A Comarca da Sertã nº42 03-06-1937

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omarca
alo
[EDUARDO BARATA
= DIRECTOR E EDITOR
DA SILVA CORREA

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ——
-—+ RUA SERPA PINTO — SERTÃ —
“Propriedade da Emprêsa Editora d’A COMARCA DA SERIÃ (em organização)
Ro +:
AVENÇADO
FUNDADORES
— Dr, José Carlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriques Vidigal
— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
da Sertã=
E E E – s
“ANO 1 Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, JUNHO
o Nº4 Oleiros, Proença-a» Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação ) a
‘*Notas…Vila e Concelho de Proença a Nova
=== |E===
Sd comemorações do Ano
5 XI da Revolução Nacio-
mal atingiram um brilho exr-
= traordinário e um entusiasmo
invulgar, uma fé ardente nos
— destinos da nobre Nação Por-
tuguesa, que deseja viver in-
jendente e digna, cônscia
do sen valor e confiada no
acrisolado amôr de seus filhos.
“A parada realizada na ca-
pital, no dia 28, teve impo-
cia extraordinária, consti-
indo uma grande manifesta-
patriótica; nela tomaram
parte numerosos núcleos da
«Legião» e da «Mocidade Por-
tugõesa», em número aprozi-
mado a 20.000 filiados,
O «Cortejo Folclórico» de
omingo, dia 30, em que lar-
gamente se fizeram represen-
tar todas as regiões de Por-
tugal, tiveram magnificência,
colorido e beleza inexcediveis.
Aº capital deslocaram-se
muitos milhares de pessoas de
toda a parte do país,
ro
Fo! votada há pouco tem-
: po, no parlamento, a
+ proposta de lei sobre a cons-
tração de edifícios para a ins-
talação privativa dos serviços
dos correios, telegratos e te-
lefones, e já algumas câmaras
se estão mexendo para obte-
rem, para os sedes dos res-
pectivos concelhos, uma da-
quelas construções. A de Ar-
ganil foi ama das primeiras,
se não a primeira a agir em
tal sentido, pois qne já deli-
berou solicitar, para aquela
localidade, o importante me-
lhoramento, oferecendo o ter-
reno RA esednio e algum ma-
al.
“Como do «prato à boca se
perde a sôpa» quiseram os
homens que estão à frente da
— da sua comissão administra-
| tiva prevenir-se a tempo e ho-
: ras contra uma eventualidade
que pode colher os retardatá-
rios. E fiseram bem. Só me-
recem, por isso, os maiores
louvores.
HO
FOI determinado a todas
«po, vas Câmaras municipais,
virtude de despacho minis=
al, que sejam rigorosamen-
cumpridas as disposições
portaria n.º 6,065, de 30
Março de 1929, que manda
ga a nenhum estabelecimento
enda de bebidas possa ser
dida licença de abertura
sem que o mesmo tenha sido
visforiado competentemente e
obtenha o respectivo alvará de
sanidade,
é eres
PO! elevado 3.000 o mázi-
“mo do pagamento de
váles da correio e telegráficos
io do telégrafo-postal de ã
— Sernache do Bomjardim,
erro
Câmara resolveu concor-
rer com o donativo men-
50800 para a «Sopa
O sul deste distrito está situado o conce-
lho de Proença a Nova, cujos habitantes,
de índole honesta e laboriosa, vivendo
da terra para a terra que lhe foi berço, estão de
alma e coração com o Estado Novo.
Proença o Nova-é vila muito antiga, per-
dendo-se na história a data da sua fundação, O
seu primeiro foral conhecido data de 1282.
Primitivamente chamou-se Cortiçada, no-
me que deve ter tido origem na abundância da
cortiça aqui existente ou ainda na grande quan-
tidade de cortiços (colmeias), cuja industria foi
importante, como diz P.º Alves Catarino na sua
monografia intitulada — Concelho de Proença
a Nova.
Tambem se denominou Vila Melhorada,
mas este nome não vingou,
A constituição heráldica da bandeira e ar-
mas é de recente data, pois foi elaborada pela
Associação dos Arqueologos Portuguêses, em
sessão de 22 de Maio de 1929.
. *
O concelho de Proença a Nova ocupa o
centro de uma região célebre pela quantidade e
qualidade de azeite que produz.
Este concelho, que é essencialmente agri-
cola, tem de assentar a sua estrutura económica
nos alicerces da sua agricultura.
O associativismo é neste caso indispensável
para ligar energias dispersas, as quais, conjuga-
das, consolidariam, por certo, as bases sobre que
devem erguer-se as restantes actividades econó-
micas concelhias.
E? necessário dar fim á rotina de que en-
férma ainda a actual geração por influências an-
tigas, arreigadas,
Com este fim tem de se ir junto de todos
os que labutam na agricultura, orientando os
acêrca da finalidade a atingir e transmitindo-lhes
o ânimo suficiente para vencerem.
O Estado Novo conduz as classes para os
organismos corporativos e, por isso dá toda a
assistência a qualquer iniciativa,
Em Proença a Nova já existiu Sindicato
Agrícola, mas tal organização limitou-se a vêr
os estatutos aprovados pelo respectivo ministé-
rio, motivo por que os proprietários daqui não
colheram ainda qualquer beneficio associativo.
Igual sorte teve a Caixa de Crédito Agricola.
Actualmente existe uma associação de pro-
prietários de gado bovino, que se denomina que chamou a si a bela iniciativa de pôr em prática alguns
divertimentos adequados a estes dias, sendo coadjuvada no ou-
tras entidades da terra, pode-se considerar deveras feliz pelo êxi-
to bem coroado que alcançaram todas as modalidades que fêz pôr
tica,
e” iai o seu vasto programa do seguinte: Uma hilariante
peça intitulada M.ile Buttfly organizada por um grupo de amado-
res, uma matiné masque e um corso de carros ornamentados, sen-
do distribuidos a êstes, três valiosos prémios aos três primeiros
classificados.
Tambem os indigenas da terra se fizeram representar com as
suas danças muito típicas, sendo oferecido um barril de cem litros
de vinho aos que melhor conjunto ofereceram,
Em todos os divertimentos que houve não faltou aquele bri-
lho que era necessário, no entanto temos que concordar que o que
mais se destacou, foi o belo corso, onde se viu gente de todas as
classes sociais divertirem-se duma forma digna de registo; pena
foi não haver mais abundância de serpentinas e confetis, porque
afinal o que predominou foi o arigo COLONIAL: feijão, milho
€… fuba daquela cheia do respectivo gorgulo, não faltando tam-
bem alguns engraçados com o competente saquinho de areia, ,.
Para o próximo ano compete á futura Direcção do «Lusita-
no Sport Club» chamar a si, em conjunto com outras entidades, a
organização dêstes festejos, porque afinal nem só de pão vive o
homem.
vv O +
ANGOLA JA TEM UM AVIÃO — Por iniciativa do «Aero
Club de Angola» foi aberta uma subscrição pública para a aquisi-
ção de um ou mais aviões destinados ao transporte de correio pa-
ra a Europa, com ligação com a companhia «Sabena» do Congo
Belga. Esta iniciativa lui bem acolhida por todos os colonos, pois
que num espaço de tempo relativamente pequeno os donativos ins-
critos atingiram quási uma centena de contos, Com parte deste di-
nheiro já a Direcção daquele Club adquiriu no Congo B.lga um
avião que custou 45,000 francos, estando em vias de adquirir outro,
E? de louvar o empreendimento daquela colectividade pois
que êle é de um valor incalculavel e deveras útil para todos que
nesta colonia labutam, bem assim por aquelas que estão em con-
tacto com cla, e assim, para o futuro já não sucederá o que algu-
mas vezes se constatou: receber-se de Portugal por via aeria, uma
carta que demorava quinze e vinte dias, sendo esta demora moti-
vada pela falta de transporte do Congo para esta Colónia.
+ S& 4
MAIS UM PASSO EM FRENTE — Ao lermos o jornal n.º
21 de A Comarca da Sertã, deparamos com uma localzinha on-
de nos transmitia a sensacional noticia de que este defensor da nos-
sa Santa Terra passava a ter a sua tiragem semanalmente. Lemos
a notícia com uma satisfação desusada pois que ela veio-nos de-
monstrar mais uma vez a fé inabalavel com que trabalha o seu
ilustre Director pelo engrandecimento do seu jornal — o que escu-
sado será dizer-se — que trabalha em prol de todos os povos da
comarca.
Por isso é de justiça que prestemos as mais vivas homena-
ens ao Sr, Edusrdo Barata pela forma tão brilhante como tem
eito progredir o seu jornal, cativando excepcionais simpatias em
todos aqueles que têm tido o deleite de ler todas as noticias dadas
através das suas colunas.
+ 4 4
AMERICO PARINHA PORTELA — Por motivo de saúde
da sua Excelentissima Esposa Sr. D. Aurora Pires Santana Por-
tela, seguiu para Lisboa acompanhado desta e seus filhinhos, no
pur «Colonial», este nosso presado assinante e amigo, que é
ilho da aldeia do Peso,
Uma feliz viagem e um restabelecimento muito rápido para
sua esposa, eis o que lhe desejamos,
+ O 4
Na visinha cidade de Benguela, em casa dos Snrs. Portelas,
Simões, Ld.*, onde era empregado, faleceu no dia 3 do corrente O
Snr. Adelino Martins Gomes, irmão do nosso assinante Snr. Alva-
ro Martins Gomes e filho do Sr. Joaquim Martins, de Vila de Rei,
O seu funeral, que se realizon hoje ás 15 horas, dada
a muita simpatia que distrutava naquela cidade, foi muitissimo
concorrido, Este belo or que estava na pujança da vida, foi
surpreendido por uma biliosa que infelizmente o fez retirar do
convivio dos vivos.
Ao Sr. Alvaro Martins Gomes e toda a familia enlutada,
aqui deixamos expressas as nossas sentidas condolencias.
O 4
JOÃO FARINHA LEITÃO — Como Delegado da Associa-
ção dos Agricultores de Angola, faz parte da nova Comissão Ad-
ministrativa da Filial do Grémio do Milho Colonial Português em
Luanda, este nosso patricio e considerado assinante do jornal «A
Comarca da Sertã» a quem temos a honra de felicitar, C
Dr. D. Maria Emilia Rossi TEATRO
De Vila de Rei, onde exercia | | Aguarda-se a vinda à Sertã
as lunções de notária, foi trans- | da «Tournée Dubinis», onde da-
ferida, a seu pedido, para o con | fá Os seus espectáculos, género
celho de Murça, onde já se en=, fevista, nos próximos dias 5 e 6,
contra, esta Ex,”” Senhora, filha
VENDE-SE
do sr, Augusto Rossi, chefe da
MAQUINA SINGER em
Secretaria da Câmara Municipal
da Sertã,
Muito penhorados lhe ficamos
ne RE si apresentado des- | bom estado,
as, € fazemos votos ros :
por todas as felicidades, de “to Jacinto Barata— Pedrógão
digna, Pegueno, n
aU ed)
Terras de Além-Mar
NOTAS DO MES. | [|
E a ata aa ta ta
| AGENDA |
a Poa a a a
Recentemente chegados á Me-
trópole, encontram-se: na Ser-
tã, com sua Esposa, o sr. José
Farinha Freire, vindo de Uige
(Angola) e o sr. José Marques,
empregado da Companhia do
Boror em Macase, Quelimane;
no Vergão (Proença-a-Nova),
o sr. P.º Joaquim Martins dos
Reis, digno Pároco da Sé de
Luanda. A todos desejamos
boas-vindas. –
—A bordo do «Quanza», saí-
do de Lisboa em 22 de Maio,
partiram: para Moma (Mo-
cambique), o nosso amigo sr.
Henrique Nunes, que esteve em
Amioso, durante alguns mêses,
de visita a sua Familia; para
Kikwit (Congo Belga), onde se
vai dedicar ao comércio, o nos-
so patrício sr. Manoel Joaquim
do Vale Santos, simpático fi-
lho do sr. Carlos dos Santos.
A ambos desejamos muita saú-
dee as maiores prosperidades.
—Com seu filho Arlindo,
partiu para Lisboa, a sr.“ D.
Maria dos Anjos da Graça
Craveiro, esposa do sr. Anto-
nio Craveiro.
*
— Têm estado bastante doen-
tes: o sr. Carlos da Silva Fir-
mino, ajudante do Conserva-
dor do Registo Civil, e o me-
nino Luiz, filho do sr. Anibal
Nunes Correia. Desejamos-lhes
rápido restabelecimento,
*
Fez anos, em 28, o sr. Hen-
rique Pires de Moura. Fazem
anos: em 3,a sr“ D. Manuela
Marinha Rodrigues de Aguiar,
de Lisboa e em 7, asr.º D.
Ifigénia Neves Correia e Silva.
Parabens,
erro
Informações O moficias diversas
Os criadores ou possuidores de
gado ovino devem, nos têrmos
do dec. n.º 24 206, de 21 de Ju
lho de 1924, manifestar de 1 do
corrente a 15 de Julho, perante
os regedores das respectivas fre-
guesias, as quantidades de lã que
colheram no corrente ano; os im-
pressos são fornecidos por aque-
las autoridades. A falta de de-
claração ou a falsidade desta é
punida com multa,
—Em 30 do corrente termina
o prazo para manifesto das se-
menteiras de milho de sequeiro
e de regadio, arroz e feijão e
plantação de batatas de regadio,
-—Esteve na Sertã, com pouca
demora, S. Ex.” Rev.=” o Senhor
Bispo de Portalegre.
—No dia 19 de Maio, pelo
Rev.º P; José Baptista, foi mi-
nistrada a Comunhão Pascal a
uási todos os presos da Cadeia
ivil desta comarca, acto a que
assistiram o sr. Dr. Delegado do
Ministério Público e vários ele-
mentos da Associação do Patro-
nato das Prisões,
As senhoras da Acção Católi-
ca dirigiram, nos dias anteriores,
a preparação espiritual,
No dia da cerimónia, os pre-
sos tiveram melhoria de rancho.
rea
Pelourinho de Pedrógão
Pequeno
Sabemos que o sr, João da
Cruz e Silva, residente em Lis-
boa, pedroguense muito dedica-
do à sua terra, tem empregado
os melhores esforços no sentido
de colher todos os elementos
precisos para a restauração do
pelourinho daquela vila,

Por nos ter sido pedido, de-
declaramos que o artigo «Res.
tauração do Pelourinho de Pe-
Pedrógão Pequeno», publicado
no n. 40, nos foi remetido em
Janeiro, e que só a falta de espa-
ço impediu a sua ínserção com
maior antecedência, como era
nosso desejo,
Interêsses Segionais
Os trabalhos preliniares para a constração dos puntões e
Ribeiro da Azenha, Codiceirinha e Venestal, para que o Esta
concedeu a sua compartecipação por portarias de 19 e 25.de
Março último, já principiaram ha mais d’um mês com a colabora-
ção das comissões locais que tomaram a iniciativa de tais melho-
ramentos e promoveram, á sua custa, a organização dos Projectos
respectivos assumindo a responsabilidade da sua execução, prik
Ps perante o Governo a que directamente solicitaram RusEios
e depois perante a Camara Municipal a cuja comissão administra:
tiva ele, inesperadamente, foi dado como já aqui dissemos. l
Os homens que constituem as ditas comissões merecem og
maiores louvores, bom êxito dos seus esforços é a demonstr
ção plena do muito que pode alcançar a acção particular bem gri=
entada quando posta em defesa de causas justas; e bom seria que
esta circunstância feliz, caracteristica da rasgada politica adminis-
trativa do Estado Novo, servisse de estimulo aos que ainda não
deram um passo em favor coletivo, dispondo de meios eficientes
para o fazer. a
— Na Madeirã ficaram concluídas as obras do edifício onde
estão instaladas a estação telégrafo-postal e a escola primária
masculina. : º
— Em príncipios de Maio reuniram-se, no Vilar da Amos
reira, a Junta de Freguesia e várias pessoas da Portela do Pojo,
com o fim de se constituir uma grande comissão para levar a efeh
to a construção de uma ponte sôbre o Zêzere naqueia localidade;
Depois de se proceder ao estudo e orçamento de tam importante
obra, pedir-se-á a comparticipação do Estado, E
—Pels sr. Governador Civil foi pedida ao sr. ministro das
Obras Publicas e Comunicações a compaticipação do Estado para
a realização dos seguintes melhoramentos públicos: construção de
uma ponte no ribeiro da Proia e de um caminho vicinal na fres
guesia de Sobreira Formosa; regularização e pavimentação das
ruas na freguesia do Pêso. ,
— Ultimamente tem-se procedido, com o auxílio de alguns
povos, aos trabalhos de construção de um ramal de estrada entre
os ogares de Abitureira e Cesteiro, concelho de Oleiros, y
—A população da freguesia de Cambas espera, anciosas
mente, que se iniciem os trabalhos das terraplanagens da estrada
Castelo Branco-Coimbra, na margem direita do Zêzere. n
—Consta que dentro em breve vai ser feito o estudo de
uma estrada que ligue Oleiros a Sobreira Formosa, passando pela
Isna, freguesia daquele concelho. ;
A tratar de vários assuntos de interêsse público do conçes
lho de Vila de Rei, esteve na capital o sr. José Aparício, adminis
trador do mesmo concelho.
A MINHA MÃE
Se me vês lá de cima como creio,
Ajuda-me a sêr bôa, mãe querida,
Quero seguir até ao fim da vida
O santo exemplo que de ti me veio,
s
%,
enuas*
Faz-me pensar no futuro sem receio
Faz reviver a minha fé perdida
Conforta a minha alma dolorida,
Dá-me o socego por que ha tanto anceio,
Ajuda-me a cumprir o meu dever
E por muito que tenha de sofrer,
Que seja, como tn, resignada.
E quando Deus quizer chamar-me a Si
Arranja-me um cantinho ao pé de ti
E morrerei feliz, mãe adorada!
Ana Maria
O NOSSO 1.º ANIVERSARIO
Enviaram-nos felicitações, a
propósito do 1.º aniversário da
fundação do nosso jornal, os
nossos bons amigos srs. Eugénio
A. de Carvalho Leitão, de Lis-
boa, e P,º Artur Mendes de
Moura, director do Colégio «Vaz
Serra», de Sernache do Bom-
jardim.
Muito agradecidos
Também o nosso presado co-
lego «Diário de Coimbra», se
referiu nos segrintes termos
ao aniversário dêste jornal, no
seu número de 19 de Maio:
“A Comarca da Sertãs — Pas.
sou no dia 90 1,º aniversário da
«Comarca da Sertã», que tem à
dirigilo o sr. Eduardo Barata
da Silva Corrêa, A-pesar-da sua
recente fundação, a «Comarca da
Sertã» tem desenvolvido uma
acção bairrista notavel. Sauda-
mos o nosso colega, desejando-
lhe longa e desafogada vida»,
Agradecendo a gentiliza das
suas palavras, enviamos-lhe tam-
bém cordiais felicitações pela
passagem do 7.º aniversário da
sua fundação, em 24 do mês fin-
do, fazendo votos sinceros para
Ne a sua acção con! nue trazen-
o os mais altos b ; lícios ao
regionalismo beirão,
FRANCISCO MATEUS
Solicifador Judicial
Sesta do Corpo de Deus
No domingo passado rea!izou=
se, na Igreja Matriz local, a festa
do Corpo de Deus. Constou de
missa solene, tendo ao Evangeés
lho prégado o Rev,” Pároco do
Cabeçudo; de tarde h uve ous
tro sermão prêgado pelo Rev:*
Pároco de Pedrógão Pequeno:e
€ procissão, que percorreu o ites
nerário habitual,
Menor Afogado
No dia 23 do mês tindo, Joa-
quim Nunes da Eira, de 11 q
de idade, filho de Antonio Nus
nes da Eira, da Codeceira, ao
voltar da catequese, foi tomar
banho, com outros companheiros
ao pego da Ponte das Vinhas;
tendo morrido afogado, sem que
nenhum dêles lhe tivesse podido
prestar socorro, .
Festividades Religiosas
Durante êste mês realizam-se
asseguites festividades religiosas;
No Onteiro da Lagoa, dia’6,
as, Licas; na Sertã, dia 13, a
Stº Antonio; dia 20, Coração
de Jesus; no Nesperal, dia 29,
as, Pedro,
Em todas toma parte a Filare
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EFE”
KR
|
K
QURIVESARIA E JOALHERIA
a DE wa
José Maria d’Aleobia
Sernache do B-mja dim É
Variado sortido de estojos com
pratas; Caixas de madeira e relo=
gios com aplicações de prata:
broches, aneis, brincos, pulseiras,
cruzes e alfinetes de gravata com
brilhantes; relcgios de prata aço
e niquel; relogios de parede, re-
logios de pulso para homens €
senhoras.
Absoluta seriedade em todas
as transacções.
ANÚNCIO
No dia 6 do proximo mês de Ju-
mho, pelas 12 horas à porta do
Tribunal Judicial desta comarca
se ha-de proceder á arrematação
dos prédios abaixo descritos, pe
nhorados nos autos de execução
por custas e sêlos, em que é exe
quente o Ministério Publico e exe
cutado David Antonio, viuvo, pro-
prietario, do logar da Foz da Ser
ta, freguesia de Sernache do Bom
jardim, desta comarca, a saber ;
1.º — Metade do direito ao pré-
dio de um olival com mato e pi-
mheiros, sita no logar do Salguei=
rinho, freguesia de Sernache do
Bomjardim, Vui pela primeira vês
é praça em mil escudos, 1.000500,
’20-—Metade do direito ao prédio
de um olival, no sitio da Abiceira,
limites da Faz da Sertã. Vai pela
primeira vês á praça em quarenta
— escudos, 4000,
* 3.º Metade do direito ao prédio
» de uma terra de semeadura com
oliveiras, pinheiros e mato, atra-
5 vessada por um ribeiro, sita no lo
A r da Abiceira, limite da Foz da
Berta. Vai pela primeira vês á pra-
ça no valor de setecentos e cincoen=
ta escudos, 750500.
Am Metade do direito ao prédio
de uma terra de semeadura, com
olivaras videiras e uma larangei-
ra, um sobreiro e uma casa terrea
sita na Revessa, limites da Fuz da
Sertã. Vui pela primeira vês à
praça no valôr de mil e quinhentos
escudos, 1.500500.
*6.9—Metade do direito ao prédio
do uma terra de semeadura com
quatro ol.veiras, videiras e uma
mac eira e figueiras, nos limites da
For da Sertã Vai pela primeira
8 á praça em quatrocentos escu-
08, 400500,
6,º— Metade do direito ao prédio
de uma turra de semeadura, com
três oliveiras, videiras e uma la-
a situ nos limites da Fog
da Sertã Vai pela primeira d pra-
no valor de mil e quinhentos es.
eudos, 1,0005800
7º Metade do direito ao prédio
ima casa terrea, que serve de
ga. no logar do Vals, limita da
; da Sertã, Vai pela primeira
vês á praça em sessenta é cinco
– escudos, 65500.
8º—M-tade do direto ao prédio
a Cusa de altos é baimos, que
de habitação sita no logar
Foz du Sertã, Vai pela primeis
sá praga no valor de cento é
tu escudos, 150800,
tade do direito ao prédio
de roda que serva
praça em cento e vinte escudos, 120p.
10 º— Metade do direito ao pré
dio de uma casa terrea de habita
ção, na Foz da Sertã, Vai pela
primeira vês á praça no valor de
cincoenta escudos, 50500.
11.º— Metade do direito ao prés
dio de duas casas terreas de arre-
cadação, sita na Bira dos Palhei-
ros. Vai pel: primeira vês á praça
no valôr de quarenta escudos, 40500,
12.º— Metads do direito ao prém
dio de uma casa de sobrado, de ar-
recadação, sita na Faz da Sertã.
Vai pela primeira vez á praça no
valor de noventa descudos, 90500
13.º— Metade do direito ao pré-
dio de uma terra de cultura com
oliveiras,. situ no logar do Praze-
do, limite da: Foz da Sertã, Vai
pela primeira vês á praça no valor
de oitocentos escudos, 800500,
14.º Metade do direito ao pré-
dio de uma courela de mato, óli=
veiras e punheiros, no sítio dos Ca-
valinhos, limite da Foz da Sertã,
Vai pela primeira vês à praça em
dusentos e cincoenta escudos, 2005.
15.º— Metade do direito ao pré-
dio de um olival, no logar do Pôço
Nêgro, limites da Foz da Sertã.
Vai pela primeira vês à praça no
valôr de cem escudos, 100800.
16.º— Metade do direito ao pré-
dio de um olival com pinheiros e
mato, sito no logar das Puticas, Vai
pela primeira vês á praça no valor
de quinhentos escudos, 500800.
São por êste meio citados quais-
quer credores incertos para assis=
tirem á arrematação e a cargo dos
arrematantes ficará o pagamento
da sisa respectiva,
Sertã, 10 de Maio ds 1937.
Verifiquei—O Juis 1.º Subot.—
O, Martine,
O Chefe da
Nuner,
SAPATARIA PROGRESSO
8 De é
Casimiro Farinha
mt
Fabricante de todo o género
de calçado. Exportador de calça-
do para as Colónias e das prin-
cipais Cidades do Continente
SERTÃ MS
Boca e dentes
Dão-se na Sertã consultas
desta especialidade todos os
domingos, desde as 10 horas,
na Pensão Branco, por um
médico especialista, |
Fazem-se extraeções sem
1º Secção—José
da Fos
dor, obturações, de
paralas é aomplstas, te. 7”
ANUNCIO
(1.º Publicação)
No dia, 20 do provimo mês
de Junho, pelas 12 horas, á
porta do Tribunal Judicial
desta comarca, se ha de proce-
der á arrematação dos bens a-
baixo descritos, penhorados nos
autos de execução de sentença,
em que é ex quente Daniel Ber-
nardo de Brito, casado, pro
prietario, do Brejo Fundeiro,
treguesia de Sern..che do Bom-
jardim, e executados Abilio Nu-
nes da Silva e esposa Carlota
Pombeiro Nunes da Silva, a-
quele residente na cidade de
Benguela (Provincia de, Ango-
la), e esta residente na cidade
de Lisboa, « saber:
1º— Uma casa, currais, casa
de desp jo e quintais com arvo-
res, no logar das Casas Cimei-
ras Descrita na Conservatoria
sob o numero 24 830. Vai pela
primeira vez á praça no valor
de seis mil escudos 6 000309.
2.º— Uma terra de cultura,
mato e pinheiros e oliveiras, si-
ta á Fonte do Soutinho, limi-
te do Brejo Cimeiro, freguesia
de Sernache do Bomjardim.
Descrita na Conservatoria sob
o numero vinte e quatro mil oi-
tocentos trinta e um. Vai pela
primeira vez á praça no valor
de mile dusentos escudos 1,2008
São por este meto citados
quaisquer credores incertos pa-
ra assistirem á arrematação, e
a cargo dos arrematantes fica-
rá o pagamento da respectiva
sisa
Sertã, 24 de Maio de 1987.
Verifiquei: O Juiz, 1.º Su-
bst.*,—O. Martins
O Chefe da 2, Secção, —
Angels Soares Bastos
Fotografias dos Paços do Goncelho
Nesta faia vendeme-se :
Postais; cada 2850; ampliações
25x 15 cm. 15800, Edição de
luxo a Sépia, |
Foto do sr, Eutiquio de Lemos,
|
* ANUNCIO
No dia 6 do proximo mês
de Junho, pelas 12 horas, à
porta do Tribunal Judicial
désta comarca, se ha-de pro-
cedôr à arrematação dcs
bens abaixo descritos, pe
nhorados nos autos de exe
cução por falta de pagamen
to de multa, impôsto de jus-
tiça e acréscimos legais, em
que é exequente o Ministerio
Publico e executado Adeli-
no Gomes, por alcunha “O
Rei dos Fadistas”, morador
no logar do Casal d’Ordem,
freguesia do Cabeçudo, dés-
ta comarca, a eabêr:
1º— O direito e acção a
metade de uma terra de cul
tura, com oliveiras, sita ao
Vale Cortiço. Deserita na
Conservatóriasobo n.º
26.335. Vai pela terceira vês
à praça por qualquer valôr
oferecido.
2º— O direito e acção a
metado de uma casa de re-
sidencia, com rés do chão e
primeiro andar e um pateo,
sita no Casal d’Ordem. Des-
crita na Conservatória sob
o nº 26 336, Vai pela tercei-
ra vês á praça, por qualquer
valôr oferecido
São por âàste meio citados
quaisquer crédores incértos
para assistirem á arremata-
ção, e a cargo dos arrema
tantes ficará o pagamento
da respectiva sisa,
Serta, 19 de Maio de 1937.
Verifiquei.
O Juiz, 2.º Subst.”, — Al-
bano Lourenço da Silva,
O Chefe da 1º Secção, —
José Nunes.
Tipógrafo habilitado
Que disponha de algum
capital para constituir so-
ciedade e dirigir oficinas ti-
pográficas na Sertã, preci-
sa-se,
40
Carta a esta redacção ás |
Correita de CaMiondÃas
PARA mo
Transporte colectivo de mercadorias
— wa ENTRE
sertá e Tomar
às 2.º, 4.º e 6.º feiras:
Saída da Sertã às 8 h,;; chegada a
Tomar às 14:,30 h,; saída de Tomar
às 14 h.; chegada à Sertã às 16,30
Entrega e recepção de merca-
dorias nos domicílios,
Com destino a qualquer
ponto do país aluga Ga-
mionetas para trans-
porte de carga e mer
cadorias.
As carreiras são sob a direcção
do concessionário
João Lopes
Garage: Largo Ferreira Ribeiro
SERTÃ
ANUNCIO
No dia 6 do proximo mês de
Junho, pelas 12 horas, á porta
do Tribunal Judicial désta co»
marca, se ha-de proceder á arre-
matação do prédio seguinte:
Uma casa de andar e lojas, no
logar do Vale da Mua, freguesia
do Peral, Inscrita na matriz sob
o art.º 99, e descrita na Conser-
vatória sob o n.º 26.498. Vai
pela terceira vez á praça, por
qualquer valôr oferecido.
Prédio êste penhorado nos au-
tos de execução fiscal adminis-
trativa, em que é exequente a
Camara Municipal do concelho
de Proença a Nova, e executada
Joséfa Cardoso, viuva, do logar
do Vale da Mua, freguesia do
Peral, representada por Luiz
Cardoso Malhana. São por êste
meio citados quaisquer credores
incértos para assistirem à arre-
matação, e a cargo do arrema-
tante ficará o pagamento da res-
pectíva sisa,
Sertã, 24 de Maio de 1937,
Verifiquei — O Juiz, 1.º Subs-
tituto — C. Martins, :
O Chefe da 2.º Secção — Ana
45
iniciais M. B,
gelo Soares Bastos,Soares Bastos,@@@ 1 @@@
; 8
— >A representação do concelho da
— Sertã no Cortejo Polclô-
rico de 90 de Maio
No Cortejo Folclórico realiza-
do na capital, no dia 30, como
parte do programa das festas co-
memorativas do XI aniversário
da Revolução Nacional, o con-
celho da Sertã fez-se representar
por um «Rancho da Azeitona»
composto de 19 rapazes e rapa-
rigas da Sertã, Herdade e Serra
de S. Domingos, que se apresen-
taram de rigorosa indumentária,
habitualmente usada nesta região
para a faina da apanha da azei-
tona: elas, de lenço, blusa e aven-
tal de côres garridas, saia de li-
nho ou estopa bordada, meias de
algodão e sapatos cardados; êles,
de carapuço preto, camisa clara
e colete, calça de serrobeco e sa-
pato brochado. :
Conduziam um vistoso € lin-
do pendão feito de 3 lenços de
seda, em que figuravam vários
objectos de ouro e prata de uso
pessoal e um bonito ramo de oli-
veira, de azeitonas pretas, polvi-
lhado de bolos diversos, ovos e
fitas. As moças, todas bonitas, e
os rapazes, fortes e guapos, exi-
biram suas danças e fizeram ou-
vir seus cantares no largo fron-
teiro aos Paços do Concelho na
véspera da partída, onde tambem
j foram fotografados.
E: Não faltaram, evidentemente,
E os aprestos necessários para o
serviço da apanha da azeitona:
mantas, cestas, varas, escadas,
etc. sendo alguns apetrechos con-
E duzidos num gerico conduzido
E por um moço envergando o seu
gabão de saragoça, que o abriga
do frio glacial de Dezembro, 4l-
guns rapazes conduziam os ins-
frumentos típicos usados da re-
gião, como a buzina, harmonium
e ferrinhos.
O conjunto era bisarro e de
belo efeito.
A Câmara confiou a organiza-
ção do «Rancho» ao sr. Augusto,
Rossi, chefe da Secretaria, que
nela pôs toda a sua inteligência,
arte e bom gôsto, que por diver-
sas vezes têm sido postos à pro-
* va com o êxito mais completo.
Alguns, se não todos os do
grupo, nunca tinham ido à capi-
tal, e por-isso licaram contentis-
simos por agora se lhes ter de-
parado uma ocasião tam boa pa-
ra a visitarem, donde vieram en-
cantados,
rare
ACABA de ser publicado
um decreto determinan-
do que fica nula e sem nenhum
efeito, a concessão ontcrgada
à Companhia Nacional de Via-
| ção e Electricidade para apro-
veitamento hidro-eléctrico da
energia das águas do Rio Zê-
Zere, perto do Cabril,
rose
Nova carreira de camionetas
entre Sertã e Oleiros
A Companhia de Viação de
Sernache, Ld.”, que não se pou-
pa a esforços para beneficiar o
‘ público da região e ainda aquele
que, vivendo em Lisb a, nela tem
assuntos a tratar, resolveu esta-
belecer uma carreira rápida en-
tre Lisboa e Oleiros, com uma
perda mínima de tempo para to-
os Os que a utilizam.
Essa carreira foi inaugurada
no dia 17 do mês passado, sain-
do a camioneta de Lisboa aos
deninEoo. pelas 6,30 horas; che-
ga à Sertã às 13,20 h. e a Olei-
ros às 15,15h; parte de Oleiros
às 2.º feiras, pelas 15,40 h. e
chega a Lisboa às 0,15 horas,
E” de toda a justiça que o pú-
blico corresponda a esta inicia-
tiva, que merece todos os elogios,
»
“À partir de 1 do corrente a ga-
[Eta a Ev CompadhiS em
a é na Avenida Almirante
Reis, 62:H.
o
Este numero foi visado pela
E
ATRAVEL BA COMARCA
CARDIGOS, 22 — Na passada 2,º feira, inaugurou-se
na povoação da Roda, desta freguesia um marco fontena-
rio. A assistir a esta festa, foram muitas pessoas dêsta
vila, representantes da Junta de freguesia, da Camara, pro-
fessor, medico, etc. Falou em primeiro lugar O sr. Antonio
Matias que agradeceu ao sr, Presidente da Junta aquele
belo melhoramento. Fazia-o em nome de todo o povo da
Roda e pediu que levantassem 3 vivas A Salazar, á Ca-
mara e ao sr. Presidente da Junta.
Falou depois o sr. Mario Tavares membro da Ca-
mara de Mação Felicitou o povo da Roda pelo incompa-
ravel melhoramento que acabava de inaugurar o qual se
devia apenas à grande persistencia e patriotismo do sr,
Presidente da Junta da Freguesia, sr. Alberto Tavares;
depois de elogiar o Estado Novo e o mestre que o simboli-
sa — Salazar — pediu a todos que continuassem a ser liais
e unidos para que, dessem união — a verdadeira união na»
cional — resultassem benefícios para a comunidade. |
Disse a certa altura: «Esta bica de agua, que é lim»
pida e pura, é o resultado da união de muitas pequeninas
nascentes que, gota a gota, formaram O candal bendito
que ha-de abastecer todos os lares do povo da Roda» e
mais adiante; «Esta preciosa agua representa O esforço
colectivo de todos vós, a vossa união em torno de uma
ideja . >
É Falou por ultimo o sr, Alberto Tavares, El o
Estado Novo exartando a mocidade a que se inscrevessem
na Legião Portugueza. Era a melhor forma de mostrarem
o seu reconhecimento Falou das contrariedades que toi
obrigado a vencer, elogiando a comissão de habitantes da
Roda que o auxiliou e era constituida pelos srs. Antonio
Cardoso, Antonio Matias, Joaquim Fernandes e Casimiro
Cardoso. Fe)
Por fim agradeceu a todos os bons auxílios presta-
dos, felicitando-os por verem, enfim, realisado tão grande
melhoramento. Falou ainda o sr. Luiz Mateus, professor
aposentado que lembrou a todos o dever que tinham de
serem gratos ao Estado Novo e a quem o representava,
estendendo-se em considerações sobre os «arranha-ceus»
e as grandes catedrais como Jeronimos e Batalha, para
concluir que tudo dependia de uma pequenina celula ini=
cial, quere se tratasse das necessidades aquaticas de uma
pevoação, quere de melhoramentos de maior envergadu-
ra. Depois o sr. Presidente da Junta convidou o sr. José
de Oliveira Tavares, a pessoa de maior represontação da
nossa freguesia, a cortar a «fita: da torneira. Uma grande
ovação se sucedeu, enquanto a agua corria abundante e
cristalina e o povo se expandia em vivas a Salazar, ao sr.
Presidente da Junta, 4 Familia Tavares, etc.
+ +
NESPERAL, 19 — No dia 11 veio proceder à vacina-
ção de crianças o Exm.º Sr, Dr. Gualdim, médico Munici-
pal. Este ano, talvez pêlo exemplo de algumas multas
que o ano passado foram aplicadas não faltou nenhuma
criança que estava na idade requerida. Como de costume
foi ministrada na Escola Primária.
— Tambem d’aqui foram no dia 12 com destiao a
Fátima algumas pessoas, que como sempre vieram verda-
deiramente sensibilisadas com a fé e devoção que feliz-
mente ainda existe em Portugal,
— Ha dois dias que têmos o prazer de ver a chuva
voltar para dar ás culturas o que tanto necessitam.
xalá isto anime mais os lavradores que já estavam
desolados sem esperança de recolherem nada dos seus
produtos.
— Pairou nesta região uma violenta trovoada indo
cair uma faisca na casa do sr, José Duarte, morador no
lugar da Moita, lugar pertencente a esta freguesia. Feliz-
mente, apenas se contam estrágos materiais, pois a cozi-
nha e moveis ficaram bastante danificados, não atingindo
o dono da casa e familia por não se encontrarem na refe-
rida dependencia.
O desastre deu-se cêrca das 21 horas do dia 17.
+ +
Melhoramentos locais
PEDRÓGÃO PEQUENO, 22 — Constituiu-se nesta
vila, em fins de 1936, a Comissão de Melhoramentos Pró-
Pedrógão Pequeno, a-fim-de levar a efeito vários melhos
ramentos na freouesia, sugerir outros, e pugnar pelos in-
terêsses legitimos da nossa região.
Enviou a referida Comissão, aos naturais e Amigos
desta freguesia a seguinte circular
Exmº Senhor
Sem desconhecer as dificuldades da hora presente,
nós vimos todavia confiados dírigir um apêlo á generosi-
dade de V. E,?,
Nada custa tanto como o pedir, já o notara Vieira;
se, porém, o exige o serviço de Deus, não sabemos quem
possa ficar Indiferente,
Ora trata-se do seguinte: de angariar donativos que
permitam dourar o altar-môr da igreja matriz de Pedró-
gão Pequeno, bem como os dois alteres laterais da Cape-
la de Nossa Senhora da Confiança — uma capela elegante,
na singeleza e graciosidade das suas linhas, lindamente
situada dos arrabaldes de Pedrógão e dominando as pro-
lundidades vertiginosas e pitorescas do Cabril,
piedade dos fieis não deveria consentir na pobre=
za dos templos, habitação de Deus vivo, esta pobreza tan»
tas vezes indecorosa, que é antes desmazêlo € incúria im=
perdoável.
Decididamente, o decôro da Casa de Deus deve mem
recer-nos o mais desvelaao e religioso interêsse.
E” por isso que ousamos esperar dos sentimentos re=
liglosos e cristãos de V, Ex,* se digne vir em nosso aus
xilio com a caridade do seu óbolo,
Pedrógão Pequeno, 1-X1-936,
De V. Ex,” etc,
A Comissão
Padre Sebastião Martins Alves, Padre Antonio Fer-
nandes da Silva Martins, Dr, Domingos Antonio Lopes,
Carlos Ferreira David e Joaquim Nunes Rodrigues.
* q *
Como, porém, já vieram diversas circulares devol»
vidas com notas dos correios de que não eram conheci
dos os destinatárias, por certamente não ter a Comissão
conhecimento das novas direcções, publicamos a respe-
etiva clreular e pedimos aos pedroguenses que a não re-
ceberam e queiram enviar-nos qualquer donativo, multis-
simo grata ficara a Comissão que declara não ser seu pro-
pósito excluir seja quem fôr, fazendo êste comunicado,
para conhecimento de todos, pedindo desculpa de qual=
quer omissão involuntária,
– Comissão de Censura de
Castelo Branço |
de Melhoramentos Já se subscreveram os Senho
Respondendo tê apêlo feito pela referida Comissão
res
y
(Noticiario dos nossos Correspondentes)
Manuel Ramos, de Lisboa. É pi . . 242485
Antonio Martins Vidigal Salgado, Lisboa – . 50500
José Caetano Martins Leitão, Lisboa. ê 8o$00
Engenheiro Julio Ferreira David, Lisboa. – 30800
Dr. José de Paiva Boléo, Lisboa y . 20400
José Corrêa Salgueiro, Lisboa . é y i 20800
Verissimo Duarte Xavier, Lisboa. + 59s60
Engenheiro Joaquim de Campos, Sernache. . 50800
Dr Gualdim de Matos Queirós, Sernache . E 20400
(Continua) A transportar É – 562585
> o
PROENÇA A NOVA, 16 — Realizou-se hoje a festa
ao Divino Espirito Santo, a qual foi abrilhantada por um
grupo de musicos da Filarmonica Proencense.
— Chegou a esta vila vindo do Congo Belga, 0 nos-
so patrício sr. José Martins Alves, que ha anos se encon-
trava naquela colónia. É
— Está organisada a nova comissão da Conferência
de S. Vicente de Paulo, que é composta pelos srs. Dr.
Acurcio Gil Carvalho Castanheira, José Alves Catarino,
Padre Antonio Cardoso Sequeira, José Marques, Leonel
Gonçalves Manso e Manuel Lopes Pires,
Oxalá que esta nova comissão encoutre em todos os
Pr a | q
desempenho desta caridosa missão,
—Continaam com maita actividade os trabalhos de
reparação da estrada Nacional n.º 12=1.2, os quais de=
vem ficar concluidos ainda este ano. ‘
Em virtade disso, e porque é de absoluta necessi=
dade, chamamos a atenção da Comissão Administrativa
da Câmara Manicipal, para que seja obrigado a caiação
de todos os predios e maros, situados na referida estra=
da, para assim a nossa terra dar melhor impressão aos
exeursionistas que diáriamente aqui passam.
Também á semelhança do que se tem feito noatras
terras seria conveniente que a mesma entidade man»
dasse colocar em todas as entradas da vila chapas bem
visiveis com o nome da terra.
Jalgamos até que estas chapas já-se encontram
aqai há bastanle tempo, e por descuido é que não têm
sido colocadas. é
A Rua de Nossa Senhora encontra-se em péssimo
estado, tornando-se urgente a. sua reparação, seja de
que forma for.
Sabemos que o sr. Presidente da Câmara já há
muito pensa em mandar proceder ao calcetamento desta
artéria, o que não tem feito á espera que seja conclaido
o projeto para êste trabalho, que deve ser execatado
em paralelipipedos.
No entanto assim como está é que não pode con-
tinaar.
Seria de toda a conveniência que a Câmara Mani»
cipal mandasse aqui vir um engenheiro afim de execatar
vários projetos algans de absolata necessidade para a
séde desta freguesia, tais como, calcetamento de várias
ruas e possivelmente o Largo da Devesa; Constração
de am lavadouro pablico; Abertara de uma avenida
que saindo da E. N. n.º 12-1.º iria ter ao largo da Deve-
sa, ficando assim demolida. a chama Quelha dos Abra
ços; Continuação com a estrada dos Casais até ligar es-
ta com a estrada da Moita; e construção de ama estrada
municipal para a povoação das Corgas, etc.
E” preciso pois não descurar êstes vários assantos
que são de ama importância capital para esta Iregaesia,
cuidando em geral do seu progresso e aformoseamento,
estando certos que a vontade indomavel do aetial Pre-
sidente da Câmara Manicipal tado saberá vencer.
—No proximo Domingo dia 23, realisa-se no «Salão
Teatro» do Grémio Recreativo Proencense, ama récita
promovida por um grupo de amadores de Alferrarede,
que aqui veem expressamente para esse fim.
—No proximo dia 25 realiza tambemna séde do
Gremio, ama conferência, o Exm.º Sr. Dr. Acarcio Gil
Carvalho Castanheira.
O ilustre conferente persará, sobre assantos de
Higiene, fazendo tambem um apêlo para que todos auxi=
liem a Conferência de S, Vicente de Paulo, de que é
Presidente.
—Vão já bastante adiantadas as obras de reboco
do Edificio Escolar em constração.
0 9
VILA DE REI, 26 — Vila de Rei, continaa dormin=
do o sono eterno de há dezenas de anos, no que diz res=
peito a melhoramentos. Têm sido feitas maitas promes-
sas, mas até hoje ainda se não converteram em reali-
dades. Sendo a Vila de Rei um concelho, não é de admix
tir que não tenha; água, laz, escolas e estradas neces
sárias.
As estradas do concelho estão nam estado lamen=
tavel devido á sua má, construção e conservação.
Devido á falta de vias de comanicação, o concelho
quási o está isolado do resto país; pois tem apenas 9
ou 10 K.ºs de estrada que o liga ao concelho de Abrantes.
Necessitamos de ama estrada para a séde da Co=
marca, pois o caminho existente é tortuoso e cheio de
precipicios, chegando a ser um arrôjo atravessá-lo em
noites de tempestade.
E” indispensável o empedramento da estrada para |
Amêndoa, estrada que nos liga á séde do distrito, tanto
mais que, a Rap apaga está feita há 5 ou 6 anos.
concelho é rico em azeite, madeiras e resina, e
€ com o rendimento dêstes prodatos que os habitantes do
Ash l as contribaições que
lhes são impostas.
Mas, se o concelho tivesse boas pias de comanica=
ção, os productos teriam mais saída e renderiam maito
mais pois éa falta de transporte que mais a desvaloriza.
ão tem o concelho escolas saficientes para com»
portar e POPRIAREO escolar, deixando algamas crianças
de aprender aquilo que mais necessário lhes é, e oatras
são obrigadas a percorrer grandes distâncias para irem
ás escolas das fregaesias dos concelhos limitrofes.
A maior parte das fontes são verdadeiros charcos,
em que se acamalam bixos e Insectos que podem desen=
volver epidemimias.
Um verdadeiro caos.
Dr.” D. Maria Emília Rossi
Sal no dia 22 de Maio de Vila de Rei, sendo trans=
ferida, a seu pedido, para q concelho de Marça a Sr.?
Dr.º D. Maria Emilia Rossi notária deste concelho.
A noticia de saa transferência, caus « como seria
de esperar, uma grande sarpreza, pois er. estimada e
considerada por todos os que a conheciam.
Oxalá que aindavolte para Vila de Rei
Soviadade Filarmónica Volargense
Assumia no dia 20 de Maio egênci, E
gde Flarmoniea de de ear o OR SO do De
ão afim de facilitar o
Uilae Concelho de 4
Proença a Nona
(Continuação da 1.º pagina)
sessões municipais condigna a
servir a qualquer recepção; não
tem gabinetes próprios para o
Presidente da Câmara e Admi-
nistrador do concelho e ainda
lhe faltam comodidades para os
serviços que presentemente nele
se acham instalados, assim como
não acomoda todos os serviços
publicos que era conveniente ax
comodar para bem dos contri-
buintes. oa
“Por todos estes inconventen-
tes é urgente fazer neste edifi-
cio as modificações de que ne-
cessita para poder sat sfazer ca-
balmente ás exigências dos ser-
viços públicos, tendo’ em aten-
ção o desenvolvimento sempre
crescente dos mesmos serviços.
Para as obras a realizar com
tal modificação a Camara neces-
sita de numerário que a actual
receita do Municipio não com-
porta, pelo que seria de grande
vantagem que pelo Fundo do
Desemprego fosse concedido um
subsidio destinado a este fim, |,
Desta forma remediava-se O
caso da falta de edifício capaz
de se denominar «Paço Munici-
pal» e acudia-se ás classes opes
rárias dando-lhes trabalho.
Encontrando-se arruinados os
pavimentos de algumas ruas, tor=
na-se necessário proceder á cons-
trução de novas calçadas,
O inconveniente, porem, da
falta de numerário prejudica i-
gualmente estas obras, motivo
por que o caso tem de ser estu-
dado cuidadosamente,
Uma das mais antigas aspiras
ções dos povos dêste concelho é
a construção da Estrada Nacio-
nal n.º 12-1,º na parte abrangi-
da por este concelho e pelo de
Vila Velha de Rodam.
Foram já feitos os trabalhos
de terraplanagem do 1.º lanço e
acham-se em poder da Junta Au-
tónoma de Estradas. os projes
ctos. referentes à ponte sobre a
Ocrêsa e restantes lanços; seria
da maior conveniência para q
rápida ligação de Coimbra com
o Alto Alentejo e tambem para
o desenvolvimento comercial e
industrial desta região, que tal
estrada fosse concluida, :
O concelho de Proença a Nos
va, na sua legitima ânsia de um
maior desenvolvimento, espera
que a Junta Provincial secunde
junto dos Poderes Públicos as
suas justas aspirações, entre as
quais figura a conclusão daque-
la estrada,
Alfredo Lopes Tavares
Crer
Homenagem ao sr, dr. Jaime
Lopes Dias
Subscrição para a aquisição
das insígnias da Comenda
da Ordem Militar de Cris»
to com que o ilustre bei
rão foi agraciado pelo sr.
Ministro do Interior;
« 400800
Transporte, …
Oda
Instrução
Pela: pasta da Educação Na-
cional vai ser publicado um de-
creto sobre os exames de ensinó
primário elementar, a que nos
releriremos no próximo número,
o que não fazemos hoje por fal-
ta de espaço.
*
s
Encontram-se vagas as escolas
masculina de Sernache do Bom-
jardim e mixta da Quintã.
*
A Junta de Freguesia do Car-
valhal pediu à Câmara a criação
de um posto escolar no logar do
Viseu, pedido que foi transmiti=
inistério da E, N,
do noN,
do no