A Comarca da Sertã nº418 02-12-1944

@@@ 1 @@@

 

DIRETCTOR, EDITOR E PROPRIETÁRIO

Hºtas soes

Azeite e lagares

. pão, n6 aqéite é no qvinho
É encoNMITAN 08 Delrões da

Beira “Baixa à Sua inalor
ríqueza e os melhores motisvos da
sun aclividade,

Na cultura do pão, do a
te é do vrinho, elementos esser=
cigis da alimentação da sua gen-
te, restde a mais abundonte fom-
te de Irabalho da boa terra
beiroa,

O pão, alvadio € ,.”nfa OU . ESCUro
é endurecido. que a Deus se pe-
de para cada dia, da trabalho
fpor veçes Dem duro trabalho)
ao homem durante quási deis
anOos em cada colieita ; 0 ateite,
tempéro da comida, mézinha que
cura, amacia a lãá, arde nos
tlampadários du Pálria e das
lgrejas e alumia vivos é defitn-
– tos, ocupa homense mulheres na

colheita da aseitona, e na faína d

ou [rega dos lagores; e o rinho,
tínto, branco ou palhete, incara-
Celeristico ou / de tipo acreditado,

o alegre vminho que, no diger do –

Eoóro, «dá vPista dós cegos, jala
dos Iinudos e pernas dos: aleiia
dos» / oferece também trabalho
quasi sem fn na poda, n cava,
na enxertia, na estorraiha, na
empa, na ol é na víndimoo,:

1 Ne a problema na . cullura
dus) cereais Cespeciatmentê do
Trigo) não – Tem unonimidade de
tPolos quanto ds rPantagens eco-
cndómicas da exploracão, o mesmo
não pode dizer-se qguanto 4 das
oliveiras e das videiras que pa-
Frecê ferem aido . especiolmente
criados por Deus para frufifi-
carem, por mádas e variados
castas, em ferras de Poríiugal.

(nLtnugrifla da Beiras, vl vol., dr;
Taime Íúpu DIEIB]

o

H dos mais curiosos meros
de auxilio projectados pe-
los americanos d porula-

çán da Europa, sacrificada pela
Qerra, e que vH 08 seus lares
destruídos pelos tbombardeamen-
fos, Comsiste o envio de cosas
desmontápeis, to NUIMerosaS que
podem constiluir cidades infet
ras,.

Muiltas vão já ser 1remetidas
é oulras, milhares concertega,
séloão no fim da guerta, Fs
sas. comsiruções podem mesmo
transformor-se em deftnitivas,.

Fsta guerra apresenta ver-
dadeiros prodigios: depois do
fabrico, em série, de apides e
“API0E SHFBEM ds casaso de .i’màz-
tação.

Asfinal, fudo i8to é o mila-
gre da relocidade, uma das com.
dições essenciais p:m triunfar,

Dr.

Dr.

—— EUNDADORES — —

mDT Jnigú Carlos Ehrhardt —
Angoelo Elenrigques YVidigal
Antóúnio BPBarata e Silra
José Dorata Corrés é Silva
Eduardo BSerata da Siiva Corrêa

o traçarmos estas linhas, já são co-
nhecidas, em todo o País, as linhas gerais
da grande cruzada de solidariedade social

lazar sob a formosa expressão de «todos o5
que podem em favor de todos os que pre-
cisam», espécie de silogismo em que se con-
densa e patenteia todo o amôr das almas
cristãs pelos seus Irmãos desafortunados, no
alto e nobilíssimo pensamento de consolar
tanta miséria e tanta descraça, que, às cla-
‘Tas ou à ocultas, se estadeia por tôda a par-
te de mistura com uma grandeza e um luxo
insultantes e aftrontosos,

— aS&ocçorro de Inverno»s! «Sim, Socorio
de Invernos se chama a esta campanha de
caridade ou de beneficência, que tem o per-
fume inebriantedas rosas, como aquelas que
surgiram do reeaço.da Raínha Santa Isabel
pela transformação. miraculosa das dádivas
destinadas aos pobrezinhos amparados pelo
coração-da bondosaá e excelsa “Soberána!

«Socorro de Invertios, que não há-de
ser ficção, mas. reslidade. consumada, por”
que é agora a cpoca de maior infortúnio pa.
ra o indigente, para o pobirezinho sem eira
nerm beira e até para o humilimo trabalha-
dor da terra. à quem. nóm sequer o esforço
do braço. pode valer e aós seus porgque aàs
chuvas e as neves o privam, semanas e se-
manas, das lides do campo e a inactividade
traz consigoó a fome; o frio e todo o descon-
tórto. Com o desespêro na alina, perante a
tortura de sofrer os impetos que o arrastam
ao trabalho doro da cava e sementeira da
terra, -donde tira o masro sustente da nrole,

o rurícola é, a-final, quem mais scíre neste
lúngú perícdo de Invérno: a um mau e quá-
si constante passadio, sucede se tóda a mi-
séria é Deus sabe quanto ela lhe há-de cus-
tar a passar, porque 05 outros, o5 p:::l:nrf:».
de Cristo, velhinhos, doentese a]euadcº;
“tapares de angariar o pão, conformaraino se
de há muito com a sua nedra sorfe e já sa-

do «Socorro de Inverno>, definida potr Sa-

Bar áe Gomer a quem tem fome…

bem que só a compaixão alhela, a esmola
dada lá de onde a onde, lhes serve o bálsa-
mo à tanta agrura!

Qre todos os que podem devem daz a
todos 03 uque precisam, sem dúvida, é as-
sim mesmo, Dar com o coração e com a
consciência. Com o coração, porque a dá-
diva deve levar inscrita-a lesenda da Cari-
dade, do amôr. do próximo, sêm ostentação
e vaidade, que lhe tiram tódo. o valor; com
à consciência, porque o socorto vai além
dos ditames doe coração para se integrar no
dever: social que a tados nós incúmbe de
minórar à miséria dos que sofrém os infor-
túnios. da vida, quási sempre consegitência
de uma fatal:dade inexorável, marcada no re-
gaço materno, no. alvorecer da vida, com
cacárneo demoniaco, na condenação Brutal
e arrepiante de que a existência: há-de ser
eterna . erilheta.

Fatalismo a que muitos homens não
podem fugir? Eu ser lá! Mistérios,

Nias que tóda a gente de boa vontadeo,
todos 05 que têm um pouco de pão à mais
ou- um trapo esquecido ná arcá avoenga, os
repartam, agora, pelos Jessraçádos a quein

tudo falta : a côdea para enganar a foime e a

roupita para tapar as carnes 4o léu, arro-

‘ xesdas pelo frio inclemente. E hátantos irmãos

nossos a debater-se na. mais cruciante e
pungente miséria, recolhidos no tegúrio hú-
mido e frigidissimo por não haver uma achaá

para .a fogueira !

Pão, roupas, lenha, de tudo isto devem
dar um pouco 08 que podem, correspon-
dendo com galhardia ao apélo do Ciovêrno
Para que o =« Socorto de Inverno= résulte efl-
cas, na demonstração duma. solidariedade
inagnífica de todo o amór humano, nã con-
solação plena das almas cristãs, às quais
não pode ser indiferente o sofrimento da-
quêles «que, em voz torturante, imploram
Misericordia,

Eduardo Baratao

Pójinitose,

MtNisicrio

Dojs apélos :
pritmeiro, à tulher por-
tuguesa, lepiífima aepo-

U GImissSaD
do « Ssocorro de IÍnvérnos
no am 24, NO
do Entferíor

tirgantzadora : H_r] cerfas pessoas que só se
lembram: de devólver &
fornal quando, inuilo de-

com 5 pais de’o reberem, se lhes apre-

ITÚ

suaária. do fé e da caris
dade. HEMIISCCHIAF que nas rai
nhas Santa liabel e l). Leonor
liveram a expressão MáXoNA,
Pporoa que secuwnde e acorinho a
intetativa com q seu proveróial
drandiçza de ânimo; 6 segundo,
ds centenas de pessods, quê fém
oferecido 05 seus próstimas para
g.*u:iú O queoseja preciso e ds
quais não se fem agradecido por

. impossibilidade de a fodos agra:

decer, para que . lIraduzam o
teroso . oferecimento nq m«e!.%or
»Un!r:ãmcm que nesta cmergm-
L.I-tl- padem Aar o rejintr TÉ’CHF’EÚS
Ppara o pobres; assistir, mate-
rial e espiritualmente, aos ne-

“Cessitados ; saHear ds cangsas pro-

dutoras dos efeitos deletérios

que arrHINANMI q nossa sociêdade.

FE, assim, continuaremnoss.
(Cêclacação do Ministro do Incé-

Tior no acto déê possé da Cnmlasaa do
Socerro de Inverno).

fim de nHoOMear os melnbros das
Sub-Comissoes de angariação de
Jundtos e dêe Bropaganda e com
Pista a entrar cimediatamente
NUNHE fASé prática aa campantha,
Hegutdgmente proóceder-se d
à eboolha- das comissões. . aistri
fais da prestaência dos gorerna:
dores civig e das comissoss com-
celnias e paroguizis que lerarão
afé aus TAGis serlanejos logares
à nustica da fnteratipa e fóda &
sua grandeça e beléeza moral.

ªíà

AEM céfovido inmilo . bem,
e Hina chura mildinha é cons
linka, quêe, se nos falíica MM

Fotco pela Shãa persistência,e, é

nó entanto, de arande titlidade
Fara a /igriculinra, E é 18to
que inferessa,

senta o Fecibo & ;,agammm gru.e’

devoltein, ignalmente, com um
deselunte que Hler fica a carde-
fer |
Terem à borla, aprosesta-
vém-se, descaradamente, do. es-
Fórco alheio, é realmente práti-
ED E BST Nnada custa PIDeri, .
20
0 entustasgro Bela caça, na
HNOSSA J’Lªgír?n, parece ter
drrefécido e neMm messmo
us primeiraos churas deram ant-
mo a maltos Aevotos / de Santo
Fumberto, oU porque as ingmi-
cões, São, caras en demasia. om
Dorgue a fartura de coelhos e
pDerdizes jád não É que se espé-
rOrA,
Q cérlo é que malas cação
deres arrumarao ao. canto a es-
Cuveta e cr:r!’nche:r’a PAFa uma

frégua mespemda

f Eduardo “Barata da Silva Correia Úf.-“:m-:ls Gráficas
& S nEa o E da Ribeira de Pe-
; E Rr- HAI;W_[ E ADMINTSTE ÃD— : “ª’_L_F”ÍJíº ã
Si lRUA SERM PINTO – SEHT.P. SNE
= PUBLICA-SE A0S 595?1)05 Telefa: a16
ANO 1X | feidomdiro regionaíista, indogandenta, | f É BES dNS
MN.O4I8 EE Pruen d-a-Nova & ªána d Bu r&guasms na Éãâ’hÉFlÉuú 8 La!d,gns (du m]ncal*m f fáauau) —— 16044

‘…alápis

Ú”& Aliados deséncadearam
uma ofenstva de grande

enverondura na frente oci-
dental, que vai do Mar do Neor-
to à fronfeira suiça; eritânicos,
americanos e jfranceses, dispor-
do de fantásficos reckr$os, inres-
Tem com rrolência ilgual sobre
objectivos marcados e sabém
quão Uura E a lula porque os
alemães estão defendendo, com
uhhas e dentles, fornas considera-
das vítais para 0 prolongamer:
to da resrsfência, aqguelas onde
Se CoNCEXÍPAN AS TMAÍOreS Cique-
148 do subsolo nocional. Além
disso não [hes falia o ámiino,
que chega ao fanatismo, para
defender o solo palrio da inbos
$são inimiga, Neste infento, a
Força, d audácia e & coragem
germaânicas devem . multiplicar-
se ne forna assambmsa, tanto
Wmais que os alemães ja Sabera
que outra coiso não podem espe-
rar e não à rendicão incondt-
cional e 150 a7 ludoss.

Por sua véz, 08 Altados que-
rem terminar, de vez, comotanta
carmficina eagora Rd que em
penhuor esforços gigantescos e
quiçá sobrelumanos em fal ten-
falira.

20

Ó Gopgérno GPh de LiSboS
estád resolvido u êexpurgar

a capital-dos rapaçes dêés-
validos, isto é, daquéles filhos
das tristes erbas, que, não lendo *
etrra nem beira, passando forne,
frio « tfoda à costa de mulrias,
cedo se transformariam em va-
gabundos peérígosos e, daí, a la.
drões e dssassinos só resfaria

um Fpasso !

E quemedidas quere por em
execucão e Govéreo Cunf para
êsse efeilo? Dando ( Esses dege
gracados, primeiro que tudo, o
pão e vestudrio necessarios, e
conforio u que fem diréito todo
o ser finmano e, depors, procus-
rando cgarantírelhes Irabafho,
coNSOANie ds POcações inAatos, o
trabolho que redime e fregenera,
contando, POAra 1850, COM O Qi
xitio do comércio, da indúsiria
e de fodas ds emprésas que vt
vem da acltivídade do braco, –

tla campanha de regencra-
ção, que , a9 Gnesmo tempo, de
revigoramento da raca e Iraduz
uma alta finalidade educaltiva e
sOCial, HIerecê O apolo imeondoe
cional—mas prático e aciivo—
de todos 05 portugueses de bor
voNÉade é Qld o sem Síncero agra-

decrmnento.

@@@ 1 @@@

 

Telefone 24729 .

Pauilhão G1 E /

Casa fundada em 1901

Grande Armazém de Víveres
IMPORTAÇÃO DIREÇTA

Francisco Inacio
C orreia, L.º –

Rua D. Pedro V, 9l-—LISBOA

AIBGA ERRAEIMENSE

F. MOUGA & MOUGA

R. Everard, 17 (ao lado da cAgência
da Companhia de Viação de Sernache)

TOMAR

VINHOS TLNTOS E BRANCOS
DA KEGIÃO DE ALMEIRIM

Vendas por grosso e a retalho
aàos melhores preços.

Tôda a espécie de bebidas nacio-
nais e estrangeiras.

Petiscos, sempre belos pefiscos,

servidos a tôda a hora em reli-

ros cómodos e discretos.

Faça V. Exº* uma visita ao nosso es-
tabelecimento e temos a certeza
de que ficará com as melhores

impressões.

Divisa inalterável desta casa: ganhar

pouco para vender muito e do meíhor

que há no género da sua especialidade

Modas & Conferções

A Comarca da Serrtã

EMISSÕES DOS ESTADOS UNIDOS
EM LINGUA PORTUGUESA
(Recorte esta Tabela para referência futura)

Horas Estações Ondas Est Ondas Est. Ondas Est. Ondas
18545 WRUS 198 WRUA 524 WGEA 25,3 WGEX 16,8
19495 WRUS 198 WRUA 254 WGEA- 253 WGEX 16,8
20,45 WRUS 198 WRUA 254 WEWR 23,1 :
21,455 WRUS 30,9 WRUA 396 WLEWR 23,1 WGEX: 314
a (1/2 hora de programa especial)
2294 “ WEWR 2375 WMGEX 314
Meia hora de not. coment. e Música
2342 WODE 3n WOOW 38,4 WGEX 314
12,4? WOOC 31,1 WRUA 39,6 WOOW 384

A «VOZ da AMERICA»> em português pode ser também escutada
por intermédio da «B. B. C.», das 18,45 às 19 horas.

XFimissões diã&rias

— OIÇAaVOZ da =
AMERICAcm ‘

CHAPELARIA
CAMISARIA –
GRAVATARIA

À, SANTOS HARRETO

NORBERTO PEREIRA
CARDIM
SOLICITADOR ENCARTADO

Rua Aurea, 139 2.º D
Telefone 27:1)
LISBOA

Antiga Rejojoaria
Cavrdim
LUIZ INACIO PERº CARDIM

Relógios de parede e deéperta-
dores. Consêrtos em ouro e pra-
><— ta. Secção de óptica. —><

Largo do Chafariz — Sertã

A melhor maneira de enriquecer

: éooo ]bg[lf na LOTARIÁ
Mas Jogue sempre na afortunada casa

oweeia É â&%a

Ru da Assunção, 86 — Felelone 26782

Próximo à Rua do Ouro

L ISBOA,

COLÉGIO

VAZ SEBRA

Sernache do Bomjardim

CERSO ETCRAL .
122 P CIRDOS

ADMISSÃO AOS LICEUS

Matrículas a parfir
—de >9 de Setembro
Mais tmformes:
– Dirigir-se à Direccão

VELAS DE CARDIGOS

Pura cêra de abelhas
Máxima duração e resistência
— “Não fazem fumo
Não sujam os altares
Apresentação inexcedivel
Embalagem cuidada

CASA FUNDADA EM 1850 .
FABRICANTES:

J. d’Oliveira Tavares, F.º”
CARDIGOS-TH. ô |

Construção de móveis
em todos Os gÉNBros

António Fernandes da Silva
Rua do Castelo— SERT À

ARMINDO SIVLVH’
Médico ——
Sernache do Bomjardim

Mercearia e Confeitaria

ANDRADE

Andrade; Leitão e Joaquim, L.ºº
Mercearia
Pastelaria

José Fernandes Caseiro

« Fazendas, Mercearias,
Vinhos e Miúdezas

Papelaria
Tabacaria

À casa que maior sortido tem e mais barato vende
Máquinas de costura em 2,º
mão marca «SINGER»

33-A, Rua Entre Campos, 33-E
1, Av. dos Est. Un. da América, 3

Telefone 4 1343 — LISBOA

DNENAA DA NEE 2E ENE MENE MNENA DENENE EE

BUA NE ME MAE MENA EEA O

PROENÇA-a-NOVA

VENDEM-SE

Tôdas as propriedades on-
de era o antigo correio do
Moínho Branco.

Dirigir se aos interessados.

: – Vende-se. Hori-
PIÚHO zontal, uzado,
armado em ferro.

Informa-se nesta Redacção.

—do pacto

Companhia de Viação
de Sernache, Ltd.º

Faz público que, devido a
continuar a Jutar com a falta de
pneus, e por virtude dos que fo-
ram distribuidos já se encontra-
rem em mau estado de conserva-
ção, resolve reduzir, temporària-
mente o pêso dos volumes. ——

Todo o passageiro tem direi-

to ao transporte — gratuito — de .
20 quilogramas, podendo ainda .

efectuar o despacho de um volu-
me com pêso nunca superior a
10 quilogramas.

Este pêso (10 quilos) é exten-
sivo a todo aquêle que, não sendo
passageiro, pretenda despachar.

Avisa-se ainda o Ex.”* públi-

co de que a Companhia, atenden-

do à dificuldade de transportes,
não se responsabiliza pela demo-
ra dos despachos e conseqúuente-
mente, deteriorações.

Sernache, 6 de Novembro d’e

Tel: 4 4588 –

* PEDRO DE OLIVEIRA * jnó vines da Sim
o : , J N d S
o DOURAD N : T —
i’%$ s OR PRTOR T ADVOGADO
m n:- mm º m e
% . ERTA :: %% Rua do Crucifixo, 31, s/loja
: : LISBOA 1944.
ª_â DOUR_AM-SE e pintam-se todos os trabalhos concernentes à arte &lrô : 1
y religiosa. Douramento em altares, a ouro fino, prata e doura- ºj_;k? —
ê!ã’; d%%jDhÁ[oKleatªã à brunidos. j e : o :
: DE TALHA — Tribunas, altares, castiçais. Q5 :
W toceheiros, banquetas. cadei iai À is : ic R v ] a
-,%,. e guardaven%os, eíc.c:’xetecl.ras paroquiais, estantes para missal, cadei —í)lkª; u c a n ‘ z a º ra
Z[lç FINGIDOS : à todos os marmores e cadeiras. ê’yb E .
R J Í
â][‘). INTURAS: Bandeiras em sêda com artísticas pinturas para ir- ,3%(;. r’u,,fan e
T íª?âla%ªdlgis n;tur[ãâlg“mAçrA(b) a damãscoõ . Côre& pâóprias ePesco- ‘,ãíê DE
. abuletas de Vidro adeira ou Pedr Ã
&I.CG PINTURAS e retoques em imagens com e,smeradgacabamíntã: ÉIÚJ COSTAº MATEUS & IR,MA;O’ ‘.L’DA
RE aa – ; e Exsêlâtam todos os trabalhos de Vulcanização em Egeus
al PBSSÚHI hªb”lmd[] e Se ÚBSÍÚGH à n al e Câmaras de ar; com a máxima regurança e rapidez
; é 0 ; 2
e 1 . d quªlquef DÚ“ÍÚ to pais T Colocam-sesarames em pneus de tôdas
VAA i o al as marcas e medídas
c uto-pintura à pistola, pintura e reparação em aut i iA : à
í]? balhos à prova no a;strz% de Cast%lo Bráfio, Sasíréo Colluno e – ENCARREGAMO-NOS DE RECAUCHUTAGEM
| xuarda. Irabalhosna Exposição do Mundo Portuguê Na- ATti átri
àá’ portugal. Executam-se todos Qsçtrabalhos que respgit;;%uàeârtª rg?igioª. %—% Ǫmpº dos Martlresda Pátria, 115
IL18DOS

Escritura

L—avravda aos 6 de Outu-
bro de 1944, no livro de no-
tas nº 71 a fôlhas 54, pelo

notário da comarca da Sertã,

licenciado Lino Pinto Assalí-
no, com sede de cartório em
Sernache do Bonjardim, sito
á rua dos Pinheiros.

RECTIFICAÇÃO :

Aos seis de Outubro de
mil novecentos e quarenta e
quatro, em Sernache do Bon-
jardim, perante mim, licen-
ciado Lino Pirto Assalino,
notário da Comarca da SertÃã,
com sede de cartório em Sera
nache do Bonjardim, sito á
rTua dos Pinheiros, e no refe-
rido cartório e perante as tes.
temunhas adeante indicadas e
no fim assinadas, comparece- .
ram como outorgantes :

Primeira — Dona Maria
Celeste da Mata Vaz Serra,
casada, doméstica, residente
em Sernache do Bonjardim;

Segundo – aAntónio. Nunes
da Silva Mata, casado, pro-
prietário ; –

Terceiro – Libânio Vaz
Serra, casado, proprietário e
industrial ; :

Quarto — José da Mata

– Vaz Serra, solteiro, estudante

e proprietário, todos residen-
tes. ignalmente em . Sernache
do Bonjardim; Reconheço a

identidade dos outorgantes

por serem todos do meu &o-
nhecimento. pessoal:; .

E por êles foi dito: .

Que por escritura lavrada
aos vinte e dois de Setembro
de mil novecentos e quarenta
e três, nas minhas notas, no
livro número sessenta e cinco
a folhas vinte e quatro, os ora
outorgantes fizeram alteração
social da firma
«Companhia de Viação de Ser-
nache, Limitada; Queê nessa
escritura de alteração de Pa-
cto Social se disse «que por
escritura de dezanove de Mar.
ço de mil novecentos e vinte
e sete, lavrada nas notas do
ex notário de « Sernache do
Bonjardim, António: de Oli.
veira Gomes, constituiu se
uma sociedade civil por cotas,
denominada Companhia de
Viação de . Sernache, Lámita- .
da, com sede em Sernache do
Bonjardim, com o capital so-
cial de quarenta e um mil es-
eudos, inteiramente realizado
e de que faziam parte vários
sócios, enjos nomes aqui se

. dão como reproduzidos ; Que,

porém, dessa escritura de de-
zanove de Março de mil nove-
centos e vinte e sete, efectiva-
mente consta que o capital
social era de quarenta e qua-
tro mil escudos e não de qua-
renta e um mil escudos, como
na escritura de alteraçõão de
Pacto referida foi dito; Que
assim e por esta forma fazem
a presente réctificação para
todos os efeitos de direito,

O Notário,

— Lino Pinto Assalino’

Aproxima-se. o Inverno!

Os fogões «ALASKA»> asse-
guram-o perfeito aquecimento dos
vossos lares, Podem ver-se nesta
Redacção. . :

Agente na Sertá— EDUARDO BARATA.

 

@@@ 1 @@@

 

Comarea da Serta

ciação dos Bombeiros

Contas das festas levadas a efeito pela Asso-

Voluntários da Serta

-13 » »
» Pa o » DS
Baile do dia 20 –

» » dia 3 de Setembro .
Dicersas veldas . + . à .
Donativos em dinheiro . – .
Venda da cerveja que sobejou

2s eA
Soma a despesa comprovada por
cumentos . . . –

Saldo líquido para a Associação.

bíquido, .2

ro, oferecidos para as fogaças.

Produto do dia 23 de Julho . .’
» n 2b s E
» » 30 » d .
» MD Ode Agosto .

Venda de géneros de algumas foga-|

(a) Nesta verba estão incluídos todos os donativos

Não é descriminada a despesa por ocupar muito espaço, no
êntanto encontra-se á disposição de tôdas as pessoas que a dese-
jarem consultar, na sede provisória desta Associação. :

Pelo Presidente—o Secretário,

5.319875

422300
4.0964820

13.8458$30 (a)

4.759$815
1.123800
1.794$00
2.232850

806890
5.388$60
1.058$70

: 2.09460$40
do-
28.917$05
15.742$85

44.600$50

414600850
15.742885

em dinhei-

Pela Direcção

Manoel A4. Santos

ú Reforma do ensino e
— exames liceais

O diploma legislativo agora

– publicado no «DBiário do Govêr-

no» pela pasta da’ Educação Na-

“ cional que remodela por comple-

to o sistema dos exames liceais

e de admissão aos liceus, dispõe

em resumo o seguinte :

— Os exames constarão de pro-
va escrita e de prova oral em tô-
das as disciplinas e de prova prá-

tica naquelas que se julgar ne-

. cessário ;

Os pontos são organizados,

– separadamente, em cada um dos
– HNecens:; :
Findo o c«anonimato» das
provas ;

Qualquer destas é elimina-
tória ;

A classificação média e mint-
ma de catorze valores nas provas
escritas e práticas, dispensa da
parte oral ; &

— .Nos casos de eliminação só

‘ cabe recurso das provas escritas
e dos trabalhos práticos.

E’ êste na essência o .conteú-
do sumário do diploma legal re-
ferido que o Ministro da Educa- *
ção Nacional ficou autorizado a
regulamentar.

Pdbdde DTA 2EA EEA

FEIRA
em Progença- a-Nova

Realiza-se, no próximo dia
17 (3.º domingo do corrente),
uma grande feira em Poença-a-
“Nova.

““Uma «ltoilette» distinta

– só com bons tecidos

da casa –
“Samaritana,
Rua Serpa Pinto, 32

TOMAR .

Grémio da Lavoura de

Sertã e Vila de Rei

Em sessão de 11 de Novem-
bro foi eleita a Assembleia Ge-
ral para 1945, que ficou assim
constituída : presidente, dr. Al-
bano Lourenço da Silva; vice-
presidente, José Joaquim Lou-
renço; 1.º secretário, Augusto
Justino Rossi; 2,º secretário,
Joaquim Nunes Rodrigues.

ES OTIAOS EE

Qs amigos da “Comarca,,

Pelo sr. Joaquim Mateus, de
Lisboa, foram indicados, para
assinantes, os srs. César Estê-
vão e António Barata.

Agradecemos.

t$6 EOo Hc ooees

Necrologia

D. Maria Georgina Bár.
tolo Ferreira de Matos

No dia 20 do mês findo fa-

leceu, em Lisboa;, a sr.º D. Ma-
ria Georgina Bártolo Ferreira

de Matos, de 58 anos, natural |

desta vila, espôsa do. nosso
amigo sr. dr. Bernardo Ferreira
de Matos, Conservador do Re-
gisto Comercial de Lisboa, mãe
estremosa das sr.º* D. Maria Jú-
lia Bártolo Ferreira de Matos
Horta, casada com o sr. dr. Jo-
sé Pedro Horta, médico, e D.
Julieta da Silva Bártolo Ferrei-
ra de Matos e dos srs. dr. Ber-
nardo e António de Azevedo
Bártolo Ferreira de Matos, en-
genheiro agrônomo, de Lisboa,
irmã do sr. dr. José da Silva
Bártolo, Juiz de Direito e cu-
nhada da sr.º D. Maria do Car-
mo da Silva Bártolo, da Sertã,

O funeral realizou-se, no
dia imediato, para jazigo no ce-
mitério dos Prazeres.

A tôda a família dorida apre-

sentamos as nossas sentidas

condolências.

Câmara Mumcip:aí ”
da Sertá *

Foi aberto concurso para o

provimento do logar de Chefe —

da Secretaria da Câmara Muni:
cipal da Sertã. o

ATRAVÉS

f/ê %WZ[JZÚZZ

Madeirã, 16

Encontra-se em construção o
muro derruido que se encontrava
defronte da igreja matriz confor-
me a «Comarca» anunciou num
dos seus últimos números.

— Fu feita terrcaplanagem do
adro da igreja matriz, sendo as
despezas custeadas por subscri-
ção feita entre alguns membros

‘da colónia Lisboeta. Bom seria

que. o mesmo se fizesse para re-
paração do muro que tão neces-
sitado se encontra.

— Encontram-se em péssimo
estado parte dos caminhos vici-
nais desta freguesia, já há anos
que são mal reparados, e êste
ano chegou-se a esta época de
inverno sem se proceder a qual-
quer reparação, o que bastante
prejudica os respectivos cami-
nhos, pois se assim continuarem
depressa se tornarão intransitá-
Veis,

Pedem-se providências a
quem de direito.
C:

E aa eeA

Casa do Povo do
Pêso

Nos passados dias 19 e 21
procedeu-se à eleição da Dire-
cção e Mesa da Assembleia
Geral da Casa do Povo do Pê-
so, para o triénio de 1945/7,
. apurando-se o seguinte resulta-
do : Direcção — presidente,- Al-
berto Deniz da Silva; secretário,
Abílio José de Moura; tesourei-
ro, Sebastião Ferreira Martins
Novo. Mesa da Assembleia Ge-
ral — presidente, Manoel Fari-
nha Portela; secretário, Ernes-
to Dias; vogal, José Farinha.

Grupo de amigos
da freguesia da Madeirá

Na sua reunião de 8 de No-
vembro, a Direcção teve o pra-
zer de receber a visita do seu
ilustre conterrâneo e amigo,

“Exm. Snr. Dr. Albano Louren-

-—ço da Silva, distinto advozgado

em Sernache do Bonjardim, o
qual teve palavras de louvor e
insitamento para a Direcção, e
referiu-se com reconhecida au-
toridade, que a Direcção muito
apreciou, a orgânica do Grupo.
Tomou conhecimento dum
ofício do Conselho Regional da
Casa das Beiras, em resposta
ao pedido formulado pela Dire-
cção, para ingresso do Grupo
naquela Casa, cujo pedido teve
merecido acolhimento pelo re-
Fferido Conselho Regional..
De harmonia com o mesmo,
a Direcção do Gruvo resolveu
ingressar na Casa das Beiras,
o que fará depois de concluidas
as indispensáveis formalidades.
Apreciou também as cartas
enviadas pelos srs. Venâncio
Mendes Alves e lIzidro Dias

Garcia, da Madeirã, os quais –

se inscreveram como sócios, e
formulam votos pelos progres-
sos do Grupo.

Por último foram aprovados

35 sócios.

ii utoclo o & E oc o ol ee
Boa viagem

Embarcaram para: Angola,
o sr, João Lourenço Tavares e
espôsa; para Moçambique, o sr.
engenheiro – agrónomo Alvaro
Martins da Silva e para o Con-
go Beiga, com seu filho Manoel,
a sr.º D: Isaura Sousa, espôsa
do.sr. Francisco Casimiro, que
ali se encontra há anos.

dades é o que desejamos a
todos..

Silêncio-

Se a palavra (nos dizem) é de prata,

O sillêncio decerto que é de oiro;

Este ouve e cala, aumenta o seu tezouro,
Aquela em cousas mil se desbarata.

A palavra, por vezes, arrebata,

Mas o seu brilho é pouco doradouro,
O silêncio, com ser imorredouro,
Não peca por mentir nem se retrata.

Eutre os dels eu sou mais pelo segundo,
Não anda a armar discórdiao pelo mundo,
Não faz pregão do mal, dá-o ao desprezo,

Quanto a mim, reconheço o meu pecado,
Se por falar me tenho já repêso,
Jàâmais me arrependi de haver calado.

LUIZ DA SILVA DIAS

Boa viagem e muitas felici-

mierêsses da Cavo

Entrevista com o sr. Júlio Sequeira, vogal do

<«Grupo de Anugos da Freguesia da Madeirã»

Conforme referimos, o sr. Júlio Se-
queira foi eleito pelos naturais da Ca-
va, para fazer parte do «Grupo de
Amigos da Freguesia da Madeirã>. *

Para sabermos dos interêsses da
Cava, resolvemos colher as impres-
sões daquele nosso amigo, e assim,
aproveitando uma das habituais reú-
niões semanais do «Grupo», tivemos
ensejo de lhe falar. :

«Aplaudi desde o primeiro momen-
to, começou por nos dizer o sr. Júlio
Sequeira, a formação do «Grupo», por
entender que algo de útil há a espe-
rar para e bem comum da nossa re-
gião. Além disso, os meus colegas da
direcção são pessoas possuídas de
grande vontade, e que de longe vêm
pugnando pelo ressurgimento da nossa
terra é por isso estou certo que os
nossos objectivos devem ter realiza-
ção.»

mentos da Cava, e o sr. Júlio Sequeira
diz-nos :

—<«Em 1939 constituiu-se uma co-
missão dos naturais da Cava, para le-
var a efeito alguns dos muitos melho-
ramentos que necessita, pois sendo a
aldeia de maior população da fregue-

“sia da Madeirã é, talvez, a que maior

rendimento dá ao concelho de Olei-
ros, mas de há longos anos pouco ou
nada tem beneficiado das regalias que
lhe dão direito.»

E prosseguindo:

— <«A nossa Comissão, da qual fa-

zem parte pessoas do maior valor, pro- .

curou em primeiro lugar dar início
aos trabalhos para a construção de uma
estrada que ligue a Cava ao Concelho
e Comarca, aspiração máxima — devo
acentuar — dos seus habitantes e tam-
bém dos povos circunvizinhos. «Não se
poupou a Comissão a esforços, empre-
gando tôda a sua boa vontade e indo
até ao ponto de sacrificar os seus fra-
cos meios financeiros para ver reali-
zados os seus intentos.»

Com notável entusiasmo, o sr. Jú-
lio Sequeira, aproveitando o ensejo de
estar falando para «A Comarca da

ED IT.AL:

JOSÉE FARINHA TAVARES, VI-
CE-PRESIDENTE DA CAMARA MU-

” NICIPAL DO CONCELHO DA SER-

PA :

Torna público que, no dia 6 do
próximo mês de Dcezembro no Edifício
da Câmara Municipal de Sertã, se há-
de proceder à arrematação do exclu-
sivo do fornecimento de carnes ver-
des no concelho de Sertã, durante o
ano de 1945 por propostas em carta
fechada, que deverão ser entregues
até às 12 horas daquêle dia.

No caso de não convir aos interes-
ses do Município nenhuma das ofer-
tas, a segunda praça será realizada no
dia 2o do mesmo mês, devendo as
propostas, também em carta fechada,
serem entregues até às 12 horas dês-
se dia. ;

As condições estarão patentes no
acto da arrematação, podendo, desde
já, serem examinadas na Secretaria
da Câmara, as quais são idênticas às
do ano anterior, com a inclusão da
cláusula do arrematante ser obrigado
a fornecer carne mais. barata para o
Hospital desta vila.

Para constar se afixou êste e idên
ticos nos, lugares do. costume. E eu,
Manuel Sandinha Saramago Chefe da
Secretaria, o subscrevi. e

Sertã, 15 de Novembro de 1944..

O Vice-Presidente da Câmara em
EXEBTCÍCIO : 1. :

José Farinha Tavares.

. Falámos da Comissão de Melhora-,

Sertã», pediu-nos para referirmos que
«a Comissão de Melhoramentos da
Cava tem o prazer de comunicar aos
seus conterrâneos que dentro em
breve, possivelmente ainda em.No-
vembro, se vão iniciar os trabalhos
para a construção da malfadada estra-
da, de cuja obra foi já encarregado
um bem experimentado sempreiteiro».
«Desejo acentuar que a Comissão to-
mou a responsabilidade de muitas de-
zenas de contos, pelo que esperamos
a boa compreensão dos nossos conter-
râneos, auxiliando-nostanto moral co-
mo financeiramente». Para”isso, a Co-
missão vai iniciar imediatamente uma
subscrição para recolha de donativos,
para assim poder fazer-ffacejaos seus
compromissos».

— Procuramos saber se o Estado ha-
via comparticipado com alguma verba,
e o sr. Júlios Sequeira acentuou

—»E’ já do conhecimento dos ca-
venses, e de-certo de todos os naturais
da região, que foi concedida pela Di-
recção dos Serviços Rurais, uma ver-
ba para a construção de parte do ra-
mal de estrada que ligará a povoação
da Cava com a E. N. 59 2.º (Portaria de
a0-1-942) verba essa que, para o lanço
1 construir, representa 50º/ov da orça-
mentada. «A construção do referido
ramal foi orçamentada em 170.162$8r,
como consta do projecto que a Comis-
são entregou na Repartição competen-

– te. «No plano geral dos melhoramen-

tos Rurais, a efectuar por compartici-
pação, foi atribuida para esta constru-
ção a importância de 68,064$0o0, ou se-
Ja 40º/9 do orçamento previsto».

E a terminar, o sr. Júlio Sequeira
disse-nos:

—<Já em tempo distribuímos uma
circular, tratando do assunto, mas per-
mito-me frizar uma vez mais quea,
Comissão espera que os seus esforços
sejam bem sucedidos; pelo que é in-
dispensável a colaboração de todos,
para assim podermos. patentear aos
vindouros de quanto foram capazes
os filhos da nossa região. «Permita-me
que faça um apêlo veemente aos natu-
rais da Cava, e em geral a todos os na-
turais do Concelho e Comarca, visto
que êste melhoramento a todos inte-
ressa, para ajudarem a Comissão, pois
é grande o compromisso tomado, e é
nosso dever imprescindível levar a
nossa tarefa até ao fim».

«Além disso,- finalizou o sr. Júlio
Sequeira—, a Comissão deseja ver
concluídos os seus trabalhos para de
futuro os interêsses da Cava estarem.
integrados no «Crupo de Amigos da
Freguesia da Madeirã.

A Comissão de Melhoramentos da

– Cava tem a sua sede em Lisboa, na

Avenida Duque de Loulé, n.º 105. :
João Antunes Gaspar

Cosooaeosfeaosscos

Interessa às senhoras:

Têm chegado as mais lindas —
sêdas ! Valona – Mousse
Gersey-Surah-Marrocain, etc.

só na CASA
Samaritana!
Sua Serpa Pinto, 32
5 oTSOMOA Ro c 46

 

 

@@@ 1 @@@

 

Notas…
…A lâpis

(Conclusão da r.ipágina)

OZE escudos era quanto as
vendedeiras pediam pela

dúzia de oves no mercado
passado, ou seja 1:ho0o cada ovo!

Um riquíssimo negócio, de mão-,

cheta, digamos, para quem nun-
ca esperou encher a burra com
a venda de alguns galináceos,
umas centenas de ovos e uns mo-
lhos de hortalicas.

Para muitos, a crise é alta-
‘ mente atenuaãa com éstes negó-
cios de resultados verdadeira-
mente surpreendentes. Se virmos
bem, quem ganha apenas o seu
inísero ordenado e tem de com-
prar iudo à fórca de dinheiro,
puxando continuamente pelos
cordões à bólsa, é que sabe, de
cor e salteaão, quanto custa a
vida! !

0E
Á S pessoas semi-analfabetas
fogem, o que não é de ad-
mirar, a todas as regras
ortográficas, inconscientemente,
é claro.

Há dias vimos um envelope
que trazia no vrerso, depois do
nome do remetente: «Rua a
Torto da Borda» Também nos

contaram que alguém da Sertã
recebeu, recentemente, uma car-
ta de Lisboa, que se apresentava
. como vinda da «Avenida do ,,
de Loulé» ! :

Trata-se da rua do Actor

Taborãa e avenida Duque de
Loulé, Os leitores já sabem o

que os pontos signmficam. Boa
piada :

| m | om a | aiadamems | emca |
É águia,
burro ou verme ?

No artigo intitulado «Pedró-
gão Pequeno», inserte no n.º 416,
o autor diz «ter lido uma notícia

em que um pedroguense lamen-
tava o abandono a que a sua ter-
.ra estava votada, até mesmo—
afirmou—-pela imprensa da re-
glão, que não se ocupa dos inte-
resses da sua terra».

E claro que isto é piada à
«Comarca da Sertã» e deve tra-
tar-se de algum pedroguense da
mesma laia dos que derrubaram
o Pelourinho depois de, na colu-
na, lá terem desenhado o reftrato,
para que a posteridade ficasse
conhecendo o portentoso feito !

Temos pena de não saber de
quem se trata para trocarmos
impressões ! Mas há sempre que
contar com esta cobardia de ati-
rar uma pedra e esconder as ore-
lhas! E? muito mais fácil e có-
modo e não se temem os efeitos
da pedrada ! Deve tratar-se, sem
dúvida, de águia, burro ou ver-
me para apanharmos tão ftesa
chibatada ! :

Vozes de burro não chegam
ao céu, mas sempre desejáva.
mos saber o que é preciso que
façamos para nos ocuparinos dos
interêsses de Pedrógão Pequeno.
Levar para lá o petróleo, acen-
der e apagar os candeeiros da
iluminação pública ? Agarrar num
clínico, acavalitá-lo num jumento
e puxar pela arreata até à sede
do partido ? Dar tapona, a torto
e a direito, a todos os pedroguen-
ses que não querem saber da sua
terra para coisa nenhuma ?

Ora, nós, não tencionamos
êndireitar o Mundo e se êsse su
jeito é águia aponte-nos franca-
mente o caminho que devemos
seguir, se acaso está ao nosso al-
cance; mas se se calar já sabe-
mos que não ouviu o nosso pe-
— dido e então trata-se dum verme/!

A Comarea da Serta

CARTA DE LISBOA

Caros Patrícics

Escrevo-vos a 11 de Novem-
bro, em dia de &, Martinho.

Que de saúdades me traz ês-
te dia! Saúdades de tempos pas-
sados, dos meus tempos de ra-
paz em que o S. Martinho era
festejado com grande pompa no
nosso Berço Natal.

Nunca fui um verdadeiro Ir-
mão da santa confraria; nunca
passei dum simples adepto, dum
iniciado sem vocação própria,
acompanhando a Procissão sô-
mente para engrossar o número
de Irmãos, dando-lhe assim me-
lhor brilho e luzimento.

E que Procissão, santo Deus!

As capelas sucediam-se a
uma distância de poucos metros
e, daqui, a paragem obrigatória
para a elevação do Santo até ao
Céu.,, da bôca.

OQue de saúdades me traz ês-
te dia!

Havia Irmãos da Confraria
que faziam honra ao Santo; ele-
vavam-no às culminâncias, aos
arcos grandes do seu pipo; per-
dão, do seu andor. :

E a Procissão recolhia, corri-
da a Via-Sacra, em boa ordem
e compostura, desejando todos
os Irmãos que a festa vindoura
tivesse maior brilho e que a
Confraria engrossasse com um
maior número de adeptos.

E era falada a festa de &.
Martinho nas sete léguas em re-
dondeza pelas honras que a Ser-
tã emprestava ao Santo, não O
deixando cair do seu andor, do
seu pedestal de glória,.

Que de saudades me traz ês-

te dia!

Lembram-me os companheiros
destas e cutras Festas, que a
Parca implacável roubou ao con-
vívio dos amigos.

E são tantos, santo Deues!

Estamos reduzidos a meia
dúzia, se tanto, os sobreviventes
dessas fantissimas festas que
promoviamos para nossa satisfa-
ção própria, é certo, mas que
davam brilho à Terra e anima-
vam os Sertaínhos,

E já lá vai mais de meio sé-
culo; por isso, as saudades são
cada vez maiores é mais pun-
gentes.

Cumprimentos do vosso
amigo,

FRUCTUOSO PIRES
FAr—

É preciso libertar

o comércio mundial de
excessivas barreiras
alfandegárias

— proclama Roosevelt

WASHINGTON, g—Roose-
velt, numa mensagem dirigida à
conferência econôómica, actual-
mente reunida nos Estados Uni-
dos, declarou que o comércio in-
ternacional, depois da guerra,
deve expandir-se numa base de
indiscriminação e libertação de
tôdas as barreiras alfandegárias
excessivas e restrições nacionais.
Os homens de negócios de todo
o Mundo, pela troca de informa-
ções e franca º amigável discus-
são, num espírito de mútuo au-
xílio, podem contribuir muito pa-
ra restaurar a economia do Mun-
do, seriamente prejudicado pela
guerra, com uma nova e melhor
estrutura, a qual é necessária pa-
ra a manutenção da prosperida-
de e segurança mundiais.—(R,)

: Ac
DOENTE

Foi operada, na semana
passada, em Coimbra. onde
ainda se encontra, a espôsa do
nosso amigo sr. Luiz Inácio Pe-
reira Cardim. AÀA operação de-
correu com êxito. Muito dese-
jamos o seu restabelecimento

de Dezembro

Faz hoje 3o4 anos que Portu-
gal inteiro, sacudido por um fré-
mito de entusiasmo patriótico,
que era ânimo consciente e varo-
nil duma Raça até aí moment –
neamente adormecida pelo desa-
lento e pela desilusão, escorra-
çou o dominio estrangeiro, que a
sugara, vilipendeara e escarnece-
ra durante o longo período de 60
anos, amarrando-a ao afrontoso
pelourinho da ignomínia e da de-
sonra, supondo, talvez que a vi-
tima caira prostrada, para sem-
pre, ante os golpes da adversi-
dade e do pêso esmagador e
inaudito da fôrça bruta,

Mas não. Os golpes, se mui-
to duros, não foram mortais. Ào
corpo informe da vitima, que era
a Pátria Portuguêsa, ainda resta-
va um sôpro de vida e de alen-
to, que um milagre de heroismo
haveria de transíormar em ener-
gia, intrepidez e audácia, elemen-
tos vivificadores e sempre eter-
nos dos povos que nasceram, à
custa de mil batalhas, para ser
livres, para desfrutarem a liber-
dade plena, alimentada pelo
amôr e pela beleza dos grandes
ideais, dentro desse espirito que
jâmais se fatiga na ascensão
constante de atingir os mais su-
blimes e portentosos feitos.

Recordando a data do 1.º de
Dezembro de 1640, os portugue-
ses devem, somente, comungar
no mesmo ideal de tornar cada
veêez mais bela a sua Pátria, afu-
gentando do espirito malquereên-
ças e ódios detestáveis, porque é
só da união entre os povos que
pode resultar a felicidade hu-
mana.

FEc E

Encontrado
morto num pôço

No dia 19 do mês findo fo-
ram chamados os bombeiros pa-
ra retirarem dum pôço, no Ou-
teiro da Lagoa, o cadáver de
José Coelho de Oliveira, de 33
anos, casado com Amélia dos
Santos Marques, da Catraia do
OQuteiro, desta freguesia.

O Oliveira desapareceu uns
dias antes, sem que a família ou
alguns dos seus visinhos suspei-
tasse do seu fim trágico e supor-
se que caira no pôço na noite
em que estivera em casa do seu
sogro, José Marques, donde saíra
bastante embriagado. A autópsia
foi no dia 22. A vítima deixa 5
filhos menores.

Éste número foi visado pe-
la Comissão de Censura de
Castelo Branco.

A’ MARGEM

Campanha do azeite

Recebemos a seguinte carta:

Sertã, 17 11-044.

:. Sor: Director de «Ã Co:
marca da Sertá»:

Na nota fornecida à Impren
sa pelo gabinete do sr. Ministro
da Economia àcerca da actual
campanha do azeite, publicada
em diferentes jornais, lê-se a se-
guinte passagem :

«b) Não impõe, de facto,
a Portaria aos compradores
indicados no nº 3.º—- os úni-
cos compradores — a obriga-
toriedade de comprar azeite.
Não o fez nem haveria logar

a fazê-lo. Não falta quem.

compre, falta, sim, quem ven-
da; estão bem presentes as
dificuliades que na última
campanha se encontraram pa-
ra vencer a.relutância dos
produtores em vender o seu
azeite para consumo».

Na última campanha do azei-
te deu-se comigo o seguinte fac
to: precisel de vender o azeite
de que dispunha para consumo

público, após a sua extracção no

lagar e dirigicme aos dois únicos
armazenistas autorizados a com-
prálo nesta vila, respondendo-
me um dêles ter já adquirido o
que necessitava para a sua ex
portação, e outro não poder com-
prá-lo por não ter vasilhame on-
de metê-lo por virtude de estar
cheio todo o que obrigatóriamen-
te possuía.

Ante a perspectiva de ter de
levar o azeite para casa sem efe-
ctuar a venda de que carecia pa-
ra realizar dinheiro, vi-me força-
do a arranjar um pote de lata e
ceder-lho a fim-de recolher nêle
o azeite que me comprou depois.
À outros produtores que não pu-
deram fazer o mesmo que eu fiz,
não pôde, também, o mesmo ar-
mazenista, e por razão idêntica,
comprar o azeite que lhe foi ofe-
recido, resultando daqui inconve-
nientes materiais e morais de fá-
cil corrpreensão.

De V.. . mtº atº é vên.

Aniónio Barata e Silva.

ES

AGENDA

Estiveram : na Sertã, os srs.
P, Sebastião de Oliveira Cardo-
so, Abílio José de Moura e An-
tónio da Silva Dias, do Pêso; e

na Bernardia, o sr. Manoel Pe-

dro, de Lisboa.

—De Castanheira de Pêra
retirou para Lisboa, com sua
família, o sr. Manoel Récio.

—Encontra-se na Sertã o sr.
Fernando Francisco Martins, de
Lisboa.

EMEGI TAA

DA GUERRA:

A primeira onda de Fusileiros Navais, veteranos de

muitas bem sucedidas operações de desembarque, .
arrasta-se pelo ferreno com o propósito de
abrir fogo contra os defensores ni-
pônicos da Saipan.

FTENENOP!

1934-5: Incidente enire as

“fôrças italianas e abexins em

Walwal.-

1940-9: Wavell dá início ao
seu vitorioso contra-ataque, diri-
gido contra os italianos em Mer-
sah Matruh.

10941 7: Os japoneses atacam
as lhas de Havas, iniciando à
ofensiva contra as possessões
aliadas no Pacífico.

1041-8: Os Estados Unidos
declaram guerra ao Japão.

IG41-10: Ingleses, australia- .
nos e neo-zelandeses libertam
Tobruk após 8 meses de Cêrco.

Ig4111: A Alemanha e a
Itália declaram guerra aos E .ta-
dos Unidos da América. Os Es-
tados Unidos declaram guerra
àqueles dois países.

Tg42-15: O 8.º Exérceito de-
saloja Rommel de El Agheila.

:::=’===:=t=:

MIRADOURO…

A taberna domina!

Quem der uma vista de olhos

sôbre a artéria principal da vila,

que é a rua Cândido dos Reis,
vulgo Rua do Vale, não pode dei-
xar de lamentar que hoje haja
ali tantas tabernas, quási tôdas
de ruim aspecto e algumas mui-
to pouco limpas, quando em ter-
ras da categoria da Sertã, preci-
samenteê largos e ruas centrais
são reservados aos melihores es-
tabelecimentos comerciais e ca-
fés e é nas rvas escusas que fi-

‘cam as tabernas até por conve-

niência dos próprios frequienta-
dores, que:assim estão mais à
vontade. . » s
De facto, o progresso do co-
mercio da Sertã, de há uns anos
a est’ parte, e salvo rarissima
excepção, limita-se à abertura de
tascas, uma após outra, na evi-
dência de uma pobreza que, roça
pela miséria e uma falta detestá-

– vel dé gôsto. Na rua do Vale há

apenas dois estabelecimentos mo-
dernos, por sinal do mesmo do-
no ; os restantes dispersam-se pe
lo largo do Chafariz e Praça da
Rêpública e nesta há um que,
pelo seu aspecto modernissimo e
até luxuoso, honra a Sertã, co-

mo honraria qualquer cidade que

o possuisse, mas que infelizmen-
te está encerrado há bastantes
meses. Excluindo êste e aquêles
da rua do Vale, os restantes es-

. tão instalados em casas, antigas,

que poucas modificações. têm so-
ido — — o
— Os donos das tabernas têm

direito a ganhar a vida, como

tôda a gente; mas bem faria a
Câmara se, tomando em consi-
deração, digamos, a estética, o
embelezamento e progresso da
vila, pelos quais lhe cumpre ve-
lar, não desse licenças paia a
abertura de tabernas nas ruas e
largos principais, demarcando as
zonas onde elas se poderiam ins-
talar.

m—
Agradecimento

José Pires Costa e seu filho
António Pires Costa vêm, por

“êste meio, apresentar os seus

sinceros agradecimentos .a tô-
das as pessoas que se digna-
ram acompanhar à última jazi-
da sua chorada mulher e mãe,
Margarida da Silva..

À tôdas, o seu inolvidável
reconhecimento. :

Sertã, 22 de Novembro de
1944.

Instrução

Acaba de ser extinto o pos-
to escolar de Palhota, freguesia
de S. Pedro do Esteval (Proença-a-Nova).