A Comarca da Sertã nº422 30-12-1944
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DIRECTOR,
EDITOR E PROPRIFITIÁRIO
Eduardo Barala da Silva Correia
— REDACCIO E
ADIMENTOS
RUA SERPA PINTO
PRACAO
T SERTA.
SVENCADO
UBLICA-SE AOS SÁBADOS
FUNDADORES —
— Dr José Cnrlos Ehrhardt —
Dr. Angelo fHenriques Vidígal
— António Berate e Siiva —
Dr. José Bara’s Corrês « Silve
“Eduardo Barata da Silva Corrês
-»_.._._M
Composto e im-
présso nas
Oficinas Gráficas
da Ribeira de Pe-
2 ra, Limitada
CASTANHEIRA
DE PERA
Jelefoj 8 i6.
ANO IX |
N. 422
|| Hebdomadário regmnahs a, independente, defensor dos mteresses da comarca da Serta : snnceíhus de Serta Oleiros,
=== == Prognça-a- -Nova € Vila de Rei; & freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) ===
N o
| “DEZEMBRO –
| 1944
Notas…
EM (Bele’m, o monumento, l1-
sonjeando a paixão ar-
dente do patriotismo, é
também como que uma tnscrição
cosmopolita insculpida em honra
da humanidade, Não se mescla
ali ão pensamento cristão a ideta
sinistra das rivalidades nacio-
nais.
ÀA Batalha edificcu-se para
selenigar o triunfo passageiro
dum povo sóbre outro povo. Ale-
vantou-se, porém, o templo ma-
nuelino para eternizar a con-
quista da civilização progressiva
do Cristiantismo sóbre as civili
1ações pálidas e estacionárias |
das nacões ortentais,
E’ prec:so Sser português para
‘ro que celebrou a vitória de Al-
tubarrota. Basta ser crístão e
civilizado, para que o viajante
se enleve, não na forma Jinita e
material do monumento de Be-
lém, mas na ideia fecunida e ge-
nerosa, que tomou corpo naquéle
aadmirárel símbolo arquitetónico.
Poderia a hoste do Mestre de,’
Áviz ter deixado de investir con-
tra os cavaleiros de xC’astela, po-
deria o campo de Aljubarrota
não ter sido o teatro daquelas
Bentilezas cavalheirosas, e a hu-
inanidade – prog)edzdo a-pesar-
-TJessa lacuna nos aventureiros
fastos militares da meia idade.
Mas, se 05 mareantes do Gaina
não livessem jâmais levado ferro
do ancoradouro do Restelo, se à
tormenta os tivesse salteado e
rencito para sempre na soli-
dão dos mnares, quem sabe se
a civilização moderna não
houvera seguido ou tros ru
mos; e se aínda agora a na-
vegação e os descobrimen-
tos não iriam em meio do seu
curso !
(J. M. Latino Coelho — 1825-1891)
20
NES TA quadra festiva al-
gumas montras de esta-
belecimentos lecais en
eheram:se de brínquedos, bólos,
rvinhos do Pórto e espuinosos,
mas tudo tão caro que puucos
lhe podem chegar !.
O dinheiro que se ganha, a
maior parte das vezes à custa
dum trabalho aturado e quási
sempre mal pago, é menos que
suficiente para as despesas vul-
gares do sustento e-vestimenta da
família! Quem pode pensar em
; com o entustamo das |.
memórias portuguesas, o mostei- –
Divagac ão 1lite rár—ia
Ortega y Gasset
E’ indiscutível qua a passagem do in
signe filósofo hespanhol Ortega y Gasset
Pela Universidade “de Lisboa se tornou
acontecimento de vasta projecção no nosso
ambiente cultural, o
Estamos em frente de um extraordiná-
rio estilista, de expressão claríssima, que
usa de metáforas com grande beleza e sen- –
tido e sobretudo sabe prender a atenção do
auditório. O seu valor é universalmente re-
conhecido não só quando trata de proble-
mas filosóficos, mas também estéticos, his-
tóricos, sociológicos, etc. Ortega é um me-
tafísíco da escola alemã, que passou pelas
Universidades de Berlim, Leipzig e Mar-
burgo, detendo se mais longamente nesta
—última onde foi discípulo do célebre neo-
-Kantiano Hermann Cohen.
O pensamento germânico é no presente
norteado pela filosofia dos valores, cujos
remotos fundamentos de origem se encon-
tram na ética de Brentano.
Esta corrente adquire um florescnmen- :
to magnífico com Max Scheller e Nicolai
Hartmann. Os valores são algo que têm as
Coisas, que exerce sôbre nós uma estranha
pressão de atracção ou repulsao de estima
ou ódio. :
E’, partindo de preconceitos valorati.
vos, que se torna possível emitir juizos de
valor em relação a qualquer ou quaisquer
factos.
De início, foi Ortega um neo- Kantlano,
mas logo reagiu, chega a atitudes próprias
e cria uma filosofia original com o seu sis-
tema da «metafísica segundo a razão vital>.
A razão pura de Kant tem agora que ceder
o seu império à razão vital. Desde os pri-
mórdios da filosofia moderna assente em
moildes definitivos com Descartes, até à fe-
nomenclogia de FMusserl, tem-se sustentado
uma nova teseque corrige e rectifica o rea-
lista: é o chamado idealismo, o qual dá
prioridade ao «eu». Diametralmente opostos
situam-se os que dão prioridade às «coisas-.
Para Ortega não pode falar-se de «coi-
sas> sem «eu» e reciprocamente. O seu
ponto de vista é bem explícito na expres-
São: — <eu sou eueas minhas c«rcunstan—
cias».
Ágora o «eu» e as «coisas» estão no
mesmo pé de igualdade, e a realidade «radi-
cal» é por conseguinte o «eu e as suas cir-
cunstâncias», é viver, é actividade.
O homem não consíste primacialmente.
em «conhecer», não se podendo, como faz
o racionaálismo, definir pela sua dimensão
cognoscente. Por outro lado não se pode
partir do conhecimento como algo de natu-
ral, senão que há que explicar «porque e
e para quê» conhece o homem, :
O naturalismo do «lunático Rousseau»,
arreigado defensor da volta ao primitivisino,
em oposição aos progressos da civilização,
não é pois convincente. No homem não há
” nada humano que seja perfeitamente «natu-
ral», mas sim tudo nele há que derWa lo da
sua v1da
Esta vida não é alguma coisa de está-
tico, mas sim alguma coisa de dinâmico e
que temos de fazer.
Mas a importância da sua presença
não se reporta apenas ao facto de pessoal-
mente nos revelar a originalidade intrínseca
às suas meditações filosóficas, pois que nos
trouxe a ideia de que a metafísica não é
um sistema de conteúdo inverosímil, já mor-
ta e cujo cadáver se encontrá em adeantado
estado de decomposição, como muitos pre-
tendem, maàs sim tem uma vivência plena de
valor actual. Entre nós uma esmagadora
maioria marcha na senda traçada pelo racio-
nalismo cartesiano; admite-se a lógica e
repudia-se a metahsuca, porque esta mais
facilmente pode delirar. –
Ortega, ao contrário, opta pela metatí- –
sica e considera a lógica destituída de qual-
quer fundamento. Mas preguntar se-á : Não
pode deixar de haver antagonismo nestes
dois domínios? Eis um problema em que o
leilor pode meditar. Pela nossa parte basta
-nos um exemplo, Leibniz, que além de ló-
gico foi metafísico, para admitirmos esta
hipótese como verosímil.
JOSÉE BARATA DE ALMEIDA
comprar bugigangas e qgulosei-
-nas por preços exorbitantes ?
20
S ENTIMO – NOS satiísfeitos
“por, em virtude da gene-
rosidade de alguns ami-
gos, termos levado, nesta
quadra, um pouco de socórro a
algumas familias que por aí se
debatem na mais negra miséria,
desamparadas dos” bracos dos
chejes ou por morté ou por abso- –
luta incapocidade física de ga-
nharem o pão; é também não fó-
ram esquectdos alguns vêlhinhos,
que vivem o ano inteiro de pare-
des-meias com a fome, o frio e
a desgraça…
Já que ninguém acorreu ao
nosso apélo de oferecer, no dia
de Natal, um bom e reconfor-
tante jantar aos pobrezinhos,
$ifba-nos, ao menos, de consola-
cção o gesto expontâneo daquéles
“que, com o coração nas mãos,
resolveram repartir pelos infor-
funados um pouco do muito que
lhes sobra. Que Deus lhe pague.
.. IÉPÍS
D A «Coleccão Pequenina», à
– venda nesta “Redicção,
: constam as seguintes his-
tórias para criancinhas: His:ó-
rias maravilhosas, Teatro infan-
dotas do siô Peretra, Contos da
Tia Néné, No país da Bicharia,
O Robinson dos Ares, Aventuras
de Berimbau, ÀA guerra dos Ma-
cacos, Novas aventuras de Justo
e Justa, Tristezas e Alegrias do
sr. Zacarias, elc.
Tudo a 3io0o. Para a peliza-
da que mal comecça a ler corren-
temente, mas que de há muito
“aprecta as histórias contadas pe-
la avózinha, um livrinho daquê-
les é uma bela prenda, E apro-
veitar, que tudo se esgota num
instante/
mercado de sábado estava
de admirar por ser ante-
ím’spera ão Natal, mas tudo ca-
rtsszmo
Havia muitos cabritos e até
bastantes perús,,. de monco caí-
do, por que se pedia dinhetro
exagerado,
Tem hiavido muita abundân-
cia’º de laranjas e tangerinas,
tanto umas como outras de bela
qualidade. :
«3&%
lindo upieste que estava
junto à capela de Santo
Amaro foi à degola,.. o
que não é de estranhar numa
ferra onde se contam pelos dedos
aguéles que acarinham a árvore,
sentem por ela todo o amor e res-
peito e compreendem a uliliiade
que representa, quer como ineio
de adorno, quer como elemento
benéfico na saúile do homem,
quer, ainda, como indispensável
regularizadora das zonas climá-
ticas seb o aspecto higrométrico.
Mais que secular era êsse
Jormosísstino cípreste, que ragâo
alguma havia para deitar : abat-
xo, tanto mais que perfencia do
terreno da capela alulida e não
ao do cemtlério veiho, recente-
mente vendido pela Comissão dos
Bens Cultuais a um particular.
Mas, mesmeo que estivesse neste
último, dada a sua posição, não
estorvava qualquer construção
que al se pretenda fazer.
Deitou-se a terra o lindo
cipreste, como se fósse inimigo
execrável, inimigo público n.º 1!
Ess tudo !
Para quem possui um pouco
(Cuncelue na 3.º página)
il para os nossos filhos, As ane- —
@@@ 1 @@@
A Comarca da Serta
Nunp Maria de Figueiredo Cabral Pinheiro Tôrres, licenciado em Direito pela Univer-
sidade de Lisboa e Delegado do Instituto Nancional do Trabalho e Previdência do Dis-
trito_de Cestelo Branco (Covilhã) torna público, para conhecimento dos interessados, o
seguinte:
1) — Foi aprovado por despacho de 2 de Dezembro do corrente ano, de Sua Ex* o
Sub-Secretário de Estado das Corporações o Regulamento da Caixa Regional de Abôno de Fa-
mília do Distrito de Castelo Branco (Covilhã), que abrange obrigatóriamente as entidades patro-
nais e os empregados ou assalariados de tôdas as actividades comerciais e industriais do mesmo
Distrito, com excepção apenas das que estejam ou venham a ser especialmente abrangidas
por outras Caixas, :
: 2) — Devem considerar-se entre as actividades comerc’ais e industriais abrangidas
as obras de construção civil e os transportes; : :
3)— As entidades patronais designam-se port sócios contribuintes e Concorrem
para a Caixa com 6 º/, dos ordenados ou salários pagos, e os empregados ou assalariados
designam se por sócios efectivos e concorrem com 1º/, dos ordenados ou salários receb’idos;
bel 4) — O abôno de família será, em princípio, concedido consoante a seguinte ta-
ela : y : :
ABONOS MENSAIS
. Pôiª’”ó—aáa desceh&á&é
Grupos de salários
ou ordenados mensais
Por cada ascendente
Até 50000 30$00 25$00
De 50000 à —750%00 40$0o0 30800
» 75000 a 1,250300 50$00 40800
» 1.2507%CO a 2.250:%00 60$0o0 5ogoo
Superiores a 2.250:%00 70800 60800
5) — Estes abonos não sofrem redução alguma quando os beneficiários prestem,
pelo menos vinte dias de trabalho efectivo, sendo noutros casos proporcionais aos dias de –
efectivamente prestado ; ; :
= 6) — Oportunamente será dado conhecimento aos interessados da forma de se ha-
bilitarem à concessão do abôno de família; : :
7) — As contribuições são devidas a partir de um do corrente, devendo as relativas ao
pessoal ser descontado no acto do pagamento des ordenados ou salá”rios para serem depo-
sntada_s mediante guia apropriada, pelas entidades pa’ronais, juntamente com as próprias
contriuuições, na Elilial, Agência ou Delegação concelhia da Caixa Geral de Depósitos,
Crédito e Previdência, até o dia 8 do mês seguinte àquêle a que disser respeito, para cré-
dito da Caixa Conta Regional de Abôno de Família do Distrito de Castelo Branco-
— — 8— As entidades patronais são obrigidas a remeter à Delegação do Instituto Na-
cional do Trabalho e Previdência do D’strito de Castelo Branco; com sede na Covi!hã,
com a rúbbrica Caixa Regional do Abono de Família do Distrito de Castelo Branco,
fôlhas de férias ou de ordenados donde conste:
a) — Designação da empreza e respectiva morada ;
—b)— Nomes e categorias dos empregados e assalariados;
| c)— Dias de trabalho efectivo prestado por cada empregado ou assalariado ;
d) — Faltas não justificadas; :
e) — Ordenados ou salários pagos (ilíquido);
£) — Contribuições devidas à Caixa Regional de Abôno de Família ;
: a) do pessoal 1. º, j
do patrão 6 %, | : : : :
— 9′) — As fôlhas de férias que devem referir também o mês e ano a que os ordena-
dos e salários dizem respeito, serão remetidas à Delegação do I. N. T. P. (Covilhã) Cai-
Xa Regional de Abôno de Família do Distrito de Castelo Branco acompanhadas do tripli-
cado da guia do depósito a que se refere o n.º 7. :
e Às infracções ao disposto nos Decretos-leis 32192 e 25.935, que regulam esta maté-
nº;ã% ãêolãegulamento da Caixa, são punidas com sanções que vão de >0$00 e 100$00
a 2. : :
Modêlo xda guia de depósito
“ Contribuinte n.º – CGuan o .
Caixa Regional do Abôno de Família do Distrito de Castelo Branco (Covilhã)
EBUNDOS DEIVERSOS –
ESC. É
: Vai…., com sede em… entregar na Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdên-
cia, a quantia de… respeitante à sua contribuição e dó seu pessoal, relativa ao mês de…
de 19.,. para ser creditada na conta pertencente à Caixa Regional do Abôno de Família do Dis-
trito de Castelo Branco, com sede em Covilhã. : :
Data e assinatura do depositante
: Observações: — a) ÀA importância da contribuição deverá ser entregue até ao dia 8 do
mês seguinte ao que respeita ; : :
b) Esta guia é feita em triplicado.
— Para constar, e para que não possa ser alegada ignorância, se publicam o presente e ou-
tros de igual teor que vão ser distribuidos e afixados nos logares de costume.
Covilhã e Delegação do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, em 20 de Dezem-
hro de 1944.,. : : : :
O BDelézado do É N. E
Nuno Maria de Figueíredo Cabral Pinheiro Torres
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pouco para vender muito e do meíhor
que há no género da sua especialidade
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: Rua do Castelo — SERT À
EDITAL
Lúcio Amaral Marques,
Chefe da Secção de Finanças
do Concelho da Sertã :
Faço saber que nos ter-
mos do artigo 14.º do decre-
to n.º 28,220, de 24 de No-
vembro de 1037, as matrizes
prediais rústicas e urbanas
dêste concelho.estarão paten-
tes para exame dos contri-
buintes durante c mês de Ja-
neiro. :
E para constar se pas-
sou êste e outros de igual
teor que.vão ser afixados
nos logares de estilo.
Secção de Finanças do
Concelho da Sertã, 18 de De-
zembro de 1944.
O Chefe da Secção,
Lucio Amaral Marques ‘
COLÉGIO
VAZ SERRA
Sernache do Bomjardim
CUORSOEBEICEAR:
IRceD T EDOS
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Dirigir-se à Direccão
Telefone 24729
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Máquinas de costura em 2.º
mão marca «SINGER>»
PROENÇA-2-NOVA
TAXA MILITAR —
EDITAL
Lúcio Amaral Marques,
Chefe da Secção de Finanças
do Concelho de Sertã.
Faz saber que, durante os
meses de Janeiro e Fevereiro
de 1945, se devé eléctuar
o
pagamento voluntário da Ta-
xa Milita: de rods5, do distrito
de recrutamento e mobilização
respectivo ou na Camara Mu-
nicipal para o que devem alí
apresentar os seus títulos de
Isenção e as competentes es-
tampilhas fiscais.
Os contribuintes que a não
pagarem dentro do prazo aci-
ma, ficam sujeitos ao seu, pa-
gamento no dôbro até 30 de
Abril e ao respectivo relaxe
a
partir de 1 de Maio de 1945.
Sertã, 18 de Dezembro de
1944-
= Ghefe da Secção, =
* Lúcio Amaral” Marques
@@@ 1 @@@
-Hotas…ª
a lapis
((;ommuaçao da .s
no
pngma)
de sensibilidade e adora as cor-
sas belas que a Nalureza nos
prodigaliza, esta brutalidade re-
volta e faz-nos magicar na situa- –
cão absurda de não haver qual-
quer entidade com a competén-
“cia necessária de evitar o arbo-
ricismo louco consumado a cala
passo e mais ou menos por tóda
a parte, entidade essa que devia
pronunciar.se sempre que se pre-
tendesse cortar qualguer árvore
em local público e à qual, con-
comitantemente,. compeha velar
por todo o arvoredo, incluindo
os exemplares raros sitos na
propriedade particular. :
Aquéle cipreste, segundo nos
dizem, era muito antigo, Agora
só fica na Sertã, como árvore
antiqilíssima e formosa, o cedro
do quintal da Gasa Guimarães,
que é, realinente, um exemplar
muito curioso, o qual, segundão
“cremos, não será vítima da sanha
arboricida por estm a bom re-
cato, –
&:.
F Á vai sendo tempo de a Cá-
mara mandar colocar pla-
“cas às entradas das arté-
rias locais para que tóda a gen-
te saíba por onde anda e se ter-
mine com o péssimo costume de
para indicar a alguém certa mo-
radia, nos tenhamos de servir do
nome de qualquer pessoa conhe-
.cida que resilta mais . próximo
da casa que se procura e ainda
neste caso seja preciso recorrer
ao clássico alcunho ou nome de
guerra, =
— Vocé sabe onde mora o
Nibó? Olhe, é a casa em frente!
Isto é um exemplo de falta
de educação e de respeito, até
certo ponto admissível, está cla-
ro. Mas colocar aàs placas sem
“numerar as portas, pouco adian-
“ fa. E” preciso fazer tudo issó e
quanto antes.
Para que serve alterar a to-
ponímia sem colocar as placas ?
Para nada! Tóda a gente con-
tinua a desiguar as ruas pelos
nomes vulgares.
20%
AQULL AS modificações , que
: se vêm fazendo em aiver-
— sos pardieiros (há quem
lhes chame casas de habitução |)
da rua (Gonçalo Caldeira, que
«botam» para a via pública, as-
sim como a construção de casti-
nholos do lado da barreira, tuãdo
contribuindo vara tornar ainda
mais indecorosa aquela zona da
vila, ponto obrigatório de passa-
Bem para muita gente, estão
mesmo a pedir… chuva de pica-
retas !
A Câmara não vê estas cor-
Sas ou é preciso que alguêém se
encarregue de lhas mostrar?
,A fós não quereimos auedrtar que
seyam autorizadas tan!as porza-
rias em matéria de consirução,
de simples reparação ou acres—
centamento [
E se alguém dumda do “que
dizemos – tirese dos seus cuida-
dos e vá ver com os próprios
olhos!
CANTINHO DOS MIÚDOS
%&ª&ª%
Biblioteca Popular da Sertã
Alguns amigos vêm dispen-
sando tôda a sua protecção e sim-
patia ao ‘engrandecímento da B.
P. S., facto que não pode deixar
de nos sensibilizar porqne ela é
obra nessa e verificamos, com sa-
tisfação, que foi fundada sob os
melhores « auspícios, nascida e lo-
go afagada por muitos que a con-
sideram como um instrumento
apreciável de cultura, aquela que,
porventura, está mais ao alcance
de tôda a gente de escassos re-
Cursos.
O -facto é, para nós, motlvo de
orgulho e damos por sobeJamente
pago todo o trabalho que vimos
empregando com a organização e
orientação desta obra de alto in-
terêsse público.
I[Oje temos a registar a oferta
de. 13 volumes: 9,, do sr, Joaquim
Farinha Tavares, 3, do sr. Eugé-
nio Lourenço e T, do Ssf. ,Ameuco
Nunes da Silva, para quem vão
OS nossos melhores agradec1men-
tos, .
derocees i saeressors
joaquim Martins
Deu-nos o prazer da sua visi-
ta o nosso amigo sr. Joaquim
Martins, conceituado comerciante
em Busmga (Congo Belga), donde
veio há pouco tempo.
Folgamos em saber que se
encontra de saúde.
Muito gratos pela sua atenção.
RESNAA EE S DERSNENTOS
2
Necrologia
No dia. 19, faleceu em Lisboa,
no Hospital de Santo António.
dos Capuchos, António Ruivo, de
36 anos, alfaiate, desta vila, que
demou viúva Mana Luiza. da Silva
e três filhos. menores, .; ;
âepszs do Natal
Êste ano na chaminé,
onde o meu sapato pus,
deixoume um lindo
o bom “Menino Jesus.
«bébé»,
Vou ter trabalho dobrado,
canseiras e ralações:
já penso no baptizado
e noutras obrigações.
“Vou t lefonar, brevemente,
pra casa dos meus priminhos;
são filhos de boa gente, –
servem-me para padrinhos.
Porém, isto não é nada,
há mais voltas para dar;
preciso duma criada,
um “bêrço para embalar».
Quero um “bébé» à primor,
educado sté mais não ;
amanhã, um professor
dá lhe a primeira lição…
tempo não posso perder,
ao lume tenho a «papinha»…
Mais não vos posso dizer,
corro a salvar a farinha…
(sai correndo)
20-12-44
Recitativo para menina
REINALDO FERREIRA
(Neor X)
AGENDA
Encontra-se na Sertã, a pas-
sar esta quadra feºtlva junto
de suas famílias: Laureano e
Jose de Almeida Martins Fer-
réira, Luiz Magalhães Correia,
Frnesto de Oliveira Barata,
Carlos Moura, Angelo Antunes
Mendes, lzaura da Conceição
Alves, Vítor Manuel Soares de
Bastos, António Vaz Milheiro e
António joaqulm da Silva Ba-
rata.
—Também se encontram na
Sertã os srs. Ernesto Carvalho
Leitão e família e Fernando
Delgado Mesquita, de Lisboa,
Joaquim Farinha Tavares, da
Covilhã e António Nunes e Sil-
va Campino, do Pôrto.
bc
BAPTIZADO
Na igreja matriz local bapti-
o fi-
lhinho do nosso amigo sr. Joa-
quim Ferreira Monteiro, infor-
.mador fiscal e de sua espôsa
D. Maria Margarida Fari-
nha Carvalho Monteiro, regis-
tado com c nome de Emaroel,
sendo padriínhos os tios mater-
nos sr. Américo Vaz Rebordão
Correia, funcionário administra-
tivo da colónia de Angola, e
sua espôsa, srº D. Fernanda
Carvalho Rebordão Correia.
dd ii E to oA o
Agradecimento
António Fernandes vem,
por êste melo e por recear
qualquer. omissão, apresentar
os seus sinceros agradecimen-
tos .a tôdas as pessoas que se
dignaram acompanhar à últi-
tima jazida sua querida mãl
e se interessaram pelo seu es-
tado. durante o período da
doença, a tôdas, o seu inolvi
dável reconhecimento.
Sobral de Cima, 23 de De-
zembro de 1944.
.nosso amigo sr,
Amaro, benquisto proprietário na- –
da Serra
Josêé Ántunes Ámaro
-A” data da saíida dêste núme-
ro jà deve estar na sua casa da
Várzea (Pedrógão Pequeno), jun-
to dos que lhe são. queridos, o
José Antunes
quela freguesia, recentemente ope-
rado, com o melhor êxito, em
Lisboa, onde por tal motivo per-
maneceu cêrca de dors meses.
Damos-lhe .os nossos – para-
béns pelo resultado da operação,
apetecendo an nosso amigo o rá-
pido restabelecimento.
Venda de progeledades
Olival, situado na Bica
(Couto), cortado pela estrada
que vai para Pedrógão Pe-
queno;
Olival, situado no Na-
morado, conhecido também
por Fontaínhas do Couto;
Olival, situado no Boeiro;
Courela de mato, si-
tuado no Boeiro.
Tratar com D. Isabel Ma-
rinha Mendes — SERTÃ,
ST Vm
TNS
Tangues de madeira
forrados de fôlha, para azeite,
8.000 litros cada.
Vende :
Manuel Rôla — TOMAR
— 0E
CONCELHO D VILA DE REl
Pelo Fundo de Desemprêgo
foi concedida a comparticipa-
ção de 465%$0o como refôrço
para obras de hidráulica e sa-
neamento do concelho de Vila
de Rei.
20E
Extintores de Incêndios FAGTOU
Os que garantem seguros
resultados :
Podem verse nesta Redacção
Agente na Sertã: —
EDUARDO BARATA
Tbidis Hofel
Grande Reveillon
1944 – 40
EMENTA
Melão gelado com Madeira Sêco
Robalo frio em iceberg Monu-
mental
Salada Russa
Môlho Mavonnaise
Perú Trufado e Recheado com
. castanhas
Batatas Assopradas :
Tomates à Provençal
Ananaz velado à Oriental
Os mais belos frutos do Ribatejo
Café Moka
3 ma
F.
Atracções
Os grandes artistas coreo-
gráficos de Categoria Inter-
nacional
FRANCIS E RUTH
À Orquestra de Lisboa que
possui o segrêdo do ritmo das
danças modernas
O QUARTETO DE SWING
Surpresas
Os pasteleiros da Confeita-
ria Abídis farão também a
apresentação na sala dum bo-
le Rei gigantesco que será
oferecido aos assistentes e con-
tendo como brinde uma valio-
.sa pulseira de ouro com o
brazão do Abiídis.
Distribuição gratuita de –
peças de cotillon, serpenti-
* nas, ete.
Preço incluindo Jantar-
-Ceia, Champagne Nacional
e reserva de mêsas Escud
100$00 por pessoa:
Entrada sem direito a Jan-
tar-Ceia Esc. 50800 por pessoa.
YM 2
6W S>
Professor diplomado –
de ensino primário, aceita alunos
para instrução primária e admis-
são aos liceus.
Diz-se nesta Redacção
com os artistas
g rande Reveillon
1O44-45
FRANCIS e RUTH
além de outros
Uma Orqucstra da Capital
Marcam-ss mesas pelos telefones l7 e 250
Abidis Hotel
Santarém .
@@@ 1 @@@
Através da comarca
Grémio Recreativo
Proensense
[.º de D_ezembro
. Comemorando mais um anhi-
versário da sua fundação, esteve
em festa no dia 1.º de Dezem-
bro, esta colectividade, associan-
do-se, tambem as comemorações
da data gloriosa da Restauração
da nossa querida Pátria,
As 5 horas da manhã, uma
estrondosa salva de morteiros,
fêz acordar aquêles que tranquil-
mente dormiam em suas camas,
tembrando os grandes heróis e
valentes portugueses, que em
1640, cóm rasgados golpes . de
energia e bravura, souberam tor-
nar a nossa pátria livre e inde-
pendente, tal qual como a fun-
dou D Atonso Henriques.
A Tuna do Grémio percorreu
também as ruas da vila, fazendo
ouvir o Hino da restauração, o
qual é executado com tôda a pro-
ficiência. j
A’s 7 horas, foi içada a ban-
deira na sede desta celectividade,
sendo levantados muitos «vivas»,
delirantemente correspondidos pe-
lo elevado número de sócios que .
desde madrugada se encontravam
ali a-fim-de se associarem a tão
patriótica manifestação,
A Tuna dêste Grémio dirígiu- –
-se em seguida para o edifício da
Câmara Municipal, a-fim-de as-
sistirao hasteamento da Bandeira
Nacional, sendo também levan-
tados muitos «vivas» e queimados
muitos foguetes. :
A’s 13 horas, teve lugar na
Pensão Minas um almôço de
confraternização, entre os asso-
ciados desta agremiação, o qual
decorreu sempre num ambiente
da mais franca e leal camarada-
gem, sendo trocados diversos
brindes, tendo usado da palavra
alguns sócios, que focaram di-
Yersos assuntos, não só de inte-”
rêsse desta colectividade, mas
tambem de interêsse local.
Representando a nossa coló-
nia lisboeta, deu-nos o prazer de
assistir a esta festa, O nosso ami-
8go € consócio sr. Américo Mar-
tins Paixão, que estamos certos
levou desta simpática festa as
melhores recordações, tendo oca-
sião de avaliar a organização
e Orientação que tôdas as direc-
ções têm dado em prol do de-
senvolvimento é progresso desta
Associação e do fosso tão ue-
rido torrão Natal.
Pena é que festas desta-na-
tureza não se realizem mais ve-
£es e que à élas assistam tôdas
as entidades oficiais, pois esta-
mos convencidos que se tal se ti-
sesse seria motivo sempre de
engrandecimento da nossa terra.
A noite, e acompanhada de
elevado número de sócios, a Tu-
na percorreu novamente as prin-
cipais ruas da vila, tendo sido
recebida em casa de alguns só-
cios, devendo salientar a recep-
ção feita pelo nosso associado e
grande proencense, sr. Joaquim
Baptista Diniz, homem de gran-
de acção e importante industrial,
ficou radiante em nos ver em sua
casa e satisfeito por constatar
que em Proença existe uma cole-
ctividade que enobrece o nome
da sua tão querida terra. ”
De regresso à nossa sede, e
depois de um dia de satistação,
não foram esquecidos aquêles
que devido ao seu estado de saú-
de não poderam assistir a esta
festa, sendo lançado um voto pe-
las melhoras dos nossos sócios
que se encontravam doentes,
. ‘srts, Francisco Luiz da Silva e
José Martins Ribeiro, a cujo voto
todos os presentes se associaram.
Assim terminou esta festa, no
meio da mais íntima amizade,
sendo encerradas com diversos
«vivas» a Portugal, ao Estado
Novo e ao povo proencense, não
sendo também esquecido o gran-
de paladino e defensor da nossa
região o Jornal «A Comarca da
Sertã», que por mais duma vez
AÀ Comarca da Sie fA
tem defendido tão brilhantemen-
te os interêsses desta agremia-
ção como também da nossa re-
gião.
Notícias diversas
TEATRO
Está em ensaios por um gru-
po de amadores desta vila, uma
récita que deve ser exibida pelo
Natal e Ano-Novo. –
—— Já se encontra completa-
mente concluido o edificio dos
Correios, Telégrafos e Telefones.
Este edifício é digno de ser vi-
sitado, pois está construído com
todos os requisitos modernos e
deve ser um dos melhores do
Distrito.
—Em casa do nosso amigo
sr. Francisco Farinha Tavares,
importante industrial e comer-
ciante no Fundão, e abastado
proprietário nesta vila, realizou-se
uma reúnião a-fim de 1ratar da
organização de estabelecer nesta
vila um Pôsto de Assistência So-
cial. Esta-ideia foi recebida por
tôda a gente com a maior ale-
gria, e todos agradecem àquêle
nosso. amigo, e amigo da sua
terra, esta grande iniciativa, que
todos devem apoiar, tanto moral
como materialmente. Oxalá que
dentro em pouco seja uma reali-
dade. :
S6 RP
Cardigos, 15
No passado dia 13 foi sepul-
tada a menina Maria do Rosário,
de Fátima, filha mais nova do sr,
Mário de Oliveira V. Tavares.
À «Comarca da Sertã» toma
sentida parte no profundo golpe
que acaba de ferir o seu bom
amigo sr. Mário de Oliveira Ta-
vares.
Fe briz aftosa
Devido às providências opor-
— tunas do veterinário municipal
sr. dr. António Paizana, já desa-
pareceu esta terrivel epidemia.
S. Ex.º logo que teve conheci.
mento do 1.º caso de doença,
veio pessoalmente ensinar o modo
‘ de tratamento e enviou, gratuita-
mente, ( s desintetantes adeqiiados,
E’ pena que os homens não me-
recam igual tratamento.., pois o
tifo vai dizimando algumas pes-
SOas. É
— RKRealizou-se no dja 16 em
uma das sacristias da igreja matriz,
depois da missa conventual, a
Conferencia de S. Vicente de
Paula,
– Rendeu a colecta de 205%00.
Ficou resolvido. distribuir a es-
mola de I0%00 a cada um dos
55 pobres socorridos por esta
conferência e mandar celebrar no
próximo sábado uma missa, em
sufrágio da alma de Maria da So-
idade, mulher que foi de João
Dias Nunes, da povoação de Vi-
nha Velha, e convidar os con-
frades e pobres socorridos a as-
sistir à referida missa.
Também no passado dia 2,
houve outra.reúnião, cuja colecta
foi de 678%10,
Veriticou-se a esmola de 500%
de João Dias Nunes, aplicada pela
alma de sua mulher.
— Terminou a laboração dos
lagares de azeite desta freguesia,
da campanha de 1044 à 1945, que
infelizmente não alcançou o 1945.
Muito escassa a produção nes-
ta região.
Os produtores na sua maioria
não têm azeite que lhes chegue
para consumo da quarta parte do
ano.
Se não ftosse a mortandade
dos suínos do verão passado, lá
se ia remediando o mal, porque
estava a salgadeira pará suprir
aquela faita. :
Mas assim, valha-nos a brôa,
que êste ano, Louvado Deus, já
há com mais abundância,
L.
Sernache, 20
Na casa da residência de seus
pais, no logar do Pampilhal, des-
ta freguesia, faleceu, sibitamente,
a menina Arminda Nunes Fari-
nha, de 17 anos de idade, filha
extremosa do sr. Adelino Louren-
ço Farinha, proprietário e verea-
dor da Câmara Municipal e da
sr.º D. Maria José Nunes Farinha.
O funeral realizou-se hoje pa-
ra o cemitério local incorporan
do-se nele muitas pessoas de tô-
das as categorias.
A’ lamília enlutada apresenta
À «Comarca da Sertã» sentidas
condolências. :
Pedrógão Pequeno, 20
Regressou a Lisboa o sr. Ma-
nuel Ramos com sua espôsa, que
esteve nesta vila, de visita aos
seus amigos. Durante oito. dias
distribuiu alguns milhares de es-
cuidos aos pobres, velhos amigos
de infância, com quem veio ma-
tar saudades.
Ao pároco desta freguesia en-
tregou mil escudos para dourar o
ândor de Nossa Senhora da Con-
fiança e comprar o que tôsse mais
necessário ao culto da Capela.
Ao sr. Carlos David, velho
amigo de infância e de quem foi
hóspede, entregou à despedida
500700 para distribuir, como nos
demais anos, pelos pobres mais
necessitados da freguesia, no dia
de Natal.
Na Cuixa Escolar da Escola
Masculina da Vila deixou 40%00.
Grande e nobre exemplo de
caridade para com o próximo e
de inesquecível saúdade pela ter-
ra natal que o viu nascer.
Que Deus lhe dê e a sua es-
pôsa muitos anos de vida para
que os protegidos beneficiem do
seu bom amparo.
«<Socôrro de Inverno».
A pedido do Sr. Governadnor
Civil dêste Distrito, constituiu-se
nesta vila uma Coemíssão de =-So-
côrro de Inverno», que ticou com-
posta pelos srs. Carlos Ferreira
David, Presidente, Rev. Serafim
Serra, Pároco; Joaquim Nunes
Rodrigues, Professor ofícial, Do-
mingos Costa e Januário. Simões
Barata, proprietários, respectiva-
mente da Várzea Cimeira e Bravo,
desta freguesia, como vogais.
Com . curta demora esteve
aqui o sr. Angelo Pereira, espôsa
e filho que entregou ao sr. Presi-
dente da Comissão de «Socôrro
de Inverno», desta freguesia a
quantia de 1I00700.
&
Beneficência
Para distribuir pelos pobres
nossos protegidos nesta quadra
festiva, foi-nos entregue : pela se-
nhora de General Couceiro de
Albuquerque, 5 litros de’ azeite;
pelo Toneca, da Aldeia Fundeira
de Ribeira, 300%00; pelo Rev,
P. Guilherme Nunes Marinha, da
Póvoa da Ribeira Sardeira, 50%;
e pelo sr. Manoel Ramos, de Lis-
boa, 40%%00.
— Com destino aos Bombei-
ros Voluntários, recebemos, ain-
da, do Rev, P. Guilherme Mari-
nha, a quantia de 50:h00. .
Os nossos sinceros agradeci-
mentos a todos.
Um assalto… sem consequências
Na noite de 20 para 21, um
ladrão entrou na padaria local,
servindo-se de chave falsa, mas
tão inexperiente se mostrou na
«arte» que, mal ouviu um peque-
ne ruído no andar de cima, per-
deu a calma e tratou de se esca.
pulir, ., levando apenas dois pães.
“Sorâreo de Inverno””
À campanha do «5ccôrro de
Inverno» prossegue triunfante por
Portugal inteiro como imperativo
de dever social, a que são chama-
dos todos ns que podem dar em
benetício dos que precisam ; e são
milhares as almas cristãs que não
possuem um lar, nem agasalho,
pão, em torlura
permanente, como se, ao nascer,
tivesse caido sôbre elas a maldi-
ção! Mas t.dos nós, como portu-
gueses e cristãos, não podemos
tolerar nem permitir a agonia
lenta de tantos dos nossos irmãos,
cumprindo=-nos corresponder aó
apêlo -do Govêrno com todo o en-
tusiasmo por forma que, ao me-
nos, durante o Inverno, êles não
sintam tão duramente o flagelo
das privações, o frio e a fome in-
suportáveis, ruins companheiros
que transformam o ente humano
no mais miserando farrapo, tor-
nando lhe a existência abominá-
vel,
Não se trata de dar uma es-
mola ou de acudir a um apélo de
caridade, para que quási todos
nós sentimos inclinação pelo nos-
so temperamento sentimentalista,
mas, muito máis do que isso, tra-
ta-se de um dever de solidarieda-
de : repartir o que nos sobra por
aquêles que falecem à míngua por-
que lhes: falta trabalho em grande
parte do ano, porque o seu esta-
do de saúde não lhes permite
angariar o sustento ou, ainda, por-
que a idade impede tôda a acti-
vidade e permanecem sem am-
paro. : :
Que cada um contribua pare
o «Socôrro» segundo as suas pos-
nem vivendo
ses, que a mais não é obrigado,
mas deve fazê-lo com a plena
consciência de que pratica um
dever e nada mais.
Da Comissão do «Socôrro de
Inverno», do concelho da Sertã,
fazem também parte os srs. dr.
António 1. Vitorino da Silva Coe-
lho, presidente da C. €. da União
Nacional, e António da Costa,
Chefe de Secretaria
da Câmara
Na sessão da Câmara Munici-
pal dêste concelho, de 20 do cor-
rente, foi nomeado chefe de Se-
cretaria o nosso amigo sr. Jaime
Manuel Bravo Serra, tesoureiro
da Câmara Municipal de Alen-
quer. :
Bravo Serra, que pertence a
uma distinta família de Sernache
do Bonjardim, é aqui muito
conhecido e altamente considera.
da pelas suas qualidades de ca-
rácter e ainda por ser um funcio-
nário competentíssimo, de que já
deu exuberantes provas em Olei-
ros, Castanheira de Pêra e, agora,
Alenquer. Por êstes motivos, a
sua candidatura ao, nosso conce-
lho apresentava tôdas as garantias
de preferência, como, de-facto,
sucedeu ; assim, a deliberação ca-
marária foi conhecida com:simpa-
tia.
Um grande abraço de para-
béns a Bravo Serra é aqui formu-
lamos os melhores votos pela sua
saúde e por tôdas as prosperida-
des na sua carreira pública.
Doentes
Têm estado doentes o nosso
amigo Jacinto À. da Cunha Va-
lente e sua espôsa, por cujas me-
lhoras fazemos os mais sinceros
votos.
da
Dia de Natal
No dia de Natal as senhoras
Acção Católica
um bom almôço aos prêsos da
cadeia civil, contribuíindo para
a despesa, também, a Delega-
ção da Procuradoria da Repú-
blica. O sr. dr. Delegado assis-
tiu à ref-ição, antes da qual
foi dispensada a inuitos dos rc-
clusos, assistência religiosa pelo
Rev. coadjutor, P*. Eduardo Fi-
lipe Fernandes.
Também aquelas senhoras
levaram a sua acção caritativa
aos doentes do Hospital, for-
necendo-lhes um saboroso lan-
che. O Rev. Pároco José Bap-
tista, distribuin, por todos êles,
donativos em dinheiro.
| 55 (m —— ] meze
– Uma grande nevada
Durante a manhã e parte da
tarde do dia de Natal caiu uma
grande nevada nesta região, re-
sultando daí um especiáculo
lindíssimo, que já há muifos
anos não se observava, pois
que a última foi em 30 de De-
zembro de 1918. — :
O aspecto dos telhados da
vila, dos cumes dos montes em
volta, dos campos e das estra-
das, assemelhando-se estas a
“longas e largas fitas brancas,.
tudo de uma -alvura resplande-
cente, era muito curioso e por
isso mesmo digno de observa-
ção. Contudo, o espectáculo
não durou mulitas horas porque
os flocos de neve, ainda que
houvessem caido em abundân-
“-cia e durante bastantes horas,
eram pouco espêssos,.
O frio enregelava; nalgumas
noites anteriores e na posteríor
ao dia de Natal soprou um ven.
to glacial, sibilino e cortante
como navalha de barba..,
Em
CASAMENTO
No dia 14 do corrente, cele-
brou-se na igreja paroguial do
Sobral, o casamento do nosso
estimado assinante sr. Frutuoso
Antunes, agricultor, resídente
” em Bandula (território de Mani- –
ca e Sofala, A’írica Oriental),
representado por seu primo sf.
Domingos Antunes, proprietário,
de Póvoas (Alvaro), com a sr.º
D, Maria Amélia Alves, filha do
sr. Manuel Alves e da srº D.
Emília de Jesus Alves, proprie-
tários, do Sobral.
Foram padrinhos, por parte
do noivo, o nosso bom amigo
sr. Ántónio Antunes Júnior,
conceituado comercianteno Bar-
reiro, e a sr.º D. Izaura de Je.
sus Garcia, de Sarnadas (Alva-
ro) e, por parte da noiva, o tam-
bém nosso bom amigo sr. Auré-
lio Antunes Barata, activo co-
merciante na capital, e sua ir-
mã, sr.º D. Angela Alves, do
Sobral. :
À noiva, que permanecerá,
temporâriamente, no Barreiro,
deve embarcar, dentro em
breve. :
«A Comarca da Sertã» faz
os melhores votos pelas ventu-
ras do novo casal. :
NASCIMENTO
Teve o seu bom suceésso no
dia 18 do corrente, em E’vora, |
dando à luz uma menina, a sr.º
D. Adelina Leolina Esteves Piolty
d’Almeida Saramago, espôsa do
sr, Manuel Gaudêncio Saramago,
chefe da Secretaria, em comissão,
da Câmara Maunicipal dêste con-
celho. :
Éste número foi visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.