A Comarca da Sertã nº415 11-11-1944

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DIRECTOSR, EDITOR E PROPFRIETÁRIO
RTA J -uª;II – T
Edtuqrdo. Borota da Suva, GCorrei

A ES NEEA Ó oA DS a o RRAA SAA o

RUA SERPA PINTO –

SERTÁ

Pic AA A oA

PIXBLICATZSE 8A05

SáBbADOS

ANO 13 || godomedário regionalista, Indegendente, defensor dos interêsses da comança da Serta: congelhos de Serta, Oleiros,
== Prognça-a-Nova e Yila de Roi; 6 freguesias de AmBndos e Cardigos (do concelho de Mação) ===

N 415 |

Notas..

x Ec

França por toda & parte

— conta ámtigos, que, nalural:
inente, & aiham, porque a damr-
rom, e, adamirando-a, the ficam
para sempre presos, pela inteli-
pência e pelo coração.

Não há poró civilizado, de
política hóstil ou amiga, que não
clhe para à Prança como exem-

» plo de supertor humanidode,

A maior toriura e desespéro
do mundo, naturalmente amante
da verdade, da Eeleza e da Diber-
dade, for, quando, nésta guerra,
após a debanda heroica de Dun-
quergue, te constmou a derrola
daTEFranca, sobre a quol se lam
caram os camises negras de Mus-

a Portuguesa, onde,
o diger de uír’:(‘:’f%’áfíáês’f’ít’nú.ã .
coracão Jexiste, Tnuifos homens,
congestíounados de vevolta, impo-
ténte, contra a orgia de IORgue
que dilucerava o QCeidente, sent
ram lágrímas, correr-dhes pelas
fáces, ao verém o colopso í.º
grande naçgas [atina, Compard-
vel cometsto, apenas o recero a
gustioso pelta ” Eranta, quando
num Agosto histórico, n eunira
guerro, os fornats nos diziom que
o Initmigo avancava sóbre o Mur-
ne. Não chegaramos Cidate-Lhuz,
írmã mais nova do Alenas e Ro-
Tma, Dava-se, ná lora de Deus e
da Franca, o Milagre do Marne.

Cstensívos ou dissonuiadoes, a
França só conta, por foda à par-
te, amigus, Apoós o longo silêncio
Em que parecia estar se afurndan-
do a mais gloriosa herança do
mMhdo inoderno, é até TmeSino d
Honra de um varoca Lranca
de Corneille, e Turenne, de Clêe-
menceas e Focçh, afasta’ enfim,
nnm repelão, o célis do desltino
de WW nova Cirócia–antiga e
mnoria—e lerantaese, como nas
cenas biblicas de milagre, restt-
iIAa q 36 omesmea, para ocupar
O seu lugar e desempenhar & tmis-
são, indispensável, To concêrio
europeu e no equiltibrio das ctel-
fizacões.

A Francá só fem por loda d
Parie amigos. À sua clarua inte-
Hgência, d SuA Sensibilidade he-
lênica e crista, o sew estilo mo-
ral e humano, à SHG presença,
tão alta mas tão próxima, não
nos repele nem nos humilha, E,
mesmO. mogodados da soldadesca
EGrutal de um Napoleão, derrota-
do 72 Peniníula, é da imperti-
néncia, exprado, ds Napóleon de
Petit, áomos todos, em Poriugal,
aliados espirítuais da Drança,
Parãa o negarmos, serim presios

Dr
Ltr.

Br.

Angeéelo Henriques

Jaosó Barata Corrês e Silva
Edusrdo Barata da Siltra Corráa

FUNDADORES —

Jost Carlos Ehrhardt —
Vidigal
niíórnio Baraia * Silva

aac h

Gomposto e im-
Presso nas
OQjficinas Gráficas
da Eibeira de Pe-
: ro, Limítoda

EÁ’S’IE.H.HHEIHÃ
DE PERÁ

Telefoóneio

Vida regionalista

Na Casa de Lafões

Realizou-se uma tnportante retinido regionalista, promovida

DBTA

Grupo àos Árigos da Irepuesia da Madeirã,,

(Do noasso representante na Capital)

LISBO A,22 — Tarde de cunho: acentua-
damenteresionalista, esta, que seestápassan-
do nas salas da simpática «Casa de Lalõesx,
prestimosa agremiação gentilmente cedida e
onde se vão reúinir os naturais da Madeirã e
da Cava. :

— São 15 horas. Nas salas já se encontra
elevado número de pessoas em cónversa
amera, entre a8 quais alfumas senhoras,
Fazem . se cumprimentos, o5 mais afectuosos,
e há abraços de visivel satisfação pelo en-
contro de amigos até aqui dispersos. E vêm

chegando mais convidados, entre os quais o

sr. Joaquim Mateus, acompanhado . de sua
gentil esposa, o qual gostosamente acedeu
ao convite da Direcção para assislir a esta
relnião. – ;
Cêrca das 16 horas, estando presentes
algumas dezenas de conterrâneos, o sr. Vi
tor Baptista Ribeiro Barata, presidente da

Direcção, organizou a méêsa, convidando 6

sr. Joaquim Mateus para presidir, ladeado
por éle, presidênte, e pelos srs. António
Dias Macieira, Epitánio Dias Mateus, Júlio
Segueira e João Antunes Gaspar,

Aberta a sessão, o presidente da Dire-
cção pronuncióu o seguinte discurso :
: e Meus caros amigos: à Inrecção do
«Grupo de Amigos de Preguesia de Madei-
tã não vem apresentar dotes oratórios por-
que os não possue, nem quere, apresenta,
Sim, á vossa apreciação, a8 suas considera-
ções e o relato dos seus trabalhos até hoje
realizados, Kstá esperançada na vossa leal-
dade, dedicação e carinho à esta nossa Fa-
milia Beirá, que está votada ao maior esque-
cimeénto e, justamenté por sermos beirões,
queremos e devermos, de alima e coração, de-
fendô-la para vencer. Mas não queremos que
ninguém, nesta ordem de idelas, fique para
trãz; a união faz a fÓrça e a5 nossas armas
são os difeitos que nos assistem; fodos so-
mos filhos da mesma terra e da mesma re-
gião Portanto, com mesimos deveres e sacri-
fícios a esta causa que empreendemos.

Já sabuis que foi no dia 21 de Maio que
a Direcção levou a eleito a sua primeira reii.
nião para vos’dar conhecimentoe do nasci-
mento do nosso grupo. Nasceu, e bem, na
presença de bastantes patrícios. Agora está
ansioso, quere crescer, e com razão; todos
nós contribtiitemos para isso, auxiliando

 

quem quetre viver. Não nos temos poupado
a esforços para conseguir esta nossa orga:
nisação, dando-nos à honra de comparecer
à primeira chamada um erande número de
patrícios, entre êles o meu primo e amigo
sr. dr. António Dias Barata Salgueiro, que
nos auxiliou e teve Ipalavras de carinho e
louvor, ao qual a Direcção está muito reco-
nhecida. SA

Por não possulrmos as moradas de to-
dos 05 conterráneos, consegiimos que os
jornais «O Séculos, «Diário de Notícias: e
«Diário da Manhão anunciássem a convoca-

ção detódos nmaturais da-freguesta da-Ma-

deirã. Não quis, porém, o destino daár-nos o
prazer da presença de elementos da Cava.
Como êéste facto fósse estranho, procedi ime-
diatamente à petição de uma relação circuns-
tanciada dos naturais da Cava, a qual me foi
fornecida pelo nosso patricio e amigo sc
Vergilio Deniz da Silva; não foi por falta de
consideração que a Direcção não voz con-
vOCou para a primeira reiinião que levou a
efeito. :

A niossa vontade inabalável é consegnir
à aproximação de todos: para todos servir-
Mos e amarmos: a esmá causa e os mes-
mos interesses. É é de braços abertos que
hoje temos a honrta de 038 acolher é com o
coração cheio de fé na vossa leale boa von-
tade de querer servir, colaborar e concorrer
COMm os vossos esforços a-fim-de levar maãis
alta a ideia que vos apresentamos é defen-
demos,

Teve a Direcção conhecimerto de que
devia avistar-se com o Ex.””” Snr, Capitão
Farinha da Silva ; quis ir imedfatamente ao
seu encontro, mas, quando o fez, já era tar-
de : aquele meu amigo tinha embarcado pa-
ra 08 Açôres ao meio dia do dia 7 de Se-
tembro e a Direcção ia ao seu encontto no
mesimo dia pelas 21,430 horaãs, Desejamos-
lhe as maiores felicidades e que a sua ausên-
cia não se prolongue.

Estamos portanto organizados, unidos
é cheios de boa vontade para continuar os
hóssos trabalhos, que encerram verdadeiro
sentimento regionalista. Neste momento, que
é preciso contar com todas as energias, eu
leinbhro aqui, a todos, que os’nossos Estatu-
tas facultam à remodelação anual dos seus

: ee sE
Corpos Ciefentes. SERRR ==m E
iLonclue na º página) Ec

n
NMOVEMBRO
19 <<

‘.’u.a Iá pis

Das. nascentes, nintes exaunti-
das, já 52 ê brotar a ninfa pre-
ciosa,

Com as chuvas, ds ribeiras,
bastante minguadas, engrocoranm
E O5 acudes relomardo o sew em-
canto piloresco: grossos Cachões
de âánua, precipitando-se, for-
mam espéssos rolos de espuma,
branca de nevre,

2s

M as enscurradas, de dguas,

furvas, as entuias afttas,
sairam dos lapos e seguem na
corrente das ribeiras, em furbr-
lhão, indo carr mustas delas nos
cansiros armados jfunto dos acus-
des, Sereindo a pesca de disíro-
Ção aos apreciatores do saboro-
so cmurenhaes, que pela notte
adante 6 esperam sa armadidha,
de olhos esbugsalhados e coracão
qus He-facão s

FE com razão. De facto, 4 em
puia É saborosíssima, ou de cal-
deirada ou frifa: com uma pin-
na boa, é comer e gritar por

FTAIS É
som
É.aaíssmms são 03 olívais
que êsfe ano tem alguma
aTeifona, Mas & pouca que há brt-
tha nos ratos de sol dêste Outono
amoroso fagueiro, fão brilhante,
como se fora vernig, é a pelicula
do belo fruto, que produg o me-
ihor óleo de Portugal e é sua ri-
quesa nos anos farfos.
TOs
5 ovos alingiram n$60 q
Aúgia e, MesTnHO OSSÍTA, É em
escassas quantidades que aparece
nOS IMercados,

— Todos 08 anos, nesta éroca,
se verífica grande falta é conse-
quente subíida de preço, que se
maNÍcMm potnco mais ou hnenos até
alturas do . Natal e Axo Novo,
que é quondo se lhes dá maior

LONSHINO,
20

SEa leifor leu «0 derer de
Protestaro, mserto nã «Uogs

de = do corrente, não pode dei-
. Xar de sentir calafrios pela des:
cricão Ados horrores proticados
na Polátiao, Franço e Belgica
For hordas de (NFasores, que

não sermos Portugueses c não

Crescer & OlhOs VIStOR 6 dS HIFÉA-

termos coração,

, Ê *

[«Amor, da Froacéns, de Antcónio
da Grusz—«Ditrio de Geoimbras,

Çs P

2o8
U EG tem chovido duran-
ie a5 duas ullimas semas

nus, facto que alegrou, e com so-
beja ração, 03 nossos lavradores,
Fd aborrecidos e deveras preocus
pados com uimna estíagem que já
estara causando maleficios a ta-
PUNTA, do fuesmno fempo que rêe-
tardava a3 Hoeas sementeiras.

AÀ cevada e 5 írevo Pêgmese

licas, dessentodas d farta, apre-
Sentam aspecito ricogo, (8/ / anr-
mais domésticos cortecam a ter
que comer, sendo seabido quê sem
dmrtalicas Aifíci te lorna atimeén-

fá-los porgue tudo o mais custa –

boastante dinheiro,

mmais são facinoras do que ho-
mens dun exército Aiscipliinado,
que deve lutar contra o intmnmigo
.é HÃO eXercer sericias degradan-
tes sabre gente tndefeso, a quem
€ devida profeccão segundo às
leis da guerra.

un tem corgeão não pode

(Conclue n a” página)

 

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A Comarca da Serta

um “Seguro de Caçadores” da

Caça trauqíilo, aquele que tem

;E

À Gompanhia que mais ramos de seguros explora

Rua Garrçtt* 56
LISBOA

— COLEGIO — | Proteia o esmalte
VAZSERMA 2 ds çewe
Sarnache do Bomjardim — | = dentes !

ELRSO CEICEAL:

TB GN OS púols O esmalte é o

fiel defensor da
dentadiura,.

A pasta dentífrica
PEBECO não o
fatáca e dá sos dem-
tes brilho e alvura,

ADMISSÃO AGS LICEUS

Matrículas a porfir
; de 27 de Setembro
Mats informmes 2
e Dirigirse 4 Iirecção Lisando PEBECO
de noite e de ma-
nhã terá a boóca *
sempre sà.

foias & Contoros

Guarda-Livro

CHAPELARIA o Fs FA oRa A
o bonstrução de mMÓveIs i a
CAMISARIA ! eial, OFERECEZSE, Tir-se nesta
GRAVATARIA| | 6M 10008 OS BÉNBOS | Redasção.
c PA ES s A Professor diplomado

— d. SANTOS BARRETO | | António Fernandes da Silva | de ensino primário, nceita atanos
Sertã RAA Adelo S RETA E E A AA TEAA

– : lliz-Be nesta Redacção

ee DA R RL LDLA BALBRASAA LEADEL RRR PEA

A Coªpauhia de Viação de Sernache, L., avisa o
Ex” Público que em 15 de Julho de 1943 começaram .a vi-
Borar as seguintes carreiras:

Lisboa-Sertã de: | CasteIo Branco-Serilâ-=-FigUeiro

: EN Pi | d o ‘
Oleiros —Diária—excepto aos Domingos S Fm’&?s, Ç:º DA
A’lvaro —A’s Segundas-Feiras Teido . A’s Térças, Quintas e Sábados
Pedrógão Pequeno -A’s 2,*”, 5;º e Sábados | Cotmbra-Figuetró dos Vinhos
Proenca-a-Nova — A’s Seguandas e Sextas !]| Sertâ-Castelo Branco:

DÃA al pafa: Í A’s Segundas, Quartas e Sextas
Oleiros —Diária – exepto aos Domingos | âertã-cglgnbêrª_âlã A E
‘lvaro —Aos Domingos : E SGE AA
Pedrógão Pequeno — A’s 4.º, 6 e Sábados || Sertã-Castelo Branco — Aos Sábados
IJ’IÚEHÇE—H-NÚ’IJH_AJE QUÍH!IES e Sábados : Castelo Branco Sertã—A’ 9 º-Foiras

Esta Companhia pede ao Ex.”º Público o favor de se fazer acompanhar de um n
inéro de volumes o menór possível, pela dificuldade em adquirit preus.

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ÉÍ:.:I. ‘âí[-aa âaíha&ú

Especialidade em Vassóuras e Escóvas
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Travessa de Campo de Qurique, 45
Telefone Chamada 6 so6o

— Representamte na Sertã — CAMILO DA SILVA

ARTIGO-DE PATMA
LUOMPLETO
ESCOVAÁBR ICE
CATRANE DE ACO
FARA EANTARIAS,
EGS SS

LISBOA

EMISSÕES DOS

TII= ETm
——

ESTADOS

UNIDOS

EM LINGUA PORTUGUESA

(Recorte esta ‘Cabela para referência futura)

Horas, Estuções, QOndas Est,

15,43 WERIUS – i B WEA
2045 WERUSS e WREA
TA WEROSO Tó8 WEA
29,58/ WRIS — Jó WRUA

& [n2 hota de progtama especial)

2546 / WIWR 23 WCEX

Meia hora de noif coment, e Músiva: –

Ld o RE FE
f o ANA cA

EERLA S Sag6o WOCNAA 8A

Qndas Est. Qndas Esto Cindas
D 4 WEA oA WBX 188

25,4 WGBA 25,5 WGEX 68

25A WENVE SA á
S WFLIWR S3 1 WGEA 514

tA

AN SA e

A TVCEL da AMERICA: em português. pode , sec. tambérm escutada
por’ interimédio da <B B C.s,das tTo45 às zohórãs,

Firnissfiocs diarla.a ;

OIÇA a VOZ da

Telefone 247239

Dauilhão HH 61

frase [undada 2sm 1961
Grande Armazém de Viíveres
IMPORTAÇÃO DIREGTA

Francisco linacio
C orreia, L.

Rua D. Pedro V, 91-—LISBOA

AEGA PRRHEIRENSE

F. MOUGA & MOUCTA
R. Everara, 17 (ao lado da CAgêncil
dá Conmpanhia de Froçõo de Seriktene)
TOMAR
VINHOS TINTOS E BRANGÇONS
DA KEGIAO DE ALMEIRINM

– Vendos por grosso e q retalho

a05 IRelhores precos,

Tóda q espécie dêe Debiaas pocio-

nais 2 eStPORTDEITOS,

Petiscos, sempre betos) pettscos,

seteidos a fóda q fAoro em reltt-

fOSs cCómodos e discretos.

Faga V Ex ” uma sistta o Loeso ces-
tabelecimerio e femos a certeza
de que ficará com as melhores

IMpressões,

Íivisa inalterdvel desta caso : genhar

poiro para vender muiio e do meilior

que há no genero da sua especialidade

AMERICAcHMARCHA

Áproxima-se o Inverno!

a fogões a ALASCA ague.
Eursc & perfeito aquecinmento dos
viiBAOS lares, Fodem vecssoes neata
EHedscção.

Agente-na Sertã = EBITARIXO
BARATA,

NORBERTO PEREIRA
CARDIM
SOLICITADOR ENCARTÁADO

Rua-ÁAurea, 139/2,º D$
Teleione 2 71

LISBOA

dos melhoras
pontoz da vila, Dizsse nesta KRe
dacçãêo,

Extintores de Inctndios “FAGTG”

Us que garanptem zeguros
resultados

 

Fodem ver-se. necata Redacção
Agente na Sertã:
EDUCARDO RBATRATA

José Nunes da Siva

ADVOCGADO

Rua do Cruclílxo, 518 Hloja
LISBOA

 

 

Adelino Munes Serra
COMÉRCIO GERAL

R. Cândido dos Reis — SERTÃ

MENA TA a to oA te te

 

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S

A Comarca da Serta

 

 

== DE <=

RP Lareira do Passado

Entrei no Teatro como se en-
trasse espiritualmente no éden da
minha vida. À imortalidade, que
eu sonhara ao ver publicado o
meu primeiro folhetim, e quanto
se lhe seguiu práticamente, in-
cluindo o meu entusiasmo na
Tarde, terra, cinza, pó e nada!
O Teatro é que, sôbre o êxito de
O Intimo, se descerrou aos meus
olhos, torno a dizê-lo, como o
éden da minha vida com os seus
vergéêis floridos, os seus pomos
tentadores, as suas paisagens ma-
ravilhosas, onde o meu espírito
se casou com a Arte nessa linda
e prometedora noite de núpcias
da primeira representação daque-
la peça. O Featro, sim, é que
logo ao primeiro centacto fêz
brotar no meu ser tôda a ânsia
duma paixão ardente, é que num
expontâneo arranco abriu na mt-
nha vida uma porta para a outra
vida iluminada por um sol ruti-
fante, criador, :

A sua função social, civiliza-
dora, de educação e persuação,
de alegre crítica ou áspera cor-
recção, a faculdade que nos des-
perta de gerar corpos afeiçoando-
-os ao engenho do nossoe critério
e ao jeito da nossa pena e de
lhes insuflar uma alma própria,
o poder de subjugar pela palavra,
pela acção, pelas situações, um
público inteiro da razão e gôstos
desiguais, de o segurar na mão
e de o dirigir no rumo que traça-

mos, como isto é grande e des-

lumbrante ! Qual divino imaginá-
rio com o dom supremo de mol.
dar o barro e de o espiritualizar,
sentirmos dentro de nós o fogo
criador a faiscar almas da nossa
alma, esta é que era a obra de
mais alto vôo e piozes sôltos que
eu podia sonhar e que aos meus
próprios olhos me engrandecia !

O Teatro! O Teatro |… A’s
vidas que desairragamos da nossa
vida onde jaziam ocultas, às al-
mas irradiadas da nossa alma,
fazê-las viver, amar, sofrer, can-
tar e chorar, obedecendo à nossa
vontade, à nossa intuição, à com-
preensão Jjusta dos instantes, das
causas e dos efeitos, tornando-
-nos simultâneamente um grande
manejador de sentimentos e um
grande virtuose da palavra, como
tôda esta conjugação de fôrças e
de chamas enche de orgulho e

—poesia o nosso cérebro! Grande

e sublime Arte que nos abres
campo para corrigir, aut ridendo
aut flagelando, de educar, de
dar vulto e relêvo às acções no-
bres, de as apregoar, de as eno-

— brecer, de trazer ao lume de água

as riquezas submersas do. tor-
mentoso mar das paixões e dos
sacrificios, de assinalar os feitos
da nossa gente, as suas admirá-.
veis qualidades, o áureo quilate
da sua alma e de, ao mesmo
tempo, desnudar as torpezas, es-
farrapar os ridículos, abrir covas
para as podridões; sim, sim e
sim… todo êste trabalho, todo
êste predomínio quási divino é
que me encantaram e por largos
anos colmaram de benesses ce-
lestiais a minha vida. É se em
tôda a feliz rota que segui pelo
mar alto da grande Arte houve
soluções de continuidade, sempre

à ressaca da paixão rompeu com.

mais violência e ardor. Por isso,
ô meu teatro, ó meu amigo, meu
companheiro e senhor de tantos
anos, que saúdade! Saúidade ?…
como que uma suave lembrança
do passado rociada pelo orvalho
duma branda amargura…

(«Memórias», de Eduardo

Shuwalbach — do capitulo X )

 

 

T-HIBUNAJELÃ(ÃIHIEHL

Disiribuição: 3 Acção sumá-

ria requerida por António Frane-.
-cisco Sardeira e mulher, Outeiro,

Várzea dos Cavaleiros, contra
Joaquim Alves e mulher, Sobral,
Várzea dos Cavaleiros; Carta
precatória para avaliação de bens
extraida do inventário orfanoló-

gico por óbito de Ernesto Nunes *

de Oliveira, Santarém ; 13) inven-
tários orfanológicos por óbitos de:
Maria Joaquina, Sobreira For-
mosa ; Maria de Jesus, Corgas,
Proença-a-Nova ; Joaquim Perei-
ra, Sipote, Ermida ; Manuel An-
drade Júnior, Aldeia Fundeira da
Ribeira, Serta; Maximina de Je-
sus, Venestal, serta: Jose el
tão, Prodessoura, Sertã; João
Manuel, Fojo, Troviscal; Manuel
António, Painho, Pedrógão Pe-
queno; Maria José, Ribelra, Fun-
dada ; António Cardoso, Sobrei-
ra Formosa; Manuel Rodrigues,
Póvoa da Ribeira, Vilar Barroco;
17) Carta precatória para penho-
ra extraída da execução por cus-
tas que o M. P. move contra Do-
metila de Jesus Bernardo Mar-
ques, Proença-a-Nova; 20) Cartas
precatórias extraídas das execu-
ções que o M. P. move contra:
João Dias Ferreira, Corgas,
Proença-a-Nova;. Fiel Farinha,

Machadal, Proença-a-Nova; An-

tónio Dias, Relva da Louça,
Proença-a-Nova ; José da Gosta
Novo, Cimadas Fundeiras, Proen-

ça-a-Nova ; José Lopes, Cimadas .
Fundeiras, idem; José Tavares.

Alvito, Relva da Louça, idem;
Luiz Cardoso Sequeira, idem,
idem ; Narciso Francisco Orfão,
Corgas, idem; Luiz Lourenço
Serrano, Folga, idem ; José Ro-

drigues, Cimadas Fundeiras,

idem ; Francisco Lourenço, Car-
regais, Montes da Senhora ; Fran-
cisco Ribeiro Fernandes, Penafal-
cção, Sobreira Formosa ; Francis-
co Ribeiro Martinho, João Men-
des, Joaquim Cardoso, João Ri-
beiro Tomé, José Mendes Ribei-
ro, José Mateus Moita, José Laia

Estêvão, José Dias Branco Casa –

nova, José de Almeida, Manuel
Ribeiro Tomé, Manuel Ribeiro
Fróia, Manuel Ribeiro Cardoso,

“Manuel Mateus Moita Dias, Ma-

nuel Delgado Costa Nova, José
Henriques Janeca, Alvita da Bei-
ra; Manuel Domingos, Pereiro,
Várzea dos Cavaleiros; 24) Ac-
ção sumária requerida por José
Dias e mulher e outros contra
Maria de Jesus, viúva e João
Fernandes e mulher, Carvalhal
Fundeiro, Troviscal; Cartas pre-
catórias para penhora extraidas
das execuções que o M. P. move
contra: Joaquim Alves Miguel,
GCimadas EFundeiras, Proença a-
-Nova ; Josêé Cristóvão, Malha
dal, idem; Joaquim Fernandes,
Casais Cimeiros ; idem ; João da
Silva Cardoso, Proença-a-Nova ;
Manuel Luiz Simão, Corgas,
idem ; Manoel Martins Casalinho,
Vergão Fundeiro, idem; Manuel
Tavares Alvito, Relva da Lou-
ça, idem ; Joaquim Martins, Ata-
laia do Ruivo, Sobreira Formosa;
Francisco Martins Marinho, João
António Ribeiro, Joaquim Ribei-
ro Mendonça, Luiz Mendonça,
Alvito; Inventário orfanológico
por óbito de Clara Pereira, Mo-n
te das Areias Brancas, Vila Ve-
lha de Ródão,

 

 

 

Lindas sêdas!!
Tecidos leves ;
Vaporosos!!

são como as flôres da
Primavera !

são o encanto das
Senhoras!

Que as apreciem e comprem

na casa

oamaritana

Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR 2

 

 

 

Dia de Finados

No dia de Finados celebra-
ram-se Ofício e Missas, pelos
Fiéis Defuntos, na igreja matriz,
onde também houve sermão
prêgado pelo Rev.º Vigário P.º
José Batista. Na capela de San-
to Amaro também se rezaram
missas., De tarde, muita gente se
dirigiu ao cemitério para orar
junto das campas dos seus mor-
tos, sôbre as quais depôs lindos
ramos de flores.

&

Há quem estranhe que na
capela do cemitério não se ce-
lebrem missas naquele dia, co-
mo é próprio e se fez durante
muitos anos.

s sssa mss

O senhor Bispo da DioGese não se
esqueceu dos pobres da Sertá

S. Ex” Rev.”* o senhor Bis-
po da Diocese não se esqueceu
dos pobres da Sertã no dia de
Finados: mandou entregar, a 40
dos mais necessitados, um pão
de meio quilograma.

EEA sa c
HOMENAGEM

ao sr. Dr. António Afonso Salaviza

No dia 30 do mês findo, em
que tomava posse do cargo de
Govervador Civil do distrito de
Portalegre, foi enviado ao sr.
dr. António Afonso Salaviza o
seguinte telegrama: —

«Recordando relevantes ser-
viços prestados concelho Sertã
quando Governador Civil Caste-
lo Branco felicitamos Vossa Ex-
celência sua nomeação igual
cargo Portalegre.» O telégrama
era subscrito por dr. Angelo Vi-
dal, dr. Ehrhardt, António Bara-
ta e Silva, Augusto Rossi, Ma-
noel António, António Lopes,
José Ferreira Júnior, dr. Flávio

.dos Reis e Moura, dr. Rogério

Lucas, Carlos dos Santos, Ma-
nuel Milheiro Duarte, Demétrio
Carvalho, Antório da Costa,
Adrião David, Francisco Moura,
José Fernandes Lopes, Olímpio
Craveiro, António Craveiro e
Eduardo Barata.

 

 

Visita Iomar?
Não se esqueça de visitar a

CASA BENJAMIM

Rua Serpa Pinto, 111 – Tomar
onde tem à venda muitos
artigos que lhe podem
interessar.

 

 

Ramal de Alvaro

O ramal que, partindo do
Cesteiro, na estrada para Olei-
ros, conduz a Alvaro, tem as
valetas, em diferentes pontos,
obstruídas por entulho, originan-
do, em dias de grandes chuvas,
a invasão do leito pelas águas.
Assim, a estrada sofre danos
importante, que dificilmente, de-
pois, e com muito maior despe-
sa, virão a ser reparados.

Para o caso chamamos a

atenção da C, M. de Oleiros e –

da Junta de Freguesia de Alvaro.
EE sa o

Biblivteca popular
da Seriã

Se o leitor e amigo quer con-
tribuir, de algum moda, para a
cultura e educação da gente da
sua terra, envie-nos alguns li-
vros bons de que possa dispor.

S

O dr. Rogério Marinha Lu-
cas ofereceu três obras de au-
tores clássicos. Aqui lhe teste-
munhamos o nosso reconheci-
mento.

 

Abílio da Silva Ta-
Vvares

Faleceu em Lisboa, no dia
30 do mês passado, onde fôra
procurar lenitivos para a crue-
delíssima doença que de há
tempo o atormentava, O Nnosso
estimado assinante sr, Abílio
da Silva Tavares, de 50 anos,
natural de Vales (Cardigos) e
que desde a juvéntude residia
em Castelo Branco, onde goza-
va a maior consideração pelas
suas qualidades de carácter e
e pelo prestígio que conquista-
ra à custa dum trabalho honra-
do. Proprietário e industrial de
altos merecimentos, o extinto
exercia os cargos de vereador
da Câmara Municipal e vice-
presidente da Comissão Conce-
lhia da União Nacional daquela
cidade.

“Deixa viúva a sr. D. Julieta
de Morais Ribeiro Tqvares, era
pai das meninas Maria de Lour-
des e Maria Adelaide e dos me-
ninos António e Amiílcar e ir-
mão dos srs. dr. Amilcar, Fran-
cisco e António da Silva Tava-
res.

A sua morte foi muito senti-
da em Casteio Branco e em tô-
da a freguesia de Cardigos.

A família enlutada apresen-
tamos os nossos sentidos pêsa-
mes. : :

António Nunes e Silva
Campino

O c«<Boletim da Casa das
Beiras», que agora recebemos,
traz, sob o título «Artistas das
Beiras», uma interessante e de-
senvolvida referência aos méri-
tos artísticos e qualidades de
trabalho do nosso patrício An-
tónio N. e Silva Campino. E’
com prazer que as transcreve-
mos, tanto mais que se trata
dum amigo que tanto prezamos.

«Nascido na Sertã, de no-
me António Nunes e Silva Cam-
pino, filho de António Nunes e
Silva e de Ermelinda Nunes
Campino, fregientou os semi-
nários da S. P. M. € até ao 2.º
ano de filosofia, prestou provas
do 6.º ano do liceu Nun’Alvares
em Castelo Branco, fez em Ta-
vira o curso de Sarsentos Mi-
licianos e, em 1 de Novembro
de 1940, embarcou para Ango-
la, onde ingressou no quadro
administrativo,

O conhecimento dos seus
desenhos nos meios artísticos
em Luanda guindaram-no a co-

laborador do suplemento do

diário A Província de Angola,
onde publicou trabalhos a tinta
da China e gonachos. Essa cola-
boração levou o dr. Manoel Fi-

gueira, director dos Serviços de .

Ádministração Civil, a juntá-lo à
Brigada de Estudos Estatísticos
e Etnográficos, secção provisória,
criada para a recolha de elemen-
tos sôbre a História e Etnografia
Angolana. Os trabalhos realiza-
dos durante o ano foram expos-
tos ao público e depois entregues
à guarda do Museu de Angola.
Assim entrou o nosso patrício,
dum modo mais activo, na arte.

Circulando constantemente pe-
ló mato, esteve nos Dembos qua-
tro meses, com a incumbencia de
fazer o desenho de objectos ca-
seiros e indumentária indígenas
e a recolha de músicas.

A primeira exposicão de tra-.
balhos, seus e dos seus colegas,
fez-se no salão de festas do Liceu
Nacional de Salvador Correia e
foi inaugurada pelo ministro do
Congo Belga sr. Wlews Chawer,
pelo sr. ministro das Colónias,
Francisco Vieira Machado, e pe-
lo então governador de Angola
sr. Alvaro de Freitas Morna.

Alguns meses depois o Muni-
cipio de Luanda publicou um edi-
tal, pedindo fotografias, aguare-
las ou óleos sôbre bairros ou ruas
velhas que vão ser arrazadas pa-
ra a realização do plano de ur-
banização da cidade, Campino e
Neves e Sousa foram aão encon-
tro daquêle edital e pintaram al-

Necrologia

gumas aguarelas para oferecerem
à Câmara. Esses trabalhos servi-
ram de pretexto para pedirem
uma bôlsa de estudo que lhes
permitisse virem cursar Belas Ar-
tes em Portugal. Os trabalhos
foram apreciados e a Câmara
concedeu as bôlsas, para pintura
a Nunes e Sousa e para arquite-
ctura a Campino.

O município de Luanda pre-
tende, com a criação das suas
Bôlsas de Estudo, ter na Colónia
pessoal competente para tôdas as
actividades, até certo modo, por-
tanto, interessado, directa e mo-
ralmente, no progresso de An-
gola.

O nosso patrício chegou ao
continente em Outubro de 1943
e esteve a cursar, com aproveita-
mento, a E. N. B, A.

&

Gampino mostrou, desde ten-
ra idade, especial tendência para
o desenho. À sua vocação foi no-
tada e apreciada na sua terra on-
de as condições do meio lhes
não permitiram encontrar o triun-
fo que tão longe do continente
havia de vir a encontrar.

O nosso artista triunfou por
si, por seus méritos, e é por. is-
so crédor desta referência que
aqui lhe fazemos. Merece o auxi-
lio e incitamento dos beirões seus
patrícios pelo que já conseguiu e
nas condições em que o conse-
guiu,

Fazendo votos para quea sua
perseverança, coragem e tenaci-
dade não abrandem, o Bolelim
sentir=se-à honrado se tiver que
vir a referir-se mais vezes ao
nóvel artista que falho de recur-
sos materiais, mostrou possuir
maior valor, talento e arte.»

Isabel da Piedade
Ramalhosa

Faleceu, no sábado, nesta vila,
a menina Isabel da Piedade Ra-
malhosa, de 29 anos, filha da sr.º
D. Maria da Piedade Ramalhosa,
á falecida e do nosso amigo sr.
Abel da Conceição Ramalhosa,
proprietário da Minerva Sertagi-
nense e irmã da menina Maria da
Anunciação Ramalhosa e dos srs.
José e Sérgio da Conceição Ra-
malhosa. :

A sua morte foi sentida. O fu-
neral realizou-se no dia imediato
com grandelacompanhamento, em
que tomou parte a Juventude Ca-
tólica, a que a extinta pertencia,
e a filarmónica local.

A’ família enlutada apresenta.
mos os nossos sentidos pêsames.

Espingardas para caça
CHEGOU NOVA REMESSA

à CASA BENJAMIM
Rua Serpa Pinto, t1I1I— TOMAR

D&DEEbbE A 2 oDoa o

Benvficência

Para os pobres nossos prote-
gidos, recebemos do nosso ami-
go sr. João Martins, do Peral, o
donativode 20$00. Agradecemos
reconhecidos.

 

 

 

Uma pregunta e uma resposta!

Porquenem sempre V. Ex.º
veste com elegância ?
Por não poder com facili-
ade e sem enorme
dispendio ir a Lisboa.
ntão, com o aparecimento
pode observar-se o desa-
parecimento de tal lacuna,
e assim, vestir sempre

pelos últimos figurinos
da casa

“Samaritana,

Rua Serpa Pinto, 32

TOMAR *Pinto, 32

TOMAR *

 

@@@ 1 @@@

 

. Não sei porque me encontro assim tão triste,
Sentindo uma tão grande ansiedade!
É’ por vêr que no mundo só existe
O ódio, a ingratidão e a maldade?

Por ver disvirtuada a intenção

Do gesto mais sublime, que ennobrece ?
Por ver que só há fel no coração?

E’ isto que à minh’alma a entristece ?

— Pobre louco! não vez que a humanidade,
Nesta tobia insana que a domina,

‘squeceu a Fé, a Esperança, a Caridade,
Do Armor a crença, a própria Lei Divina?

Não és só tu no mundo maltratado, :
Pois que os bons, também sofrem a maldade!
O próprio Cristo foi erucificado :

— Sendo filho de Deus—a Divindade!!!

Tomar–Outubro de 1944,

Yv

PATO DA LUZ

 

 

Notas…
.. a lapis

(Conclusão da 1.ºpágina)

deixar de se comover com o re-
lato dessas tremendas barbari-
dades praticadas a frio, com ver-
dadeiro instinto canibalesco. Cer-
tos povos perderam a noção dos
mais elementares deveres de Hu-
manidade, motejando duma civi-
lização de que se afirmam os me-
lhores defensores, os eleitos su-

premos,.,
230

Ó homem bébedo é como o pa-

rafuso: quanto mais se en-
rfosca, mais a cabeca lhe anda à
roda.

20

UANDO apresentava a An-

Q dré Brun um homem tido

por forte em cálculos matemáti-
cos, Brun punha-lhe logo éste

* problema para resolver : dentro
duma adega há uma pipa. Uma
torneira que despeja 5 litros por

“minuto leva uma hora a encher
a pipa. Quantos anos tem a so-
gra do dono da adega?

Era certo que o cavalheiro
sorria, córava, embatucava, da-
va aão demo os cálculos, enquan-
to Anaré Brun, saboreando o ri-
sonho sucesso, repetia:—Então,
veja lá : quantos anos tem a so-
gra do dono da adega! Uma cot-
sa tão fácil.

(De «A Vida Mundial Ilustrada»)

NM OS
AVES
— F TM homem maduro é o ideal

das solteironas velhas, das
viúvas novas e dos antropófa-

gos.
20E&
ÓS segrédos são como as mu-

— lheres: Quando transpiram, –

pgrdem todo o encanto,..

208

O sábado havia no mercado
extraordinária abundância
de criacão, mas, mesmo assim,
não ficou lá um bicho para

amosira / ;
mMOE

AINDA não foi autorizada a
reabertura do nosso cine-
teatro porque, prêviamente, tem
de se proceder à vistoria das
obras do primeiro escalão e estas
ainda não estão completas : falta
a instalação eléctrica provisória,
É e lc aesAsA & e E <

que se encontra por moniar por
Jalta do material necessário.

Conseguir adquirir malterial
el’e’c.trz’co nesta época é um caso
sério…

Contudo, é pena mais êste em-
pecilho porque, privada de cine-
ma e teatro e de quaisquer ou-
tros divertimentos, a Sertã con-
verteu-se em absoluta pasmaceira!

o

O dia de Finados a vila foi
tomada de assalto por uma
multidão de rapazitos e de vêlhi-
nhos, que, de mistu”ra com os de
cá, pediam os bolinhos, seguindo

uma tradicão que deve ter sé-

culos.

E todos os moradores, que
podem, dião alguma coistinha, bo-
linhos não, que o acúcar não che-
8a para o café, mas pão, casta-
nhas, [ruta, algumas moedas: etc.,
que vão enchendo as sacolas!

E’ um grande dia para os
pobrezinhos.

O que não está certo é que
gente vàâdia se meta a explorar
a caridade, pedinchando também,
quando é válida, pode trabalhar
e está a cargo de outrem que au-
Jere salário,

om

NUN CA mais as repartições
públicas se saciam de pa-

pelata e mais papelada, que para —

elas corre em caudais e é o tor-
mento de foda a gente, que anda
perfeitamente ás aranhas para
cumprir o que se determina: ma-
nifestos para isto a para aquilo,
causando temerosas apreensões o
risco duma multa por falta de

entrega do manifesto ou insufi-

ciência no preenchimento.

Não se poderia simplificar
tanto trabalho, evitando arrelias,
canseiras e inúteis despesas, esta-
belecendo um só impresso para
todos os manifestos de produção?

Por outro lado, aínda, as con-
tribuições camarárias e o impos-
to de trabalho não podiam ser
Ppagos ao mesmo tempo que as
contribuições do Estado? Tudo
se simplificava e mais fácilmen-
te e com mais vantagem se .um-
priria a ler.

EEDBOSSSIILO aaa

Não custa nada ..

… que os nossos estimados

assinantes, ao mudarem de resi-
dência, nos enviem um postal co-
municando a nova morada. Assim
não deixarão de receber o jornal
Ou a remessa não sofrerá interru-
pção.

Comarea da Serta

“asa de Lalfões

Na

(Continuação da 1,º página)

Teremos, pois, daquí a algum tempo, a
oportunidade de ver nos Corpos Gerentes, co-
mo é nosso desejo, os nossos irmãos da Cava,
de quem tudo esperamos. Todos, nunca sere-
mos de mais para conseguir os fins em viísta,
ou sejam as necessidades da nossa gente, des-
de que todos estejam por bem, usando, por le-
ma, cada um pela sua terra e todos por Portu-
tugal. Então, sim, começará o ressurgimento
para a nossa terra, dar-lhe-emos alina, vida, co-
ragem e progresso ; afastaremos a inacção e as-
sim queremos, como portugueses, dar esperan-
ça aos vivos que lá muram e homenagem aos
nossos antepassados que trabalharam para o
mesmo fim.

Por último, devo lembrar que já se proce-
deu a distribúição de nma grande parte dos
exemplares dos Estatutos, que faculta a quota
mínima de 2$50 mensais; sôbre êste assunto
não deixeis de considerar que a referida quota
nada representa para o tempo presente, À Di-

 

recção lembra e agradece que se cotizem com.

a máximo das suas posses, dando-lhe, com &s
te proceder, grande satisfação e é prova que se
lembram das necessidades da sua terra e dos

seus pobres, levando-lhes algum conforto no –

futuro. E para que alguma coisa de poupável
possamos ver, aqui fica o nosso apêlo a todos
e muito principalmente àqueles que o podem fa-
zer sem grande sacrifício,.

Para terminar, apresento as minhas home-
nagens de agradecimento a todos os presentes
por nos terem honrado com a sua presença a

esta reiinião e de recordação e saúdade aos

nossos queridos antepassados, para quem peço
um minuto de silêncio em sua memória. —
Bem hajas, Madeiírã, acredita nos teus filhos

da boa vontade, que trabalham para te engran- –

decer,

“ Reconhecendo a necessidade absoluta de
continuar as minhas censiderações, devo lem-
brar que é altura própria para se nos juntarem
todos os elementos dispersos, todos os colabo-
radores de boa vontade, a-fim de podermos
apresentar às entidades oficiais a nossa muito
justa reclamação, de capital importância: ou

 

seja a nossa estrada do Alto da Serra da Ca-
va-Madeirã., Tudo se conseguirá se não houver
comodismo. Colaborai connosco e sêle gene
rosos ; contribuí francamente com o vosso es-
forço e auxílio para conseguir êste melhora-
mento tão precioso para a nossa terra e para a
nossa gente. Ele € tão necessário como quan-
do precisamos de saciar a sede e a fome I-Reii-
ni-vos, portanto, a nós, porque encontrais
obreiros, filhos da mesma terra, ansiosos por
verem resolvidos todos os problemas para o
bem da freguesia da Madeirã, e do seu povo,

Chegou a hora de ser preciso abandonar o
comodismo para aplicar, de alma e coração, o es-
forço e a vontade de lutar por esta ideia de
querer servir a nossa terra e o nosso povo de
braços abertos

Aqui fica o meu apêlo,

Viva a Madeirã! Viva Portugal’>

ú.

Falaram, em seguida, os srs. Epifânio Dias
Mateus, João Antunes Gaspar e Joaquim Ma-
teus, que foram ouvidos cem muita atenção e
regosijo, sendo as suas palavras sublinhadas
por calorosas salvas de’palmas. Dêstes discur-
sos publicaremos as passagens mais importan-
tes no próximo número, o que não fazemos ho-
je por falta absoluta de espaço. :

Por fim, o sr. Presidente disse que, por mo-
tivo de ocupar o cargo de Polícia de Seguran-
ça Pública, e bem contra seu desejo, não podia
ocupar o cargo de vogal da Direcção o sr. Acá-
cio Ribeiro, pelo que propunha para o substi-
tuír um natural da aldeia da Cava Proposta a
votação entre os naturais da Cava presentés,
foi eleito o sr. Júlio Sequeira, sendo-lhe dis-
pensada entusiástica ovação. ‘

Falaram ainda os srs. António Alves Neves,
lsidro Lopes Barata e António Alves (Cava),
que tiveram palavras de congratulação por ve-
rificarem que o «Grupo de Amigos da Fregue-
sia da Madeirã» estava lançado em moldes no-
vos, e do qual muito há a esperar.

Por último, procedeu-se à distribuição dos
boletins, tendo todos os presentes procedido

à sua inscrição.

 

 

Dr, António À. de Mendonça David

Completou 87 primaveras,
no dia 1,º do corrente, o nosso

querido amigo sr. dr. António –

A de Mendonça David, de Al-
varo, que, felizmente, nos últi-
mos meses, obteve = sensíveis
melhoras, depois duma crise
grave que profundamente preo-
cupou tôdos as pessoas que o
estimam.

Naquele dia, o sr. dr. Men-
donça David recebeu muitas
cartas e telegramas de parabéns.

Desejamos sinceramente que
o seu aniversário se repita por
muitos anos com alegria e tô-
das as felicidades que merece
pela sua bondade e nobreza de
carácter.

Ac

 

a CASA
Samaritana!
APRESENTA:

Tecidos de sêda natural,

Lindos e modernos
padrões

Modêlos encantadores,
Figurinos ultra modernos.

Rua Serpa Pinto, 32
TOMAR .

sboebaso E ooooooos

AZEITE

Por uma portaria do Ministro
da Economia, o azeite passou a

ser pago ao produtor por mais um

T

 

 

 

escudo, resultando dêsse facto um

igual aumento no seu preço para
consumidor. Assim, o produtor

receberá por cada litro de azeite :

9750 (extra com um grau de aci-
dez), 9:00, (tino, com 2,5 de aci-
dez) e 8%65 (consumo, com 5
graus de acidez).

Por seu turno, o consumidor

-pagará por cada litro de azeite dos

três tipos, respectivamente: esc.
1O38O, 10%30 e 9795.

<«A SAMARITANA

A cidade de Tomar acha-se
detada duma nova e magnífica
casa de modas, aberta em Setem-
bro, com a sugestiva denomina-
ção de «A Samaritana».

E’ seu proprietário o sr. José

Neves Costa, pessoa de grande

actividade e iniciativa, que se fi-
xou naquela cidade com o objec-
tivo de a honrar com uma casa
de primeiro plano no género, que
abrange, aíinda, confecução de alta
costura e alfaiataria. O estabele-
cimento, na sua apresentação mo-
derna, nada fica devendo aos me-
lhores das maiores cidades do
país.. í
Ao sr. Neves Costa apresen-
tamos as nossas felicitações pela
sua iniciativa, que há-de, certa-
mente, redundar em pleno triun-
fo. São êstes os nossos votos.

6B suenenenena BE enonsonsnenths:
Escola de Palhais

Foi provida ua escola de Pa-
lhais a professora sr.º D- Armin-
da Favares. AÀA população ficou sa-
tisfeifa com a nomeação duma pro-
tessora, porquanto não concorda-
va que a escola—não se trata dum
posto de ensino—viesse, desde há

muito, sendo dirigida por uma re- .

gente, não só porque a frequência
é elevada, mas também porque há
sempre um apreciável número de
crianças para se habilitarem ao
exame de 4.º classe.

EA s cc

Assinaturas em dívida

Para os nossos assinantes re-
sidentes no estrangeiro, que adian-
te indicamos, chamamos a aten-
ção para o atrazo em que se en-
contra o pagamento das suas as-
sinaturas e mais uma vez os pre-
venimos de que se elas não fo-
rem liquidadas até 31 de Dezem-
bro próximo nos vemos obriga-
dos a suspender a expedição, Os
encargos da publicação do jornal
são extraordinàâriamente elevados,
pois que, excluindo as taxas de
correio e o custo do papel, que
há mais de dois anos tiveram um
apreciável aumento, só a impres-

são custa-nos hoje mais de 70%,
do que em fins de 1942.

-Os débitos são contados até
O n.º 420. : : ——
— Brasil— Adelino Ferreira, Re-
cife, 184%$00; Adelino Ricardo
Louro, idem, 176%$00; Alberto
Ramos, idem, 172$00; Alfredo
Ferreira, Pará, 146$00: Améri-
co Pestana dos Santos, Recife,
99800 ; António Martins, Rio de

Janeiro, 220800 ; Carlos Fãârinha

Portela, idem, 114800; David Ba-
ptista, Pará, 70800; Domingos
Martins, Rio de Janeiro, 81800 ;
José António Beirão, Recife,
192%00; José da Costa Rodrigues,
idem, 135%$00; José Pestana dos
Santos, idem, 164800 ; José Ro-
drigues, idem, 182$00; Manoel
Marçal Farinha, Ceará, 82%00;
António Marçal Cardoso, S. Pau-

lo, 81$%00; Manoel Martins, Rio

de Janeiro, 81$00,

Congo Belga—Alberto Fari-
nha de Oliveira, Léopoldeville,
120$00; Alberto Tavares, Kik-

wit, 165%00 ; António Sampedro,

idem, 83$00; Joaquim Alves,
Thysville, 81%f00o; José Nunes
Fernandes, Bulungu-Iaya, 202%$00.
Sebastião Farinha, Bagata, 1108

. S A — Hênrtigue Martins,
S1$co; Mário Baptista, 154%800.

Marrocos—Manoel da Graça,
Mekenuz, 43$oo,

&

Como supomos que não haja,
da parte de qualquer dêstes nos-
sos amigos, o propósito de preju-

dicar o jornal da sua terra, espe-.
ramos que rápidamente efectuem.

o pagamento das importâncias em
referência, se não directamente,
por dificuldades do momento, por
intermédio de qualquer casa ban-
cária ou interposta pessoa no con-
tinente.

E desde já lhes apresentamos
os nossos agradecimedtos pela
atenção que se dignarem dispen-
sar ao nosso pedido.

a

Pólvoras para caça 6 minas
Rastilho e artigos para caçadores
CASA BEMJAMIM
RUA SERPA PINTO, 111 — TOMAR

 

 

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