Pouco tempo, aqui, se pode
demorar; porém, as senhoras da
nossa melhor sociedade não que-
rem deixar de lhes preparar uma
afectuosa, ainda que modesta re-
cepção, mantendo, assim, a tra-
dicional hospitalidade desta ter-
ra, que é um dos seus melhores
brazões.
tp
Festas promovidas pelo “Ser-
tanense Foot-Ball Qlab”
Esta agremiação projecta le-
var a efeito, nos dias 26, 27 e 28
do corrente, grandes festejos po-
pulares num dos passeios mais
pitorescos da Sertã, para o que
se constitui uma comissão de
sócios.
O programa, por absolutamen-
te inédito no nosso meio, vai
despertar a curiosidade e o entu-
siasmo gerais, havendo alguns
números de verdadeira atracção
e do maior interêsse, A” hora a
que escrevemos êle ainda não
está definitivamente traçado, mas
podemos garantir que será de
molde a satisfazer os mais exi-
gentes,
E para facilitar a vinda à Ser-
tã de muita gente que desejará
conhecê-la, e que então terá uma
boa oportunidade para apreciar
os seus encantadores pontos de
vista, e ainda a vinda dos serta-
ginenses que labutam em várias
terras do país, alvitrou a comis-
são a ideia de pedir aos conces-
sionários das carreiras de camio-
netas ligadas a esta vila, um des-
conto especial nos bilhetes,
FRANCISCO MATEUS
Solicifador Judicial
SERTA
FOOT-BALL
«H Unidos» da Sertã contra”
Povo» de Figueiró dos Vinhos
Algumas. dezenas de pessoas,
entusiastas pelo Desporto Rei, a-
dia 9 de Maio, á ridente, progres-
dos Vinhos, onde teve um ami-
gável encontro de foot-ball com
Povo», daquela vila. a
Antes da partida para além Zê-
so «bloc» registou os“mais otiSa-
por serem demasiado otimistas,
nos inibem de lhe dar publicida-
para não ser conhecida a folia de
calculo e o excesso de leitura
componentes do nosso «onze»…
O Manuel Joaquim, infatigável
dirigente do «team», e o popular
Manta, seu hábil capitão, que
Figueira da Foz, tambem nos se-
gredaram a sua opinião; anteviam,
favor da Sertã…
e três carros de praça roda-am
na melhor disposição.
á formosa vila de Figueiró, um
autêntico jardim todo flo ido e
onde se verifica que o homem
exerce uma actividade frutificado-
ra e de bom gosto. O grupo se
guiu para a Casa do Povo a fim-
de se equipar, após o que se ini-
ciou o encontro.
Logo de inicio, ntma confusão
em frente da nossa’balisa e quan-
do intercep ava o esférico para
aliviar a sua à ea, Firmino, a de-
fesa direita, marca goal contra ‘o
«team» de que faz parte. Fui uma
infelicidade que bastante preju-
dicou a moral dos seus colegas
de equipa.
Até: tinal decorreu sem .entu
siasmo de parte’a parté’e não
teve fases que nos mereçam re:
ferência especial, a não ser, que
o’ União, que mais procurava o
fisico do que à bola, saiu vence
dor do «match» par 4-0, ascor»
relativamente elevado; mas| que
não admira, pois, O nosso grupo,
teve de se defrontar com um át«
bitro incompetente e sem escrú-
pulos, o qual: indiscutivelmente,
foi o melhor jogador de Figueiró
em campo. Dois dos goals foram
marcados «off.sid», devendo, por
isso, segundo rezam as leis de
foot-ball, ser invalidados, o que
não sucedeu. Para se poder ava-
liar a imparcialidade do árbitro
basta dizer-se que, a assistência,
mesmo figueiroense, protestou ca-
lorosamente contra a sua arbitra-
gem, a qual tão flagrantemente
beneficiava o grupo visitado.
Também o nosso g upo, com
raras excepções, esteve muilissi
mo fraco, não desenvolvendo o
jógo que já temos presenciado;
atribuimos isto, em parte, ao cam-
po ser ensaibrado, o que, visto
não estarem habituados, os fazia
rolae constantemente no solo e,
ainda ao campo ser muito maior,
pois notâmos: lhe, o que êles tam
bém confessam, falta de fôlego,
No final do desafio foi servido
um lanche na Casa do Povo, o qual
deu pretexto a troca de brindes,
Renorter Ruas »
O último número de «O He.
raldo de Oleiros» inss (i1-uma no-
ticia dada do Trovi – | da Cas-
tanheira de Pêra, acê ca dó en-
contro de foo -ball que o grupo
desportivo «Os Onze Unidos a
com O g’upo daquela localidade, |
onde se diz que O primeiro se |
encontrava reforçado com quatro /
elementos de Toniar e um de Fer!
ca
«União Desportiva da Casado:
companharam o «onze» local, no
siva-e visinha vila de Figueiró
à «União Desportiva da Casa do
zere tivemos ensejo de proceder
a um inquerito acêrca do resul
tado que se i ia obter… O nos-
dos prognósticos, alguns dos quais
de… Isto por discreção eJainda, |
astronómica de que enfermam os
ainda no domingo pretérito jaliz
nhou pelo Sporting de Tomaf na
respectivamente, o resultado de
4-3 a favorde Figueiró e 2 1a
Uma magnífica camioneta da
Companhia Viação: de-Sernache
pela estrada, orlada de paisagem
verde negra do pinheiro; condus
zindo uma. parcela da vitalidade
sertaginense. Tudo ía animado-e
Chegáâmos cêrca das 17 horas
Eesufcio
No dia 18 do próximo
“mês de Junho, pelas 12 hos
ras, à porta do Tribunal Ju-
dicial désta comarca, se
há-de procedêr à almoeda,
dos: bens abaixo descritos, |
penhorades á firma comer-:
cial «Manuel O. Junior &|
Companhia, Irmãos, Limita-t
da, com sede em Vila de,
Rei, a sabôr: |
Seis bidons da ferro para |
água raz, Vão pela terceira”
vez à praça, sem valôr.
“São por êste meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à arrémata-
ção. =
Sertã, 31 de Maio de 198%
“Verifiquei — O. Juiz, d %
Substituto — O. Martins ses
O Chefe da 3.º Secção —
José’ Botelho da Silva Mourão
reira do’ Zêzere, Certamente, 04
sr; Sepol, máscara provável’de*
Lopes e subscritor da aludida nos”
tícia, pretende: exclusivamente
eencarecer o peixe», pois ela. não
corresponde à verdade, da qual
somos fervorosos adeptos; de con.
trário. seriamos nocivos à sociêr
dade. o
O «icam» da Sertã, que saiu:
vitorioso por 4-1, apareceu em”
campo com três elementos estra-.
nhos é não com cinco. Foram os,
dois extremos — Gu.lherme e Eu-.
rico—e o médio centro—Pinto;.
os dois primeiros da cidade do.
Nabão e o outro de Ferreira do.
Zêzere. »
Aqui é que reside a ve dade,
por isso não tememos controvérsia. ‘
A Sertã foi a primeira vez que
recorreu a elementos estranhos,
fê-lo porque tinha conhecimento
de que o Troviscal havia feito
outro tanto. E” mentira ? R
A que grupo pertence o Sacris=’
tão ? À que grupo pertence o Xico
Adelaide? Não pertencem ao Sport
Lisboa é Castanheira de Pêra?
Nada mais acrescentamos por
que não temos a convicção e’nós’
estames habituados somente a
abrmar aquilo que vemos é cos
nhecemos. q
1
«Grupo Desportivo da Casado
Povo» de Sernache do Bomjar>
dim, contra o «Grupo Despoitivo
da-Fábrica de Papel:da Matrenas,
(Tomar) us
Em. Sernache houve no dia O
de Maio, um encontro de foot;
ball. entre aqueles dois grupos,
no belo campo da Casa do Povo,
que terminou por uma fácil vifó:
ria do «teamo» visitante; com efei-
to, o grupo de Sernache, desfal;
cado de alguns dos seus v.elho-
res elementos, não podia opôr
resistência apreciável a um grupo
bem organizado, de explêndida
coesão, como é o de Mairena,
A rapidez do ataque, preparar
do. com optimas passagens, manr
teve a supremácia do grupo visir
tante dutante quási todo o tem
po. do. jôgo, Foi observada com
interêsse. esta competição, tanto
mais que, de parte a parte, se joy
gou com a maior corecção. a
O púbico sublinhou com entu-
siásticas palmas algumas fases
mais interessantes da luta ‘
“Achámos demasiadamente frar
co, o guarda rêdes de Sernache,
Tesminou.o desafio por 5 goals
a 2, sendo arbitrado pelo sr, Ja-
cob, de Tomar,
* ba
Entre a assistência via se o.8r.
dr.- Pedro José Bento Carneiro
Proença, ilustre Delegado do |.
N. de Trabalho e P.evicência, na
Covilhã – que foi calorosamente
saudado pelos dois «teams» an-
tes do início do desafio, t
sr. António Quimaraãis, n
dade de capitão do grupo de Ser-
nache, oferecido ao sr. dr. Proen=
tendo o
na quali-
sa um belo ramo ce fôres
fitas vermelhas e bi o UPN
que foi muito aplaudido, bi o UPN
que foi muito aplaudido,@@@ 1 @@@
E NI
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O MELHOR APARELHO DF RADIO
AGENTE NA SERTÃ
ANTONIO BARATA CORRÊA
Horário anual da carreira de Passageiros entre Figueiró dos
Vinhos 6
Coimbra
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a | aa Chega | ata
Figueiró dos Vinhos — | 6,25 | Coimbra . u | — | 16,00
Pontão . q «| 7,00 | 7,02 | Portela do Gato «| 16,25 | 16,25
Avelar «| 7,10 | 7,20 | Podentes «| 16,55 | 16,55
Ponte Espinhal «| 7,45 | 7,45 | Ponte Espinhal | 17,15 | 17,15
Podentes . «| 8,05 | 805| Avelar . «| 17,40 | 17,50
Portela do Gato |, «| 8,35 |8,35| Pontão . S ” «| 17,58 | 18,00
Coimbra. ê «|9,00| — | Figueiró dos Vinhos 11835] —
Efectuam se diáriamente excepto
aos Domingos, dias 1 de Janeiro,
25 de Dezembro.e Terça feira de Carnaval
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4800 Pontão
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assuntos — cumprindo com
toda a regularidade, as or-
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RUA SERPA PINTO
Tribunal Judicial!
“Movimento de Abril
Especial — Distribuição: 1,º)
Acção sumarissima requerida por
Antonio da Silva, v.º, prop., do
Conqueiro, Vila de Rei, contra
José; Maria Henrique e m.º”, do
mesmo logar; 19) Dita requerida
por José Bernardino Ferreira,
cas.; prop., das Pombas, contra
Manoel Antonio e m.”, prop.,
Casal da Estrada. ‘
Orfanologico — Distribuição :
Inventários por óbito de: 1) An-
tonio Martins cas., Roqueiro, Es
freitos; Maria José dos Santos
Inácio, v.º, Castelo; Manoel Lo-
jes Martins, cas, hoteleiro, Pará
Brasil), em que é inventariante
Ibino Farinha, Vale da Junça,
Varzea dos Cavaleiros; 12) Maria
de Jesus, v.º, Seixo Castelo; An-
fonio Alves, v.º prop., Sarnadas,
Marmeleiro; Manoel Francisco,
cas., jornaleiro, Troviscal; João
Mateus, cas., prop., Ermida; Joa-
uim Farinha, cas. jornaleiro,
oreira; Maria da Cruz, cas.,
dom., Pucariço, Sobreira For-
mosa; José Dias, cás., prop.,
Murteira, Proença-a-Nova; José
Ribeiro, cas., prop., Monte Fun:
deiro, S. Pedro do Esteval; Joa-
a Alves Catarino, v.”, prop,
lvito da Beira; Julia Ribeiro,
cas., dom. Forneas, Sobreira
Formosa, 7
Iê mercial — Distribuição: 1)
precatorio para arrolamen-
to extraída dos autos de falencia
requerida pela firma Brandão &
C.!, Vila Nova de Pamaiição
contra a firma A. Manso, & C.º,
com sede em Cacilhas; 8) Dita
ra afixação de editais extraída
acção sumária que a lirma
gomercial Simão, Matos Filho &
C2, Porto, move contra a socie-
dad Manuel C. Junior & C;!
rmãos), com sede em Vila-de
1/15) Dita requerida por Flo-
“miano Ferreira de M
En
e
ormosa, contra José Au-
velho e esposa, Estreito;
ita para nomeação de lou-
atos, So-|
rematação extraída dos autos de
acção comercial sumária em exe-
cação de sentença em que é exe-
quente a sociedade comercial por
cotas Magalhãis & Conde, Ld.*,
Coimbra, e executado Anibal
Deniz Carvalho, Sertã.
Civel — Distribuição: 1) Exe-
cução fiscal administrativa contra
Josefa Cardoso, v.º, Vale da Mua;
8) Carta precatória para nomea-
ção de louvados e avaliação de
bens, extraída do inventário para
separação de bens em consequen-
cia da execrção por dividas do
marido, requerido por Maria do
Patrocinio de Lima, cas,, prop.,
Bogas de Baixo; Inventario de
maiores requerido por Maria
Amélia Ferreira Vidigal e Ange-
lo Henriques Vidigal, médico
municipal, Sertã, por óbito de
José Henriques Ferreira Vidigal,
falecido no Brasil; 22) Acção de
restituição de posse por esbulho
violento, requerida por Eusebio
Fernandes e m.”!, contra Ber-
nardino Ribeiro e m.”, todos do
Carregal; 29) Acção de investi-
gação de paternidade ilegitima
requerida por Maria do Carmo,
menor, jo naleira, Chão das Ma-
cieiras, contra Maria Lucinda, v.”,
prop., e sua filha Adelaide Lux
cinda Pires e marido Antonio
Farinha, Sernache do Bomjardim.
erra
DESPEDIDA
Mano! joaquim do Vale San-
tos, partundo Amanhã para Kikwit
(Congo Belga), a bordo do
«Quanza» e receando não ter
apresentado as suas despedidas
a todas as pessoas a quem o de-
sejava lazer, fá-lo por esta for-
ma, pedindo desculpa da sua
falta, e oferece ali os seus prés-
timos.
Lisboa, 21 de Maio de 1937,
Fologtalias dos Paços do Concelho
Nesta redacção vendem-se :
Postais; cada 2850; ampliações
25 x 15 cm, 15300. Edição de
luxo a Sépia,
os & avaliação de pens e ar»
– Polo do sr, Eunlqulo de Lemos,
ANUNCIO
No dia 13 do proximo mês
de Junho, pelas 12 horas, á
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha de proce
der á arrematação dos bens
abaixo descritos, penhorados
por virtude dos autos de acção
comercial, em execução de sen
tença. em que é exequentea So
ciedade Comercial, por cotas,
com side em Coimbra. Ma-
galhães & Conde, Limitada, e
executado Anibal Deniz ( ar-
valho, casado, proprietario, da
vila da Sertã, a saber:
1º— Um olival, sito ás Fon
tainhas. limite e freguesia da
Sertã Vai pela segunda vez á
proça no valor de mil e cem
escudos —1 100800
2º— Uma terra com pinhei
ros, sita á Pedra, limite e fre
guesia da Sertã, Vai pela se
gunda vez á praça, no valor de
cento e setenta e cinco esculos
— 175800.
3º— Um olival, sito às Fon-
tainhus limite e freguesia da
Seriã Vai pela segunda vez á
praça no valor de setecentos é
cincoenta escudos. — 750400
4º— Um olival, sito às Fon
tainhas limite e freguesia da
Sertã vai pela primeira vez á
praça, no valor de mil escudos
=1 000500
5º— Uma terra de mato, pi-
nheiros e oliveiras, no sitio do
Vale dos Lobos, ou Martinais,
limite da Giesteira, preguesta
da Sertã, Vai pla segunda vez
á praça no valor de mil escu
dos = 1 000$00.
*— Um olival e pinheiros,
sito ao Gongalmogão, limite a
|
freguesia da Sertã. Vai pela
segunda vez à praça no valor
de mil e quinhentos escudos —
1,5003200,
São por este meio citados
quaisquer credores incertos para
assistirem arrematação.
Sertã, 31 de Maio de 1987,
Verihquei— O Juiz, 1º Su-
bt º,—Carlos Martins.
O Chefe da 3.º Secção, —
José Botelho da Silva Mou-
rão.
ANUNCIO
(2.º Publicação)
No dia 20 do proximo mês
de Junho, pelas 12 horas, á
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha de proce
der á arrematação dos bens a-
baixo descritos, venhorados nos
autos de execução de sentença, |
em que é ex quente Daniel Ber-
nardo de Brito, casado, pro
prietario, do Brejo Fundeiro,
treguesia de Sernache do Bom-
jardim e executados Abilio Nu
mes da Silva e esposa Carlota
Pombeiro Nunes da Silva, a-
quele residente na cidade de
Benguela (Provincia de Ango-
la), e esta residente-na cidade
de Lisboa, « saber:
1º– Uma casa, currais, casa
de desp jo e quintais com arvo-
res, no logar das Casas Cimer
ras Desrita na Conservatoria
sob o numero 24 830, Vai pela
primeira vez ú praça no valor
de seis mil escudos 6 000309.
2º-— Uma terra de cultura,
mato e pinheiros e oliveiras, si-
ta s a Ea Soutinho, limi-
te do Brejo Cimeiro, freguesia
de Sernaçhe do Eomjarelti,
j mistas ATENDE tp
45
Desciita na Conservatoria sob
o numero vinte e quatro mil oi-
tocentos trinta e um Vai pela
primeira vez á praça no valor
de mil e dusentos escudos 1 200%
São por este meio citados
quaisquer credores incertos pas
ra assistirem á arrematação, &
a cargo dos arrematantes fica-
rá o pagamento da respectiva.
siga,
Sertã, 24 de Maio de 1937:
Verifiquei: O Juiz, 1.º Su
bstº,—C, Martins !
O Chefe da 2 Secção,—
Angelo Soares Bastos
Carrejta de Camionefas
PARA my
Transporte colectivo de mercadorias
—m ENTRE
Sertã e Tomar
às 2.º, 4. e 6.º feiras:
Saída da Sertã às 8 h,; chegada à
Tomar às 11,30 h.; saída de Tomar
às 14 h.; chegada à Sertã às 16 30
Entrega e recepção de mercas
dorias nos domicílios,
Com destino a qualquer
ponto do país aluga Ca-
mionetas para trans-
norte de carga e mer»
cadorias.
As carreiras são sob a direcção
do concessionário À
João Lopes
Garage : Largo Ferreira Ribeito
SERTAÃ |
1
a
A PF OS Et
NE TER AUT e
er
ADUBOS a
Em
E
EDUBOS a
Em
E
E@@@ 1 @@@
| Carta de Coimbra
(Demorada a publicação por falta de espaço)
QUEIMA DAS FITAS
EALIZOU-SE já o sarau de despedida do 5.º ano médico no
Teatro Avenida. Intitulava-se a peça «Gota a gota… re-
ctal» e constituiu um êxito formidavel o que não admira,
pois assim acontece em tudo em que entra € eflúvio alacre da mo-
cidade académica…
“Estão já a ser fabricadas as flores com que serão adorna-
dos os carros dos futuros quintanistas, carros que, como tôda a
ente sabe, são ornamentados com as côres das respectivas facul-
des. Tôda a Coimbra anceia o dia do cortêjo, a festa dos estu-
dantes, em que tudo é alegria e fraternidade, que é tambem a fes-
ta de Coimbra. Não existem aqui aqueles ódios que separam os
homens nos desaires e desvarios da vida, irmâmente, solidária-
mente, no meio dos vapores licorosos do tradicional «espumoso>
é frequente encontrar-se, ao lado do dontor, o humilde operário,
o simples trabalhador. Então se fazem promessas, se firmam pro-
pósitos que muitas vezes veem a ser futuros benefícios sociais ..
Anciosos… juntamos aos de Coimbra a nosso anciedade por
aquele dia em que para Coimbra se deslocam tantas demoiselles
sequiosas de amor e de… noivo doutor.
$ 4 +
EXPOSIÇÃO
Nos Salões da Câmara Municipal realizou-se mais uma ex-
posição do, de Coimbra tão estimado artista, Túlio Vitorino. Foi
um êxito, Os numerosos quadros que aquele ilustre artista apre-
sentou revelam bem o impressionantismo duma região — Túlio
Vitorino é de Sernache do Bomjardim… — sintetizados num ho-
mem que é ao mesmo tempo interprete fiel e reprodutor carinho-
so. À Túlio Vitorino os nossos parabens.
+ O 9
ESPIRITO SANTO
Começou no sabado, 15, esta romaria tradicional de Coim-
bra. No domingo é o dia da visita feita pelos naturais da cidade;
durante a semana acorrem ali ranchos dos arredores, emprestando,
com seus trajes e danças características, uma policronia variegada
que se mistura, nas merendas com o verde escuro dos campos
agrestes da região de Santo Antonio dos Olivais. A chuva impor-
tuna dificulta bastante a festa, descoroçvando os tendeiros que se
veem prejudicados tanto nas suas vendas de louças regionais co-
mo nas suas. . camas!
Que o Espirito Santo lhes valha. .
O 4 9
DR. AFONSO COSTA
Causou enorme consternação a morte daquele ilustre portu-
guês que foi um mestre eminente e um financeiro de renome euro-
peu. O Dr. Salazar a êle se referiu com muito louvor e elogio.
Coimbra, onde Afonso Costa foi lente da Universidade — no tem
po o mais novo de todos — senie amargamente a sua morte, Cons-
tou pela telefonia que o seu feretro ia ser enviado á mãi-Patria
num cruzador do governo francês. Assim, Portugal recolherá, em
seu seio, os despojos de alguém que foi alguma coisa em Portugal,
A história, ao julgá-lo, saberá de pois de lhe extrair o ve
neno que a época lhe incutiu, e que lhe vinha um pouco por ata-
vismo, fazer-lhe a justiça que bem merece…
São grandes os seus defeitos, mas grandes são também as
suas qualidades, acrescendo que de desenganos e lutas é que se
ergueu o edifício social em que habitamos
Afonso Costa teve, e tem, muitos inimigos; assim acontece
com todos os que são alguma coisa mais que o vulgar ! E agora
que ele faleceu saibamos resp itar a sua memória de homem e de
português, ponde de parte os egoismos e as paixões — vendas que
cegam o homem! — e que Deus recolha a sua alma, perdoando os
seus êrros, certamente filhos da ânsia de bem servir a Pátria…
+ 9 4
Li em «A Comarca da Sertã» um artigo sôbre q estrada
Sertã — Vila de Rei firmado por Niota, pseudómino de qualquer
romântico que vive encoberto lá por trás dessas cinco Ola dtDad
letras, . Tendo desejo de tratar o mesmo assunto logo me seja
possível. Desde já posso afirmar que não concordo com a d’utri-
na exposta que segundo me parece, não só é verdadeira, como
encobre também intenções reservadas…
Veremos isso em artigo aparte.
Coimbra, 18 V-937. Francisco de Matos Gomes
DESASTRE
“No passado dia 3, ás 10 ho-
ras, seguia o Rev.” P,º Alfredo
Correia Lima, do Cabeçudo em ‘
direcção a Sernache, no seu au-!
tomovel, quando, ao entrar na
E. N., nos Faleiros, e no mo-
mento em que acabava de lazer
a curva, solreu”um choque vios
lentíssimo de uma camioneta do
sr. Constantino Xavier de Car.
valho, de Proença-a-Nova, que
seguia em direcção contrária com
um carregamento de pudra, ten-
a pêso aproximado de 10 000
qu a
O Rev: P.º Lima, felizmente,
apen:s sofreu umas ligeiras es-
coriações na órbiira esquerda,
causadas pelos óculos, mas o car-
TEATIÃO
A «tournée» Dubliis,
de Lisboa, que tinha
anunciado os seus cspe-
ctáculos para 5 « 6, no
nosso teatro. adicu-os
para os próx’ nos sábado
e domingo, 12 e 15, por
ter adoecido um dos eles
mento que a compõem.
tp
Sopa dos pobres
Com destino a esta instituição,
| enviou-nos o sr. sargento Boa-
vida a quantia de 23800, que foi
Luis de Camões
(Continuação da 1.2 pagina)
to, pois tenho a meu lado res-
peitáveis opiniões, os Luziadas,
são cantico a cântico, epopeias
numa só epopeia ! f
Poeta recheado de erudição,
conhecendo com profundeza tô-
da a Mitologia, Luís de Camões
serviu-se dela como ninguem,
no ofertar de quadros vigorosos,
nos quais se manifestam sempre
o seu génio altivo e indepen-
dente, seu amôr da Pátria, suas
âncias de libertação e admira-
ção!
Se quizermos, por exemplo,
confrontar estrofe a estrofe, os
trez referidos poemas, adyem-
nos O prazer gratíssimo de ano-
tarmos que os Luziadas são, em
muito, superiores às obras já ci-
tadas.
Senão vejamos: — por exem-
plo os episódios da Ilha dos
Amôres, o Concílio dos Deuses,
as tempestades, as batalhas, etc.,
não ultrapassam, em belêsa des-
critiva, nos quadros iluminados,
os episódios em que Homero nos
descreve a permanência de Ulis-
ses junto da ninfa Calypso, as
tempestades, os perigos, ete., no
seu poema «Odisséa» ?
O episódio de Ignez de Cas-
tro não é, acaso, por si só, um
cântico imortal, deliciosamente
belo, inigualável? E não será,
porventura, descrito com maior
emoção, belêsa, ternura, tôda a
diversidade de sentimentos, en=
fim, superior, consequentemente,
ao tambem admirável episódio
da despedida de Heitor e An-
drómaca, de Homero ?
Eu por mim, sem querer pare-
cer exageradamente patrióta, a-
cho que a resposta afirmativa
corresponde ao desejo de justi-
ficar apenas — se é possivel jus-
tificar/ — o elevado conceito em
que todos nós temos nos nossos
corações, o autor dos Luziadas |
Mas, não é só nos Luzíadas
que deparamos com o valor de
Luiz de Camões — como sone-
tista êle ainda gosa do prestígio
adquirido. E para tal bastará
lembrar a melhor definição —
que eu conheço — do sentimento
que foi na vida do caniôr moti-
vo de glória e sofrimento,
«Que dias há que na alma me tem pôsto
Um não sei quê, que nasce não sei onde;
Vem não sei como; e doi não sei por-
que!»
Os seus amôres por Catarina
de Ataíde fôram fonte límpida da
sua inspiração e então os seus
sonetos, voltas, redondilhas, são
produtos valiasíssimos de um
> ainda hoje inultrapassá-
vel,
Vítima de intrigas, naquele seu
amorável soneto «Sete anos de
partôr…» definiu bem a sua
resignação e justificação perante
os homens, mas muito mais pe-
rante êle próp io |
Tentou O teatro e deu-nos trez
peças: «Amphitriões», escrita
quando era ainda estudante;